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CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DE
BENGUELA
Benguela, Angola
Junho de 2022
INSTITUTO SUPERIOR DE
CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DE
BENGUELA
Benguela, Angola
Trabalho de Projecto
Junho de 2022
DIREITOS DE AUTOR E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO TRABALHO POR
TERCEIROS
Este é um trabalho académico que pode ser utilizado por terceiros desde que respeitadas as
regras e boas práticas internacionalmente aceites, no que concerne aos direitos de autor e
direitos conexos. Assim, o presente trabalho pode ser utilizado nos termos previstos na
licença abaixo indicada. Caso o utilizador necessite de permissão para poder fazer um uso do
trabalho em condições não previstas no licenciamento indicado, deverá contactar o autor.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela vida, por permitir que tivesse saúde, empenho e dedicação, por ajudar-
me a ultrapassar todos obstáculos encontrados ao longo do processo de formação até a
realização e conclusão deste trabalho e tornar possível a conclusão deste ciclo formativo.
Sinto-me bem-aventurada por fazer parte deste magno projecto de formação, desde já
apresento a minha gratidão ao Governo de Angola, à Unidade Técnica de Gestão de
Quadros/Programa Nacional de Formação de Quadros - UTG/PNFQ e ao Instituto Nacional
de Gestão de Bolsas de Estudo - INAGBE, pelo grande apoio institucional e financeiro
prestado.
Ao meu esposo, filho, pais, irmãs, familiares, amigos, compadres e a todos outros que
incentivaram-me a avançar nos momentos mais difíceis e compreenderam a minha ausência
enquanto me dedicava à realização deste trabalho.
Deste modo posso afirmar que até a presente momento sinto-me munida de conhecimentos
conceituais, procedimentais e atitudinais, que serão acrescidos até a conclusão deste
Mestrado. Nesta altura sinto-me em condições de enfrentar os inúmeros desafios que poderão
surgir durante a realização da docência levando comigo um elevado leque de conhecimentos
que me serão muito úteis. Com a frequência deste mestrado foi possível perceber o elevado
sentido de responsabilidade que o projecto acarreta, pelo facto de estarmos a ser formados,
para formar professores responsáveis, críticos e reflexivos.
iii
DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE
iv
Manual de Metodologia de Ensino de Ciências Sociais e da Natureza
RESUMO
v
Handbook of Social and Natural Sciences Teaching Methodology
ABSTRACT
This handbook proposal is an integral part of the Master in Primary Teaching Methodology,
created by the Executive Decree nº 93/20, of the 28th of February, resulting from a
partnership between the Benguela Higher Institute of Education Sciences and the University
of Minho of Portugal. This proposal is aimed at the initial training course for Primary School
teachers in Higher Education Institutions, and aims to introduce new dimensions of teaching
in order to stimulate the development of significant learning and address some weaknesses in
Angolan education. The proposals presented in this Handbook include contents, learning
activities, guidelines for exploring previous ideas, guidelines for learning tasks and
assessment tools, which stimulate students to construct knowledge based on their day-to-day
experiences.
vi
ÍNDICE
RESUMO .................................................................................................................................. v
ABSTRACT ............................................................................................................................ vi
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 13
1.3. Formas de aprendizagem (aprendizagem por pesquisa, por projecto e colaborativa) ... 24
vii
3.4. Modelo de aula oficina (ideias prévias, resolução de tarefas/problemas, confronto, troca
ou mudança conceptual e metacognição) ............................................................................. 76
4. Contributo do ensino das CSN para promoção da educação para a cidadania (Mais valia de
ensinar e aprender (educação ambiental, para o património, para a saúde e para paz e
sustentabilidade) ..................................................................................................................... 114
6. Avaliação da /para e como aprendizagem nas CSN (Como avaliar as aprendizagens) ..... 141
6.1. Modalidades de avaliação das aprendizagens (diagnóstica, formativa e sumativa) .... 145
viii
6.2. Instrumentos de avaliação das aprendizagens (portefólio reflexivo e relatório) ..... 149
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CN - Ciências da Natureza
CS - Ciências Sociais
UC – Unidade Curricular
LISTA DE TABELAS
Tabela 2: Síntese das principais teorias de aprendizagem baseada em Gago (2012). ............. 20
Tabela 7: Guião de exploração de ideias sobre “Lei de Bases do Sistema Educativo e Ensino”
.................................................................................................................................................. 36
Tabela 9: Guião de exploração das ideias sobre “Plano Curricular do Ensino Primário” ....... 41
Tabela 10: Guião de tarefa de aprendizagem sobre “Plano Curricular do Ensino Primário” .. 41
Tabela 11: Guião de exploração das ideias sobre “Programas e Manuais da 5ª e 6ª classe do
Ensino Primário.” ..................................................................................................................... 49
x
Tabela 12: Guião de tarefa de aprendizagem sobre “Programas e Manuais da 5ª e 6ª classe do
Ensino Primário.” ..................................................................................................................... 49
Tabela 16: Guião de tarefa de aprendizagem em grupo sobre as fontes históricas .................. 76
Tabela 17: Guião de exploração de ideias sobre o tema “Actividade de Campo.” .................. 90
Tabela 18: Guião de tarefa de aprendizagem sobre o tema “Actividade de Campo.” ............. 91
Tabela 20: Guião de exploração de ideias sobre o tema “Role Play- Dramatização.” ............ 99
Tabela 21: Guião exploração de ideias sobre o tema “Aprendizagem Baseada na Resolução de
Problemas.” ............................................................................................................................ 105
Tabela 24: Guião de exploração de ideias “o uso de jogos educativos na sala de aula”. ....... 113
Tabela 25: Guião de exploração de ideias “Educação para o Património.” ........................... 116
Tabela 26: Etapas da planificação adaptado de Cosme et. al. (2021) .................................... 127
Tabela 27: Etapas da planificação adaptado de Cosme et al. (2021, p. 93) ........................... 131
Tabela 29: Tipos de actividades laboratoriais (adaptado de Figueiroa, 2016) ....................... 168
Tabela 30: Exemplo de guião de actividade de campo de Ciências da Natureza .................. 170
Tabela 32: Guião de realização do jogo (Reconheces-me?), baseado em Francas (2003). ... 183
xi
Tabela 33: Guião de realização do jogo (Descoberta pelos Sentidos), baseado em Francas
(2003). .................................................................................................................................... 184
Tabela 34: Questões que o professor deve fazer antes, durante e depois do ensino, adaptado de
Soussan (2003). ...................................................................................................................... 190
Tabela 35: Síntese das modalidades de avaliação das aprendizagens (diagnóstica, formativa e
sumativa) ................................................................................................................................ 193
LISTA DE FIGURAS
Figura 5: Linha de tempo de meses, que retracta o percurso escolar da Larissa desde o dia 27
de Fevereiro até ao dia 15 de Março. ....................................................................................... 72
Figura 6: Linha de tempo que retracta as fases da História desde a pré-história, idade antiga,
idade media, idade moderna e a idade contemporânea, organizados de acordo com a sequência
dos acontecimentos. ................................................................................................................. 72
Figura 7: Linha de tempo que retracta as fases de desenvolvimento de uma pessoa desde a
infância até a velhice. ............................................................................................................... 73
xii
INTRODUÇÃO
Consideramos este manual como um importante instrumento de apoio para a formação inicial
de professores do Ensino Primário. Visa capacitar esses professores em diversas metodologias
de ensino e auxiliar na leccionação da Unidade Curricular de Metodologia de Ensino das
Ciências Sociais e da Natureza. Foi elaborado numa perspectiva socioconstrutivista e as
actividades e recursos propostos são de carácter activo, tendo como base os programas do
ensino primário.
13
Conhecer os documentos orientadores de ensino e aprendizagem das Ciências Sociais
e da Natureza,
Desenvolver competências relacionadas com o ensino e aprendizagem das Ciências
Sociais e da Natureza e suas metodologias,
Revelar conhecimentos a cerca dos contributos do ensino das Ciências Sociais e da
Natureza para promoção da educação para cidadania;
Demonstrar o domínio das actividades de planificação do ensino;
Revelar a importância da avaliação de e para as aprendizagens das Ciências Sociais e
da Natureza.
A construção do manual tem as seguintes finalidades:
Na parte final do manual apresentamos um conjunto de sugestões biográficas que serão alvo
de consulta pelos estudantes.
14
1. Fundamentos teóricos do ensino e da aprendizagem das Ciências Sociais e da
Natureza (Porquê ensinar e aprender?)
O ensino das Ciências Sociais e da Natureza apresentam grande relevância, pois permitem o
desenvolvimento de competências de vária ordem.
Resultados de aprendizagem:
15
Assinalar as finalidades do ensino e da aprendizagem das Ciências Socais e da
Natureza
Antes da aula:
Durante a aula: o professor propõe aos alunos que realizem as seguintes actividades:
Recursos:
16
Quadro, giz, apagador.
Depois da aula: os alunos avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
2. Como aprenderam?
4. O que já sabiam?
17
Tabela 1: Guião de exploração sobre as “Finalidades do ensino e da aprendizagem das Ciências Socais e da
Natureza
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
Freitas, M. L.V., Solé, G. S., & Sara, P. (2010). Metodologia de História. Plural Editores. 18.
Polon, S. A. (2012). Teoria e Metodologia do Ensino de Ciências.UNICENTRO.103
Schoumaker, B. M. (1999). Didáctica da Geografia. Edições ASA.31.
18
1.2. Teorias de Ensino e Aprendizagem das Ciências Sociais e da Natureza (behavioristas,
cognitivista e Humanista)
Esta teoria de ensino aprendizagem é centrada no professor, que molda o aluno à sua imagem
e semelhança de acordo com as suas ideias, considerando apenas os comportamentos externos
ignorando os processos internos de aprendizagem apega-se em princípios mecanicistas,
considerando como um ser moldável passivo e dependente do professor, ignorando todos
aspectos ligados a personalidade do aluno sendo um mero executor do processo de
memorização (Proença, 1990). Na teoria behaviorista “o aluno é pensado como um ser que
responde a estímulos exteriores de modo mais ou menos automático, desprovido de ideias
próprias, sendo objecto de formação e a função do professor consiste em exercer uma acção
didáctica, como um mero transmissor de conhecimentos sendo considerado como especialista
dotado de todo conhecimento, do modelo do saber e controla os resultados obtidos” (Gago,
2012, p.13). Na mesma linha de ideia Vasconcelos et. al. (2003) afirmam que no contexto do
behaviorismo o aluno tem um papel passivo, recipiente de informação, acrítico, apático de
mero reprodutor de informações e tarefas, o ensino realiza-se por transmissão, não há
preocupação em ensinar o aluno a pensar, e muito menos a aprender a aprender este apenas
acumula saberes e deve ser capaz de repetir fielmente, a aula é centrada no professor, que
controla todo o processo, distribui as recompensas e, eventualmente, a punição.
Pensar em formas de ensinar implica dar aos alunos alguma coisa para fazer, e não algo para
aprender, e o fazer é de tal natureza que exige que pensem e que observem intencionalmente
as relações resultantes da aprendizagem realizada de forma natural (Dewey, 2007 citado em
Cosme et. al., 2021). Segundo a teoria construtivista o conhecimento não é uma cópia da
realidade, mas sim, uma construção do ser humano (Carretero, 2002). Na mesma linha de
pensamento Gago (2012), enfatiza que “o construtivismo defende o que o indivíduo é uma
construção própria que se vai desenvolvendo a partir do seu próprio sistema de cognitivo, das
suas experiências e vivências (…)” (p.26). Em suma no construtivismo a aprendizagem visa a
compreensão do mundo a partir da participação activa e interactiva dos alunos com o meio
envolvente, dando sentido e significado às aprendizagens partindo da noção básica de que o
19
todo é mais do que a simples soma das partes, construindo desta forma o seu próprio mundo
(Proença,1990). Na mesma linha de ideia Cooper (2004), afirma que a aprendizagem
construtivista é activa, realiza-se através da resolução de problemas, permite aos alunos:
sentir, tocar, ver, aplicar aprendizagem a novos contextos de modo a tornar os factos menos
“aborrecidos” e integrar a aprendizagem sem fronteiras entre as disciplinas, focando o
interesse das crianças e o desenvolvimento holístico- emocional, social e cognitivo.
De acordo com (Ausubel et. al.,1980; Almeida, 1996; Praia, 1999 citados em
Vasconcelos et. al., 2003), o modelo construtivista leva em consideração as “concepções
prévias” dos alunos. Segundo estes autores estas concepções articulam-se com o
conhecimento científico e ocorre a “apreensão conceptual” quando as ideias prévias do aluno
entram em “conflito” com o conhecimento científico, ocorrendo desta forma uma “mudança
conceptual”. Têm-se assim em conta o pressuposto de que o aluno dificilmente aprende sem
efectuar a integração entre o conhecimento anterior e o novo conhecimento.
Teoria Humanista
Esta teoria é baseada nas em correntes não directivas, apresenta alguns aspectos positivos e
algumas limitações. Como aspecto positivo considera que a personalidade da psicobiológica
não é apenas um dado inato, mas também um produto resultante da interacção de variados
factores, considerando que a estrutura pessoal é mutável (Proença, 1990). Por outro lado,
apresenta algumas limitações, sendo que a primeira surge pelo facto de o sistema seguido não
se coadunar com a funcionalidade de uma escola, em que existem programas a cumprir e a
segunda resulta do facto de o ensino ser centrado unicamente nos interesses e impulsos do
aluno (Proença, 1990). Na mesma senda o autor abaixo referido afirma que nesta teoria “o
aluno deve decidir o que quer aprender, ser auto-orientador da sua aprendizagem e assim
tornar-se mais independente e responsável” (Manslow et. al., citado em Gago, 2012, p.26). De
acordo com Proença (1990), na teoria humanista a aprendizagem é centrada no aluno este
realiza a sua auto aprendizagem e auto avaliação através do ensino individualizado.
20
aprendizagem representantes
Behavioristas Watson - Apresentação de estímulos -Exercícios de repetição
Thorndike - Condicionamento -Ensino individualizado do
- Reforço das reacções desejadas tipo programado
- Conhecimento dos resultados -Demonstrações por
Guthrie - Apresentação da matéria em imitação.
Hull sequências curtas -Memorização…
Skinner - Exercitação
Cognitivistas Wertheimer - Motivação -Ensino pela descoberta
Kohler - Desenvolvimento de espectativas -Ensino por descoberta
Koffka -Condições de conhecimento intuitivo guiada
Lewin - Compreensão -Organizadores avançados
-Relacionação do “novo” com o -Apresentação de objectivos
“adquirido” - Problematização
- Sistematização -Questionários orientadores
Piaget - Transferência para situações novas e de síntese
Bruner idênticas - Esquemas
Ausubel - Desafio cognitivo -Debates, estudos de caso,
discussões…
Humanistas Maslow Aprendizagem centrada no aluno -Ensino individualizado
Buhler -Auto aprendizagem e auto avaliação facilitador
-Aprendizagem dos sentimentos, - Discussões
C. Rogers conceitos e das habilidades. - Debates
A. Combs - Ajuda a “tornar-se pessoa” - Painéis
-Atmosfera emocional positiva, -Simulações
empática - Jogos de papéis
-Resolução de problemas…
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: Para explorar e analisar as concepções prévias dos alunos, o professor faculta
a cada grupo uma folha com duas colunas que deve ser preenchida com o que pensavam antes
e depois da aula, tendo em conta as seguintes questões:
21
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula e divide os alunos em grupos, Fazendo
recurso ao método de descoberta guiada propõe aos alunos que realizem as seguintes
actividades:
Cada grupo escreve a sua síntese numa cartolina e expõem na sala de aula, todos
grupos visitam a exposição;
Recursos:
Depois da aula: os alunos avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
22
De seguida no momento do confronto das ideias o professor recolhe as ideias dos alunos para
as conhecer e tomar decisões. Esta recolha é efectuada através da resposta às seguintes
questões:
1. O que já sabíamos?
2. O que aprendemos?
Questões orientadoras:
23
________________________________________________________________________________
5. Será que o tipo de paradigma adoptado pelo professor determina a aprendizagem dos seus alunos?
R:_______________________________________________________________________________
a) Justifica
R:________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Leituras recomendadas
Carretero, M. (2002). Construtivismo e Educação (2ª Edição Revista e
Ampliada). Artmed.10.
Cosme, A., Lima, L., Ferreira, D., & Ferreira, N. (2021). Metodologias, Métodos
e Situações de Aprendizagem: Propostas e Estratégias de Acção. Porto Editora.
Cooper, H. (2004). O pensamento Histórico das Crianças. In I, Barca.
(cood.).Para uma Educação Histórica de Qualidade. Actas das IV jornadas
internacionais de educação histórica. Universidade do Minho.
Gago, M. (2012). Pluralidade de Olhares-Construtivismo e Multiperspectiva no
Processo de Ensino Aprendizagem. Escola Portuguesa de Moçambique.13.
Proença, M, C. (1990). Ensinar/aprender História: questões de didáctica
aplicada. Livros horizonte Lda.
Vasconcelos, C., Praia J. F., & Almeida, L, S. (2003). Teorias de Aprendizagem
e o Ensino /Aprendizagem das Ciências: Da Instrução à Aprendizagem.
Universidade do Porto e Universidade do Minho. Volume 7.12.
É relevante que os alunos aprendam a realizar pesquisas, para que sejam bem-sucedidos no
século XXI, proporcionando-lhes a capacidade de acederem a abundância de informações e de
usarem os recursos disponíveis (Reif & Heimburge, 2000).
A pesquisa é muito importante por permitir ao aluno aceder ao processo de inovação (Rao,
2021). Os alunos precisam de desenvolver ao longo do seu percurso competências de
pesquisa, daí a necessidade de cada professor utilizar estratégias de ensino que a promovam
em contexto de sala de aula. É essencial que os professores percebam que a pesquisa deve ter
uma direcção, e ser alvo de instrução sendo realizada de acordo com a faixa etária dos alunos.
O envolvimento dos pais na educação dos filhos é fundamental, mas é também essencial que à
24
medida que os alunos crescem, adquiram competências que lhes proporcionem autonomia na
realização dos seus trabalhos, nomeadamente de pesquisa, com mínimo apoio dos pais (Reif
& Heimburge, 2000).
Aprendizagem Colaborativa
O termo coaprendizagem foi inicialmente proposto por Smith (1996) em congruência com o
pensamento de Freire (1987), para enfatizar “a importância de mudar o papel do professor
enquanto transmissor do conhecimento e do aluno como receptor dos conhecimentos. Na
coaprendizagem o professor e aluno são parceiros no processo colaborativo de aprendizagem,
de construção de significados, compreensão e criação de conhecimentos” (Okada, 2014,
p.16). Neste sentido a coaprendizagem como a interacção centrada na aprendizagem
colaborativa dos alunos, inclui a construção de uma verdadeira comunidade de prática dentro
e fora da sala de aula (Brantmeier 2005 citado em Okada, 2014, p.15). O autor abaixo referido
refere que a coaprendizagem conduziu ao envolvimento dinâmico e participativo para uma
25
construção colectiva de conhecimentos relevantes por parte dos alunos (Wenger, 1998 citado
por em Okada, 2014, p.15).
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: Levantamento e análise das ideias prévias dos alunos usando o método
brainstorming a respeito das diversas formas de aprendizagem, onde cada grupo apresenta as
suas ideias e o professor escreve-as no quadro, tendo como referência as seguintes questões:
2. Quais são as valências que cada uma delas proporciona para aprendizagem dos
alunos?
26
Durante a aula: Os alunos são incentivados a realizarem as seguintes actividades:
Recursos:
27
Depois da aula: os alunos avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
2. Como aprenderam?
4. O que já sabiam?
28
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
Cosme, A., Lima, L., Ferreira, D., & Ferreira, N. (2021). Metodologias,
Métodos e Situações de Aprendizagem: Propostas e Estratégias de Acção.
Porto Editora.
Ferreira M. S., & Santos M. R. (2007). Aprender a ensinar/ensinar a aprender.
Edições Afrontamento.50, 51.
Okada, A. (2014). Competência chave para coaprendizagem na era digital:
Fundamentos, Métodos e Aplicações. (2ª Edição ed.) Wh!tebooks.15-16.
Rao, G. (2021). Guia para Jovens Inovadores: A nova forma de abordar
desafios com o método CTEM (1ª Edição ed.). Editorial Proença.69
Reif, S. F., & Heimburge, J. A. (2000). Como ensinar a todas os alunos na sala
de aula inclusiva. (Vol. II Volume). Porto Editora.222.
29
2) Perspectiva neobehaviorista, corrente de onde surgiu o modelo de aprendizagem
pela descoberta, onde se defende que a aprendizagem activa é aquela onde o aluno realiza
explorações e descobertas efectivas que lhe conduzam a uma verdadeira compreensão dos
fenómenos. É incumbida ao professor a capacidade de despertar a curiosidade e interesse do
aluno provocando o desenvolvimento do seu pensamento.
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: O professor efectua o levantamento das ideias prévias dos futuros professores
a respeito do tema perspectivas de ensino e aprendizagem das Ciências Sociais e da Natureza,
através da utilização de mapas de conceitos e solicita aos alunos para que façam o registo
dessas ideias no guião de exploração das ideias que lhes foi fornecido, onde devem constar as
ideias apresentadas e as construídas durante a aula, tendo como referência as seguintes
questões:
2. Qual é a base de cada uma das perspectivas de ensino na aprendizagem dos alunos?
Durante a aula:
Para trabalhar este tema faz-se recurso ao método de sala de aula invertia em que o
professor fornece os conteúdos a serem abordados na aula com a devida antecedência;
30
Uma vez que já tiveram contacto com o conteúdo, seguem o guião da actividade
apresentado pelo professor e respondem as questões do guião em grupo restrito;
Recursos:
Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10,
assinalando com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
1. O que já sabíamos?
31
2. O que aprendemos?
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Tabela 6: Guião tarefa de aprendizagem sobre as “Perspectivas de ensino e aprendizagem nas Ciências Sociais e
da Natureza”
32
Tema da aula: 1.4. Perspectivas de ensino e aprendizagem nas Ciências Sociais e da Natureza
Objetivos:
Categorizar as perspectivas de ensino e aprendizagem das CSN;
Destacar o papel das perspectivas no ensino na aprendizagem dos alunos.
Questões orientadoras:
1.Quais são as perspectivas de ensino e aprendizagem que utilizadas no ensino das Ciências Sociais da
Natureza que conheces?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2.Qual é a base de cada uma das perspectivas de ensino na aprendizagem dos alunos?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3.Qual perspectivas de ensino e aprendizagem predominante no seu contexto?
a) Justifique sua resposta.
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
Vasconcelos, C., Praia J. F., & Almeida, L, S. (2003). Teorias de Aprendizagem e o
Ensino/Aprendizagem das Ciências: Da Instrução à Aprendizagem. Universidade do
Porto e Universidade do Minho. Volume 7.12.
A Lei de Base do Sistema Educação e Ensino nº. 32/20, artigo nº 27º, 2020) aprovada através
da Lei n.º17 /16 de Outubro 7 de Outubro, as bases do Sistema de Educação e ensino.
De acordo com a Lei de Base do Sistema Educação e Ensino nº. 32/20, artigo nº 27º, 2020, o
ensino primário tem duração de 6 anos, tem acesso as crianças que completem 6 anos no ano
da matrícula, engloba as classes de 1ª à 6ª classe.
33
O ensino primário apresenta os seguintes objectivos específicos:
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: Levantamento e análise das ideias prévias dos alunos, organização dos grupos
que serão dispostos em forma circular e preenchimento do guião de exploração de ideias
apresentado pelo professor, respondendo às seguintes questões:
1. Já alguma vez ouviu falar sobre a lei de bases do sistema educativo angolano?
34
3. De que forma o domínio da Lei de Bases do Sistema Educativo e Ensino pelos futuros
professores influencia na qualidade da acção educativa?
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula, recorre a pesquisa guiada, apresenta
um guião onde constam algumas questões orientadoras que os alunos serão desafiados a
responder adquirindo informações por meio do uso das tecnologias (Google Scholar). Propõe
aos alunos que realizem as seguintes actividades:
Recursos:
35
Depois da aula: Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa
escala de 1 a 10, assinalando com um X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
1. O que sabiam?
2. O que aprenderam?
3. Como aprenderam?
6. E como superaram?
Observações do professor:
Assinatura do professor:
36
Tabela 8: Guião de tarefa de aprendizagem sobre “Lei de Bases do Sistema Educativo e Ensino”
Questões
1.Já alguma vez ouviu falar sobre a Lei de Base do Sistema Educativo e Ensino?
R:________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2.Qual é a relevância da Lei de Base do Sistema Educativo e Ensino para a carreira dos futuros professores?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
3.De que forma o domínio da Lei de Base do Sistema Educativo e Ensino pelos futuros professores influencia na
qualidade da acção educativa?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6.No seu ponto de vista a realização desta tarefa poderá dar resposta a algum conteúdo do currículo angolano?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
a) Se sim, qual? Justifica.
7.Descreva os princípios gerais do Sistema de Educação e Ensino?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Leituras recomendadas
Lei de Bases do Sistema Educação e Ensino nº. 32/20, artigo nº 27º. (12 de Agosto de 2020). Ensino
Primário. Diário da República de Angola, 4424. Angola.
Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino nº 17/16, artigo 5º. (7 de Outubro de 2016). Objectivos
Específicos do Ensino Primário. Diário da República de Angola, 3994.
37
2.2. Plano Curricular do Ensino Primário
As intenções básicas para as opções pedagógicas tomadas para o Ensino Primário são:
38
carácter da função social do Ensino Primário impõe o prosseguimento de metas mais
exigentes de desenvolvimento, tendo em vista a realidade sociocultural dos alunos (eliminar o
analfabetismo). O plano curricular do ensino Primário é constituído por um conjunto de 10
disciplinas consideradas fundamentais para o desenvolvimento harmonioso e multifacético
das crianças, distribuídos em função do nível de escolaridade: Língua Portuguesa (270 tempos
da 1ª à 4ª classe) e (240 tempos para a 5ª e 6ª classe); Matemática (180 tempos); Estudo do
Meio (90 tempos); Ciências da Natureza (120 tempos); História (60 tempos); Geografia (60
tempos); Educação Moral e Cívica (30 tempos); Educação Manual e Plástica (teremos 60);
Educação Musical (30 tempos) e Educação Física (60 tempos).
O perfil dos alunos à saída da 6ª classe deve comtemplar as seguintes dimensões: o saber,
saber fazer e o saber ser.
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: Exploração e análise as ideias prévias dos futuros professores seguindo o
guião. Através das seguintes questões:
Durante a aula: para abordar esta temática faremos recurso ao método de aprendizagem
guiada. O professor sugere aos futuros professores que realizarem as seguintes actividades/
tarefas:
39
Debate em grupo restrito e em interacção com os outros grupos a cerca, dos aspectos
pertinentes do plano curricular da 5ª e 6ª classe;
Recursos:
Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10,
assinalando com um X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
2. O que já sabia?
4. Como aprendi?
40
5. De que forma?
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Tabela 10: Guião de tarefa de aprendizagem sobre “Plano Curricular do Ensino Primário”
Questões orientadoras
1. Já alguma vez ouviste falar sobre o Plano Curricular do Pré-escolar e do Ensino Primário?
a) Se sim diga qual é a sua utilidade?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
41
2. Como está estruturado o sistema educativo angolano?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3. Como esta constituído o subsistema do Ensino Geral?
R:________________________________________________________________________________________
_________________________________________________
4. Refira as intenções básicas proposta de reorganização dos Planos de Estudos do Ensino Primário,
básicas para as opções pedagógicas tomadas para o Ensino Primário?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5. Faça uma abordagem sobre a função social Ensino Primário?
R:________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
7. No seu ponto de vista a realização desta tarefa poderá dar resposta a algum conteúdo do currículo
angolano?
R:________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
b) Se sim, qual? Justifica.
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
8. Quais são as dimensões que o perfil de saída dos alunos da 6ª classe deve comtemplar?
R:___________________________________________________________________________________
Leituras recomendadas
Lei nº 13/01 de Bases do Sistema de Educação e Ensino. (31 de Dezembro de 2003).
Actualização Curricular. Luanda: Texto Editores.
Nesta abordagem daremos destaque aos objectivos gerais e o plano temático da 5.ª e 6.ª classe
das disciplinas de História e Ciências da Natureza.
42
Programas de História da 5.ª classe
Compreender que todos as sociedades passaram por etapas de organização muito simples
e foram-se desenvolvendo ao longo do tempo;
Compreender que com o passar dos tempos as sociedades humanas passaram por diversas
mudanças;
43
Conhecer alguns aspectos históricos do nosso país e dos primeiros povos que habitaram o
actual território que se chama angola;
Conhecer as causas que tiveram na base das primeiras revoltas contra a exploração e a
oposição colonial;
O plano temático de História da 5.ª classe, está constituído por 8 unidades temáticas
apresentadas a seguir:
1. O tempo;
6. A ocupação do território;
44
Dominar técnicas elementares de pesquisa e organização de dados;
O plano temático de História da 6ª classe está constituído por 6 temas que passaremos a
destacar:
Analisar os estados físicos dos corpos na natureza; conhecer a camada invisível que
envolve a superfície da Terra;
45
Compreender a utilização de água nas barragens para a produção de energia eléctrica;
O plano temático da 5.ª Classe é constituído por oito Unidades Temáticas, organizados da
seguinte forma:
1. Corpos na natureza;
2. O ar e a natureza;
3. A energia;
4. A água;
5. Crusta terrestre;
7. A alimentação e saúde
46
Conhecer o homem como ser vivo animal;
O plano temático de Ciências da Natureza da 6.ª classe, encontra-se organizado por cinco
unidades temáticas apresentadas a seguir:
3. Diversidade de animais
5. Relação entre os seres vivos e suas interacções com o meio (INIDE/MED, 2019, pp.
101-102).
O programa de ciências da natureza da 5.ª Classe encontra-se constituído por oito temas,
organizados da seguinte forma: tema-1 corpos na natureza; tema-2 o ar e a natureza; tema-3 a
energia; tema-4 a água; tema-5 Crusta terrestre; tema-6 o meio em que vivemos; tema-7
alimentação e saúde e por fim o tema-8 higiene e saúde (INIDE/MED, 2019, p.89).
47
das aprendizagens e outros, das quais resultou a produção dos presentes materiais curriculares
(Miguel et al., 2018, p.3).
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: o professor efectua o levantamento e análise das concepções prévias dos
alunos seguindo o guião de exploração de ideias.
Durante a aula: para abordar está temática o professor começa por apresentar o tema da aula,
de seguida sugere que os futuros professores realizam as seguintes actividades:
48
Recursos:
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Tabela 12: Guião de tarefa de aprendizagem sobre “Programas e Manuais da 5ª e 6ª classe do Ensino Primário.”
Questões orientadoras
49
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2. Qual é a utilidade dos programas e manuais para o professor e para os alunos?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3. Quais são as potencialidades e debilidades identificadas durante a análise dos programas e programas
da 5.ª e 6.ª classe?
R:________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
4. Existe relação entre os conteúdos do manual e os objectivos específicos do programa?
R:___________________________________________________________________________________
a) Se não diga porquê?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
b) Apresente uma sugestão de melhoria.
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
9. No seu ponto de vista a realização desta tarefa poderá dar resposta a algum conteúdo do currículo
angolano?
R:________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
c) Se sim, qual? Justifica.
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Actividade de auto-avaliação: auto-avaliação de competências.
Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10,
assinalando com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
De seguida no momento do confronto das ideias o professor recolhe as ideias para conhecer o
mundo das ideias dos alunos tomar decisões, finalmente os alunos respondem as seguintes
questões:
1. O que já sabíamos?
2. O que aprendemos?
50
5. O que gostaria de aprender nas próximas aulas?
Leituras recomendadas
INIDE/MED. (2019). Programa da 5.ª classe/ Ensino Primário.In M. Afonso, J. Gomes & J. Manuel
(cood.) 1ª Edição. Editora Moderna. 8, 69, 72, 91,92.
INIDE/MED. (2019). Programa da 6.ª classe/ Ensino Primário.In M. Afonso, J. Gomes & J. Manuel
(cood.). 1ª Edição. Editora Moderna.85, 87, 101,102.
“A Didáctica geral é considerada a mãe de todas as ciências pois a mesma fornece métodos
específicos para ensinar cada uma delas, estuda os princípios, as normas e as técnicas
essenciais para regular qualquer tipo de ensino para qualquer tipo de aluno, faz um
julgamento ou uma crítica do valor dos métodos de ensino” (Schmidt, 2009 p. 41). Desta feita
começaremos por responder a questão relacionada com (o que é ensinar e aprender?),
destacando que o processo de ensino-aprendizagem engloba dois processos fundamentais o
“ensino” e a “aprendizagem”. Segundo o autor a baixo referido defende que na escola nova o
importante no ensino “não é aprender, mas aprender a aprender”, colocando o aluno como o
centro do processo de ensino e aprendizagem. Deste modo o professor deve agir como
estimulador e orientador da aprendizagem. Todavia o ensino pode ser entendido como é um
processo que visa a aprendizagem sendo considerado como factor de estimulação intelectual
(Pilletti, 2004, p. 26). No que diz respeito a aprendizagem podemos a firmar que a mesma é
concebida como um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente de novos
padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir, a aprendizagem é mais do que
aprender uma informação (Schmtz, nd p.53 citado em Pilletti, 2004, p. 41).
Portanto o ensino existe para motivar a aprendizagem, orientá-la, dirigi-la, tendo em vista
eficiência da aprendizagem (Pilletti, 2004, p. 34). O ensino e aprendizagem são dois
51
processos que não ocorrem apenas na sala de aula, é possível ensinar e aprender em diferentes
ambientes como por exemplo em casa, na escola, no trabalho, no lazer (…). O que se aprende
ou o que se ensina, em cada momento pode ser uma situação de ensino-aprendizagem, para
aqueles que tem atitudes de constante abertura em aprender e ensinar. O processo de ensino
aprendizagem é aquele em que os seus intervenientes são capazes de indagar, pesquisar,
procurar alternativas, experimentar, analisar, dialogar, ter uma atitude científica perante a
realidade (Pilletti, 2004, pp. 26-27) na escola nova o importante “não é aprender, mas
aprender a aprender”, colocando o aluno como o centro do processo de ensino e
aprendizagem. Deste modo o professor deve agir como estimulador e orientador da
aprendizagem. Todavia o ensino pode ser entendido como é um processo que visa a
aprendizagem sendo considerado como factor de estimulação intelectual (Pilletti, 2004, p.
26).
52
quais é possível organizar as actividades de ensino dos seus alunos procurando atingir os
objetivos do trabalho docente considerando um conteúdo específico (Piletti, 2004).
Resultados de aprendizagem
Conceituar ensino e aprendizagem
Estabelecer a diferença entre ensino e aprendizagem
Estabelecer a relação entre o ensino e aprendizagem
Conceitualizar método e metodologia
Relacionar distinguindo os termos método e metodologia
Descrever a relevância da metodologia de ensino e da aprendizagem
Antes da aula: o professor efectua o levantamento e análise das concepções prévias dos
futuros professores, a através das seguintes questões:
Apresentação oral, com eventual suporte escrito (apresentação em Power Point), dos
conteúdos. Com base nas respostas obtidas anteriormente o professor identifica as
potencialidades e debilidades das ideias dos alunos e selecciona métodos e meios adequados
que tornem possível colmatar as dificuldades as dificuldades e consequentemente alcançar os
objectivos pré-concebidos.
53
Durante a aula: O professor propõem os alunos façam:
Com base nos textos lidos os alunos serão desafiados a responder as seguintes
questões:
1. Conceitue ensino e aprendizagem?
2. Estabeleça a relação existente entre o ensino e aprendizagem?
3. O que entendes por processo de ensino e aprendizagem?
4. Define método e metodologia?
5. Estabeleça a relação entre os métodos e a metodologia?
6. Descreva a importância da metodologia no processo de ensino a aprendizagem?
Cada aluno efectua o registo das conclusões finais feitas pelos grupos;
Com base nas tarefas realizadas, os alunos farão um confronto das suas ideias prévias
com o novo conhecimento adquirido durante a aula;
Com base nas tarefas realizadas, os alunos farão uma análise e comparação de
resultados, confrontando as suas ideias prévias com o novo conhecimento adquirido
durante a aula;
Dando seguimento, cada aluno deve efectuar o registo das conclusões finais feitas
pelos grupos;
54
Avaliação (metacognição e feedback), o professor efectua o diagnóstico do estado da
aprendizagem dos alunos e realiza o devido acompanhamento e os alunos reflectem a
respeito das aprendizagens realizadas.
Recursos
Depois da aula:
Leituras Recomendadas
Fonseca, J., & Fonseca, S. (2016). Didáctica Geral (1ª Edição ed.). Sobral.
Piletti, C. (2004). Didactica Geral (23ª Edição ed.).Editora Álica.
Schmidt, M. A. (2009).Cognição histórica situada: que aprendizagem histórica é
esta?.In M.A Schimidt & I. Barca (org.).Aprender História: Perspectivas de educação
Histórica. Editora Unijuí.30.
A História enquanto ciência vem responder aos anseios do ser humano de conhecer-se nos
diversos tempos e espaços, com mais veracidade e profundidade. Educação Histórica: uma
55
interface epistemológica da Educação e da História também para a educação em História
defendem o princípio de que a aprendizagem situada assente no pressuposto epistémico de
realismo crítico, dado que este aceita a possibilidade de conceptualizar algo sobre a realidade
passada por meio da interpretação dos indícios existentes no presente de um certo passado em
estudo evidência histórica (Barca, 2021)
Segundo Chapman (2021), realça que “um dos principais objetivos da Educação Histórica é
desenvolver o «pensamento histórico» dos alunos e o pensamento histórico é central para o
«conhecimento histórico» ” (p.26)
(p.57). Deste modo os autores, afirmam que as crianças devem usar as fontes mais
apropriadas, para que consigam realizar inferências históricas. Pensar historicamente, pode
considerar-se como a capacidade de pensar além de si mesmo e do seu tempo. Compreender
que existem relações entre a sua história individual e a História (Schmidt & Barca, 2009).
a) Ler, cruzar e seleccionar fontes históricas diversas no seu suporte, estatuto e mensagem;
56
b) Compreender o contexto de actuação, realidade (s) humana (s) em estudo (tempo, espaço,
cultura,…) e as inter-relações temporais e culturais;
Resultados de aprendizagem:
Caracterizar o Pensamento Histórico
Revelar conhecimentos relacionados ao conceito de pensamento histórico
Descrever as formas de construção do Pensamento Histórico
Realizar actividades de leitura que mobilizam o pensamento histórico
Antes da aula: O professor efectua a exploração das ideias prévias, solicita aos alunos que
dividam o seu caderno em duas partes coloquem o tema da aula, num lado escrevem o que
pensavam antes e no outro o que pensava depois, tendo em conta as seguintes questões:
57
Levantamento das ideias construídas pelos alunos;
Recursos
Como aprendeste?
O que menos lhe agradou na aula, e o que gostaria que melhorasse em próximas aulas?
Compare as suas respostas com as soluções no final do manual. Se tiver dúvidas, releia o
texto de apoio ou pergunte ao professor/ colegas.
Questões orientadoras
1. O que significa pensar historicamente?
R:________________________________________________________________________________________
58
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2.Como é formado o pensamento histórico?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3- Porque que os historiadores discordam em alguns aspectos?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Leituras Recomendadas
Barca, I. (2021). Educacção Histórica: Desafios Epistemologicos para o Ensino a e aprendizagem da
História. Porto: Edições afrontamento.
Chapman, A. (2021).Construindo a compreensão e o pensamento histórico através do ensino explícito
de raciocínio histórico. In L.A. Marques Alves & M. Gago (cood.) Diálogo (s), epistemologia (s) e
educação Histórica: Um primeiro olhar. CITCEM.
Cooper, H. (2004). O pensamento Histórico das Crianças. In I, Barca. (cood.).Para uma Educação
Histórica de Qualidade. Actas das IV jornadas internacionais de educação histórica. Universidade do
Minho.
Nokou, I. (2003). Exploração do pensamento Histórico dos jovensem Ambiente de Museus: Educação
Histórica de Museus. Braga: Universidade do Minho.
Schmidt, M. A., & Barca, I. (2009). Prefácio. Aprender História: Perspectiva de educação Histórica. In
M.A Schimidt & I. Barca (org.) Editora Unijuí. 30.
Gago, M. (2021). Aprender como se faz História: Desafios e oportunidades da Aula Oficina.
Flexibilidade e Interacções Educativas para Rumos(Des) iguais: Um olhar longitudinal até aos tempos
de Pandemia. Instituto de Educação da Universidade do Minho.
59
entre outros) e envolvem um processo investigativo complexo, mas instigante e, permite ao
aluno saber pensar historicamente (p.60).
Os conceitos substantivos, assim como outros conceitos e conhecimentos, podem ser fruto de
suposições e ideias do quotidiano e do senso comum que possuímos do passado e acerca de
como a História funciona (Chapman, 2021).
Para além dos conceitos substantivos, em História temos de atender aos conceitos
metahistóricos que estão intimamente relacionados com a natureza científica da História
(Freitas et. al., 2010). No mesmo trilho Schmidt e Barca (2009), afirmam que o pensamento
histórico envolve a apropriação de conceitos metahistóricos, oriundos da epistemologia de
História que podem ser: evidência histórica, empatia histórica, narrativa histórica e explicação
histórica Em suma, considera-se que “os conceitos metahistóricos são aqueles inerentes à
própria História-ciência, sempre presentes quando se estuda História dando corpo à mesma.
Os conceitos metahistóricos devem ser uma preocupação constante de exploração em
História, pois são eles que munem os alunos de ferramentas cognitivas que lhes vão permitir
compreender o passado conseguindo perceber porquê que um determinado objecto de um
certo passado é uma evidência.” (Gago, 2012, p.30). Ou seja, conceitos substantivos têm a ver
com o “saber isto” e os metahistóricos com o “saber como” (Barca, 2004 citada em Gago, et.
al., 2021).
Um dos conceitos metahistóricos que devem ser trabalhados com os alunos nas aulas
de História é o conceito de tempo, através do qual o aluno constrói as genealogias e linhas de
tempo. Esta será uma tarefa a considerar durante a nossa abordagem.
Resultados de aprendizagem:
Actividades de aprendizagem
60
Antes da aula: o professor efectua a exploração e análise das ideias prévias dos alunos sobre
os conceitos substantivos e metahistóricos, utilizando método de brainstorming, construindo
um ambiente favorável para discussão fazendo o registo ideias dos alunos no quadro, que
servirão de base para construção do novo conhecimento, a partir das questões apresentadas a
baixo:
- Seguem o guião orientador, que conduzirá os alunos até à descoberta, através de algumas
perguntas ou pistas.
- Sendo os alunos sujeitos activos são desafiados a encontrar respostas para as perguntas,
existentes no guião, assumindo o protagonismo da sua aprendizagem resolvendo os problemas
apresentando hipóteses sob orientação do professor;
61
- Partilham os resultados das actividades através da exposição dialogada, por meio de um
debate que permitirá aos alunos conciliar as ideias que possuíam anteriormente com as
actuais, realizando assim a reformulação das mesmas;
- O professor efectua o feedback contínuo aos alunos, acompanhando o seu progresso durante
a realização das actividades de forma sistemática e progressiva.
Recursos
Actividade de auto-avaliação
Depois da aula: Os alunos realizam a auto avaliação baseando-se nas seguintes questões:
2. O que já sabia?
4. Como aprendi?
5. De que forma?
62
7. Em que outras situações posso usar o que aprendi?
Leituras recomendadas
Chapman, A. (2021).Construindo a compreensão e o pensamento histórico através do ensino explícito
de raciocínio histórico. In L.A. Marques Alves & M. Gago (coord.) Diálogo (s), epistemologia (s) e
educação histórica um primeiro olhar. CITCEM.
Barca, I. (2021). Educação Histórica: Desafios Epistemológicos para o Ensino a e aprendizagem da
História. In L.A. Marques Alves & M. Gago (coord.) Diálogo (s), epistemologia (s) e educação
histórica um primeiro olhar. CITCEM.
Gago, M.. (2012). Pluralidade de Olhares-Construtivismo e Multiperspectiva no Processo de Ensino
Aprendizagem. Escola Portuguesa de Moçambique.
Gago, M., Cantanhede, F & Torrão, P. (2021). O fio da Historia. Fio da Educação: Caminhos para
aprendizagens significativas. Portugal: Texto Editores.
Freitas, M. L.V., Solé, G. S., & Sara, P. (2010). Metodologia de História. Plural Editora.
Schmidt, M. A., & Barca, I. (2009).Prefácio. In M. A. Schimidt & I. Barca (org.) Aprender História:
Perspectiva de educação Histórica. Editora Unijuí.
Genealogias
As genealogias têm como principal objectivo estabelecer a árvore genealógica de uma pessoa,
família ou grupo, sendo considerada como parte integrante da História Social (Oliveira, 1987
citado em Solé, 2005). Para Freitas et. al. (2010), as árvores genealógicas podem incluir para
além da família restrita, a família extensa, as pessoas com as quais as crianças lidam, e podem
ser representadas em forma de narrativa ou esquema.
Solé (2005), salienta que as genealogias são discursos sobre o tempo, tendo como
finalidade estudar a origem de uma família, estabelecendo uma relação de parentesco entre os
seus membros, a construção de genealogias pelos alunos é fundamental pelos seguintes
motivos: contribui para promover a identidade pessoal, a compreensão de uma realidade
histórica, desenvolve valores culturais e afectivos, permite a construção da identidade pessoal
do aluno. Todavia os estudos genealógicos contribuem para a criação na escola de uma
construtivista, capaz de fazer os alunos reviverem o passado da sua família de forma
gratificante e motivadora (Zonabend, n.d citado em Solé, 2005).
63
Resultados de aprendizagem:
Conceituar genealogia;
Antes da aula o professor realiza o levantamento e análise das ideias prévias dos alunos,
apresenta o tema da aula tendo em conta as seguintes questões:
Durante a aula: Abordaremos esta temática fazendo recurso ao método de estudo de caso e o
método exposição dialogada, onde o professor promove e valoriza a iniciativa dos alunos, na
procura de soluções e de recursos, na tomada de decisões e na capacidade de argumentação, a
partir da cooperação/colaborativa, iniciativa e autonomia.
- À medida que o professor aborda o tema sobre as gerações, os alunos analisam as diferentes
árvores genealógicas de histórias de famílias “imaginárias”. Para evitar situações menos boas
por exemplo: casos de poligamia, incesto homossexualismo entre outros.
64
- Nota: Os alunos podem construir a árvore genealogia da sua família desde que o professor
se certifique que não há casos difíceis que poderão condicionar a realização dessa actividade
na sala de aula.
- Partilham as tarefas realizadas, cada grupo apresenta a suas conclusões resultantes da leitura
dos artigos e da análise das árvores genealógicas, que serão alvo de debate em grande grupo.
- O professor faz o levantamento das ideias construídas pelos alunos, apresentadas oralmente
pelo porta-voz de cada grupo;
Escola:
Nomes dos integrantes do grupo: Classe: Turma:
Disciplina:
Tema: Duração:
Objectivos da actividade:
Conceituar genealogia;
Referir a finalidade e o objectivo do uso de genealogias;
Analisar árvores genealógicas;
65
________________________________________________________________________________ 7. O que é
que os alunos de ensino primário poderiam aprender com essa tarefa?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
_______
7. Quais os cuidados a ter no uso desta tarefa?
R:________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
8. O que é que alterariam nestas tarefas e porquê?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
66
Figura 2: Exemplo de árvore genealógica de uma família alargada
Recursos
Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10,
assinalando com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
1. O que sabiam?
2. O que aprenderam?
3. Como aprenderam?
5. Qual foi a maior dificuldade encontrada durante a resolução da tarefa? E como superaram?
Leituras recomendadas
Freitas, M. L.V., Solé, G. S., & Sara, P. (2010). Metodologia de História. Plural Editores.
Solé, M. G. S. (2005). A Genealogia como estratégia de ensino-aprendizagem do tempo histórico no 1.º
Ciclo. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación. Galician-Portuguese Journal for the
Study of Psychology and Education, pp.. CD/Rom).
Linha de Tempo
68
Freitas et. al. (2010) consideram que as linhas de tempo cronológico permitem o
desenvolvimento de conceitos associados ao sistema convencional de contagem do tempo,
podem representar um dia, uma hora, décadas, anos de vida dos alunos, fases de crescimento
de uma planta, entre outros, tendo em conta a sequência de acontecimentos Estas têm como
finalidades, promover o desenvolvimento de noções de causalidade, evidenciam semelhanças
e diferenças ao longo do tempo, permitem a contextualização de vários períodos de tempo e
estabelecem ligação entre o conhecido e o desconhecido.
Resultados de aprendizagem:
Conceituar linhas de tempo;
Analisar linhas de tempo;
Descrever as finalidades das linhas de tempo na aprendizagem dos alunos.
Antes da aula: O professor efectua o levantamento e análise das concepções prévias dos
futuros professores sobre as linhas de tempo, atendendo as seguintes questões:
Durante a aula: O professor apresenta o tema da aula e professor propõem que os alunos
realizem:
O professor partilha, diferentes tipos de linhas de tempo, que serão alvo de análise
pelos futuros professores;
69
Visualização de um vídeo relacionado a construção de linhas de tempo para consolidar
o conhecimento;
Efectuam o confronto das ideias iniciais com as ideias construídas ao logo da aula;
Recursos:
Depois da aula: Os alunos avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
com um X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
2. O que aprendemos?
a) De forma imediata?
b) No futuro?
70
5. Como podemos relacionar o que aprendemos com conteúdos?
71
Figura 5: Linha de tempo de meses, que retracta o percurso escolar da Larissa desde o dia 27 de Fevereiro até ao
dia 15 de Março.
Figura 6: Linha de tempo que retracta as fases da História desde a pré-história, idade antiga, idade media, idade
moderna e a idade contemporânea, organizados de acordo com a sequência dos acontecimentos.
72
Figura 7: Linha de tempo que retracta as fases de desenvolvimento de uma pessoa desde a infância até a velhice.
Leituras recomendadas
Freitas, M. L.V., Solé, G. S., & Sara, P. (2010). Metodologia de História. Plural Editores.
Nas aulas de história os alunos são desafiados a construir conhecimento acerca do passado
que já não existe, que não pode ser observado directamente, pois o conhecimento histórico é
construído de forma mediada, através das fontes e do raciocínio acerca dos significados dos
vestígios e dos traços do passado que existem no presente. Assim, é através da construção da
argumentação histórica que podemos fazer afirmações acerca das pessoas do passado, dos
eventos e dos elementos/processos dessa realidade (Chapman, 2021). Para se “fazer Historia”
é necessário:
73
Chapman (2021) considera que nas aulas de História as fontes e o seu questionamento
são fundamentais para a construção do conhecimento histórico. Neste sentido, considera que
se deve utilizar todo o tipo de fontes históricas – escritas, materiais, iconográficas,
historiográficas, documentais, ficcionais, etc. A arte consistirá no labor das inferências sobre
situações históricas indiciadas nessas fontes. A partir da “leitura” destas fontes, vários
poderão ser os produtos construídos pelos alunos, de acordo com a tarefa proposta, mas que
será sempre expressa de forma narrativa (escrita, oral, pictográfica) concretizada num ensaio
escrito, numa banda desenhada, num debate, num guião, cenários ou figurinos para uma
dramatização; um poema ou letra de canção sobre um tema; um fórum de argumentação,
através da internet.
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: o professor realiza a exploração e análise das ideias prévias dos alunos através
das seguintes questões:
74
-Para aportar essa temática o professor apresenta diversas fontes que podem ser iconografias
(pinturas, gravuras, fotografias, filmes,…), materiais (objectos, edifícios, construções,…),
podemos encontrar mensagens (convergente, divergente, complementar) e estatuto (oficial,
não oficial, clandestina, privada,…) e as orais podem ser relatos de pessoas que narram algum
facto histórico.
- Os futuros professores de História, têm acesso a alguns materiais criados por outros
professores, que serão analisados, seguindo um guião de análise.
- De seguida constroem uma tarefa para os seus alunos de ensino primário em que tivessem
que usar as fontes disponibilizadas por si.
- Efectuam análise e comparação entre as ideias que possuíam anteriormente com as actuais
realizando assim o confronto e reformulação das mesmas;
- Levantamento das ideias construídas pelos alunos, para que o professor tenha um
conhecimento sobre as ideias construídas pelos alunos;
Recursos:
3- Como aprenderam?
75
4- O que gostarias de aprender melhor em próximas aulas?
Compare as suas respostas com as soluções no final do manual. Se tiver dúvidas, releia o
texto de apoio ou pergunte ao professor/colegas.
Questões de análise:
Leituras Recomendadas
Chapman, A. (2021).Construindo a compreensão e o pensamento histórico através do ensino explícito
de raciocínio histórico. In L.A. Marques Alves & M. Gago (cood.) Diálogo (s), epistemologia (s) e
educação Histórica: Um primeiro olhar. CITCEM.
3.4. Modelo de aula oficina (ideias prévias, resolução de tarefas/problemas, confronto, troca
ou mudança conceptual e metacognição)
76
Barca (2004), propõe que os alunos “façam História” na sala de aula com a orientação do
professor, realizando actividades práticas que lhes permitam colocar a “mão na massa”, ou
seja considera que o professor deve criar tarefas que tornem a aula uma oficina, em que se
permita aos alunos “historiar”. Neste modelo o aluno é responsável pela construção do seu
próprio conhecimento, sendo o professor um investigador e orientador da aprendizagem, que
procura conhecer as ideias que os seus alunos trazem para a sala de aula, e estas servem de
base para construção do novo conhecimento propondo tarefas-problemas, realizados pelos
alunos que serão alvo de avaliação (Gago, 2021).
As ideias prévias são como as ideias que os alunos possuem no seu sistema cognitivo para
explicar um determinado fenómeno, onde o conhecimento do aluno é reconstruído tendo
como pilar de sustento todos os factores de ordem interna e ou externa, não sendo, uma cópia
da realidade (Schmidt, 2009).
77
De acordo com Carretero (2002), numa aula construtivista o professor deve criar conflitos
cognitivos ou contradições, produzindo situações que favoreçam a compreensão dos alunos.
Ao encontrar as contradições, os alunos podem mudar a sua concepção inicial. O conflito
entre a sua ideia inicial sobre um determinado fenómeno e a concepção cientificamente
correcta, permite que o aluno realize a reformulação cognitiva passando por uma fase de
transformação de ideias, onde o importante não apenas o produto final mas também o
processo de mudança realizado.
Durante a aula oficina os alunos devem ser desafiados a: desenvolver o ofício de pensar à
maneira do historiador, dar um sentido humano mais profundo à leitura dos problemas do
passado, do presente e desenhar cenários possíveis de acção.
Barca (2004), propõe que os alunos “façam História” na sala de aula com a orientação do
professor, realizando actividades práticas que lhes permitam colocar a “mão na massa”, ou
seja considera que o professor deve criar tarefas que tornem a aula uma oficina, em que se
permita aos alunos “historiar”. Neste modelo o aluno é responsável pela construção do seu
próprio conhecimento, sendo o professor um investigador e orientador da aprendizagem, que
procura conhecer as ideias que os seus alunos trazem para a sala de aula, e estas servem de
78
base para construção do novo conhecimento propondo tarefas-problemas, realizados pelos
alunos que serão alvo de avaliação (Gago, 2021).
Durante a aula oficina os alunos devem ser desafiados a: desenvolver o ofício de pensar à
maneira do historiador, dar um sentido humano mais profundo à leitura dos problemas do
passado, do presente e desenhar cenários possíveis de acção.
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: O professor efectua o Levantamento e análise das ideias prévias dos alunos
sobre o modelo de aula oficina oferece uma ficha de exploração das ideias, dividida em duas
partes, na primeira parte serão colocadas as ideias prévias e na segunda as ideias construídas
durante a actividade, através das seguintes questões:
- Cada grupo partilha as suas ideias expondo as suas conclusões colocando-as numa cartolina;
- Os representantes de cada grupo escrevem, num post - it, um aspecto positivo, um pedido de
esclarecimento e um aspecto a melhorar e fixam-no na cartolina dos diferentes grupos;
-Partilha das conclusões de cada grupo, onde cada grupo lê, reflecte e responde aos post-its,
seguido de um debate;
Recursos:
- Guião de actividade;
- Cartolinas
Actividade de auto-avaliação
Como aprendeste?
81
O que gostarias de aprender em próximas aulas?
Recursos
Perguntas escritas
Leituras recomendadas
Barca, I. (2004). Aula oficina: do projecto à avaliação. Universidade do Minho.
Barca, I. (2021). Educação Histórica: Desafios Epistemológicos para o Ensino a e
aprendizagem da História. Edições afrontamento.
Carretero, M. (2002).Construtivismo em educação. 2.ª Ed. rer. aum. Artmed.
Gago. (2012). Pluralidade de Olhares-Construtivismo e Multiperspectiva no Processo de
Ensino Aprendizagem. Escola Portuguesa de Moçambique.
Gago, M., Cantanhede, F & Torrão, P. (2021). O fio da Historia. Fio da Educação: Caminhos
para aprendizagens significativas. Portugal: Texto Editores.
Polon, S. A. (2012). Teoria e Metodologia do Ensino de Ciências. Unicentro.
Schmidt, M. A., & Barca, I. (2009).Prefácio. In M. A. Schimidt & I. Barca (org.) Aprender
História: Perspectiva de educação Histórica. Editora Unijuí.
Zabala, A. & Arnau, L. (2020). Métodos para ensinar competências. Penso.
O trabalho laboratorial afirmou-se ao longo dos tempos nos currículos de ciência como uma
vertente indissociável no ensino e aprendizagem da disciplina, sendo defendido pela maioria
dos autores como “vital” e “central” (Woolnough,1995 citado em Figueiroa, 2016, p.33).
As actividades laboratoriais são importantes pois “na passagem do aluno da sala de aula para
o laboratório aumenta seu o interesse e o prazer pela aula, onde observa uma diversidade de
82
equipamentos e de seres vivos sendo um ambiente relaxante e contrastante diferente do
comum, com todas as condições, para que os alunos satisfaçam a sua curiosidade natural e
desenvolvam a capacidade de iniciativa trabalhando autonomamente, confrontam resultados,
esperando em todo momento mexer e mexer-se na cooperação com os colegas e com o
professor” (Figueiroa, 2016, p. 33).
De acordo com Machado (2019), Os factores que podem influenciar o sucesso das actividades
laboratoriais no ensino e aprendizagem das ciências da Natureza são, as concepções dos
professores, a forma como os professores realizam as actividades e as condições que as
escolas apresentam. As actividades laboratoriais são relevantes para aprendizagem dos alunos,
por permitirem a motivação, interesse e prazer pela aula, observando grande diversidade de
equipamentos e de seres vivos sendo um ambiente relaxante e contrastante diferente do
comum, com todas as condições. Onde os alunos desenvolvem a capacidade de iniciativa
trabalhando autonomamente, confrontam resultados, realizam as actividades em cooperação,
tomem conhecimento da forma como os cientistas produzem o conhecimento científico.
Resultados de aprendizagem:
Actividade de aprendizagem
83
Antes da aula: O professor realiza o levantamento e análise das concepções prévias dos
alunos, solicita que dividam o seu caderno em duas partes coloquem o tema da aula, num lado
escrevem o que pensavam antes e no outro o que pensava depois da aula, tendo em conta as
questões apresentadas a baixo:
- Identifiquem o objectivo de cada uma das actividades existentes nos manuais e apresentam
algumas sugestões de melhoria;
- Fazem anotações
- Apresentação dos resultados (onde os diferentes pontos de vista são analisados por todos);
Recursos:
Imagens;
Depois da aula: No momento do confronto das ideias o professor solicita aos alunos que
façam a leitura dos aspectos que pensavam antes e depois, para conhecer o mundo das ideias
dos alunos tomar decisões. De seguida efectuam a sua auto-avaliação do grupo da seguinte
maneira:
Leituras recomendadas
Figueiroa, A. (2016). Trabalho Prático Investigativo no Ensino das Ciências: Experimental ou
Laboratorial? (2ª Edição ed.). WH!TEBOOKS.33,35, 38.
Leite, L. (2000). As Actividades Laboratoriais e a Avaliação das Aprendizagens dos Alunos.
Universidade do Minho.
Lourenço, O. M. (2013). Inter-relação dados-evidências-conclusões em contextos laboratoriais:
um estudo com professores e manuais escolares de Ciências da Natureza do 6º ano de
escolaridade sobre o tema Germinação. Universidade do Minho.
Machado C. (2019). Actividades laboratoriais com materiais de baixo custo: Um estudo com
professores timorenses. Revista electrónica de Ensenanza las Ciências. Volume 18.198. Para
adicionar no currículo.
86
As actividades de campo são importantes recursos para o ensino das Ciências, pois permitem
explorar uma grande diversidade de conteúdos, motivam os alunos, possibilitam o contacto
directo com o ambiente e uma melhor compreensão dos fenómenos, permitem a explorar
conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, o que possibilita que sejam também de
grande valia em programas de Educação Ambiental (Viveiro, 2009, p. 1). Na visão de alguns
autores (Dourado & Leite, 2013; Dourado & Leite, 2015 citados em Dourado & Leite, 2016),
as actividades de campo “corresponde ao conjunto de tarefas, de diferente natureza, a realizar
por professores e/ou alunos, no local onde os acontecimentos ocorrem naturalmente, de modo
a levar os alunos alcançar um objectivo principal”. Na mesma linha de pensamento
(Fernandes, 2007, p. 22 citado em Viveiro, 2009, p. 2) define actividade de campo em
Ciências como “toda actividade que envolve o deslocamento dos alunos para um ambiente
alheio aos espaços de estudo contidos na escola”. Muitos professores furtam-se em realizar
actividades de campo alegando a distância. De acordo com (Howarth; Slingsby, 2006; Lock,
2010 citados em Dourado e Leite, 2016, p. 15), as saídas de campo não precisam ter,
necessariamente, um destino distante, podendo ser realizadas saídas de campo
educacionalmente frutíferas em lugares bem próximos da escola.
Para Abreu (2018), para execução de uma actividade de campo devemos ter em conta as
seguintes fases:
1- Preparação (pré-saída)
2- Execução (saída)
87
Na fase de execução realiza-se a saída na data e horários marcados. O professor deverá fazer
as chamadas de atenção indicar as orientações que considere necessário. De seguida realiza-se
a exploração inicial do local visitado. Estando no local o professor e os alunos exploram o
local poderão (observar, tocar, sentir, o ambiente, mas com os devidos cuidados e desde que
seja permitido).
Após a realização da saída de campo os alunos poderão compartilhar com os colegas as suas
percepções considerações sobre o trabalho realizado e o professor deverá apresentar
considerações finais, tanto sobre o trabalho como sobre as aprendizagens realizadas.
Os alunos poderão ser avaliados antes, durante e após a realização da aula de campo.
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: O professor efectua o levantamento e análise das ideias prévias dos futuros
professores sobre a actividade de campo através do preenchimento do guião de exploração
apresentado pelo professor, onde são colocadas as ideias iniciais e finais.
Durante a aula:
- Preparação da saída
88
- Elaboram um guião de actividade de campo;
- Realizam a saída onde são desafiados a observar aliando os conhecimentos teóricos aos
práticos, interpretar, descobrir, a resolver problemas propostos pelo professor;
- Efectuam a mudança/ troca conceptual a partir do confronto entre as ideias prévias e o novo
conhecimento tendo em conta as ideias existentes no guião, seguindo-se de uma
reformulação.
Recursos:
Depois da aula: os alunos avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
89
De seguida no momento do confronto das ideias o professor recolhe as ideias para conhecer o
mundo das ideias dos alunos tomar decisões, finalmente os alunos respondem as seguintes
questões:
O que já sabíamos?
O que aprendemos?
Compare as suas respostas com as soluções no final do manual. Se tiver dúvidas, releia o
texto de apoio ou pergunte ao professor/ colegas.
Observações do professor:
Assinatura do professor:
90
Tabela 18: Guião de tarefa de aprendizagem sobre o tema “Actividade de Campo.”
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2. Refira as fases de uma actividade de campo?
R:________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3. O que é necessário fazer para que as actividades de campo sejam significativas?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4. Qual foi a maior dificuldade encontrada na elaboração do guião da actividade de campo
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5. Qual é a importância da realização de actividades de campo para a aprendizagem dos alunos?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
___________________________
6. No seu ponto de vista a realização desta tarefa poderá dar resposta a algum conteúdo do
currículo angolano?
R:________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
d) Se sim, qual? Justifica.
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Leituras recomendadas
Abreu, L. J. L. (2018). Planejamento de aulas de campo? Tenha aqui um guia facilitador. Universidade
Federal de Ceará. Tese de mestrado profissional em ensino das ciências e matemática.
Dourado, L., & Leite, L. (1 de Maio de 2016). Revista Internacional de Formação de Professores
(RIPF). Actividades de Campo no ensino da Geologia: opiniões de professores portugueses sobre
formas ideais de as usar.
Rodrigues A. B. & Octaviano C. A. (2001).Guia metodológico de trabalho de campo em geografia.
Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Viveiro, A. A. (2009). Actividades de campo no ensino das ciências e na educação ambiental:
reflectindo sobre as potencialidades desta estratégia na prática escolar. Universidade Estadual Paulista
– UNESP.1,2.
91
3.7. Analogias
Conteúdo: Analogias
As analogias são entendidas como uma comparação baseada em similaridades entre estruturas
de dois domínios de conhecimento diferentes, um conhecido e outro desconhecido. Uma
analogia consiste numa comparação entre coisas que têm características semelhantes (Lopes
& Silva, 2019, p. 167).
Ferraz e Terrazan (2003 p. 216), afirmam que para que se realize um ensino de qualidade
fazendo recurso ao uso de analogias, é necessário que as mesmas contemplem os seguintes
momentos:
2) Indicar as qualidades compartilhadas entre alvo e análogo para explicar o alvo de forma
plausível
3) Ajudar o aluno na identificação dos atributos não compartilhados entre alvo e análogo.
Segundo Ferraz & Terrazzan (s.d) as analogias podem ser classificadas da seguinte forma:
1) Analogias simples: neste tipo de analogias compara-se uma estrutura do domínio alvo com
outra estrutura do domínio análogo de forma breve.
3) Analogias do tipo simples referindo-se a forma: neste tipo de analogia o domínio alvo
faz referência à forma do domínio análogo, em que ambas apresentam a mesma aparência
física geral.
92
4) Analogias do tipo simples referindo-se a função e a forma: Essas analogias apresentam
características dos dois últimos tipos anteriores, tanto as referentes a forma como a função.
5) Analogias do tipo simples referindo-se aos limites do análogo: nesse tipo de analogia
introduz-se o domínio alvo e indica-se aonde o análogo falha.
7) Analogias duplas ou triplas: nesse tipo de analogias abordam-se dois ou três conceitos
alvo diferentes e complementares que são explicados por dois ou três análogos, cada um
correspondente a um domínio alvo.
Vários autores destacam a importância das analogias no ensino e aprendizagem das ciências
considerando-as como instrumentos de grande valor para ensinar, principalmente de conceitos
que apresentem grau elevado de dificuldade (Duarte, 2005). Ferraz e Terrazzan (2003),
afirmam que é crucial que os professores, ao usarem analogias, tenham a capacidade de as
explorar de modo a levar em consideração as sugestões surgidas espontaneamente na aula e as
possíveis proposições de análogos feitas pelos alunos.
Portanto podemos afirmar que com o uso das analogias é possível estabelecer relação entre
conceitos, partindo do conhecido (análogo) até ao desconhecido (alvo).
Resultados de aprendizagem
Conceituar analogias
Antes da aula: o professor efectua o levantamento e análise das ideias prévias dos futuros
professores sobre as analogias, apresenta em guião de exploração de ideias onde devem
93
constar as ideias iniciais e finais. O levantamento das ideias e feito através da resposta às
seguintes questões:
5. Quais são os temas existentes nos programas com as quais podemos elaborar analogias
para os alunos do ensino primário?
Para abordar esse tema o professor faz recurso não uso do método sala de aula invertida.
Durante a Aula: O professor propõe aos futuros professores que realizem as seguintes
actividades:
- Leitura e análise de artigos relacionados com a elaboração analogias simples, simples quanto
a função, simples quanto a forma, simples quanto a função e a forma, simples quanto ao
limite do análogo, enriquecidas, duplas ou triplas;
- O professor efectua o levantamento das ideias construídas que serão apresentadas oralmente
pelo porta-voz de cada grupo através debate;
Recursos
94
Apresentação da aula em Power Point, computador, retroprojector, quadro, giz e
apagador
Vídeo
Depois da aula: Os alunos realizam a auto avaliação baseando-se nas seguintes questões:
Como aprendeste?
Recursos
Compare as suas respostas com as soluções no final do manual. Se tiver dúvidas, releia o
texto de apoio ou pergunte ao professor/ colega.
Tabela 19: Guião se tarefa de aprendizagem sobre o tema “Analogias.”
Questões orientadoras:
95
___________________________________________________________________________
4. Qual é a relevância do uso de analogias no ensino das Ciências da Natureza?
R:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5. Quais são os temas existentes nos programas com as quais podemos elaborar analogias para os
alunos do ensino primário?
R:_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
6. Será que o tipo de paradigma adoptado pelo professor determina a aprendizagem dos seus alunos?
R:_______________________________________________________________________________
b) Justifica
R:________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Leituras recomendadas
Cunha, M. C. C. (s.d). Analogias nos livros de Ciências para as séries iniciais do ensino fundamental.
Faculdade de pós-graduação em educação UFMG. Pós-graduação em educação: conhecimento e
inclusão social.
Ferraz F. D. & Terrazzan (2003). Uso espontâneo de analogias por professores de biologia e o uso
sistematizado de analogias: Que relação?216,226.
Ferraz F. D. & Terrazzan (s.d). Uso de analogias como recurso didáctico por professores de biologia
no ensino médio. Pós-graduação em Educação. Centro de educação UFSM.
Lopes, J. P., & Silva, H. S. (2019). Pensamento Crítico e Criativo (1ª Edição ed.). PACTOR- Edições
de Ciências sociais, Forenses e da Educação.167,35.
O Role-Play e uma técnica que leva o aluno a experimentar o jogo de papéis ou encenação de
uma situação problemática proposta, da forma mais real, promovendo desenvolvimento de
habilidades que o preparam para resolver situações do seu quotidiano (Cheron, s.d).
O Role-Play é considerado como uma técnica bastante eficaz, com muito destaque em
instituições de qualquer modalidade de ensino, consiste na interpretação, de uma determinada
situação do dia-a-dia, onde o aluno, através de uma simulação, interpreta papéis, de forma
espontânea, desenvolvendo desta forma a sua criatividade (Cheron, s.d). O Role-playing ou
Dramatização é uma representação feita pelos alunos baseada num facto ou fenómeno, de
forma espontânea ou planejada. Este princípio leva os alunos a concretizarem uma situação-
problema, contribuindo para:
Resultados de aprendizagem:
Construir cenários;
Representar os personagens;
Antes da aula: Levantamento e análise das ideias prévias dos alunos sobre o método de role
play, os futuros professores escrevem as suas ideias na ficha de exploração das ideias
apresentada pelo professor. Tendo em conta as seguintes questões:
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula, faz recurso ao método de estudo de
caso e o método exposição dialogada, onde o professor promove e valoriza a iniciativa dos
alunos, na procura de soluções e de recursos, na tomada de decisões e na capacidade de
argumentação, a partir da cooperação/colaborativa, iniciativa e autonomia.
97
Com ajuda do professor identificam problemas no manual para de História/ de
Ciências da Natureza, o Pelas suas características, usando evidências científicas e
vocabulário.
Representam os personagens;
O professor atua como mediador e facilitador, não deve censurar as respostas, mesmo
que não sejam pertinentes, e após a apresentação de diferentes ideias, buscar junto aos
alunos a eleição das respostas mais significativas.
Recursos:
98
Análise de artigos relacionados com o Role Play;
Depois da aula: Os alunos Avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
co X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
Compare as suas respostas com as soluções no final do manual. Se tiver dúvidas, releia o
texto de apoio ou pergunte ao professor/colegas.
99
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
Cheron, M. (s.d). Aplicação da técnica de Role-play na educação profissional: desafios e
potencialidades para o desenvolvimento de competências.
Fonseca J. J. S, & Fonseca, Sónia. (2016). Didáctica Geral. Inta. (2016) F. Didáctica Geral. Inta.
A ABRP expandiu-se por todo mundo, por um lado pelo facto de permitir aos alunos tirarem
o máximo de partido do estudo independente e em pequenos grupos a partir da resolução
simulados que fazem parte do dia-a-dia, promovendo desta forma a autonomia e a cooperação
na vida em sociedade (Boud & Feletti s.d citado em Leite & Afonso, 2001 p.254). A ABRP
apresenta as seguintes características: os problemas são pontos de partida para aprendizagem;
é centrada no aluno e na aprendizagem, aprendem a fazer ciência de forma cooperativa
desenvolvendo competências; é pouco estruturada e flexível; exige uma mudança em todo o
processo de ensino e de aprendizagem, tanto o papel do professor como o papel do aluno,
como na forma de implementação das actividades na organização da aula e na gestão de
espaços e recursos; constitui-se como um desafio para quem implementa esse tipo de ensino
(Woods, 2000; Lambros, 2002; Azer, 2008; Leite & Esteves, 2012, citados em Morgado,
2013 p.5). A ABRP consiste em aprender novos conhecimentos resolvendo problemas
(Morgado, 2013). Na ABRP apresenta-se uma situação problemática ao aluno e partir dos
conhecimentos que o aluno possui é-lhe solicitado que busque novas informações por meio da
pesquisa. Essa estratégia tem como finalidade as seguintes: estimular a participação do aluno
na construção do conhecimento; desenvolver raciocínio; favorecer a aquisição de
conhecimentos; realizar a transferência de aprendizagens; desenvolver a prática pela iniciativa
de busca (Fonseca & Fonseca, 2016). Nessa estratégia realizam-se aprendizagens
construtivistas, através da resolução de problemas, permite aos alunos operar sobre
100
experiências próprias e constructos mentais, aprender através dos sentidos: sentir, tocar, ver,
aplicar, tornando as aprendizagens mais motivadoras, focando o interesse dos alunos e o
desenvolvimento holístico- emocional, social e cognitivo (Cooper, 2004).
De acordo com (Torp e Sage, 2002; Kain, 2003; Wood, 2003 citados em Lopes, et. al. 2019),
a ABRP é uma estratégia de ensino baseada na organização de uma investigação de
problemas do mundo real. Consiste na identificação do problema em situações complexas,
baseadas na vida real, e a busca de suas possíveis soluções.
101
3- No terceiro momento, os alunos voltam a reunir-se, nesta altura já apresentam novas e
diferentes informações, que deverão ser aplicadas, compartilhadas, debatidas e avaliadas,
o grupo efectua registos das actividades que podem servir de instrumento de avaliação para o
professor e por fim, redigem um relatório final com a solução.
O ciclo de aprendizagem descrito pode se repetir quantas vezes forem necessárias para que o
grupo esgote suas possibilidades e conclua, oferecendo uma solução para o problema mais
novas conclusões.
Segundo (Hung, 2009 citado em Lopes, et. al. 2019), afirmam que durante abordagem
problemas da vida real, podem surgir situações conflituantes, desta forma os alunos devem
adoptar a seguinte postura:
- Focar-se nos pontos de vista e apresentar argumentos plausíveis para justificar a sua
hipótese;
Resultados de aprendizagem:
Conceituar ABRP;
Antes da aula: o professor efectua o levantamento e análise das ideias prévias dos alunos
sobre a ABRP, dos futuros professores apresentando-lhes um guião de exploração de ideias,
102
que eles preenchem tendo em conta as sua ideias iniciais e finais relativas às seguintes
questões:
Observa o modo como é feita a gestão adequada dos materiais e dessas instruções,
introduzindo graus de complexidade crescente;
Sugerem hipóteses;
Identificam deficiências;
103
Compartilham as soluções encontradas publicamente sendo que o produto final pode
ser apresentado em forma de exposição oral, texto, notícia de artigo, em forma de
banda desenhada, vídeo, dramatização, entre outros;
Recursos:
Cenários.
Depois da aula: os alunos avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
De seguida no momento do confronto das ideias o professor recolhe as ideias para conhecer o
mundo das ideias dos futuros professores, tomar decisões, finalmente os alunos respondem as
seguintes questões:
1. O que sabiam?
104
a) Como é que o que sabiam contribui para realização da tarefa?
2. O que aprenderam?
3. Como aprenderam?
5. Qual foi a maior dificuldade encontrada durante a resolução da tarefa? E como superaram?
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Tabela 22: Guião de tarefa de aprendizagem sobre o tema “Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas.”
105
o Conceituar ABRP;
o Destacar o objectivo da ABRP;
o Referir o papel do professor e do aluno na ABRP;
o Identificar as características da ABRP;
o Descrever os ciclos de operacionalização da ABRP;
o Praticar actividades de Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas;
o Compreender a importância da ABRP na aprendizagem dos alunos.
1. Formulação e análise do problema (em grupo)
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
Cooper, H. (2004). O pensamento Histórico das Crianças. In I, Barca. (cood.).Para uma Educação
Histórica de Qualidade. Actas das IV jornadas internacionais de educação histórica. Universidade do
Minho.
Fonseca J. J. S, & Fonseca, S .(2016). Didáctica Geral. Inta.
Leite, L., & Afonso, S. A. (2001). Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas. Universidade
do Minho.254.
Lopes, R.M., Alves N.G., Pierini F.M., Filho, M.V.S. (2019). Características gerais da aprendizagem
baseada em problemas. In R. M. Lopes; M. V. S. Filho & N. G. Alves (coord.).Aprendizagem baseada
em problemas: Fundamentos para a aplicação no ensino médio na formação de professores. Programa
106
de pós-graduação Stricto Sensu em Ensino em Biociências e Saúde.Publiki.50,51.
- Morgado, S. F. (2013). Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas: um estudo centrado na
formação contínua de professores de Ciências e de Geografia. Universidade do Minho.5.
Resultados de aprendizagem:
107
Antes da aula: O professor solicita aos futuros professores que preencham o guião de
exploração de ideias que será preenchido pelos pares, fazendo constar o que pensavam antes e
depois da aula, tendo em conta as seguintes questões:
Nota: Em outras aulas podem explorar outros aplicativos e páginas como: Webquest, Pladlet
Web, Google Scholar Mendetey Creative, Google Images entre outras.
Recursos:
Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10,
assinalando com um X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
Para os outros?
Para a sociedade?
7. De forma imediata?
109
8. No futuro?
4. Imagino uma situação em que posso partilhar o que estudei. Partilho aqui essa situação.
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
110
O jogo é uma actividade lúdica, considerada com uma autêntica escola de disciplina, com
regras pré-estabelecidas, onde os alunos estabelecem de emoções e afectos, num espaço de
liberdade. Em que o aluno voluntariamente aceita e exercita, pondo à prova as qualidades do
jogador, designadamente, a sua força e coragem e, igualmente as suas capacidades espirituais
e a sua lealdade (Huizinga, 2003 citado em Silva, 2011, p.92).
Durante a realização de jogos os alunos têm o desejo ardente de ganhar, mas devem sempre
obedecer às regras. Os jogos correm nas veias dos alunos, fazem parte do seu dia à dia, são
inerentes à sua própria condição e nessa qualidade consideram-se veículos inesgotáveis e
imprescindíveis para o seu processo de aprendizagem (Chateau, 1975). Para (Brougère, 1998,
p. 192), o jogo “é um espaço social que exige uma aprendizagem concomitante e supõe a
existência de um acordo pérvio que subjaz a uma significação unívoca que cada participante
lhe atribui a partir do conhecimento e do domínio prático das regras que o regem”.
Gago, et. al. (2021), destacam que os jogos são ferramentas interessantes por promoverem:
Envolvimento os alunos durante a sua realização, que de outra forma poderia não
acontecer;
111
Resultados de aprendizagem:
Conceituar jogos;
Antes da aula: o professor solicita aos futuros professores que preencham o guião de
exploração de ideias a respeito do uso de jogos e na sala de aula. O guião será preenchido pelo
grupos, fazendo constar o que pensavam antes e depois da aula, tendo em conta as seguintes
questões:
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula e propõe aos futuros professores que
realizem as seguintes actividades:
112
Avaliação (metacognição e feedback), o professor efectua o diagnóstico do estado da
aprendizagem dos alunos e realiza o devido acompanhamento e os alunos reflectem a
respeito das aprendizagens realizadas.
Recursos:
Depois da aula: Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa
escala de 1 a 10, assinalando com um X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
113
Destacar a importância do uso de jogos no processo de ensino-aprendizagem.
Integrantes do grupo:
Escola: Disciplina: Classe: Data:
Ideias registadas antes da aula Ideias registadas durante a aula
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
Brougère, G. (1998). Jogo e a Educação. Porto Alegre: Artes Médicas.
Chateau, J. (1975). A criança e o jogo. Atlântica.
Fonseca J. J. S, & Fonseca, S .(2016). Didáctica Geral. Inta
Gago, M., Cantanhede, F & Torrão, P. (2021). O fio da Historia. Fio da Educação: Caminhos
para aprendizagens significativas. Portugal: Texto Editores.
Oliver, C. (1976). A Criança e os tempos livres. Publicações Europa-América.
Silva, A. N. (2011). Jogos, Brinquedos e Brincadeiras: Trajectos Intergeracionais. Vila
Verde: ATAHCA-Associação de Desenvolvimento.92.
4. Contributo do ensino das CSN para promoção da educação para a cidadania (Mais
valia de ensinar e aprender (educação ambiental, para o património, para a saúde e para paz
e sustentabilidade)
A educação e o património são importantes parceiros, pois ambas defendem que os alunos
devem ter domínio de valores inerentes aos bens culturais o que permitirá a salvaguarda e
gestão sustentável dos recursos (Solé, 2014). Alguns investigadores destes assuntos defendem
“que há mecanismos que contribuem para preservar a memória colectiva, através do
património material (museus, monumentos, escolas, arquivos, comemorações) ou património
imaterial (leis, a língua, hábitos e costumes), e isto contribui para a preservação do passado no
presente” (Solé, 2012 citada por Solé, 2014 p.101). Devemos, portanto, recorrer “a
114
experiências pedagógicas que permitam o contacto directo com fontes patrimoniais, que
permitam interpretar fontes históricas, questioná-las, compará-las, avaliá-las e produzir
conhecimento histórico sobre o passado interagindo com o património” (Solé , 2014, p. 102).
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: O professor efectua o levantamento das ideias prévias dos futuros professores
a respeito do tema educação para o património, solicita aos alunos que façam o registo dessas
ideias no guião de exploração das ideias fornecido pelo professor, onde deve constar as ideias
apresentadas antes e as construídas durante a aula, respondendo as seguintes questões:
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula, e propõe aos alunos que realizem as
seguintes actividades:
Após a leitura, o porta-voz de cada grupo partilha as suas sínteses com a turma, é
promovido um debate entre colegas, que será moderado pelo professor.
Com base nas tarefas realizadas, será feito o levantamento das ideias do (guião), onde
os alunos farão uma análise e comparação de resultados, confrontando as suas ideias
prévias com o novo conhecimento adquirido durante a aula;
115
Avaliação (metacognição e feedback) o professor efectua o diagnóstico do estado da
aprendizagem dos alunos e realiza o devido acompanhamento e os alunos reflectem a
respeito das aprendizagens realizadas.
Recursos:
Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10,
assinalando com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
De seguida no momento do confronto das ideias o professor recolhe as ideias para conhecer o
mundo das ideias dos alunos tomar decisões, finalmente os alunos respondem as seguintes
questões:
O que sabiam?
O como aprenderam?
116
Objetivos:
Compreender o conceito de património;
Adoptar comportamentos que visam a preservação do património.
Integrantes do grupo:
Escola: Disciplina: Classe: Data:
Ideias registadas antes da aula Ideias registadas durante a aula
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
A saúde resulta do desenvolvimento sustentável, pois este último não pode ser alcançado
quando há elevados índices de doenças que debilitam a população diminuindo assim a sua
riqueza. Esta visão sobre o ambiente foi defendida desde a carta de Ottawa, produzida na
Primeira Conferência Internacional sobre a Promoção da saúde em 1986, onde foram
componentes alguns requisitos para a saúde e paz como: habitação, educação, alimentação,
recursos económicos, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade
(Vilaça, 2009). A escola deve ser repensada como uma via para gerar o bem-estar pessoal e
social dos alunos é acreditar num currículo ecologicamente saudável, que garante as novas
gerações uma vida plena, activa e feliz (Diego & Vilar, 2000 citado em Motta et. al., 2009, p.
438).
117
“A implementação da educação para saúde revela a escola, em geral, e o professor em
particular, como eixos fulcrais na promoção da saúde da comunidade educativa.
Centrar o currículo na educação para a saúde permite abordar e explorar uma área do interesse
de todos, melhorando a qualidade de vida individual e da comunidade escolar” (Vilar, 2006
citado em Motta et. al., 2009, p. 440).
A educação para saúde exerce um papel essencial em todo processo de renovação escolar
orientando o aluno como agente activo da sua aprendizagem (Motta et. al., 2009, p. 440).
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: Levantamento e análise das ideias prévias dos futuros professor, relacionadas
ao tema educação para a saúde, respondendo às seguintes questões:
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula, e sugere que os futuros professores
realizam as seguintes actividades:
118
- Após a leitura, o porta-voz de cada grupo partilha as suas sínteses com a turma, é promovido
um debate em torno das questões prévias levantadas, moderado pelo professor.
Efectuam a mudança/ troca conceptual a partir do confronto entre as ideias prévias e o novo
conhecimento tendo em conta as ideias existentes no guião, seguindo-se de uma
reformulação.
Recursos:
Depois da aula: os alunos avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
com X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
119
3. O que gostarias de aprofundar em próximas aulas?
Compare as suas respostas com as soluções no final do manual. Se tiver dúvidas, releia o
texto de apoio ou pergunte ao professor/colegas.
Leituras recomendadas
Motta M, L., Costa I, A &Viana M, A (2009). B-Learning em educação para a saúde. In J. Bonito
(cood.). Educação para saúde no século XXI: Teorias, modelos e práticas. II, Universidade de Évora.
Vilaça, T. (2009). (Re) Construir perspectivas metodológicas na educação para a saúde e educação para
o desenvolvimento sustentável: a acção e competência de acção como um desafio educativo. In J.
Bonito (cood.). Educação para Saúde no Século XXI: teorias, modelos e práticas. Universidade de
Évora.
1. A educação ambiental é uma medida de protecção ambiental que deve acelerar e facilitar a
implantação do Programa Nacional de Gestão Ambiental, através do aumento progressivo de
conhecimentos da população sobre os fenómenos ecológicos, sociais e económicos que regem
a sociedade humana.
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: Levantamento e análise das ideias prévias dos alunos relacionadas com o
tema educação ambiental, os futuros professores escrevem as ideias no seu caderno diário
dividido em duas partes na primeira parte deve constar o que sabiam “antes da aula” e na
segunda parte e o que sabem “depois da aula”. No levantamento de ideias respondem as
seguintes questões:
4- O que deve ser feito para que as pessoas tomem consciência de que os seus actos
podem influenciar a qualidade do ambiente?
Durante a aula: o professor faz referência ao tema da aula e sugere aos futuros professores
que realizem as seguintes actividades
121
Os alunos constroem o conhecimento, realizam actividade em grupo de forma
colaborativa, sob orientação do professor;
Constroem panfletos informativos, onde constam algumas regras a ter em conta para a
preservação do meio ambiente, que posteriormente serão partilhados com a
comunidade educativa e não só, visualizam de fotografias e vídeo relacionados com
educação ambiental.
Recursos:
Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10,
assinalando com um X na categoria respectiva:
122
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
De seguida realizam a metacognição, por meio de uma reflexão a respeito das suas
aprendizagens, tendo em conta as questões apresentadas a seguir:
Leituras recomendadas
Câmara, A. C., Proença, A., Teixeira, F., Freitas, H., Gil, H. I., Vieira, I., (2018). Referencial de
Educação Ambiental para a Sustentabilidade. Ministério da Educação.
Manico, J. B., Yoba, C. P., Pinto, J. A., & Morgado, E. G. (2015). A história da Educação Ambiental
um Olhar sobre Angola. Angola: Instituto Superior de Ciências da Educação do Huambo (ISCED).
Videira, N., Alves, I., & Rui, S. (2005). Instrumentos de apoio à Gestão do Ambiente (Vol. 1º). Lisboa,
Portugal: Universidade Aberta.
123
conexão entre aprendizagem formal e informal, desta forma torna possível o desenvolvimento
de competências exigidas para promover o desenvolvimento sustentável (Unesco, 2017).
O resultado final dos trabalhos da Comissão Mundial para o ambiente e desenvolvimento foi
publicado em 1887 através do relatório “O Nosso Futuro Comum”, também conhecido como
relatório “ Brundtland”, foram deixadas várias recomendações para a política de ambiente de
todos os países e apresentou pela primeira vez uma definição concisa do conceito de
desenvolvimento sustentável, entendido como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades
do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem as suas
próprias necessidades (WCED, 1987 Citado em Videira, at. el., 2005, p. 19).
Resultados de aprendizagem:
124
Antes da aula: O professor solicita aos alunos que dividam a página do seu caderno em duas
partes, coloquem o tema da aula, num lado da página escrevem o que pensavam antes e no
outro o que pensavam depois, explora e analisa as ideias prévias dos alunos. Estes por sua vez
expressam essas ideias no quadro por meio do método de brainstorming, a partir das
seguintes perguntas:
Durante a aula: o professor propõe aos alunos que realizem as seguintes actividades:
É promovido um debate, que será moderado pelo professor, o porta-voz de cada grupo
partilha as experienciais do grupo.
Recursos:
125
Quadro, giz, apagador;
Depois da aula: os alunos Avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
co X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
De seguida no momento do confronto das ideias o professor recolhe as ideias dos alunos para
as conhecer e tomar decisões. Esta recolha é efectuada através da resposta às seguintes
questões:
1- O que já sabíamos?
2- O que aprendemos?
Leituras recomendadas
Alves, F. L., & Caeiro, S. (1998). Educação Ambiental. Lisboa: Universidade Aberta.
Câmara, A. C., Proença, A., Teixeira, F., Freitas, H., Gil, H. I., Vieira, I., et al. (2018). Referencial de
Educação Ambiental para a Sustentabilidade. Ministério da Educação.
Leite, L., & Dourado, L. (2015). Educação Ambiental e para o Desenvolvimento Sustentável na
Formação de Graduados em Educação.
Unesco. (2017). Educação para os objectivos de Desenvolvimento Sustentável: Aprendizagem de
objectivos. Brasil: UNESCO.
Videira, N., Alves, I., & Rui, S. (2005). Instrumentos de apoio à Gestão do Ambiente (Vol.
1).Universidade Aberta.19.
Segundo Piletti (2004), planificar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um
problema que precisa de soluções, decidindo as melhores alternativas para a sua acção que o
levem a alcançar os objectivos pré-estabelecidos, onde o professor é desafiado a responder as
seguintes questões:
O que alcançar?
Como alcançar?
O que e como analisar a situação de modo verificar se o que pretendeu foi alcançado?
Planificação do Ensino
Etapas Sugestões orientadoras
Objectivos de aprendizagem - Quais são os conhecimentos e / experiências previas dos alunos?
- Que áreas de competências quero promover?
Acções estratégicas: métodos, - Qual é o método que permite promover as aprendizagens?
127
estratégias, tarefas e recursos - Quais são as possíveis estratégias para a exploração do tema/problema?
- Que tarefas podem propor?
- Que recursos didácticos podemos mobilizar ou construir?
Monitorização para as - Que dificuldades/interesses/ideias previas se podem antecipar?
aprendizagens - Como apoiar os alunos a superarem as suas dificuldades? Que informações
(feedback) ou sugestões posso dar?
- Que tipo de questões que se pode colocar para desafiar os alunos?
- Como apresentar sugestões para o trabalho dos alunos sem comprometer o
desafio?
-De que forma/que tarefasse podem propor perante as dificuldades?
Avaliação para ou das - O que se quer avaliar?
aprendizagens - Como e quando se vai recolher a informação?
- Que tarefas e instrumentos permitem a recolha de evidências sobre as
aprendizagens
- Diversifica-se ao nível dos procedimentos e técnicas?
Para Soussan (2003), o professor deve colocar -se algumas questões antes, durante e depois
do ensino apresentadas a seguir:
Antes do ensino:
- A quem devo ensinar? De que maneira os alunos vão aprender? (actividades, práticas
pedagógicas).
Durante o ensino
Depois do ensino
De que maneira pode ser modificado? (análise das falas e actos dos alunos, avaliação e
identificação de problemas).
5.2.Tipos de Planificação
Para Piletti (2004), afirma que existem três tipos de planificação os quais destacamos a seguir:
128
1. Plano do curso efectua-se a previsão de um conjunto de conhecimentos atitudes e
habilidades a serem alcançados por uma turma num longo período de tempo, onde o
professor adequa o programa da disciplina a realidade das turmas, distribui os
conteúdos pelo número de aulas. Permite uma melhor orientação da aprendizagem,
permite ao professor avaliar previamente a profundidade de abordagem dos conteúdos
e permite avaliar a eficácia dos métodos.
2. Plano de unidade ocorre uma maior especificação de uma unidade. Cada uma delas
de ser planeada no final da que lhe antecede, servindo-lhe esta de base. Isto significa
que as unidades devem ser planificadas ao longo do curso.
3. Plano de aula inclui a sequência dos aspectos a serem desenvolvidos numa aula, onde
são especificados os comportamentos esperados do alunos e por outro lado os
conteúdos, procedimentos e recursos que serão utilizados durante a aula.
Na mesma senda, Fonseca e Fonseca (2016), apresenta três tipos de planificação apresentadas
a seguir:
1. A planificação de curso é a previsão do trabalho docente e discente durante um longo
período de tempo. Nele, o professor, prevê os conhecimentos a serem construídos e as
actividades a serem realizadas pelos alunos, por exemplo, um ano ou um semestre
lectivo;
2. A planificação de uma unidade obriga o professor a reunir várias aulas sobre assuntos
relacionados, estabelecendo inter-relações entre elas.
3. A planificação de uma aula é o momento em que o professor especifica e operacionaliza
a sua actuação diária, de forma a concretizar os planos de curso e unidade.
Resultados de aprendizagem:
129
Antes da aula: Para explorar e analisar as concepções prévias dos alunos, o professor faculta
a cada grupo uma folha com duas colunas que deve ser preenchida com o que pensavam antes
e depois da aula, tendo em conta as seguintes questões:
1. O que é planificar?
4. Quais são as questões que o professor deve efectuar antes, durante e depois da aula?
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula e divide aos futuros professores em
grupos, Fazendo recurso ao método de descoberta guiada propõe que realizem as seguintes
actividades:
Recursos:
130
Apresentação em PowerPoint computador, retroprojector.
Depois da aula: No momento do confronto das ideias os alunos que fazem a leitura dos
aspectos anotados nos cadernos, relacionando o que pensavam antes com o que passaram a
pensar depois a respeito do tema, para tomarem consciência da evolução das suas ideias. Esse
confronto basear-se-á nas seguintes questões:
2. Como aprenderam?
4. O que já sabiam?
Objectivos de aprendizagem
1. Quais são os conhecimentos e / experiências previas dos alunos?
R:________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2. Que áreas de competências queremos promover?
R:________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
3. Qual é o método que permite promover as aprendizagens?
R:______________________________________________________________________________
4. Quais são as possíveis estratégias para a exploração do tema/problema?
R:______________________________________________________________________________
5. Que tarefas podem propor?
R:______________________________________________________________________________
6. Que recursos didácticos poderemos mobilizar ou construir?
R:________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Monitorização para as aprendizagens (feedback)
131
7. Que dificuldades/interesses/ideias previas se podem antecipar?
R:________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
8. Como apoiar os alunos a superarem as suas dificuldades?
R:_________________________________________________________________________
9. Que informações ou sugestões posso dar?
R:__________________________________________________________________________
10. Que tipo de questões posso se pode colocar para desafiar os alunos?
R:__________________________________________________________________________
11. Como apresentar sugestões para o trabalho dos alunos sem comprometer o desafio?
R:_________________________________________________________________________
12. De que forma/que tarefasse podem propor perante as dificuldades?
R:______________________________________________________________________________
Avaliação para ou das aprendizagens
13. O que se quer avaliar?
R:__________________________________________________________________________
14. Como e quando se vai recolher a informação?
R:_________________________________________________________________________
15.Que tarefas e instrumentos permitem a recolha de evidências sobre as aprendizagens
R:_________________________________________________________________________
- Diversifica-se ao nível dos procedimentos e técnicas?
R:______________________________________________________________________________
Leituras recomendadas
Cosme, A., Lima, L., Ferreira, D., & Ferreira, N. (2021). Metodologias, Métodos e
Situações de Aprendizagem: Propostas e Estratégias de Acção. Porto Editora.
Fonseca, J. J., & Fonseca, S. (2016). Didáctica Geral (1ª Edição ed.). Sobral: INTA.
Leite, L (n.d). Planificação do Ensino e Aprendizagem das Ciências e Mudança
Conceptual. Universidade do Minho.
Pilletti, C. (2004). Didáctica geral (23ª Edição ed.). Editora Álica.
Soussan, G. (2003). Como ensinar ciências experimentais: Didáctica e formação.
UNESCO.
Cosme, A., Lima, L., Ferreira, D., & Ferreira, N. (2021). Metodologias, Métodos e Situações de
Aprendizagem: Propostas e Estratégias de Acção. Porto Editora.
Segundo (Fonseca & Fonseca, 2016, p. 158), “os professores necessitam definir objetivos, o
mesmo é dizer, prever desde o princípio o que o estudante será capaz de realizar ao final do
processo de ensino aprendizagem, caso contrário, não poderá avaliar de maneira coerente os
frutos de sua actividade de ensino e será complexo seleccionar e voltar a planejar estratégias
de ensino mais ajustadas”.
132
Os objetivos podem ser de dois tipos objectivos educativos (gerais) e os instrutivos
(específicos), sendo extremamente importante que de antemão o professor defina o que o
aluno será capaz de fazer no final de cada aprendizagem, pois quem não sabe para onde vai
qualquer caminho lhe é útil (Piletti,2004).
O primeiro passo na definição dos objetivos, consiste na relação de uma lista dos objetivos
gerais, que apesar de possibilitar uma ideia concreta dos resultados da aprendizagem a serem
atingidos, não indica os pormenores específicos que se desejam. Os objetivos gerais são
amplos e devem ser formulados em termos de metas de ensino. Por isso há necessidade de
elaborar objetivos específicos que se apresentam, em listas de comportamentos observáveis,
que no seu todo constituem a comprovação de que o objectivo geral foi atingido. O número
dos objetivos a incluir na lista, deve possibilitar que ela seja praticável. As taxonomias
possibilitam uma fácil fonte de selecção de objetivos educacionais e consistem num conjunto
de categorias gerais e específicas na qual estão incluídas todas as possíveis metas de
aprendizagem que se podem alcançar no ensino sendo possível sistematizar e clarificar a
actividade de definição dos objetivos educacionais (Fonseca & Fonseca, 2016).
Resultados de aprendizagem:
Classificar os objectivos
Antes da aula: o professor solicita aos alunos que dividam a página do seu caderno em duas
partes, coloquem o tema da aula, num lado da página escrevem o que pensavam antes e no
outro o que pensavam depois;
O professor explora e analisa as ideias prévias dos alunos. Estes por sua vez expressam essas
ideias no quadro por meio do método de brainstorming, a partir das seguintes perguntas:
133
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula e propõe aos alunos que realizem as
seguintes actividades:
Recursos:
Depois da aula: os futuros professores avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10,
assinalando com um X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Excelente
Boa
134
No momento do confronto das ideias os alunos que fazem a leitura dos aspectos anotados nos
cadernos, relacionando o que pensavam antes com o que passaram a pensar depois a respeito
do tema, para tomarem consciência da evolução das suas ideias. Esse confronto basear-se-á
nas seguintes questões:
2. Como aprenderam?
4. O que já sabiam?
Leituras recomendadas
Fonseca J. J. S, & Fonseca, Sónia. (2016). Didáctica Geral.Inta.
Pilletti, C. (2004). Didáctica geral (23ª Edição ed.). Editora Álica.
Os métodos têm origem etimológica da palavra caminho a seguir para alcançar o fim, por
outro lado a estratégia é uma palavra emprestada da terminologia militar que trata de
descrever os meios disponíveis pelos quais o professor utiliza para atingir os objectivos
específicos.
135
pretende atender a essa necessidade. Antes de especificar a estratégia a desenvolver, é
necessário definir linhas gerais de orientação, de maneira a constituir um fio condutor, que
permita o professor escolher uma estratégia específica que obviamente será diferente,
atendendo a factores como: o tema do conteúdo em que se focaliza a aprendizagem, os
estudantes a quem se dirigem, as condições existentes e os materiais disponíveis. Essas
estratégias não estão ainda concretizadas, correspondendo apenas a linhas gerais. Por outro
lado, há ainda necessidade de definir, para cada um dos objetivos, o tipo de técnica e
avaliação mais apropriada (Fonseca, 2016).
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: O professor propõe aos Futuros professores que dividam a página do seu
caderno em duas partes, coloquem o tema da aula, num lado da página escrevem o que
pensavam antes e no outro o que pensavam depois, tendo em conta as seguintes questões:
Durante a aula: o professor propõe aos alunos que realizem as seguintes actividades:
Após a leitura e síntese dos artigos os alunos, realizam um intercâmbio com o colega
ao lado e vice - versa;
O professor apresenta um guião reflexivo que cada aluno preenche tendo em conta o
tema em abordagem que será alvo de debate;
136
entram em “conflito” com o conhecimento científico, ocorrendo desta forma uma
“mudança conceptual”;
Recursos:
Folhas brancas.
Depois da aula: os alunos Avaliam a actividade realizada numa escala de 1 a 10, assinalando
co X na categoria respectiva:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Má Suficiente Muito Boa Excelente
De seguida no momento do confronto das ideias o professor recolhe as ideias dos alunos para
as conhecer e tomar decisões. Esta recolha é efectuada através da resposta às seguintes
questões:
1- O que já sabíamos?
2- O que aprendemos?
Leituras recomendadas
137
Fonseca, J. J., & Fonseca, S. (2016). Didáctica Geral (1ª Edição ed.). Sobral: INTA.158.
Pilletti, C. (2004). Didáctica geral (23ª Edição ed.). Editora Álica.
Em suma, Piletti (2004), destaca que a planificação do ensino é importante pelas seguintes
razões:
138
Contribui para o alcance dos objectivos pretendidos;
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: Para explorar e analisar as concepções prévias dos alunos, o professor faculta
a cada grupo uma folha com duas colunas que deve ser preenchida com o que pensavam antes
e depois da aula, tendo em conta as seguintes questões:
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula e divide os alunos em grupos e propõe
aos alunos que realizem as seguintes actividades:
O porta-voz de cada grupo apresenta a simulação da aula na turma, que será alvo de
debate.
139
Avaliação (metacognição e feedback), o professor efectua o diagnóstico do estado da
aprendizagem dos alunos e realiza o devido acompanhamento e os alunos reflectem a
respeito das aprendizagens realizadas.
Recursos:
Depois da aula: No momento do confronto das ideias os alunos que fazem a leitura dos
aspectos anotados nos cadernos, relacionando o que pensavam antes com o que passaram a
pensar depois a respeito do tema, para tomarem consciência da evolução das suas ideias. Esse
confronto basear-se-á nas seguintes questões:
2. Como aprenderam?
4. O que já sabiam?
Leituras recomendadas
Cosme, A., Lima, L., Ferreira, D., & Ferreira, N. (2021). Metodologias,
Métodos e Situações de Aprendizagem: Propostas e Estratégias de Acção.
Porto Editora.
Fonseca, J. J., & Fonseca, S. (2016). Didáctica Geral (1ª Edição ed.). Sobral:
INTA.
Pilletti, C. (2004). Didáctica geral (23ª Edição ed.). Editora Álica.
Polon, S. A. (2012). Teoria e Metodologia do Ensino de
Ciências.UNICENTRO.
140
6. Avaliação da /para e como aprendizagem nas CSN (Como avaliar as aprendizagens)
A avaliação é um processo que visa identificar o desempenho provisório dos alunos, retracta
todos acontecimentos ocorridos antes, durante e depois e ir das aprendizagens, vai em busca
de uma construção permanente de melhores resultados (Fonseca & Fonseca, 2016).
A avaliação deve ser encarada como uma prática contínua diferenciada transparente, rigorosa
e participada, é reflectidamente organizada em estreita relação com o feedback inteligente,
diversificado, bem distribuído, frequente e de elevada qualidade, que é bastante relevante pelo
facto de activar os processos cognitivos e metacognitivos dos alunos e regulam, controlam,
melhoram os processos de aprendizagem e sua motivação e auto-estima (Fernandes, 2005
citado em Cosme et al., 2021). A avaliação (…) aparece como elemento indissociável a
educação promotora da liberdade, pelos ideais de transformar e libertar, quando concebida
como problematização, questionamento e pensamento sobre a acção, o professor ao avaliar
deve criar possibilidades para o para o aluno compreender os seus limites na construção do
conhecimento, valorizando suas verdades, interesses e autonomia (Fonseca & Fonseca, 2016).
Avaliar, para o senso comum, aparece como sinónimo de medida, de atribuição de um valor
em forma de nota. A avaliação faz parte de todo processo da prática docente, é ela que pode
orientar novas práticas pedagógicas, novas metodologias de ensino, é por meio dela
conseguimos aferir o quanto os alunos aprenderam e também como constituintes
indispensável para o professor verificar sua prática e melhorar suas estratégias metodológicas
em sala de aula (Polon, 2012).
De acordo para (Basto, 2021), os principais papéis dos alunos e dos professores nas
experiências de avaliação desenvolvidas são:
141
Fazer actividades de autocorrecção;
Planear estratégias para resolver as dificuldades detectadas;
Reflectir sobre a pertinência de instrumentos construídos e já aplicados;
Desenvolver tutorias de interajuda nas dificuldades e responderem a questionários de
opinião sobre a experiência
Papéis do professor:
Dinamiza e organiza as actividades de avaliação;
Concebe elementos/estratégias de avaliação;
Promove o trabalho colaborativo (pares/grupos);
Monitoriza o trabalho dos alunos;
Promove a auto-avaliação e heteroavaliação dos alunos;
Trata a informação recolhida (auto-avaliações, questionários)
Promove a reflexão sobre erros e dificuldades;
Sinaliza erros e dificuldades;
Dá feedback colectivo aos alunos promovendo a reflexão conjunta;
Promove actividades de autocorrecção de erros e dificuldades;
Aplica questionários de opinião aos alunos;
Dinamiza uma reflexão conjunta final sobre a experiência;
Negocia critérios de avaliação com os alunos;
Dá feedback individual oral ou escrito aos alunos;
Promove estratégias para resolver as dificuldades detectadas.
Segundo (Earl, 2003 citado em Gago, et. al., 2021), existem três tipos de avaliação, que
destacamos a seguir:
A avaliação da aprendizagem é aquela que tem como foco os produtos, tem um caracter
essencialmente sumativo, centrado na valorização dos conteúdos tendo como objectivo
certificar as aprendizagens dos alunos.
Na avaliação para aprendizagem, valoriza-se a vertente formativa, em que o professor
identifica as dificuldades dos alunos, seguindo-se de um processo de regulação e alteração
do processo de ensino e aprendizagem.
Na avaliação como aprendizagem, realiza-se a tomada de decisões entre professores e
estudantes a respeito das aprendizagens que devem ser valorizadas e como devem ser
organizadas e avaliadas.
142
A avaliação deve ser determinada por um processo de interacção e negociação tendo em
consideração alguns princípios gerais definidos do seguinte modo:
Os professores devem partilhar o poder de avaliar com os alunos e outros intervenientes
utilizando uma variedade de estratégias, técnicas e instrumentos de avaliação;
A avaliação deve estar integrada no processo de ensino aprendizagem;
A avaliação formativa deve ser a modalidade privilegiada de avaliação, com a função
principal de melhorar e de regular as aprendizagens;
O feedback, nas suas mais variadas formas, frequências e distribuições, é um processo
indispensável para que a avaliação se integre plenamente no processo do ensino-
aprendizagem;
A avaliação deve servir mais para ajudar as pessoas a desenvolverem as suas
aprendizagens do que para as julgar ou classificar os alunos numa escala.
A avaliação é uma construção social em que são tidos em conta os contextos, a
negociação, o envolvimento dos participantes, a construção social do conhecimento e os
processos cognitivos, sociais e culturais na sala de aula.
Na avaliação deve-se utilizar métodos, predominantemente qualitativos, não se pondo de
parte a utilização de métodos quantitativos (Fernandes, 2008 pp.62-63 citado em Basto,
2021).
Resultados de aprendizagem:
Conceituar avaliação
Identificar o papel do professor e do aluno na avaliação
Diferenciar avaliação da/para/ e como aprendizagem
Actividade de aprendizagem: (análise de textos, debates e reflexões orais)
Antes da aula: O professor apresenta o tema da aula solicita aos alunos que dividam a página
do seu caderno em duas partes, coloquem o tema da aula, num lado da página escrevem o que
pensavam antes e no outro o que pensavam depois;
De seguida efectua levantamento e análise das ideias prévias dos alunos a partir das seguintes
questões:
143
3. Refira o papel do professor e do aluno no processo de avaliação?
Durante a aula: o professor propõe aos alunos que realizem as seguintes actividades:
O porta-voz de cada grupo apresenta a síntese elaborada, que será debatida em grande
grupo.
Depois da aula: No momento do confronto das ideias os alunos que fazem a leitura dos
aspectos anotados nos cadernos, relacionando o que pensavam antes com o que passaram a
pensar depois a respeito do tema, para tomarem consciência da evolução das suas ideias. Esse
confronto basear-se-á nas seguintes questões:
2. Como aprenderam?
4. O que já sabiam?
144
5. O que é que ainda não sabiam?
Observações do professor:
Assinatura do professor:
Leituras recomendadas
Cosme, A., Lima, L., Ferreira, D., & Ferreira, N. (2021). Metodologias, Métodos e Situações de
Aprendizagem: Propostas e Estratégias de Acção. Portugal: Porto Editora.
Basto, O. P. (2021). A rota da inovação nas práticas avaliativas. Flexibilidade e interacções
educativas para rumos (Des) iguias: Um olhar longitudinal até aos tempos de pandemia.
Braga: Braga-Sul.
Fonseca, J. J., & Fonseca, S. (2016). Didáctica Geral (1ª Edição ed.). Sobral: INTA.
Gago, M., Cantanhede, F & Torrão, P. (2021). O fio da Historia. Fio da Educação: Caminhos
para aprendizagens significativas. Portugal: Texto Editores.
Pilletti, C. (2004). Didáctica geral (23ª Edição ed.). Editora Álica.
Polon, S. A. (2012). Teoria e Metodologia do Ensino de Ciências. Unicentro.
145
Avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica consiste em identificar competências na posse dos alunos que são
considerados como pré-requisitos, para o domínio dos objectivos do curso, permitindo de
certa forma uma melhor aprendizagem (Pestana & Galhardo, 1981 citado em Freitas & Sara,
2010).
De modo geral a avaliação diagnóstica visa averiguar até que ponto os alunos possuem
requisitos mínimos para se iniciar uma determinada aprendizagem.
Avaliação Formativa
A avaliação formativa pode ser entendida como aquela que desenvolve-se durante todo
processo de ensino e aprendizagem visa averiguar passo a passo o que foi aprendido, as
causas da não aprendizagem e como se pode melhorar o processo de ensino e aprendizagem
(Freitas & Sara, 2010). Este tipo de avaliação “aplica-se no início de uma unidade temática,
semestre ou ano lectivo, efectiva-se ao longo do processo de ensino aprendizagem, tem uma
função controladora, baseada nos seguintes propósitos: informar o professor e os alunos sobre
o rendimento da aprendizagem e descobrir as deficiências decorrentes do processo de ensino e
aprendizagem” (Pilletti, 2004, p. 192).
Para realizar a avaliação formativa é necessário que o professor conheça as ideias prévias dos
alunos, carências e potencialidades, tendo como foco a interpretação e compreensão dos
processos cognitivos dos alunos e a exploração/ negociação dos critérios de desempenho dos
alunos, tem como principal objectivo a compreender o funcionamento cognitivo e a
articulação de conhecimentos do aluno face à uma situação proposta e não na correcção da
resposta-resultado (Gago et. al., 2021).
Avaliação sumativa
146
aprendizagem tendo o objecto e objectivo previamente definidos, de modo geral conduz a
uma classificação (Freitas & Sara, 2010).
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: o professor solicita aos futuros professores que dividam a página do seu
caderno em duas partes, coloquem o tema da aula, num lado da página escrevem o que
pensavam antes e no outro o que pensavam depois, de seguida explora e analisa as ideias
prévias.Estes por sua vez expressam essas ideias respondendo às seguintes perguntas:
Durante a aula: o professor apresenta o tema da aula e orienta os futuros professores que
realizarem as seguintes actividades:
Os grupos apresentam o trabalho realizado, que será analisado por meio de um debate
em grupo classe, moderado pelo professor;
147
Confrontam as ideias efectuando uma articulação entre as ideias prévias e o
conhecimento científico e ocorre a “apreensão conceptual” quando as ideias prévias
entram em “conflito” com o conhecimento científico, ocorrendo desta forma uma
“mudança conceptual”.
Recursos:
Actividade de auto-avaliação:
Depois da aula: No momento do confronto das ideias os alunos que fazem a leitura dos
aspectos anotados nos cadernos, relacionando o que pensavam antes com o que passaram a
pensar depois a respeito do tema, para tomarem consciência da evolução das suas ideias. Esse
confronto basear-se-á nas seguintes questões:
2. Como aprenderam?
4. O que já sabiam?
Leituras recomendadas
Cosme, A., Lima, L., Ferreira, D., & Ferreira, N. (2021). Metodologias, Métodos e Situações de
Aprendizagem: Propostas e Estratégias de Acção. Porto Editora.
148
Freitas, M. L., & Sara, P. (2010). Metodologia de Geografia. Plural editores.
Gago, M., Catanhede, F & Torrão, P. (2021). O fio da Historia. Fio da Educação: Caminhos para
aprendizagens significativas. Portugal: Texto Editores.
Pilletti, C. (2004). Didáctica geral. (23ª Edição ed.). Editora Álica.
Portefólio Reflexivo
O portefólio pode ser entendido como um caderno diário que deve ser construído pelo aluno
dia após dia, durante a sua elaboração devem ser incluídas pesquisas e reflexões sobre a forma
como as aprendizagens ocorreram (Freitas & Pereira, 2010).
O portefólio permite aos alunos tomarem consciência das acções que realizam, dos
procedimentos que adoptam e dos resultados que têm vindo a obter (Simão, 2015 citado em
Cosme 2010). Os elementos incluídos no portefólio devem ser negociados pelo professor e
pelo aluno, sendo considerados todos eles como alvo de avaliação por parte do professor
(Carvalho & Freitas, 2013). O portefólio é uma colecção organizada e rigorosa de trabalhos
diversificados, produzidos pelos alunos durante um certo período de tempo, devem estar
devidamente organizados de modo a representar todas aprendizagens realizadas pelos alunos,
devem ser elaborados de acordo com os objectivos que se pretendem alcançar, desta forma
apresentamos a seguir as características de um portefólio:
149
acompanhando realizado continuamente de modo a tingir o seu desenvolvimento global,
realizando reflexões individuais e colectivas sobre a sua prática (Martins & Pires, 2009).
Relatório
Para Freitas et. al. (2010), os relatórios são considerados instrumento de avaliação
privilegiados para relatos e reflexões, muito uteis, pois, promovem a autoformação através da
auto-avaliação formativa de caracter regulador, são utilizados para avaliar objectivos de
diversos domínios, ligados ao desenvolvimento de capacidades pessoais e de relacionamento
interpessoal. Por outro lado, Carvalho e Freitas (2013), afirmam que “os relatórios podem ser
elaborados como trabalho de casa sobretudo se for um relatório individual, realizados pelo
menos em grande parte na sala de aula se se tratar de um relatório em grupo” (Carvalho &
Freitas, 2013 p.143).
Resultados de aprendizagem:
Antes da aula: o professor efectua a exploração e análise das ideias prévias dos futuros
professores sobre o portefólio e relatório, utilizando método de brainstorming, construindo
um ambiente favorável para discussão fazendo o registo ideias dos alunos no quadro, que
servirão de base para construção do novo conhecimento, a partir das questões apresentadas a
baixo:
Recursos:
151
Apresentação da aula em PowerPoint, computador, retroprojector, quadro, giz e
apagador;
Actividade de auto-avaliação
Depois da aula: Os alunos realizam a auto avaliação baseando-se nas seguintes questões:
O que já sabia?
Como aprendi?
De que forma?
Compare as suas respostas com as soluções no final do manual. Se tiver dúvidas, releia o
texto de apoio ou pergunte ao professor/ colegas.
Leituras recomendadas
Carvalho, G. S., & Freitas, M. L.V. (2013). Metodologia do Estudo do Meio. Plural
editores.
Cosme, L. L. (2010). Metodologias, métodos e situações de aprendizagem: Propostas
e estratégias de acção. Cortez editora.
Fernandes, D. (2004) Avaliação das aprendizagens: Uma agenda, Muitos Desafios.
Texto editora.
Fernandes, D. (2005). Avaliação das aprendizagens: desafios às teorias, práticas e
políticas. Texto Editores. 86.
Freitas, M. L.V., Solé, G. S., & Sara, P. (2010). Metodologia de História. Plural
152
Editores.
Freitas, M. L., & Sara, P. (2010). Metodologia de Geografia. Plural editores.
Martins, C., & Pires M, V. (2009). Reflexão com instrumento de formação no CFCM.
In A. Gomes (cood.). Matemática elementar actas do 3º encontro. Universidade do
Minho. Edição Alexandra Gomes.288.
Por um lado podemos destacar a importância da História por permitir que os alunos:
Schoumaker (1999) destaca que o ensino da Geografia é relevante por permitir que os
alunos:
5. Desenvolver a literacia científica, para que saiba preservar o meio e possa circular,
viajar, compreender as informações dos mass média.
153
6. Ser um cidadão responsável preocupado com o ambiente e promover uma educação
geográfica de qualidade.
Por fim Chaui (1995 citado em Polon, 2012), consideram que as Ciências da Natureza
são importantes para aprendizagem dos alunos por permitirem o desenvolvimento das
seguintes capacidades:
O professor exerce uma acção didáctica sobre o aluno, como um mero transmissor de
conhecimentos sendo considerado como modelo do saber (Vasconcelos et. al., 2003).
154
O aluno é considerado com um recipiente de informação, acrítico, apático e mero
reprodutor de informações e tarefas (Vasconcelos et. al., 2003).
Os alunos são desafiados a resolver problemas, exige-se que pensem e que observem
intencionalmente as relações resultantes da aprendizagem realizada de forma natural
(Dewey, 2007 citado em Cosme et. al., 2021).
Teoria Humanista
Esta teoria é baseada nas em correntes não directivas, apresenta alguns aspectos positivos e
algumas limitações.
O sistema seguido nesta teoria não se coaduna com a funcionalidade de uma escola,
em que existem programas a cumprir e a segunda resulta do facto de o ensino ser
centrado unicamente nos interesses e impulsos do aluno (Proença, 1990).
É essencial que os professores percebam que a pesquisa deve ter uma direcção, e ser
alvo de instrução sendo realizada de acordo com a faixa etária dos alunos.
156
O envolvimento dos pais na educação dos filhos é fundamental, mas é também
essencial que à medida que os alunos crescem, adquiram competências que lhes
proporcionem autonomia na realização dos seus trabalhos, nomeadamente de
pesquisa, com mínimo apoio dos pais (Reif & Heimburge, 2000).
É uma actividade baseada em problemas que fazem parte dia à dia dos alunos buscam
soluções para os mesmos desenvolvendo desta forma o seu raciocínio lógico aliando os
conceitos teóricos aos práticos (Leite et al.,1989 citado em Ferreira & Santos, 2007, p.50).
Essa metodologia apresenta muitas valências, permite que os alunos aprendam ao longo do
processo de resolução de problemas baseado num trabalho de cooperação (Cosme et al.
2021).
Para que seja promovida a aprendizagem por projecto deve-se ter em consideração as
seguintes os passos:
Construir os grupos;
Identificar o problema;
Realizar tarefas que lhe são propostas (Ferreira & Santos, 2007).
Aprendizagem Colaborativa
157
A aprendizagem cooperativa é aquela que permite a interacção dos alunos centrada na
aprendizagem sendo possível construir uma verdadeira comunidade de prática dentro e fora
da sala de aula (Brantmeier, 2005 citado em Okada, 2014, p.15).
Essa perspectiva tem como objectivo o alcance de comportamentos por parte dos alunos a
partir da apropriação e modificação de respostas.
158
Os alunos encontram-se em segundo plano no seu aluno no seu próprio processo de
aprendizagem;
Exige do aluno um elevado nível de atenção tendo como expectativa uma resposta
efectiva ou um castigo.
Os autores desta perspectiva defendem que a aprendizagem activa é aquela em que o aluno
realiza explorações e descobertas efectivas que lhe conduzam a uma verdadeira
aprendizagem.
De acordo com a Lei de Base do Sistema Educação e Ensino nº. 32/20, artigo nº 27º, 2020, o
ensino primário tem duração de 6 anos, a ele têm acesso as crianças que completem 6 anos no
ano da matrícula, e engloba as classes de 1ª à 6ª classe.
159
O ensino primário apresenta os seguintes objectivos específicos:
160
Adopção de um esquema básico de desenvolvimento curricular estruturado nas
componentes de Formação Geral;
Articulação das diferentes componentes, tanto do ponto de vista vertical como
horizontal;
Orientação de toda a acção pedagógica para a formação integral do aluno à base do
desenvolvimento de atitudes, consciencialização de valores considerando a
multiplicidade de culturas e de variações etnolinguísticas presentes no país e a
aquisição de conhecimentos interrelacionados com as aptidões e capacidades que
favoreçam a prossecução de estudos.
O Ensino Primário tem como função social proporcionar conhecimentos necessários com a
qualidade requerida, desenvolver capacidades e aptidões, consciencializar para a aquisição de
valores para a vida social (que exige o país) ou para o prosseguimento de estudos. O próprio
carácter da função social do Ensino Primário impõe o prosseguimento de metas mais
exigentes de desenvolvimento, tendo em vista a realidade sociocultural dos alunos (eliminar o
analfabetismo).
O saber;
O saber fazer;
O saber ser.
161
aprendizagem e avaliação da aprendizagem. Nos itens referidos são identificadas ferramentas
orientadoras das actividades do professor, são essenciais para uma melhor organização a
prática docente. Por outro lado, os manuais visam colmatar as necessidades sociais e
educativas, nos contextos de actuação concretos e a diversidade cultural da sociedade
angolana. A correcta utilização desses materiais pode diligenciar novas dinâmicas e
experiências, capazes de promover aprendizagens significativas, porque activas, inclusivas e
de qualidade, destacando a formação dos cidadãos reflexivos, que reflectem sobre a realidade
dos seus tempos e espaços de vida, para agir positivamente com relação ao desenvolvimento
sustentável das suas localidades, das regiões e do país no geral (INIDE/MED, 2019 p.8).
162
actividades de ensino e dos estudantes procurando atingir os objetivos do trabalho docente
considerando um conteúdo específico (Piletti, 2004).
A partir da abordagem deste tema é essencial que o aluno perceba que pensamento histórico é
aquele que permite a construção do pensamento histórico sobre o passado, presente e futuro,
efectuando a construção de uma visão global e organizada de uma sociedade complexa, plural
e em permanente mudança (Barca I. , 2021), Por outro lado (Nakou I. , 2003, pp. 61-62),
afirma que o pensamento histórico é uma actividade intelectual complexa sendo realizada
dentro do carácter social do processo histórico.
- Realizar inferências a partir de fontes históricas para construir justificativas sobre o passado;
163
- Aplicar técnicas que desencadeiam o espírito crítico dos alunos utilizando objectos, gravuras
e outros;
- Exercitar o ensino pela descoberta onde devem estar conceitos históricos (ontem, hoje e
amanhã);
- As tarefas realizadas na sala de aula para aprendizagem histórica devem contribuir de forma
sistémica para a construção progressiva e complexa do pensamento histórico dos alunos
(Gago M. , 2012);
- Realizar interpretações sobre o passado compreendendo o motivo pelo qual eles ocorreram;
164
Por exemplo: escravatura, feudalismo, civilizações, monarquia, economia, escravatura,
império, revolução, cultura, democracia entre outros. Envolvem um processo investigativo
complexo, mas instigante.
- Munem os alunos de ferramentas cognitivas que lhes vão permitir compreender o passado,
conseguindo perceber porquê que um determinado objecto de um certo passado é uma
evidência.
Em suma os conceitos substantivos têm a ver com o “saber isto” e os metahistóricos com o
“saber como”. Para desenvolver o pensamento histórico dos alunos é necessário que tenham
domínio dos conceitos substantivos e meta-históricos.
Genealogias
Conceito
Para Solé (2005), as genealogias são discursos sobre o tempo. Tem como finalidade estudar as
gerações/origens de uma família, estabelecendo uma relação de parentesco entre os membros.
Objectivo
As genealogias têm como principal objectivo estabelecer a árvore genealógica de uma pessoa,
família ou grupo (Oliveira, 1987 citado em Solé, 2005).
Construção de genealogias
Para Freitas et. al. (2010), as árvores genealógicas podem ser construídas incluindo para além
da família restrita a família extensa as pessoas com as quais as crianças lidam, podem ser
representadas em forma de narrativa ou esquema
165
Solé (2005) destaca que a construção de genealogias pelos alunos é importante pelos
seguintes motivos:
Linhas de tempo
Para Freitas et. al. (2010) as linhas de tempo cronológico podem desenvolver o uso de formas
convencionais de contar o tempo (ano, século, década, antes de, depois de,…). Estas linhas de
tempo podem registar eventos da vida das pessoas e como tal acabam por fazer uma descrição
do que foi acontecendo de acordo com a sequência dos factos e têm as seguintes finalidades:
No final da aula os alunos devem perceber que as fontes históricas são o centro do ensino da
História. Considera-se que tudo o que foi produzido pelo ser humano pode ser fonte histórica,
e que estas podem proporcionar uma melhor compreensão do passado. As fontes históricas
são fundamentais para o ensino da História, a partir delas é possível formular questões e daí
surgirem aprendizagens significativas. A partir da análise das fontes o aluno constrói as suas
narrativas sobre o passado. As fontes históricas podem ser classificadas em fontes orais (por
exemplo, entrevistas, músicas, discursos áudios gravados,…), escritas (documentos escritos
oficiais, notícias, diários,..), materiais (objectos, construções, edifícios, estátuas,…),
iconográficas (fotografias, pituras, vídeos,…).
O professor quando propõe aos seus alunos tarefas de interpretação das fontes deve:
166
Elaborar questões começando por questões de menor grau de complexidade;
Iniciar com as questões de foro substantivo descritivo para obter informação acerca
do assunto que a fonte pode estar relacionada, por exemplo: O que é que é referido ou
é visível na fonte? Quando é que aconteceu? Onde aconteceu? Quem é que esteve
envolvido nesse acontecimento?
3.4. Modelo de aula oficina (ideias prévias, resolução de tarefas/problemas, confronto, troca
ou mudança conceptual e metacognição)
Uma aula oficina é aquela em o aluno é responsável pela sua própria aprendizagem, tendo em
conta as suas concepções prévias, coloca a mão na massa, realiza diversas tarefas sob
orientação do professor que no final serão objecto de avaliação.
Exploração das ideias prévias onde procura perceber o que alunos sabem sobre o tema
a ser abordado. Essas ideias são consideradas a base para a construção do novo
conhecimento.
A operacionalização da aula oficina tem grande relevância pelo facto de contribuir para a
formação de alunos reflexivos e interventivos que a partir da sua acção desenvolvem a sua
167
consciência histórica, de forma progressivamente mais sofisticada, tomando decisões mais
esclarecidas a respeito das suas aprendizagens.
As actividades laboratoriais são aquelas que envolvem o uso de materiais laboratoriais, pode
ser realizada no laboratório ou na sala de aula, desde que sejam salvaguardadas as condições
de biossegurança.
168
Os factores que podem influenciar o sucesso das actividades laboratoriais no ensino e
aprendizagem das ciências da Natureza são, as concepções dos professores, a forma como os
professores realizam as actividades e as condições que as escolas apresentam.
As actividades laboratoriais são relevantes para aprendizagem dos alunos, por permitirem a
motivação, interesse e prazer pela aula, observando grande diversidade de equipamentos e de
seres vivos sendo um ambiente relaxante e contrastante diferente do comum, com todas as
condições. Onde os alunos desenvolvem a capacidade de iniciativa trabalhando
autonomamente, confrontam resultados, realizam as actividades em cooperação, tomem
conhecimento da forma como os cientistas produzem o conhecimento científico.
Podemos ainda definir actividade de campo como como sendo toda actividade que envolve o
deslocamento dos alunos para um ambiente alheio aos espaços de estudo contidos na escola
(Fernandes, 2007, p. 22 citado em Viveiro, 2009).
Para Abreu (2018), para execução de uma actividade de campo devemos ter em conta as
seguintes fases:
1- Preparação (pré-saída)
2- Execução (saída)
169
Para Octaviano (2001):
Permitem abordar diferentes assuntos de modo articulado com outras disciplinas, uma
vez que corresponde a um recurso fundamental para os professores de Geografia,
História, Ciências e outras disciplinas, (Rodrigues &
Motivam os alunos,
De acordo com (Howarth; Slingsby, 2006; Lock, 2010 citados em Dourado e Leite, 2016, p.
15), as saídas de campo não precisam ter, necessariamente, um destino distante, podendo ser
realizadas saídas de campo educacionalmente frutíferas em lugares bem próximos da escola.
O professor deve conhecer as características específicas dos alunos, seu nível escolar e
o local a visitar.
170
Referir o modo de vida dos diferentes seres vivos observados;
Valorizar a importância da preservação das espécies animais e vegetais;
Material necessário:
Guião de actividade de campo;
Caderno e esferográfica;
Máquina fotográfica e telefone;
Roupas e sapatos confortáveis e adequado a situação climática;
Farnel;
Bússola e mapas.
Normas a cumprir:
Cumprir com todas orientações do professor;
Ser pontual e assíduo;
Não fazer barulho;
Não sujar o meio de transporte nem o meio ambiente;
Estar atento as orientações do professor;
Respeitar a opinião dos outros e esperar a sua vez de falar;
Não danificar o meio;
171
Metacognição da actividade de campo
1. O que sabias antes da actividade de campo?
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________
2. O que aprendeste?
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________
3. O que ainda precisas de aprender?
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________
4. Como contribui para realização do trabalho?
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________
5. O que gostaria de aprender melhor?
__________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.7. Analogias
As analogias têm como principal objectivo estabelecer comparação entre o alvo e o análogo,
tendo em conta o pressuposto básico de que o análogo deve ser mais familiar do que o alvo,
tornando-se assim facilitada a compreensão do alvo.
2) Indicar as qualidades compartilhadas entre alvo e análogo para explicar o alvo de forma
plausível
3) Ajudar o aluno na identificação dos atributos não compartilhados entre alvo e análogo.
1-Analogias simples: são aquelas em que se comparam uma estrutura do domínio alvo com
outra estrutura do domínio análogo de forma breve.
172
Ex 1. Na abordagem do tema “constituição do corpo humano” como alvo teremos (o corpo
humano) e análogo (a casa).
Analogia: O corpo humano é constituído por diferentes sistemas, tal como uma casa é
constituída por diferentes compartimentos.
Analogia: A célula é a unidade que compõe os seres vivos. Em outras palavras as células são
os tijolos de construção de qualquer organismo.
Analogia: O corpo humano é constituído por diferentes “órgãos” sendo que funcionam como
um edifício com diferentes compartimentos e funções específicas.
173
Alvo (os órgãos) Análogo (o edifício)
3) Analogias do tipo simples referindo-se a forma: neste tipo de analogia o domínio alvo
faz referência a forma do domínio análogo, ambas apresentam a mesma aparência física geral.
Ex1. No tratamento do tema “Sistema Respiratório” apresentamos como alvo (os pulmões)
e análogo (balões)
Analogia: Os pulmões têm a forma como balões que enchem durante a inspiração e esvaziam
durante expiração.
174
4) Analogias do tipo simples referindo-se a função e a forma: estas analogias apresentam
características dos dois últimos tipos anteriores, tanto referentes a forma como a função.
Analogia: Os nossos olhos têm uma circular, no seu interior existe a retina que funciona
como maquina fotográfica captando as imagens
Analogia: O esqueleto humano apresenta uma estrutura rígida é constituído por um conjunto
de ossos, que servem como base de sustento do corpo, tal como o alicerce serve de base para
as casas.
5) Analogias do tipo simples referindo-se aos limites do análogo: nesse tipo de analogia
introduz-se o domínio alvo e logo indica aonde o análogo falha.
Analogia: Os músculos são uma camada que fica situada de baixo da pele, flexíveis
realizando diversas contracções musculares, eles não podem ser como como casaco de tecido
porque podem rasgar-se.
175
Alvo (os músculos) Análogo (o casaco)
Analogia: Quando o nosso (organismo) é invadido pelo vírus da Sida, o nosso sistema de
defesa representado pelos glóbulos brancos luta ao nosso favor perseguindo os vírus, por
outro lado os (terroristas armados a sida), destroem o nosso organismo. Nessa luta o elo mais
forte vence a batalha. Se por ventura as defesas do nosso corpo estiverem baixas os invasores
provocando a morte das nossas células.
7) Analogias duplas ou triplas: nesse tipo de analogias abordam-se dois ou três conceitos
alvo diferentes e complementares são explicados por dois ou três análogos, cada um
correspondente a um domínio alvo.
Ex1. Na abordagem do tema “Sistema circulatório” sugerimos como alvo (coração/ artérias/
veias/ capilares) e análogo (bomba/ reservatório de agua/ torneira/ mangueira).
176
Analogia: O coração distribui o sangue por meio das artérias (tubos grossos), veias (tubos
finos) e capilares (tubos fininhos), distribuindo o sangue para todas as partes do corpo, tal a
bomba distribui a água para o reservatório, torneiras e mangueiras transportando a água para
as diferentes partes da casa.
Torneira/ mangueira)
O Role-Play e uma técnica que leva o aluno a experimentar o jogo de papéis ou encenação de
uma situação problemática proposta, da forma mais real, promovendo desenvolvimento de
habilidades que o preparam para resolver situações do seu quotidiano (Cheron, s.d). O Role-
Play é considerado como uma técnica bastante eficaz, com muito destaque em instituições de
qualquer modalidade de ensino, consiste na interpretação, de uma determinada situação do
dia-a-dia.
Oo aluno, nesta técnica, interpreta papéis, de forma espontânea, desenvolvendo desta forma a
sua criatividade (Cheron, s.d). Na mesma senda (Rabelo, 2015 citado em Cheron s.d), afirma
que durante a execução do Role-Play os alunos são protagonistas da sua própria
aprendizagem, sendo-lhes concedido um espaço para treinar, tentar, errar, tentar novamente
até acertar.
177
Tabela 31: Exemplo de Role Play-Dramatização
Problema
Má conservação dos alimentos e suas consequências para o sistema digestivo.
Dramatização
Tchissola: Olá, Cassinda!
Cassinda: Olá Tchissola como estas?
Tchissola: Estou mais ou menos. Tenho sentido muitas dores de barriga acho que o meu sistema digestivo “está
avariado”.
Cassinda: Como conservam os alimentos na sua casa?
Tchissola: já estamos a duas sem energia e os alimentos estão a estragar-se.
Deve ser por isso.
Cassinda: Oh Tchissola muito cuidado!
Isso não é normal. Com a saúde não se brinca. Os problemas de saúde devem ser resolvidos na fase inicial,
porque a medida que o tempo passa as doenças agravam-se e podem levar a morte.
Tchissola: O quê Cassinda?
Isso não vai acontecer comigo, vou mastigar muito alho e gengibre e logo, logo passa.
Cassinda: Não é bom fazer a automedicação pode agravar a situação, e chegar a um extremo em já não tenha
solução para o problema de saúde.
Tchissola: Isso é verdade Cassinda?
Cassinda: Sim Tchissola, a saúde é o bem mais precioso que nos temos “sem ela nada podemos fazer”.
Tchissola: Realmente agora estou a perceber…
Cassinda: Aconselho-te a procurar por um gastrenterologista?
Tchissola: Esta bem Cassinda! Vou mesmo agora para o hospital, afinal com a saúde não se brinca!
Cassinda : Vou contigo!
Tchissola: Ok muito obrigada, vamos.
Conceitos específicos:
Conceito de sistema digestivo;
Doenças associadas ao sistema digestivo;
Consequências da má conservação dos alimentos para a saúde humana.
Questões
O que é a digestão?
Quais são os órgãos do sistema digestivo?
Como é feita a conservação dos alimentos na sua casa?
Quais são os procedimentos a seguir evitar as doenças provocadas pela má conservação dos alimentos?
Quais são as principais causas do surgimento de doenças no sistema digestivo?
Refira as consequências que a má conservação dos alimentos pode provocar aos órgãos do sistema
digestivo?
Conceito
178
A ABRP é uma estratégia de ensino baseada na organização de uma investigação de
problemas do mundo real, consiste na identificação do problema em busca de possíveis
soluções (Torp e Sage, 2002; Kain, 2003; Wood, 2003 citados em Lopes, et. al. 2019),
Objectivos da ABRP
Segundo Fonseca e Fonseca (2016), essa estratégia tem como finalidade as seguintes:
Desenvolver raciocínio;
Para Lopes, et. al. (2019), na ABRP o professor e o aluno desempenha os seguintes papéis:
179
Constitui-se como um desafio para quem implementa esse tipo de ensino (Woods,
2000; Lambros, 2002; Azer, 2008; Leite & Esteves, 2012, citados em Morgado, 2013
p.5).
Cenário do problema,
Identificação do problema
Gerar hipóteses
Identificar deficiências
Definição de estratégias
3- Execução
Discussões e avaliação
Conclusão
Segundo (Hung, 2009 citado em Lopes, et. al. 2019), afirmam que durante abordagem
problemas da vida real, podem surgir situações conflituantes, nestes casos os alunos devem
adoptar a seguinte postura:
180
- Focar-se nos pontos de vista e apresentar argumentos plausíveis para justificar a sua
hipótese;
Importância da ABRP
Com o uso das tenologias é mais fácil planear actividades que envolvam os alunos em
investigações activas e com bom uso do tempo disponível (Dodge, 2006).
Nota: As tecnologias por si só não mudam a prática escolar, para se maximizar os benefícios
da inovação tecnológica é necessário mudar a forma como se pensa a educação (Monteiro et.
al., 2015).
181
3.11. O uso de jogos educativos na sala de aula
Conceito de Jogos
Para (Brougère, 1998), o jogo é um espaço social que exige uma aprendizagem concomitante
e supõe a existência de um acordo pérvio que subjaz a uma significação unívoca que cada
participante lhe atribui a partir do conhecimento e do domínio prático das regras que o regem.
Os jogos são actividades lúdicas por permitirem aos alunos o desenvolvimento das seguintes
capacidades:
Durante a realização de jogos os alunos têm o desejo ardente de ganhar, mas devem
sempre obedecer às regras. (Chateau, 1975).
Para Gago et. al. (2021), os jogos são ferramentas interessantes porque:
Envolvem os alunos durante a sua realização, que de outra forma poderia não
acontecer;
182
Relacionam a diversão, competição com a aprendizagem;
183
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9. Como é que a execução do jogo contribui para sua aprendizagem?
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10. O que gostarias de aprender melhor?
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Tabela 33: Guião de realização do jogo (Descoberta pelos Sentidos), baseado em Francas (2003).
A visão (Vista)
Efectuam o jogo em grupo;
As crianças devem reconhecer os diferentes frutos (pelas suas características), observando a sua forma
previamente desenhada.
Do mesmo modo pedi-lhes para reconhecer forma a forma dos frutos.
Depois o animador as esconde, e os alunos devem reconstruir a lista dos frutos.
Nota: Este jogo também pode ser realizado com objectos.
Material necessário: (2 bananas, 2 maçãs, 2 morangos, 2 Laranjas, 2 pêras, 2 uvas).
O tacto (toque)
Efectuam o jogo em grupo;
As crianças tocam nas frutas;
Tentam reconhecê-las com os olhos vedados.
Depois o animador as esconde, e os alunos devem reconstruir a lista dos frutos
Material necessário: (2 bananas, 2 maçãs, 2 morangos, 2 Laranjas, 2 pêras, 2 uvas).
O olfacto (cheiro)
Efectuam o jogo em grupo;
Na época da floração, podem tentar reconhecer as árvores ou arbustos sentindo o cheiro das folhas,
frutos, flores…
Podem também reconhecer as árvores que tenham um cheiro característico (pinheiros, Sabugueiro,
roseiras…).
Material necessário: (2 bananas, 2 maçãs, 2 morangos, 2 Laranjas, 2 pêras, 2 uvas).
O paladar (gosto)
184
Efectuam o jogo em grupo;
De olhos vedados, saboreiam pequenos cubos de cortados dos frutos reconhecê-los.
Depois o animador as esconde, e os alunos devem reconstruir a lista dos frutos
Nota: Na execução deste jogo é necessário que se faça a selecção dos frutos previamente e certificar-se que os
participantes não apresentam nenhuma intolerância.
Material necessário: (2 bananas, 2 maçãs, 2 morangos, 2 Laranjas, 2 pêras, 2 uvas).
A audição (escuta)
Efectuam o jogo em grupo;
De olhos vedados os alunos escutam o som produzido por alguns grãos (arroz, milho, feijão…)
Os alunos devem identificar e diferenciar o som de cada um deles.
Depois de realizar o jogo deve encontrar os grãos identificados anteriormente.
Material necessário: (arroz, feijão, milho…)
185
A educação e o património são importantes parceiros, pois ambas defendem que os
alunos devem ter domínio de valores inerentes aos bens culturais, o que permitirá a
salvaguarda e gestão sustentável dos recursos (Solé, 2014).
A educação para saúde tem como objectivo melhorar a qualidade de vida dos alunos
promovendo um efectivo sucesso escolar (Motta at al., 2009).
Centrar o currículo na educação para a saúde permite abordar e explorar uma área do
interesse de todos, melhorando a qualidade de vida individual e da comunidade
escolar” (Vilar, 2006 citado em Motta at al., 2009, p. 440).
Em suma ser saudável, nos dias de hoje, é estar informado, ser culto, ser assertivo, autónomo
e solidário, deste modo a escola não de deve continuar a limitar-se em trabalhar conteúdos
conceptuais, mas sim formar cidadãos educados e produtivos e satisfeitos (Motta at al., 2009).
186
4.3. Educação Ambiental
A educação deve integrar questões ambientais e ser dirigida, quer às gerações mais
jovens, quer aos adultos.
Constitui a base de uma opinião pública bem informada, e de uma conduta dos
indivíduos inspirada no sentido da sua responsabilidade sobre a protecção e
melhoramento do ambiente (UNEP, 2002 citado em Videira et al, 2005).
1. A educação ambiental é uma medida de protecção ambiental que deve acelerar e facilitar a
implantação do Programa Nacional de Gestão Ambiental, através do aumento progressivo de
conhecimentos da população sobre os fenómenos ecológicos, sociais e económicos que regem
a sociedade humana.
Sendo parte integrante da educação para a cidadania assumindo, uma posição privilegiada na
promoção de atitudes e valores, promovendo o desenvolvimento de competências
imprescindíveis para responder aos desafios da sociedade do século XXI (Câmara, et al.,
2018, p. 16).
187
necessário à protecção e melhoria do ambiente em toda a sua dimensão humana (Dias, 1993
p.270 citado em Manico et. al., 2015)
188
5. Planificação do ensino e da aprendizagem das CSN (Como preparar o ensino e a
aprendizagem)
Planificar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema que precisa de
soluções, decidindo as melhores alternativas para a sua acção que o levem a alcançar os
objectivos pré-estabelecidos, onde o professor é desafiado a responder as seguintes questões:
O que alcançar?
Como alcançar?
O que e como analisar a situação de modo verificar se o que pretendeu foi alcançado?
(Piletti, 2004).
1- Deve ser feito um diagnóstico da realidade, para perceber quais são as necessidades
dos alunos, da comunidade e do próprio ambiente escolar.
Segundo Soussan (2003), o professor deve colocar-se algumas questões antes, durante e
depois do ensino apresentadas a seguir:
189
Tabela 34: Questões que o professor deve fazer antes, durante e depois do ensino, adaptado de Soussan (2003).
Momentos Questões
Antes do ensino O que me leva a ensinar? (pensamentos e motivações pessoais, intenções objectivos gerais
concepções de aprendizagem)
- O que devo ensinar? (conteúdos da disciplina)
- A quem devo ensinar? De que maneira os alunos vão aprender? (actividades, práticas
pedagógicas).
Durante o ensino Como tem sido a minha actuação?
O que foi dito, feito pelos alunos?
Depois do ensino Quais foram os efeitos do ensino realizado por mim?
De que maneira pode ser modificado?
(analise das falas e actos dos alunos, avaliação e identificação de problemas)
Tipos de Planificação
Para Fonseca e Fonseca (2016), apresenta três tipos de planificação apresentadas a seguir:
4. A planificação de curso é a previsão do trabalho docente e discente durante um longo
período de tempo. Nele, o professor, prevê os conhecimentos a serem construídos e as
actividades a serem realizadas pelos alunos, por exemplo, um ano ou um semestre
lectivo;
5. A planificação de uma unidade obriga o professor a reunir várias aulas sobre assuntos
relacionados, estabelecendo inter-relações entre elas.
6. A planificação de uma aula é o momento em que o professor especifica e operacionaliza
a sua actuação diária, de forma a concretizar os planos de curso e unidade.
Os objetivos gerais são amplos e devem ser formulados em termos de metas de ensino.
2. O número dos objetivos a incluir na lista, deve possibilitar que ela seja praticável.
190
3. As taxonomias possibilitam uma fácil fonte de selecção de objetivos educacionais e
consistem num conjunto de categorias gerais e específicas na qual estão incluídas
todas as possíveis metas de aprendizagem que se podem alcançar no ensino sendo
possível sistematizar e clarificar a actividade de definição dos objetivos educacionais
(Fonseca & Fonseca, 2016).
Os professores devem definir objetivos, para poder prever desde o princípio o que os alunos
serão capazes de realizar ao final do processo de ensino aprendizagem, caso contrário, não
poderá avaliar de maneira coerente os frutos de sua actividade de ensino e será complexo
seleccionar e voltar a planejar estratégias de ensino mais ajustadas (Fonseca & Fonseca,
2016).
Os métodos têm origem etimológica da palavra caminho a seguir para alcançar o fim.
A estratégia é uma palavra emprestada da terminologia militar que trata de descrever os meios
disponíveis pelos quais o professor utiliza para atingir os objectivos específicos.
O tema de ensino;
Materiais disponíveis.
Definir, para cada um dos objetivos, o tipo de técnica e avaliação mais apropriada.
191
Solução da Actividade (25)
A avaliação deve ser encarada como uma prática contínua diferenciada transparente, rigorosa
e participada, é reflectidamente organizada em estreita relação com o feedback inteligente,
diversificado, bem distribuído, frequente e de elevada qualidade, que é bastante relevante pelo
facto de activar os processos cognitivos e metacognitivos dos alunos e regulam, controlam,
melhoram os processos de aprendizagem e sua motivação e auto-estima (Fernandes, 2005
citado em Cosme et al., 2021). A avaliação é indispensável para o professor verificar sua
prática e melhorar suas estratégias metodológicas em sala de aula (Polon, 2012).
192
A avaliação da aprendizagem é aquela que tem como foco os produtos, tem um caracter
essencialmente sumativo, centrado na valorização dos conteúdos tendo como objectivo
certificar as aprendizagens dos alunos.
Na avaliação para aprendizagem, valoriza-se a vertente formativa, em que o professor
identifica as dificuldades dos alunos, seguindo-se de um processo de regulação e alteração
do processo de ensino e aprendizagem.
Na avaliação como aprendizagem, realiza-se a tomada de decisões entre professores e
estudantes a respeito das aprendizagens que devem ser valorizadas e como devem ser
organizadas e avaliadas.
Conceito de portefólio
O portefólio é entendido como um caderno diário que deve ser construído pelo aluno dia após
dia (Freitas & Pereira, 2010).
Características:
(Fernandes, 2004).
Importância
Permite aos alunos tomarem consciência das acções que realizam, dos procedimentos
que adoptam e dos resultados que têm vindo a obter (Simão, 2015 citado por Cosme
2010).
194
tingir o seu desenvolvimento global, realizando reflexões individuais e colectivas
sobre a sua prática (Martins & Pires, 2009).
Relatório
Conceito de relatório
Objectivo do relatório
Característica de um relatório
195
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