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ASPECTOS DA DESBUROCRATIZAÇÃO
E SUAS INFLUÊNCIAS NA GESTÃO
DOCUMENTAL
NITERÓI
2013
NORMAN DE OLIVEIRA LIMA
Niterói - RJ
2013
L732 Lima, Norman de Oliveira.
Aspectos da desburocratização e seus reflexos na gestão documental /
Norman de Oliveira Lima. – 2013.
45 f.
Orientador: Lindalva Rosinete Silva Neves.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Arquivologia) –
Universidade Federal Fluminense, 2013.
Bibliografia: f. 42-45.
1. Documento arquivístico. 2. Informação. 3. Gestão de documento.
I. Neves, Lindalva Rosinete Silva. II. Universidade Federal Fluminense.
Instituto de Arte e Comunicação Social. III. Título.
CDD 651.5
NORMAN DE OLIVEIRA LIMA
BANCA EXAMINADORA
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NITERÓI
2013
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho aos meus familiares que estiveram comigo durante todo o tempo , me
incentivando na realização desse curso e especialmente sendo compreensíveis para que eu
pudesse elaborar esse estudo.
AGRADECIMENTOS
Aos colegas de turma, de forma especial aqueles que contribuíram para a realização
desse estudo, trocando informações numa rara demonstração de amizade e companheirismo e
pelos momentos agradáveis de convívio.
Aos demais colegas de curso, por terem contribuído para a nossa formação.
Aos meus pais e demais familiares pelo apoio, compreensão e incentivo, para que
mais essa conquista fosse alcançada.
Fernando Pessoa
RESUMO
Este trabalho aborda alguns conceitos de burocracia que são fundamentais para se comentar sobre as
modificações realizadas a partir da legislação que determinou a desburocratização e consequentemente
a sua relação com a gestão de documentos. Isto implica em adentrar pela interdisciplinaridade que
caracteriza atualmente a Ciência da Informação, uma área do saber que tem reunido conhecimentos
advindos de várias áreas. O tema em questão se ocupa em comentar aspectos da desburocratização na
atualidade. Pois pode-se dizer que há em curso uma transição a construir novos espaços de trabalho e
novas configurações para todos os que lidam com o conhecimento e com as informações em geral.
Procurou-se desenvolver o objetivo maior desse estudo a partir do fenômeno da desburocratização na
perspectiva da Administração Pública indicando a mudança de política e de percepção da gestão de
documentos que determinou novos rumos para o trabalho na área pública. Neste contexto o
comportamento humano foi mencionado como um dos pontos de destaque no estudo da gestão de
informações, da mesma maneira que o conhecimento da cultura organizacional cuja diferença na
construção do trabalho torna-se fundamental para os estudos do perfil do usuário que se apresentam
como um ponto essencial para o avanço do conhecimento sobre o tema.
This paper discusses some concepts of bureaucracy that are fundamental to comment on the changes
made from the legislation that established the bureaucracy and hence its relationship with document
management. This involves entering the interdisciplinary that currently characterizes the science of
information, an area of knowledge that has gathered knowledge from several areas. The issue in
question is engaged in discuss aspects of bureaucracy today. It can only say that there is an ongoing
transition to build new workspaces and new settings for all who deal with the knowledge and
information in general. Sought to develop the main objective of this study from the phenomenon of
bureaucracy in perspective Public Administration indicating the policy change and perception of
management documents determined new ways to work in the public area. In this context human
behavior was mentioned as one of the highlights in the study of management information, the same
way that knowledge of the organizational culture in which the difference in the construction work is
fundamental to the study of user profile posing as an essential point for the advancement of knowledge
on the subject.
Keywords: Documents, Information, Knowledge, Archivist.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
2 BUROCRACIA .................................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 42
LISTA DE ABREVIATURAS
EC Emenda Constitucional
1 INTRODUÇÃO
A burocracia foi uma das situações mais prejudiciais e combatidas no Brasil nos anos
80, mas que tende a retornar caso os profissionais da informação, principalmente o arquivista
deixar de se atualizar e de aplicar novas tecnologias de gestão.
O excesso de controle principalmente nos serviços públicos do país; ainda não está
totalmente expurgada, tendo em vista que a essência desse comportamento é a rigidez e a falta
de acesso a conhecimentos atualizados em relação aos procedimentos de gestão.
Por outro lado a implantação dos sistemas de gestão permite que as organizações
desempenhem suas tarefas administrativas visando à tomada de decisões adequadas
permitindo aumentar o grau de eficiência de seus trabalhos e a eficácia administrativa.
A abordagem desse assunto surgiu com a experiência e observação de que até mesmo
alguns centros de documentação são reféns dos procedimentos burocráticos. O arquivo, sendo
uma peça fundamental de apoio das estruturas administrativas e tomada de decisão das
administrações, tem sido tratado como um elemento estático e desprovido de valor; o que
14
acaba levando à criação de tarefas que visam expurgar o seu valor e a destituí-los de sua
função de consulta e suporte.
Optou-se, neste estudo por dar maior ênfase a burocracia no âmbito das organizações
públicas por duas razões principais: a primeira é que os estudos sobre este assunto são mais
abrangentes, atuais e existe um a boa quantidade de fontes; a segunda razão é que foi no
âmbito do Estado, durante a existência do Ministério da Desburocratização o problema foi
estudado de maneira mais profunda.
2 BUROCRACIA
2.1 CONCEITO
Falar sobre burocracia, logo nos remete ao excesso de normas e papelório, é uma das
teorias mais discutidas nos últimos tempos porque trouxe uma série de modificações voltadas
para o comportamento nas organizações.
Weber (1920) definiu a burocracia não como um sistema social, mas como um tipo
de poder suficiente para que as estruturas organizacionais funcionem com eficácia.
Pautado na obra de Weber (1920), Chiavenato (2003, p. 260) destaca ainda, que
existem três fatores pontuais que favorecem o desenvolvimento da burocracia moderna, são
eles:
E como desvantagens, Chiavenato (2003, p. 269 – 270) foca nos seguintes pontos:
Este autor informa que o princípio se refere à realização máxima do interesse público
com o mínimo de tempo e recursos despendidos, deduzido também do princípio da
economicidade, ao qual se submete também a Administração Pública.
Meirelles (2002 apud Silva Neto, 2008, p.440) por sua vez, enfatiza como um dever
da Administração, que a mesma:
Explica Moraes (2007, p.316) que a eficiência traduz a atividade estatal que implica
direta ou indiretamente em consequências jurídicas, pois:
O princípio da Eficiência deve fazer com que o Estado zele pelo bem comum,
consagrando a razão como fim maior, para além do emprego necessário de tecnologias e
estratégias de gerenciamento das ações e serviços.
Característica Descrição
Fonte: Moraes, Alexandre. Cap. 9 - Administração Pública, 2007, p. 319-321 (op. Cit.)
Conforme Sennett (2006 p. 26-29) este momento da administração começa com Karl
Marx e vai de 1870 a 1970, caracterizando a estabilidade das corporações, a longevidade dos
negócios e o aumento do número de empregados.
Não foi o livre mercado que promoveu essa mudança estabilizadora; o papel mais
importante foi desempenhado pela maneira como os negócios passaram a ser internamente
organizados. Foram salvos da revolução pela aplicação ao capitalismo de modelos militares
24
de organização (...) a posição dos servidores públicos foi elevada, isolando-se cada vez mais
as suas práticas burocráticas das oscilações políticas (...).
desenvolvido for um país ou Estado-nação, mais capaz será a nação de usar o Estado
como um instrumento para alcançar seus objetivos políticos (ordem social,
liberdade, bem-estar, justiça e proteção do meio ambiente) em uma economia
globalizada competitiva. Nas democracias modernas, o papel do Estado é em última
instância decidido pelos eleitores epelos políticos que eles elegem. Eles decidirão se
o Estado deve garantir os direitos sociais em termos de educação, assistência à
saúde, cultura e previdência social, e como o governo dará suporte ao
desenvolvimento econômico nacional. No entanto, é provável que eles não se
envolvam diretamente na discussão mais técnica sobre como o Estado deveria ser
organizado. (Bresser-Pereira, 2008, p. 394).
Essa mudança também fez com que se modificassem as relações com as informações
e com os procedimentos no serviço público.
A perspectiva atual lançada pela gestão de informações parece ser o meio mais
eficiente de gerenciar informações seja qual for o suporte (impressos, papéis, fitas de vídeo,
periódicos, CD-room, DVD ou outros).
Para que se atenda bem o usuário o profissional que lida com os documentos,
arquivos e com a informação precisa de um novo paradigma de conhecimentos que não mais
está na atividade técnica de classificação, armazenamento, manutenção e consulta. Ela vai
além e necessita de um conceito de gestão novo e de um novo objeto, mais abrangente.
Assim a ciência da informação seria uma disciplina científica que tem por objetivo
“(…) investigar as propriedades e o comportamento da informação as forças que governam o
fluxo da informação e os meios de processamento da informação para otimizar a
acessibilidade e o uso”. (Arruda, 2009 apud Borges e Casado, p. 33).
E complementa:
A Ciência da Informação seria então uma nova ciência que tal qual a Ecologia que
também é uma ciência pós-moderna surge como resposta a necessidade de desenvolvimento
de estratégias que possam dar conta das falhas das ciências clássicas e do desenvolvimento de
tecnologias que precisam de um campo de conhecimentos como suporte (Wersig, 1993 apud
Arruda, 2009).
É em função desse tipo de dispositivo que se pode afirmar que os paradigmas dessas
novas ciências irão definir na prática certas ações em defesa de interesses hegemônicos ou a
recusa dos mesmos.
p. 100) para indicar aqueles processos e atividades que buscam identificar classificar,
processar, guardar e disseminar informações em diferentes tipos de formato e meios de
transmissão.
Tanto pode ser um método aplicável à Gestão da Informação como também a Gestão
do Conhecimento e a Gestão de Documentos em meio físico (papel) ou eletrônico (digitais).
Assim, para Lopes (1996, p.32) “os arquivos devem ser vistos como informações
reunidas em acervos, dado que estes se compõem de informações orgânicas originais que
neles estão contidas”, e completa com o seguinte argumento:
ELEMENTO CONCEITO
Contexto
Regras de workflow, código de classificação, temporalidade,
documentário
assunto e outros.
O Record Management (RM)1 que surgiu no período pós-guerra nos Estados Unidos,
não conseguiu trabalhar com a complexidade resultante do rápido aumento da quantidade de
documentos produzidos para então serem geridos, isso em se tratando, basicamente do
conceito e método da arquivística. (Lopes, 1996). No entanto, era uma maneira de entender o
arquivo como elemento a ser gerenciado para melhor armazenamento do acervo de
documentos. Neste momento, já se observava uma tendência entre separação de documento e
informação.
Lopes (1998, p.61) é um dos críticos desse método, pois para ele o RM consiste num
“conjunto de regras práticas, por vezes muito eficazes, mas que não possuem fundamentos
científicos rigorosos, abrindo a porta à improvisação”.
No entanto, para Silva et. al. (1999), foram os canadenses, franceses, espanhóis e
outros que traduziram a arquivística como a gestão de documentos, já na primeira idade do
documento, conhecida como arquivo corrente, ou seja, na fase de produção e tramitação, com
a finalidade de aplicar métodos eficazes de economia na gestão documental.
1
Record Management (RM) é uma tecnologia surgida nos Estados Unidos que gerencia o ciclo de vida dos
documentos desde a sua criação até seu expurgo.
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Documentos eletrônicos, porém, são aqueles que quando manuseados não permitem
a detecção de qualquer vestígio de uso. Estes documentos são gerados no curso de atividades
de organização tanto pessoais quanto de organizações e, segundo Rocha et al. (2002) podem
ser:
(...) um problema arquivístico e não apenas tecnológico, que diz respeito ao registro
da informação. Se esse registro pode ser apagado ou modificado sem deixar traço,
ou mesmo se tornar incompreensível em função da obsolescência tecnológica, a
primeira questão a ser enfrentada diz respeito a como produzir e manter documentos
confiáveis, isto é, como garantir a integridade (autenticidade e fidedignidade) dos
documentos eletrônicos.
são distintas das atividades que ocorrem na fase permanente, que é realizada especificamente
por instituições arquivísticas.
Deve-se levar em conta que segundo Lopes (1997), qualquer procedimento relativo à
classificação tem repercussões sobre as demais atividades de tratamento das informações.
Esta produziria uma possibilidade de avaliação profunda, enquanto o alcance dos objetivos
estratégicos se manteria com as informações essenciais e descartaria as supérfluas, permitindo
dar início a um programa de descrição.
Herrera (1993) refere-se à classificação como uma dimensão intelectual que consiste
em separar ou dividir um conjunto de elementos, estabelecendo classes, de modo que, se
integrados, formem parte de um todo.
Segundo Inojosa (1991) a avaliação consiste num processo, onde os documentos são
analisados de modo que estabeleçam seu destino, considerando os valores que lhe são
atribuídos. E teria como resultado deste processo a produção de um instrumento básico para o
gerenciamento da documentação e dos arquivos, que permite não só a distinção das
informações supérfluas das essenciais, como também o reaproveitamento dos espaços de
armazenamento.
Lopes (1997), entretanto, discorda, pois para ele a construção de uma tabela de
temporalidade é, ao mesmo tempo, um procedimento classificatório, avaliativo e descritivo,
preso à questão do valor das informações.
Seguindo essa orientação, Garcia; Junior (2002 p. 43) concluem que um programa
descritivo, deveria então, iniciar-se de fato com a classificação, onde se alcançaria o primeiro
nível do processo, através dos planos, esquemas ou quadros de classificação.
Por gestão se entende a abrangência de uma série de novas concepções que implicam
em democratização do acesso às informações, à organização do ambiente de armazenamento
de modo adequado, com redução de riscos.
Na dinâmica interna das grandes empresas pode-se verificar que não há uma
preocupação maior com os talentos que possuem, e que mecanismos de adaptação e
manutenção dessas pessoas especiais não são constantemente desenvolvidos a fim de evitar a
perda desses talentos. Algumas grandes empresas tem se destacado dentro do quadro nacional
na procura pela valorização do seu quadro funcional, através do oferecimento de inúmeros
benefícios pensados como parte da estratégia empresarial entre os quais se situam
experiências com gestão da informação ou com informação equivalente a conhecimento
construído com base no pragmatismo.
Por outro lado, pode-se identificar certa confusão entre o tratamento dos
trabalhadores como “ativo empresarial” e a adoção de programas de gestão que considerem
esses mesmos trabalhadores dentro do quadro maior da qualidade de vida.
O bem-estar dos indivíduos que trabalham pode ser tomado sob diferentes enfoques,
e o que mais se verifica nos programas voltados para os trabalhadores é a associação entre
bem-estar e saúde física, cumprindo assim com a ideia que a redução do absenteísmo indicaria
uma boa saúde.
Chega-se, assim, a uma série de escolhas que tem que ser feitas para que a
arquivística possa seguir rumos novos e no contexto das empresas isso implica em saber qual
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a cultura da organização, como trabalham e como gerem as informações as pessoas que ali
estão, quais necessidades se pode identificar dentro de cada organização.
Deve-se por fim mencionar o usuário dos sistemas de arquivo e bancos de dados que,
segundo Arruda (apud Borges ;Casado 2009) precisa ter seu perfil estudado para dar
condições ao bibliotecário ou ao profissional de informações de melhor atendê-los.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se notar que nos últimos anos, houve um grande esforço no setor público em
promover a desburocratização do Estado, assim como, propostas para criar novas articulações
em termos de atendimento aos usuários de serviços públicos. Este esforço se enquadra hoje no
que se denomina gestão democrática da informação, que já não justifica mais procedimentos
que tenham como consequência afastar o usuário dos serviços de informação, seja esta uma
informação administrativa, ou informações decorrentes do conhecimento acumulado
científico, técnico e/ou tecnológico.
Sugere-se, enfim, que sejam realizados mais estudos sobre o perfil do usuário em
cada organização ou sistema, para que se possa adequar o trabalho do arquivista às
necessidades reais dos mesmos. Estes estudos contribuirão certamente para a redução dos
aspectos burocráticos.
42
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44
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