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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Conclusão ...................................................................................................................................... 12
Bibliografia .................................................................................................................................... 13
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Introdução
Antes de entrar na sala e iniciar a aula, o professor precisa de se preparar, através de uma
planificação sistemática da aula ou conjunto de aulas. A preparação sistemática de aulas assegura
a dosagem da matéria a tempo, o esclarecimento de objectivos a atingir e das actividades que
serão realizadas, bem como a preparação dos meios de ensino adequados.
No início da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo, mobilização da
atenção, para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suscitar interesse e
ligar a matéria nova à anterior.
Buscar entender a aula é, acima de tudo, reflectir sobre os espaços onde ela acontece. Na
educação actual, salvas pequenas excepções, as aulas acontecem nas salas de aula, espaços
limitados e limitadores, fechados em um cómodo que foi construído ou adaptado para este fim.
Se levarmos em conta que sala de aula pode ser chamada de espaço de aprendizagem, precisamos
repensar sua estrutura física também. Sala de aula como espaço de aprendizagem será todo o
espaço físico onde ocorre a aprendizagem.
As funções didácticas são elementos ou partes que constituem a actividade principal do processo
de ensino-aprendizagem, o qual se manifesta na coordenação, subordinação, combinação e
relação destas, de modo a garantir que o PEA se realize de forma eficaz, isto é, que as várias
partes do PEA possam constituir uma unidade de conhecimentos.
A organização das funções didácticas é uma sequência lógica de aquisição e apropriação dos
conhecimentos e a sua posterior aplicação na vida prática. Uma aula é realizada com mais de uma
função didáctica.
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Ainda que tenham características comuns, há autores que fazem distinção entre os conceitos de
espaço e ambiente. Para esses autores, um espaço é entendido como lugar físico, marcado pela
dimensionalidade da arquitectura, disposição dos objectos, funcionalidade dos materiais e
mobiliário. O ambiente, por sua vez, abarca o espaço físico e todas as suas características, mas
nele acresce a dimensão das relações interpessoais. O conceito de ambiente se amplia em relação
ao conceito de espaço na medida em que é no ambiente que se edificam os significados que
afectam as formas de interacção entre as pessoas.
Um dos autores brasileiros bastante referenciado, ao definir aula, o faz da seguinte maneira:
“devemos entender a aula como o conjunto dos meios e condições pelos quais o
professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria
do aluno no processo da aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente
e activa dos conteúdos. Em outras palavras, o processo de ensino, através das
aulas, possibilita o encontro entre os alunos e a matéria de ensino, preparada
didacticamente no plano de ensino e nos planos de aula” (LIBÂNEO, 1994, p.
45).
Tomemos como exemplo o seguinte: “Um quarto de hospital pode se tornar um ambiente de
aprendizagem para um aluno que, impedido de ir à escola regular, ali recebe atendimento
educativo sistematizado; de forma semelhante, as aulas podem ser ministradas em espaços
externos às salas de aula, como o jardim ou o pátio da escola; ou, ainda, alunos e professores que
se encontram distantes entre si podem compartilhar experiências de ensino em ambientes virtuais
de aprendizagem, mediados por tecnologias de informação e comunicação. Actualmente, têm-se
ampliado experimentos educacionais que mesclam simulações virtuais a espaços reais por meio
de tecnologias de realidade aumentada. Nesse último caso, vale ainda ressaltar que as situações
de aprendizagem mediadas por tecnologias possibilitam a conexão entre espaços físicos e
digitais, o que amplia o acesso dos alunos a recursos informacionais e expande as possibilidades
de interacção entre grupos e pessoas ao mesclar diversos tipos de ambientes de aprendizagem.
Na concepção de uma aula mais humana, que entenda e respeite as habilidades e limitações dos
alunos, entendemos que a aprendizagem contribui para o desenvolvimento integral do ser e não
pode se reduzir a cópias ou reproduções de uma realidade, na qual a escola se encontra inserida.
A aula, a nosso ver, é o centro do processo pedagógico, momento organizado para a ocorrência
da aprendizagem do aluno por meio das actividades de ensino. Se se trata de organizar os espaços
e os tempos, a aula, como acto pedagógico, precisa ser planeada e pensada para a ocorrência do
processo ensino-aprendizagem, de forma a desenvolver nos alunos as condições para que
continuem a aprender mesmo fora do ambiente escolar, com autonomia e reflexão, como seres
aprendentes que adquirem certas habilidades de organização do pensamento e da acção, as quais
os preparam para continuar aprendendo sempre (SANTOS & INFORSATO, 2011: 82).
São nesses espaços que os alunos estabelecem relações, constroem significados e atitudes
mediante vivências de ensino e aprendizagem e, principalmente, aprendem e desenvolvem
competências. Por conseguinte, os ambientes de aprendizagem são significativos para a expressão
do currículo em seus aspectos materiais e simbólicos, já que são neles que se expressam tanto os
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São as orientações que o professor deve ter em consideração para a realização do processo
completo da aquisição de conhecimentos e outras qualidades da personalidade. Representam fins
pedagógicos em cada etapa do ensino, cada etapa de uma aula cumpre uma finalidade dentro do
processo de aquisição, esta finalidade designa-se função didáctica dominante.
Cada etapa ou passo da aula corresponde a uma função didáctica, que é dominante, o que
significa que pode haver o envolvimento das restantes, com o fim de, no conjunto, elas
assegurarem a eficácia da assimilação da matéria. Em cada função didáctica é proposto o tempo
da sua duração, o método dominante, o conjunto de meios e formas de ensino e também as
actividades do professor e do aluno (NÉRICI, 1988: 76).
Assim, as funções didácticas encontram-se interligadas e fazem parte integrante de uma aula que
compreende um sistema, sobressaindo a ideia de que, na prática docente, elas devem ser usadas
de forma integrada, ou seja, numa relação dialéctica entre todas elas. Por esse facto, enquanto
num dado momento o professor realiza uma certa função didáctica como sendo a predominante,
nela integra elementos doutras funções didácticas.
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a) Introdução e Motivação
Antes de entrar na sala e iniciar a aula, o professor precisa de se preparar, através de uma
planificação sistemática da aula ou conjunto de aulas. A preparação sistemática de aulas assegura
a dosagem da matéria a tempo, o esclarecimento de objectivos a atingir e das actividades que
serão realizadas, bem como a preparação dos meios de ensino adequados (NÉRICI, 1988: 77).
No início da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo, mobilização da
atenção, para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suscitar interesse e
ligar a matéria nova à anterior.
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Como foi referido, a introdução do assunto é a ligação da matéria anterior com a matéria nova.
Constitui, desta forma, a ligação entre as noções que os alunos já possuem em relação à matéria
nova, bem como o estabelecimento de vínculos entre a prática quotidiana e o assunto. É
importante que os alunos tenham amplas oportunidades de expressar as ideias que já possuem,
pois, crianças têm conhecimentos tácitos, dos quais não são necessariamente conscientes, até que
sejam encorajadas a verbalizá-los (NÉRICI, 1988: 77).
O melhor procedimento para aplicar a introdução é apresentar a matéria como um problema a ser
resolvido. Mediante perguntas, troca de ideias/experiências, colocação de possíveis soluções,
estabelecimento de relações causa-efeito, os problemas relacionados ao tema vão-se
encaminhando para se tornarem também problemas para os alunos na sua vida prática. Com isso,
vão sendo apontados o conhecimento que é necessário dominar e as actividades de aprendizagem
correspondentes.
O professor fará, então, a colocação didáctica dos objectivos, uma vez que é o estudo da nova
matéria que possibilitará o encontro de soluções. Os objectivos indicam o rumo do trabalho
docente e ajudam os alunos a terem certeza dos resultados a atingir.
O aluno é o agente da própria aprendizagem, isso significa que a cada conteúdo que o professor
pretenda abordar, há sempre um e outro aluno que tenha um conhecimento mínimo sobre o
assunto, e poderá então associar este conhecimento anterior ao novo conhecimento que o
professor irá abordar. É neste contexto que se privilegia a troca de experiência dos alunos e o
estabelecimento de relações de causa-efeito, porque permitem ao aluno associar o conteúdo novo
com os conhecimentos da vida prática e, por sua vez, optimizar esses conhecimentos, ou seja,
usar esses novos conhecimentos com mais solidez ao longo das tarefas com que se deparar ao
longo da vida (idem: 77).
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b) Mediação e Assimilação
Depois de suscitada a atenção e a actividade mental dos alunos na etapa anterior (Introdução e
Motivação), é o momento dos alunos familiarizarem-se com o conhecimento que irão
desenvolver e um dos procedimentos práticos é a apresentação do conteúdo como um problema a
ser resolvido, embora nem todos os conteúdos se prestem a isso (MASETTO, 1997: 205).
É nesta fase em que os alunos devem ter amplas oportunidades de se ocupar e empenhar com a
matéria da aula, de forma activa e colaborativa. A actividade dos alunos (seja individual, aos
pares, ou em grupos) pode ser iniciada ou seguida por uma exposição pelo professor. Desta
forma, os alunos não apenas decoram factos, mas sim adquirem e desenvolvem habilidades e
competências.
c) Domínio e Consolidação
Esta etapa consiste na organização, aprimoramento e fixação dos conhecimentos por parte dos
alunos, a fim de que estejam disponíveis para orientá-los nas situações concretas de estudo e de
vida. Trata-se, também, de uma etapa em que, em paralelo com os conhecimentos e através deles,
se aprimora a formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e criadora dos
conhecimentos. A consolidação de conhecimentos e formação de habilidades e hábitos inclui
exercícios, a recapitulação da matéria, o resumo, a aplicação dos conceitos aprendidos para
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Nesta etapa pretende-se conseguir o aprimoramento do novo saber dos alunos, por isso, o
professor deve criar condições de retenção e compreensão da matéria, através de exercícios e
actividades práticas para solicitar a compreensão (MASETTO, 1997: 205).
Não é aconselhável apresentar aos alunos muitos conteúdos, sem que tenham a oportunidade de
pôr em prática o que têm aprendido e, muito menos, aproveitar- se do conteúdo aprendido para as
aprendizagens posteriores, através de repetição, sistematização e aplicação. Através da repetição
o professor pode: reafirmar os conhecimentos e capacidades fundamentais; controlar o nível da
situação inicial do aluno; obter uma base para avaliar a cada aluno ou a todo o grupo.
d) Controlo e Avaliação
saber que rumo dar aos trabalhos das novas aulas (se é para repetir, ou prosseguir dependendo da
situação vivida no momento quanto ao saber, saber fazer e saber ser-estar dos alunos).
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Conclusão
Importa frisar que os ambientes de aprendizagem são espaços que os alunos estabelecem
relações, constroem significados e atitudes mediante vivências de ensino e aprendizagem e,
principalmente, aprendem e desenvolvem competências. Por conseguinte, os ambientes de
aprendizagem são significativos para a expressão do currículo em seus aspectos materiais e
simbólicos, já que são neles que se expressam tanto os objectivos educacionais, planejados e
realizados pelos professores como as relações surgidas no âmbito das interacções pessoais.
Sobre a questão das funções didácticas, importa referir que cada etapa ou passo da aula
corresponde a uma função didáctica, que é dominante, o que significa que pode haver o
envolvimento das restantes, com o fim de, no conjunto, elas assegurarem a eficácia da
assimilação da matéria. Em cada função didáctica é proposto o tempo da sua duração, o método
dominante, o conjunto de meios e formas de ensino e também as actividades do professor e do
aluno. Assim, as funções didácticas encontram-se interligadas e fazem parte integrante de uma
aula que compreende um sistema, sobressaindo a ideia de que, na prática docente, elas devem ser
usadas de forma integrada, ou seja, numa relação dialéctica entre todas elas. Por esse facto,
enquanto num dado momento o professor realiza uma certa função didáctica como sendo a
predominante, nela integra elementos doutras funções didácticas.
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Bibliografia
MASETTO, Marcos. Didáctica: a aula como Centro. 4. Ed. São Paulo: FTD, 1997.
SANTOS, Robson, Alves dos; & INFORSATO, E. C. Aula: o acto pedagógico em Si. In:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de
professores didáctica geral. São Paulo: Cultura Académica, 2011.