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O presente artigo científico aborda sobre educação inclusiva no ensino superior com necessidades
educativa especial. Seu principal objectivo é analisar as dificuldades relacionadas à inclusão dos
indivíduos portadores de deficiências no âmbito de ensino universitário; ademais, investiga-se
como os ambientes físicos universitários podem oferecer melhores condições para esse grupo de
discentes. Para tal, será realizada uma análise teórica através do método indutivo e da pesquisa
bibliográfica. Nesta perspectiva, é importante lembrar que a própria sociedade gera um bloqueio
nas pessoas com necessidades especiais e, assim, elas são descriminadas a enfrentar desafios e
frequentar universidades. Problemas estruturais das instalações também dificultam o acesso ao
ambiente de ensino, além de problemas de capacitação dos professores que atuam no Ensino
Superior. Contudo, podemos observar uma crescente conscientização por parte dos docentes
sobre o acesso ao ambiente universitário por parte de todos, indiferente das necessidades ou
dificuldades pessoais.
ABSTRACT
This scientific article addresses inclusive education in higher education with needs. Its main
objective is to analyze the difficulties related to the inclusion of individuals with disabilities in
the scope of university education; in addition, it investigates how university physical
environments can offer better conditions for this group of students. To this end, a theoretical
analysis will be carried out through the inductive method and bibliographic research. In this
perspective, it is important to remember that society itself creates a blockade for people with
special needs and, thus, they are discriminated against to face challenges and attend universities.
Structural problems in the facilities also make it difficult to access the teaching environment, in
addition to training problems for teachers working in Higher Education. However, we can
observe a growing awareness on the part of professors about access to the university environment
by everyone, regardless of personal needs or difficulties.
Keywords: Inclusive Education in Higher Education
Índice Páginas
1. Introdução.................................................................................................................................5
2. Metodologia do Trabalho..........................................................................................................6
2.1. Tipo de pesquisa................................................................................................................6
2.1.1. Quanto a forma de abordagem...................................................................................6
3. DEFICIENCIA..........................................................................................................................7
3.1. Definição;...........................................................................................................................7
3.1.1. Incapacidade..............................................................................................................7
3.2. Educação inclusiva............................................................................................................7
3.2.1. Definição:...................................................................................................................7
3.3. Razão para desenvolver um sistema educacional mais inclusivo......................................8
3.3.1. Educacional:...............................................................................................................8
3.3.2. Sociais:.......................................................................................................................8
3.3.3. Económica:.................................................................................................................8
3.4. Educação Inclusiva em Moçambique................................................................................8
3.5. Políticas e Práticas Educativas Inclusivas.........................................................................9
3.6. O Preparo dos Docentes Para Actuarem no Processo de Inclusão de Alunos com
Necessidades Especiais no Ensino Superior...................................................................................11
4. Apresentação e Discussão dos Resultados..............................................................................12
5. Conclusão................................................................................................................................14
Referências bibliográficas..............................................................................................................15
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1. Introdução
O presente artigo busca abordar em torno da temática sobre Educação Inclusiva no Ensino
Superior, uma vez que o tema constitui um desafio para o pais, em que o mesmo deve ser
superado havendo necessidade da existência de uma educação para todos, com uma sociedade
mais justa, onde a igualdade de direitos prevaleça sem discriminação, possibilitando aos cidadãos
com deficiência a mesma oportunidade que é dada aos demais cidadãos.
O atendimento a essa parcela da população é muito importante, pois capacita e especializa o
universitário, constrói o saber respeitando as diversidades e diferenças. A inclusão dos alunos
com necessidades especiais é um assunto bastante debatido e que está em alta na sociedade,
desde momento em que as pessoas reconhecem as pessoas com necessidades especiais como
sujeitos produtivos, com os mesmos direitos e deveres, o tema se torna de extrema importância
em todos os níveis de convivência e ensino.
Segundo Simoni (2011, p.9), destaca que “quando se fala em deficiência, surge ao mesmo tempo
um conceito que é considerado antagónico, o de normalidade. Passa a existir uma dicotomia, uma
divisão entre os indivíduos existentes em meio social.” Com o presente trabalho, iremos realizar
um levantamento teórico sobre o tema, com o objectivo de entender o processo de inclusão nas
universidades e quais são as dificuldades de adaptação e entendimento sobre o assunto. Com isso,
tentaremos definir a importância da capacitação por parte dos profissionais da educação para uma
melhor compreensão sobre o assunto.
Este artigo tem como principal objectivo analisar as dificuldades relacionadas à inclusão dos
indivíduos portadores de deficiências no âmbito de ensino universitário.
A razão da escolha do tema ainda se deve ao facto de ser um tema moderno, por se tratar de uma
forma do pesquisador ampliar os seus conhecimentos a cerca de Educação Inclusiva no Ensino
Superior no país e colocar em prática alguns conhecimentos adquiridos durante o curso. Portanto,
o tema justifica se pelo facto de poder contribuir para a descoberta de novos sistemas de
informação que possibilitem a melhoria de Educação Inclusiva no Ensino. Além disso, as
conclusões podem servir de base no mundo científico em geral, fazendo dos resultados desta
pesquisa uma área de investigação científica.
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2. Metodologia do Trabalho
Todo trabalho científico se inicia como uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre um certo assunto. De acordo com Freitas e Félix (2010, p.13),
para que a pesquisa tenha sustentação teórica, é necessário se fazer um levantamento exaustivo
sobre o tema que se propõe pesquisar e, antes mesmo de colectar dados para a sua pesquisa, é
fundamental estabelecer quais referências farão parte dela.
A modalidade bibliográfica permitiu sustentar as abordagens feitas por autores e teóricos em
torno da temática em estudo.
3. DEFICIENCIA
3.1. Definição;
“Nesta perspectiva ter uma deficiência, seja ela qual for, traz como
consequência ter que lidar com um estigma que a sociedade estabelece: o
da incapacidade, da dependência. Pois, toda deficiência certamente
implica alguma limitação, mas não desqualifica a pessoa para uma
infinidade de novas descobertas e possibilidades de aprendizado que
permitem avançar no conhecimento. Contudo, a história evidencia que as
pessoas com deficiência eram excluídas do convívio com a sociedade,
muitas vezes abandonadas à própria sorte e consideradas inaptas a
estudar.”
3.1.1. Incapacidade
igualdade e a qualidade da Educação Inclusiva, mas também acerca dos modos de concretizá-los.
A Educação Inclusiva pode enfatizar a aprendizagem, a socialização, a formação para o exercício
da cidadania e preparar para a inserção no mundo do trabalho.
A educação inclusiva trata de uma reorganização das instituições de ensino da educação infantil
até a pós-graduação para que todos os alunos, independentemente de quaisquer limitações,
participem das aulas em geral, nas classes adequadas à sua idade física e condição mental.
Educar todos os indivíduos juntos significa que as instituições de ensino terão que desenvolver
formas de ensino que respondam as diferenças individuais, beneficiando todas as pessoas.
3.3.2. Sociais:
As escolas inclusivas podem mudar atitudes para com aqueles que de alguma forma são
“diferentes”. Isso colaborará na criação de uma sociedade justa sem discriminação.
3.3.3. Económica:
Ainda Matemulane (2015) faz apelo à diferenciação na prática pedagógica, ao mencionar que a
qualidade das acções nesta causa não descarta uma formação, séria, de especialistas nas áreas das
NEE (Necessidade Educativas Excepcionais), com mais horas de estudo e práticas aprofundadas
sobre as particularidades dos alunos, podendo tornar possível a diferenciação educativa e prestar-
se mais atenção especializada ao aluno com NEE.
Este posicionamento explica-se pelas evidências constatadas por Nhapuala (2014) ao mencionar
que, a progressão dos efectivos de alunos com NEE escolarizados no ensino regular, nota-se com
alguma preocupação, que o largo número de alunos no ensino superior está longe de transitar
com os mesmos índices de participação para os níveis de ensino subsequentes (p.24).
Posteriormente, o autor refere que a inexistência de dados estatísticos sistematizados, fidedignos
e de acesso público em Moçambique, sobre o número de crianças com deficiência e outras
tipologias de NEE não associadas à deficiência, torna difícil precisar em que medida este esforço
político e social garante que nenhuma criança permaneça efectivamente fora do sistema
educativo em virtude de apresentar necessidades educativas especiais.
Não bastam leis, decretos, portarias e resoluções para que seja efectivada a inclusão. Políticas de
inclusão, como palestras, cursos, recursos pedagógicos precisam ser desenvolvidos desde a
educação infantil, sendo que a sociedade actual carece de passar por um processo de
conscientização e aceitação. A aceitação e o desenvolvimento das interacções sociais contribuem
na criação de um ambiente inclusivo, e assim, em uma prática educacional inclusiva, em que haja
interacção e aceitação social de todos os estudantes.
A questão principal é como garantir uma educação especial de qualidade e a inclusão desse
público no ensino superior com eficácia. Entra nessa questão como autor principal o professor,
pois ele é quem lida directamente com o aluno todos os dias, que participa do processo de ensino
e aprendizagem, é o formador de opiniões. A preocupação é o fato dos profissionais não estarem
preparados para actuarem nas diversas adversidades, buscando recursos que facilitem o processo
de ensino. Todavia, a busca por especializações na área devem ser realizadas e trabalhar na
formação dos futuros cidadãos desde a educação infantil é primordial para termos uma futura
sociedade consciente e acolhedora. Além do leque de leis que nem sempre são cumpridas e das
políticas para inclusão dos educandos especiais no ensino superior que nem sempre são
conceituadas e colocadas em prática, a participação dos discentes especiais com os demais
colegas garantirá o desenvolvimento das habilidades e das competências necessárias.
A inclusão de alunos com deficiências no sistema de ensino quanto nível superior é um processo
complexo e tem sido alvo de muitas discussões com amparo e fomento pela aplicação da
legislação. É consenso que todos os professores querem que seus alunos aprendam, mas nem
todos estão atentos a algumas das características do processo de aprendizagem.
O professor precisa apresentar competência pedagógica para o processo de inclusão e não pode
estar limitado apenas ao repasse de informações e técnicas, mas sim, ter a capacidade de atentar-
se às questões referentes ao seu aluno, bem como mediar suas dificuldades e habilidades, pois o
ensino exige aperfeiçoamento (MASETTO, 2003).
A busca neste artigo permitiu a localização de vários artigos, Dissertações de Mestrado e Teses
de Doutorado que falam em torno da abordagem temática deste artigo, mas somente nove
referências foram consideradas válidas para análise neste estudo, por abordar políticas públicas
direccionadas à inclusão de pessoas com deficiência no Ensino Superior. Os apontamentos sobre
as políticas voltadas às necessidades educacionais especiais fizeram referência aos avanços das
últimas décadas e às necessidades de qualificação docente para actuar junto a todos os alunos,
sem deixar de considerar as especificidades de cada aluno com deficiência e proporcionar a
acessibilidade ao conhecimento e aprendizagem.
Para incluir indivíduos especiais no ensino superior deve-se pensar no seu bem-estar e na sua
participação efectiva no processo de aprendizagem e desenvolvimento motor e cognitivo, mas
também levar em consideração o esforço desse aluno, pois este deve mostrar interesse e
disposição pelo cuidado que esta sendo oferecido, não deixando a desejar na produção por
escorar na necessidade que possui. O professor deve sim adequar as actividades a serem
realizadas pelo aluno com necessidades especiais, porém sem mudar os objectivos a serem
alcançados pela turma, pois apesar das limitações o aluno possui competências e habilidades
como os demais.
Sobre a prática docente e formação de professores, os estudos enfocam a concepção de
deficiência, práticas didáctico-pedagógicas obsoletas e as experiências em relação à temática.
Também é ressaltada a necessidade de se existir disciplinas referentes à educação inclusiva na
grade curricular dos graduados em licenciatura e o investimento em formação continuada. Essas
acções aproximariam o futuro profissional de seu público beneficiário das políticas de educação
especial e dariam condições para o desenvolvimento de metodologias adequadas a necessidade de
cada aluno, diminuindo assim as diferenças e valorizando o ser humano.
A inclusão de pessoas com deficiência na educação superior acontece desde o final dos anos
noventa em Moçambique e cada vez mais se torna maior, actual e necessária. Com a abertura das
políticas públicas e o fortalecimento das condições de acessibilidade tem-se desenvolvido a
integração e a inclusão das diversidades, embora ainda seja de forma tímida.
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Segundo Gonçalves (2019, p. 25), em sua pesquisa sobre educação inclusiva no ensino superior,
em que Foram consideradas válidas param análise setenta referências, que permitiram constatar
que cada aluno possui necessidades específicas que precisam ser consideradas para que os
princípios de igualdade e justiça social sejam válidos, conforme determinam as políticas públicas
vigentes.
Já para Bazzotti1 & Menezes (2020), em sua pesquisa em relação aos desafios da educação
inclusiva, chegaram a concluir que os profissionais de ensino nas Universidades têm enfrentando
inúmeros desafios no que diz respeito a inclusão e ensino de alunos com necessidades especiais
nas Instituições brasileiras. E entendem que esta inclusão vem ocorrendo de forma lenta e muitas
vezes falta estrutura adequada do ambiente universitário, além da falta de preparo de todos os
integrantes do meio universitário e também a falta de incentivo por parte da sociedade, o que
contribui para que muitos alunos com necessidades especiais desistam ou simplesmente não se
motivem a iniciar o desafio do processo de formação superior.
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5. Conclusão
Referências bibliográficas