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Sumário

1) Tema.......................................................................................................................................... 3

2) Justificativa ............................................................................................................................. 3

3) Situação-problema ................................................................................................................ 3

4) Público-alvo ............................................................................................................................ 3

5) Objetivos .................................................................................................................................. 4

6) Embasamento teórico .......................................................................................................... 4

7) Percurso metodológico ....................................................................................................... 5

8) Recursos .................................................................................................................................. 6

9) Cronograma de atividades .................................................................................................. 6

10) Avaliação ................................................................................................................................. 7

11) Referências bibliográficas .................................................................................................. 7

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1) Tema

O tema – gestão participativa – um maior envolvimento da comunidade


escolar na gestão administrativa da escola recebe em nosso tempo maior
importância, devido à busca de uma verdadeira democratização do ensino e de
uma maneira de tornar a escola uma instituição mais entrosada com a sociedade,
a fim de que se torne efetivamente uma agente transformadora da realidade
social.

2) Justificativa

Um projeto de implantação de gestão participativa na escola, devido à sua


abrangência (envolve alunos, pais, professores, equipe gestora da escola, outras
instituições ou vizinhança em geral do entorno escolar), necessita de um
planejamento adequado, com diversos estudos prévios, para que paradigmas
fundados em preconceitos sejam superados em busca do bem comum.

3) Situação-problema

Há pouca sinergia entre as ações da escola com as dos pais dos alunos,
no que tange à educação das crianças. O resultado disso é que há um baixo
aproveitamento escolar generalizado nos alunos. Os pais não sabem como agir
para contribuir com o aprendizado de seus filhos, pois se mantêm longe da gestão
escolar; a escola também tem dificuldade de fazer uma gestão com maior
participação da comunidade. O papel da escola fica limitado à simples
transmissão de conteúdos, e não agente transformadora da realidade da
comunidade na qual está inserida.

4) Público-alvo
O público-alvo deste projeto é principalmente a equipe gestora da escola,
professores, pais de alunos, e representantes de instituições ou associações da
comunidade do entorno escolar (como associações de moradores do bairro).

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5) Objetivos

Propor meios de estimular maior interação entre pais e a escola, em vista


de melhorar o aproveitamento escolar dos alunos;

Promover uma maior participação da comunidade na gestão escolar, a fim


de que a escola possa ter um papel mais efetivo de agente transformadora da
realidade da qual faz parte, ou seja, da comunidade do entorno escolar, e das
famílias de seus alunos.

6) Embasamento teórico
Quando falamos em democracia, parece ser óbvio que a participação de
todos aqueles que pertencem à determinada sociedade que cultiva essa ideia, é
importante para plena realização da mesma. Gestores que sabem dar ouvidos e
voz às demais partes interessadas, que sabem respeitar as diversas opiniões e
trabalham em busca de uma conciliação dessas divergências pelo bem de todos,
estão no caminho certo da implantação de uma verdadeira democracia
humanitária, e que combate a exclusão e a desigualdade sociais. Como observa
Silva (2013):

o papel do gestor escolar, em uma visão democrática de gestão está


diretamente ligado ao conhecimento da comunidade na qual a escola
está inserida; convidando-a para participar do processo educativo, já que
a própria sociedade, embora muitas vezes não tenha bem claro de que
tipo de educação seus jovens necessitam, não está mais indiferente ao
que ocorre nos estabelecimentos de ensino.

Com efeito, apesar de ainda hoje carregarmos em nossa sociedade


vestígios da influência do regime ditatorial – em muitas escolas públicas o cargo
do diretor escolar recai sobre pessoas indicadas por quem está em patamares
superiores da hierarquia educacional, o que não necessariamente faz do gestor
ser alguém com conhecimento pleno de todas as necessidades e dificuldades da
comunidade do entorno escolar – a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº
9.394/96, abre caminho para uma proposta de gestão participativa da escola mais
democrática, incumbindo os estabelecimentos de ensino de se articularem com as
famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a
escola.
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De acordo com Heidrich (2009), a parceira saudável entre escola e
comunidade/pais começa com a explicitação clara dos deveres de cada uma das
partes: o da escola de dar aos alunos uma formação de qualidade, para seu pleno
desenvolvimento como cidadão consciente de seus direitos e deveres, o dos pais
e comunidade de estimular o comportamento de estudante nos filhos, mostrando
interesse pelo seu aprendizado, incentivando-os nas leituras e pesquisas para
uma formação acadêmica mais profunda. É preciso, contudo, passar orientações
aos pais sobre os processos de ensino e aprendizagem, objetivos escolares e
projetos desenvolvidos para que momentos dessa interação sejam eficientes e
coordenados com as ações da escola. Também é importante os pais saberem
quando e como cobrar qualidade no trabalho dos educadores, e estes, por sua
vez, não se sentirem intimidados, mas confiantes de que poderão encontrar nos
pais e comunidade apoio para melhorar a qualidade do ensino ofertado aos
alunos. A questão aqui não é encontrar o culpado pelo fracasso, mas buscar em
conjunto uma solução para o problema.

7) Percurso metodológico
a) Marcar encontros periódicos entre pais de alunos, professores e gestores da
escola, e representantes da comunidade escolar (como associações de
moradores do bairro) para que possam falar suas opiniões para melhorar a
proposta pedagógica da escola, expor suas dúvidas ou ideias sobre assuntos
pertinentes à escola e os rumos que ela toma, sobre seus objetivos e papel de
formação humana perante a comunidade;
b) Manter o foco das reuniões pedagógicas (que ocorrem entre professores,
coordenação e direção escolar) em planos de melhorias no processo de
ensino-aprendizagem dos alunos, em superação de paradigmas baseados em
preconceitos que eventualmente estejam retardando o desenvolvimento da
escola;
c) Organizar eventos nos quais a produção dos alunos em sala possa ser mais
valorizada, sendo exibida para os pais e comunidade em geral;
d) Fazer as reuniões entre pais e mestres com pautas que frisem o
desenvolvimento e as conquistas dos alunos, e não apenas para recriminar
suas condutas no recinto escolar;
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e) Manter meios de comunicação eficientes, tanto entre escola-família, quanto
entre gestores-professores, para que ações possam ser dirigidas melhor e mais
rapidamente, a fim de atender as necessidades da escola, dos alunos e da
comunidade.

8) Recursos
Um local, como uma sala de aula da escola, que possa comportar as
pessoas que participarão das reuniões periódicas sobre o processo de gestão
escolar.

Uma equipe de pessoas (podem ser voluntários da comunidade escolar)


que possam fazer as pesquisas prévias para o planejamento da implantação da
gestão participativa (pesquisar junto à comunidade quais são seus anseios sobre
a escola em relação ao futuro de seus filhos que estão matriculados nela).

Um acordo entre pais e escola, de como realizar uma comunicação mais


efetiva e frequente, para que eventuais problemas com os alunos possam ser
rapidamente conhecidos e assim tratados adequadamente (pode ser a adoção de
uma agenda escolar, comunicação por meio eletrônico – como celular ou e-mail,
etc.).

Um local na escola, como um mural na entrada, onde pais têm acesso fácil,
para exposição dos trabalhos dos alunos, para valorizar a produção destes e
assim aumentar sua autoestima e motivação para estudar com maior dedicação.

9) Cronograma de atividades
Agendamento de reuniões durante dezembro e janeiro, para planejamento
do projeto de gestão participativa da escola com a comunidade escolar, para que
o projeto seja colocado em prática no ano letivo que se inicia em janeiro/fevereiro.

Agendamento de reuniões periódicas (podem ser mensais) entre pais de


alunos, professores, equipe gestora da escola, representantes da comunidade do
entorno escolar, para debate de assuntos pertinentes à escola e à comunidade
como um todo.

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Agendamento de reuniões pedagógicas (professores, coordenadores e
direção escolar) para tratar de assuntos pertinentes ao projeto e ao restante da
escola, para ajustar condutas e tomar resoluções em busca do progresso e
desenvolvimento saudável da escola e seus alunos.

Planejamento das aulas com vistas a obter produções dos alunos que
possam ser expostas em mural para os pais e comunidade em geral apreciarem
(tais como redações, trabalhos relacionados às artes plásticas, etc.), ou mesmo
planejamento de feiras de exposição (como por exemplo, uma feira de ciências)
nas quais os alunos podem expor ao vivo suas produções e trabalhos realizados
ao longo do ano nas aulas.

10) Avaliação

Observação do desempenho global dos alunos, de sua motivação para


estudar.

Pais mais participativos e frequentes no cotidiano da escola e no


acompanhamento de seus filhos.

Gestores e professores sem preconceitos ou medo infundado da presença


dos pais no processo de gestão da escola.

A escola deve servir de referência para as famílias de sua comunidade, de


sua região, como algo que está ali disposta a ajudar a melhorar a realidade da
vida da sociedade como um todo.

A gestão participativa permite que a escola se abra para a comunidade e


saiba com mais detalhes quais são seus anseios, problemas, etc., e assim pode
atuar de forma eficiente como agente transformadora da realidade, através da
educação de seus alunos.

11) Referências bibliográficas

I. BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e


bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez.
1996. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>.
Acesso em: 10 de outubro de 2015.

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II. HEIDRICH, Gustavo. A escola da família. Gestão Escolar. São Paulo, Edição
003, Agosto/Setembro 2009. Disponivel em
<http://gestaoescolar.abril.com.br/comunidade/escola-familia-493363.shtml>.
Acesso em: 15 de setembro de 2015.
III. SILVA, Ana Maria da. Gestão participativa na escola e os desafios a serem
alcançados. Disponível em
<http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/48709/gestao-
participativa-na-escola-e-os-desafios-a-serem-alcancados#!7>. Acesso em: 10
de outubro de 2015.

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