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CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DE
BENGUELA
Benguela, Angola
Junho de 2022
INSTITUTO SUPERIOR DE
CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DE
BENGUELA
Benguela, Angola
Trabalho de Projecto
Junho de 2022
DIREITOS DE AUTOR E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO TRABALHO
POR TERCEIROS
Este é um trabalho académico que pode ser utilizado por terceiros desde que respeitadas
as regras e boas práticas internacionalmente aceites, no que concerne aos direitos de
autor e direitos conexos. Assim, o presente trabalho pode ser utilizado nos termos
previstos na licença abaixo indicada. Caso o utilizador necessite de permissão para
poder fazer um uso do trabalho em condições não previstas no licenciamento indicado,
deverá contactar o autor.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela vida, por permitir que tivesse saúde, empenho e dedicação, por
ajudar-me a ultrapassar todos obstáculos encontrados ao longo do processo de formação
até a realização e conclusão deste trabalho e tornar possível a conclusão deste ciclo
formativo. Sinto-me bem-aventurada por fazer parte deste magno projecto de formação,
desde já apresento a minha gratidão ao Governo de Angola, à Unidade Técnica de
Gestão de Quadros/Programa Nacional de Formação de Quadros - UTG/PNFQ e ao
Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo - INAGBE, pelo grande apoio
institucional e financeiro prestado.
Ao meu esposo, filho, pais, irmãs, familiares, amigos, compadres e a todos outros que
incentivaram-me a avançar nos momentos mais difíceis e compreenderam a minha
ausência enquanto me dedicava à realização deste trabalho.
Deste modo posso afirmar que até a presente momento sinto-me munida de
conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais, que serão acrescidos até a
conclusão deste Mestrado. Nesta altura sinto-me em condições de enfrentar os inúmeros
desafios que poderão surgir durante a realização da docência levando comigo um
elevado leque de conhecimentos que me serão muito úteis. Com a frequência deste
mestrado foi possível perceber o elevado sentido de responsabilidade que o projecto
acarreta, pelo facto de estarmos a ser formados, para formar professores responsáveis,
críticos e reflexivos.
iii
DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE
iv
Currículo de Metodologia de Ensino de Ciências Sociais e da Natureza
RESUMO
v
Curriculum of Teaching Methodology of Social and Natural Sciences
ABSTRACT
This curricular proposal is an integral part of the Master Degree in Primary Teaching
Methodology, created by the Executive Decree nº 93/20, of the 28th of February,
resulting from an existing partnership between the Benguela Higher Institute of
Education Sciences and the University of Minho of Portugal. This proposal is intended
for the initial training course for Primary School teachers in Higher Education
Institutions, and aims to introduce new dimensions of teaching in order to stimulate the
development of significant learning and address some weaknesses in Angolan
education. The proposals presented in this curriculum include contents whose activities
stimulate students to construct knowledge based on their day-to-day experiences.
vi
ÍNDICE
Resumo ............................................................................................................................. v
ABSTRACT .................................................................................................................... vi
Introdução ......................................................................................................................... 9
1. Fundamentação ........................................................................................................... 11
4. Conteúdo ................................................................................................................. 16
Bibliografia ..................................................................................................................... 98
vii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CN - Ciências da Natureza
CS - Ciências Sociais
UC – Unidade Curricular
LISTA DE TABELAS
viii
INTRODUÇÃO
10
1. FUNDAMENTAÇÃO
De acordo com Sousa (2010, p.151) “a diferenciação curricular pode ser estudada a
partir das suas manifestações explícitas, tais como as práticas de professores que se
distingam por assumi-la como uma causa prioritária ou as que resultam de programas
oficiais especialmente concebidos pelos alunos com determinadas características”.
11
A diferenciação é um processo pedagógico que não se conclui na divisão dos alunos por
grupos de proximidade de desenvolvimento, pois o professor tem a responsabilidade de
dar atenção aos quatro princípios de diferenciação:
Segundo Sousa (2010, p.8) “ (…) a diferenciação curricular pode ser activada nos
planos macro ou meso, através do encaminhamento dos diferentes alunos para a
frequência, durante um período de tempo relativamente longos, de diferentes vias de
estudo, quer no plano micro, através de práticas de gestão diferenciada e um currículo
comum na sala de aulas (…)”.
Essa diferenciação ocorre quando a actuação do professor tem origem no estudo sobre o
grau de aproximação entre as aprendizagens realizadas por cada aluno e as
aprendizagens consideradas necessárias a realizar, a mesma é fortalecida adequando-a a
cada caso, pode ser realizada em situações diversas, ocorrem em todo momento nas
salas de aula de forma espontânea (Sousa, 2010).
12
execução do currículo, é baseada no contexto dos alunos sendo que 20% dos mesmos
depende da realidade local, a região, particularidades sociais, culturais e linguísticas dos
alunos e das famílias.
13
ângulo, limitando a visão do todo cuja complexidade requer a permanente
interdisciplinaridade do trabalho científico. Trata-se, pois, de duas tendências em
permanente tensão e equilíbrio entre a especialização e a integração dos saberes para a
compreensão do real.
O currículo deve ser pensado como uma construção colectiva sendo esta dependente da
participação de todos elementos da comunidade pedagógica, realizada com base numa
planificação partilhada, abrangendo por um lado as decisões da administração e, por
outro lado, as decisões dos professores, alunos, pais e outros intervenientes (Pacheco,
2002). Reconhecer a legitimidade de decisão dos professores e dos responsáveis pela
gestão das escolas contribui para a criação de condições favoráveis à emergência da
diferenciação curricular tão desejada por todos. Esta efectiva-se se for assumida por
todos actores que actuam nos mais variados níveis de decisão, sobretudo pelos
professores (Sousa, 2010).
Podemos afirmar que adequação do currículo deve ser feita de acordo com as
necessidades específicas de cada região, escola e aluno, na medida em que requer um
conhecimento directo das suas necessidades. Portanto, a construção do currículo
depende dos significados das experiências que se torna a pedra angular para uma
educação de qualidade que tanto se almeja.
2. OBJECTIVOS GERAIS
14
Compreender a relevância das metodologias de ensino das CSN para o processo
de ensino e aprendizagem
Destacar os fundamentos teóricos do ensino e da aprendizagem das CSN.
Analisar os documentos orientadores do ensino e aprendizagem das CSN do
Ensino Primário em Angola.
Promover a educação para cidadania, contribuindo para uma melhor
compreensão das CSN, para que estes adquiram aprendizagens significativas;
Desenvolver o domínio do vocabulário específico das áreas CSN para melhor
explicar os diferentes cenários de actuação profissional;
Capacitar os futuros professores do ensino primário para actividades de
planificação, execução, acompanhamento, desenvolvimento de hábitos de
trabalho colaborativo e avaliação como processo reflexivo utilizando de maneira
adequada os meios didácticos e tecnológicos a seu alcance no ensino das CSN;
Aperfeiçoar as técnicas de avaliação de e para aprendizagem nas CSN.
3. RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
4. CONTEÚDO
Temas
Conteúdos
1.Fundamentos teóricos do 1.1.Finalidades do ensino e da aprendizagem das CSN
ensino e da aprendizagem das 1.2. Teorias de Aprendizagem nas Ciências Sociais e
Ciências Sociais e da Natureza da Natureza (teoria behaviorista (paradigma
(Porquê ensinar e aprender) tradicional);
teoria cognitivista (paradigma sócio construtivista):
ideias prévias e mudança concetual; e teoria
Humanista)
1.3. Formas aprendizagem (aprendizagem por
pesquisa, aprendizagem por projecto, aprendizagem
colaborativa)
1.4. Perspectivas de ensino e aprendizagem nas
Ciências Sociais e da Natureza
2. Documentos orientadores 2.1. Lei de Bases do Sistema Educativo e Ensino
do ensino e aprendizagem das 2.2. Plano Curricular do Pré-escolar e do Ensino
Ciências Sociais e da Natureza Primário
no Ensino Primário em 2.3. Programas da 5ª e 6ª classe do Ensino Primário
Angola (O que ensinar e 2.4. Manuais da 5ª e 6ª classe do Ensino Primário
aprender)
16
3.1. Pensamento histórico
3.2. Conceitos substantivos e metahistóricos
3. O ensino e aprendizagem (exemplos de operacionalização do conceito meta-
das ciências sociais e da histórico de tempo através de genealogias e linha de
natureza e as suas tempo cronológico)
metodologias (Como ensinar e 3.3. Fontes históricas
aprender) 3.4. Modelo de aula oficina (ideias prévias,
desafio/confronto, troca ou mudança conceptual e
metacognição)
3.5.Actividades laboratoriais
3.6. Actividades de campo
3.7. Analogias,
3.8. Role play-dramatização
3.9. Aprendizagem Baseada na Resolução de
Problemas
3.10. Tecnologia de Informação e Comunicação
3.11. O uso de jogos educativos na sala de aula
4. Contributo do ensino das 4.1. Educação para o Património
CSN para promoção da 4.2. Educação para a Saúde
educação para a cidadania 4.3. Educação Ambiental
(Mais valia de ensinar e 4.4. Educação para paz e sustentabilidade
aprender)
5. Planificação do ensino e da
5.1. Conceito de plano de aula
aprendizagem das CSN (Como 5.2. Tipos de planificação
preparar o ensino e a 5.3. Definição dos objectivos de aprendizagem e sua
aprendizagem) classificação
5.4. Selecção de métodos e estratégias de ensino
5.5. Relevância da planificação de aulas na qualidade
do processo de ensino e aprendizagem
6. Avaliação de /para/ como 6.1. Modalidades de avaliação das aprendizagens
aprendizagem nas CSN (Como (diagnóstica, formativa e sumativa)
avaliar as aprendizagens) 6.2. Instrumentos de avaliação das aprendizagens
(portefólio reflexivo e relatórios).
5. PLANEAMENTO TEMÁTICO
O currículo educacional é a soma dos assuntos que nos remetem para o processo de
ensino aprendizagem, o qual terá como modelo a escola defendida pela sociedade, e
visa contribuir para a construção e consolidação de conhecimentos. Os esforços
realizados para elaboração desta proposta curricular visam favorecer a construção de
uma educação de qualidade. O presente plano temático foi elaborado de forma
multidisciplinar de modo a integrar no processo de ensino e aprendizagem as áreas das
Ciências Sociais e da Natureza. Idealizando todas as actividades que os estudantes irão
realizar sob orientação do professor, o mesmo foi elaborado e organizado tendo em
conta o contexto angolano para que se cumpram os fins da educação expressos nos
documentos oficiais. De acordo com Doyle (1986, citado em Santos, 2007, p.35) “a
17
profissão de professor associa-se a duas funções a aprendizagem e a ordem. A primeira
é relacionada com o ensino e a segunda com a organização. Das funções referidas surge
a definição de um conjunto de tarefas interrelacionadas essências para funcionamento
efectivo da classe. Tendo como pressuposto básico o seguinte é: sem ordem, ensinar
torna-se difícil e sem ensino adequado, a ordem é impossível.”
Nessa ordem de ideias Freitas et. al. (2017), destacam que “o ensino da História
é importante pois permite a construção das identidades, ligadas ao patriotismo e
ao desenvolvimento de capacidades inerentes à estrutura da História como
disciplina científica, à construção do conhecimento histórico. O ensino e
aprendizagem da História têm as seguintes finalidades: sabermos quem somos;
desenvolver a identidade nacional; o patriotismo; compreender o presente e
projectar caminhos para o futuro; desenvolver competências específicas de
carácter cognitivo e transversal” (p.18).
18
O ensino da Geografia é relevante pois visa a aquisição de conhecimentos relacionados
com o espaço terrestre e a vida dos seres vivos; saber situar os lugares e os factos no
mapa e no meio natural; explicar as regras de funcionamento dos diferentes territórios e
das sociedades humanas; preparar a humanidade para acção quotidiana: circular, viajar,
compreender as informações dos mass média, ser um cidadão responsável preocupado
com o ambiente e promover uma educação geográfica de qualidade (Schoumaker,
1999).
De acordo com Chaui (1995 citado em Polon, 2012, p. 103) as ciências da natureza:
De acordo com Cosme et. al. (2021), “o acto de ensinar, de aprender e de avaliar quanto
ao lugar que ocupa o professor e o aluno e a utilidade que é dada ao conhecimento
assumem diferentes papéis, em função do paradigma em que cada escola e cada
professor se posicionam” (p.32). Realizaremos a seguir uma abordagem sucinta de
teorias de aprendizagem, onde faremos referência às teorias behaviorista, cognitivista e
humanista.
Esta teoria de ensino aprendizagem é centrado no professor, este molda o aluno à sua
imagem e semelhança de acordo com as suas ideias, considerando apenas os
comportamentos externos ignorando os processos internos de aprendizagem apega-se
em princípios mecanicistas, considerando como um ser moldável passivo e dependente
do professor, ignorando todos aspectos ligados a personalidade do aluno sendo um mero
executor do processo de memorização (Proença, 1990). Na teoria behaviorista “o aluno
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é pensado como um ser que responde a estímulos exteriores de modo mais ou menos
automático, desprovido de ideias próprias, sendo objecto de formação e a função do
professor consiste em exercer uma acção didáctica, como um mero transmissor de
conhecimentos sendo considerado como especialista dotado de todo conhecimento, do
modelo do saber e controla os resultados obtidos” (Gago, 2012, p.13), Na mesma linha
de ideia Vasconcelos et. al. (2003) afirmam que no contexto do behaviorismo o aluno
têm um papel passivo, recipiente de informação, acrítico, apático de mero reprodutor de
informações e tarefas, o ensino realiza-se por transmissão, não há preocupação em
ensinar o aluno a pensar, e muito menos a aprender a aprender este apenas acumula
saberes e deve ser capaz de repetir fielmente, a aula é centrada no professor, que
controla todo o processo, distribui as recompensas e, eventualmente, a punição.
Pensar em formas de ensinar implica dar aos alunos alguma coisa para fazer, e não algo
para aprender, e o fazer é de tal natureza que exige que pensem e que observem
intencionalmente as relações resultantes da aprendizagem realizada de forma natural
(Dewey, 2007 citado em Cosme et. al., 2021). Segundo a teoria construtivista o
conhecimento não é uma cópia da realidade, mas sim, uma construção do ser humano
(Carretero, 2002). Na mesma linha de pensamento Gago (2012) enfatiza que “o
construtivismo defende o que o indivíduo é uma construção própria que se vai
desenvolvendo a partir do seu próprio sistema de cognitivo, das suas experiências e
vivências (…)” (p.26). Em suma no construtivismo a aprendizagem visa a compreensão
do mundo a partir da participação activa e interactiva dos alunos com o meio
envolvente, dando sentido e significado às aprendizagens partindo da noção básica de
que o todo é mais do que a simples soma das partes, construindo desta forma o seu
próprio mundo (Proença,1990). Na mesma linha de ideia Cooper (2004) afirma que a
aprendizagem construtivista é activa, realiza-se através da resolução de problemas, ao
dar a oportunidade de realizar experiências, podendo desta forma aprender através dos
sentidos: sentir, tocar, ver, aplicar aprendizagem a novos contextos de modo a tornar os
factos menos “aborrecidos” e integrar a aprendizagem sem fronteiras entre as
disciplinas, focando o interesse das crianças e o desenvolvimento holístico- emocional,
social e cognitivo.
20
De acordo com (Ausubel et. al.1980; Almeida, 1996; Praia, 1999 citados em
Vasconcelos et. al.,2003), o modelo construtivista leva em consideração as “concepções
prévias” dos alunos. Segundo estes autores estas concepções articulam-se com o
conhecimento científico e ocorre a “apreensão conceptual” quando as ideias prévias do
aluno entram em “conflito” com o conhecimento científico, ocorrendo desta forma uma
“mudança conceptual”. Têm-se assim em conta o pressuposto de que o aluno
dificilmente aprende sem efectuar a integração entre o conhecimento anterior e o novo
conhecimento.
Teoria Humanista
Esta teoria é baseada nas em correntes não directivas, apresenta alguns aspectos
positivos e algumas limitações. Como aspecto positivo considera que a personalidade da
psicobiológica não é apenas um dado inato, mas também um produto resultante da
interacção de variados factores, considerando que a estrutura pessoal é mutável
(Proença, 1990). Por outro lado apresenta algumas limitações, sendo que a primeira
surge pelo facto de o sistema seguido não coadunar com a funcionalidade de uma
escola, em que existem programas a cumprir e a segunda resulta do facto de o ensino ser
centrado unicamente nos interesses e impulsos do aluno (Proença, 1990). Na mesma
senda o autor abaixo referido afirma que nesta teoria “o aluno deve decidir o que quer
aprender, ser auto-orientador da sua aprendizagem e assim tornar-se mais independente
e responsável” (Manslow et. al., citado em Gago, 2012, p.26). De acordo com Proença
(1990), na teoria humanista a aprendizagem é centrada no aluno este realiza a sua auto
aprendizagem e auto avaliação através do ensino individualizado.
21
Kohler - Desenvolvimento de espectativas -Ensino por descoberta
Koffka -Condições de conhecimento intuitivo guiada
Lewin - Compreensão -Organizadores avançados
-Relacionação do “novo” com o -Apresentação de objectivos
“adquirido” - Problematização
- Sistematização -Questionários orientadores
Piaget - Transferência para situações novas e de síntese
Bruner idênticas - Esquemas
Ausubel - Desafio cognitivo -Debates, estudos de caso,
discussões…
Humanistas Maslow Aprendizagem centrada no aluno -Ensino individualizado
Buhler -Auto aprendizagem e auto avaliação facilitador
-Aprendizagem dos sentimentos, - Discussões
C. Rogers conceitos e das habilidades. - Debates
A. Combs - Ajuda a “tornar-se pessoa” - Painéis
-Atmosfera emocional positiva, -Simulações
empática - Jogos de papéis
-Resolução de problemas…
É relevante que os alunos aprendam a realizar pesquisas, para que sejam bem-sucedidos
no século XXI, proporcionando-lhes a capacidade de acederem a abundância de
informações e de usarem os recursos disponíveis (Reif & Heimburge, 2000).
22
23
Aprendizagem por Projecto
Aprendizagem Colaborativa
24
Na visão de Gago, et. al.(2021), na aprendizagem colaborativa as actividades assentam
nos seguintes princípios:
25
3) Perspectiva construtivista ou cognitivista onde o aluno assume um papel central no
processo de ensino-aprendizagem, tendo papel activo na construção do seu
conhecimento. Para que isso aconteça é necessário que o professor conheça
particularidades dos seus alunos, e utilize metodologias diversificadas, apoiando-se nas
novas tecnologias, estimulando a aprendizagem por confronto de posições individuais e
em grupos.
26
construtivista - Avaliação (metacognição e feedback). Multiperspectiva no
(ideias prévias Processo de Ensino
e mudança Aprendizagem. Escola
concetual) Portuguesa de
Moçambique.13.
- Proença, M, C. (1990).
Ensinar/aprender História:
questões de didáctica
Teoria aplicada. Livros horizonte
Humanista Lda.
-Vasconcelos, C., Praia J.
F., & Almeida, L, S.
(2003). Teorias de
Aprendizagem e o Ensino
/Aprendizagem das
Ciências: Da Instrução à
Aprendizagem.
Universidade do Porto e
Universidade do Minho.
Volume 7.12.
1.3.Formas - Levantamento e análise das ideias Cosme, A., Lima, L.,
diversas de prévias Ferreira, D., & Ferreira, N.
aprendizagem: (2021). Metodologias,
- Trabalham de forma colaborativa, Métodos e Situações de
Aprendizagem -Conceituar com os grupos organizados em forma Aprendizagem: Propostas e
por pesquisa os diferentes de U; Estratégias de Acção. Porto
tipos de - Efectuam a leitura e análise de artigos Editora.
aprendizagem relacionados com as diferentes formas - Ferreira M. S., & Santos
Aprendizagem de aprendizagem; M. R. (2007). Aprender a
por projecto -Aplicar a - Seleccionam temas nos manuais de ensinar/ensinar a aprender.
aprendizagem História/ de Ciências de Natureza do Edições Afrontamento.50,
por pesquisa ensino primário; 51.
-Exercitam diferentes formas de - Okada, A. (2014).
-Empregar a operacionalização ensino tendo em Competência chave para
aprendizagem conta os temas escolhidos; coaprendizagem na era
Aprendizagem por projecto - Realizam debate em grupo restrito; digital: Fundamentos,
colaborativa - O professor percorre pelos grupos, Métodos e Aplicações. (2ª
-Praticar a acompanhando o andamento das Edição ed.)
aprendizagem tarefas; Wh!tebooks.15-16.
colaborativa - Compartilham as conclusões em - Rao, G. (2021). Guia para
grande grupo, falam à sua vez, escutam Jovens Inovadores: A nova
-Demonstrar e ajudam-se mutuamente; forma de abordar desafios
as valências - Realiza-se um debate em torno dos com o método CTEM (1ª
das diferentes temas abordados, tendo em conta as Edição ed.). Editorial
formas de ideias apresentadas inicialmente e as Proença.69
aprendizagem ideias actuais efectuando um confronto - Reif, S. F., & Heimburge,
e posteriormente a reformulação das J. A. (2000). Como ensinar
mesmas; a todas os alunos na sala
- Fazem o registo da actividade de aula inclusiva. (Vol. II
realizada no seu portefólio reflexivo; Volume). Porto
- Efectua-se o levantamento das Editora.222.
aprendizagens realizadas;
- Realiza-se a mudança conceptual a
partir do confronto entre as ideias
prévias e o novo conhecimento;
- Avaliação (metacognição e feedback)
1.4. - Categorizar - Após o levantamento das ideias 1.4. Vasconcelos, C., Praia
Perspectivas as prévias dos alunos a respeito do tema J. F., & Almeida, L, S.
de ensino e perspectivas perspectivas de ensino e aprendizagem (2003). Teorias de
aprendizagem de ensino e das CSN; Aprendizagem e o Ensino
nas CSN aprendizagem -Realizam as tarefas em grupo de forma /Aprendizagem das
27
das CSN; colaborativa; Ciências: Da Instrução à
- Destacar o - Para trabalhar este tema faz-se recurso Aprendizagem.
papel das ao método de sala de aula invertia em Universidade do Porto e
perspectivas que o professor fornece os conteúdos a Universidade do Minho.
no ensino na serem abordados na aula com a devida Volume 7.12.
aprendizagem antecedência;
das CSN - Uma vez que já tiveram contacto com
o conteúdo, seguem o guião da
actividade apresentado pelo professor e
respondem as questões do guião em
grupo restrito;
- Os grupos apresentam em grande
grupo o resultado da actividade
realizada através de debate orientado
pelo professor;
- Efectua-se o levantamento das
aprendizagens realizadas;
- Confrontam as suas ideias
anteriormente com as ideias actuais. •
Avaliação (metacognição e
feedback).
No segundo tema serão analisados alguns documentos orientadores que regem o sistema
de ensino em Angola dos quais a Lei de Base do Sistema Educativo Angolano, o plano
Curricular do Pré-escolar e do Ensino Primário, Programas e manuais da 5ª e 6ª classe
do Ensino Primário, que serão alvos de análise e discussão de modo a familiarizar os
estudantes com os mesmos.
A Lei de Base do Sistema Educação e Ensino nº. 32/20, artigo nº 27º, 2020) aprovada
através da Lei n.º17 /16 de Outubro 7 de Outubro, as bases do Sistema de Educação e
ensino.
De acordo com a Lei de Base do Sistema Educação e Ensino nº. 32/20, artigo nº 27º,
2020, o ensino primário tem duração de 6 anos, tem acesso as crianças que completem 6
anos no ano da matrícula, engloba as classes de 1ª à 6ª classe.
28
Na Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino nº 17/16, artigo 5º, 2016 constam os
(Objectivos específicos do Ensino Primário) apresentados a seguir:
Na Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino nº 17/16, artigo 5º, 2016 constam os
seguintes Princípios gerais: o Sistema de Educação e Ensino rege-se pelos princípios da
legalidade, da integralidade, da laicidade, da universalidade, da democraticidade, da
gratuitidade, da obrigatoriedade, da intervenção do Estado, da qualidade de serviços, da
educação e promoção dos valores morais, cívicos e patrióticos.
As intenções básicas para as opções pedagógicas tomadas para o Ensino Primário são:
Introdução à disciplina;
Planos temáticos;
Quadro sinóptico;
Avaliação da aprendizagem.
Nesta abordagem daremos destaque aos objectivos gerais e o plano temático da 5.ª e 6.ª
classe das disciplinas de História e Ciências da Natureza.
Compreender que com o passar dos tempos as sociedades humanas passaram por
diversas mudanças;
31
Analisar as razões da formação das primeiras associações culturais;
Conhecer alguns aspectos históricos do nosso país e dos primeiros povos que
habitaram o actual território que se chama angola;
Conhecer as causas que tiveram na base das primeiras revoltas contra a exploração e
a oposição colonial;
O plano temático de Historia da 5.ª classe, está constituído por 8 unidades temáticas
apresentadas a seguir:
1. O tempo;
6. A ocupação do território;
32
Programas de História da 6.ª classe
O plano temático de História da 6ª classe está constituído por 6 temas que passaremos a
destacar:
33
Programas de Ciências da Natureza da 5.ª classe
O plano temático da 5.ª Classe é constituído por oito Unidades Temáticas, organizados
da seguinte forma:
1. Corpos na natureza;
2. O ar e a natureza;
3. A energia;
4. A água;
34
5. Crusta terrestre;
7. A alimentação e saúde
3. Diversidade de animais
5. Relação entre os seres vivos e suas interacções com o meio (INIDE/MED, 2019
pp. 101,102).
35
tempos, os espaços e as lógicas dos quotidianos escolares visam colmatar as
necessidades sociais e educativas, nos contextos de actuação concretos e a diversidade
cultural da sociedade angolana. A correcta utilização desses materiais pode diligenciar
novas dinâmicas e experiências, capazes de promover aprendizagens significativas,
porque activas, inclusivas e de qualidade, destacando a formação dos cidadãos que
reflictam sobre a realidade dos seus tempos e espaços de vida, para agir positivamente
com relação ao desenvolvimento sustentável das suas localidades, das regiões e do país
no geral. Por estes motivos o Ministério da Educação levou a cabo a revisão curricular
efectivada mediante correcção e actualização dos planos curriculares, programas
curriculares, manuais escolares, documentos de avaliação das aprendizagens e outros,
das quais resultou a produção dos presentes materiais curriculares (Miguel et. al., 2018,
p.3).
Tabela 4: Unidade temática relacionada aos documentos orientadores do ensino e aprendizagem das CSN
no Ensino Primário em Angola (o que ensinar e aprender).
36
- Elaboração de uma síntese global Angola, 3994.
tendo em conta os contributos de
cada grupo;
- Mudança/ troca conceptual a partir
do confronto entre as ideias prévias e
o novo conhecimento tendo em conta
o guião;
- Efectua-se o levantamento das
aprendizagens realizadas;
- Avaliação (metacognição e
feedback).
2.2. Plano - Reflectir a - Explora-se as ideias prévias dos
Curricular respeito do plano alunos; - Lei nº 13/01
do Ensino curricular do - Realizam trabalho colaborativo em de Bases do
Primário pré-escolar e do grupos dispostos em forma circular, Sistema de
ensino primário; - Realização da actividade seguindo Educação e
o guião; Ensino. (31 de
- Compreender - Debate em grupo restrito e em Dezembro de
os aspectos interacção com os outros grupos a 2003).
pertinentes do cerca, dos aspectos pertinentes do Actualização
plano curricular plano curricular da 5ª e 6ª classe; Curricular.
do ensino - Partilha dos resultados obtidos em Luanda: Texto
primário. grande grupo; Editores.
- Debate em torno do tema em
abordagem;
- Confronto entre as ideias prévias e
o novo conhecimento tendo em conta
as ideias existentes no guião e
reformular as mesmas;
-Efectua-se o levantamento das
aprendizagens realizadas;
-Avaliação (metacognição e feedback
)
2.3 e 2.4 - Analisar os - Levantamento das concepções -INIDE/MED.
Programas programas e prévias dos alunos; (2019).
e manuais manuais da 5ª e - Leitura e análise de um tema dos Programa da 5.ª
da 5ª e 6ª 6ª classe; programas e manuais da 5ª e 6ª classe/ Ensino
classe do classe; Primário.In M.
Ensino - Identificar os - Realizar um confronto entre o Afonso, J.
Primário elementos manual e o programa averiguar a Gomes & J.
fundamentais concordância entre eles; Manuel (cood.)
existentes nos - Identificar as potencialidades e 1ª Edição.
manuais e debilidades existentes; Editora
programas da 5.ª - Realizam um debate a respeito da Moderna. 8, 69,
e 6.ª classe análise realizada tendo em conta as 72, 91,92.
questões existentes no guião de -INIDE/MED.
tarefa de aprendizagem; (2019).
- Propõe sugestões de melhoria; Programa da 6.ª
- Efectuam a mudança/ troca classe/ Ensino
conceptual a partir do confronto Primário.In M.
37
entre as ideias prévias e o novo Afonso, J.
conhecimento; Gomes & J.
- Efectua-se o levantamento das Manuel
aprendizagens realizadas; (cood.). 1ª
- Avaliação (metacognição e Edição. Editora
feedback). Moderna.85,
87, 101,102.
Segundo Pilletti, (2004), o ensino pode ser entendido como é um processo que visa a
aprendizagem sendo considerado como factor de estimulação intelectual. Este autor
defende que na escola nova o importante no ensino “não é aprender, mas aprender a
aprender”, colocando o aluno como o centro do processo de ensino e aprendizagem,
agindo o professor como estimulador e orientador da aprendizagem. No que diz respeito
à aprendizagem pode afirmar-se que a mesma é concebida como um processo de
aquisição e assimilação, mais ou menos consciente de novos padrões e novas formas de
perceber, ser, pensar e agir, e que é mais do que aprender uma informação (Schmtz, nd
p.53 citado em Pilletti, 2004, p. 41).
38
estudo dos métodos, traduzido no conjunto de acções de investigação realizadas pelo
professor nas diversas ciências, quanto aos seus fundamentos e validade, diferenciando-
se das técnicas que são aplicações exclusivas dos métodos” (Fonseca & Fonseca, 2016,
pp. 43-44).
Existe uma relação entre intrínseca entre metodologia e os métodos, uma vez que é a
metodologia que fornece os métodos e cabe ao professor seleccionar os mais adequados
para alcançar os objectivos (Piletti, 2004). O destaque dado à metodologia é importante
por uma razão muito simples, permite ao professor escolher os métodos mais adequados
que conduzam os seus alunos a alcançarem aprendizagens significativas. Por outro lado,
os métodos de ensino são extremamente relevantes, pois consideram-se como acções do
professor por intermédio das quais é possível organizar as actividades de ensino dos
seus alunos (Piletti, 2004).
Chapman (2021), realça que “um dos principais objetivos da Educação Histórica é
desenvolver o «pensamento histórico» dos alunos e o pensamento histórico é central
para o «conhecimento histórico» ” (p.26). Barca (2021), aponta que o pensamento
histórico é construído na disciplina de História, envolvendo conhecimento de um certo
passado, porque humanamente é impossível conhecer todo o passado, que nos
proporcione uma ideia devidamente fundamentada em relação à vida dos seres humanos
em vários tempos e espaços. Atendendo ao facto de que a História é uma ciência de
conhecimento dinâmico, os historiadores reúnem novas fontes e colocam novas
questões às fontes ao longo do tempo, envolvendo um processo investigativo complexo,
mas instigante e, sem ele, não se pode falar de saber pensar historicamente. Na mesma
linha de ideia Nakou (2003), afirma que o pensamento histórico é uma actividade
intelectual complexa sendo realizada dentro do carácter social do processo histórico e,
desse modo diferentemente concebido por cada teoria da história. Adicionalmente o
pensamento histórico é concebido como envolvendo a selecção e interpretação das
fontes na base das quais as questões e as inferências históricas são produzidas. De
acordo com (Bruner citado em Cooper, 2004), “no seu trabalho sobre a transferência de
conhecimentos adquiridos a novos contextos, sugere que, as crianças aprendam quais as
perguntas a formular às fontes, então a História poderá ser aprendida a partir do recurso
à evidência sem ser necessário recorrer a uma memorização estéril” (p.57). Deste modo
os autores, afirmam que as crianças devem usar as fontes mais apropriadas, para que
39
consigam realizar inferências históricas. Pensar historicamente, pode considerar-se
como a capacidade de pensar além de si mesmo e do seu tempo. Compreender que
existem relações entre a sua história individual e a História (Schmidt & Barca, 2009). A
construção do pensamento histórico do aluno alicerça-se nas seguintes operações
cognitivas específicas da História:
Para desenvolver o pensamento histórico dos alunos é necessário que estes tenham
domínio dos conceitos substantivos e meta-históricos. Os conceitos substantivos
permitem-lhes compreender as pessoas, os eventos, os elementos e os processos que se
desenrolaram no passado, requerem um conhecimento contextual profundo, pois não
basta focalizar‑se simplesmente no pensamento transferido entre os diferentes contextos
históricos (Chapman, 2021). Na mesma linha de ideia, considera-se que os conceitos
substantivos são aqueles relacionados com a componente da compreensão de uma regra
ou norma, onde o aluno é capaz de reconhecer os princípios, elementos distintivos dessa
regra e norma, por exemplo os conceitos de: escravatura, feudalismo, civilizações, entre
outros (Gago, 2012). De acordo com (Lee, 2011 citado em Barca, 2021) os conceitos
substantivos são “retractos do passado que constituem a substância da História,
assentam-se nos seguintes (monarquia, economia, escravatura, império, revolução,
cultura, democracia entre outros) e envolvem um processo investigativo complexo mas
instigante e permite ao aluno saber pensar historicamente”(p.60). Os conceitos
substantivos, assim como outros conceitos e conhecimentos, podem ser fruto de
suposições e ideias do quotidiano e do senso comum que possuímos do passado e acerca
de como a História funciona (Chapman, 2021). Para além dos conceitos substantivos,
em História temos de atender aos conceitos metahistóricos estão intimamente
relacionados com a natureza científica da História” (Freitas et. al., 2010).
40
No mesmo trilho Schmidt e Barca (2009), afirmam que o pensamento histórico
envolve a apropriação de conceitos metahistóricos, oriundos da epistemologia de
História que podem ser: evidência histórica, empatia histórica, narrativa histórica e
explicação histórica Em suma, considera-se que “os conceitos metahistóricos são
aqueles inerentes à própria História-ciência, sempre presentes quando se estuda História
dando corpo à mesma. Os conceitos metahistóricos devem ser uma preocupação
constante de exploração em História, pois são eles que munem os alunos de ferramentas
cognitivas que lhes vão permitir compreender o passado conseguindo perceber porquê
que um determinado objecto de um certo passado é uma evidência.” (Gago, 2012, p.30).
Ou seja, conceitos substantivos têm a ver com o “saber isto” e os metahistóricos com o
“saber como” (Barca, 2004 citada em Gago, Cantanhede & Torrão, 2021).
Um dos conceitos metahistóricos que devem ser trabalhados com os alunos nas
aulas de História é o conceito de tempo, através do qual o aluno constrói as genealogias
e linhas de tempo. Esta será uma tarefa a considerar durante a nossa abordagem.
Solé (2005), salienta que as genealogias são discursos sobre o tempo, tendo como
finalidade estudar a origem de uma família, estabelecendo uma relação de parentesco
entre os seus membros, a construção de genealogias pelos alunos é fundamental pelos
seguintes motivos: contribui para promover a identidade pessoal, a compreensão de uma
realidade histórica, desenvolve valores culturais e afectivos, permite a construção da
identidade pessoal do aluno. Todavia os estudos genealógicos contribuem para a criação
na escola de uma construtivista, capaz de fazer os alunos reviverem o passado da sua
família de forma gratificante e motivadora (Zonabend, n.d citado em Solé, 2005).
Por outro lado Freitas et. al. (2017), as linhas de tempo cronológico permitem o
desenvolvimento de conceitos associados ao sistema convencional de contagem do
tempo, podem representar um dia, uma hora, décadas, anos de vida dos alunos, fases de
41
crescimento de uma planta, entre outros, tendo em conta a sequência de acontecimentos,
têm como finalidades, promover o desenvolvimento de noções de causalidade,
evidenciam semelhanças e diferenças ao longo do tempo, permitem a contextualização
de vários períodos de tempo e estabelecem ligação entre o conhecido e o desconhecido.
Chapman (2021), considera que nas aulas de História as fontes e o seu questionamento
são fundamentais para a construção do conhecimento histórico. Neste sentido, considera
que se deve utilizar todo o tipo de fontes históricas – escritas, materiais, iconográficas,
historiográficas, documentais, ficcionais, etc. A arte consistirá no labor das inferências,
sobre situações históricas indiciadas nessas fontes. A partir da “leitura” destas fontes,
vários poderão ser produtos construídos pelos alunos, de acordo com a tarefa proposta,
mas que será sempre expressa de forma narrativa (escrita, oral, pictográfica)
concretizada num ensaio escrito, numa banda desenhada, num debate, num guião,
cenários ou figurinos para uma dramatização; um poema ou letra de canção sobre um
tema; um fórum de argumentação, através da internet.
METACOGNIÇÃO)
42
Barca (2004), propõe que os alunos “façam História” na sala de aula com a orientação
do professor, realizando actividades práticas que lhes permitam colocar a “mão na
massa”, ou seja considera que o professor deve criar tarefas que tornem a aula uma
oficina, em que se permita aos alunos “historiar”. Neste modelo o aluno é responsável
pela construção do seu próprio conhecimento, sendo o professor um investigador e
orientador da aprendizagem, que procura conhecer as ideias que os seus alunos trazem
para a sala de aula, e estas servem de base para construção do novo conhecimento
propondo tarefas-problemas, realizados pelos alunos que serão alvo de avaliação (Gago,
2021).
As ideias prévias são como as ideias que os alunos possuem no seu sistema cognitivo
para explicar um determinado fenómeno, onde o conhecimento do aluno é reconstruído
43
tendo como pilar de sustento todos os factores de ordem interna e ou externa, não sendo,
uma cópia da realidade (Schmidt, 2009).
De acordo com Carretero (2002), numa aula construtivista o professor deve criar
conflitos cognitivos ou contradições, produzindo situações que favoreçam a
compreensão dos alunos. Ao encontrar as contradições, os alunos podem mudar a sua
concepção inicial. O conflito entre a sua ideia inicial sobre um determinado fenómeno e
a concepção cientificamente correcta, permite que o aluno realize a reformulação
cognitiva passando por uma fase de transformação de ideias, onde o importante não
apenas o produto final mas também o processo de mudança realizado.
44
Tabela 5: Unidade Temática relacionada como o ensino e aprendizagem das Ciências Sociais e da
Natureza e as suas metodologias (como ensinar e aprender)
46
Histórica de
Museus. Braga:
Universidade do
Minho.
• Schmidt,
M. A., & Barca, I.
(2009). Prefácio.
Aprender História:
Perspectiva de
educação
Histórica. In M.A
Schimidt & I.
Barca (org.)
Editora Unijuí. 30.
• Gago, M.
(2021). Aprender
como se faz
História: Desafios
e oportunidades da
Aula Oficina.
Flexibilidade e
Interacções
Educativas para
Rumos(Des)
iguais: Um olhar
longitudinal até
aos tempos de
Pandemia. Instituto
de Educação da
Universidade do
Minho.
47
3.2. Conceitos - Levantamento e análise -Chapman, A.
substantivos e das ideias prévias dos (2021).Construindo
metahistóricos - Identificar os alunos sobre os conceitos a compreensão e o
(exemplos de conceitos substantivos e pensamento
operacionalização substantivos e metahistóricos; histórico através do
do conceito meta- metahistóricos - Organizam-se os alunos ensino explícito de
histórico de - Estabelecer a por grupos raciocínio
tempo através de: diferença entre - Leitura e síntese de histórico. In L.A.
os conceitos documentos relacionados Marques Alves &
substantivos e com os conceitos M. Gago (coord.)
metahistóricos substantivos (civilização, Diálogo (s),
- Referir a tráfico...) e metahistóricos epistemologia (s) e
importância (evidência, educação histórica
dos conceitos multiperspectiva, um primeiro olhar.
substantivos e explicação, significância, CITCEM.
meta-históricos narrativas, empatia, tempo, - Barca, I. (2021).
na mudança...); Educação
aprendizagem - Seguem o guião Histórica: Desafios
da História orientador; Epistemológicos
- Para complementar a para o Ensino a e
leitura realizam uma aprendizagem da
pesquisa relacionada com História. In L.A.
os conceitos substantivos e Marques Alves &
metahistóricos M. Gago (coord.)
estabelecendo a diferença Diálogo (s),
entre eles por meio de epistemologia (s) e
vídeos no You Tube. educação histórica
- Os alunos seleccionam um primeiro olhar.
temas no manual de história CITCEM.
para trabalharem os • Gago, M..
diferentes conceitos (2012).
seguindo um guião orientar Pluralidade de
contendo algumas Olhares-
perguntas ou pistas; Construtivismo e
- Com base nas realidades Multiperspectiva
históricas presentes no no Processo de
manual de História Ensino
seleccionam os conceitos Aprendizagem.
substantivos e Escola Portuguesa
metahistóricos para serem de Moçambique.
trabalhados. • Gago, M.,
- Partilham os resultados Cantanhede, F &
das actividades através da Torrão, P. (2021).
exposição dialogada, por O fio da Historia.
meio de um debate que Fio da Educação:
permitirá aos alunos Caminhos para
conciliar as ideias que aprendizagens
possuíam anteriormente significativas.
Genealogias com as actuais, realizando Portugal: Texto
- Conceituar assim a reformulação das Editores.
48
genealogia; mesmas; - Freitas, M. L.V.,
-Referir a - Realizar intercâmbio de Solé, G. S., & Sara,
finalidade e o ideias com os outros P. (2010).
objectivo do grupos; Metodologia de
uso de - Confronto entre as ideias História. Plural
genealogias; prévias e as ideias Editora.
-Construir construídas durante a - Schmidt, M. A.,
genealogias; realização da actividade; & Barca, I.
-Destacar a - Efectua-se o levantamento (2009).Prefácio. In
importância das das aprendizagens M. A. Schimidt &
genealogias realizadas; I. Barca (org.)
para - Avaliação (feedback e Aprender História:
aprendizagem metacognição). Perspectiva de
dos alunos. educação
Histórica. Editora
- Levantamento e análise Unijuí.
das ideias prévias;
-Leitura e análise de artigos - Freitas, M. L.V.,
relacionados a construção Solé, G. S., & Sara,
de genealogias; P. (2010).
- Resolvem os problemas Metodologia de
apresentados seguindo um História. Plural
guião orientador, onde Editores.
constam algumas questões - Solé, M. G. S.
a serem respondidas pelos (2005). A
alunos. Genealogia como
- À medida em que o estratégia de
professor aborda o tema ensino-
sobre as gerações, os alunos aprendizagem do
analisam as diferentes tempo histórico no
árvores genealógicas de 1.º Ciclo. Revista
histórias de famílias Galego-
“imaginárias”. Para evitar Portuguesa de
situações menos boas por Psicoloxía e
exemplo: casos de Educación.
poligamia, incesto Galician-
homossexualismo entre Portuguese
outros. Journal for the
- O professor partilha com Study of
os futuros professores, Psychology and
algumas árvores Education, pp..
genealógicas devidamente CD/Rom).
construídas.
- Analisam as árvores
genealogias apresentadas
pelo professor e respondem
às questões seguindo o
guião de actividade.
- Nota: Os alunos podem
construir a árvore
49
genealogia da sua família
desde que o professor se
Linha de tempo certifique que não há casos
cronológico difíceis que poderão
condicionar a realização
- Conceituar dessa actividade na sala de
linhas de aula.
tempo; -Realizem trabalho
- Produzir colaborativo/cooperativo;
linhas de - Partilham as tarefas
tempo; realizadas, cada grupo
-Descrever as apresenta a suas conclusões
finalidades das resultantes da leitura dos
linhas de tempo artigos e da análise das
na árvores genealógicas, que
aprendizagem serão alvo de debate em
dos alunos. grande grupo. Freitas, M. L.V.,
- Realizam o confronto das Solé, G. S., & Sara,
ideias apresentadas P. (2010).
inicialmente com as ideias Metodologia de
actuais reformulando as História. Plural
mesmas. Editores.
- O professor faz o
levantamento das ideias
construídas pelos alunos,
apresentadas oralmente
pelo porta-voz de cada
grupo através debate;
-Avaliação (feedback e
metacognição)
-Levantamento e análise
das concepções prévias dos
alunos sobre linhas de
tempo;
- Leitura e análise de
artigos relacionados com a
construção de linhas de
tempo;
-Seguem o guião de tarefas
de aprendizagem;
- O professor partilha,
diferentes tipos de linhas de
tempo, que serão alvo de
análise pelos futuros
professores;
- Realizam um debate em
50
grande grupo para abordar
os aspectos observados;
- Visualizam um vídeo que
retracte a construção de
linhas de tempo;
- O professor efectua o
levantamento das ideias
construídas pelos futuros
professores, apresentadas
oralmente pelo porta-voz de
cada grupo através debate;
-Visualização de um vídeo
relacionado a construção de
linhas de tempo para
consolidar o conhecimento;
- Efectua-se o confronto
das ideias apresentadas
inicialmente com as ideias
actuais reformulando as
mesmas.
- Avaliação (feedback e
metacognição).
51
História, têm acesso a
alguns materiais criados por
outros professores, que
serão analisados, seguindo
um guião de análise.
- De seguida constroem
uma tarefa para os seus
alunos de ensino primário
em que tivessem que usar
as fontes disponibilizadas
por si.
- Formulam hipóteses sobre
as fontes analisadas;
- Apresentam as conclusões
do trabalho realizado, que
serão alvo de debate;
- Efectuam análise e
comparação entre as ideias
que possuíam
anteriormente com as
actuais realizando assim o
confronto e reformulação
das mesmas;
- Levantamento das ideias
construídas, para que o
professor conheça o nível
cognitivo dos alunos;
- Avaliação (feedback e
metacognição).
3.4. Modelo de - Conceituar - O professor efectua o -Barca, I. (2004).
aula oficina aula oficina Levantamento e análise das Aula oficina: do
(ideias prévias, - Referir o ideias prévias dos alunos projecto à
confronto, troca papel do sobre o modelo de aula avaliação.
ou mudança professor e do oficina oferece uma ficha Universidade do
conceptual e aluno no de exploração das ideias, Minho.
metacognição) modelo de aula dividida em duas partes, na - Barca, I. (2021).
oficina primeira parte serão Educação
- colocadas as ideias prévias Histórica: Desafios
Operacionalizar e na segunda as ideias Epistemológicos
as fases de uma construídas durante a aula. para o Ensino a e
oficina - Apresentação do tema da aprendizagem da
- Destacar a aula e propõem aos alunos História. Edições
relevância da que realizem: afrontamento.
aula oficina na - Analisem textos -Carretero, M.
aprendizagem relacionados com a aula (2002).
dos alunos oficina; Construtivismo em
- Seguem o guião educação. 2.ª Ed.
apresentado pelo professor rer. aum. Artmed.
onde existem algumas - Gago. (2012).
questões orientadoras Pluralidade de
52
relacionadas com o tema. Olhares-
- Cada grupo partilha as Construtivismo e
suas ideias expondo as suas Multiperspectiva
conclusões colocando-as no Processo de
numa cartolina; Ensino
- Os diferentes grupos Aprendizagem.
visitam a exposição dos Escola Portuguesa
trabalhos, observam e de Moçambique.
analisam, em silêncio, os - Gago, M.,
trabalhos dos outros Cantanhede, F &
grupos; Torrão, P. (2021).
- Os representantes de cada O fio da Historia.
grupo escrevem, num post - Fio da Educação:
it, um aspecto positivo, um Caminhos para
pedido de esclarecimento e aprendizagens
um aspecto a melhorar e significativas.
fixam-no na cartolina dos Portugal: Texto
diferentes grupos; Editores.
- Os futuros professores são • Polon, S.
desafiados a Reflectir- A. (2012). Teoria e
Responder-Reflectir; Metodologia do
-Partilha das conclusões de Ensino de
cada grupo, onde cada Ciências.
grupo lê, reflecte e Unicentro.
responde aos post-its, - Schmidt, M. A.,
seguido de um debate; & Barca, I.
- Partilha das conclusões (2009).Prefácio. In
com a turma; M. A. Schimidt &
- Reformulam as suas I. Barca (org.)
ideias efectuando o Aprender História:
confronto entre as ideias Perspectiva de
prévias e o conhecimento educação
adquirido na aula. Histórica. Editora
- Levantamento das ideias Unijuí.
construídas; - Zabala, A. &
- Avaliação (metacognição Arnau, L. (2020).
e feedback). Métodos para
ensinar
competências.
Penso.
53
A realização do trabalho laboratorial permite “atingir os seguintes objectivos:
motivação, aquisição de técnicas laboratoriais, aprendizagem do conhecimento
científico, aprendizagem de utilização da metodologia científica e o desenvolvimento de
atitudes científicas” (Figueiroa 2016, p. 35).
O trabalho laboratorial afirmou-se ao longo dos tempos nos currículos de ciência como
uma vertente indissociável no ensino e aprendizagem da disciplina, sendo defendido
pela maioria dos autores como “vital” e “central” (Woolnough,1995 citado em
Figueiroa, 2016, p.33).
As actividades laboratoriais são importantes pois “na passagem do aluno da sala de aula
para o laboratório aumenta seu o interesse e o prazer pela aula, onde observa uma
diversidade de equipamentos e de seres vivos sendo um ambiente relaxante e
contrastante diferente do comum, com todas as condições, para que os alunos satisfaçam
a sua curiosidade natural e desenvolvam a capacidade de iniciativa trabalhando
autonomamente, confrontam resultados, esperando em todo momento mexer e mexer-se
na cooperação com os colegas e com o professor” (Figueiroa, 2016, p. 33).
De acordo com Machado (2019), Os factores que podem influenciar o sucesso das
actividades laboratoriais no ensino e aprendizagem das ciências da Natureza são, as
concepções dos professores, a forma como os professores realizam as actividades e as
condições que as escolas apresentam. As actividades laboratoriais são relevantes para
aprendizagem dos alunos, por permitirem a motivação, interesse e prazer pela aula,
observando grande diversidade de equipamentos e de seres vivos sendo um ambiente
relaxante e contrastante diferente do comum, com todas as condições. Onde os alunos
desenvolvem a capacidade de iniciativa trabalhando autonomamente, confrontam
resultados, realizam as actividades em cooperação, tomem conhecimento da forma
como os cientistas produzem o conhecimento científico.
54
3.6. ACTIVIDADES DE CAMPO
As actividades de campo são importantes recursos para o ensino das Ciências, pois
permitem explorar uma grande diversidade de conteúdos, motivam os alunos,
possibilitam o contacto directo com o ambiente e uma melhor compreensão dos
fenómenos, permitem a explorar conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, o
que possibilita que sejam também de grande valia em programas de Educação
Ambiental (Viveiro, 2009, p. 1). Na visão de alguns autores (Dourado & Leite, 2013;
Dourado & Leite, 2015 citados em Dourado & Leite, 2016), as actividades de campo
“corresponde ao conjunto de tarefas, de diferente natureza, a realizar por professores
e/ou alunos, no local onde os acontecimentos ocorrem naturalmente, de modo a levar os
alunos alcançar um objectivo principal”. Na mesma linha de pensamento (Fernandes,
2007, p. 22 citado em Viveiro, 2009, p. 2) define actividade de campo em Ciências
como “toda actividade que envolve o deslocamento dos alunos para um ambiente alheio
aos espaços de estudo contidos na escola”. Muitos professores furtam-se em realizar
actividades de campo alegando a distância. De acordo com (Howarth; Slingsby, 2006;
Lock, 2010 citados em Dourado e Leite, 2016, p. 15), as saídas de campo não precisam
ter, necessariamente, um destino distante, podendo ser realizadas saídas de campo
educacionalmente frutíferas em lugares bem próximos da escola.
Para Abreu (2018), para execução de uma actividade de campo devemos ter em conta as
seguintes fases:
55
1- Preparação (pré-saída)
2- Execução (saída)
Os alunos poderão ser avaliados antes, durante e após a realização da aula de campo.
3.7. ANALOGIAS
56
tal comparação ligadas a aspectos essenciais para que a analogia possa ser discutida de
forma mais completa e contribuir para a aprendizagem dos alunos (Cunha, s.d).
Ferraz e Terrazan (2003 p. 216), afirmam que para que se realize um ensino de
qualidade fazendo recurso ao uso de analogias, é necessário que as mesmas contemplem
os seguintes momentos:
Segundo Ferraz & Terrazzan (s.d) as analogias podem ser classificadas da seguinte
forma:
57
7) Analogias duplas ou triplas: nesse tipo de analogias abordam-se dois ou três
conceitos alvo diferentes e complementares que são explicados por dois ou três
análogos, cada um correspondente a um domínio alvo.
Portanto podemos afirmar que com o uso das analogias é possível estabelecer relação
entre conceitos, partindo do conhecido (análogo) até ao desconhecido (alvo).
O Role-Play é considerado como uma técnica bastante eficaz, com muito destaque em
instituições de qualquer modalidade de ensino, consiste na interpretação, de uma
determinada situação do dia-a-dia, onde o aluno, através de uma simulação, interpreta
papéis, de forma espontânea, desenvolvendo desta forma a sua criatividade (Cheron,
s.d). O Role-playing ou Dramatização é uma representação feita pelos alunos baseada
num facto ou fenómeno, de forma espontânea ou planejada. Este princípio leva os
alunos a concretizarem uma situação-problema, contribuindo para:
Segundo Rabelo (2015 citado em Cheron s.d), afirma que durante a execução da técnica
Role-Play os alunos são protagonistas da sua própria aprendizagem, sendo-lhes
concedido um espaço para treinar, tentar, errar, tentar novamente até acertar.
58
Tabela 6: Unidade Temática relacionada como o ensino e aprendizagem das Ciências Sociais e da
Natureza e as suas metodologias (como ensinar e aprender) – continuação.
60
do confronto entre as ambiental: reflectindo
ideias prévias e o novo sobre as
conhecimento; potencialidades desta
- Avaliação estratégia na prática
(metacognição e escolar. Universidade
feedback). Estadual Paulista –
UNESP.1,2.
3.7. -Levantamento e análise Cunha, M. C. C. (s.d).
Analogias - Conceituar das ideias prévias dos Analogias nos livros
analogias alunos; de Ciências para as
- Leitura e análise de series iniciais do
- Compreender a artigos relacionados com ensino fundamental.
relevância da a elaboração analogias Faculdade de pós-
utilização das simples, simples quanto a graduação em
analogias para a função, simples quanto a educação UFMG. Pós-
aprendizagem forma, simples quanto a graduação em
dos alunos função e a forma, simples educação:
quanto ao limite do conhecimento e
- Demonstrar análogo, enriquecidas, inclusão social.
domínio dos duplas ou triplas; Ferraz F. D. &
diferentes tipos - Realizem trabalho Terrazzan (2003). Uso
de analogias e a colaborativo em grupos espontâneo de
sua forma de dispostos em forma analogias por
operacionalização circular; professores de
- Seleccionem temas no biologia e o uso
manual de Ciências da sistematizado de
Natureza e elaboram os analogias: Que
diferentes tipos de relação?216,226.
analogias que podem ser Ferraz F. D. &
utilizadas posteriormente Terrazzan (s.d). Uso de
na leccionação; analogias como
- Realizam debate em recurso didáctico por
grupo restrito a respeito professores de
do tema; biologia no ensino
- O professor efectua o médio.Pós-graduação
3.8. Role levantamento das ideias em Educação. Centro
Play- construídas que serão de educação UFSM.
Dramatização apresentadas oralmente Lopes, J. P., & Silva,
pelo porta-voz de cada H. S. (2019).
grupo através debate; Pensamento Crítico e
- Envolver-se no - Efectuando a mudança Criativo (1ª Edição
processo de conceptual a partir do ed.). PACTOR-
resolução de confronto entre as ideias Edições de Ciências
problemas; prévias e o novo sociais, Forenses e da
conhecimento e o Educação.167,35.
- Exercitar o role professor seguindo o
play- guião.
dramatização; - Visualizam de um vídeo
relacionado a construção
- Construir de analogia para
61
cenários; consolidar o
conhecimento;
- Interiorizar a -Avaliação (metacognição - Cheron, M. (s.d).
personagem que e feedback). Aplicação da técnica
lhe é atribuída; de Role-play na
educação profissional:
-Representar os desafios e
personagens; - Levantamento das ideias potencialidades para o
prévias sobre o método de desenvolvimento de
-Discutir a role play. competências.
simulação - Leitura e análise de
realizada. artigos relacionados com - Fonseca J. J. S, &
o role play, Fonseca, Sónia.
individualmente; (2016). Didáctica
- Realizam a síntese dos Geral. Inta. (2016) F.
conteúdos; Didáctica Geral. Inta.
- Organizam-se em
grupos e trabalham de
forma cooperativa/
colaborativa;
- Com ajuda do professor
identificam problemas no
manual para de História/
de Ciências da Natureza,
o Pelas suas
características, usando
evidências científicas e
vocabulário.
- Constroem cenários;
Interiorizar a personagem
que lhe é atribuída.
- Envolver-se no processo
de resolução de
problemas;
- Representam os
personagens;
- Os alunos são
convidados a representar
personagens, relacionados
com o problema em
questão, cada elemento do
grupo expõe livremente
os seus contributos.
- Apresenta-se possíveis
soluções do problema em
forma de dramatização,
através da partilha de
tarefas realizadas,
- Realiza-se uma
discussão relacionada
62
com a simulação
realizada;
O professor atua como
mediador e facilitador,
não deve censurar as
respostas, mesmo que não
sejam pertinentes, e após
a apresentação de
diferentes ideias, buscar
junto aos alunos a eleição
das respostas mais
significativas.
- São sugeridas algumas
propostas e ideias,
conscientes de que se
transformarão em um
documento que, após
aprovados em classe,
transformar-se-á em
atitudes quotidianas dos
alunos.
- Em gesto de conclusão o
professor apresenta
cenários relacionados
com os temas do manual
para consolidar os
conhecimentos dos
alunos;
- Efectua-se a mudança
conceptual a partir do
confronto entre as ideias
prévias e o novo
conhecimento.
- Levantamento das
aprendizagens realizada;
- Avaliação
(metacognição e
feedback).
63
3.9. APRENDIZAGEM BASEADA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS (ABRP)
A ABRP expandiu-se por todo mundo, por um lado pelo facto de permitir aos alunos
tirarem o máximo de partido do estudo independente e em pequenos grupos a partir da
resolução simulados que fazem parte do dia-a-dia, promovendo desta forma a
autonomia e a cooperação na vida em sociedade (Boud & Feletti s.d citado em Leite &
Afonso, 2001 p.254). A ABRP apresenta as seguintes características: os problemas são
pontos de partida para aprendizagem; é centrada no aluno e na aprendizagem, aprendem
a fazer ciência de forma cooperativa desenvolvendo competências; é pouco estruturada
e flexível; exige uma mudança em todo o processo de ensino e de aprendizagem, tanto o
papel do professor como o papel do aluno, como na forma de implementação das
actividades na organização da aula e na gestão de espaços e recursos; constitui-se como
um desafio para quem implementa esse tipo de ensino (Woods, 2000; Lambros, 2002;
Azer, 2008; Leite & Esteves, 2012, citados em Morgado, 2013 p.5). A ABRP consiste
em aprender novos conhecimentos resolvendo problemas (Morgado, 2013). Na ABRP
apresenta-se uma situação problemática ao aluno e partir dos conhecimentos que o
aluno possui é-lhe solicitado que busque novas informações por meio da pesquisa. Essa
estratégia tem como finalidade as seguintes: estimular a participação do aluno na
construção do conhecimento; desenvolver raciocínio; favorecer a aquisição de
conhecimentos; realizar a transferência de aprendizagens; desenvolver a prática pela
iniciativa de busca (Fonseca & Fonseca, 2016). Nessa estratégia realizam-se
aprendizagens construtivistas, através da resolução de problemas, permite aos alunos
operar sobre experiências próprias e constructos mentais, aprender através dos sentidos:
sentir, tocar, ver, aplicar, tornando as aprendizagens mais motivadoras, focando o
interesse dos alunos e o desenvolvimento holístico-emocional, social e cognitivo
(Cooper, 2004).
64
- A aprendizagem é realizada de forma individual e colaborativa
De acordo com (Torp e Sage, 2002; Kain, 2003; Wood, 2003 citados em Lopes, et. al.
2019), a ABRP é uma estratégia de ensino baseada na organização de uma investigação
de problemas do mundo real. Consiste na identificação do problema em situações
complexas, baseadas na vida real, e a busca de suas possíveis soluções.
O ciclo de aprendizagem descrito pode se repetir quantas vezes forem necessárias para
que o grupo esgote suas possibilidades e conclua, oferecendo uma solução para o
problema mais novas conclusões.
65
Segundo (Hung, 2009 citado em Lopes, et. al. 2019), afirmam que durante abordagem
problemas da vida real, podem surgir situações conflituantes, desta forma os alunos
devem adoptar a seguinte postura:
- Focar-se nos pontos de vista e apresentar argumentos plausíveis para justificar a sua
hipótese;
O jogo é uma actividade lúdica, considerada com uma autêntica escola de disciplina,
com regras pré-estabelecidas, onde os alunos estabelecem de emoções e afectos, num
espaço de liberdade. Em que o aluno voluntariamente aceita e exercita, pondo à prova as
66
qualidades do jogador, designadamente, a sua força e coragem e, igualmente as suas
capacidades espirituais e a sua lealdade (Huizinga, 2003 citado em Silva, 2011, p.92).
Durante a realização de jogos os alunos têm o desejo ardente de ganhar, mas devem
sempre obedecer às regras. Os jogos correm nas veias dos alunos, fazem parte do seu
dia à dia, são inerentes à sua própria condição e nessa qualidade consideram-se veículos
inesgotáveis e imprescindíveis para o seu processo de aprendizagem (Chateau, 1975).
Para (Brougère, 1998, p. 192), o jogo “é um espaço social que exige uma aprendizagem
concomitante e supõe a existência de um acordo pérvio que subjaz a uma significação
unívoca que cada participante lhe atribui a partir do conhecimento e do domínio prático
das regras que o regem”.
Gago, et. al. (2021), destacam que os jogos são ferramentas interessantes por
promoverem:
69
como: telemóveis
computadores entre
outros.
- O professor
acompanha-os durante a
realização das pesquisas
e estabelece um contacto
regular através da página
de internet ou plataforma;
- Seleccionam e gravam
registos de partes que
realmente são úteis na
pesquisa;
- Apresentam as
informações de forma
sequenciada e organizada
de forma lógica;
- Elaboram de uma
síntese da pesquisa;
- Partilham de
informações obtidas
durante realização da
pesquisa, em grande
grupo por meio de um
debate, moderado pelo
professor;
- Compartilhar, publicar
oficialmente os
resultados, disseminar
preferencialmente com
licença aberta para que os
outros possam citar e
recrear as produções
derivadas, ampliar o
impacto e contribuir para
aprimorar e inovar.
- Efectuam a mudança/
troca conceptual a partir
do confronto entre as
ideias prévias e o novo
conhecimento;
- Efectua-se o
levantamento das
aprendizagens realizadas
durante a aula;
- Avaliação
(metacognição e
feedback)
3.12. O uso - Conceituar O professor realiza o -Brougère, G. (1998).
dos jogos jogos; levantamento das ideias Jogo e a Educação.
70
educativos na prévias dos alunos a Porto Alegre: Artes
sala de aula - Realizar jogos respeito do uso de jogos e Médicas.
educativos na na sala de aula e sua - Chateau, J. (1975). A
sala de aula; importância no processo criança e o jogo.
de ensino aprendizagem; Atlântica.
- Destacar a - Leitura e análise de - Fonseca J. J. S, &
importância do artigos relacionados ao Fonseca, S .(2016).
uso de jogos no tema “uso de jogos e na Didáctica Geral. Inta
processo de sala de aula”; - Gago, M.,
ensino- - Seleccionam temas nos Cantanhede, F &
aprendizagem. manuais de História e de Torrão, P. (2021). O
Ciências da Natureza e fio da Historia. Fio da
elaboram jogos Educação: Caminhos
educativos; para aprendizagens
- Elaboram os jogos significativas.
educativos tendo em Portugal: Texto
conta a idade dos alunos Editores.
e os materiais - Oliver, C. (1976). A
disponíveis; Criança e os tempos
- Partilham os resultados livres. Publicações
por meio de um debate e Europa-América.
apresenta-se os resultados -Silva, A. N. (2011).
obtidos por cada grupo; Jogos, Brinquedos e
- Efectuam a Brincadeiras:
mudança/troca Trajectos
conceptual a partir do Intergeracionais. Vila
confronto entre as ideias Verde: ATAHCA-
prévias e o novo Associação de
conhecimento tendo em Desenvolvimento.92.
conta as ideias existentes
no guião, seguindo-se de
uma reformulação.
- Faz-se o levantamento e
análise das aprendizagens
realizadas;
- Avaliação
(metacognição e
feedback)
A saúde resulta do desenvolvimento sustentável, pois este último não pode ser
alcançado quando há elevados índices de doenças que debilitam a população
diminuindo assim a sua riqueza. Esta visão sobre o ambiente foi defendida desde a carta
de Ottawa, produzida na Primeira Conferência Internacional sobre a Promoção da saúde
em 1986, onde foram componentes alguns requisitos para a saúde e paz como:
habitação, educação, alimentação, recursos económicos, ecossistema estável, recursos
sustentáveis, justiça social e equidade (Vilaça, 2009). A escola deve ser repensada como
uma via para gerar o bem-estar pessoal e social dos alunos é acreditar num currículo
72
ecologicamente saudável, que garante as novas gerações uma vida plena, activa e feliz
(Diego & Vilar, 2000 citado em Motta at. al., 2009, p. 438).
Centrar o currículo na educação para a saúde permite abordar e explorar uma área do
interesse de todos, melhorando a qualidade de vida individual e da comunidade escolar”
(Vilar, 2006 citado em Motta et. al., 2009, p. 440).
74
a estabelecer um equilíbrio entre a qualidade de vida actual e futura, estabelecendo
compromisso entre o que se gostaria de ter e fazer e o que se pode fazer para garantir
que as gerações futuras tenham uma qualidade de vida satisfatória (Leite & Dourado,
2015).
Tabela 8: Unidade Temática relacionada com o contributo do ensino das Ciências Sociais e da Natureza
para a promoção da educação para a cidadania (mais valia de ensinar e aprender).
75
vídeo relacionados ao
património;
- Efectua-se o levantamento
das aprendizagens realizadas;
- Avaliação (metacognição e
feedback).
-Conceituar - Levantamento e análise das - Motta M, L.,
4.2. Educação educação para ideias prévias dos alunos Costa I, A
para a Saúde; saúde; relacionadas ao tema educação &Viana M, A
para a saúde destacando (2009). B-
- Referir o importância da preservação da Learning em
objectivo da saúde e realizam as seguintes educação para a
educação para actividades: saúde. In J.
saúde; - Construção o conhecimento, Bonito (cood.).
-Demonstrar realizando as actividades de Educação para
comportamentos forma colaborativa e saúde no século
que visam o seu cooperativa, o professor XXI: Teorias,
bem-estar; orienta e facilita as modelos e
-Participar de aprendizagens; práticas. II,
actividades que - Realizam a leitura artigos Universidade de
visam a relacionados com educação Évora.
promoção da para saúde; - Vilaça, T.
saúde; - Após a leitura, o porta-voz (2009). (Re)
de cada grupo partilha as suas Construir
- Destacar a sínteses com a turma, é perspectivas
importância da promovido um debate em metodológicas
educação para torno das questões prévias na educação para
saúde. levantadas, moderado pelo a saúde e
professor. educação para o
- Os alunos visualizam, um desenvolvimento
vídeo relacionado com o tema sustentável: a
educação para saúde. acção e
- As ideias concepções previas competência de
doa alunos articulam-se com o acção como um
conhecimento científico e desafio
ocorre a “apreensão educativo. In J.
conceptual” quando as ideias Bonito (cood.).
prévias do aluno entram em Educação para
“conflito” com o Saúde no Século
conhecimento científico, XXI: teorias,
ocorrendo desta forma uma modelos e
“mudança conceptual”. práticas.
Efectuam a mudança/ troca Universidade de
conceptual a partir do Évora.
confronto entre as ideias
prévias e o novo
conhecimento tendo em conta
as ideias existentes no guião,
seguindo-se de uma
reformulação.
76
- Faz-se o levantamento das
ideias construídas;
- Avaliação (metacognição e
feedback).
- Identificar - Levantamento e análise das
4.3. atitudes ideias prévias dos alunos
Educação positivas e relacionadas ao tema educação - Câmara, A. C.,
Ambiental; negativas face ambiental; Proença, A.,
ao ambiente; - O professor solicita que estas Teixeira, F.,
ideias sejam escritas no Freitas, H., Gil,
- Tomar caderno diário do aluno H. I., Vieira, I.,
consciência de dividido em duas partes na (2018).
que os actos primeira parte deve constar o Referencial de
humanos que sabiam “antes da aula” e Educação
influenciam a na segunda parte o que sabem Ambiental para a
qualidade do “depois da aula” Sustentabilidade.
ambiente; - Os alunos constroem o Ministério da
conhecimento, realizam Educação.
- Participar em actividade em grupo de forma
acções na escola colaborativa, sob orientação - Manico, J. B.,
e na do professor; Yoba, C. P.,
comunidade que -Realizam a leitura de textos Pinto, J. A., &
visem a adopção relacionados com educação Morgado, E. G.
de ambiental; (2015). A
comportamentos - É realizada uma conferência; história da
individuais e -Constroem panfletos Educação
colectivos, informativos, onde constam Ambiental um
ambientalmente algumas regras a ter em conta Olhar sobre
responsáveis; para a preservação do meio Angola. Angola:
ambiente, que posteriormente Instituto
- Preservar o serão partilhados com a Superior de
meio ambiente. comunidade educativa e não Ciências da
só, visualizam de fotografias e Educação do
vídeo relacionados com Huambo
educação ambiental. (ISCED).
- Nesta conferência serão
seleccionados alguns - Videira, N.,
prelectores, que partilham Alves, I., & Rui,
ideias relacionadas ao tema, S. (2005).
que será moderada pelo Instrumentos de
professor onde todos alunos apoio à Gestão
terão a oportunidade de do Ambiente
participar apresentando (Vol. 1º).
contribuições, inquietações e Lisboa, Portugal:
sugestões. Universidade
- Os alunos fazem anotações Aberta.
relacionadas aos aspectos
relevantes da conferência.
- Realiza-se o confronto entre
as ideias prévias e as ideias
77
construídas durante a
realização da actividade;
- Faz-se o levantamento das
ideias construídas;
- Avaliação (feedback e
metacognição).
4.4. Educação -Adoptar por - Levantamento e análise das
para paz e comportamentos ideias prévias dos alunos - Alves, F. L., &
sustentabilidade; que visam a relacionadas ao tema educação Caeiro, S.
preservação dos para paz e sustentabilidade; (1998).
recursos - O professor solicita que estas Educação
naturais no ideias sejam escritas no Ambiental.
presente tendo caderno diário do aluno Lisboa:
em vista as dividido em duas partes na Universidade
gerações primeira parte deve constar o Aberta.
futuras; que sabiam “antes da aula” e - Câmara, A. C.,
na segunda parte o que sabem Proença, A.,
- Compreender “depois da aula” - Organizem- Teixeira, F.,
a necessidade de se em pares, estabelecem a Freitas, H., Gil,
adoptar práticas cooperação e colaboração H. I., Vieira, I.,
de âmbito entre os participantes; et al. (2018).
pessoal e - Façam análise de artigos Referencial de
comunitário de relacionados com educação Educação
consumo para paz e sustentabilidade; Ambiental para
responsável e a - É promovido um debate, que a
paz; será moderado pelo professor, Sustentabilidade.
o porta-voz de cada grupo Ministério da
- Reconhecer a partilha as experienciais do Educação.
importância de grupo. • Leite, L.,
utilizar - Visualizam vídeo & Dourado, L.
conscientemente relacionados com as (2015).
os recursos actividades realizadas; Educação
naturais. - Sob orientação do professor Ambiental e
fazem a recolha de resíduos para o
nos arredores da escola. Desenvolvimento
- Realiza-se o confronto entre Sustentável na
as ideias prévias e as ideias Formação de
construídas durante a Graduados em
realização da actividade, onde Educação.
articulam-se as ideias prévias • Unesco.
com o conhecimento científico (2017).
e ocorre a “apreensão Educação para
conceptual” quando as ideias; os objectivos de
- Faz-se o levantamento das Desenvolvimento
ideias construídas; Sustentável:
- Avaliação (metacognição e Aprendizagem
feedback). de objectivos.
Brasil:
UNESCO.
• Videira,
78
N., Alves, I., &
Rui, S. (2005).
Instrumentos de
apoio à Gestão
do Ambiente
(Vol.
1).Universidade
Aberta.19.
ENSINO E A APRENDIZAGEM)
Segundo Piletti (2004), planificar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um
problema que precisa de soluções, decidindo as melhores alternativas para a sua acção
que o levem a alcançar os objectivos pré-estabelecidos, onde o professor é desafiado a
responder as seguintes questões:
O que alcançar?
Como alcançar?
O que e como analisar a situação de modo verificar se o que pretendeu foi alcançado?
79
quais organizam as actividades de ensino procurando atingir os objetivos preconizados
(Fonseca & Fonseca, 2016). Para Leite (s.d), a planificação é um processo complexo,
“Sabendo-se de onde se parte e para onde se vai, está-se em condições de decidir sobre
o melhor modo de transitar do primeiro ponto para o segundo, ou seja, está-se em
condições de seleccionar actividades e de desenhar estratégias que permitam responder
à pergunta “como transitarei entre o ponto onde estou e aquele onde pretendo chegar?” e
“como saberei que cheguei lá?”. p. (51).
Planificação do Ensino
Etapas Sugestões orientadoras
Objectivos de - Quais são os conhecimentos e / experiências previas dos alunos?
aprendizagem - Que áreas de competências quero promover?
Acções - Qual é o método que permite promover as aprendizagens?
estratégicas: - Quais são as possíveis estratégias para a exploração do
métodos, tema/problema?
estratégias, tarefas - Que tarefas podem propor?
e recursos - Que recursos didácticos podemos mobilizar ou construir?
Monitorização para - Que dificuldades/interesses/ideias previas se podem antecipar?
as aprendizagens - Como apoiar os alunos a superarem as suas dificuldades? Que
(feedback) informações ou sugestões posso dar?
- Que tipo de questões que se pode colocar para desafiar os
alunos?
- Como apresentar sugestões para o trabalho dos alunos sem
comprometer o desafio?
-De que forma/que tarefasse podem propor perante as
dificuldades?
Avaliação para ou - O que se quer avaliar?
das aprendizagens - Como e quando se vai recolher a informação?
- Que tarefas e instrumentos permitem a recolha de evidências
sobre as aprendizagens
- Diversifica-se ao nível dos procedimentos e técnicas?
Para Soussan (2003), o professor deve colocar -se algumas questões antes, durante e
depois do ensino apresentadas a seguir:
Antes do ensino:
80
- A quem devo ensinar? De que maneira os alunos vão aprender? (actividades, práticas
pedagógicas).
Durante o ensino
Depois do ensino
De que maneira pode ser modificado? (análise das falas e actos dos alunos, avaliação e
identificação de problemas).
Para Piletti (2004), afirma que existem três tipos de planificação os quais destacamos a
seguir:
2. Plano de unidade ocorre uma maior especificação de uma unidade. Cada uma
delas de ser planeada no final da que lhe antecede, servindo-lhe esta de base. Isto
significa que as unidades devem ser planificadas ao longo do curso.
3. Plano de aula inclui a sequência dos aspectos a serem desenvolvidos numa aula,
onde são especificados os comportamentos esperados do alunos e por outro lado
os conteúdos, procedimentos e recursos que serão utilizados durante a aula.
81
2. A planificação de uma unidade obriga o professor a reunir várias aulas sobre
assuntos relacionados, estabelecendo inter-relações entre elas.
3. A planificação de uma aula é o momento em que o professor especifica e
operacionaliza a sua actuação diária, de forma a concretizar os planos de curso e
unidade.
Segundo (Fonseca & Fonseca, 2016, p. 158), “os professores necessitam definir
objetivos, o mesmo é dizer, prever desde o princípio o que o estudante será capaz de
realizar ao final do processo de ensino aprendizagem, caso contrário, não poderá avaliar
de maneira coerente os frutos de sua actividade de ensino e será complexo seleccionar e
voltar a planejar estratégias de ensino mais ajustadas”.
O primeiro passo na definição dos objetivos, consiste na relação de uma lista dos
objetivos gerais, que apesar de possibilitar uma ideia concreta dos resultados da
aprendizagem a serem atingidos, não indica os pormenores específicos que se desejam.
Os objetivos gerais são amplos e devem ser formulados em termos de metas de ensino.
Por isso há necessidade de elaborar objetivos específicos que se apresentam, em listas
de comportamentos observáveis, que no seu todo constituem a comprovação de que o
objectivo geral foi atingido. O número dos objetivos a incluir na lista, deve possibilitar
que ela seja praticável. As taxonomias possibilitam uma fácil fonte de selecção de
objetivos educacionais e consistem num conjunto de categorias gerais e específicas na
qual estão incluídas todas as possíveis metas de aprendizagem que se podem alcançar
no ensino sendo possível sistematizar e clarificar a actividade de definição dos objetivos
educacionais (Fonseca & Fonseca, 2016).
Os métodos têm origem etimológica da palavra caminho a seguir para alcançar o fim,
por outro lado a estratégia é uma palavra emprestada da terminologia militar que trata
de descrever os meios disponíveis pelo professor para atingir os objectivos específicos.
Os métodos e técnicas classificam-se em métodos e técnicas tradicionais (aula
82
expositiva e técnica de perguntas e respostas) e técnicas e métodos novos (métodos de
resolução de problemas, métodos de projectos, trabalho em grupo, técnica de estudo
dirigido, técnica de instrução programada, técnica de fichas dirigidas…), ( Piletti, 2004).
ENSINO E APRENDIZAGEM
83
aprendizagem dos alunos. Isso pode ocorrer por intermédio de provas escritas e orais ou
envolver a experimentação. O feedback ou retroalimentação pode vir dos alunos, de
outros professores, da comunidade ou mesmo ser oriundo da sociedade em geral.
Quando o professor realiza uma auto-avaliação e percebe que o caminho seguido não
alcançou o resultado pretendido, é fundamental que aconteça o replaneamento das
actividades docentes, por seu intermédio se reinicia o processo, procurando atender às
necessidades de aprendizagem a serem realizadas (Fonseca & Fonseca, 2016).
Tabela 10: Unidade Temática relacionada com a planificação do ensino e aprendizagem das Ciências
Sociais e da Natureza (como preparar o ensino e a aprendizagem).
85
5.4. Selecção -Seleccionar ideias prévias dos futuros - Fonseca, J. J., &
de métodos é estratégias de professores sobre a selecção de Fonseca, S. (2016).
estratégias de ensino a estratégias; Didáctica Geral (1ª
ensino utilizar. -Leitura e síntese se artigos Edição ed.). Sobral:
-Classificar relacionados com o tema; INTA.
métodos e - Após a leitura e síntese dos - Pilletti, C. (2004).
estratégias de artigos os alunos, realizam um Didáctica geral (23ª
ensino; intercâmbio com o colega ao lado Edição ed.). Editora
e vice - versa; Álica.103, 105.
- Leitura o trabalho do colega e
sugere um aspecto positivo e um
aspecto a melhorar;
- O professor apresenta um guião
reflexivo que cada aluno
preenche tendo em conta o tema
em abordagem que será alvo de
debate;
- Confrontam as ideias
efectuando uma articulação entre
as ideias prévias e o
conhecimento científico e ocorre
a “apreensão conceptual” quando
as ideias prévias entram em
“conflito” com o conhecimento
científico, ocorrendo desta forma
uma “mudança conceptual”;
- Realizam o levantamento das
ideias construídas pelos alunos;
- Avaliação (metacognição e
feedback), o professor efectua o
diagnóstico do estado da
aprendizagem dos alunos e
realiza o devido
acompanhamento e os alunos
reflectem a respeito das
aprendizagens realizadas.
5.5. - Explicar a -Levantamento e análise das - Cosme, A., Lima, L.,
Relevância relevância da ideias prévias dos futuros Ferreira, D., & Ferreira,
da planificação professores; N. (2021). Metodologias,
planificação de aulas no - Leitura e análise de artigos Métodos e Situações de
de aulas na processo de relacionados com a “relevância Aprendizagem:
qualidade do ensino e da planificação de aulas na Propostas e Estratégias
p processo de aprendizagem qualidade de ensino e de Acção. Porto Editora.
ensino e aprendizagem”;
aprendizagem -Seleccionam temas no - Fonseca, J. J., &
manual/programa e planificam Fonseca, S. (2016).
uma aula, baseado no modelo de Didáctica Geral (1ª
aula oficina cumprindo com todos Edição ed.). Sobral:
pressupostos exigidos; INTA.
- Durante a elaboração do plano
de aula, fazendo recurso ao - Pilletti, C. (2004).
recurso as tecnologias usando o Didáctica geral (23ª
Padlet, Webquest, entre outros; Edição ed.). Editora
- O porta-voz de cada grupo Álica.
apresenta a simulação da aula na
86
turma, que será alvo de debate. - Polon, S. A. (2012).
- Confrontam as ideias Teoria e Metodologia do
efectuando uma articulação entre Ensino de
as ideias prévias e o Ciências.UNICENTRO.
conhecimento científico e ocorre
a “apreensão conceptual” quando
as ideias prévias entram em
“conflito” com o conhecimento
científico, ocorrendo desta forma
uma “mudança conceptual”.
• Realizam o levantamento
das ideias construídas pelos
alunos;
• Avaliação (metacognição
e feedback).
APRENDIZAGENS)
A avaliação deve ser encarada como uma prática contínua diferenciada transparente,
rigorosa e participada, é reflectidamente organizada em estreita relação com o feedback
inteligente, diversificado, bem distribuído, frequente e de elevada qualidade, que é
bastante relevante pelo facto de activar os processos cognitivos e metacognitivos dos
alunos e regulam, controlam, melhoram os processos de aprendizagem e sua motivação
e auto-estima (Fernandes, 2005 citado em Cosme et. al., 2021). A avaliação (…)
aparece como elemento indissociável a educação promotora da liberdade, pelos ideais
de transformar e libertar, quando concebida como problematização, questionamento e
pensamento sobre a acção, o professor ao avaliar deve criar possibilidades para o para o
aluno compreender os seus limites na construção do conhecimento, valorizando suas
verdades, interesses e autonomia (Fonseca & Fonseca, 2016). Avaliar, para o senso
comum, aparece como sinónimo de medida, de atribuição de um valor em forma de
nota. A avaliação faz parte de todo processo da prática docente, é ela que pode orientar
novas práticas pedagógicas, novas metodologias de ensino, é por meio dela
conseguimos aferir o quanto os alunos aprenderam e também como constituintes
indispensável para o professor verificar sua prática e melhorar suas estratégias
metodológicas em sala de aula (Polon, 2012).
87
De acordo para (Basto, 2021), os principais papéis dos alunos e dos professores nas
experiências de avaliação desenvolvidas são:
Papéis do professor:
Segundo (Earl, 2003 citado em Gago, et. al., 2021), existem três tipos de avaliação, que
destacamos a seguir:
88
A avaliação da aprendizagem é aquela que tem como foco os produtos, tem um
caracter essencialmente sumativo, centrado na valorização dos conteúdos tendo
como objectivo certificar as aprendizagens dos alunos.
Na avaliação para aprendizagem, valoriza-se a vertente formativa, em que o
professor identifica as dificuldades dos alunos, seguindo-se de um processo de
regulação e alteração do processo de ensino e aprendizagem.
Na avaliação como aprendizagem, realiza-se a tomada de decisões entre professores
e estudantes a respeito das aprendizagens que devem ser valorizadas e como devem
ser organizadas e avaliadas.
89
6.1. MODALIDADES DE AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS (AVALIAÇÃO
DIAGNOSTICA, FORMATIVA E SUMATIVA)
Avaliação Diagnóstica
De modo geral a avaliação diagnóstica visa averiguar até que ponto os alunos possuem
requisitos mínimos para se iniciar uma determinada aprendizagem.
Avaliação Formativa
A avaliação formativa pode ser entendida como aquela que desenvolve-se durante todo
processo de ensino e aprendizagem visa averiguar passo a passo o que foi aprendido, as
causas da não aprendizagem e como se pode melhorar o processo de ensino e
aprendizagem (Freitas & Sara, 2010). Este tipo de avaliação “aplica-se no início de uma
unidade temática, semestre ou ano lectivo, efectiva-se ao longo do processo de ensino
aprendizagem, tem uma função controladora, baseada nos seguintes propósitos:
informar o professor e os alunos sobre o rendimento da aprendizagem e descobrir as
deficiências decorrentes do processo de ensino e aprendizagem” (Pilletti, 2004, p. 192).
Avaliação Sumativa
90
Podemos ainda afirmar que a avaliação sumativa é aquela que ocorre no fim do
processo de ensino aprendizagem tendo o objecto e objectivo previamente definidos, de
modo geral conduz a uma classificação (Freitas & Sara, 2010).
Portefólio Reflexivo
O portefólio pode ser entendido como um caderno diário que deve ser construído pelo
aluno dia após dia, durante a sua elaboração devem ser incluídas pesquisas e reflexões
sobre a forma como as aprendizagens ocorreram (Freitas & Pereira, 2010).
O portefólio permite aos alunos tomarem consciência das acções que realizam, dos
procedimentos que adoptam e dos resultados que têm vindo a obter (Simão, 2015 citado
em Cosme 2010). Os elementos incluídos no portefólio devem ser negociados pelo
professor e pelo aluno, sendo considerados todos eles como alvo de avaliação por parte
do professor (Carvalho & Freitas, 2013). O portefólio é uma colecção organizada e
rigorosa de trabalhos diversificados, produzidos pelos alunos durante um certo período
de tempo, devem estar devidamente organizados de modo a representar todas
aprendizagens realizadas pelos alunos, devem ser elaborados de acordo com os
objectivos que se pretendem alcançar, desta forma apresentamos a seguir as
características de um portefólio:
91
Deve conter os conteúdos essenciais e estruturantes do currículo;
Relatório
Para Freitas et. al. (2010), os relatórios são considerados instrumento de avaliação
privilegiados para relatos e reflexões, muito uteis, pois, promovem a autoformação
através da auto-avaliação formativa de caracter regulador, são utilizados para avaliar
objectivos de diversos domínios, ligados ao desenvolvimento de capacidades pessoais e
de relacionamento interpessoal. Por outro lado, Carvalho e Freitas (2013), afirmam que
“os relatórios podem ser elaborados como trabalho de casa sobretudo se for um relatório
individual, realizados em pelo menos em grande parte na sala de aula se se tratar de um
relatório em grupo” (Carvalho & Freitas, 2013 p.143).
Tabela 11: Unidade Temática relacionada com a avaliação da/para/ e como aprendizagem das ciências
sociais e da natureza (como preparar o ensino e a aprendizagem).
92
da/para/ e abordagem; práticas avaliativas.
como - O porta-voz de cada Flexibilidade e
aprendizagem. grupo apresenta a síntese interacções educativas
elaborada, que será para rumos (Des)
debatida em grande grupo. iguias: Um olhar
- Confrontam as ideias longitudinal até aos
efectuando uma tempos de pandemia.
articulação entre as ideias Braga: Braga-Sul.
prévias e o conhecimento - Fonseca, J. J., &
científico e ocorre a Fonseca, S. (2016).
“apreensão conceptual” Didáctica Geral (1ª
quando as ideias prévias Edição ed.). Sobral:
entram em “conflito” com INTA.
o conhecimento científico, - Gago, M., Cantanhede,
ocorrendo desta forma F & Torrão, P. (2021).
uma “mudança O fio da Historia. Fio
conceptual”. da Educação: Caminhos
- Efectua-se o para aprendizagens
levantamento das significativas. Portugal:
aprendizagens construídas Texto Editores.
pelos alunos - Pilletti, C. (2004).
- Avaliação (metacognição Didáctica geral (23ª
e feedback), o professor Edição ed.). Editora
efectua o diagnóstico do Álica.
estado da aprendizagem - Polon, S. A. (2012).
dos alunos e realiza o Teoria e Metodologia do
devido acompanhamento e Ensino de Ciências.
os alunos reflectem a Unicentro.
respeito das aprendizagens
realizadas.
6.1. - Identificar as - O professor solicita aos - Cosme, A., Lima, L.,
Modalidades diferentes futuros professores que Ferreira, D., & Ferreira,
de avaliação modalidades dividam a página do seu N. (2021).
das de avaliação; caderno em duas partes, Metodologias, Métodos
aprendizagens -Distinguir as coloquem o tema da aula, e Situações de
modalidades num lado da página Aprendizagem:
de avaliação escrevem o que pensavam Propostas e Estratégias
antes e no outro o que de Acção. Porto Editora.
pensavam depois, de - Freitas, M. L., & Sara,
seguida explora e analisa P. (2010). Metodologia
as ideias prévias, de de Geografia. Plural
seguida realizam as editores.
actividades à seguir: - Gago, M., Catanhede,
-Leitura e análise de F & Torrão, P. (2021).
artigos relacionados com o O fio da Historia. Fio
tema modalidades de da Educação: Caminhos
avaliação; para aprendizagens
- Pesquisam aspectos significativas. Portugal:
relacionados com as Texto Editores.
modalidades de avaliação - Pilletti, C. (2004).
93
numa página Web, Didáctica geral. (23ª
fornecida pelo professor; Edição ed.). Editora
- Confrontam os resultados Álica.
obtidos a partir da leitura
com os obtidos na página
Web;
-Os grupos apresentam o
trabalho realizado, que
será analisado por meio de
um debate em grupo
classe, moderado pelo
professor;
- Confrontam as ideias
efectuando uma
articulação entre as ideias
prévias e o conhecimento
científico;
-Efectua-se o
levantamento das
aprendizagens construídas;
- Avaliação (metacognição
e feedback).
- Levantamento e análise - Carvalho, G. S., &
6.2. - Conceituar das ideias prévias dos Freitas, M. L.V. (2013).
Instrumentos portefólio alunos utilizando o método Metodologia do Estudo
de avaliação reflexivo e de brainstorming; do Meio. Plural editores.
das relatório; -Trabalham em grupos - Cosme, L. L. (2010).
aprendizagens dispostos em forma de U Metodologias, métodos
6.3.1 - Referir os de forma colaborativa; e situações de
Portefólio objectivos do - Leitura e análise de aprendizagem:
reflexivo portefólio artigos relacionados ao Propostas e estratégias
6.3.2. reflexivo e do tema e elaboram de acção. Cortez editora.
Relatório relatório; instrumentos de avaliação - Fernandes, D. (2004)
por exemplo portefólio Avaliação das
-Destacar as reflexivo e relatórios; aprendizagens: Uma
características - O professor apresenta agenda, Muitos
do portefólio portefólios reflexivos e Desafios. Texto editora.
reflexivo e do relatórios já elaborados - Fernandes, D. (2005).
relatório; para que os futuros Avaliação das
professores explorem; aprendizagens: desafios
- Construir um - Posteriormente cada às teorias, práticas e
portefólio grupo apresenta (o políticas. Texto
reflexivo e um conceito, objectivo, as Editores. 86.
relatório; características e a - Freitas, M. L.V., Solé,
importância do portefólio G. S., & Sara, P. (2010).
- Destacar a reflexivo e do relatório); Metodologia de
importância do - Realiza-se um debate em História. Plural Editores.
portefólio e do torno do tema moderado - Freitas, M. L., & Sara,
relatório no pelo professor tendo em P. (2010). Metodologia
processo de conta as ideias prévias de Geografia. Plural
94
avaliação. apresentadas editores.
anteriormente; - Martins, C., & Pires
- Após o debate, realiza-se M, V. (2009). Reflexão
a negociação entre com instrumento de
professor e aluno. O formação no CFCM. In
professor orienta os A. Gomes (cood.).
futuros professores, a Matemática elementar
construírem os actas do 3º encontro.
instrumentos de avaliação Universidade do Minho.
(portefólio reflexivo e Edição Alexandra
relatório) abordados na Gomes.288.
aula.
- Efectua-se o
levantamento das ideias
construídas;
- Realiza-se o confronto
entre as ideias prévias e as
ideias construídas durante
a realização da actividade;
•Avaliação (metacognição
e feedback).
6. RECOMENDAÇÕES METODOLÓGICAS
95
Deste modo, serão desenvolvidas em aula actividades como: leituras, pesquisas,
trabalho de projecto, reflexões escritas, relatórios, experiências, actividades
laboratoriais, trabalho de campo, visitas de estudo entre outros.
Para aula propõe-se a utilização de diversos recursos didácticos como por exemplo:
textos escritos, registos áudio e vídeo, conteúdo digital e suporte de texto, protótipos,
modelos desenhos, pinturas, fotos entre outros, utilizando recursos disponíveis de forma
a tornar possível a realização das diversas actividades.
Além dos conteúdos básicos e essenciais do programa, devem ser também objecto de
avaliação através do recurso a instrumentos específicos como listas de verificação e
grelhas de observação:
96
As actividades realizadas pelos alunos, individualmente ou em grupo tendo em
conta a aquisição de novas noções e conceitos;
A capacidade de se comunicar convenientemente utilizando correctamente a
língua portuguesa e fundamentalmente os conceitos técnicos das Ciências Socias
e da Natureza;
A capacidade de organização e de resolução das tarefas propostas;
A construção progressiva da autonomia, o desenvolvimento da socialização e da
solidariedade;
O progressivo domínio de técnicas elementares de pesquisa e organização da
informação;
Algumas actividades específicas nas áreas das Ciências Sociais e da Natureza
que podem ser objecto de avaliação, através, por exemplo, de: chamadas orais,
escritas, trabalhos escritos, projectos, portefólios, análise de documentos, análise
de casos/situações educativas, que surgem durante a aula ou as previstas pelo
professor;
Os trabalhos realizados pelos alunos dentro e fora da sala de aula, serão avaliados após
o feedback do professor, o que implica dizer que no caso de trabalhos para casa os
alunos devem apresentar os trabalhos dentro dos prazos estabelecidos para receberem a
devida orientação de melhoria, num período dependerá da complexidade da tarefa a
realizar e de acordo com o que será negociado com o professor.
97
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