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Etimologicamente, a Didáctica é a teoria de instrução.

Na sua opinião, seria suficiente qualificarmos a actividade do professor apenas


como instrução”?
Como acabou de ver, ao falarmos de instrução, no processo de formação humana, estamos nos posicionando principalmente do lado
do desenvolvimento no individuo do:
1. Saber (conhecimentos)
2. Saber fazer (capacidades e habilidades).
Quer dizer, deixamos de parte o saber ser (atitudes, valores, convicções), assim como o saber estar (comportamentos e habitos) que
são também importantes para se conseguir o desenvolvimento integral do homem.

Libaneo (1994: 25/6) diz que a Didáctica investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino. A ela
cabe converter os objectivos sócio políticos e pedagógicos em objectivos de ensino, seleccionar conteúdos e métodos em função
desses objectivos, estabelecer os vínculos entre o ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais
dos alunos.

Didáctica: suas relações com a pedagogia e outras ciências

A didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantém relação com a pedagogia. Mas também vemos que devido a
complexidade do processo de ensino e aprendizagem, de um lado, e, por outro, tendo em conta ao carácter interdisciplinar de quase
todos os ramos de saber, a didáctica mantém relações com outras ciências.
Didáctica em relação à Pedagogia se verifica na impossibilidade de se especificar objectivos da instrução, das matérias e dos métodos,
fora de uma concepção de mundo, de uma opção metodológica geral e uma concepção de praxis pedagógica, uma vez que essas
tarefas pertencem ao campo do pedagógico.

Em outras palavras, a didáctica opera a interligação entre a teoria e prática. Ela engloba um conjunto de conhecimentos que
entrelaçam contribuições de diferentes esferas científicas (teoria da educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc.),
junto com requisitos de operacionalização.
 A Psicologia indica à Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a expansão/desenvolvimento da personalidade bem
como os processos que melhor garantem a efectivação da aprendizagem.
 A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos.
 A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a liderança, a responsabilidade.
 A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base à Didáctica, coordenando-as numa visão que tem por
fim explicar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se
possam efectivar os propósitos da educação.

Carácter educativo do PEA

No âmbito do processo de formação do homem, os termos educação e instrução são inseparáveis. De facto, a instrução é a
transmissão/mediação de conhecimentos, capacidades, habilidades; podemos também defini-la como sendo o processo e o resultado
da assimilação de conhecimentos sistemáticos, assim como das acções e procedimentos inerentes a eles. Por seu turno, a educação,
pela sua característica fundamental, é o desenvolvimento/formação de comportamento, atitude e convicções; isto é, a formação de
traços/sinais da personalidade.
Objectivos do PEA

Instrução educação

Saber Saber-fazer Saber-ser Saber-estar

Conhecimentos Capacidades Atitudes Maneiras de


Reconhecimentos Habilidades __ Convicções comportamento Hábitos
SEMINARIOS
1 GRUPO.

1. Planificação do processo de ensino-aprendizagem

De acordo com LIBÂNEO (2008:221), citado por MADIVÁDUA (2016:12) planificação é uma tarefa docente que inclui previsões
das actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e
adequação no decorrer do processo de ensino. Na outra vertente, considera-se a planificação como um meio para se programar as
acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação. (NIVAGARA, p.218).

Portanto, a planificação do processo de ensino-aprendizagem é um processo mental que envolve análise, reflexão e previsão deformas
alternativas de acção para superar as dificuldades ou alcançar os objectivos desejados a partir de uma certa realidade.

1.1. Importância da planificação


 Evita a rotina e a improvisação;
 Ajuda a prever e superar dificuldades;
 Contribui para a consecução dos objectivos estabelecidos com economia de tempo e eficiência na acção;
 Garante maior segurança na direcção do ensino e economia de tempo.
1.2. O carácter sistemático da planificação

Na perspectiva de REGINA (2011), uma boa planificação tem de ter sempre em conta os elementos como e o caso da unidade
esequência, objectividade e realismo, precisão e clareza, flexibilidade.

a) É um guião de orientação, onde são estabelecidas as directrizes e meios para a realização do trabalho docente e não pode ser
um documento rígido.
b) Coerência e unidade— É a conexão entre objectivos e meios, pois os meios devem ser adequados para atingir os objectivos
propostos. No que refere-se a planificação, trata-se da convergência, da correlação entre os objectivos, os conteúdos, os
procedimentos de ensino e aprendizagem e as formas de avaliação.
c) Continuidade e sequência— É a previsão do trabalho de forma integrada do começo ao fim, garantindo a relação existente
entre as várias actividades.
d) Flexibilidade— É a possibilidade de reajustar o plano, adaptando-o às situações não previstas. O plano deve satisfazer os
interesses e as necessidades dos alunos, sem afastar-se dos pontos essenciais a serem desenvolvidos.
e) Objectividade e funcionalidade— Consiste em levar em conta a análise das condições da realidade, adequando o plano ao
tempo, aos recursos disponíveis e às características das possibilidades, necessidades e interesses dos alunos. Assim, os
conhecimentos a serem trabalhados e assimilados devem atender aos interesses e necessidades dos alunos de forma funcional,
efectiva e prática.
f) Precisão e clareza— O plano deve apresentar uma linguagem simples e clara: os enunciadosdevem ser exactos e as indicações
precisas, pois não podem ser objecto de dupla interpretação.
2. Níveis de planificação do PEA

Segundo MADIVÁDUA (2016, p.13), Libâneo define a planificação tendo em conta os três níveis: Macro, Meso e Micro
planificação.

2.1 Longo Prazo (Macro -Planificação)

A planificação a longo prazo engloba os seguintes aspectos: reunir documentos, tais como programas de ensino, planificação do ano
anterior e livros; Marcar as férias, feriados e momento de reuniões intercalares; Calcular o número de aulas disponíveis ao longo do
ano; Analisar cuidadosamente os textos do programa; Organizar e ordenar conteúdos em blocos unidades de ensino de modo que cada
bloco constitua um todo coerente de aprendizagem a realizar, definindo os objectivos gerais que deverão ser alcançados; Distribuir o
tempo disponível pelas diversas unidades temáticas.

2.2. Médio Prazo (Meso-Planificação)

A planificação a médio prazo consiste em planificar uma unidade de ensino, percorrendo os seguintes aspectos:

 Identificação e ordenação dos conteúdos;

 Definição dos objectivos correspondentes aos conteúdos;

 Identificação dos pré-requisitos necessários a aprendizagem a desenvolver e de novos conceitos;

 Definição das estratégias a implementar mais adequadas à situação pedagógica e aos objectivos a atingir, Identificação dos
materiais e dos recursos físicos e humanos existentes;

 Definição dos modos ou técnicas de avaliação;

2.3. Curto Prazo (Micro-Planificação)

Planificação a curto prazo consiste na planificação de cada aula, onde se define todos os pormenores essenciais à sua docência tais
como:

 Sumário;

 Novos conceitos a serem leccionados;


 Objectivos que os alunos deverão atingir;

 Estratégias;

 Materiais necessários a aula;

 Linguagem específica a utilizar.

3. A programação do PEA

Segundo MADIVÁDUA (2016:15), programar é uma acção que visa organizar as actividades curriculares e extra-curriculares ou
ainda. Numa escola em que existe uma equipe de professores e um certo número de turma de várias disciplinas e anos lectivos, é
certamente necessário efectuar uma programação, que começa com a inscrição dos alunos, com a constituição das turmas mediante
critérios previamente definidos e com a elaboração dos horários de alunos e professores.

A exigência de programas de ensino oficiais, que tem de ser obrigatoriamente comprido exige uma programação prévia que consiste
em saber:

 Por onde começar;


 Número de aulas necessárias para cada assunto;
 Definição de prioridades;
 Actividade extra curricular.

Um dos aspectos mas importantes da programação é contabilizar o número de aulas efectivamente disponíveis em cada período
escolar, descontando feriados e interrupções de aulas e avaliações. A confrontação deste número de aulas com aquelas que são
consideradas necessárias para cada assunto, leva à definição de prioridades.
4. As condições concretas na planificação e realização do PEA

Segundo LIBÂNEO (2006:232), os principais requisitos da planificação são os objectivos e tarefas da escola democrática, as
exigências dos planos e programas oficiais, as condições prévias dos alunos para a aprendizagem, e as condições do processo de
transmissão e assimilação activa dos conteúdos.

 As condições prévias dos alunos para aprendizagem ou conhecer o perfil dos alunos, isto e, conhecer as suas experiencias,
conhecimentos anteriores, habilidades e hábitos de estudo e seu nível de desenvolvimento e medida indispensável para a
introdução de novos conhecimentos e, portanto, para o êxito de acção que se planifica;
 Exigência dos planos e programas oficiais, garantem a implementação do processo de ensino aprendizagem, ou seja, permitem
identificar os métodos, técnicas e estratégias de ensino que serão utilizados;
 Objectivos e tarefas, pretende-se saber que resultados a obter no final da unidade didáctica ou ano lectivo, utilizando
instrumentos de avaliação previamente preparados em função dos objectivos de ensino aprendizagem;
 Princípios e condições do processo de transmissão e assimilação activa dos conteúdos são os recursos disponíveis, ou seja,
materiais e equipamento.

5. O plano de ensino

Como vimos anteriormente que planificar é analisar uma dada realidade, reflectindo sobre as condições existentes, e prever as formas
alternativas acção para superar as dificuldades ou alcançar os objectivos desejados.
O plano é o resultado, é a culminância do processo mental de planificação. O plano, sendo um esboço das conclusões resultantes do
processo mental de planejar, pode ou não assumir uma forma escrita.
Na óptica de LIBÂNEO (2006:232),o plano de ensino é um roteiro organizado das unidades didácticas para um ano ou semestre.
Este plano apresenta os seguintes componentes: justificativa da disciplina em relação aos objectivos da escola (gerais e específicos),
conteúdo (com a divisão temática de cada unidade); tempo provável e desenvolvimento metodológico (actividades do professor e dos
alunos). Como ilustra o quadro a seguir:
Fonte: Libâneo.

Justificativa da disciplina, procura respondera seguinte questão: qual é a importância e o papel da matéria de ensino no
desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos? A justificativa pode ser iniciada com considerações sobre as funções sociais
e pedagógicas da educação escolar na nossa sociedade, tendo em vista explicitar os objectivos que desejamos no trabalho docente com
os alunos.

Delimitação dos conteúdos, o conteúdo (ou programa) da disciplina é seleccionado e organizado em unidades didácticas, está
subdividida em tópicos. A principal virtude de uma unidade didáctica é que os seus tópicos não são simplesmente itens e subdivisão
do assunto, mas conteúdo problematizados em função dos Objectivo e do desenvolvimento metodológico.

Quanto a formulaçãode conjunto das unidadesfor cuidadosa, facilitara o professor em extrair delas os objectivos específicos, os
métodos e os procedimentos de ensino.

Objectivos específicos, agora, partindo dos conteúdos, fixarão os objectivos específicos que são os resultados a obter do processo de
transmissão e assimilação activa de conhecimentos, conceitos, habilidades que resultam na observação e organização de informações
sobre uma dada realidade.

Formular os é uma tarefa que consiste, basicamente em descrever os conhecimentos a serem assimilados, as habilidades, costumes e
atitudes a serem desenvolvidas através do comportamento activo do aluno durante o processo pedagógico, no final do estudo de certos
conteúdos. Pois, os objectivos reflectem a estrutura do conteúdo da matéria, por isso, devem ser claros, relevantes, observáveis,
alcançáveis, operacionalizados, congruentes e compatíveis.
Desenvolvimento metodológicoé o componente do ensino que dará vida ao objectivo e conteúdo. Os objectivos e os conteúdos
organizados pelo professor devem contribuir para o desenvolvimento intelectual dos alunos por meio de tarefas que dão origem sua
actividade mental e prática.

Os procedimentos metodológicos são elementos essenciais para o desenvolvimento das aulas e dos objectivos propostos. Devemos
indicar com clareza como pretendemos desenvolver as actividades no núcleo e ter em mente que as estratégias devem maximizar o
aprendizado e tornar o momento das aulas agradar para os alunos.

6. Plano de unidade

Segundo PILETTI (2004:71), o plano de unidade e uma especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino e formada de
assuntos inter-relacionados.

Plano de unidade é uma previsão, mais detalhada e precisa do que o plano de curso, de todas as actividades e recursos necessários ao
estudo de uma unidade de programa de actividade, área de estudo ou disciplina.

6.1. Etapas do plano de unidade:

Apresentação, nesta etapa o professor procurará identificar e estimular os interesses dos alunos, relacionando-os com o tema da
unidade.

Desenvolvimento, nesta etapa, os alunos deverao à compreensao do tema. Aqui o professor poderá mao das seguintes actividades:
estudo de textos, resolucao de problemas e trabalho em grupo.

Integracao, nesta etapa, os alunos deverao chegar a uma sintese dos temas abordados na unidade. Atraves das seguintes actividades:
organizacao de resumos e relatorio oral que sintetiza os mais importantes da unidade.
6.2. Componentes básicos do plano de unidade

Objectivos – consistem em descrição clara do que se pretende alcançar, como resultado da nossa actividade;

Conteúdos – constituem a base objectiva da instrução-conhecimento sistematizado e habilidades. Os conteúdos vêm indicados em
linhas gerais, pelos programas de ensino.

Procedimento de ensino – trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o aluno em
contacto directo com as coisas, factos e fenómenos que possibilitem modificar a sua conduta, em função dos objectivos previstos;

Recursos de ensino são materiais que são usados – para facilitar a aprendizagem;

Avaliação – é um componente essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados
alcançados em relação aos objectivos definidos.

2 Grupo

Aula como forma de organização do PEA


Na escola, a aula é a forma predominante e organização de processo de ensino. Na aula se cria, se desenvolve e transforma as
condições necessárias para que os alunos assimilem conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções e, assim, desenvolve suas
capacidades cognoscitivas.

A ideia mais comum que nos vem à mente quando se fala de aula é a de um professor expondo um tema perante uma classe silenciosa.
É a conhecida aula expositiva, tão criticada por todos e, apesar disso, amplamente empregada nas nossas escolas. O estudo que
realizamos anteriormente sobre os métodos de ensino mostrou que não devemos deixar de lado o método expositivo, mais devemos
consideràlo no conjunto das formas didáticas de condução de aula e como uma etapa no processo de estimulação e direcção de
actividade independente dos alunos.

Segundo LIBÂNEO (2006, PP. 177178) diz que devemos entender a aula como um conjunto dos meios e condições
pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo de
aprendizagem escolar, ou seja, assimilação consciente e activa dos conteúdos. Em outras palavras, o processo de
ensino, através das aulas, possibilita o encontro entre os alunos e a matéria do ensino, preparada didacticamente no
plano de ensino e nos planos de aula.

A realização de uma aula ou conjunto de aulas requer uma estruturação didáctica, isto é, etapas ou passos mais ou menos constantes
que estabelecem a sequência de ensino de acordo com a matéria ensinada, características do grupo de alunos e situações didaticas
especificas.

Estruturacao didatica da aula


O trabalho docente, sendo uma actividade intencional e planejada, requer estruturacao e organizacao, afim de que seja atingidos os
objectivos de ensino. A indicacao de etapoas de desenvolvimento da aula não significa que todas as aulas devam seguir um esquema
rigido. A opcao por qual etappa ou passo didatico é mais adequado para iniciar a aula ou conjugacao de varios passos numa mesma
aula ou conjunto de aulas depende dos objectivos e dos conteudos da materia, das caracteristicas do grupo de alunos, dos recursos
didaticos disponiveis, das informacoes obtidas na avalicao diagnostica, etc.. po causa disso, ao estudarmos os passos didaticos, é
importante assimilar que a estruturacao da aula é um processo que implca criatividade e flexibilidade do professor, isto é, perspicacia
de saber o que fazer frente a situacoes didaticas especifica, cujo o rumo nem sempre é previsivel.
Na visao de Libâneo (2006, PP. 179) diz que: devemos intender, portanto, as etapas ou passos didaticos como tarefas de
processo de ensino relactivamente constante e comuns a todas as materias, considerandose que não há entre elas uma
sequencia necessariamente ficha,, e que dentro de uma etapa se realizam simultaneamente outras.

Fases e sua interrelacao dinamica e didatica

NOVAS PERGUNTAS
PROBLEMA
E ORIENTACAO DO
PREPARACAO cao
OBJECTIVO E

INTRODUCAO
TRANSMISSAO E ARTICULACAO TRABALHO
ASSIMILACAO DA MATERIA ENTRE AS FASES COM A
NOVA MEDIANTES MATERIA
Aspectos externos (métodos de Consolidação VELHA
ensino) Recordação Exercícios
Aspectos internos (métodos de Sistematização Recordação
assimilação activa) Fixação Memorização
Percepção Aplicação
Formação de conceitos
Desenvolvimento de capacidades
cognitiva e operativa
Avaliação e
controle

Fonte: José Carlos Libâneo (2008, p. 180. Adaptação de esquema desenvolvido por L. Klingberg, 1978)

O esquema mostra a dinâmica e interdependência entre as fases do processo e ensino. A preparação e a introdução implicam o inter-
relacionamento com os conhecimentos anteriores (matéria velha), demarcando o movimento do conhecimento velho ao novo, do novo
ao velho; já aqui em lançamentos também com outras funções didáticas do processo de transmissão/ assimilação: a consolidação, a
recordação a fixação etc. A transição para matéria nova implica orientação didáctica para os objectivos, que consistem em ajudar os
alunos a tomarem consciência das tarefas e terão pela frente e dos resultados gradativos esperados deles. A matéria nova, por sua vez
implica a consolidação, recordação, sistematização, fixação da matéria anterior. Aplicação na qual os alunos mostram a capacidade de
utilizar autonomamente conhecimentos e habilidades adquiridos também assegura-o enlace entre matéria velha e matéria nova; já que
tem por função a ligação dos conhecimentos com a pratica, em momento de culminância parcial do processo de ensino. A avaliação se
conecta a todas as demais fases, pois lhes cabe verificar e qualificar oi grau em que estão sendo qualificados os objectivos, todavia, é
também um momento relativamente conclusivo da fase terminal do tratamento da matéria nova.

Preparação e introdução da matéria


Esta corresponde especificamente o momento especial da preparação para o estudo da matéria nova. Compreende actividade
interligada: a preparação prévia do professor, a preparação dos alunos, introdução da matéria e a colocação didáticas dos objectivos.
Embora venham tratadas separadamente, isso não significa que devam ser tomadas numa sequência rígida.

Antes de entrar na classe e iniciar a aula o professor precisa preparar-se através de um planejamento sistemático de uma aula ou
conjunto de aulas.
A preparação sistemática das aulas assegura a dosagem da matéria e do tempo, oi esclarecimento dos objectivos atingir e das
actividades que serão realizadas, a preparação de recursos auxiliares do ensino.

No inicio da aula, a preparação nos alunos visa criar condições de estudos: mobilização da atenção para criar uma atitude favorável ao
estudo, organização do ambiente, suscitamente do interesse e ligação da matéria nova em relação a anterior. Os professores mais
experientes confirmam a importância de excitar os alunos para os estudos:

"Acho que se deve iniciar uma aula abruptamente, mas com um papo inicial para que os alunos se descontraiam. Se é
uma aula de análise sintética, ao invés de chegar ao quadronegro e colocar, de chofre, a teoria e os exemplos, a gente
começa conversando, pede a classe para formar uma frase. É necessário partir de um ponto em que os alunos
participem, para não ficarem naquela atitude passiva".

"Cada aula minha tem muito a ver com a aula anterior mostrou onde paramos, pergunto aos alunos se a gente, segue em
frente ou não. Eu gosto de situar os alunos naquilo que foi visto antes de que seja visto hoje" (LIBANEO, 1984; P.
152).

A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão efectivamente disponíveis e prontos para o
conhecimento novo. Aqui o empenho do professor esta em estimular o raciocínio dos alunos, instiga-los a emitir opiniões próprias
sobre o que aprenderam, faze-los ligar os conteúdos a coisas ou eventos do quotidiano. A correcção de tarefas de casa pode tornar-se
importante factor do reforço e consolidação. As vezes haverá necessidade de uma breve revisão (recapitulação) da matéria, ou
rectificação de conceitos ou habilidades insuficientemente assimilados. Como se vê, a preparação dos alunos é uma actividade de
sondagem das condições escolares prévias dos alunos para enfrentarem o assunto novo.

A introdução do assunto, que obviamente se iniciou, é a concatenação da matéria velha da matéria nova. Não é ainda a apresentação
da matéria, "dar o ponto", como se diz, mas a ligação entre noções que os alunos já possuam em relação a matéria mova, bem como o
estabelecimento do vínculo entre a prática quotidiana e o assunto. O melhor procedimento para isso é apresentar a matéria como um
problema a ser resolvido, embora nem todos os assuntos se prestem a isso. Mediante perguntas, trocas de experiências, colocações de
possíveis soluções, estabelecimento de relações causa efeito, os problemas atinentes ao tema vai se encaminhando para tornar-se
também um problema para os alunos em sua vida prática. Com isso vão sendo apontadas conhecimentos que são necessários dominar
e as actividades de aprendizagem correspondentes. O professor fará, então, a colocação didáticas dos objectivos, uma vez que é o
estudo da nova matéria que possibilitara o encontro de soluções. Os objectivos indicam o rumo do trabalho docente, ajuda os alunos a
terem clareza dos resultados a atingir. Trata-se, evidentemente, de objectivos viáveis, possíveis de serem atingidos. Alem disso, vale
muito aqui a consciência social e politica do professor no sentido de propor objectivos, conteúdos e tarefas que tenham significado
real para experiencia social dos alunos. Os objectivos dão os tons educativos da instrução, pois excedem o simples domínio de
conhecimentos, determinando a orientação para o desenvolvimento da personalidade do aluno na sua relação activa com a realidade.
Uma professora de Português diz a esse respeito:

"Eu começo discutindo com os alunos a importância da língua para a história dos homens, a importância da expressão
humana. Mesmo durante o ano eu volto a falar sobre isso. Outra coisa é que eu só consigo o interesse da turma quando
eles sabem o ´para que´ está fazendo aquilo."

Na mesma linha escreve uma professora de Historia:

"por mas tórico que seja um trabalho nasala de aula ,os alunos conseguem acompanhar, colaborar, interessar se, desde
que entendam duas perspectivas: a utilidade do conhecimento e o exercício mental decorrente desde desse
conhecimento. Atrás desse exercício tem uma vivencia, uma experiencia, um conhecimento. Eu acredito que, mesmo
aquelas matérias mais teóricas conseguem atrair os alunos, se a gente consegue faze-los sentir a importância do
exercício de reflexão, e compreendem que aquele conhecimento é útil, embora não de imediato". (Libâneo, 1984: 159 e
164).
Dada a suma importância dos objectivos da direcção e controle da actividade do professor e dos alunos eles devem ser recordados em
todas as etapas do ensino. Esse cuidado auxilia a avaliação diagnostica, assim como evita a dispersão, impedindo que aspectos
secundários tomem conta do essencial no desenvolvimento do plano de unidade.

A duração desta etapa depende da matéria, do tipo de aula, do preparo prévio ou de nível de assimilação dos alunos para enfrentarem o
assunto novo. Evidentemente, se é inicio de uma unidade de ensino, o tempo será maior.

Tratamento didáctico da matéria nova


Dissemos anteriormente que os passos do ensino não são mais que a função didáctica estreitamente relacionadas, de modo eu o
tratamento didáctico da matéria já se encontra em andamento. Mas eu há o propósito de maior sistematização, envolvendo o anexo
transmissão/assimilação activa dos conhecimentos, nesta etapa se realiza a percepção dos objectos e fenómenos ligados ao tema, a
formação de conceitos, o desenvolvimento das capacidades cognitivas de observação, imaginação dos alunos. Na transmissão
prevalece as formas de estruturação e organização lógica e didática dos conteúdos. Na assimilação, importam processos da cognição
mediante a assimilação activa e interiorização de conhecimentos, habilidades, convicções. Como são momentos interdependentes, há
ai uma relação recíproca entre métodos de ensino e métodos de assimilação, ou seja, entre aspectos externos e internos do método. Os
aspectos externos são a exposição do professor, a actividade relativamente independente dos alunos, a elaboração conjunta
(conversação). Os aspectos internos compreendem as funções mentais que se desenvolvem no processo da cognição, tais como a
percepção, as representações, o pensamento abstracto, mobilizadores pelas funções ou fases didáticas.

Os aspectos externos do método não são suficientemente para se obter a realização dos objectivos do ensino. Se fosse assim, o ensino
meramente expositivo e verbalista seria justificado. Mas, como se trata de assegurar a iniciativa, a assimilação consciente e o
desenvolvimento das potencialidades intelectuais do aluno são os aspectos internos do método que vão determinar a escolha e
diferenciação dos aspectos externos. Podemos dizer por outras palavras, que o que determina a forma externa de estruturar o ensino é
o processo de conhecimento que o aluno realiza, no qual activa as suas habilidades e capacidade e desenvolve os seus processos
mentais.

Libâneo (2011, p. 180) diz que "conhecer e compreender os aspectos internos do método é uma tarefa indispensável ao professor;
para isso, precisa dominar conhecimentos da Psicologia da Educação".

Comecemos por entender o processo de transmissão/assimilação como um caminho que vai do nãosaber para o saber, admitindo-se
que o ensino consiste no domínio do saber sistematizado e não de qualquer saber. Entretanto não existe o naosabe absoluto, pois os
alunos são portadores de conhecimento e experiencias, seja da sua prática quotidiana, seja aqueles obtidos no processo de
aprendizagem escolar. Esta constatação nos leva à ideia de que esse processo se desenvolve em níveis crescentes de complexidade.
Vejamos como isso se da.

Assimilação de boa parte dos conhecimentos que compõe ensino do 1 ograu se inicia pela percepção activa da realidade. A percepção é
uma qualidade da nossa mente que permite conhecimento ou tomada de contacto com as coisas e fenómenos da realidade, por meio de
sentidos.

Assimilação consciente dos conhecimentos começa com a percepção activa dos objectos de estudo dos quais o aluno se defronta pela
primeira vez ou temas já conhecidos que são enfocados de um novo ponto de vista ou de uma forma mais organizada.

A percepção, que é um processo de trazer coisas, fenómenos e realizações para nossa consciência, é a primeira familiarização do aluno
com a matéria, formando na sua mente noções concretas e mais claras e ligando os conhecimentos já disponíveis com os que estão
sendo assimilados. Os alunos são orientados para perceber objectos reais, assimilara as explicações do professor, reavivar percepções
anteriores, observar objectos e fenómenos no seu conjunto e novas relações com outros objectos e fenómenos, confrontar noções do
censo comum com os factos reais. Enfim, trata se de trazer À mente dos alunos uma grande quantidade de dados concretos, leva-los a
expressar opiniões, formando na sua mente noções concretas e mais claras dos actos e fenómenos ligados a matéria para chegar a
elaboração sistematizada ma forma de conhecimentos científicos.

Algumas actividades que preparam os alunos para percepção activa são as seguintes: pedir aos seus alunos que digam o que sabem
sobre o assunto; leva-los a observar objectos e fenómenos e a verbalizar a questão vendo ou manipulando; colocar um problema
prático cuja solução seja possível com os conhecimentos da matéria nova; fazer uma demonstração pratica que suscite a curiosidade e
o interesse; registar no quadro negro as informações que os alunos vão dando, de forma a ir sistematizando essas informações.

A percepção pode ser directa ou indirecta. Pela via directa, há um confronto com as coisas, fenómenos e processos da realidade
estudada por meio de experimentos simples, estudo do meio, demonstração. Pela via indirecta, o professor recorre a explicação da
matéria, estudo independente dos alunos, conservação dirigida, a fim de que o aluno vai formando noções para isso utiliza se de
ilustrações, desenhos, mapas e a própria representação verbal dos objectos de estudo.

As duas vias devem ser empregadas na percepção e assimilação de conhecimentos novos, cabe ao professor, conforme os objectivos,
as condições e meios didácticos disponíveis, a natureza do assunto e a especificidade d cada matéria, escolher ou combinar as vias
pelas quais os alunos travam o primeiro contacto com a matéria nova. A via directa é certamente a mais rica e susceptível de gerar
boas representações. Entretanto a via indirecta é a mais frequente na sala de aula, o que requer do professor cuidados especiais com
linguagem (expressar se com clareza, usar vocabulário acessível, etc.), pois a explicação visa a obter a ligação da percepção sensorial
e do pensamento na mente dos alunos. A primeira compreensão que os alunos adquirem da matéria determinada a qualidade, a clareza
e a precisão dos conceitos que vão sendo formados.

Mas isso não quer dizer que haja separação entre percepção e assimilação, entre conhecimento sensorial e raciona um prático, outro
teórico. por um lado, o conhecimento racional se assenta no conhecimento sensorial, pois a matéria prima do pensamento são os
factos, objectos, acontecimentos do mundo real; por outro, o conhecimento sensorial já implica um conhecimento racional, pois
quando observamos um facto (por exemplo, a chuva) já temos certas ideias sobre ele.
Um psicólogo norte-americano, David Ausubel, escreveu que um dos traços mais típicos da aprendizagem significativa é justamente o
facto de o conhecimento novo a ser internalizado estar logicamente relacionado com os conhecimentos mais antigos existentes na
mente do aluno. Ele diz que os conhecimentos antigos ou (velhos) são como "ancoras" (que se usam para manter os barcos parados na
correnteza), com base nas quais são assimilados conhecimentos novos.

A percepção activa, sensorial, dos factos e fenómenos corresponde ao que observamos no mundo exterior; porem, a compreensão e a
reflexão de suas propriedades essenciais ultrapassa as possibilidades do conhecimento sensorial. No processo de assimilação activa, ao
conhecimento sensorial se integra a actividade do pensamento abstracto que implica a formação de conceitos. Considere-se que os
processos de análise, síntese, abstracção e generalização, próprios das formas superiores do conhecimento, não apenas contem
elementos sensórios, como também estes implicam aqueles, evidentemente dentro do nível de desenvolvimento cognoscitivo
alcançado pelo aluno.

Cumpre ressaltar, assim, que na formação de conceitos também esta implicada a actividade do sujeito na pratica social, porquanto o
aluno se reconhece dos conceitos que lhe são significativos. Os processos de apreensão das quantidades e características do sujeito e
fenómeno (matéria de estudo) e a formação dos correspondentes conceitos científicos estão vinculados na direcção da actividade
humana, seus objectivos e motivos, a experiencia social e cultural do aluno, a seus valores, conhecimentos e atitudes frente ao mundo.

Podemos sintetizar os momentos interligados do processo de transmissaoassimilacao, que é a base metodológica para o tratamento
didáctico da matéria nova:

 Uma aproximação inicial do objecto de estudo para ir formando as primeiras noções, através da actividade perceptiva,
sensorial. Isso se faz, na aula, através da observação directa, conversação didáctica, explorando a percepção que os alunos têm
do tema estudado; deve se ir gradativamente sistematizando as noções;
 Elaboração mental dos dados iniciais tendo em vista a compreensão mais aprofundada por meio da abstracção e generalização,
ate consolidar os conceitos sobre os objectos de estudo;
 Sistematização das ideias e conceitos de um modo que seja possível operar mentalmente com eles em tarefas teóricas e praticas
em função da matéria seguinte e em função da soluçai de problemas novos da matéria e da vida pratica.

Neste processo os conhecimentos vão sendo consolidados o que exige frequente sistematização da matéria, recapitulação e exercícios.
Por isso, o tratamento da matéria nova é inseparável da etapa da preparação e introdução, da etapa da consolidação, da etapa de
aplicação e avaliação.

Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades


Nas etapas anteriores, o trabalho docente consiste em prever as condições e os modos de assimilação e compreensão da matéria pelos
alunos, incluindo já exercícios e actividades práticas para solidificar compreensão.

Entretanto, o processo de ensino não para ai. Preciso que os conhecimentos sejam analisados, aprimorados e afixados na mente dos
alunos a fim de que estejam disponíveis para orientados nas situações concretas dos estudos e de vida. Do mesmo modo, em paralelo
com os conhecimentos e através deles, é preciso aprimorar a formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e
criadora dos conhecimentos. Trata se, assim, da etapa da consolidação, também conhecida entre os professores como ficção da
matéria.

Este importante momento de ensino tem sido reduzido, na escola, a repetição mecânica do ensinado, para o aluno reter a matéria ate a
próxima prova. Os exercícios e tarefas se destinam a aplicação directa, rectilínea, de regras decoradas, sem mobilizara a actividade
intelectual, o raciocínio, o pensamento independente dos alunos. A consolidação dos conhecimentos e da formação de habilidades e
hábitos incluem os exercícios de fixação, a recapitulação da matéria, as tarefas de casa, o estudo dirigido; entretanto, dependem de que
o aluno tem compreendido bem a matéria e de que sirvam de meios para o desenvolvimento do pensamento independente, do
raciocínio e da actividade mental dos alunos.
Por essa razão, as tarefas de recordação e sistematização, os exercícios e tarefas, devem prover ao aluno oportunidades de estabelecer
relações entre o estudado e situações novas, comparar conhecimentos obtidos com os factos da vida real, apresentar problemas ou
questões diferentemente como foram tratadas no livro didáctico, por em prática as habilidades e hábitos decorrentes no estudo da
matéria.

A consolidação pode dar se em qualquer etapa do processo didáctico: antes de iniciar a matéria nova recorda se, sistematiza se, são
realizados exercícios em relação a matéria anterior; no estudo do novo conteúdo, ocorre paralelamente as actividades de assimilação e
compreensão. Mas constitui, também, um momento determinado dos processos didácticos, quando é posterior a assimilação inicial e
compreensão da matéria.

A consolidação pode ser reprodutiva, de generalização e criativa. A reprodutiva tem um carácter de exercitação, isto é, após
compreender a matéria os alunos reproduzem conhecimentos, aplicando os a uma situação conhecida. A consolidação generalizadora
inclui a aplicação de conhecimentos para situações novas, após a sua sistematização; implica interacção de conhecimentos de forma
que os alunos estabeleçam relações entre conceitos, analisem os factos e fenómenos subvarios pontos de vista, façam a ligação dos
conhecimentos com novas situações e factos e pratica social. A consolidação criativa se refere a tarefa que leva ao aprimoramento do
pensamento independente e criativo, na forma de trabalho independente dos alunos sobre a base das consolidações anteriores.

Os procedimentos de consolidação que mencionamos se interpenetram. Os exercícios levam a fixação e a formação de habilidades e
hábitos, auxiliando a sistematização. A recapitulação (revisão, recordação) se presta a firmar conhecimentos anteriores e liga-los aos
novos, dados mais eficácias aos exercícios. A sistematização, pela qual se forma a estrutura lógica da matéria na mente do aluno com
ajuda do professor, favorece a recapitulação e da uma base mais sólida para a realização de exercícios.
A aplicação
A aplicação é a culminância relativa do processo de ensino. Ela decorre em todas as demais etapas, mas aqui se trata de prover
oportunidades para os alunos utilizarem de forma mais criativa os conhecimentos, unindo teoria e prática, aplicando conhecimentos,
seja na própria prática escolar (inclusive em outras matérias), seja na vida social (nos problemas do quotidiano, na família, no
trabalho). O objectivo da aplicação é estabelecer vínculos do conhecimento com a vida, de modo a suscitar independência do
pensamento e atitudes críticas e criativas expressando a sua compreensão da prática social. Ou seja, a função pedagógica didáctica da
aplicação é a de avançar a teoria da prática, é colocar os conhecimentos disponíveis a serviço da interpretação e análise da realidade.
Nem sempre será fácil aos alunos expressarem as provas, nos exercícios, nas tarefas, as ligações, vínculos e relações entre os
conhecimentos sistematizados e a vida prática. Entretanto, é na aplicação eu os alunos podem ser observados em termos do grau em
que conseguem transferir conhecimentos para situações novas, evidenciando a compreensão mais global do objecto do estudo da
matéria.

A aplicação de conhecimentos e habilidades supõe o atendimento de determinadas exigências didáticas, da responsabilidade do


professor:

 Formulação clara de objectivos e adequada selecção de conteúdos que propiciem conhecimentos científicos, noções claras
sobre o tema em estudo, sistematização de conceitos básicos que formam a estrutura dos conhecimentos necessários a
compreensão de cada tema;
 Ligação dos conteúdos da matéria aos factos do acontecimento da vida social e aos conhecimentos e experiencia da vida
quotidiana dos alunos, de modo eu a realidade social concreta suscite problemas e perguntas a serem investigados no processo
de transmissão da matéria e em relação aos quais se da aplicação de conhecimentos.
Controle e avaliação dos resultados escolares
A verificação e controle de rendimento escolar para efeito de avaliação e uma função didáctica que percorre todas as etapas de ensino,
e abrange a consideração dos vários tipos de actividades do professor e do aluno no processo de ensino. A avaliação do ensino e da
aprendizagem deve ser vista como um processo sistemático e continuo, no de curso do qual vão sendo obtidas informações e
manifestações acerca do desenvolvimento das actividades docente e discentes, atribuindo lhes juízo de valores. Os resultados relativos
que decorem desse processo dizem respeito ao grau em que se atingem os objectivos e em que se cumprem exigência do domínio dos
conteúdos, a partir de parâmetros de desempenho escolar. Para isso são empregados procedimentos e instruções de mensuração
(observação, provas, testes, exercícios teóricos e práticos) que proporcionam dados quantitativos e qualitativos.

A avaliação cumpre, ao menos, três funções. A função pedagógica didáctica se refere aos objectivos gerais e específicos, bem como
os meios e condições de atingi-los, uma vez que estes constituem o ponto de partida e os critérios para as provas e demais
procedimentos avaliativos. A função diagnóstica se refere a análise sistemática das acções do professor e dos alunos, visando detectar
desvios e avanços de trabalhos docentes em relação aos objectivos, conteúdos e métodos. Através desta função, a avaliação permeia
todas as fases do ensino, assegurando o seu aprimoramento permanente, possibilitando o cumprimento da função pedagógico
científico. A função de controle se refere a comprovação e a qualificação sistemática dos resultados da aprendizagem dos alunos, fase
a objectivos e conteúdos propostos. Através desta função, são colectados os dados sobre o aprimoramento escolar que, submetidos a
critérios quanto a consecução de objectivos, levam a expressar juízos de valor, convertidos em notas ou conteúdos.

O atendimento dessas três funções evita que a avaliação seja considerada como elemento isolado, vista somente pelo seu aspecto
quantitativo. Alem disso, a função diagnóstica se destaca como meio de propiciar aos alunos o controle da sua própria actividade, uma
vez que são participantes activos e sujeitos do processo de aprendizagem.
Funções didácticas
Segundo Libâneo (2006: 126), as principais funções didácticas são: Introdução e Motivação, Mediação e Assimilação, Domínio e
Consolidação e Controle e Avaliação.

As funções didácticas tem uma ligação entre si e se realiza isoladamente sobre pondo se umas das outras durante as diferentes etapas
do PEA e que realmente uma função didáctica abre o caminho para efectivação e que o sucesso de uma possibilite o sucesso da outra,
assumindo se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma e tal totalidade reflecte as relações especificas de cada
relação didáctica com a outra de maneira recíproca.

Introdução e Motivação
De acordo com Piletti (2004: p. 233) "motivação consiste em apresentar alguém estímulos e incentivos que possam
favorecer determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar
a aprendizagem mais eficaz"

Libâneo (1994: p. 111) define a introdução como "a parte da entrada da aula que conduz ao aluno para estratégia de
desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave, apresenta a problemática de forma resumida"

Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefacio, inicio de uma certa actividade, obra ou pratica e a
motivação é o acto de motivar, acção dos factores que determinam a conduta.

Introdução e motivação decorrem normalmente no princípio de uma aula. Esta desempenha grande papel para o sucesso de
aprendizagem dos alunos. Tem em vista preparar o aluno para o inicio da aula e sua fase seguinte. Esta preparação tem três objectivos
fundamentais:

 Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam assegurar o bom discurso da aprendizagem;
 Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para o novo conteúdo;
 Motivar permanentemente com o fim de manter o interesse e a atenção dos alunos através de avaliação de estímulos.

Mediação e assimilação
Para Libâneo (2006: 127), mediação é o trabalho do professor de viabilizar a relação activa do aluno com a matéria de estudo, através
de objectivos, conteúdos, métodos e formas organizadas de ensino. É a acção concreta do PEA em que o professor passa os conteúdos
e envolve o diálogo e no fim faz a síntese.

Mediação facilita o processo de assimilação dos conteúdos. Os alunos orientam se para o conteúdo e este, por sua vez torna se um
condicionante para a actividade de aprendizagem e, assim sendo, a atenção do professor centra se no aluno e nos conteúdos, isto é,
tanto os alunos como os conteúdos condicionam actividades de ensino que é actividade fundamental do professor.

Domínio e consolidação
De acordo com Piletti (2004: p. 111), o domínio e consolidação é o momento da aula em que se realizam acções com a finalidade de
sistematizar, reflectir e aplicar.

Nesta fase didáctica pretende se conseguir o aprimoramento do aprendido por parte dos alunos, para isso o professor deve criar
condições de retenção e compreensão das matérias através de exercícios e actividades práticas para solidificar a compreensão. Ainda
nesta ordem de ideia é preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos afim de que
sejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo de vida, em paralelo com os conhecimentos. Esta etapa deve ser
caracterizada por repetição, sistematização e aplicação, que constituem o suporte metodológico através das quais se torna realidade o
domínio e a consolidação da matéria.
Portanto, a aplicação constitui o centro do PEA e é a etapa superior do incremento e desenvolvimento das capacidades através da
resolução dos problemas e tarefas em situações análogas e novas. Este método é a ponte para a pratica profissional visto que se
desenvolvem as capacidades que devem possibilitara os alunos o poder de aproveitar a teoria e posteriormente colocar os seus
conhecimentos no trabalho produtivo.

Controle e avaliação
A etapa de controle e avaliação estão presentes em todo o PEA e forma ao mesmo tempo conclusão das unidades de ensino.

Libâneo (1994: p 186) sustenta que "para o professor poder dirigir efectivamente o PEA deve conhecer permanentemente o grau das
dificuldades dos alunos na compreensão da matéria. Este controle vai consistir também em acompanhar o PEA avaliando-se as
actividades do professor e do aluno em função dos objectivos definidos "

A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que visa verificar ate que ponto os objectivos
definidos no programa estão sendo lançados de modo a se decidir sobre alternativas de trabalho de formador, ou da escola como um
todo.

Segundo Piletti (2004), denomina se de avaliação " ao conjunto de instrumentos com a finalidade de medir o grau de alcance de
objectivos na vertente do professor e do aluno" (p. 190).

Desta maneira, ela não deve ser entendida como um fim em si mas um meio para verificar as mudanças de comportamento. Ela
permite identificar os alunos que necessitam de uma atenção especial e reformular o trabalho com adopção de procedimentos para
ajustar tais deficiência. Por sua vez, o aluno deve perceber o que a avaliação é um meio e, por isso, o professor deve explicar-lhes os
objectivos da mesma e analisar com ele os resultados alcançados
4 Grupo.

Significado dos meios ou recursos de ensino-aprendizagem

Quando se estabelece que os meios de ensino são uma forma de intervenção mediada na realidade, ultrapassando em muito as funções
tradicionais de representação da realidade ou ilustração da matéria, estamos enfatizando a necessidade de se estabelecer formas crítico
activas de relação entre os estudantes e os dados da realidade.

Há os que consideram os meios de ensino como meros instrumentos auxiliares do professor no processo de ensino e aprendizagem.
Tal concepção é restritiva porque a condição de "instrumentos auxiliares" pressupõe uma participação passiva da categoria mera de
ensino no conjunto do processo de ensino e aprendizagem. O desenvolvimento dos meios pode promover mudanças substanciais no
processo pedagógico como um todo, e eles são, em muitos casos, absolutamente necessários para a satisfação de determinados
objectivos.

Há os que conceptuam os meios de ensino enfatizando, sobretudo, a sua natureza material: Meios de Ensino são "todos os
componentes do processo docente educativo que actua como suporte material de métodos com propósito de alcançar os objectivos
planeados" (CASTRO, 1986:78).

Este tipo de conceituação, apesar de recuperar, em alguma medida, a importância dos meios no interior do sistema docente educativo,
apresenta um problema fundamental. Não faz uma distinção entre os meios que contêm em si mesmos alguma informação, e os outros,
meros instrumentos auxiliares, como cadeiras, mesas, apagadores de quadros, entre outros recursos materiais.

Na perspectiva de LIBANEO (1994:173) "os meios de ensino são todos os meios e recursos materiais utilizados pelos professores e
pelos alunos para organização e condução metódica do processo de ensino-aprendizagem".
Na visão do grupo, os meios de ensino e aprendizagem são elementos curriculares que, possuem sistemas simbólicos e estratégias de
utilização, propícia de desenrolar habilidades cognitivas em sujeitos, e em um contexto determinado, facilitando a intervenção
mediada sobre a realidade na captação e compreensão de informação para o aluno.

Na perspectiva do grupo ainda, recursos de ensino são recursos de ambiente de aprendizagem que dão origem a estimulação ao aluno.

Esses componentes podem ser, os professores, os livros, os mapas, os objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os
filmes, os recursos da comunidade, os recursos naturais, excursões escolares (LIBANEO:1994)

O material didáctico é uma exigência daquilo que deve ser estudado por meios de palavras a fim de torná-lo concretos e intuitivos.

Importância dos meios de ensino

A partir do conceito de meios de ensino-aprendizagem, facilmente podemos dizer que os meios de ensino-aprendizagem são usados
com vista a determinada facilidade.

Os meios de ensino tornam o processo de ensino aprendizagem eficiente e eficaz porque:

 Aproxima o aluno da realidade do que quer aprender, dando-lhe noções mais exactas dos factos ou fenómenos estudados;
 Motiva a despertar o interesse dos alunos na aula;
 Facilita a percepção e compreensão dos factos e conceitos;
 Concretiza e ilustra o que esta sendo exposto verbalmente;
 Economiza o esforço para levar os alunos a compressão dos factos e conceitos;
 Auxilia a fixação de aprendizagem pela impulsão mais viva e sujeita que os meios podem provocar;
 Desenvolver a capacidade de observação;
 Dá oportunidades de manifestações de aptidões e desenvolvimento de habilidades específicas com o manuseio ou construção
de aparelhos por parte dos alunos.

O que fazer para que os meios de ensino sejam realmente auxiliares e eficientes
Os meios de ensino para serem realmente auxiliares e eficientes do ensino devem:

 Ser adequado ao assunto da aula;


 Ter facilidade de compressão e manejo;
 Estar um perfeito funcionamento dos aparelhos para permitir a demonstração dos conteúdos.

Recomendações para o uso dos meios de ensino


Para o uso dos meios de ensino recomenda-se:

 Não deve ficar todo ele exposto, aos poucos pode se tornar indiferente;
 Deve ser exposto com mais evidência, ao meio referente a unidade que esteja sendo estudado;
 O meio destinado a uma aula deve ficar a mão, a fim de não haver perda de tempo em mandar busca-lo ou o que é pior
procura-lo;
 O meio para uma aula deve ser apresentado oportunamente, e não todo duma vez, afim de não desviar a turma;
 Antes de má utilização deve passar por uma revisão quanto a sua possibilidade de uso e funcionamento;
 Ao seleccionar um recurso de ensino deve se ter em vista os objectivos a ser alcançados;
 Nunca se deve usar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma a poder empregar-se correctamente;
 A eficácia dos recursos dependerá das interacções entre o professor e os alunos. Por isso deve se estimular certos
comportamentos que aumentam a sua respectividade, tais como, a atenção, a percepção, o interesse;
 As condições ambientais podem facilitar
 O tempo disponível é outro elemento importante a ser considerado. A preparação e utilização dos recursos exigem determinado
tempo, muita das vezes o professor não dispõe desse tempo. Então deverá buscar outras alternativas tais como: utilizar um
recurso que exige pouco tempo, solicitar ajuda dos alunos para preparar os recursos, solicitar ajuda dos outros profissionais.

Classificação dos meios de ensino-aprendizagem

A classificação dos meios de ensino varia de autor para autor, devido a diversidade dos mesmos.

De acordo com NERICI (1991:325), os materiais didácticos podem ser classificados em:

Material permanente de trabalho: quadro, apagador, giz, caderno, régua, compassos, projectores, etc.

Material informativo: mapas, livros, dicionários, enciclopédias, revista, jornais, filmes e outros.

Material ilustrativo visual ou audiovisual: esquemas, quadros sinópticos, desenhos, cartazes, gravuras, discos e outros.

Material experimental: aparelhos e outros materiais quase prestes a realizar experiência no geral.

Na óptica de PILETTI (1991:151), o início do ensino apresenta seguintes classificações:

Recursos visuais: cartaz, gravações.

Recursos auditivos: rádio, gravações.

Recursos audiovisuais: cinema, televisão.

Apresenta ainda a seguinte classificação:

Recursos humanos: professores, alunos, pessoal escolar, comunidade.


Recursos materiais: estão subdivididos em, ambientais (água, folha, pedra, etc) e escolar (quadro, giz, cartaz, etc).

Em suma, os professores precisam dominar, com segurança esses meios auxiliares de ensino, conhecendo-os e aprendendo a utiliza-
los. O momento didáctico mais adequado de utiliza-los vai depender do trabalho docente prático, no qual se adquirirá o efeito traquejo
na manipulação do material didáctico.

5 Grupo.

Sala no: Laboratório de


Biologa

Plano de liçãonº 01 Tipo da aula: Nova

Tempo lectivo: 2º
Escola Secundária de Montepuez
Duração: 45’
Data: 23 de Agosto de 2018
Classe: 9a
Disciplina: Biologia
No de alunos: 42
Unidade Temática III: Morfologia e Fisiologia das Plantas
Curso: diurno.
Tema: Estudo do Caule e sua constituição
Docente˸ Mcs, Domingos Azarias Mindu.

Objectivos da aula
Nível cognitivo Nível psicomotor Nível afectivo

No fim desta aula, o aluno deve No fim desta aula, o aluno deve ser capaz de: No fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:
possuir conhecimentos sobre:  Difinir o conceito de caule;  Divulgar na comunidade importância dos
 Estudo de caule e sua  Mencionar as parte de caule; diferentes órgãos da planta;
constituição;  Descrever a funcao das parte que
constitue o caule;

Tempo Função Conteúdo Actividades Métodos Meios Obs.


Didáctica Professor Aluno
 Saudação Saúda  Responde a saudação  Elaboração Livro de
 Controlo da turma e Controla a turma  Responde a chamada conjunta turma,
Introdução e - das presenças e faz chamada Quadro, giz,
 Escuta e passa o
10 motivação apagador,
 Estudo de caule e Apresenta o tema conteúdo no caderno
sua constituição e passa o caderno,
conteúdo no esferográfica
Quadro de giz
Dá as suas sugestões em
 Estudo de caule e forma de respostas orais Quadro de
Mediação e sua constituição Explora os acerca: giz, giz,
Assimilação  Funções de caule conhecimentos Caule é a parte da Expositivo e apagador,
15’ dos alunos através planta que cresce em Elaboração Conjunta caderno,
das perguntas sentido oposto ao de raiz esferográfica
orais, tais como: e serve de suporte as , modelo
- O que é caule? folhas, aos ramos, às
flores e aos frutos.
Explica a aula Escuta a explicação do
professor e interagir.
 Faz o
10’ Resumo da aula em resumo da aula e Presta atenção, passa os Quadro de
Domínio e forma de apontamentos dita os apontamentos no giz, giz,
Consolidação apontamentos ( a caderno, apagador,
5’ Expositivo e caderno,
constituição de Expõe as dúvidas, escuta
caule). o esclarecimento, Elaboração Conjunta. esferográfica
Questionar-se há responde as questões. , modelo
dúvidas acerca do
tema.
Esclarece-as
duvidas
 Marcação do
exercício e
correcção

Passa as Presta atenção Copia as Quadro, giz,


Controlo Marcação de T.P.C perguntas no perguntas e vai resolver Trabalho apagador,
5’ e quadro e orienta Independente Caderno,
Avaliação esferográfica
Quadro mural

Conteúdos Desenvolvimento dos conteúdos Obs

Caule e Caule é a parte da planta que cresce em sentido oposto ao de raiz e serve de suporte as folhas, aos ramos, às flores e aos frutos.

Ao longo do caule podem encontrar-se os nós, zonas em geral salientes, onde as folhas nascem, e os entrenós, espaço entre os
Constituição do
nós. O ponto onde o caule constitua na raiz é o colo.
caule.

No ângulo formado pela folha e pelo caule, é chamado axila, surge uma gema (gomo axilar ou lateral) protegido por escamas,
a partir do qual se formara um ramo.
No fim do caule forma-se um corpúsculo, denominado gema terminal, que responsável pelo crescimento, em altura, do caule. A
partir de certas gemas formam-se as flores.

O caule tem como funções de suporte, transporte e reserva.

Funções do 1.Suporte-surpa os ramos e as folhas, colocando-se na melhor posição para receber a luz do sol realizar o fotossíntese.
caule: Também suporta s flores e os frutos para facilitar no processo de reprodução dispersão das sementes.
2.Transporte- transporta a seiva bruta desde nas raízes ate nas folhas e a seiva elaborada das folhas a todas as partes da planta.
3.Reserva-armazenam água ou substancias de reserva, permitindo a vida da planta quando as condições do ambiente não
favorece.
Marcação de 1. Qual é a função do caule?
T.P.C R: O caule tem como funções de suporte, transporte e reserva.
Bibliografia NORONHA e MONDEGO, Biologia 9ª Classe texto editora. 2017.

6 Grupo

A Avaliação pedagógica/ da aprendizagem

Conceito de avaliação

LIBÂNEO (1991; p196) define "avaliação como uma componente do processo de ensino que visa, através da verificação e
qualificação dos resultados obtidos, a determinar a correspondência destes com os objectivos propostos e, daí, orientar a tomada de
decisões em relação às actividades didácticas seguintes".

É um processo contínuo de pesquisa que visa interpretar os conhecimentos, habilidade atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças
esperadas no comportamento, propostas nos objectivos, afim de que haja condições de decidir sobre alternativas do panejamento do
trabalho do professor e d escola como um tudo. "Piletti (1995;p190).

A partir dessa definição, que julgamos a mais completa, podemos concluir que:

A) Avaliação não é um fim, mais um meio. Ela e um meio que permite verificar ate que ponto os objectivos estão sendo alcançado
identificando os alunos que necessitam de atenção individual e reformulando o trabalho com a adopção de procedimento que
possibilitem sanar as deficiências identificadas.
B) O próprio aluno precisa de perceber que a avaliação é apenas um meio. Nesse sentido o professor deve informal sobre os
objectivos da avaliação e analisar com ele os resultados alcançados.
C) Avaliação sendo um processo contínuo não é algo que termine num determinado momento, embora possa ser estabelecido um
tempo para realiza-la.

A avaliação se desenvolve, nos diferentes momentos do processo de ensino-aprendizagem, com objectivo no plural distintos. No inicio
do processo temos a avaliação diagnostica que é utilizada para verificar:

 Conhecimentos que os alunos tem;


 Pré-requisitos que os alunos apresentam;
 Particularidades dos alunos
 Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem
 Localizar as deficiências na organização do ensino

Testar, medir avaliar


Os conceitos de testar medir, e avaliar muitas vezes são utilizados como sinonimo. Embora intimamente relacionados, eles não são
sinónimos. Tanto aos testes como as noções de medida e de avaliação referverem se a verificação do rendimento escolar, porem, com
uma amplitude de significação diferente.

Vejamos em que consiste a diferença:

Testar significa observar algo através de situações previamente arranjadas, as quais são chamadas de teste. Teste portanto, é um meio
ou conjunto de meio que serve para determinar as qualidades ou características de algo que esta sendo objecto de observação. Faz se
um teste para estabelecer eficiência de um motor, por exemplo, assim como se aplica um teste de matemática para verificar o nível de
conhecimento de um aluno ou de uma classe nesse matéria. Os testes são instrumento de medida, mas não são os únicos.
Medir significa determinar a extensão, as dimensões, a quantidade e o grau ou a capacidade de algo. É atribuir valores segundo
determinados regra anteriormente estabelecidas. O resultado de uma medida é sempre expresso em números e não por descrição,
Havendo para isso um sistema de unidades convencionais, de uso mais ou menos universal, que facilita a interpretação dos resultados.
"Dizer por exemplo, que uma sela é quadrada, ou que uma bola é redonda, ou mesmo grande, não satisfaz o aspecto quantitativo da
definição de tamanho que queremos expressar. Mais quando usamos unidades de medida, tas como o metro, quilo, metro cúbico, etc.
Estamos expressando com muito mas exactidão e simplicidade a ideia que queremos transmitir."

Avaliação e um conceito ainda mas amplo que o de testes e medida. "Um programa de avaliação inclui a utilização dos instrumentos
quantitativos acima mencionado e se completa e se perfaz predominantemente através de dados qualitativos, tais como: observação
casual em qualquer hora ou situação, trabalho de aula, anedotários, etc., e tais processo não são, a rigor, medidas como as definidas
anteriormente, pois se baseiam em julgamento, descrição e opiniões"

Função de avaliação
Avaliar o processo ensino aprendizagem é, basicamente verificar o que os conseguiram aprender e que professor conseguiu ensinar.
Mas porque é para determinar o nível de aprendizagem se seus alunos? Vários são os propósitos da avaliação na sala de aula. Vejamos
os principais.

Conhecer os alunos no inicio de período lectivo ou antes de começar uma unidade de ensino o professor verifica conhecimento
prévio de seus alunos sobre os conteúdos e a serrem estudados. Poderá assim determinar se eles progrediram na aprendizagem depois
de certo tempo. Essa avaliação tem a função diagnostica e ajuda a detectar o que aluno aprendeu ao longo dos período anteriores,
especificando sua bagagem cognitiva. A avaliação diagnostica auxilia o professor a determinar quais são os conhecimentos e
habilidade que devem ser retomados antes de introduzir os novos conteúdos previstos no panejamento.
Identificar as dificuldade de aprendizagem a avaliação também permite diagnostica dificuldade dos alunos, tentando identificar
característica e sua possíveis causas algumas dessas aprendizagem. Esse tipo de dificuldade deve ser superado através de um trabalho
pedagógico pois sua solução e de restrita competência do professor.

Determinar se os objectivos propostos para o processo de ensino de aprendizagem foram ou não atingidos. Ao iniciar um período
lectivo ou uma unidade de ensino, o professor estabelece quais são os conhecimentos que seus alunos devem adquirir, bem como
habilidade e atitudes a serem desenvolvidas. Esses conhecimentos habilidades atitudes devem ser constantemente avaliado durante a
realização das actividades, fornecendo informação tanto para o professor como para o aluno sobre o que já foi assimilados e o que
ainda precisa de ser dominado caso os alunos tenha aliançado todos os objectivo previstos podem continuar avançando no conteúdo
curricular e iniciar outra unidade de ensino. Mas se um grupo não conseguiu atingir as metas propostas, cabe o professor organizar
novas situações de aprendizagem para dar todos a condições de êxito nesse processo. Essa forma de avaliar e denominada avaliação
formativa e sua função e de verificar se objectivos estabelecidos para aprendizagem foram estabelecido.

Portanto, propósito fundamental da avaliação com carácter formativo e verifica se o aluno esta conseguindo dominar gradativamente
os objectivos previstos, expressos sob a forma se conhecimento habilidades e atitudes.

Dessa forma a avaliação formativa pode contribuir o aperfeiçoamento de acção docente, fornecendo dados para o professor se adequar
seus procedimento de ensino as necessidade da classe. A avaliação formativa pode também ajudar a acção discente, porque fornece o
aluno informações sobre o seu progresso na aprendizagem, fazendo-o conhecer seus avanços, bem como suas dificuldades, para poder
supera-las. E através da modalidade formativa que avaliação assume sua dimensão orientadora. Fornecendo dados para o
replanejamento da pratica docente e orientando o estudo continuo e sistemática do aluno, para que sua aprendizagem possa avançar
em direcção aos objectivos estabelecidos.

Aperfeiçoar o processo ensino aprendizagem existe uma estratégia relação entre os resultados obtidos pelos alunos na aprendizagem e
os procedimentos de ensino utilizado por professor. Por isso, o aproveitamento do aluno reflectir, em grande parte a actuação didáctica
do professor. Assim sendo, o acto de avaliar fornece dados que permitem verificar directamente o nível de aprendizagem dos alunos e
também, determinar a qualidade do processo de ensino de aprendizagem, o professor pode obter informações valiosas sobre seu
próprio trabalho. Nesse (feedback) porque fornecem dados ao professor para repensar e replanejar sua função didáctica. Visando
aperfeiçoa-la para que seus alunos obtenham mas êxito na aprendizagem.

Tendo por base analise de resultados da avaliação, o professor pode melhorar a qualidade de seu ensino, adequando os métodos e as
técnicas usados as característica da classe, isto é, as necessidade, ao ritmo e a bagagem cognitva dos alunos.

Promover os alunos sem sua sistema escolar seriado, o aluno é promovido de uma serie para outra e de um grau ou curso para outro,
de acordo com o nível de aproveitamento de adiantamento alcançados nos componentes curricular estudados. Com avaliação é
utilizado com o propósito de atribuir ao aluno uma nota ou conceito final para fins de promoção, ele é denominada avaliação somativa
este tipo de avaliação tem função classificatória, pois consiste em classificar resultados obtidos pelos alunos ao final de um semestre,
ano ou curso, tendo por base os níveis de aproveitamento preestabelecidos.

A avaliação somativa supõe uma comparação, porque o aluno é classificado de acordo com seu nível de aproveitamento e rendimento
atingido, geralmente em comparação com os colegas, é com classe. A ênfase no aspecto comparativo é própria da escola tradicional.
Como a forma esta, actualmente, perdendo seu carácter selectivo e competitivo, para se tornar orientadora e cooperativo, em
decorrência das novas concepções educativas e das mudanças ocorridas na escola. Assim, a avaliação esta sendo revista a luz dos
novos princípios pedagógicos da aprendizagem referir-se a critério preestabelecidos (através dos objectivos )ou ao desempenho
anterior do próprio individuo.

Função controladora
Informar sobre o rendimento Localizar as difeciencias

Replanejamento
No fim do processo de ensino a aprendizagem temos a avaliação somativa que tem uma função classificatória, isto é, classifica os
alunos no fim de um semestre, ano, ou unidade segundo níveis de aproveitamento.

Função classificatória

Classificacao segundo níveis de aproveitamento

Classificação final

Curso Unidadee Semestre Ano

Função Modalidade correspondente

De diagnostico avaliação diagnostica

De controlo avaliação formativa

De classificacao avaliacao somativa


Tipos de avaliação
Colaborando com autores como CORTESAO e TORRES (1990), NERICI (1989) PILETTI (1990) LIBANEO (1992) e outros podemos
distinguir três tipos de avaliação no PEA, nomeadamente avaliação diagnosticas, formativa ou continua e somativa.

Avaliação diagnostica
Avaliação diagnostica realiza se no inicio o curso, do ano lectivo, do semestre, da unidade ou do novo tema.

Pode concluir se então que avaliação diagnostica tem como objectivo de verificar o domínio de pré-requisitos necessários para
aprendizagens posteriores (níveis dos alunos ). Estes pré-requisitos constituem o ponto de partida para estabelecer uma estratégia do
PEA adequada para os alunos, de formas que os professores possa ajudar a todos seus alunos aterem domínio do saber, saber fazer e
saber ser / ou estar correspondentes a objectiva considerados fundamentais. Deste modo e possível que se faça:

 Organização de aula de recuperação;


 Simplificação dos conteúdos programados que seram estudados reduzindo-os essencial;
 Acompanhamento continue dos alunos individualmente ou em grupo
 Elaboração constante de trabalho pelos alunos e sua correcção regular pelos professores;
 Testagem regular dos progressos e resultados de aprendizagem.

Portanto avaliação diagnostica tem uma função formativa, pós tem como finalidade através de conhecimento do nível inicial dos
alunos, elevarmos a aprendizagem pela aquisição dos objectivos educacionais propostos.

Avaliação contínua ou formativa


Este tipo de avaliação realiza continuamente ao longo das aulas. Também tem uma função formativa, uma vez que da conhecer ao
professore e ao aluno se objectivos estão a ser alcançado, identifica os obstáculos que estão comprometer a aprendizagem a razão de
ser desses obstáculos, permitindo assim estabelecer estratégias que ajude os alunos e os professor ao ultrapassar as dificuldades
detectado esquematicamente temos:

Avaliação somática
Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre ou trimestre, do curso do ano lectivo, segundo níveis de aproveitamento.
Tem a função classificadora (classificação final)

Técnicas e instrumentos de avaliação da aprendizagem

A avaliação é a fase final de um processo de colecta, análise e interpretação de dados. Os recursos que são utilizados para isso
denominam-se “instrumentos de avaliação”.
De acordo com SILVA (S/D: 44) “a avaliação é a fase final de um processo de colecta, análise e interpretação de dados. Os recursos
que são utilizados para isso denominam se “instrumentos de avaliação”.

Em consonância com HAYDT (2002:), “para avaliar o aproveitamento dos alunos existem três técnicas básicas e uma grande
variedade de instrumentos de avaliação, que pode ser sintetizado:
Técnica Instrumentos Objectivos Básicos
Observação – é a técnica mais comum, e Registro da observação: Verificar o desenvolvimento
nela que o professor avalia não apenas a • Fichas. cognitivo, afectivo e psicossocial
aquisição de conhecimentos, mas também • Caderno. do educando, em decorrência das experiências
verifica hábitos e habilidades do vivenciadas.
Convívio social.

Autoavaliação – é a apreciação feita pelo Registo de auto- avaliação


próprio aluno no processo vivenciado e
dos resultados obtidos

Aplicação de Provas: Prova oral Determinar o aproveitamento


• Arguição. Prova Escrita cognitivo do aluno, no decurso de aprendizagem.
• Dissertação. • Dissertativa.
• Testes. • Objectivas.

A selecção das técnicas e instrumentos de avaliação deve ser realizada durante o processo de panejamento pedagógico e deve
considerar os seguintes aspectos:
 Objectivos direccionados para o ensino-aprendizagem;
 A natureza do componente curricular;
 Métodos e procedimentos usados no ensino;
 Número de alunos e tempo do professor;

A avaliação no processo de ensino e aprendizagem requer que o aluno não só adquira os conhecimentos necessários para viver em
sociedade, mas também avalie as habilidades e competências exigidas para tal. Nessa perspectiva, a avaliação deve estar a serviço da
aprendizagem, em favor do aluno, em favor de uma formação básica que possibilite competências técnicas, humanas e sociais.
O acto de avaliar está presente em todos os momentos da vida humana, seja na alfabetização ou na graduação, e se reflectir pela
unidade imediata do pensamento e da acção.

Etapas da avaliação
Durante o PEA podemos encontrar as seguintes etapas:
 Determinar o que vai ser avaliado;
 Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação;
 Seleccionar as técnicas e instrumentos de avaliação;

Métodos de Avaliação
Existem várias técnicas e instrumentos de avaliação:
 Para a avaliação diagnostica, como técnica pode se utilizar o pré-teste, a ficha de observação ou qualquer instrumento
elaborado pelo professor para melhor controlo.
 Para avaliação Somática, encontramos os instrumentos mais utilizados que são as provas.
 Para avaliação formativa, temos como técnicas a observação de trabalhos, os exercícios práticos, provas, etc.

Princípios de avaliação
Para que avaliação adquira a importância que realmente no PEA é necessário seguir alguns princípios básicos.
Uns dos erros didácticos mais frequentes são o de não integração dos critérios e dos processos de avaliação na dinâmica geral do
ensino. ʺ Avalia-se com um quadro de referência diferente daquele com que se ensinou.
Para evitar que isso não aconteça deve seguir os seguintes princípios:
a) Estabelecer com clareza o que vai ser avaliado.
Se não sabe o que vai avaliar não poderá avaliar de maneira eficiente. Por isso o primeiro passo consiste em estabelecer se vai
avaliar o aproveitamento, a inteligência, o desenvolvimento socio-emocional, e mais.
b) Seleccionar técnicas adequadas para avaliar o que se pretende avaliar. Nem todas técnicas e instrumentos são adequados aos
mesmos fins.
c) Utilizar, na avaliação, umas variedades de técnicas. Para se ter um quadro mais completo do desenvolvimento do aluno, é
preciso utilizar uma série de técnicas. Deve se utilizar técnicas que sirva para avaliar aspectos quantitativos e qualitativos.
d) Ter consciência das possibilidades e limitações das técnicas de avaliação. Muitas são as margens de erros que encontramos,
não só nos próprios instrumentos de avaliação (provas, testes, etc.), como também no próprio processo (modo como os
instrumentos são usados).
e) Avaliação é um meio para alcançar fins e não fins em si mesmo. O uso de avaliação implica propósito útil, significativo.
Segundo PILETTI (2004:195), A tarefa de avaliação deve começar no primeiro dia de aula. Logo que os alunos chegam a escola, o
professor deve começar avalia-lo. Só assim poderá adquirir informações directas, imprescindível e valiosas para planejar o seu
trabalho. O trabalho do professor será tanto mais eficiente quanto mais estiver calcado em dados reais, em informações
acumuladas sobre os alunos. O professor procura conseguir essas informações através de todos os meios que estejam ao seu
alcance: entrevistas com os alunos, observação do comportamento, entrevistas com pessoas que conheçam o aluno, leituras de
fichas informativas sobre o aluno, e mais.

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