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Planificação em Geografia
Planificação
Planificação ou planificar de acordo com (PILETTI; 2004: 61), planificar é estudar. É assumir
uma atitude séria e curiosa diante de um problema, procura-se planificar para decidir quais as
melhores alternativas de acção possíveis para alcançar determinados objectivos a partir de certa
realidade.
Para Proença, (1989: 149), ´´a planificação de ensino é uma necessidade decorrente da
concepção do processo didáctico como uma acção cientificamente conduzida para alcançar
determinadas finalidades educativas``.
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Portanto, se a planificação é um acto necessário em quase todas áreas da vida humana, quando se
trata da planificação em geografia deve “se pensar os elementos da Didáctica do ensino de
Geografia são consideradas as dimensões humana, político-social e técnica.
Todo ato de planificar é uma actividade intencional, isto significa que, ao planificarmos uma
aula, fazemos escolhas. Tais escolhas pressupõem valores, opções teóricas, filosóficas e
ideológicas, o que nos leva a pensar que nenhum acto de planificar é neutro isento de valor, mas
sim ideologicamente comprometido.
O ensino visa a transmissão de conhecimentos e desenvolver capacidades, tais metas não podem
ser deixadas ao acaso, até porque estão definidas nos programas oficiais. O professor lida com
um conjunto de conteúdos programáticos que deve transmitir aos seus alunos, procurando
através dessa transmissão desenvolver uma serie de capacidades e competências. Ora, tal
processo não pode ser deixado ao acaso. Como vimos, no acto didáctico confluem uma serie de
vectores decorrentes da posição do professor perante o ensino, e do conteúdo científico da
disciplina a ser leccionada. A articulação destes vectores só será possível se o processo didáctico
for procedido de uma profunda reflexão e rigorosa planificação das suas fases. (PROENÇA;
1989: 149).
Planificação do ensino
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Etapas da planificação do ensino
De acordo com Piletti, (2004: 62 - 65), são quatro (4) as etapas de planificação de ensino:
2. Elaboração do plano – a partir dos dados fornecidos pela sondagem, temos condições de
estabelecer o que é possível alcançar, como fazer para alcançar o que julgamos possível e como
avaliar os resultados. Portanto, para a elaboração do plano é necessário obedecer os seguintes
passos:
d) Selecção de recursos.
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Componentes do plano de ensino
2. Conteúdo – refere-se a organização do conteúdo por si, com base nas suas regras.
Abrange também as experiencias educativas no campo do conhecimento, devidamente
seleccionadas e organizadas pela escola. Constituí o elemento fundamental para se
alcançar os objectivos, (Idem).
Amparadas nas ideias de Cavalcanti (2006, p. 71), acreditamos que “[...] os conteúdos
curriculares são entendidos como um conjunto de conhecimentos, saberes, procedimentos,
valores, construídos e reconstruídos constantemente nesse espaço da sala de aula e da escola
em geral”, e não como algo prescrito que não viabilize a busca de novas relações na sociedade.
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neste são subdivididos em dois (2), nomeadamente, do Ambiente – natural – agua, folha,
pedra, etc. – escolar – quadro, giz, cartazes, etc. Da Comunidade – biblioteca, industrias,
lojas, repartições públicas, etc.
Na visão de Piletti, (2004: 69-74), a planificação de ensino é desdobrável em três (3) tipos,
diferenciados por seu grau de especificidade:
▪ Plano de curso;
▪ Plano de unidade; e
▪ Plano de aula
d) Permite que o professor avalie previamente a profundidade com que vai tratar cada assunto.
e) Serve de base para as conclusões quanto a eficiência dos métodos utilizados, (PILETTI;
2004: 69-74).
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a) Fazer uma sondagem inicial, parta conhecer o nível e as características dos alunos.
e) Prever as formas gerais de avaliação, bem como alguns critérios para o desenvolvimentos
das actividades dos alunos, (PILETTI; 2008: 69-74).
E de acordo com Pilleti (2004: 71), o plano de unidade tem três (3) etapas, a destacar:
1. Pré-teste oral ou escrito, para sondagem das experiências anteriores dos alunos, contendo
os conceitos que eles deverão aprender na unidade.
2. Diálogo com a turma a propósito do tema.
3. Comunicação aos alunos aos objectivos da unidade.
4. Utilização de material ilustrativo, tais como, jornais, revistas, cartazes, objectos
históricos, etc., que permitam introduzir o tema.
5. Aula expositiva com a mesma finalidade, (Idem).
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a) Estudo de textos.
b) Estudo dirigido.
c) Solução de problemas.
d) Projectos.
Integração – nesta etapa, os alunos deverão chegar a uma síntese dos temas abordados na
unidade. E, isto poderá ser alcançado através das seguintes actividades:
a) Organização do resumo.
Plano de aula é a sequência de toda actividade que será desenvolvida durante um dia lectivo. É a
especificação dos comportamentos dos alunos e dos meios – conteúdos, procedimentos e
recursos – que serão utilizados para a sua realização. Assim, a planificação de aula é a
sistematização de todas actividades que se desenvolvem no período em que o professor e o aluno
integram numa dinâmica de ensino e aprendizagem, (PILLETI; 2004: 72).
O plano de aula deve prever estímulos adequados aos alunos afim de motiva-los e criar uma
atmosfera de comunicação entre o professor e aluno que favoreçam a aprendizagem.
Piletti, (2004: 72-73), afirma que existem vários passos para a elaboração do plano de aula, e que
seguida passamos a citar:
O primeiro passo a observar na elaboração do plano de aula é indicar o tema central da aula. Por
exemplo: matéria-prima.
E asseguir, deve-se estabelecer os objectivos da aula, por exemplo: ao final dessa aula o aluno
será capaz de: identificar matéria-prima, destacar produto, mencionar os processos de
transformação da matéria-prima em produto.
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Em terceiro lugar, indica-se o conteúdo que será objecto de estudo. Por exemplo: matéria-prima,
produto, a matéria-prima e sua procedência, as indústrias locais.
Em seguida, estabelecem-se os recursos e os meios para o uso dos mesmos como forma de
atingir os objectivos, por exemplo, se fala-se de matéria-prima o professor pode levar os seus
alunos para uma excursão a uma indústria próxima, assim o professor pode planificar a excursão
como ponto de referência para ele próprio mas não deve dar a planificação pronta aos seus
alunos, deverá sim, para que com o seu auxílio planifiquem a excursão.
A planificação em Geografia
Almeida (1991), citado por Mello (s⁄d: 23), considera que os eixos norteadores da planificação
das aulas de Geografia estão relacionados a duas questões básicas; a primeira relaciona-se
com “o que ensinar em Geografia”, e a segunda ao “como ensinar Geografia”. Estas questões
dialogam com outras premissas importantes do trabalho docente. Uma dessas premissas
extremamente significativa diz respeito à reflexão sobre quem são os alunos e que
conhecimentos específicos de Geografia eles já têm, para então propor objectivos claros para
serem atingidos durante o processo de ensino - aprendizagem.
O ato de planificar exige uma referência fundamental, a realidade concreta conhecida, que pode
ser explicitada no projecto político-pedagógico da escola. Este projecto, além de apresentar
dados sobre quem são os alunos, revela também aspectos importantes como, por exemplo,
• Como funcionou;
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Assim, planificação da aula está intrinsecamente relacionado ao Projecto político-pedagógico da
escola e ao plano de ensino do professor, portanto, “planificação é um meio para se programar
as acções docentes, é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à
avaliação” (LIBÂNEO, 1994, p. 221).
Segundo Mello (s⁄d: 26), os conteúdos de geografia são organizados em torno do estudo dos
conceitos “Paisagens urbanas e rurais, suas características e relações”, envolvendo os seguintes
blocos temáticos: “O papel das tecnologias na construção de paisagens urbanas e rurais”;
“Informação, comunicação e interacção”; “Distâncias e velocidades no mundo urbano e no
mundo rural”; e “Urbano e rural: modos de vida”.
Tais blocos temáticos podem originar o estudo de conteúdos, como os modos de vida da cidade e
do campo; tipos de moradia; meios de comunicação e meios de transporte; população; trabalho;
revitalização dos recursos naturais; representação cartográfica envolvendo “[...] direcção,
distância, orientação, proporção, o sistema de cores e de legendas, a divisão e o contorno dos
mapas políticos, os pontos cardeais etc.” (BRASIL, 2000, p. 151), citado por Mello (s⁄d: 26),
além dos mapas temáticos (relevo, clima, população etc.).
De acordo com tais orientações oficiais, blocos temáticos (programas) “[...] contemplam
conteúdos de diferentes dimensões: conceituais, procedimentos e atitudinais, (Idem.).
Dado este referencial (nacional) para o ensino de Geografia nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, vale enfatizar o que considera Libâneo (1994, p. 228) a respeito dos programas
oficiais:
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“Os programas oficiais, à medida que reflectem um núcleo comum de conhecimentos escolares,
têm um carácter democrático, pois, a par de serem a garantia da unidade cultural e política da
nação, levam a assegurar a todos os, sem discriminação de classes sociais e de regiões, o direito
de acesso a conhecimentos básicos comuns. Os planos e programas oficiais de instrução
constituem, portanto, um outro requisito prévio para a planificação. A escola e os professores,
porém devem ter em conta que os planos e os programas oficiais são directrizes gerais, são
documentos de referência, a partir dos quais são elaborados os planos didácticos específicos.
Cabe a escola e aos professores elaborar os seus próprios planos, seleccionar os conteúdos,
métodos e meios de organização do ensino, em face das peculiaridades de cada região, de cada
escola e das particularidades e condições de aproveitamento escolar dos alunosˮ.
Callai (2003, p. 101) aponta que a selecção dos conteúdos de ensino em Geografia é tarefa difícil
para o professor, pois, se torna um dilema saber o que fazer com tanta informação possível para
cada conteúdo de ensino.
Passini (2007) destaca, ainda, que a escolha dos conteúdos das aulas de Geografia deve ser
pensada, considerando a responsabilidade da formação do cidadão que precisa entender o
mundo, e isto “Não é simples como ler uma bula de remédio e aplicar a dosagem por faixa
etária” (PASSINER, 2007, p.38), citado por (MELLO: s/d: 27).
O importante frente a qualquer dúvida relativa a escolha dos conteúdos das aulas de Geografia é
o não distanciamento do próprio objecto de estudo da Geografia – o espaço geográfico –, de
seus conceitos e suas categorias elementares. “Para explicitar uma teoria de espaço, Santos
(1988) analisa algumas categorias e suas inter-relações, a saber: região, paisagem, configuração
territorial, homem e natureza” (CAVALCANTI, 2010: 88).
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Importância da planificação do ensino
Em concordância com Piletti, (2004: 75), diz que, planificar as actividades de ensino é
importante pelos seguintes motivos:
• Ser elaborado em função das necessidades e das realidades apresentadas pelos alunos.
• Ser flexível, isto é, deve dar margem a possíveis reajustamentos sem quebrar sua unidade
e continuidade. O plano pode ser quando se fizer necessário.
• Ser claro e preciso, isto é, os enunciados devem apresentar bem exactas a sugestões bem
concretas para o trabalho a ser realizado.
• Ser elaborado, tendo em vista as condições reais e imediatas do local, tempo de recursos
disponíveis.
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ASSISTÊNCIA DE AULAS
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• Adequar o processo de supervisão às características e necessidades específicas de cada
professor.
• Estabelecer as bases para uma tomada de decisão fundamentada sobre o processo de
ensino e aprendizagem.
• Avaliar a adequação das decisões curriculares efectuadas pelos professores e,
eventualmente, suscitar abordagens ou percursos alternativos.
• Proporcionar o contacto e a reflexão sobre as potencialidades e limitações de diferentes
abordagens, estratégias, metodologias e actividades.
• Desenvolver diferentes dimensões do conhecimento profissional dos professores.” (Reis,
2011, p.10)
Referenciando ainda o mesmo autor, a observação formal de aulas é fortemente influenciada pelo
modelo de supervisão clínica e abrange a repetição cíclica de uma sucessão de fases:
• Uma sessão pré-observação, para conhecimento dos objectivos e das estratégias de
ensino, aprendizagem e avaliação prevista para a aula e para negociação dos focos
específicos e procedimentos da observação;
• A observação da aula;
• A análise dos dados recolhidos;
• A sessão pós-observação, para discussão e reflexão crítica sobre os acontecimentos
observados e identificação de aspectos positivos e aspectos a melhorar;
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observação a fim de garantir o seu envolvimento crítico nos encontros anteriores e posteriores às
aulas observadas” (Vieira & Moreira, 2011, p. 31).
Para a observação de aulas é importante definir-se o que é que se vai observar, para depois se
deliberar como se vai observar e que técnicas utilizar.
Relativamente à autoavaliação, o mesmo autor refere que “é necessário criar uma imagem
construtiva da autoavaliação, vê-la como um instrumento a favor do professor e da sua atuação
profissional” onde predominam as funções de prestar atenção e clarificar (p. 23).
Ao entregarem a sua autoavaliação os docentes estão a exercer a sua autonomia apoiada numa
reflexão crítica sobre o seu desempenho profissional e simultaneamente a “terem uma palavra
ativa e prévia aos juízos avaliativos sobre o seu desempenho profissional”. Assim o docente
consciencializa-se do que faz e porque o faz, sendo este “muito mais do que um mero exercício
de prestação de contas” (Graça et al., 2011, p.96). A autoavaliação neste sentido tem por
objetivos:
- O envolvimento do avaliado no processo de avaliação;
- A estimulação da capacidade de auto análise e incentivo à reflexão;
- A consciencialização das suas limitações e o desenvolvimento de estratégias para a sua
superação;
- A reflexão sobre a natureza e o tipo de estratégias utilizadas, assim como a sua eficácia;
- A identificação de necessidades de formação.
A definição de objetivos individuais centraliza-se como um elemento fundamental, uma vez que
permite a clarificação da contribuição de cada docente na concretização das metas dos principais
documentos de “gestão estratégica da escola ou agrupamento de escolas, isto é, no Projeto
Educativo e no Plano Anual de Atividades” (Graça et al, 2011, p. 45).
Viegas (2009) afirma que o docente deve “reunir evidências significativas e representativas da
sua actividade profissional, com vista à organização de um dossiê ou portefólio” (p.180). “O
próprio planeamento do processo de avaliação do desempenho tem implicâncias na distribuição
de serviço docente que é necessário ter em conta. Identificar e prever tempos comuns para
avaliadores e respectivos avaliados” (Morais, 2009, p. 17).
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Observação da aula
A observação de aulas deve ser um processo colaborativo entre o docente e o supervisor. Assim,
estes devem “ desempenhar papéis importantes, antes, durante e após a observação, de modo a
assegurar benefícios mútuos no desenvolvimento pessoal e profissional” (Reis, 2011, p.19).
Neste sentido, a observação de aulas enquadra-se num projeto global de Escola e contribui para o
desenvolvimento pessoal e profissional dos docentes, para a melhoria do serviço educativo
prestado e para o incremento do trabalho colaborativo, com vista ao sucesso educativo dos
alunos.
Segundo Vieira e Moreira (2011, p. 28), “não é possível falar de observação de aulas como
estratégia de supervisão e desenvolvimento profissional sem nos referirmos ao modelo de
supervisão clínica”, sendo este o que “mais resistiu à prova do tempo. Por outro lado, é aquele
que “no contexto da avaliação de desempenho pode apoiar a observação de aulas e a
reconstrução das práticas dos professores”.
O sucesso da observação de aulas depende, segundo Reis (2011), de uma preparação cuidadosa,
designadamente, no que diz respeito à definição da frequência das mesmas, à duração, aos focos
específicos a observar, à escolha das metodologias a utilizar e à conceção de instrumentos de
registo adaptados. O mesmo autor refere que é importante serem observadas aulas em diferentes
turmas e em vários dias da semana.
A observação da sala de aula, a gestão da sala de aula, a interação na sala de aula entre professor
/aluno, o discurso do professor, o discurso dos alunos, o clima de sala de aula e as atividades
pedagógicas, que passam pela diferenciação educativa, são exemplos muito importantes de focos
de observação.
Morgado (2003) considera que a diferenciação educativa requer a existência de um modelo que
permita analisar as práticas a desenvolver nas salas de aula, modelo esse que se estrutura em
torno de seis dimensões fundamentais: “planeamento, actividades /tarefas de aprendizagem,
organização do trabalho dos alunos; clima social de sala de aula; materiais e recursos e
avaliação” (pp.81-82). O mesmo autor menciona a importância de cada dimensão:
• Planeamento – Envolve a planificação do trabalho a desenvolver. Um percurso bem
organizado e estruturado, que se vá realizando por etapas bem definidas, aumenta
significativamente os níveis de sucesso para todos os alunos. Os professores definem o
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que o aluno precisa de aprender, as condições em que vai aprender, como vai aprender e
os critérios de avaliação a utilizar;
• Materiais e recursos de aprendizagem - Refere os materiais e recursos que o professor
utiliza como suporte à aprendizagem.
• Organização do trabalho dos alunos - Engloba a forma como os alunos são solicitados a
organizarem-se para desenvolverem a aprendizagem.
• Clima social de sala de aula - A sala de aula é o local privilegiado da atividade da turma.
Neste contexto, o clima social positivo na sala de aula assume-se como um aspecto
fundamental numa organização de escola que desejavelmente se assume como
diferenciada.
• Avaliações – Consideram-se nesta dimensão, todos os processos relativos à avaliação do
processo de ensino - aprendizagem considerando os procedimentos e mecanismos
envolvidos (Morgado, 2003).
O modelo proposto, só poderá conduzir a resultados desejáveis se funcionar na base da
observação, da avaliação sistemática, constante, rigorosa e adequada e da reflexão contínua.
Estas práticas devem ser objeto de análise colaborativa entre professor e supervisor.
O modelo clínico (ciclo de avaliação clínica) detém uma dimensão metodológica que continua a
dominar a supervisão e a avaliação dos professores. As práticas de supervisão clínica baseiam-se
no estudo de situações reais do contexto escolar e recorrem à observação para examinar modelos
de conduta em sala de aula e melhorar o ensino através da interação entre professores e
supervisores (Alarcão, 2002; Sá Chaves, 2002). Trata-se de um processo de observação, reflexão
e ação sobre a prática, em que o observador assume o papel de colega crítico, que funciona como
apoio e recurso para a superação das dificuldades que são vividas e sentidas (Alarcão & Tavares,
2003).
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Vieira e Moreira (2011, p.29), salientam as vantagens da “análise colaborativa das práticas de
ensino e aprendizagem com o objetivo de as melhorar (…) através de ciclos de observação
compostos por três fases principais”, ou seja, resume as tarefas que o ciclo de avaliação deve ter:
pré-observação, observação e pós-observação descrevendo cada uma delas através do seguinte
quadro.
Blumberg, cit. por Vieira e Moreira (2011), menciona a importância da recolha e análise de
informação e regulação conjunta da eficácia dos processos supervisivos quanto à obtenção das
suas finalidades e à qualidade da relação interpessoal desenvolvida (avaliação sistemática da
eficácia).
Do ponto de vista ideológico, supervisão pressupõe: colegialidade, confiança mútua, liberdade,
autonomia, espírito crítico. O Professor é ator intelectual e político e o ensino uma forma de
debate e luta em torno de ideias e ideais importantes.
A Avaliação de Desempenho Docente deve estar ao serviço da construção de comunidades de
desenvolvimento profissional: empreendimento coletivo, interativo, partilha e reflexão sobre
sucessos e insucessos, lideranças, informação, apoio e encorajamento.
O perfil do professor atual é o de um profissional preparado com todos os instrumentos
necessários (teóricos, técnicos e práticos) que lhe permitam desempenhar uma prática reflexiva e
capaz de dar resposta à diversidade de alunos com que é confrontado na escola de hoje e na do
futuro. A sua função principal é estimular aprendizagens significativas nos alunos e o seu
desenvolvimento integral enquanto indivíduos e cidadãos. Esta é uma função complexa, que
exige o desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes a vários níveis, mas que
exige, sobretudo, uma grande capacidade criativa e participativa para se adaptar e intervir nos
processos de mudança (Alonso, 2005).
De acordo com Graça et al, (2011, p. 29) o “Nível de Desempenho relativamente à Preparação e
Organização das actividades letivas” é:
- Excelente - Planificação é correta e coerente científica e pedagogicamente. Capacidade de
relacionar com a sua área e outras que, apesar de diferentes, complementam a aprendizagem.
Atitude reflexive
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e autónoma, promoção de estratégias e métodos adequados ao nível etário dos alunos e aos
conteúdos programáticos propostos. Atitude sistémica e inovadora (não exclusivamente com
recurso TIC).
- Muito Bom - Planificação correta e coerente científica e pedagogicamente. Relacionação de
vários saberes que complementam a aprendizagem. Atitude reflexiva e autónoma. Adequação
sistemática e diversificação das estratégias ao nível etário dos alunos e aos conteúdos
programáticos propostos.
- Bom - Planificação correta e coerente científica e pedagogicamente. Relacionação de saberes
que complementam a aprendizagem. Adequação sistemática e diversificação das estratégias ao
nível etário dos alunos e aos conteúdos programáticos propostos.
- Regular - Planificação correta e coerente científica e pedagogicamente. Adequação das
estratégias e metodologias ao contexto de sala de aula.
- Insuficiente: Planificação com muitas falhas, pouca coerência científica e pedagogicamente, ou
até mesmo inexistente. Não adaptação nem diversificação das estratégias, das metodologias e dos
recursos utilizados (p.29).
A ficha de registo de observação de aulas é utilizada como o referencial da observação e nela se
assinala a avaliação fixa de cada uma das seis competências de lecionação. Este tipo de
instrumento apresenta uma relação pormenorizada de comportamentos ou acontecimentos
considerados desejáveis, organizados por áreas/dimensões. Coube ao observador “registar a
presença de um comportamento ou acontecimento durante a aula (Reis, 2011, p.26).
A grelha refere a componente da sala de aula, os conteúdos, a relação pedagógica com os alunos,
tendo sempre como objetivo a melhoria da qualidade do ensino.
Um modelo de instrumento de registo de fim aberto poderá adequar-se, também, a uma fase
inicial/exploratória em que se ignorem as competências do professor. Este documento possibilita
obter uma ideia do que acontece numa sala de aula através do registo dos principais
acontecimentos observados.
“Pretende-se que o mentor ou supervisor registe a maior quantidade de informação possível
sobre as actividades realizadas, os métodos de ensino utilizados, as interacções estabelecidas e
outros aspetos observados. Neste caso, o registo dos acontecimentos deverá ser efectuado de
cinco em cinco minutos, permitindo obter um “retrato” pormenorizado da aula observada” (Reis,
2011, p. 30).
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De acordo com Reis (2011, pp. 32, 33) salientamos, similarmente, a importância das listas de
verificação, uma vez que “constituem o instrumento de observação mais objectivo e mais fácil de
aplicar” e cujos aspetos a observar podem ser os seguintes:
- A planificação da aula foi seguida?
- Os recursos utilizados eram adequados às actividades propostas?
- Os recursos utilizados eram adequados à idade e às competências dos alunos?
- Houve diferenciação de tarefas de acordo com as necessidades individuais dos alunos?
- O ambiente de sala de aula era promotor de aprendizagens?
- As tecnologias de informação e comunicação foram utilizadas nas actividades realizadas?
- As formas de comunicação eram apropriadas aos objectivos propostos e às características dos
alunos?
- O professor demonstrou domínio do conteúdo abordado?
- Houve evidências de que os alunos tenham aprendido?
- Os alunos foram avaliados?
- Os alunos participaram na sua própria avaliação?
- Foram identificadas algumas necessidades de formação?
Antes de proceder à observação da aula, o supervisor deve estar ciente da influência que as suas
experiências pessoais, o seu percurso de formação e as suas crenças relativamente ao ensino
exercem no processo de observação, nomeadamente nos aspectos que valoriza e nos comentários
que poderá efetuar posteriormente. “Um observador eficaz deve reconhecer que as suas
observações representam apenas uma versão do que se passou na sala de aula, não constituindo
um retrato da realidade” (Reis, 2011, p.22).
No seguimento do que foi referenciado anteriormente, passo, agora a apresentar indicações que
temos em linha de conta, aquando das observações de aulas na nossa área - a educação especial.
Os docentes observados são informados acerca do objetivo específico da observação. Assim, o
objetivo consiste em ver o modo como cada professor(a) interpreta os conteúdos. Este primeiro
contacto vai servir para chegar a um acordo sobre o modo de processar a observação (quando e
quem a irá realizar).
O guião que se segue vai ajudar-nos:
Antes de começar a observação: Numa primeira conversa, o professor explica ao supervisor
/avaliador o que tem intenção de fazer, quais os seus objetivos, se vai adaptar os materiais de
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ensino, etc. Deste modo, o observador poderá prever os aspetos mais pertinentes no que respeita
os objetivos da observação (particularmente, aqueles que estão relacionados com reflexões.
Assim, é importante responder às questões:
1. “Quais são os objectivos que definiu para a aula que irei observar? O que pretende que os
alunos aprendam? Como conseguirá saber se os alunos aprenderam?
2 - Que estratégia irá implementar para alcançar os objectivos pro-postos? Que abordagens e
actividades irá propor? Porque escolheu essas actividades? Como se articulam essas actividades?
Que recursos irá utilizar?” (Reis, 2011, p.23).
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Ficha de Assistencia de aulaExibir mais
República de Moçambique Província de Inhambane
Governo do Distrito de Nhamatanda
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e) Faz a revisão da aula anterior
_____________________________________Sim O Não O
f) Os métodos previstos no plano foram bem observados
________________________________________Sim O Não O
g) O professor cria espaço para os alunos desenvolver suas habilidades
____________________________Sim O Não O
h) Presta atenção aos alunos com NEE (Necessidades Educativas Especiais)
________________________Sim O Não O
i) O Docente domina cientificamente os conteúdos em leccionação________
________________________Sim O Não O
j) Dirige as perguntas
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ELABORAÇÃO DE PORTEFÓLIO
instrumento de apontamentos sobre as atividades realizadas em classe pelo docente. Quando bem
estruturado, o material ajuda o professor na análise mais assertiva do desempenho dos alunos e
observação mais ampla do trabalho do professor, trazendo elementos do trabalho em sala para
alunos sabem ou não, é possível planear uma proposta de ensino de maior qualidade, mais bem
desenvolvido pelo docente. Entre os registros que devem constar no documento, estão aqueles
que indicam o nível de aprendizagem dos alunos diante da proposta de ensino apresentada,
indica Rosaura. Para ela, os comentários reflexivos do professor sobre o desempenho de cada
aluno são importantes e devem estar no material. “Eles são fundamentais porque podem
Assim como o aluno, o professor também tem seu portfólio. Nele, estão informações mais
coordenadora de projetos da Elos Educacional, aponta registos que devem constar no portfólio:
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Dados iniciais: elucidam o contexto antes do início de um plano de ação
Dados finais: apresentam se houve alcance ou não dos objetivos do plano de ação
“É uma ferramenta indispensável para analisar o desempenho dos alunos ou grupo e, também, as
facilidades e dificuldades de ensino dos professores”, explica Janaína. Ela considera fundamental
que o registro contemple além das descrições, reflexões sobre o processo de ensino e
processo e o que poderia ser feito de diferente para atingir os objetivos de aprendizagem.
portfólio, como esse trabalho será feito e com que frequência. De acordo Janaína, dessa forma o
documento terá significado para todos, além de reforçar a responsabilidade que têm na melhoria
do processo de pedagógico.
A intervenção do coordenador, a partir da análise do material, deve ser feita com reflexão de
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que traz informações relevantes para, por exemplo, a organização de grupos de estudo focados na
solução de lacunas identificadas na prática de sala de aula. Fabiane, entretanto, atenta que o
registo não deve servir como uma forma de punição do docente, sem um caráter pedagógico. “Se
for utilizado desta forma, perde todo o sentido de sua proposta: autoavaliação e identificação de
auxiliar os professores que apresentem dificuldades ou dúvidas em relação ao plano de ação que
o docente desenvolveu com a turma. A necessidade de formações coletivas, por exemplo, pode
A avaliação desses dados auxilia na construção coletiva de um plano de ação que atenda a todas
as prioridades, de maneira global. “Se o coordenador percebe que há muitos alunos não
alfabetizados fora do ciclo, pode criar um plano para intensificar a alfabetização dele. Ou, por
exemplo, se a maioria dos professores relatam problemas disciplinares e/ou de bullying, pode
Para Fabiane, quando age assim, o coordenador insere o professor no processo pedagógico da
escola. Não verticalizar as temáticas, mas propor temas horizontais, com problemas reais e
soluções factíveis. “Essa é uma maneira inteligente de utilizar o portfólio em benefício das
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para o processo, o coordenador também pode mapear problemas como indisciplina, falta de
encaminhamento.
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ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
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A seguir, são propostas quatro etapas para planear e distribuir as práticas pedagógicas de maneira
equilibrada ao longo do ano: Planeamento, execução, avaliação da aprendizagem dos alunos
e lições aprendidas para um novo planeamento.
1) Planeamento
O planeamento é, sem dúvida, a parte mais importante da atividade do professor. Para planear
uma prática pedagógica, o cursista deve levar em conta sua experiência docente, sua expectativa
de aprendizagem e as possibilidades de compor sua carga horária, de 300 horas no total. Esse
planeamento tem um formulário próprio, disponível no AVA, que o cursista deverá preencher
assim que definir os seguintes tópicos:
Nesse formulário, o cursista escolhe com qual escola, habilitação profissional, disciplina e
turma irá trabalhar. Ele também define quais competências ou habilidades pretende que os
alunos desenvolvam, qual metodologia irá empregar para isso e quais instrumentos de
avaliação utilizará para verificar se seus objetivos com a atividade foram atingidos e de que
maneira os alunos a aproveitaram. O cursista também deve indicar no formulário as referências
que utilizou para propor a atividade, relacionando-as, preferencialmente, com os temas estudados
nas disciplinas teóricas do curso.
Há um limite de repetições de uma mesma prática pedagógica: só é possível realizar o mesmo
tipo de prática duas vezes. A carga horária de cada atividade será atribuída pelo orientador do
relatório de práticas pedagógicas, conforme as orientações do tópico “Que práticas pedagógicas
fazer?”.
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2) Execução
Nesta segunda etapa, o cursista executa e regista a prática pedagógica planeada. Ele deve
providenciar um documento comprobatório que ateste a realização da atividade e fazer um
relatório após a experiência. Ambos têm modelos disponíveis no AVA.
O documento comprobatório deve ser impresso em papel timbrado, assinado e carimbado pelo
diretor ou coordenador da unidade escolar em que a atividade foi desenvolvida. Já o relatório
deve descrever e analisar a prática pedagógica sob o ponto de vista do processo de ensino e
aprendizagem, contendo os seguintes itens:
2. comentário sobre o que essa experiência de ensino acrescentou à sua prática docente
3) Avaliação
No relatório acima, o tópico da avaliação requer cuidado especial. Não se deve confundir a
avaliação da aprendizagem dos alunos com a avaliação da prática pedagógica. A primeira
deve ser descrita no campo execução. A segunda, sim, é que deve ser descrita no campo
avaliação: ela toma como base os resultados da primeira, mas consiste numa reflexão do próprio
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cursista sobre a prática pedagógica. Nela, o cursista deve avaliar seu trabalho como educador em
pelo menos dois aspectos:
• abrangência: número de alunos que aprenderam em relação aos que não aprenderam; e
4) Lições aprendidas
No relatório, o tópico das lições aprendidas também merece atenção especial. Nele, o cursista
deve descrever o que deu certo e o que precisa ser melhorado ao empregar determinada prática
pedagógica.
Ainda que o resultado prático da atividade não tenha sido o esperado (por exemplo, ao exibir um
filme em sala de aula, o vídeo fica sem som), isso não significa que a prática pedagógica não
tenha funcionado. O processo de construção é que promove a aprendizagem. Os alunos podem
ter se envolvido na busca de soluções para o problema no áudio, aprendendo a trabalhar em
equipe, por exemplo. Lembre-se: a aprendizagem dos alunos é que determina o sucesso do
trabalho do professor.
Por fim, o cursista deve digitalizar o documento comprobatório e postá-lo junto ao relatório no
AVA para que ambos sejam avaliados e validados pelo orientador. Ele deve organizar e guardar
os documentos originais em uma pasta, cuja entrega será solicitada no fim do ano, conforme as
orientações do próximo tópico.
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Anexos: relação de documentos comprobatórios em folhas numeradas.
Na capa, o cursista deve indicar o nome do curso, o ano, seu nome completo e sua turma. Em
seguida, deve elaborar uma tabela de sumário, indicando a relação de práticas realizadas, a carga
horária de cada uma delas e em qual página se encontra seu respectivo documento
comprobatório. Por fim, deve anexar todos os documentos comprobatórios, organizados em
páginas numeradas.
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com os resultados de aprendizagem, a partir da avaliação) e indicando, se pertinente, propostas
para melhorar essa estratégia de ensino.
Para validar a visita técnica como prática pedagógica, é obrigatório apresentar um documento
comprobatório, como a ficha de práticas pedagógicas assinada pelo diretor da escola ou um
termo de visita assinado por um responsável da empresa visitada. Esse documento deve ser
anexado ao relatório da visita e postado no AVA.
3) Residência didático-pedagógica
A residência didático-pedagógica prevê a observação de aulas e a elaboração de um relatório
analítico sobre elas. Pode ser realizada nas escolas técnicas do Centro Paula Souza ou em outros
estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, que ofereçam educação profissional de nível
médio. É recomendado que o cursista faça a residência em uma escola diferente da qual ele
trabalha, para ter a vivência de outra realidade educacional.
Para validar a atividade, é necessário apresentar um documento que ateste que o cursista
compareceu à escola e assistiu a, no mínimo, cinco aulas, especificando data, hora, disciplina,
turma e habilitação profissional. Esse documento deve ser assinado pelo diretor ou pelo
coordenador pedagógico da instituição onde a residência foi feita.
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4) Uso de cinema em sala de aula
A proposta desta atividade é fazer o cursista pesquisar, selecionar e exibir filmes ou trechos de
filmes que contribuam para a aprendizagem dos alunos. O cinema pode ser um grande auxiliar
do ensino, se os filmes forem selecionados cuidadosamente e usados de maneira adequada, como
parte da aula. É necessário que sua exibição resulte na ampliação de conceitos e no
desenvolvimento efetivo dos alunos.
Após exibir o vídeo, o cursista deve conduzir um debate sobre o tema e os aspectos dele,
registrando as questões levantadas pela turma. Se preferir, pode pensar em uma atividade escrita,
em grupo ou individual, que instigue os estudantes a refletirem sobre o que viram.
Depois da experiência o cursista deve fazer um relatório da atividade incluindo desde o plano de
aula até uma análise da contribuição do filme para a aprendizagem dos alunos. Essa contribuição
deve ser avaliada a partir das questões levantadas pelos estudantes durante o debate ou nos
trabalhos escritos.
5) Elaboração de vídeo-aula
Nesta atividade, o cursista produz, sozinho ou com os alunos, um vídeo didático sobre um tema
previamente selecionado. Cada vídeo deve ser planeado, ter um roteiro (com começo, meio e
fim) e estabelecer uma relação entre os assuntos explicados. Pode ser feito um ou uma série de
vídeos, desde que sigam um padrão e obedeçam a um roteiro prévio elaborado para a aula.
O cursista deve exibir o material e promover um debate com a turma sobre o tema da vídeo-aula,
avaliando se esta metodologia contribuiu para o aprendizado dos alunos. Ao fim da experiência,
o cursista deve fazer um relatório que analise a atividade e o aproveitamento dos estudantes e
indicar um link com sua vídeo-aula.
6) Dramatização
Nesta atividade, o cursista estimula seus alunos a fazerem uma dramatização sobre um
determinado tema. Encenar situações ajuda os estudantes a se desinibirem, a ganharem
autoestima e a exercitarem a observação, a atenção e a disciplina por meio de um trabalho
coletivo.
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Para que a experiência seja efetiva, o cursista deve organizar todo o processo com a turma: da
preparação (o que fazer, como fazer), à encenação propriamente dita. Ele deve mediar as
interações entre os cursistas, que terão de trabalhar em equipe, ouvindo, manifestando e
acolhendo opiniões uns dos outros.
Após a dramatização, o cursista conversará com os alunos sobre os pontos fortes e fracos da
apresentação, permitindo a exposição de sentimentos e situações, a aquisição de novas formas de
expressão, de vocabulário e de experiências estéticas e culturais. Por fim, deve fazer um relatório
analítico da atividade e anexar a ele uma ficha de práticas pedagógicas com registros da
dramatização, tais como fotos ou links com vídeos.
7) Projeto de pesquisa
Nesta prática, o cursista estimulará seus alunos a produzirem trabalhos acadêmicos. A pesquisa
aqui deve ser entendida como prática educativa, isto é, como um modo não só de construir
conhecimento, mas também de educar o cursista. Assim, o processo de elaboração do trabalho
deve propiciar ao estudante o desenvolvimento de um conjunto de competências no campo da
sua futura atuação profissional.
Para isso, o cursista poderá propor a seus alunos diferentes projetos de pesquisa, como webquest,
pesquisa de um produto, pesquisa social, estudo de caso etc.
Na webquest, a proposta é os alunos utilizarem os recursos existentes na rede para realizarem um
conjunto de tarefas pré-definidas pelo docente. Dessa forma, o cursista deve explicar-lhes
previamente o objetivo da pesquisa, como será desenvolvida e como será avaliada. Também
deve indicar aos alunos sites e outras fontes de informação confiáveis ou ainda ensinar a buscar
essas fontes.
No relatório dessa prática pedagógica, o cursista deve descrever o planejamento que fez,
relatando os objetivos de aprendizagem e a metodologia empregada, dentro do papel de
professor-orientador. Para tanto, deve descrever como organizou a classe, sensibilizou os alunos
para o tema, definiu cronograma de atividades, conduziu a orientação, auxiliou no relatório final
e compartilhou os resultados, por exemplo, participando de feiras técnicas, organizando mostras,
construindo sites etc. Na conclusão, deve analisar se os objetivos de aprendizagem foram
alcançados e o que pode ser melhorado nessa prática pedagógica.
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8) Análise do projeto político-pedagógico da escola
Nesta atividade, o cursista faz uma análise crítica do projeto político-pedagógico (PPP) da
escola. O PPP é um documento que reúne os valores, as crenças e os princípios pedagógicos da
instituição de ensino. A concepção coletiva dos projetos a serem desenvolvidos na escola parte,
necessariamente, do PPP: dos objetivos e metas que ele estabelece; de sua reflexão sobre a
missão, a visão e os valores da escola.
Nesta análise crítica do PPP, o cursista promove um levantamento da missão, dos valores e das
diretrizes estratégicas da escola. Também analisa aspectos como a gestão participativa e a
qualidade do projeto, do ponto de vista do desenvolvimento da escola. Para isso, deve identificar:
os autores do PPP; qual foi a participação da comunidade escolar (estudantes, professores,
administrativos, autoridades, pais de alunos e representantes do setor produtivo) em sua
elaboração; a qualidade do registro e da edição do documento; seu alinhamento com os atuais
problemas da escola; se esse documento foi compartilhado com toda a comunidade escolar etc.
Além de identificar esses aspectos, o cursista deve descrever que contribuição esse trabalho de
análise do PPP trouxe para sua própria atuação como docente. O diretor da escola ou seu
coordenador pedagógico deve assinar ficha da prática pedagógica para o cursista anexá-la ao
relatório da atividade.
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Por fim, deve indicar, conforme o caso, possibilidades de melhorar o PTD. O diretor da escola ou
seu coordenador pedagógico deve assinar ficha da prática pedagógica para o cursista anexá-la ao
relatório da atividade.
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acadêmica e outras fontes pertinentes. Depois, deve apontar as prováveis causas da evasão na
escola e propor soluções para o problema.
Por fim, a análise deve conter também uma avaliação do cursista sobre a contribuição desta
prática pedagógica na sua atuação como educador. O diretor da escola ou seu coordenador
pedagógico deve receber o resultado da análise e assinar ficha da prática pedagógica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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