Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Faculdade de Educação
Trabalho Científico
1º Grupo
Chimoio
Março, 2024
Amélia Filipe Uate
Chimoio
Março, 2024
Índice
1.0 Introdução
1.1 Objectivos
Nesta parte do trabalho são apresentadas as bases teóricas discutidas por vários autores
em torno da temática em destaque. Por isso, é de vital importância meditar-se à esta parte do
trabalho visto que é a que visa garantir a compreensão da essência da pesquisa em questão.
De acordo com Veiga (2011, p. 290) citado por Sousa, Santana, e Carneiro (2019),
sala de aulas “é, portanto, espaço de realização da existência, da construção de saberes, do
fortalecimento das relações humanas, do desenvolvimento pessoal e profissional.”
Ainda de acordo com Casagrande (2009) citado por Sousa, Santana, e Carneiro
(2019), sala de aula é um recurso fundamental para a estruturação da personalidade, visto que
nela é possível a interacção, o diálogo, o convívio com os semelhantes e também o diferente:
o educador. Se a identidade pessoal se forma em contextos interactivos e no recurso ao agir
comunicativo, cabe á escola adoptar procedimentos pedagógicos pautados no diálogo, de
modo que a práxis pedagógica esteja orientada para o desenvolvimento da capacidade
discursiva dos educandos (idem).
A partir das abordagens dos autores supracitados, o grupo compreende sala de aulas
como um local criado com adequações em prol da facilitação do processo de ensino e
aprendizagem, incluindo também a convivência, a interacção, a socialização e bem como a
troca de experiências entres os que nela estiverem envolvidos.
relação à função social como à compreensão dos processos de aprendizagem, certamente uma
mudança nestes elementos levaria a uma reconsideração das características que deveriam ter
de acordo com outras opções do ensino.”
De acordo com INEP-MEC (2004), são alguns princípios ou acções a se tomarem em
consideração na concepção de um espaço pegagógico ou sala de aulas os seguintes:
Dimensão;
Problemas e desafios;
Acções;
Recursos;
Envolvidos;
Metas;
Responsável.
A organização do espaço possui um papel determinante, isto porque, permite a
estruturação de todos os elementos que directamente influenciam a aprendizagem dos alunos.
Pretende-se, assim, que o espaço da sala de aula seja organizado de forma a regular a atitude
educativa. “O ambiente é um educador à disposição tanto da criança, como do adulto. Mas só
será isso se estiver organizado de um certo modo. Só será isso se estiver equipado de uma
determinada maneira (Zabala, 2010).
Quando pensamos na sala de aula e como deverá ser a sua organização há que reflectir
sobre algumas questões:
Que tipo de actividades se desenvolverá?
Que espaço temos disponível?
Que necessidades de espaço existem para determinadas actividades?
Qual a melhor gestão do espaço disponível para a realização das actividades
escolhidas?
Segundo Freitas (2008), é importante a questão da disposição das carteiras e das mesas
no sentido que são fundamentais para contribuir com a aprendizagem de forma significativa.
Elas devem mudar de posição de acordo com a aula que o professor planeie, atendendo aos
seus objectivos e tendo em atenção a questão da interacção com o outro e com os espaços.
Assim sendo, há que planificar e gerir os espaços, na medida em que o ambiente de sala de
aula é um poderoso factor que facilitará ou inibirá as aprendizagens e deverá estar organizado
tendo em vista a actividade que se desenvolverá (Zabala, 2010).
De facto, a organização do espaço da sala de aula reflecte a acção pedagógica do
professor, pelo que ele deve avaliar o seu próprio estilo de ensino: se gosta de ver todos os
8
alunos ao mesmo tempo, se vai usar actividades em pequenos grupos, se vai leccionar com
exposição a maior parte do tempo, ou outras formas (Arends, 2008).
Ainda de acordo com a MINEDH (2014), na concepção de uma sala de aulas é sempre
vital que se observam os seguintes princípios e acções:
As salas de aulas devem ter dimensões aprovadas, com dimensões mínimas de
7m×5,5m;
Cada sala de aulas deve ter a capacidade de acomodar um máximo de cinquenta
alunos;
As salas de aulas devem estar equipadas de carteiras para todos os alunos;
Um quadro fixo com dimensões mínimas de 2,40m×1,20m numa altura mínima de
90cm a partir do solo;
Uma secretária e cadeira para o professor;
Portas, barras de apoio que garantir a inclusão de alunos com deficiência;
Carteiras e cadeiras adequadas à deficiência;
Corrimãos nas rampas e escadas;
Sinais de orientação traduzidos em braille, em todos os locais do edifício;
Rampas de acesso padronizadas.
Com isto o grupo compreende que no processo da concepção de uma sala de aula tem-
se como pressuposto que a sala opte pela inclusão, integração e a valorização da diversidade,
a configuração do espaço sala de aula deverá expressar uma concepção pedagógica que
potencialize a formação interactiva dos alunos, bem como a formação docente em serviço
com vista a garantir a almejada formação integral do homem.
um bom professor explica bem toda a matéria de maneira a que todos os alunos compreendam
bem. Não bate com violência, não castiga nem envergonha os alunos.
Alunos do Ensino Secundário; “ um bom professor é aquele que é capaz de manter a
ordem, a disciplina na aula com diálogo entre ele e os alunos, sem violências, que dá a
matéria uma seguida da outra e só quando todos os alunos souberem é que avança , não faz
distinções entre os alunos; “Um bom professor nunca deve desprezar os alunos pobres e
envergonhá-los frente aos colegas, deve avaliar os alunos, tendo em conta o seu
comportamento, trabalho e inteligência e não olhar às famílias, amizades etc.
Em síntese, parece que aspectos como relação professor/aluno e interesse e
compreensão dos professores, associados às características pessoais destes (firme,
disciplinador, justo, amigo, sempre disponível para ajudar) são características a ter em atenção
na formação contínua desses profissionais.
E jeito de melhor fazer compreender as características ou o perfil do professor em sala
de aulas, Nidelcoff (1983) e Mackay (2003), apresentam os seguintes tipos ou perfís de
professores em sala de aulas:
Ainda Nidelcoff (1983), o professor povo é aquele que não se preocupa apenas com a
aprendizagem intelectual, mas também visa a formação de atitudes, visto que os seus alunos
são pessoas e não máquinas de aprender. No que tange ao método de aprendizagem, sua linha
geral é partir da observação e da análise de situações reais e concretas.
Objectivos deste professor:
Ajudar o aluno a ser capaz de liberar-se das estruturas opressivas da sociedade.
Quanto ao conteúdo a ser ensinado:
Expressa sempre uma ideologia e uma cultura e ao optar por um ou outro, o educador
posiciona-se frente aos mesmos.
Como trabalha:
Incentiva os alunos a verem a realidade com lucidez e espírito crítico;
Auxilia os alunos a assumirem seu compromisso diante da realidade;
Ajuda os alunos a descobrirem a capacidade que têm;
Parte sempre da observação e análise das situações reais e concretas a fim de captar a
bagagem que os alunos trazem;
Valoriza o trabalho em grupo;
As normas de disciplina são construídas e vividas pelas próprias crianças;
Responsabiliza-se pela aprendizagem de cada estudante;
Avalia a si mesmo como um educador, não como um simples transmissor de
informações;
Leva em conta os factores sociais do rendimento escolar;
Respeita o ritmo de cada um;
11
com seus valores, modo de agir e pensar, haja respeito a essa diversidade de pensamento
buscando desenvolver acções a serem seguidas por todos na busca de um mesmo objectivo.
13
2.2 Conclusão
Gauthier, C. (2006). Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber
docente (2 ed.). Ijuí: Editora Unijuí.
MINEDH. (2014). Manual dos padrões e indicadores de qualidade para a escola primária.
Maputo, República de Moçambique.
Sousa, M. S., Santana, J. F., & Carneiro, R. N. (2019). A Sala de Ailas Enquanto Espaço de
Interacção,Transformação e Aprendizagem. Editora Anais.