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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO- GWAZA

MUTHINE

Mestrado em Ciências de Educação

Cadeira: Fundamentos da Politica Escolar

4º Grupo

Tema: Políticas educacionais e o Contributo do Conselho de Escola

Marracuene, Maio 2023

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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO- GWAZA
MUTHINE

Discentes;

Alice Ernesto
Beatriz Xerinda
Carolina Almeida
Daniel Manuel Maholela
Dickson Pedro Seda
Eugréncio João Maposse
Gizela António Guiruco
Herculano Julai
José Mário Machango
Zélia Sebastião Zandamela

Trabalho a ser apresentado na cadeira de


Fundamentos da Politica Escolar, para
efeitos de avaliação, No Curso de
Mestrado em Ciências de Educação.

Docente: PhD. Emília Sara Macie

Marracuene, Maio 2023

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Índice
1.Capitulo – Introdução...........................................................................................................7
1.1.Objectivos........................................................................................................................8
Geral.......................................................................................................................................8
1.1.1.Específicos....................................................................................................................8
1.1.2.Metodologia..................................................................................................................8
Capitulo II – Revisão de Literatura.......................................................................................8
2.1.Políticas de educação.......................................................................................................8
2.1.1.Políticas e estratégias actuais de educação....................................................................9
2.1.2.Revisão das políticas de educação em Moçambique..................................................10
2.1.3.Problemas específicos dos domínios identificados.....................................................10
2.1.4.Questões políticas........................................................................................................11
2.1.5.Recomendações...........................................................................................................11
2.1.6. Conselho de Escola....................................................................................................12
2.2.Criação do Conselho de Escola na Legislação Educacional Moçambicana..................13
2.2.1.Funcionamento do Conselho de Escola......................................................................14
2.2.2.Atribuições do Conselho de Escola.............................................................................14
2.2.3.Funções do Presidente do Conselho de Escola...........................................................15
2.2.3.1. Contributo do Conselho de Escola..........................................................................15
2.2.4.Factores que condicionam a participação dos membros do Conselho de Escola.......15
2.2.5.Motivos de não participação do conselho de Escola...................................................15
Capitulo III – Conclusão e Referências Bibliográficas...................................................16
3.Conclusão..........................................................................................................................16
3.1.Referências Bibliográficas.............................................................................................17

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1.Capitulo – Introdução
No presente trabalho abordamos sobre as políticas educacionais e o conselho da Escola, nessa
óptica trataremos as Políticas e estratégias actuais de educação que o Governo tem priorizado
a sua criação e ampliação que consiste em oportunidades para garantir que todas as crianças
tenham acesso e completem a educação básica, descrever os três principais objectivos do
plano do sector de educação, os problemas específicos dos domínios identificados, questões
politicas, recomendações e por fim relatar a criação do conselho da escola na Legislação
Educacional em Moçambique, Factores que condicionam a participação dos membros do
Conselho de Escola, Funcionamento do Conselho de Escola, Atribuições do Conselho de
Escola e Funções do Presidente do Conselho de Escola.

1.1.Objectivos

Geral
 Compreender as políticas educacionais e o conselho da Escola.

1.1.1.Específicos
 Mencionar as Políticas de educação;
 Avaliar o Funcionamento do Conselho de Escola;
 Explicar o contributo de Conselho de Escola.
1.1.2.Metodologia
Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do
conhecimento (Andrade, 1999, p.111).
Para a efectivação do presente trabalho, servimo-nos da Pesquisa bibliográfica, buscando
elementos exploratórios para cada tipo, como forma de dar mais credibilidade à nossa
Pesquisa. Ainda, fez-se um estudo comparativo com a obra original, o que facilitou na
selecção e adequação dos conteúdos.
De acordo com Gil (1999), a pesquisa qualitativa estabelece uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a
subjectividades do sujeito que não pode ser traduzido em números.
Portanto a combinação dos métodos qualitativos e quantitativos, de acordo com os autores
permite uma complementaridade dos dados e a obtenção de informações que não poderiam
ser obtidas utilizando cada um dos métodos isoladamente. Os resultados da investigação
quantitativa são seguidos por um estudo qualitativo.

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Capitulo II – Revisão de Literatura
Conceitos básicos sobre o tema em estudo Este capítulo, discute os conceitos básicos usados
no trabalho, nomeadamente Conselho, Escola, Conselho de Escola e políticas educacionais.
2.1.Políticas de educação
Políticas educacionais são um tipo de instrumento governamental que têm o objetivo de
fornecer subsídios para ampliação e universalização da educação num país, seja em nível.
(Bordignon,2005).
a) Conselho
De acordo com Ferreira e Aguiar (2004, p.48) o termo conselho vem do Latim, Consilium,
que significa “tanto ouvir alguém quanto submeter algo a uma deliberação de alguém, após
uma ponderação reflectida, prudente e de bom senso”.
b) Escola
Para Libâneo (2013), a escola é o lugar onde as crianças e jovens são preparadas para
participação activa na vida social.
c) Conselho de Escola
Conselho de Escola é espaço da voz e do voto dos diferentes actores da escola, internos e
externos, desde os diferentes pontos de vista, deliberando sobre a construção e a gestão de
seu projecto político pedagógico (Bordignon, 2005).
2.1.1.Políticas e estratégias actuais de educação
Desde a sua independência, o Governo de Moçambique tem considerado a educação como
um direito fundamental de todos os cidadãos e essencial para a redução da pobreza e do
desenvolvimento do país. O governo tem priorizado a criação e ampliação de oportunidades
para garantir que todas as crianças tenham acesso e completem a educação básica, agora com
uma duração de nove anos, ao mesmo tempo que cria condições para uma expansão
sustentável de uma educação de qualidade.
Os três principais objectivos do plano do sector de educação para 2012-2016 e estendido até
2019) são:
Assegurar a inclusão e equidade no acesso à escola e retenção através da:
 Melhoria da eficiência interna das instituições, o que levará a um aumento do número
de graduados, modalidades diversificadas de ensino e expansão da oferta de educação
pelo sector privado;
 Implementação de programas de apoio social, como alimentação escolar e apoio
material para as crianças mais vulneráveis;

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 Integração de intervenções específicas visando áreas transversais, incluindo, mas não
se limitando a, HIV e SIDA, equidade de género, necessidades especiais e educação
inclusiva, a construção de escolas saudáveis e seguras e desporto escolar;
Para melhorar a aprendizagem dos alunos:
 Aumentar o acesso a recursos financeiros, materiais e humanos que beneficiam
directamente as escolas.
 Garantir que os professores estejam melhor preparados e apoiados, investindo na
formação de professores, avaliações contínuas da aprendizagem dos alunos e
incentivos para encorajar um melhor desempenho.
 Melhorar a gestão escolar através de maior atenção à selecção, colocação e
capacitação dos gestores escolares; supervisão e monitoria escolar; e capacitação de
conselhos escolares, entre outros.
Para melhorar a boa governação do sistema:
 Melhoria do controlo interno na implementação dos programas do sector e na
gestão de seus recursos.
 Fortalecimento da supervisão e inspecção, e maior envolvimento dos conselhos
escolares para garantir a prestação de contas e o cumprimento dos padrões e
normas educacionais (MINEDH, 2019 p.41).
2.1.2.Revisão das políticas de educação em Moçambique
De acordo com MINEDH, (2019, p.15). Para apoiar o Governo de Moçambique na
concretização da Agenda ODS4. Educação 2030, esta revisão das políticas de educação
oferece uma análise do sistema de educação do país numa perspectiva sectorial, com foco nos
três domínios nacionais prioritários para a educação em Moçambique:
 Política e Planificação de todo o Sistema (PPTS);
 Políticas de formação e desenvolvimento de professores;
 Qualidade da educação.
Com o objectivo de alcançar, de forma sustentável, acesso equitativo e inclusivo e qualidade
da educação, inclusive através de maior eficiência e eficácia na prestação de serviços de
educação, foram identificados os principais problemas e desafios específicos para cada um
dos domínios prioritários. Nota-se, porém, que vários problemas identificados na área das
políticas e planificação de todo o sistema são questões transversais e abrangentes, incluindo a
fraca operacionalização e baixa consistência das decisões e políticas de gestão, envolvimento
ineficaz da comunidade e das famílias na gestão e desenvolvimento do sistema educacional, a

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ineficiência no uso de recursos limitados, a fraca cultura de efectuar análises baseadas em
evidências para a planificação e gestão. Estas são questões estruturais que afectam todos os
outros domínios das políticas estratégias e que precisam de ser abordadas se as autoridades
educativas tiverem que impulsionar Moçambique na concretização dos seus objectivos
educacionais e visão nacional para o desenvolvimento social e económico.
2.1.3.Problemas específicos dos domínios identificados
 Política e planificação geral do sistema
2.1.4.Questões políticas
 A iminente mudança na estrutura escolar, com uma esperada dupla corte de
estudantes atingindo o nível secundário básico em 2023, pode afectar a capacidade do
ensino secundário durante o período de transição.
 A fraca governação e liderança das escolas afectam a qualidade da oferta da educação.
 Encontrar maneiras de lidar com a enorme escassez de salas de aula (MINEDH,
(2019, p.15).
2.1.5.Recomendações
Os principais esforços devem abordar o desenvolvimento de longo prazo com a provisão de
instalações e recursos humanos para acomodar o aumento do número de estudantes. A
possível solicitação de professores primários para ensinar no nível secundário básico exigiria
alguma formação antecipada para cerca de 9.000 professores primários. Esses professores
teriam que familiarizar-se com o currículo da 8ª classe e ministrar o ensino nos assuntos
requeridos. Avaliar a componente do Programa de Emergência do Banco Mundial na
construção de salas de aula com participação da comunidade para avaliar se poderia ser
implementado em uma escala maior. O envolvimento das comunidades na construção de
salas de aula de educação primária, poderia ser acompanhado de esforços providenciando
pelo Ministério na definição de normas mínimas e apoio em áreas onde as comunidades não
seriam capazes de oferecer uma resposta técnica adequada, como água e saneamento ou
fornecimento de electricidade.
 Políticas de formação e desenvolvimento de professores
Questões de políticas
 Reformas de professores coartadas pela existência de professores formados em
modelos diferenciados e pela limitada articulação entre formação inicial e contínua e
desenvolvimento profissional;
 Baixa motivação dos professores e atractividade limitada da profissão de docente;

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 Formação inicial e preparação inadequada de professores;
 Relações frágeis de professores e pais dos alunos (MINEDH, 2019 p.20).
Recomendações
Dado a carácter crucial dos professores na implementação da Agenda de Educação 2030 e do
ODS4, o Ministério da Educação poderia traduzir o Plano Estratégico global de Educação
numa estratégia específica em cada 5 anos para o desenvolvimento da profissão de docente.
Dada a diversidade dos níveis de formação de professores a melhoria de desempenho desta
passa por uma melhor estruturação e articulação orgânica entre formação inicial e contínua e
desenvolvimento profissional.
O Sistema Educativo Moçambicano deve;
 Formular uma estratégia e programa de formação contínua e desenvolvimento
profissional dos professores, que tenha uma ligação coerente com a formação inicial
e com a carreira profissional dos professores.
 Assegurar que os professores recém-formados são colocados em escolas onde
possam ter um acompanhamento adequado de professores mais experientes para a
sua indução e desenvolvimento profissional. Apoio profissional deve igualmente ser
concedido com prioridade para os professores que trabalham em áreas remotas.
 Embora alguns programas de educação contínua possam ter abrangência nacional, é
útil priorizar acções de carácter regional e envolver mais de perto os gestores das
escolas.
 Estabelecer um programa específico de formação em serviço para (a) formar os
professores que trabalham em programas bilingues e (b) preparar todos os
professores para implementar estratégias eficazes de ensino a alunos com línguas
maternas diferentes da língua de ensino (MINEDH, 2019).
 Qualidade de educação
Questões políticas
 Nível de Conquistas de Aprendizagem e Resultados de Aprendizagem dos Alunos;
 Relevância da Educação e das Necessidades da Sociedade;
 Desenvolvimento Curricular e Implementação;
 Abordagens Pedagógicas e Processos de Ensino Aprendizagem.
Recomendações
Estabelecer e monitorar um nível essencial de competências de aprendizagem (NEC) para
todos os alunos em todos os níveis dos sistemas para servir como um passo preliminar para a

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obtenção do nível desejado de competências de aprendizagem (NDC). Foco mensurável e
monitoria de indicadores de educação de qualidade, não apenas em contributos de
aprendizagem, mas também em ambientes de aprendizagem em casa e na comunidade, em
processos de aprendizagem e em resultados de aprendizagem (a curto e a longo prazo).
2.1.6. Conselho de Escola
No contexto educacional de Moçambique, podemos considerar um conselho como um lugar
onde ouvir e ser ouvido, ver e ser visto, tornam-se princípios do processo de participação e,
por conseguinte, da democratização do ambiente escolar, nesse sentido é pertinente
aprofundarmos os nossos conhecimentos sobre os conselhos escolares, com base no
contributo de alguns autores, que de uma forma objectiva trazem-nos um entendimento e
discussão sobre o conceito dos conselhos escolares.
Para Veiga e Resende (2001);
“Concebem o Conselho de Escola como sendo o local de debate e tomada de
decisões, ele se relaciona ainda, com os princípios da igualdade, da liberdade e do
pluralismo, devido à sua composição por diferentes segmentos presentes na escola
professores, funcionários, pais e alunos; em regime de paridade, assegurando o
direito de manifestação de diversos pontos de vista e de diferentes opiniões”.

(Paro 2001, como citado em Chuquela, 2018), afirma que devemos entender o CE como
espaço permanente de debate, gerações de ideias, que deverão proporcionar uma prática
democrática das relações estabelecidas na dinâmica do sistema escolar.
Conselho da escola (CE) é um órgão escolar interno que tem como objectivo discutir ou
debater ideias e problemas escolares para posterior tomada de decisão é composto por
diferentes segmentos presentes na escola como; professores, funcionários, pais e alunos
(Grifo nosso).
2.2.Criação do Conselho de Escola na Legislação Educacional em Moçambicana
De acordo com a Lei nº 6/92, de 6 de Maio, que cria o Sistema Nacional de Educação,
preconiza a participação de outras entidades, incluindo comunitárias, na gestão do processo
educativo e incentivando uma maior ligação entre a comunidade e a escola. Os Conselhos de
Escola nascem desta necessidade de abertura da escola às comunidades locais através do
Diploma Ministerial nº 54/2003, de 28 de Maio, que no contexto da descentralização
administrativa, procurava criar maior flexibilidade nos processos de tomada de decisão
através duma gestão participativa, onde todos os segmentos da comunidade escolar podem e
devem participar nas actividades desenvolvidas na escola, tanto administrativas, pedagógicas,
bem como financeiras.

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O Ministério da Educação, atribuiu ao Director da Escola a responsabilidade da criação de
condições para a constituição e funcionamento dos Conselhos de Escola. Nesse sentido, o
Diploma Ministerial nº46/2008, estabelece que a criação ou a revitalização do CE deve
ocorrer até 30 dias após o início do ano lectivo e a duração do mandato dos membros foi
fixado em dois anos consecutivos, renovável uma vez.
De acordo com o artigo 8 do Diploma Ministerial nº46/2008, o CE juntamente com a
Direcção da Escola e o Colectivo de Direcção constituem órgãos executivos da escola, sendo
o CE o órgão máximo da escola com funções de ajustar as directrizes e metas estabelecidas a
nível central e local à realidade da escola e garantir a gestão democrática, solidária e
corresponsável. Ainda nos termos do Diploma supra citado, o CE é constituído pelo Director
da Escola, representantes dos professores, representantes do pessoal administrativo,
representantes dos pais/encarregados de educação, representantes dos alunos e da
comunidade.
2.2.1.Funcionamento do Conselho de Escola
Funcionamento do Conselho de Escola De acordo com o Diploma Ministerial nº46/2008 de
14 de Maio, que aprova o regulamento geral do ensino básico, no seu artigo 11, o CE
funciona da seguinte forma:
O Conselho da Escola reúne-se, pelo menos, três vezes por ano, devendo, no início de cada
ano lectivo, apresentar à Assembleia Geral da Escola o relatório das actividades
desenvolvidas no ano anterior e o seu plano de actividades no ano em curso em casos
julgados convenientes, pelo menos 2/3 dos membros representando os componentes do
conselho, podem convocar a assembleia e deliberar para qualquer questão que julgarem
conveniente e que não seja contrário ao regulamento. A duração do mandato dos membros do
Conselho da Escola é de dois anos consecutivos, renovável uma vez.
2.2.2.Atribuições do Conselho de Escola
Quanto as atribuições, o Regulamento Geral do Ensino Básico (2008), no seu Artigo 12
dispõe que o CE deve:
 Aprovar o plano de desenvolvimento da escola e garantir a sua implementação;
 Pronunciar-se sobre o aproveitamento pedagógico da escola;
 Aprovar o plano anual da escola e sua implementação;
 Aprovar o regulamento interno e garantir a sua implementação;
 Pronunciar-se sobre as infracções cometidas e medidas disciplinares a aplicar aos
professores, o pessoal administrativo, aos alunos e outros trabalhadores, sem prejuízo

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da confidencialidade no processo administrativo;
 Elaborar e garantir a execução de programas especiais visando a integração da família
escola - comunidade;
 Aprovar os relatórios das comissões de trabalho;
 Analisar, pronunciar-se e deliberar sobre a execução orçamental;
 Analisar e pronunciar-se sobre o desempenho dos titulares de cargos de direcção;
 Apreciar as reclamações e/ou problemas apresentados pela comunidade escolar sobre
o funcionamento da escola;
 Analisar e pronunciar-se sobre aspectos disciplinares e medidas a aplicar aos
membros da comunidade escolar;
 Aprovar os funcionários e outros membros da comunidade escolar a serem
distinguidos e premiados;
 Apresentar à Assembleia Geral da Escola, no início de cada ano lectivo, o relatório de
actividades desenvolvidas no ano anterior.
2.2.3.Funções do Presidente do Conselho de Escola
De acordo com o Regulamento Geral do Ensino Básico, no seu Artigo 13 o C.E, é dirigido
por um presidente tem como funções:
 Convocar e presidir as reuniões do Conselho;
 Zelar pelo bom funcionamento do Conselho;
 Cumprir e fazer cumprir as decisões do Conselho;
 Representar o C.E a nível interno e externo;
 Prestar informação anual a Assembleia Geral da Escola.
2.2.3.1. Contributo do Conselho de Escola
O conselho de escola contribui na melhoria da qualidade do processo de ensino e
aprendizagem na medida que assegura uma participação democrática, activa e construtiva da
comunidade e dos pais ou encarregados de educação, na análise e tomada de decisões nas
áreas de gestão pedagógica como o caso da análise do rendimento escolar, da falta de meios
didáticos, assiduidade e pontualidade dos professores e alunos, desistências dos alunos, entre
outras e na gestão e administração escolar como a aprovação de planos, regulamento interno,
relatórios, planificação de despesas da escola, promover angariação de fundos através de
parceiros e contribuições da comunidade, manutenção e sensibilização para a correcta
utilização da infra - estrutura escolar.

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2.2.4.Factores que condicionam a participação dos membros do Conselho de Escola
No que concerne aos factores que condicionam a participação dos membros do CE, no caso
concreto da sua presença física, pode-se obter os seguintes factores para os que participam:
 Por ser o gestor da escola;
 Por ter sido eleito;
 Porque a escola precisa de ter um CE em funcionamento;
 Por ter um familiar na Escola (Chuquela, 2018).
2.2.5.Motivos de não participação do conselho de Escola
 Falta de tempo;
 Falta de transporte.
Estes factores, podem de certa forma justificar porquê parte dos segmentos são presente e
outra ausente nas reuniões deste órgão que é parte integrante, dada a importância que cada
membro dá ao órgão de forma a garantir a sua participação (Chuquela, 2018).

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Capitulo III – Conclusão e Referências Bibliográficas

3.Conclusão
Concluímos que vários problemas identificados na área das políticas e planificação de todo o
sistema são questões transversais e abrangentes, incluindo a fraca operacionalização e baixa
consistência das decisões e políticas de gestão, envolvimento ineficaz da comunidade e das
famílias na gestão e desenvolvimento do sistema educacional, a ineficiência no uso de
recursos limitados, a fraca cultura de efectuar análises baseadas em evidências para a
planificação e gestão. O governo tem priorizado a criação e ampliação de oportunidades para
garantir que todas as crianças tenham acesso e completem a educação básica, agora com uma
duração de nove anos, ao mesmo tempo que cria condições para uma expansão sustentável de
uma educação de qualidade. No contexto educacional de Moçambique, podemos considerar
um conselho como um lugar onde ouvir e ser ouvido, ver e ser visto, tornam-se princípios do
processo de participação e, por conseguinte, da democratização do ambiente escolar. Os três
principais objectivos do plano do sector de educação nomeadamente, assegurar a inclusão e
equidade no acesso à escola e retenção através da melhoria da eficiência interna das
instituições, o que levará a um aumento do número de graduados, modalidades diversificadas
de ensino e expansão da oferta de educação pelo sector privado; e Implementação de
programas de apoio social, como alimentação escolar e apoio material para as crianças mais
vulneráveis. Educação 2030, esta revisão das políticas de educação oferece uma análise do
sistema de educação do país numa perspectiva sectorial, com foco nos três domínios
nacionais prioritários para a educação, Política e Planificação de todo o Sistema (PPTS);
Políticas de formação e desenvolvimento de professores; Qualidade da educação. O processo
de ensino e aprendizagem não se limita apenas na actividade desenvolvida pelo professor e
aluno na sala de aula, pois, em todos os ambientes e situações podemos aprender e ensinar.
Assim, o envolvimento dos pais na vida escolar é de extrema importância na melhoria do
ensino e aprendizagem. A ligação entre a escola e a comunidade é assegurada pelo conselho
de escola, como o órgão consultivo, deliberativo e de mobilização mais importante no
processo de gestão escolar participativa e não como instrumento de controlo externo, como
eventualmente ocorre na realidade actual.

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3.1.Referências Bibliográficas
Andrade, M.M. (1999). Introdução á Metodologia do Trabalho Cientifico: elaboração
de trabalho na graduação. (4ª ed.). São Paulo: Atlas.
Bordignon, G. (2005). Gestão democrática na educação. Boletim 19. Ministério da
Educação, Brasília.
Chuquela, S. L. C. (2018) Papel do Conselho de Escola na Gestão Democrática: Caso
da Escola Primária Completa de khongolote; Monografia. Faculdade de Educação
Universidade Eduardo Mondlhane; Maputo.
Diploma Ministerial: lei 54/2003 de 23 de Maio que aprova o Regulamento geral das
escolas do ensino básico.
Diploma Ministerial: Lei nº 46/2008, de 14 de Maio, sobre o Regulamento Geral do
Ensino Básico.
Diploma Ministerial: Lei nº 6/92 de 6 de Maio do Sistema Nacional de Educação
Ferreira, N. S & Aguiar, M. A. (2004). Gestão da educação: impasses, perspectivas e
compromissos (Orgs). (4.ed.). São Paulo, Brasil: Cortez.
Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. (5ª Edição): Editora (Atlas
S.A). São. Paulo v.40, n.4.
Libâneo, J. C. (2013). Didática. (2.ed). São Paulo, Brasil: Cortez.
Ministério da Educação (2010). Orientações e Tarefas Escolares Obrigatórias para
2010-2014.
MINEDH (2019). A Revisão de Políticas Educacionais de Moçambique foi realizada
pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) de
Moçambique em estreita cooperação com a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Veiga, I. P. A; Resende, L. M. G. (2001) Conselho de Escola: Espaço do Projecto
Político Pedagógico. (5ª Ed). Campinas - SP: Papirus.

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