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FACULDADE DE GESTÃO E CONTABILIDADE

ÓRGÃOS DE GESTÃO ESCOLAR

19 DE NOVEMBRO DE 2023
FACULDADE DE GESTÃO E CONTABILIDADE
Pedagogia

Órgãos De Gestão Escolar

Docente: Alberto Ireneu

Discente: Piedade Maria Manuel Capitua

19 de Novembro de 2023
ÍNDICE
1. Introdução..................................................................................................................1
2. ÓRGÃOS DE GESTÃO ESCOLAR.........................................................................2
2.1. A relação orgânica entre direção e participação dos membros da equipe escolar
3
2.2. O envolvimento da comunidade no processo escolar.........................................3
2.3. O planejamento das tarefas.................................................................................3
3. PRÁTICA DA GESTÃO NAS ESCOLAS................................................................4
4. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA GESTÃO ESCOLAr............................................5
4.1. Tomar medidas para que a permanência dos discentes e docentes aconteçam...5
4.2. Ser um porta-voz para comunicar aos responsáveis, comunidade e corpo
docente sobre as decisões tomadas................................................................................5
4.3. Realizar a adequação do conteúdo pedagógico com base nos problemas
encontrados durante a comunicação..............................................................................6
4.4. Organizar as disciplinas, professores, turmas, e espaços....................................6
5. OS ÓRGÃOS DE GESTÃO ESCOLAR...................................................................7
5.1. Gestão pedagógica da escola..............................................................................7
5.2. Gestão financeira da escola.................................................................................7
5.3. Gestão de recursos humanos da escola...............................................................8
5.4. Gestão da comunicação da escola.......................................................................8
5.5. Gestão de tempo e qualidade do ensino..............................................................8
5.6. Conselho geral....................................................................................................9
5.7. Diretor.................................................................................................................9
5.8. Conselho pedagógico..........................................................................................9
5.9. Conselho administrativo...................................................................................10
5.10. Coordenador pedagógico..............................................................................10
6. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA GESTÃO ESCOLAR...............................10
6.1. A gestão democrática........................................................................................10
6.2. Organização......................................................................................................11
6.3. Direção e coordenação......................................................................................11
6.4. Avaliação...........................................................................................................11
7. CONCLUSÃO.........................................................................................................12
8. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO
Os órgãos de gestão escolar são responsáveis pela administração e gestão das escolas,
incluindo as suas dimensões pedagógica, administrativa, financeira e patrimonial. A sua
composição e atribuições variam de acordo com o sistema educacional de cada país ou
região. Na gestão da escola, a preocupação é lidar com todos os aspectos pertinentes às
rotinas educacionais. Seu foco primordial é a obtenção de resultados, de empenho na
execução de uma liderança exemplar, de relevância do currículo e da participação ativa
dos pais. Estes órgãos são compostos por representantes dos diferentes segmentos da
comunidade educativa, incluindo os pais, os alunos, os professores, o pessoal não
docente e a comunidade local. As suas atribuições incluem a definição das linhas gerais
de orientação da escola, a aprovação do regulamento interno e do plano anual de
atividades, bem como a apreciação do relatório de atividades e da conta de gerência.

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2. ÓRGÃOS DE GESTÃO ESCOLAR
Em Moçambique, os órgãos de gestão escolar são definidos pelo Regulamento Geral
das Escolas do Ensino Básico e Secundário (REGEB), aprovado pelo Decreto 46/2008.

Na atualidade, fala-se muito sobre gestão escolar, mas poucos conseguem, de fato,
construir e elaborar um conceito sobre o tema. O conceito é uma forma de entender e
compreender o objeto, já que a busca da gestão escolar compromete a escola e os
sujeitos e oferece um caminho oposto à lógica neoliberal que torna as pessoas
individualistas. Por isso, ao tratar de gestão escolar, torna-se importante ter como
princípio orientador a democratização, promovendo a redistribuição e compartilhamento
das responsabilidades que objetivam intensificar a legitimidade do sistema escolar.

A expressão Gestão Escolar caracteriza o planejamento do trabalho escolar e


racionalização do uso dos recursos materiais, financeiros, intelectuais; dirigir e controlar
os serviços necessários à educação, bem como coordenar e controlar o trabalho das
pessoas. Para as instituições escolares, atribui-se o termo organização institucional pela
maior abrangência. entendendo-se que as instituições escolares possuem fortes
características interativas que as diferencia de empresas convencionais.

A gestão é caracterizada como a atividade na qual são realizados os procedimentos para


atingir os objetivos da organização, envolvendo e interagindo os aspectos gerenciais e
técnico-administrativos. A direção é um atributo da gestão, pela qual é afunilado o
trabalho coletivo das pessoas que trabalham grupalmente, orientadas e integradas aos
objetivos. A direção em ação toma as decisões na organização, e coordena os trabalhos
para serem trabalhados da melhor forma possível.

A organização da gestão escolar possui variadas concepções sobre a organização escolar


e a educação, relacionando a sociedade e a formação dos alunos. São três as concepções
mais representativas de gestão: a concepção tecnicista, a autogestionária e a
democrático-participativa.

As escolas que se inspiram nesse enfoque dão ênfase na horizontalização de funções e à


democratização das decisões, numa forma de sistema que agrega pessoas com influência
recíproca, onde o coletivo resulta no conhecimento interdisciplinar. Esse modelo de
organização não é somente objetivo, mas uma construção desencadeada junto aos
professores, alunos e demais integrantes da escola. A visão crítica de uma escola resulta
em diferentes formas de tornar realizável uma gestão democrática.

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A organização é tomada como um sistema que agrega pessoas, importando-se com a
intencionalidade e as interações sociais que acontecem entre elas dentro do contexto
sócio-político, não sendo totalmente objetiva e funcional. Uma construção social é
conduzida por todos os integrantes, professores, alunos, pais e membros da comunidade.

2.1. A relação orgânica entre direção e participação dos membros da equipe


escolar
É um princípio que conjuga a gestão compartilhada, a forma participativa e a
responsabilidade de cada membro de equipe. Sob a supervisão do diretor, a equipe
formula o projeto pedagógico, toma decisões e aprova um orientador, quando entra em
ação o diretor que coordena e delega as responsabilidades das decisões conforme
atribuições específicas, prestando avaliação da equipe e desenvolvimento de questões
tomadas coletivamente. Estando a serviço dos objetivos de ensino, a participação
implica os processos de gestão na busca de consenso a partir de pautas básicas,
compreende os processos de gestão, modos de fazer e cumprimentos de
responsabilidades compartilhadas na divisão de tarefas.

2.2. O envolvimento da comunidade no processo escolar


especialmente dos pais que participam do conselho contribui na preparação do plano
pedagógico e acompanhar os serviços prestados. A participação das comunidades dá
respaldo aos governos para encaminhar ao poder Legislativo projetos de lei que
atendem às necessidade da educação. A presença direta da comunidade na vida escolar
também faz com que participem das decisões civis, bem como na organização do bairro,
movimentos de educação ambiental, contribuindo na intensificação do
acompanhamento da política educacional.

2.3. O planejamento das tarefas


É um princípio que se justifica porque as escolas buscam atingir seus objetivos através a
organização de suas ações. Os planos de ensino elaborados coletivamente é um
instrumento unificador das atividades da escola, acompanhados de uma ação racional
dos objetivos, das estratégias de ação, dos recursos e controles de avaliação.

A formação dos integrantes da comunidade escolar deve ser continuada. A concepção


democrática participativa valoriza o profissional da educação no seu desenvolvimento
profissional e nas competências técnicas. O objetivo fundamental da valorização do
aluno para que todos aprendam e participem dos processos decisórios é uma meta

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pedagógica e de gestão. Os profissionais desenvolvem suas habilidades com
aperfeiçoamento na dimensão política, científica e pedagógica da equipe.

A avaliação compartilhada e as relações humanas produtivas assentadas na busca de


objetivos comuns, decisões e procedimentos devem sempre ser acompanhados e
avaliados a partir do princípio da relação orgânica. O conjunto das ações do trabalho
educacional está voltado para as ações didáticas e objetivos básicos canalizados numa
avaliação mútua de toda equipe escolar. As relações produtivas indicam a importância
do sistema de relações interpessoais na qualidade do trabalho de cada educador e
valorização da experiência individual de trabalho. A equipe escolar deve investir em
relações baseadas no diálogo e nas relações entre direção, professores, alunos e outros
funcionários.

3. PRÁTICA DA GESTÃO NAS ESCOLAS


O capítulo que segue expõe o resultado do trabalho de campo apresentado como
pesquisa de cunho qualitativo, para, posteriormente, analisar teoricamente os dados
recolhidos de gestões escolares desenvolvidas no Município de Marau. A pesquisa foi
inspirada no trabalho do gestor público geral até o privado, envolvendo contextos de
diferenças sociais e econômicas. Detive a minha investigação num questionário de fácil
compreensão para ser respondido num formato descritivo.

A realização da pesquisa tem por finalidade estudar as determinações da estrutura


organizacional da Gestão Escolar. Uma gestão moderna e democrática tem como
resultado a qualificação do processo de ensino-aprendizagem e das relações humanas.

A motivação da pesquisa surgiu para melhor analisar as contribuições teóricas sobre


Gestão Escolar participativa e a ação dos gestores nas suas respectivas escolas. Os
questionamentos dizem respeito à ação na modalidade curricular, organizacional,
planejamento de atividades, formação continuada dos professores, participação da
comunidade da vida escolar, construção da interdisciplinaridade, práticas escolares
sobre decisões participativas ou unilaterais, avaliação institucional, qualificação do
processo de ensino e aprendizagem etc.

A pesquisa constitui-se de perguntas elaboradas a partir da fundamentação teórica desse


trabalho, na tentativa de elaborar um conceito da Gestão Escolar atual. Formuladas as

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questões, elas foram encaminhadas às escolas, dentre as quais, algumas não se
disponibilizaram a responder e outras responderam de forma genérica.

4. AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA GESTÃO ESCOLAR


4.1. Tomar medidas para que a permanência dos discentes e docentes
aconteçam
No tópico anterior citamos a importância da permanência do aluno e a avaliação de
problemas que podem promover essa evasão. Contudo, não são somente os alunos que
desistem de estudar, alguns professores também acabam abandonando o posto, por
vários motivos. Os mais comuns são a violência, distâncias muito longas até o local de
trabalho, horários desorganizados ou o choque de horários com outros locais de
trabalho.

Para reduzir a violência é fundamental trabalhar com medidas que promovam o respeito
aos membros nela inseridos e a conscientização com relação ao espaço da escola, de
modo que toda a comunidade entenda que aquele espaço também é dela, por isso não se
deve depredar ou desrespeitar quem faz parte dele.

Você pode conferir alguns exemplos que deram certo para reduzir a violência no
ambiente escolar neste artigo.

4.2. Ser um porta-voz para comunicar aos responsáveis, comunidade e corpo


docente sobre as decisões tomadas
Conversar com todos os envolvidos é muito mais importante do que tomar decisões que
a gestão acredita serem fundamentais. Não estamos falando apenas do corpo docente.
Uma escola não é nada sem seus alunos, e os alunos só conseguem permanecer nela
graças ao suporte familiar. Por isso, a gestão escolar deve ser um porta-voz de todas as
decisões, informando-as para comunidade, colaboradores e alunos.

Através da mediação de contato entre alunos, supervisão, responsáveis, coordenação, e


professores, o diretor deve entender o contexto dos problemas como um todo. Detectar
os gargalos educacionais e tomar medidas eficazes para solucioná-los. Da mesma
maneira, é possível comunicar boas notícias, festivais, feiras, enfim, todas as atividades
lúdicas e práticas que forem criadas com o objetivo de melhorar a educação e
permanência escolar.

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4.3. Realizar a adequação do conteúdo pedagógico com base nos problemas
encontrados durante a comunicação
Quanto mais democrática for a gestão mais fácil será detectar os problemas.
Infelizmente, no Brasil é muito complicado nivelar o conhecimento de todos os
membros de uma classe. Fatores como criação, dificuldade na fixação da matéria,
costumes de leitura, tempo para atividades extra, etc., são diferentes de aluno para aluno
e impactam diretamente na velocidade do aprendizado. Por isso, pode ser um pouco
mais demorado para alguns aprenderem um determinado conteúdo, do que outros. A
longo prazo, todos esses fatores influenciam no ritmo da turma como um todo.

Outro ponto delicado é relativo à educação voltada para crianças com necessidades
especiais. Quando há apenas um professor, não é possível pausar o ritmo da sala para
entregar o conteúdo pedagógico que esses alunos necessitam, mas também não se deve
negligenciá-los, o que coloca os docentes em uma situação muito delicada. Um dos
maiores desafios de exercer as funções ligadas a gestão escolar é a necessidade de atuar
criando um ambiente igualitário onde todos, independente da sua raça, gênero, cor,
credo, opção sexual, condições financeiras ou limitações físicas, devem ter o direito de
aprender.

Por fim, um dos maiores problemas do Brasil é a evasão. Segundo o Censo de 2017 a
evasão escolar no ensino médio alcançou 11% do total de alunos. Ela pode ocorrer por
diferentes motivos, mas um dos mais comuns é quando o aluno simplesmente não
consegue se identificar e/ou entender o conteúdo ministrado. Cada aluno tem um ritmo,
e para promover a igualdade e interesse é preciso que o notório saber do aluno seja
levado em consideração. Por isso, os professores devem criar ações que incentivem os
alunos a trazerem e levantarem questionamentos. Afinal, este também é um dos papéis
da escola: formar cidadãos críticos.

4.4. Organizar as disciplinas, professores, turmas, e espaços


Esse é o ponto-chave das funções ligadas à gestão escolar. Para que os alunos possam
aprender, os professores possam ensinar e a comunidade fique engajada nesse processo,
é preciso que tudo esteja organizado. Não há como criar atividades extracurriculares se
não se souber, por exemplo, quais alunos e professores poderão utilizar os espaços
coletivos, em qual horário e por quanto tempo.

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É preciso respeitar também os planos de aula previamente estabelecidos por esses
docentes. Ou pelo menos avisá-los com antecedência sobre a decisão de incluir novas
atividades. Mas sem dúvidas, não se pode ignorar a importância da inclusão de métodos
e abordagens que sejam desafiadores e estimulantes para os alunos e professores.

5. OS ÓRGÃOS DE GESTÃO ESCOLAR


5.1. Gestão pedagógica da escola
Esse é o pilar mais importante de todos. Ele deve ser a prioridade máxima da
instituição, uma vez que está direta e intimamente ligada à atividade-fim da empresa.
Sendo assim, a gestão pedagógica está relacionada a elementos de máxima relevância,
tais como:

 planejar e organizar o sistema educacional;


 gerir os recursos humanos;
 melhorar as práticas educacionais;
 aprimorar as metodologias de ensino;
 elaborar e implementar projetos pedagógicos;
 definir metas para otimizar a relação de ensino/aprendizagem.
 Gestão administrativa da escola

O objetivo principal da gestão administrativa da escola é gerenciar os recursos


materiais, físicos e financeiros da instituição.

A gestão é responsável por cuidar do patrimônio e assegurar a coerência de sua


utilização. Para garantir que sua atuação seja exemplar, é imprescindível:

 Manter um estado de constante atenção às normas e leis educacionais;


 Prezar pela manutenção dos bens da empresa;
 Ter atenção com as atividades rotineiras da secretaria (e de outras áreas) e com
operações pertinentes, de forma a ensejar um melhor trabalho do corpo docente.

5.2. Gestão financeira da escola


A funcionalidade da gestão financeira escolar consiste em gerir os recursos financeiros.
Fica sob sua alçada, por exemplo, realizar um levantamento de todas as receitas e

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despesas, definir o destino dos recursos, fazer a distribuição apropriada do dinheiro
conforme as demandas de cada atividade e setor, etc.

A gestão escolar financeira competente é aquela capaz de garantir que todos os setores
tenham suas demandas atendidas e possam funcionar de forma plena e satisfatória,
contribuindo para que a organização alcance seus objetivos de negócios.

5.3. Gestão de recursos humanos da escola


Obviamente, a sua escola apresenta uma preocupação contínua com os seus recursos
humanos. A gestão de RH envolve lidar com o corpo docente, o corpo discente, os pais
e os funcionários.

O setor de recursos humanos deve prezar por uma boa relação com todo esse
contingente de pessoas ligado direta e indiretamente aos processos da instituição.

Contudo, o foco deve ser majoritariamente o engajamento e a motivação dos


colaboradores, para que eles possam desenvolver as habilidades necessárias para a
obtenção de um melhor desempenho da escola.

5.4. Gestão da comunicação da escola


A gestão de recursos humanos e a comunicação estão, de fato, conectadas uma à outra.
Mas esta última diz respeito somente à comunicação realizada internamente na
instituição.

Ela trata também da comunicação feita para além dos muros da escola, ou seja, com a
comunidade exterior, com o “público”.

5.5. Gestão de tempo e qualidade do ensino


Por gestão do tempo, entendemos aqui o ato de estimular e proporcionar que todos os
setores tenham condições de aumentar a produtividade. E, também, de fazer com que os
procedimentos internos apresentem um elevado nível de excelência.

Nesse caso, os gestores devem organizar e coordenar o trabalho, de modo que a equipe
obtenha um ótimo desempenho e, consequentemente, reduza ineficiências.

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5.6. Conselho geral
Promove a abertura da escola ao exterior, integrando elementos que têm origem em
diferentes setores da comunidade - docentes, não docentes, alunos, pais, autarquia e
outros.

“Ao Conselho Geral compete definir as linhas orientadoras da atividade da escola. Ao


reunirem-se representantes de grupos distintos pretende-se que partilhem os seus
saberes, também diferentes, contribuindo, deste modo, para definir uma política para a
sua escola, a qual deverá estar de acordo com a especificidade dos seus alunos e com a
realidade social e cultural em que a escola se insere

Compete a este órgão:

 definir as linhas orientadoras da atividade da escola;


 aprovar as regras fundamentais do funcionamento da Escola (Regulamento
Interno);
 aprovar as decisões estratégicas (Projeto Educativo);
 aprovar as decisões de planeamento ( Plano Anual de Atividades);

5.7. Diretor
É o órgão de administração e gestão da escola eleito pelo conselho geral após
procedimento concursal, e é o primeiro responsável perante a comunidade pelo
desempenho da sua gestão.

Cabe ao diretor liderar a escola e geri-la nas áreas pedagógicas, cultural, administrativa,
financeira e patrimonial. Na sua função, o diretor é coadjuvado por um subdiretor e três
adjuntos.

5.8. Conselho pedagógico


É um “órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa nos
domínios pedagógico-didáctico, da orientação e acompanhamento dos alunos e
formação inicial e contínua de pessoal docente e não docente docente, numa perspetiva
de lhe conferir eficácia e assegurar a necessária articulação curricular.

Cabe a este órgão elaborar o projeto educativo, apresentar propostas para elaboração do
regulamento interno e do plano anual de atividades, entre outras competências.

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5.9. Conselho administrativo
É o órgão deliberativo em matéria administrativa e financeira da escola. É composto
pelo diretor, que preside, pelo subdiretor e pelo chefe dos serviços de administração
escolar.

5.10. Coordenador pedagógico


Avalia e assessora as atividades pedagógicas e curriculares. Sua atribuição é
supervisionar e apoiar, prestando assistência pedagógica e didática. Além de relacionar-
se com os pais e comunidade, é responsável pelo funcionamento didático da escola e
interpretação da avaliação dos alunos. A qualidade de um trabalho que identifique a
necessidade de um professor, para encontrar soluções que priorizem o trabalho
educacional deve ser desenvolvido por esse profissional, que desempenha ações
sustentadoras de um trabalho em equipe, contribuindo para um processo de qualidade.

6. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA GESTÃO ESCOLAR


A gestão democrática e participativa valoriza a participação na tomada de decisões, por
meio do diálogo e do consenso, para uma construção coletiva dos objetivos e
funcionamento escolar. Toda escola busca atingir os objetivos planejados, sendo a
gestão uma atividade coletiva com objetivos comuns e compartilhados dos agentes do
processo, a racionalização do trabalho nos aspectos físicos e materiais, com qualificação
dos educadores, planejamento e avaliação do educador.

6.1. A gestão democrática


É formada por diferentes ações: Formação do Conselho escolar; Elaboração do Projeto
Político Pedagógico de maneira coletiva e participativa; determinação e fiscalização da
verba da escola pela comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de
contas; avaliação institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes e equipe
técnica. Assim, a gestão democrática vai além do processo de tomada de decisões, ela
identifica os problemas, acompanha e controla as ações na fiscalização e avaliação dos
resultados. Dessa forma, com a democratização da gestão é ampliada a participação das
pessoas.

Sendo assim, as escolas podem traçar seu próprio caminho envolvendo professores,
alunos, funcionários, pais e comunidade próxima que, se tornam corresponsáveis pelo
êxito da instituição. É assim que a organização da escola se transforma em instância
educadora espaço de trabalho coletivo e aprendizagem.

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6.2. Organização
A viabilização das condições para realização do que foi planejado, pela qual se dá a
racionalização de recursos físicos, materiais, financeiros, os meios pelos quais se
asseguram a efetividade dos processos de ensino/aprendizagem, criando e viabilizando
as condições e modos para se realizar o que foi planejado. A organização materializa os
planos e projetos realizados pela escola.

6.3. Direção e coordenação


A coordenação do esforço humano coletivo do pessoal da escola é a atividade de
coordenação do esforço coletivo do pessoal, tratando do desenvolvimento propriamente
dito dos processos de planejamento, organização e avaliação. Dessa forma, as funções
de direção envolvem a mobilização, liderança, motivação, comunicação e a capacidade
de interação de cada um dos participantes envolvidos nesses processos. A coordenação
implica o exercício da iniciativa.

Formação continuada: As ações de aperfeiçoamento dos profissionais da escola, para


melhor realização de suas atividades e seu desenvolvimento profissional. O bom
planeamento dos horários de trabalho coletivo, juntamente com a presença de um
formador mediador, para a equipe cada vez mais buscar ampliar o conhecimento, aliado
ao melhor espaço para a realização da formação em redes de capacitação. O profissional
bem estruturado dentro do ambiente de trabalho é um dos mais eficientes instrumentos
para a melhoria da qualidade de ensino.

6.4. Avaliação
A avaliação do trabalho profissional é a comprovação do funcionamento da escola.
Baseado em dados e informações coletados através de processos e instrumentos
diversificados, a avaliação consiste em verificar se os objetivos estão sendo
efetivamente alcançado. A avaliação envolve, além da análise qualitativa de dados e
informações, a apreciação valorativa de formas diferenciadas de medidas com critérios
definidos previamente.

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7. CONCLUSÃO

Os órgãos de gestão escolar são fundamentais para o sucesso da escola, pois são
responsáveis por assegurar a articulação e o equilíbrio entre as diferentes dimensões do
processo educativo, incluindo a pedagógica, a administrativa, a financeira e a
patrimonial.

A atuação coordenada dos órgãos de gestão escolar é essencial para garantir a qualidade
do ensino e da aprendizagem, o desenvolvimento das competências dos alunos e a
melhoria do desempenho da escola.

Para que os órgãos de gestão escolar sejam eficazes, é importante que sejam compostos
por representantes de todos os segmentos da comunidade educativa, incluindo os pais,
os alunos, os professores, o pessoal não docente e a comunidade local.

A participação da comunidade educativa na gestão escolar é essencial para garantir a


sua democratização e para assegurar que a escola responda às necessidades e
expectativas de todos os seus stakeholders.

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8. BIBLIOGRAFIA

NHANICE, José Bambo. O papel do Conselho Escolar na Gestão Democrática da


Escola Básica: As Lições da Experiência das Escolas Primárias Completas “3 de
Fevereiro” da Cidade de Maputo e “29 de Setembro” do Distrito de Marracuene.
Dissertação de Mestrado em Educação. Universidade Eduardo Mondlane, 2013.

Decreto 46/2008, de 14 de maio. Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico e


Secundário. Maputo: Ministério da Educação

CHICHAVA, Elísio. A Gestão Democrática da Escola em Moçambique: Desafios e


Perspectivas. Maputo: Editora Escolar, 2015

OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro. Gestão educacional: novos olhares, novas


abordagens. 10ª ed. São Paulo: Cortez, 2020.

SANT'ANNA, Geraldo José. Planejamento, gestão e legislação escolar. 10ª ed. São
Paulo: Cortez, 2022

LUCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. São Paulo: Cortez, 2008.

PARO, Vitor Henrique. A utopia da gestão escolar democrática. São Paulo: Cortez,
2005.

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