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Índice

1. Introdução..................................................................................................................1

1.1. Objectivos...................................................................................................................1

1.1.1. Geral........................................................................................................................1

1.1.2. Específicos...............................................................................................................1

2. Importância da aula no processo de ensino – aprendizagem.....................................2

2.1. Conceito de aula..................................................................................................2

2.1.2. Importância da aula.................................................................................................4

2.2. Processo de ensino – aprendizagem...........................................................................4

2.2.1. O processo de ensino...............................................................................................4

2.2.4. A forma de avaliar...................................................................................................7

2.4. Conclusão...................................................................................................................9

Referencia Bibliográfica..................................................................................................10
1. Introdução

A aprendizagem confere aos seres humanos uma posição privilegiada na condução do mundo
e da história, o que exige do professor uma postura adequada a essa demanda. Coerente com
essa premissa foi objectivo do presente trabalho reflectir sobre a importância da aula no
processo de ensino – aprendizagem. Aula foi entendida como momento temporal específico
no qual são expostos determinados conteúdos previamente definidos por um professor, para
uma turma de alunos, em estabelecimento de ensino.

A sociedade contemporânea vivencia grandes mudanças económicas, políticas e sociais, as


quais, afectando a relação entre valores humanos, comportamento e ética, têm trazido novos
desafios para a educação. Por isso, a partir da última década, as instituições têm sido
exortadas a trilhar novos caminhos administrativos e organizacionais, baseados na
descentralização, autonomia e participação.

É urgente, portanto, que as aulas sejam transformadas em espaços vivos, que provoquem a
ansiedade positiva dos alunos, pensadas por professores que não simplesmente estejam na
escola, mas que participem da vida do educando, contribuindo para a construção de uma
esperança maior tanto nas conquistas como nas incertezas, buscando caminhos que respeitem
o contraditório, compartilhando dúvidas e descobrindo possibilidades, somente e buscas, na
pretensão de reflectir sobre os principais caminhos para a formação do professor, a partir de
suas experiências no papel de estudante.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Compreender qual é a importância da aula no processo de ensino – aprendizagem.

1.1.2. Específicos
 Identificar, conforme os objectivos de aprendizagem, os principais conceitos, e
habilidades que descrevem uma sequência de aprendizagem.
 Explicar a importância da aula no processo de ensino – aprendizagem.

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2. Importância da aula no processo de ensino – aprendizagem
2.1. Conceito de aula

A aula é a forma organizativa básica do ensino, pela da qual o professor organiza, dirige,
impulsiona, mobiliza a actividade cognoscitiva de um grupo de alunos; considerando as
peculiaridades destes, utilizando métodos de trabalho que criam, desenvolvem e transformam
as condições propícias e necessárias para que todos os alunos dominem os fundamentos dos
conteúdos, bem como para o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, a partir de
objectivos previamente estabelecidos.

Buscar entender a aula é, acima de tudo, reflectir sobre os espaços onde ela acontece. Na
educação actual, salvas pequenas excepções, as aulas acontecem nas salas de aula, espaços
limitados e limitadores, herméticos, fechados em um cómodo que foi construído ou adaptado
para este fim. Primeiro engano! Se levarmos em conta que sala de aula pode ser chamada de
espaço de aprendizagem, precisamos repensar sua estrutura física também. Sala de aula como
espaço de aprendizagem será todo o espaço físico onde ocorre a aprendizagem.

Com tudo, não se refere à aula como um aglomerado de situações, técnicas, estratégias e
recursos que apenas por eles se estabelecem como elementos suficientes que desenvolvem a
real aprendizagem. Essa concepção representa uma mera “maquiagem” para um ato que deve
ir muito além para se constituir plenamente.

Um dos autores brasileiros bastante referenciado, ao definir aula, o faz da seguinte


maneira:

[...] devemos entender a aula como o conjunto dos meios e condições pelos
quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da
actividade própria do aluno no processo da aprendizagem escolar, ou seja, a
assimilação consciente e activa dos conteúdos. Em outras palavras, o processo
de ensino, através das aulas, possibilita o encontro entre os alunos e a matéria
de ensino, preparada didaticamente no plano de ensino e nos planos de aula.
(Libâneo, 1994, p. 45).

A definição apresentada se ocupa de objectivos instrucionais, valoriza a acção do aluno e


aponta a assimilação consciente por parte dele, mas não se refere aos aspectos afectivos e
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sócio – culturais presentes no universo da aula. Ao aceitarmos a aula como um conjunto de
meios e condições, não podemos deixar de levar em conta que tais condições incluem aquelas
ligadas aos aspectos sócio – afectivos dos alunos e professores para que a aula aconteça de
forma a atingir seu propósito. Se entendermos que aprender é construir, não podemos deixar
de considerar os múltiplos aspectos desta construção, pois, se assim o fizermos, estaremos
excluindo os aspectos do ser e supervalorizando os aspectos do currículo escolar para este ou
aquele ano, segmento ou estágio da divisão estabelecida pelo sistema educacional.

Na concepção de uma aula mais humana, que entenda e respeite as habilidades e limitações
dos alunos, entendemos que a aprendizagem contribui para o desenvolvimento integral do ser
e não pode se reduzir a cópias ou reproduções de uma realidade, na qual a escola se encontra
inserida.

A aula, a nosso ver, é o centro do processo pedagógico, momento organizado para a


ocorrência da aprendizagem do aluno por meio das actividades de ensino. Se se trata de
organizar os espaços e os tempos, a aula, como ato pedagógico, precisa ser planejada e
pensada para a ocorrência do processo ensino-aprendizagem, de forma a desenvolver nos
alunos as condições para que continuem a aprender mesmo fora do ambiente escolar, com
autonomia e reflexão, como seres aprendentes que adquirem certas habilidades de
organização do pensamento e da acção, as quais os preparam para continuar aprendendo
sempre.

Nesse sentido, vale reforçar o que nos afirmou Paulo Freire (1998, p. 52): “Saber que ensinar
não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a
sua construção.” Para isso, é preciso que, no ato de se pensar o ensino, se leve em conta as
múltiplas dimensões nele existentes; além das dimensões ontológicas, epistemológica,
política, ética, pedagógica – há testemunhos e vivências, posto que o ensino se dá nas relações
humanas.

Diante disso, planejar a aula é muito mais do que o mero preenchimento de formulários de
planos de ensino, seguir aspectos burocráticos para atender às demandas dos coordenadores e
directores. Planejar significa levar em conta a vida na sala de aula e preparar situações que
permitam que a vida se faça no ambiente escolar, facilitando assim o aprender dos alunos e a
retomada de estratégias e metodologias com vistas ao progresso das relações travadas no
ambiente escolar, tanto as cognitivas, quanto as emocionais que, muitas vezes, são deixadas

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de lado, relegadas ao esquecimento por não estarem ligadas aos aspectos quantitativos
valorizados pela escola.

2.1.2. Importância da aula


Na aula, encontramos todos os elementos fundamentais do processo didáctico escolar
(objectivos, conteúdos, métodos, ensino, aprendizagem e as condições - meios, recursos,
instrumentos, organização administrativa) em manifestação, conexão e determinação
recíproca. A aula sintetiza, pois, o processo pedagógico escolar como um processo de
mediação onde se conjugam todos os elementos fundamentais do processo educativo, bem
como a multidimensionalidade do processo didáctico, em seus aspectos filosófico-ideológico-
ético, sociológico, político, psicológico, epistemológico e técnico.

Não se trata aqui da aula como estrutura estática e isolada no tempo e no espaço escolar, mas
como processo em que se manifesta e se estrutura a aprendizagem de uma unidade didáctica,
que na maioria das vezes não se resume a uma aula, mas a um conjunto de aulas, isto é, um
processo de aulas.

Outro aspecto importante a considerar é que o processo didáctico, que se sintetiza na aula,
envolve, além dos factores internos ao professor e alunos, os princípios científicos e
metodológicos dos conteúdos e do processo educativo, e as condições objectivas quanto à
sociedade, à política, à cultura, isto é, quanto às condições concretas que determinam o
processo de ensino-aprendizagem.

2.2. Processo de ensino – aprendizagem


2.2.1. O processo de ensino

Ensinar é a actividade que tem por finalidade que o outro obtenha o conhecimento. Para que
se tenha um ensino de forma que realmente agregue valor é preciso que o professor como
sendo um transmissor de conhecimentos se utilize de métodos e técnicas adequadas que
tenham base não apenas no contexto geral como o local, assim a necessidade básica do aluno
será encarada como uma ponte para o ensino e não como um obstáculo.

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Segundo Libâneo (1994, p. 90) “a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não é
uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que aprende.” Ele mesmo
concluiu que é algo bem diferente disso “é uma relação recíproca na qual se destacam o papel
dirigente do professor e a actividade dos alunos.” Dessa forma podemos perceber que “O
ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o processo de aprendizagem dos
alunos.”

Ensinar envolve toda uma estrutura que tem por finalidade alcançar a aprendizagem do aluno
através de conteúdo. A relação de ensino e aprendizagem não deve ter como base a
memorização, por outro lado os alunos também não devem ser deixados de lado sozinhos
procurando uma forma de aprender o assunto, o professor nesse caso sendo apenas um
facilitador (Libâneo, 1994). Segundo Libâneo (1994, p. 91) “O processo de ensino, ao
contrário, deve estabelecer exigências e expectativas que os alunos possam cumprir e, com
isso, mobilizem suas energias. Tem, pois o papel de impulsionar a aprendizagem e, muitas
vezes, a precede.”

Outro factor problema na relação ensino-aprendizagem é a falta de conhecimento por parte


dos alunos com relação ao que está lhe sendo exigido naquela matéria, por isso é de
fundamental importância que o professor deixe claro o que pretende que os alunos absorvam
com o conteúdo que está sendo passado. Somente assim o estudante poderá ser estimulado ao
conteúdo. O ensino torna-se efectivado quando existe a assimilação de conhecimento, por isso
Libâneo (1994, p. 159) deixa claro com relação à assimilação de conhecimento, “a
assimilação de conhecimentos não é conseguida se os alunos não demonstram resultados
sólidos e estáveis por um período mais ou menos longo.”

Portanto o ensino é uma relação onde o professor põe em prática o tripé objectivo, conteúdo e
método e dessa forma obtém a aprendizagem do aluno como resultado.

2.2.2. Métodos e técnicas de ensino


Quando se está em sala de aula o professor tem por objectivo que os alunos que ali estão
presentes saiam com o conteúdo assimilado, este, portanto é seu objectivo, para que este
objectivo seja alcançado o professor irá se utilizar de um método, que de forma simples é o
caminho realizado para se atingir um objectivo, ou seja, os métodos são os meios para realizar
objectivos (Libâneo, 1994).

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Os métodos que serão empregados vão depender do local, idade, nacionalidade, realidade
social e diversos outros factores que influenciam a forma de aprender do aluno. Assim, para
algumas turmas o método expositivo será de maior aceitação e com uma melhor
aprendizagem, já em outra turma pode acontecer que seja necessário a elaboração conjunta ou
outros métodos. De qualquer maneira a forma que a aula irá ser ministrada depende da turma
e da forma que o professor encara seu local de trabalho.

Dito de forma resumida, os métodos que serão aplicados devem possuir em mente as
necessidades dos alunos, só assim a aprendizagem será obtida de forma efectiva, pois o
professor irá relacionar os conteúdos com base no contexto social de cada ambiente onde ele
está inserido. De nada adianta querer transmitir conteúdos muito complexo para alunos que
nem mesmo possuem o domínio da leitura ou não sabem realizar contas simples. Por isso o
método é tão importante, o professor através da observação vai ser capaz de descobrir quais
os pontos fortes e fracos da turma e qual a melhor maneira deles aprenderem.

2.2.3. A aprendizagem

Aprender é o processo de assimilação de qualquer forma de conhecimento, desde o mais


simples onde a criança aprende a manipular os brinquedos, aprende a fazer contas, lidar com
as coisas, nadar, andar de bicicleta etc., até processos mais complexos onde uma pessoa
aprende a escolher uma profissão, lidar com as outras. Dessa forma as pessoas estão sempre
aprendendo (Libâneo, 1994).

Para que se possa haver aprendizagem é necessário que haja todo um processo de assimilação
onde o aluno com a orientação do professor passa a compreender, reflectir e aplicar os
conhecimentos que foram obtidos, assim à aprendizagem é observada com a colocação em
prática por parte do aluno dos conhecimentos que foram transmitidos durante uma aula ou
actividade.

Para que se possa haver a aprendizagem é preciso um processo de assimilação activa que para
ser efectivo necessita de actividades práticas em várias modalidades e exercícios, nos quais se
pode verificar a consolidação e aplicação prática de conhecimentos e habilidades (Libâneo,
1994). É de conhecimento, entretanto, que tal prática não anula as outras, mas que o processo
de assimilação activo é composto de diversos componentes como os objectivos, conteúdos,
métodos e formas organizativas.

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Outro factor de suma importância é a motivação que pode acontecer de duas formas distintas,
intrínseca e extrínseca, ela é um factor muito importante para que aconteça a aprendizagem.

A motivação é intrínseca quando se trata de objectivos internos, como a satisfação de


necessidades orgânicas ou sociais, a curiosidade, a aspiração pelo conhecimento; é
extrínseca, quando a acção da criança é estimulada de fora, como as exigências da
escola, a expectativa de benefícios sociais que o estudo pode trazer, a estimulação da
família, do professor ou dos demais colegas. (Libâneo, 1994, p. 88).

Para que a aprendizagem seja efectivada é preciso que o professor organize o conteúdo de
uma maneira a atender as necessidades do aluno para que o aluno descubra suas
possibilidades. A aprendizagem é algo que modifica o pensamento, não se trata de uma
estagnação onde os conteúdos em nada influenciam na forma do individuo agir.

2.2.4. A forma de avaliar


Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre
dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar
decisões sobre seu trabalho. A apreciação qualitativa desses dados, através da análise de
provas, exercícios, respostas dos alunos, realização de tarefas etc., permite uma tomada de
decisão para o que deve ser feito em seguida. (Libâneo, 1994, p. 196).

Essa avaliação acontece através da verificação onde são colectados dados que irá ajudar a
descobrir como está o aproveitamento dos alunos, através de provas, exercícios e tarefas ou
até mesmo entrevistas. Outra forma é a qualificação onde os resultados são comprovados e
logo em seguida ocorre à atribuição de notas ou conceitos. A apreciação qualitativa é a
avaliação propriamente dita dos resultados, referindo-os a padrões de desempenho esperados.

As avaliações escolares cumprem pelo menos três funções, a pedagógico – didáctica, de


diagnostico e de controle. Cada uma dessas funções possui um papel importante no ambiente
escolar. Assim, a função pedagógica – didáctica se refere ao papel da avaliação no
cumprimento dos objectivos gerais específicos da educação escolar.

Cumprindo sua função didáctica, a avaliação contribui para a assimilação e fixação,


pois a correcção de erros cometidos possibilita o aprimoramento, a ampliação e o

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aprofundamento de conhecimentos e habilidades e, desta forma, o desenvolvimento
das capacidades cognoscitivas. (Libâneo, 1994, p. 197).

“A função de diagnóstico permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a


actuação do professor que, por sua vez, determinam modificações do processo de ensino para
melhor cumprir as exigências dos objectivos” (Libâneo, 1994, p. 197). Durante todo o
processo de ensino se realiza avaliações que têm como finalidade um diagnóstico da turma, ou
do aluno de maneira específica para corrigir as falhas e estimulando os acertos.

2.3. Metodologia do Trabalho


Devido as normas estabelecidas nesta universidade (UCM), em relação a organização dos
trabalhos científicos, o presente trabalho possui como estrutura: o índice completo, a
introdução, os objectivos, geral e específicos, o desenvolvimento, a conclusão e a respectiva
bibliografia, segundo como demostra o fluxo de fontes patentes na referência bibliográfica.

No que diz respeito a metodologia, para presente trabalho, define-se a tipologia de pesquisa
como um estudo bibliográfico, com procedimento da abordagem bibliográfica, pois procura
explicar um problema a partir de referências teóricas públicas em artigos, livros, dissertações
e teses (Cervo et all, 2007).

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2.4. Conclusão

Chegando ao fim do trabalho, notei que o processo de ensino e aprendizagem no que diz
respeito a importância da aula, não é algo simples, ele engloba diversas medidas que devem
ser tomadas ou evitadas para que o aprendizado do aluno realmente aconteça. É necessário
assim, que o professor realize um planejamento de suas aulas levando em consideração as
necessidades dos alunos, a melhor maneira de aplicar um conteúdo, o melhor método e
técnica a ser usada em determinados momentos. Perceber o contexto social dos alunos
também é importante para que seu conteúdo e exemplos sejam presentes na realidade dos
alunos.

Cabe ao educador um bom senso na hora de sua avaliação e atribuição de notas e


principalmente uma fuga da mecanização do ensino.

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Referencia Bibliográfica

Cervo, A., Bervin, P. &Silva, R. (2007). Metodologia Científica (6ª ed.) São Paulo, Brasil:
Person Prentice Hall.

Freire, P. (1998). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 8. ed. São
Paulo: Paz e Terra.

Libâneo, J. C. (1994). Didática. 6. reimpr. São Paulo: Cortez.

Libâneo, J. C. (1994. P. 77-118). O processo de ensino na escola. São Paulo: Cortez.

Libâneo, J. C. (1994. P. 149-176). Os métodos de ensino. São Paulo: Cortez.

Libâneo, J. C. (1994. P. 195-220). A avaliação escolar. São Paulo: Cortez.

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