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ISCED-HUAMBO
Departamento de Ciências Exactas
Sector de Química
Educação Híbrida
Educação Híbrida
Período: Regular
Ano Lectivo: 2021/2022
INTRODUÇÃO........................................................................................................1
Definição...............................................................................................................2
As Vantagens........................................................................................................3
Os pontos de atenção ao implementar a educação híbrida..............................5
Quais são as principais categorias e modelos?..................................................7
Como implementar a educação híbrida?...........................................................9
Como a educação híbrida influencia na aprendizagem?.................................9
Como os professores podem se adaptar à realidade da educação.................10
CONCLUSÃO........................................................................................................11
REFERÊNCIAS.....................................................................................................12
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO
Educação híbrida é a metodologia de ensino que combina elementos presenciais
e a distância. A ideia é unir a flexibilidade e personalização do estudo em ambientes
virtuais com as possibilidades e benefícios oferecidos pela convivência em sala de aula.
Actualmente, há diversas formas de realizar essa junção. No ensino superior, a principal
delas é o ensino semipresencial.
A educação híbrida é uma metodologia na qual estudantes vivenciam o processo
de aprendizagem por meio das modalidades presencial e a distância de forma integrada.
Assim, esse procedimento une elementos tradicionais com ferramentas e dispositivos
tecnológicos, o que resulta em uma educação mais completa e relevante para estudantes
do século XXI.
Educação híbrida é uma metodologia de ensino que tem o objectivo de unir
elementos do online e do físico. Só para ilustrar, o modelo de ensino semipresencial
conta tanto com a vivência presencial nas instituições de ensino, como com tarefas
realizadas em ambientes virtuais. Nesse sentido, podemos destacar Web conferências,
fóruns online, consultas à biblioteca virtual, ebooks, vídeos, podcasts, ppts ajudam o
aluno a estudar online. Desse modo, quando estiverem frente a frente com os
professores, poderão esclarecer eventuais dúvidas.
Vale salientar que o modelo híbrido de ensino é utilizado há algum tempo por
universidades. Então, não se trata de algo exactamente novo. Afinal, tanto na graduação
quanto na pós-graduação, a metodologia é bastante conhecida e popularizada(Moran &
Lilian, 2015).
AS VANTAGENS
Como vimos, a possibilidade de não haver uma interrupção no processo de
aprendizagem é uma vantagem considerável da educação híbrida. Entretanto, há outros
diversos pontos que valem a pena serem salientados.
Interacção em tempo real, mesmo à distância
Com a educação híbridaé possível implementar o acompanhamento síncrono,
isto é, ao vivo, das aulas que são ministradas na escola. Assim, estudantes que assistem
a distância podem interagir com colegas e com os professores, o que é parte essencial
para uma formação integral.
Ao se tratar da educação a distância assíncrona, quando as aulas ficam apenas
gravadas, a interacção geralmente fica limitada a mensagens de texto. Assim, ao surgir
uma dúvida durante a aula, por exemplo, o processo de aprendizado é interrompido e,
aos poucos, pode desestimular quem estuda.
Por isso, a interacção em tempo real é tão fundamental na educação. Além de
possibilitar tirar dúvidas no mesmo momento que acompanha a aula, os estudantes têm
a oportunidade de participar de modo activo. Isso ocorre porque os estudantes podem
ser convidados a expor o que aprenderam, expressar os seus pontos de vista e fazer
actividades com os demais colegas.
Desenvolvimento do protagonismo estudantil
Um dos principais objectivos da educação híbrida é superar modelos tradicionais
e estáticos, focando nos sujeitos da aprendizagem e não em quem ensina. Assim, essa
modalidade está atrelada às metodologias activas, que promovem a autonomia e
estimulam a busca pelo conhecimento.
Essas metodologias aplicadas à educação híbrida dão oportunidade ao estudante
decidir quando, onde e com quem quer estudar. Assim, tornam os estudantes
conscientes de seu papel e os estimula a se tornarem protagonistas do próprio
aprendizado.
Educação personalizada
Com o uso de diversas ferramentas, a educação híbrida é capaz de identificar o
perfil das turmas e apontar os desafios a serem superados. Isso significa que é
possível entender quais são as necessidades e as carências (pedagógicas, tecnológicas e
sociais) que cada estudante tem e, a partir disso, elaborar metodologias específicas.
Assim, ao verificar que parte de uma turma tem deficits de conteúdo, por
exemplo, materiais de apoio podem ser disponibilizados de modo específico. Ainda
mais, estudantes com disfunções cognitivas podem receber conteúdos e avaliações
adaptadas com recursos tecnológicos que ampliam as possibilidades de aprendizado.
Enfim, as novas gerações lidam com a informação e com o conhecimento de
modo muito diferente que há alguns anos. Por isso, a educação híbrida tem diversas
formas de personalização e, por essa razão, essa modalidade é tão relevante para o
contexto educacional do século XXI.
Autonomia na aprendizagem
A grande vantagem é que, diferentemente da disciplina e planos de aula rígidos
do presencial, a parte online do ensino híbrido confere grande flexibilidade ao aluno.
Você seguirá o seu ritmo e terá bastante autonomia.
Por exemplo, é possível pausar a aula, enviar dúvidas online, retornar ao
conteúdo quantas vezes quiser, aguardar até a aula presencial, ler os comentários nos
fóruns online, entre outras opções. O ensino é quem se adapta às suas necessidades de
aprendizado.
Maior conexão entre alunos e professores
A educação híbrida não é uma união aleatória ou feita de qualquer jeito. Existe
um programa de ensino para, conforme cada competência profissional que se deseja
desenvolver, escolher qual é a melhor metodologia para transmitir o conteúdo.
O cuidado com as actividades faz com que os momentos na sala de aula
inovadora sejam potencializados. A conexão entre alunos e professores, bem como entre
colegas, é estimulada por debates, dinâmicas, momentos para tirar dúvidas e outras
actividades planejadas. E o contacto permanece no ambiente virtual.
Maior aproveitamento das aulas
Outro benefício da aprendizagem híbrida é que uma aula transmitida
presencialmente, via internet ou satélite, pode ser revisada online. A gravação é
importante, pois frequentemente saímos com o entendimento mais geral do assunto,
enquanto o estudo pausado e com tempo para anotações do online pode nos revelar
detalhes.
Preparação para o mercado de trabalho
Ensino híbrido, personalização e tecnologia na educação são algumas das
apostas do mercado de trabalho para o futuro. Isso ocorre porque, diante da dificuldade
de encontrar pessoas qualificadas, as empresas se preocupam cada vez mais em oferecer
treinamentos.
Consequentemente, é natural que as organizações busquem metodologias, como o
curso a distância e o semipresencial — que optimizem custos e qualidade. E você
precisa estar preparado para essa realidade ao buscar boas colocações no mercado.
Aproximação com a tecnologia
Além disso, relatórios recentes, como o do ManpowerGroup, já capturam
a necessidade de integração entre seres humanos e tecnologia. Hoje, a digitalização e a
automação são realidades inescapáveis em praticamente qualquer área. Por isso, a
familiaridade com a inovação é um princípio a ser seguido desde a faculdade.
O estudo também revela uma demanda crescente por competências
comportamentais, como organização, liderança, comunicação e capacidade de aprender.
Isso é favorecido pela mescla de actividades online e presenciais.
Sendo assim, ao investir em educação híbrida, você optimizará o seu tempo e
desenvolverá competências comportamentais relevantes. É um novo jeito de estudar
com grandes implicações para o sucesso profissional.
Mesmo que a maioria dos estudantes tenha uma convivência estreita com a
tecnologia, isso não significa que o uso dela nas práticas pedagógicas ocorrerá de forma
simples. Muitas vezes, estudantes estão inseridos em contextos escolares que não
costumam promover a autonomia ou que não fazem o uso de recursos tecnológicos de
forma significativa.
Assim, ao serem colocados em ambientes com metodologias que exigem mais
independência e que não têm a supervisão constante, como ocorre na sala de aula, a
adaptação pode apresentar inúmeros conflitos. Soma-se a isso o fato de existir a
necessidade do estabelecimento de uma rotina de estudos fora do ambiente escolar, o
que, muitas vezes, é apresentado como um grande obstáculo.
Além do mais, saber usar as redes sociais, jogar videogames e navegar na
Internet não são garantias de que os estudantes consigam lidar com as ferramentas
digitais que a escola exige. Mesmo que exista uma facilidade para aprender, a equipe
pedagógica precisa dar suporte e treinamentos aos estudantes, para capacitá-los para o
uso das soluções.
Avaliações diagnósticas
Avaliações formativas
As avaliações formativas, por sua vez, são o modelo mais aplicado nas escolas.
O propósito da avaliação formativa além de acompanhar o aprendizado, é identificar se
houve um desempenho satisfatório na aquisição de conhecimentos essenciais.
Nesse modelo, o aluno tem oportunidade de identificar erros, áreas com
necessidade de reforço e maior atenção, estimulando o estudo sistemático. Essa
avaliação funciona como uma orientação do estudo do aluno e do trabalho do professor,
que saberá se os objectivos foram alcançados.
Os modelos sustentados
Rotação por estações
Nesse modelo, a turma é separada em grupos que se revezam em estações de
aprendizagem. Cada estação vai explorar uma forma de aprender diferente, sendo que
em uma pode haver o uso de tecnologia, na outra, a elaboração de actividadescolectivas
e, em uma terceira, uma situação de interacção com o professor.
Além disso, capacidades e habilidades diferentes podem ser exploradas em cada
uma das estações. Por exemplo, em uma estação pode ser exibido um material
multimédia que trabalhe com o ver e o escutar. Na outra pode ser explorado o fazer, e,
na última, o ensinar. A quantidade de estações depende do número de estudantes e do
tempo disponível para a aula.
Sala de aula invertida
Muito comum no ensino superior, esse modelo está centrado na autonomia dos
estudantes, os quais têm o primeiro contacto com o conteúdo da aula em casa, por meio
de vídeos, textos, jogos educacionais e outros.
Assim, os alunos já chegam à sala de aula com uma boa bagagem do conteúdo e
usam esse espaço para colocar em prática o que estudaram, tirar dúvidas e aprofundar o
conhecimento.
Laboratório rotacional
Esse modelo consiste em dividir a aula em dois momentos: um no laboratório de
informática e outro na própria sala de aula. Sendo assim, a turma pode ser separada em
dois grupos, que trabalham em cada ambiente em tempos diferentes.
No momento em que estão no laboratório, os estudantes trabalham de forma
autónoma para executar as actividades propostas — resolução de exercícios on-line,
pesquisas, curadorias etc.
Já na sala de aula, o momento pode ser aproveitado para tirar dúvidas, explicar
conceitos, fazer projectos colectivos e outros, com o auxílio do professor. Além desses
modelos, apresentados como sustentados, ainda há os modelos que se categorizam como
disruptivos.
Rotação individual
Nesse modelo, explora-se o conceito de personalização da educação, pois são
elaborados diferentes roteiros de aprendizagem para uma mesma turma. Assim, cada
roteiro deve propor actividades relacionadas às necessidades específicas do estudante ou
grupo de estudantes que o receber.
À la carte
Para a realização desse modelo, os estudantes traçam os seus objectivos de
aprendizagem e podem escolher disciplinas electivas para complementar os estudos
básicos. Assim, pelo menos uma dessas disciplinas é oferecida de modo totalmente on-
line, para que o estudante estude no momento que preferir.
Flex
O modelo flex é sustentado na educação on-line, que pode ocorrer tanto à
distância quanto em laboratórios na escola. Tendo isso em vista, o professor actua
apenas como mediador, tirando dúvidas, orientando a execução de tarefas e propondo
discussões e projectos.
Virtual aprimorado
Nesse modelo, os estudantes têm todas as disciplinas on-line, porém, participam
de momentos presenciais semanalmente, para discutir os conteúdos estudados, fazer
actividades e obter acompanhamento pedagógico.
Bacich, L., & Moran, J. (2015). Aprender e ensinar com foco na educação híbrida.
Revista Pátio , 45-47.
Guimarães, M. H. (13 de Dezembro de 2021). Conexia Educação. Obtido de
https://blog.conexia.com.br/o-que-e-ensino-hibrido/
Lurdes, M., & Barroso, M. (09 de Setembro de 2013). novaescola. Obtido em 17 de
Dezembro de 2021, de novaescola.org.br:
https://novaescola.org.br/conteudo/104/ensino-hibrido-entenda-o-conceito-e-
entenda-na-pratica
Moran, & Lilian. (25 de Junho de 2015). Obtido em 16 de Janeiro de 2022, de
grupoa.com.br: http://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/11551/aprender-e-
ensinar-com-foco-na-educacao-hibrida.aspx