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Índice

1. Introdução.................................................................................................................2

1.1. Objectivos.............................................................................................................2

1.1.1. Geral..................................................................................................................2

1.1.2. Específicos........................................................................................................2

2. Participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar..........................3

3. Actividades desenvolvidas pelo Conselho da Escola...............................................3

3.1. Problemas enfrentados pelo conselho da escola...................................................4

3.1.1. Medidas para soluccionar os problemas............................................................5

4. Como minimizar o Impacto da Covid19 nas zonas rurais de forma a garantir a


continuação de transmissão dos conteúdos escolares.................................................................5

5. Conclusão.................................................................................................................7

6. Referências Bibliográficas........................................................................................8

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1. Introdução

Este trabalho, discute as formas de participação de pais e encarregados de educação na


vida escolar, assim como as funções e a extensão dos problemas que se apresentam na
constituição e funcionamento dos conselhos de escola. Pesquisas empíricas sobre o
funcionamento dos conselhos (PINTO, 1994; CAMARGO, 1997) avaliam que o seu potencial
comunicativo e democrático encontra barreiras, em especial na compreensão que os diferentes
sujeitos têm em relação aos princípios e capacidades deste organismo colectivo, na qual há
uma identificação do conselho como organismo auxiliar da direcção e/ou da gestão escolar.
Por fim, traz uma visão sobre a minimização do impacto da Covid19 nas zonas rurais
de forma a garantir a continuação de transmissão de conteúdos escolares.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Analisar as formas de participação dos pais e encarregados de educação assim


como as atribuições do Conselho da Escola.

1.1.2. Específicos

 Descrever as atribuições do conselho da escola;


 Descrever as formas de participação do pai e encarregado de educação na vida
escolar.

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2. Participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar

Segundo Oliveira (2013), a todos os pais e encarregados de educação assiste o direito


de participar no processo educativo dos seus filhos. Esta participação pode assumir varias
formas distintas:
 Participando em actividades promovidas pela escola, no âmbito da Turma, ou
nas actividades de complemento curricular;
 Colaborando com os técnicos de orientação escolar e profissional, em acções
de informação e sensibilização, nomeadamente contribuindo com o relato da
sua experiência profissional;
 Acompanhando e participando activamente no percurso escolar do seu
educando, designadamente quanto ao processo de avaliação.
 Interagindo com os representantes dos encarregados de educação de turma.
 Através da integração nos seguintes órgãos: Conselho Geral e Conselho
Pedagógico;
 Em reuniões com o órgão de gestão/Director para tratar assuntos relacionados
com o processo educativo dos alunos e a vida da escola.

3. Actividades desenvolvidas pelo Conselho da Escola

Os conselhos de escola são, em tese, os locais onde é capaz de se dar voz a quem não
tem voz (CAMARGO, 1997, p. 291), isto é, são espaços potenciais do diálogo, da ação
comunicativa. Os conselhos de escola como “fóruns de discussão e deliberação nascem não
de um ato de vontade de um grupo de indivíduos que lutam por justiça ou liberdade, mas
como uma necessidade que encontra seus fundamentos nos próprios processos de
racionalização societária.” (PINTO, 1994, p. 153).

De acordo com (GOHN, 2001, p. 107-108), entre as principais atribuições do


Conselho, destacam-se:
 Criação de regimento escolar;
 Tomada de decisões no âmbito pedagógico, financeiro e administrativo, além
do direccionamento das políticas públicas desenvolvidas no ambiente da escola
e da definição das metas a serem cumpridas;

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 Publicação e transmissão de informações e decisões tomadas em relação às
questões pedagógicas, administrativas e financeiras a fim de assegurar sua
competência;
 Fiscalização da legitimidade e acompanhamento das acções tomadas nos
âmbitos já citados;
 Mobilização em relação à busca de aperfeiçoamento da qualidade do ensino e
da aprendizagem dos alunos;
 Acompanhamento cuidadoso e rigoroso das actividades educativas aplicadas
na escola, além da identificação de problemas e adopção de medidas a fim de
melhorar o desempenho de actividades, garantindo a realização das normas
escolares e a qualidade social da mesma.

3.1. Problemas enfrentados pelo conselho da escola

Os conselhos da escola, como enfrentam vários problemas desde as disputas mal


colocadas de interesses entre os diferentes segmentos, apatia ante a participação, confusão
acerca das funções do conselho e dos conselheiros, sensação de inoperância, má organização
das reuniões, burocratização do funcionamento do conselho e confusão epistemológica
(GUERRA, 1994, p. 188-190).
“Um dos principais problemas que impedem que o conselho de escola se transforme
num instrumento de democratização das relações no interior da escola é a falta de ligação
entre representantes e representados, especialmente no que se refere a pais e alunos.” (Paro
1995, p. 149).
No entanto, (PINTO, 1994), aponta os seguintes problemas:
 Dificuldades referentes à comunicação entre os conselheiros e entre o conselho
e a comunidade escolar;
 Compreensão de que a participação se esgota apenas na presença dos
indivíduos;
 Problemas com a institucionalização do conselho;
 Dificuldades do conselho em interferir em questões de natureza pedagógica;
 Medo dos pais e alunos de participarem no Conselho por não entenderem os
“assuntos da escola”.

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3.1.1. Medidas para soluccionar os problemas

Para funcionar, os conselhos da escola não podem “ser vistos como braços auxiliares
do executivo, nem como substitutos da participação popular em geral.” (GOHN, 2001, p. 94).
E, “se representativos, os conselhos poderão alterar progressivamente a natureza do poder
local. À medida que eles se tornem actuantes, fiscalizadores das acções do poder público, eles
estarão construindo as bases de uma gestão democrática.” (GOHN, 2001, p. 108-109), mas
para tanto, não podem se posicionar como instâncias meramente consultiva e opinativa,
“devem ter a capacidade e poderes normativos de decisão.” (GOHN, 2001, p. 111).
Os familiares dos alunos devem observar os conselhos como instrumentos de poder,
não como organismos auxiliares na organização e gestão escolar (PINTO, 1994, p. 107).
Os conselhos de escola, positivamente e sinteticamente:
 Têm contribuído com a sensibilização da opinião pública sobre a importância e
a complexidade do acto educativo;
 Têm desenvolvido acções que têm tornado possível o aumento da transparência
na gestão económica das escolas e na eliminação progressiva de acções
autocráticas;
 Têm aberto e desenvolvido uma via de informação. (GUERRA, 1994, p. 185).

4. Como minimizar o Impacto da Covid19 nas zonas rurais de forma a garantir


a continuação de transmissão dos conteúdos escolares

No que diz respeito à Educação, conforme a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), sabemos que a crise causada pela Covid-19
resultou no encerramento das aulas em escolas e em universidades, afectando mais de 90%
dos estudantes do mundo (UNESCO, 2020). A partir desse número, pergunta-se: qual o futuro
da Educação num mundo abalado pelo novo coronavírus?

A Educação a distância (EaD) não pode ser a única solução, esta metodologia tende a
exacerbar as desigualdades já existentes, que são parcialmente niveladas nos ambientes
escolares, simplesmente, porque nem todos possuem o equipamento necessário. Se a meta for
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investir apenas em ferramentas digitais, certamente, contribuiremos para uma piora na
aprendizagem dos alunos a curto e a médio prazos ( SOUZA; FRANCO; COSTA, 2016 ).
As escolas estão a dar, maioritariamente, continuidade ao ensino via online, sendo que
permanecem abertas apenas para pais que não conseguem encontrar acomodações alternativas
para seus filhos.

Deve-se analisar a prontidão do local atentado-se para a capacidade de abastecimento


de energia local, do acesso à internet, e das competências digitais dos professores e alunos. E
com isso escolher o uso de soluções de alta ou baixa tecnologia. E usar ferramentas relevantes
que podem decorrer através da integração de plataformas digitais, aulas em vídeo, ou até a
transmissão pelo rádio e televisão.

Priorizar soluções para os problemas psicossociais antes de leccionar, por meio de


mobilizar ferramentas disponíveis para estabelecer ligações entre as escolas, pais, professores
e alunos. E criar comunidades para assegurar as interacções sociais regulares, proporcionar
medidas de cuidado social, e abordar possíveis desafios psicossociais que o aluno possa
enfrentar quando em isolamento.

O calendário deve ser organizado conforme a situação da zona afectada, do nível do


estudo, das necessidades dos estudantes, e da disponibilidade dos pais. Deve-se escolher as
metodologias de aprendizagem adequadas com base no contexto do encerramento das escolas
e da quarentena. E deve-se evitar metodologias de aprendizagem que requeiram comunicação
face a face.

Os órgãos responsáveis pelo ensino devem fornecer apoio aos professores e aos pais
no uso de ferramentas digitais, através de formações curtas ou sessões de orientações para
professores como aos pais e alunos, além de monitorização e facilitação se forem necessários.
Atentar para integrar abordagens adequadas e limite o número de aplicações e plataformas,
com a combinação de ferramentas e os meios de comunicação disponíveis a maioria dos
alunos, ambas para uma comunicação e aulas síncronas, e um ensino assíncrono. E evitar
sobrecarregar os alunos e os pais, solicitando que realizem e testem demasiadas aplicações ou
plataformas.

É necessário que se desenvolva regras para o ensino à distância e monitorize o


processo de aprendizagem dos alunos, para tal deve ser definido as regras com os pais e
alunos do ensino a distância

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5. Conclusão

Participação competente é o caminho para a construção da autonomia. Mediante a


prática dessa participação, é possível superar o exercício do poder individual empregado nas
escolas e promover a construção do poder da competência, centrado na unidade social escolar
como um todo (LUCK, 2009, p. 41).
A dinâmica presente no dia-a-dia das escolas provoca uma ansiedade na solução dos
problemas perfeitamente compreensível.
E essa dinâmica e ansiedade, por vezes, implicam em tomadas de decisões mais
centralizadas e menos dialogadas. O conselho de escola acaba esquecido. Em algumas escolas
as pessoas que respondem pela direcção sentem certo receio de permitir que o conselho se
efective concretamente por supor que ele pode indispor a estrutura de poder presente no
estabelecimento de ensino (SOUZA, 2001).
“Um dos principais problemas que impedem que o conselho de escola se transforme
num instrumento de democratização das relações no interior da escola é a falta de ligação
entre representantes e representados, especialmente no que se refere a pais e alunos.” (Paro
1995, p. 149).

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6. Referências Bibliográficas

1. PARO, V. Administração escolar: introdução crítica. 3. ed. São Paulo: Cortez,


1988.
2. GOHN, M. G. Conselhos gestores e participação sociopolítica. São Paulo:
Cortez, 2001
3. RIBEIRO, J. Q. Ensaios de uma teoria da administração escolar. São Paulo:
USP, 1952.
4. GUERRA, M. A. Santos. Entre bastidores: el lado oculto de la organización
escolar. Málaga: Aljibe, 1994.
5. SOUZA, S.; FRANCO, V. S.; COSTA, M. L. F. Educação a distância na
óptica discente. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 42, n. 1, p. 99-114,
jan./mar. 2016. https://doi.org/10.1590/s1517–9702201603133875 [ Links ]

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