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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Educação

Sala de Aulas como Espaço do Estágio Pedagógico

Curso de Licenciatura em Ciências de Educação com Habilitações em Políticas Educativas

Trabalho Científico

1º Grupo

Amélia Filipe Uate

Amélia Zeca Damião

Ana Inocenti Salani

Brain António Bento

Hedger António Ginama

Hernélio Sóziimo Juízo Chichaúte

Jully Joaquim António Chone

Pedro Fernando Francisco Chale

Chimoio

Março, 2024
Amélia Filipe Uate

Amélia Zeca Damião

Ana Inocenti Salani

Brain António Bento

Hedger António Ginama

Hernélio Sóziimo Juízo Chichaúte

Jully Joaquim António Chone

Pedro Fernando Francisco Chale

Sala de Aulas como Espaço do Estágio Pedagógico

Trabalho Científico de carácter avaliativo a ser


apresentado na Faculdade de Educação, Departamento de
Psicologia e Pedagogia, ao curos de Ciências de
Educação, na Cadeira de Estágio Pedagógico em Ciências
de Educação sob orientação de: dr. Edson Magande.

Chimoio

Março, 2024
Índice

1.0 Introdução ........................................................................................................................ 4


1.1 Objectivos ........................................................................................................................ 5
1.1.0 Objectivo geral ......................................................................................................... 5
1.1.2 Objectivos Específicos ............................................................................................. 5
1.2 Metodologias ................................................................................................................... 5
2.0 Referencial Teórico ......................................................................................................... 6
2.1 Sala de Aulas ................................................................................................................... 6
2.1.0 Princípios e Acções a Desenvolver antes da Concepção de uma Sala de Aulas ...... 6
2.1.1 Características do Professor na Sala de Aulas ......................................................... 8
2.1.1.0 Professor Polícia ................................................................................................... 9
2.1.1.1 Professor Povo .................................................................................................... 10
2.1.1.2 Professor Reflexivo ............................................................................................ 11
2.2 Conclusão ...................................................................................................................... 13
2.3 Referências bibliográficas .................................................................................................. 14
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1.0 Introdução

Neste presente trabalho referente à cadeira de Estágio Pedagógico em Ciências de


Educação, falar-se-á da Sala de Aulas como Espaço do Estágio Pedagógico, incluindo oso
seus componentes básicos para a ocorrência de diversas actividades nela privilegiadas.
Uma classe escolar ou sala de aula é um local, geralmente numa escola, onde os
alunos aprendem conhecimentos que são passados pelo professor, e socializam com outros
indivíduos. Actualmente se discute que a sala de aula não é um ambiente só físico, mas
também um lugar de interacções e trocas de experiências. O professor nesse ambiente deixa
de ser o detentor do conhecimento e passa a ser um auxiliador, que faz uma mediação entre o
sujeito e o conhecimento.
No século XVII deu-se início ao modelo de sala de aula tradicional, onde o ensino é
considerado como a transmissão de conhecimento aos alunos com o objectivo de que ele seja
dominado por eles. O espaço físico era composto por carteiras enfileiradas, sem o
compartilhamento de aprendizado e o professor moderava e regulava o fluxo de informações.
Com o passar do tempo, com novos estudos, teve-se uma mudança na forma
tradicional de ensinar, começaram a optar por uma sala mais participativa e que dava ouvido
as crianças que traziam consigo uma bagagem de saberes e questionamentos, e introduziram o
método de sala de aula invertida, no qual o conteúdo passa a ser estudado em casa e as
actividades, realizadas em sala de aula. Com isso, o estudante deixa para trás aquela postura
passiva de ouvinte e assume o papel de protagonista do seu aprendizado.
Entendemos que o Estágio é o exercício da profissão que iremos actuar; é todo o
processo de aprendizagem que construímos durante o período do curso de formação docente.
Portanto, concordamos com Lima (2001, p. 36) quando afirma que “dentro do movimento:
acção, reflexão e acção reflectida é que a actividade docente é a práxis. Apenas na articulação
entre a teoria e a prática pedagógica é que isto acontece”. A actividade docente só acontece
realmente quando há a junção entre a acção e a reflexão, ou seja, quando ocorre a articulação
teórico-prática; pois não há separação entre a teoria e a prática na práxis docente.
Compreendemos que o Estágio é o momento crucial para podemos questionar e reflectir sobre
a profissão do professor, a sua práxis e identidade docente.
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1.1 Objectivos

Os objectivos são o ponto de partida, as premissas gerais do processo pedagógico.


Representam as exigências da sociedade em relação à escola, ao ensino, aos alunos e, ao
mesmo tempo, reflectem as opções políticas e pedagógicas dos agentes educativos em face
das contradições sociais existentes na sociedade (Libâneo, 2006).
Neste contexto, importa-nos apresentar os objectivos a serem alcançados na
elaboração do presente trabalho:
1.1.0 Objectivo geral
 Entender a Sala de Aulas como Espaço do Estágio Pedagógico.
1.1.2 Objectivos Específicos
 Definir Sala de Aulas;
 Explicar os Princípios e Acções a Desenvolver antes da Concepção de uma Sala de
Aulas;
 Indicar as Características do Professor na Sala de Aulas.
1.2 Metodologias

De acordo com Libâneo (2006), método é o caminho para atingir um objectivo.


Para a materialização do trabalho, apropriou-se da pesquisa bibliográfica, que na
expectativa de Gil (2008), este tipo de pesquisa é desenvolvido a partir de material já
elaborado por outros pesquisadores, tais como:
 Livros – obras literárias ou obras de divulgação, dicionários, enciclopédias, anuários e
almanaques;
 Publicações periódicas – artigos científicos de revistas ou jornais científicos,
disponíveis em bibliotecas ou internet.
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2.0 Referencial Teórico

Nesta parte do trabalho são apresentadas as bases teóricas discutidas por vários autores
em torno da temática em destaque. Por isso, é de vital importância meditar-se à esta parte do
trabalho visto que é a que visa garantir a compreensão da essência da pesquisa em questão.

2.1 Sala de Aulas

De acordo com Veiga (2011, p. 290) citado por Sousa, Santana, e Carneiro (2019),
sala de aulas “é, portanto, espaço de realização da existência, da construção de saberes, do
fortalecimento das relações humanas, do desenvolvimento pessoal e profissional.”
Ainda de acordo com Casagrande (2009) citado por Sousa, Santana, e Carneiro
(2019), sala de aula é um recurso fundamental para a estruturação da personalidade, visto que
nela é possível a interacção, o diálogo, o convívio com os semelhantes e também o diferente:
o educador. Se a identidade pessoal se forma em contextos interactivos e no recurso ao agir
comunicativo, cabe á escola adoptar procedimentos pedagógicos pautados no diálogo, de
modo que a práxis pedagógica esteja orientada para o desenvolvimento da capacidade
discursiva dos educandos (idem).
A partir das abordagens dos autores supracitados, o grupo compreende sala de aulas
como um local criado com adequações em prol da facilitação do processo de ensino e
aprendizagem, incluindo também a convivência, a interacção, a socialização e bem como a
troca de experiências entres os que nela estiverem envolvidos.

2.1.0 Princípios e Acções a Desenvolver antes da Concepção de uma Sala de Aulas

O deslocamento da centralidade do professor para o aluno como proposta pedagógica


implica reconfiguração do espaço físico, especialmente a sala de aula. Para Gauthier (2006), o
planeamento do ambiente educativo, envolvendo tempo, espaço físico e recursos materiais e
humanos, contribui positivamente no processo de ensino-aprendizagem. Tal posição é
corroborada por Zabala (2010), para quem o meio físico da escola influi no estado de ânimo,
no interesse e na motivação dos estudantes, contribuindo para as aprendizagens. O clima e o
ambiente devem favorecer a construção do conhecimento e a integração dos sujeitos. O tipo
de actividade a ser desenvolvida com os estudantes deve direccionar a organização do espaço
da sala de aula. A distribuição das carteiras precisa estar ajustada a cada actividade.
Sobre o papel do espaço escolar ainda Zabala (2010, p. 130), afirma que “se a
utilização do espaço tem sido o resultado de uma maneira de entender o ensino, tanto em
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relação à função social como à compreensão dos processos de aprendizagem, certamente uma
mudança nestes elementos levaria a uma reconsideração das características que deveriam ter
de acordo com outras opções do ensino.”
De acordo com INEP-MEC (2004), são alguns princípios ou acções a se tomarem em
consideração na concepção de um espaço pegagógico ou sala de aulas os seguintes:
 Dimensão;
 Problemas e desafios;
 Acções;
 Recursos;
 Envolvidos;
 Metas;
 Responsável.
A organização do espaço possui um papel determinante, isto porque, permite a
estruturação de todos os elementos que directamente influenciam a aprendizagem dos alunos.
Pretende-se, assim, que o espaço da sala de aula seja organizado de forma a regular a atitude
educativa. “O ambiente é um educador à disposição tanto da criança, como do adulto. Mas só
será isso se estiver organizado de um certo modo. Só será isso se estiver equipado de uma
determinada maneira (Zabala, 2010).
Quando pensamos na sala de aula e como deverá ser a sua organização há que reflectir
sobre algumas questões:
 Que tipo de actividades se desenvolverá?
 Que espaço temos disponível?
 Que necessidades de espaço existem para determinadas actividades?
 Qual a melhor gestão do espaço disponível para a realização das actividades
escolhidas?
Segundo Freitas (2008), é importante a questão da disposição das carteiras e das mesas
no sentido que são fundamentais para contribuir com a aprendizagem de forma significativa.
Elas devem mudar de posição de acordo com a aula que o professor planeie, atendendo aos
seus objectivos e tendo em atenção a questão da interacção com o outro e com os espaços.
Assim sendo, há que planificar e gerir os espaços, na medida em que o ambiente de sala de
aula é um poderoso factor que facilitará ou inibirá as aprendizagens e deverá estar organizado
tendo em vista a actividade que se desenvolverá (Zabala, 2010).
De facto, a organização do espaço da sala de aula reflecte a acção pedagógica do
professor, pelo que ele deve avaliar o seu próprio estilo de ensino: se gosta de ver todos os
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alunos ao mesmo tempo, se vai usar actividades em pequenos grupos, se vai leccionar com
exposição a maior parte do tempo, ou outras formas (Arends, 2008).
Ainda de acordo com a MINEDH (2014), na concepção de uma sala de aulas é sempre
vital que se observam os seguintes princípios e acções:
 As salas de aulas devem ter dimensões aprovadas, com dimensões mínimas de
7m×5,5m;
 Cada sala de aulas deve ter a capacidade de acomodar um máximo de cinquenta
alunos;
 As salas de aulas devem estar equipadas de carteiras para todos os alunos;
 Um quadro fixo com dimensões mínimas de 2,40m×1,20m numa altura mínima de
90cm a partir do solo;
 Uma secretária e cadeira para o professor;
 Portas, barras de apoio que garantir a inclusão de alunos com deficiência;
 Carteiras e cadeiras adequadas à deficiência;
 Corrimãos nas rampas e escadas;
 Sinais de orientação traduzidos em braille, em todos os locais do edifício;
 Rampas de acesso padronizadas.
Com isto o grupo compreende que no processo da concepção de uma sala de aula tem-
se como pressuposto que a sala opte pela inclusão, integração e a valorização da diversidade,
a configuração do espaço sala de aula deverá expressar uma concepção pedagógica que
potencialize a formação interactiva dos alunos, bem como a formação docente em serviço
com vista a garantir a almejada formação integral do homem.

2.1.1 Características do Professor na Sala de Aulas

Desde sempre houve a preocupação de identificar o perfil do professor ideal, ou seja,


do “bom” professor, e de descobrir as técnicas e os métodos de intervenção pedagógica mais
eficazes. A verdade é que não existe, apesar de tudo, um consenso universal relativamente à
ideia do que se possa considerar um bom professor.
Fernandes (1980), revela na sua entrevista à um grupo composto por 300 estudantes
sobre as práticas de um bom professor:
Alunos do Ensino Básico (escola primária e ciclo); “Um bom professor é um
professor que ensina bem e não bate, também ensina a brincar e não a castigar os
meninos e as meninas.”; um bom professor é aquele que explica as coisas e nós entendemos,
porque ele é calmo e explica tudo, sem ralhar e sem bater, de modo a que os alunos percebam;
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um bom professor explica bem toda a matéria de maneira a que todos os alunos compreendam
bem. Não bate com violência, não castiga nem envergonha os alunos.
Alunos do Ensino Secundário; “ um bom professor é aquele que é capaz de manter a
ordem, a disciplina na aula com diálogo entre ele e os alunos, sem violências, que dá a
matéria uma seguida da outra e só quando todos os alunos souberem é que avança , não faz
distinções entre os alunos; “Um bom professor nunca deve desprezar os alunos pobres e
envergonhá-los frente aos colegas, deve avaliar os alunos, tendo em conta o seu
comportamento, trabalho e inteligência e não olhar às famílias, amizades etc.
Em síntese, parece que aspectos como relação professor/aluno e interesse e
compreensão dos professores, associados às características pessoais destes (firme,
disciplinador, justo, amigo, sempre disponível para ajudar) são características a ter em atenção
na formação contínua desses profissionais.
E jeito de melhor fazer compreender as características ou o perfil do professor em sala
de aulas, Nidelcoff (1983) e Mackay (2003), apresentam os seguintes tipos ou perfís de
professores em sala de aulas:

2.1.1.0 Professor Polícia

De acordo com Nidelcoff (1983), o professor polícia caracteriza-se pelo autoritarismo.


Se considera o único que ensina e os alunos são tidos como os que não sabem e devem
simplesmente aprender, o aprendizado se dá pelo acto de escutar e prestar atenção á quem,
sabe.
Os objectivos desse tipo de professor são:
 Manter a disciplina, fazer com que os alunos obedeçam sem questionar;
 Prioriza o factor intelectual e consideram bons alunos são aqueles com boas notas;
 Pretende que os alunos cumpram tudo que lhes foi ordenado;
 Condena a rebeldia e o espírito crítico, formando indivíduos que só concordam com o
que lhe és dito.
Quanto ao conteúdo a ser ensinado:
 Aprecia a cultura popular e a experiência;
 Preocupa-se com a funcionalidade dos conteúdos;
 Revisa os conteúdos ideológicos dos livros e textos.
Como trabalha:
 Não é capaz de perceber as origens sociais do fracasso escolar;
 Valoriza apenas o conhecimento;
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 Considera a avaliação património do professor;


 Não incentiva a autocrítica;
 Estimula atitudes passivas e conformistas;
 Puni de maneira radical o mau comportamento, mas não obtém sucesso;
 Considera a escola apolítica;
 Não vê os pais como companheiros de trabalho;
 Força um ritmo de trabalho aos alunos;
 Sente que seu trabalho é um sacrifício que não é reconhecido;
 Se sente injustiçado pela responsabilidade do trabalho, porém faz o mínimo exigido.

2.1.1.1 Professor Povo

Ainda Nidelcoff (1983), o professor povo é aquele que não se preocupa apenas com a
aprendizagem intelectual, mas também visa a formação de atitudes, visto que os seus alunos
são pessoas e não máquinas de aprender. No que tange ao método de aprendizagem, sua linha
geral é partir da observação e da análise de situações reais e concretas.
Objectivos deste professor:
 Ajudar o aluno a ser capaz de liberar-se das estruturas opressivas da sociedade.
Quanto ao conteúdo a ser ensinado:
 Expressa sempre uma ideologia e uma cultura e ao optar por um ou outro, o educador
posiciona-se frente aos mesmos.
Como trabalha:
 Incentiva os alunos a verem a realidade com lucidez e espírito crítico;
 Auxilia os alunos a assumirem seu compromisso diante da realidade;
 Ajuda os alunos a descobrirem a capacidade que têm;
 Parte sempre da observação e análise das situações reais e concretas a fim de captar a
bagagem que os alunos trazem;
 Valoriza o trabalho em grupo;
 As normas de disciplina são construídas e vividas pelas próprias crianças;
 Responsabiliza-se pela aprendizagem de cada estudante;
 Avalia a si mesmo como um educador, não como um simples transmissor de
informações;
 Leva em conta os factores sociais do rendimento escolar;
 Respeita o ritmo de cada um;
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 Posiciona-se frente ao papel político da escola;


 Sente-se integrante da realidade dos alunos.

2.1.1.2 Professor Reflexivo

Segundo Mackay (2003), este tipo de professores ficam constantemente tomando


decisões, o que pode acontecer antes, durante e depois da aula. A prática reflexiva, cujos
principais elementos são o conhecimento geral (académico) e os valores pessoais, liberta o
professor do comportamento de rotina, faz com que planeje aulas mais atractivas e o habilita a
agir de forma determinada, melhorando a prática do ensino.
Características deste profissional:
 Tenta resolver problemas em sala de aula;
 É ciente dos valores e suposições que trazem para o ensino;
 É sensível ao contexto do qual ensina;
 Participa do desenvolvimento curricular e de projectos;
 Assume a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento profissional.
Estágios do ensino reflexivo:
 O Professor identifica um problema em sala de aula;
 Analisa suas possíveis causas;
 Coleta e estuda dados que o ajudarão a resolver os problemas (registros de sala
de aula, planos de aula e jornal, observações em sala documentadas (vídeo e
fita K7), questionários e entrevistas também são dados relevantes que o
professor reflexivo pode utilizar);
 Utiliza as informações que reuniu para mudar alguns aspectos de suas aulas,
como uma alternativa válida para a resolução de problemas da classe.
Um educador que reflecte sobre os problemas que ocorrem em sua sala de aula é um
educador que busca o desenvolvimento dos alunos, assim, torna-se viável sempre reflectir
sobre o comportamento de seus estudantes e suas dificuldades, bem como, suas próprias
dificuldades e causas das mesmas. Portanto, o professor reflexivo tende a ser diferente,
porque não é um professor rotineiro, busca novidades, pesquisa, estuda, e com isso, melhora
sua prática de ensino.
Com base nas características dos professores analisados, pode-se dizer que é
imprescindível que, nas escolas, onde existem profissionais de várias formações, cada qual
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com seus valores, modo de agir e pensar, haja respeito a essa diversidade de pensamento
buscando desenvolver acções a serem seguidas por todos na busca de um mesmo objectivo.
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2.2 Conclusão

Após efectuada a pesquisa em torno do tema em destaque, é importante apresentar


aquilo que são as conclusões obtidas sobre o abordado ao longo do trabalho.
Em relação ao primeiro objectivo que diz respeito a definição da sala de aulas,
concluiu-se que sala de aulas compreende qualquer lugar que tenha como propósito a troca de
experiências, partilha de informação, assim como para a socialização entre os indivíduos de
diferentes culturas. Mas acima referido anteriormente, olhando para a era um pouco mais
convencional, olha-se para a sala de aulas como um edifício preparado e pedagogicamente
equipado com vista a atender a demanda do processo de ensino e aprendizagem e sem lesar
aquilo que são os princípios de inclusão e integração dos alunos com qualquer que seja tipo
deficiências.
Para o segundo objectivo que diz respeito aos princípios e acções a se desenvolverem
antes da concepção de uma sala de aulas, obteve-se como conclusões que na concepção de
uma sala de aulas deve se olhar em primeira instância para o espaço no qual se pretende
montar o edifício, e bem como a obediência dos preestabelecidos princípios que são a
dimensões adequadas do edifício, bem como os princípios de inclusão e integração.
Em consonância com o terceiro e último objectivo que diz respeito às características
do professor em sala de aulas, conclui-se que o professor em sala de aulas deve assumir o
papel de um policial conforme aponta Nidelcoff (1983), que comparece com a o papel de
promover um disciplinamento nos seus alunos, também deve assumir o papel de povo que de
alguma forma reflecte-se nele a formação intelectual e de atitudes nos seus alunos para
melhor se integrarem na sociedade de acordo com as suas respectivas normas, bem como deve
também assumir o papel reflexivo que tem por objectivo trazer diferentes reflexões sobre as
diferentes rotinas pedagógicas por si vividas.
Com isto, é possível observar-se que todos os objectivos da pesquisa foram
concretizados e mostrando-se deste modo a eficácia e eficiência na pesquisa.
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2.3 Referências bibliográficas

Arends, R. (2008). Aprender a Ensinar. Lisboa: McGraw‐Hill.

Casagrande, C. A. (2009). Educação, intersubjetividade e aprendizagem em Habermas. Ijuí:


Editora Unijuí.

Fernandes, E. (1980). Perfil psicossociológico e analítico do professor humanista.


Universidade de Aveiro.

Freitas, J. (11 de Outubro de 2008). A organização do espaço escolar favorece a qual


aprendizado? Obtido de Scielo: http://www.humus.com.br/revistas/2008-8.pdf,

Gauthier, C. (2006). Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber
docente (2 ed.). Ijuí: Editora Unijuí.

Gil. (2008). Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva (1 ed.).

INEP-MEC. (2004). Indicadores da Qualidade na Educação. São Paulo: Acção Educativa.

Libâneo, J. C. (2006). Didáctica. São Paulo, Brasil: Cortez Editora.

Lima, M. S. (2001). A hora da prática: reflexões sobre o estágio supervisionado (2 ed.).


Fortaleza: Edições Demócrito Rocha.

Mackay, S. L. (2003). O Professor Reflexivo: Guia para Investigação do Comportamento em


Sala de Aula . São Paulo: Special Books.

MINEDH. (2014). Manual dos padrões e indicadores de qualidade para a escola primária.
Maputo, República de Moçambique.

Nidelcoff, M. T. (1983). Uma escola para o povo. São Paulo: Brasiliense.

Sousa, M. S., Santana, J. F., & Carneiro, R. N. (2019). A Sala de Ailas Enquanto Espaço de
Interacção,Transformação e Aprendizagem. Editora Anais.

Veiga, I. P. (2011). Organização Didática da Sala de Aula: Um Projeto Colaborativo de


Acção Imediata ( 2ª ed.). Papirus.

Zabala, A. (2010). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre.

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