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Procedimentos Metodológicos 30 Ano

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


Licenciatura em Ensino de Ensino de Geografia
Disciplina: Planeamento e Ordenamento do Território

TEXTO DE APOIO SOBRE OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS EM PLANEAMENTO E


ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
1. Introdução:
O presente texto de apoio destina-se aos estudantes do 30 ano do Curso de
Licenciatura em Ensino de Geografia ministrado no Instituto Superior de Ciências e
Educação a Distância-ISCED. A sua produção foi presidida com base no Guião Metodológico
elaborado pela extinta Direcção Nacional de Planeamento e Ordenamento Territorial
(DINAPOT) do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA). De um modo
geral, este texto de apoio surge como material adicional que apresenta os procedimentos
metodológicos do planeamento e ordenamento territorial.
Como objectivo particular pretende sistematizar os procedimentos ou melhor, os
passos que devem ser seguidos para todo o processo de elaboração, aprovação, ratificação,
suspensão, alteração, revisão e publicação dos instrumentos de ordenamento territorial
(IOTs). Os procedimentos referidos assentam na Lei n0 19/2007 de 18 de Julho-Lei de
Ordenamento do Território e no Decreto no 23/2008 de 1 Julho- Regulamento do
Ordenamento do Território que estabelecem o sistema de gestão territorial em
Moçambique.
Além da legislação acima citada, para a definição dos procedimentos e etapas de
aprovação dos instrumentos de ordenamento território foram considerados outros
dispositivos legais designadamente:
 Lei nº 2/97 de 18 de Fevereiro (Lei das Autarquias Locais);
 Lei nº 8/2003 de 19 de Maio (Lei dos Órgãos Locais do Estado);
 Decreto nº 11/2005 de 10 de Junho (Regulamento da Lei dos Órgãos Locais do
Estado) e
 Decreto nº 15/2010 de 24 de Maio - Regulamento de Contratação de Empreitadas de
Obras, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado.

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Elaborado por: Domingos Brisito Jequecene
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2. Acções preliminares
Antes da fase da elaboração propriamente dita de um plano, existem acções
preliminares que devem ser observadas obrigatoriamente. Na elaboração de um
instrumento de ordenamento territorial como por exemplo, Plano Distrital de Uso da Terra
ou Plano de Estrutura Urbana, é norma seguir as acções como a publicação do despacho do
Administrador do Distrito ou do Presidente do Município onde deverão constar os seguintes
documentos:
i. Os termos de referência para o plano;
ii. A metodologia a adoptar para a coordenação e compatibilização dos diversos
interesses sectoriais distritais, bem como com as autarquias existentes no distrito;
iii. A composição da comissão e da equipa técnica a ser formada para a sua elaboração;
iv. As atribuições a serem conferidas aos órgãos responsáveis pela sua elaboração;
v. Os prazos para a sua elaboração.

A próxima fase do trabalho será exclusivamente dedicada para a produção do IOT


observando sequencialmente o seguinte roteiro:
1. Formulação de objectivos gerais e específicos;
2. Inventário da situação existente no âmbito geográfico do território onde é aplicável o
referido instrumento;
3. Análise e diagnóstico dos dados recolhidos na fase do inventário;
4. Elaboração e avaliação de alternativas;
5. Decisão sobre quais as alternativas aplicáveis;
6. Monitorização da implementação das disposições constantes no IOT;
7. Revisão sistemática das disposições do IOT.

3. Acções desenvolvidas em cada fase de elaboração de IOTs

1ª Fase: LANÇAMENTO DO PLANO E ELABORAÇÃO DE TERMOS DE REFERÊNCIA

Consiste na formulação de objectivos gerais e específicos. De acordo com a Lei n0


(19/2007 de 18 de Julho) Lei do Ordenamento do Território, os objectivos gerais e
específicos do PDUT ou qualquer outro instrumento de ordenamento territorial são
formulados sob proposta de cada órgão ou nível a que se refere o IOT tendo como base os

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instrumentos de Planificação Económica e Social, Estratégias de Desenvolvimento Sectorial


ou tendo como suporte as Estratégias de Desenvolvimento Provincial, Regional ou Nacional.
Caberá a equipa encarregue de elaborar o plano, fazer o aprimoramento dos
objectivos preconizados pelos distintos documentos orientadores do desenvolvimento
sócio-económico e adequá-los à dimensão espacial. Deverá ainda ser garantido o consenso,
sobretudo no que se refere à opinião do órgão ou nível a que se enquadra o IOT.
Como exemplo no processo de ensino-aprendizagem, apresenta-se a seguir um
modelo de formulação de objectivos geral e particulares para os planos de ordenamento
territorial:

Objectivo Geral
Definir os princípios e modelos de organização do solo de modo a orientar a
localização de diferentes actividades na área de expansão.

Objectivos Específicos:
o Regular a ocupação do solo, garantindo a localização de áreas para o
desenvolvimento de diferentes usos;
o Reordenar a área ocupada espontaneamente de forma a garantir que o uso
do solo seja de forma ordenada;
o Desenhar uma malha urbana considerando as vias de circulação motorizada e
pedonal, áreas para estacionamento, espaços públicos, equipamentos
públicos e de interesse colectivo, envolventes volumétricas dos edifícios a
construir, zonas verdes a preservar ou a criar).

2ª Fase: RECOLHA DE DADOS E INFORMAÇÕES

Cabe nesta fase a realização do inventário sobre a situação actual existente no


âmbito geográfico do território onde se pretende implementar o referido instrumento de
ordenamento territorial. Na prática, o processo de elaboração do esboço dos instrumentos
de ordenamento territorial inicia com a realização de um inventário referente aos atributos
físicos, sociais e económicos da área do plano.
A realização do inventário assenta na recolha de dados e informações e a sua
transposição para um banco de dados. Essas informações constituem uma base sólida que

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permite redigir o relatório e confecção de mapas temáticos em uma escala conveniente que
respeite os seguintes pressupostos:
o Legibilidade da informação cartografada;
o Disponibilidade da informação a considerar à escala desejada, formato e tamanho final
do meio de apresentação
o Utilização do mapa final.

Deve-se chamar atenção que as informações representadas no mapa devem ser


suficientemente visíveis de modo que seja possível distinguir as unidades de mapeamento
legendadas. No caso do uso de símbolos deve-se evitar a técnica de sobreposição excessiva,
recorrendo-se à generalização sempre que necessário. A recolha de informação para a
elaboração do IOT pode ser feita com a utilização de diversas técnicas das quais se pode
destacar as seguintes:
 Entrevistas;
 Recolha de dados primários (com recurso as fichas de levantamento de dados
previamente elaboradas). Geralmente, os dados colectados nesta secção são dados
brutos que necessitam ser elaborados com finalidade de se prestarem à análise;
 Levantamento de informação secundária (com recurso as fichas de colecta de dados,
consulta de acervos nas instituições académicas e outras instituições estatais de
âmbito central, provincial e local);
 Observação directa e indirecta (imagens fotográficas, consulta cartográfica);
 Durante a realização de seminários e consultas públicas servem também como
momentos para obter outras informações.

3ª Fase: ANÁLISE DE DADOS E ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

A concretização deste processo exige uma preparação prévia por parte da equipa
técnica que deverá seleccionar de forma objectiva que tipo de informação se pretende
recolher bem como a identificação das diferentes fontes de obtenção. Salienta-se que esta
matéria será ainda trabalhada mais adiante na unidade sobre as ferramentas de recolha de
dados e informações.
Esta fase compreende a sistematização, tratamento, interpretação e análise da
informação caracterizadora do clima, hidrografia, topografia, solos, recursos florestais e

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faunísticos da região em estudo. Também inclui-se nesta fase a análise de dados sócio-
económico como população, pobreza, rendimento económico, emprego, etc., culminando
com definição e identificação de zonas homogéneas.
As técnicas a utilizar para a análise dos dados poderão incluir a manipulação e a
sobreposição dos diferentes mapas produzidos no acto da elaboração do inventário.
Poderão também ser associadas análises a dados alfanuméricos, referentes às projecções,
tendências ou outras formas de leitura dos diferentes fenómenos e das dinâmicas físicas,
económicas e sociais que ocorram no distrito.

4ª Fase: ELABORAÇÃO DE PROPOSTAS E AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS

A fase de elaboração e avaliação de alternativas é o momento no qual se produzem


os esboços dos distintos cenários de desenvolvimento local integrando a indicação dos
diferentes temas de desenvolvimento económico, social, cultural, histórico ou ambiental a
serem equacionados no espaço físico a que o plano se refere.
Nessa fase se procede a integração da dimensão sócio económica no caso concreto
do IOT. Esta fase comporta ainda a elaboração de propostas de actividades e de sistemas
alternativos para a solução dos problemas detectados na fase de análise do diagnóstico.
Ainda nessa fase procede-se igualmente à identificação e selecção das actividades e dos
sistemas que, independentemente da sua representatividade actual na região, constituam
alternativas sustentáveis relativamente às que hoje são praticadas nas actividades e/ou
manchas problema.
De seguida, identifica-se uma série das alternativas baseadas na sua avaliação
segundo diferentes ópticas - rentabilidade económica, eficiência energética, balanço de
fertilidade do solo, nível de utilização de mão-de-obra. Na concepção destes cenários deve-
se ter em conta as políticas e as estratégias de intervenção sectoriais. Trata-se de identificar
os tipos de utilização potencial (TUP). É ainda nesta fase de elaboração de propostas de
planeamento do uso de terra que explicita-se a proposta concreta de ordenamento (carta
de planeamento do uso terra).
Nem todas as questões são igualmente relevantes em todos os momentos da
história de desenvolvimento de um distrito ou por exemplo de uma cidade. A partir da
análise da situação actual e após a avaliação da relação entre os constrangimentos e as

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oportunidades/potencialidades serão definidos os temas prioritários para o futuro


desenvolvimento e reorganização do distrito ou cidade.
De nada adianta em um Instrumento de Ordenamento Territorial tratar de dezenas
de aspectos a serem corporizados no distrito ou cidade e não ter capacidade para intervir
sobre eles. Portanto, é importante trabalhar com uma perspectiva estratégica procurando
sempre seleccionar temas e questões cruciais para o distrito ou área do âmbito geográfico
do plano e que, se enfrentadas rapidamente e com eficácia, podem redefinir os destinos
locais.
Para cada tema prioritário devem-se definir as estratégias e os instrumentos mais
adequados, considerando-se as características e os objectivos do distrito, que estarão
contidos no Plano Estratégico do Distrito. Essas estratégias e instrumentos são os caminhos
e os meios que se desejam, e que devam ser discutidos e pactuados com todos os
participantes do processo, para que se assegurem as condições necessárias para
transformar a realidade do distrito.
O IOT deverá, neste etapa incluir diversos enfoques: devendo ser considerados
aspectos ambientais, culturais, turísticos, económicos e sociais, de forma articulada, mesmo
que esses temas não se apresentem, de início, como eixos estratégicos.
Os traços específicos do distrito devem ser tratados sempre como tema prioritário no IOT:
se a área de estudo possui perspectivas de desenvolvimento agrário, industrial, crescimento
urbano, preservação ou uso de recursos naturas de entre outros.
Se o distrito estiver localizado numa área de influência contígua a um ou mais
regiões, os impactos da implementação desse plano devem ser tratados como um dos
temas centrais do PDUT. Particularmente, nesse caso, é indispensável que os
empreendedores públicos e privados envolvidos participem na discussão do IOT.
Generalizar o acesso ao saneamento ambiental, com as directrizes para os sistemas de
abastecimento de água, de drenagem, de esgoto sanitário e de resíduos sólidos, e explicitar
o modelo de gestão, também são temas que devem ser tratados como fundamentais, no
IOT.
Recomenda-se que, no final desta etapa se deva formular e concordar-se com as
propostas para o IOT. Os temas centrais, objectivos e estratégias devem ser discutidos e
decididos com os diversos segmentos da sociedade em particular os comités criados para o
efeito e com todas as instituições envolvidas na elaboração dos Planos Estratégicos

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Distritais. Esse momento é fundamental, para avaliar e corrigir rumos e definir a linha básica
de orientação do IOT.
A elaboração e avaliação de alternativas em muito dependem da manipulação de
dados cartográficos e alfanuméricos com o propósito de oferecer diferentes opções de
desenvolvimento.

5ª Fase: DISCUSSÃO DO PLANO E TOMADA DE DECISÃO

É a etapa onde com base nas políticas e estratégias sectoriais, conhecidas que são as
potencialidades se determinam as prioridades de intervenção em relação à sua distribuição
espacial. As propostas de desenvolvimento contidas nos planos de desenvolvimento
distritais constituem um instrumento chave para perspectivar o desenvolvimento
estratégico do distrito, num determinado período de tempo, 5 anos neste caso vertente.
Estes são a base fundamental para a identificação das prioridades de desenvolvimento.
Estas propostas deverão ser integradas no espaço geográfico distrital, após a colheita
e análise de dados e sobrepostos os atributos biofísicos e sócio-económicos, bem como
estabelecidas as relações existente entre elas. Este processo é fundamental visto que
permite:
 Obter uma melhor compreensão da ocorrência dos atributos biofísicos
(geográficos) e perceber como os aspectos e fenómenos sócio-económicos (ex:
população, pobreza) se relacionam entre si e se distribuem no espaço físico;
 Estabelecer as ligações e relações entre as condições biofísicas e sócio-
económicas;
 Avaliar os tipos de utilização de terra;
 Verificar os conflitos, compatibilidades, constrangimentos e oportunidades

Ainda nesta fase, deverão ser também realizadas uma série de análises espaciais e
verificação das suas implicações no potencial desenvolvimento do distrito que incluem:
 Análise espacial geral do distrito;
 Distribuição e padrões de assentamentos humanos, seu nível de pobreza e sua
implicação no desenvolvimento do distrito;
 Desenvolvimento de ideias para o desenvolvimento do distrito e sua análise
preliminar bem como do seu mapeamento;

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 Limitação de investimentos do distrito nas áreas ambientais sensíveis;


 Desenho das propostas de desenvolvimento tendo em conta a heterogeneidade e
homogeneidade espacial.
A partir da análise destes elementos, é possível proceder a elaboração de distintos
cenários temáticos, para um período de 20 anos, tendo a sua localização enfoque nas zonas
de maior potencial para o desenvolvimento de acordo com a perspectiva individual.
Através destas propostas de desenvolvimento serão elaboradas propostas
preliminares de projectos específicos, a partir da sua combinação e estabelecidas as
relações existentes entre eles. Estas providenciam novas oportunidades, princípios, regras e
informação geográfica espacial fundamental para planificadores decidirem sobre
desenvolvimento sustentável do distrito a curto prazo (5 anos).
As acções propostas deverão resultar de uma análise efectuada durante a fase de
elaboração da planificação distrital envolvendo os comités de desenvolvimento local. Assim,
este exercício deve ser visto como um instrumento que vai facilitar a sua integração, ajudar
na discussão e moldar a colocação destes processos no espaço territorial. Este processo de
desenvolvimento requer uma utilização criativa e aberta envolvendo as comunidades.
O exercício pode continuar com a elaboração de um plano de investimento que
ilustra como é que o PDUT pode levar à identificação de projectos de investimento tendo
em conta o potencial e a dimensão espacial desta, como forma de contribuir para o alívio à
pobreza.
A combinação das acções estratégicas e os planos de investimentos podem ser
elaborados através do estabelecimento de parcerias públicas e privadas envolvendo os
Serviços Distritais, as Direcções Provinciais do Ministério da Terra, Ambiente, Plano e
Finanças e outras para a integração no Plano de Desenvolvimento da região.
A participação da sociedade civil, comunidades e a população no geral é crucial.
Depois de tudo, este processo pode ser replicado para outros exercícios de planificação
futura da região.

6ª Fase: MONITORIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO

Aprovados e ratificados os IOTs, inicia-se o processo da sua implementação. É


imperioso que o processo de implementação tenha um mecanismo de acompanhamento. O
objectivo do acompanhamento visa essencialmente assinalar sucessos, possíveis desvios dos

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objectivos ou de estratégias apontando se necessário a causa dos desvios ou dos insucessos.


O acompanhamento tem também por objectivo propor medidas correctivas tendentes a
contribuir para um cumprimento integral do Plano.
A definição de uma entidade responsável pela monitorização da elaboração do PDUT
não se aplica de modo abrangente ou geral para qualquer caso. Em princípio, a
monitorização deverá ser feita de uma forma conjunta. Deverá incluir por um lado as
entidades distritais responsáveis pelo Planeamento e Ordenamento Territorial e por outro
lado pelos agentes promotores e financiadores dos empreendimentos.
Nos casos em que um IOT reúna ou integre vários projectos com financiadores ou
intervenientes de horizontes distintos, o Governo local deverá se preocupar em montar uma
unidade de supervisão do conjunto destes projectos. Nesta óptica, tentar-se-á favorecer a
integração dos projectos em vez de uma simples justa posição de modo a diminuir os custos
indirectos ligados à implementação e realização dos diferentes projectos.

7ª Fase: REVISÃO SISTEMÁTICA DAS DISPOSIÇÕES DO PLANO

Partindo do ponto de vista que o IOT é um instrumento de planeamento e de


ordenamento territorial deve-se ter em conta que, na maioria dos casos, as propostas de
desenvolvimento espacial não são conhecidas de uma única só vez, podendo portanto,
surgir ou mesmo entrarem em declínio no período da vigência do Plano.
Devido este facto e também tendo em conta que os fenómenos sociais e económicos
possuem dinâmicas que devem ser respondidas em tempo útil por políticas e estratégias
governamentais deve ser sempre colocada a questão da possibilidade de revisão das
disposições do IOT para permitir que este responda a exigências novas no período de
execução do Plano.
A revisão dos instrumentos de ordenamento territorial só pode ocorrer no caso da
necessidade de adequação dos mesmos à evolução das condições jurídicas, administrativas,
económicas, sociais, culturais, demográficas e ambientais que determinaram a respectiva
elaboração, desde que decorridos cinco anos após a entrada em vigor dos mesmos. A
revisão pode ainda ser efectuada em casos de suspensão dos instrumentos de ordenamento
territorial e da necessidade da sua adequação à prossecução dos interesses públicos que a
determinarem.

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Os instrumentos de ordenamento territorial serão obrigatoriamente revistos uma


vez decorrido o prazo de dez anos após a sua entrada em vigor ou após a sua última revisão,
seguindo, com as devidas adaptações, os procedimentos estabelecidos para a sua
elaboração, aprovação, ratificação e publicação.

4. Inventário da situação actual e diagnóstico


Após a apresentação do esquema geral sobre as fases da elaboração dos
instrumentos de ordenamento territorial importa anotar rapidamente o sentido dos termos
inventário da situação actual e diagnóstico. Assim, o inventário da situação actual pressupõe
uma pesquisa que nos oferece a possibilidade de conhecer um problema por outro lado, a
análise do diagnóstico nos fornece as causas que provocam o tal problema (FERRARI, 1976).
Segundo Ferrari (1976) afirma exemplificando, que a pesquisa nos dá conhecer a
existência de uma população marginalizada vivendo em uma unidade residencial suburbana
da cidade qualquer. No entanto, a análise (diagnóstico) da unidade residencial irá-nos dar a
sua compreensão, isto é, vai tentar explicar as causas: êxodo rural, falta de moradias
urbanas, incapacidade da economia local em absorver a mão-de-obra local não
especializada, etc.
Um outro exemplo similar do anterior é: a pesquisa mostra que há desemprego em
um Município. A análise procurará indicar as causas do referido desemprego: sector
industrial pouco desenvolvido, pela ausência de infra-estrutura adequada, por causa
localizacionais, etc.

4.1 Recolha de dados


O processo de recolha de dados em qualquer campo de pesquisa científica constitui
um momento especial para a realização completa do trabalho de investigação
empreendido.
Sobre esta abordagem, Leonilde, Morais, Moreira, Oliveira e Silva (s/d) concordam
que o levantamento de dados e informações é visto como um dos momentos mais
importantes da realização de trabalho de uma pesquisa. Os autores mencionados afirmam
ainda que é através da colecta de dados que a equipa de trabalho de pesquisa obtém as
informações necessárias para a realização do estudo.

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Por uma questão simplesmente didáctica, é importante ressalvar que as principais


fontes de recolha de dados se resumem em meio natural e meio sócio-económico-cultural.
Do meio natural pode-se obter por exemplo, dados sobre aspectos físicos, químicos
e biológicos da natureza.
Enquanto do meio sócio-económico-cultural obtém-se uma série de informações
como: a população (sua dinâmica, composição, estrutura etária, qualidade e género de vida,
etc.) e todas as suas actividades desenvolvidas na esfera socioeconómicas e cultural.
Em aproveitamento do que acaba ser dito, conclui-se que o meio ambiente agrega os
dois grupos compostos por: os agentes físicos, químicos e biológicos + os agentes sociais,
económicos e culturais (Castro, 1986).
De acordo com DINAPOT (2007), os dados e informações que devem ser levantados
para a elaboração dos instrumentos de ordenamento do território conforme discriminado
abaixo:
a) Roteiro de colecta de dados sobre as condições físico-naturais e ambientais e
b) Roteiro de colecta de dados sobre caracterização sócio-cultural

a) Principais tipos de dados físico-naturais e ambientais:


Clima
o Caracterização do clima da região;
o Avaliação da sazonalidade, das variações cíclicas e comportamentos extremos dos
elementos climáticos;
o Avaliação agro-climática que permita a optimização da produção agrária.
Morfologia
o Acidentes do terreno;
o Processos morfológicos;
Geologia
o Natureza dos materiais superficiais: tipos de rochas e sua idade;
o Valor económico das rochas e ocorrências minerais;
o Delimitação das zonas mineiras e visualização de possíveis conflitos com outros usos
da terra.
Solos
o Caracterização dos solos;
o Limitantes como: pedregosidade, porosidade, permeabilidade, profundidade;

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Hidrografia
o Apresentar a rede hidrográfica (rios, lagos e lagoas de água doce, terras húmidas);
o A relevância dos corpos aquáticos como: fonte de água potável, potencial para a
irrigação, abeberamento do gado, para o transporte, indústria, lazer, habitat de
vários produtos pesqueiros;
o Características da rede e das bacias hidrográficas.
Cobertura vegetal/florestas
o Caracterização sob o ponto de vista florístico e estrutural;
o Importância como área de suporte dos sistemas de vida para animais;
o Protector dos solos, regulador climático, factor de biodiversidade, como fonte de
materiais de construção e de produtos madeireiros e não madeireiros;
o Tipo de florestas: artificiais, naturais e comunitárias;
o Espécies florestais predominantes;
o Existência ou não de Comités de Gestão dos Recursos Naturais;
o Exploração legal e ou ilegal de madeira;
o Delimitação e extensão das áreas de exploração;
o Identificação das áreas delimitadas para a gestão comunitária dos Recursos Naturais;
o Conflitos de diferentes tipos de uso da terra;
o Áreas de exploração (concessões florestais);
o Manchas de desflorestamento provocadas pela extracção de combustível lenhoso ou
pelas queimadas descontroladas;
Fauna bravia
o Identificação e levantamento das principais espécies animais existentes;
o Sua distribuição no território;
o Indicar as espécies protegidas e em extinção;
o Potencialidades para o desenvolvimento da actividade turística;
o Identificar diferentes tipos e áreas de conflito;
o Potencialidades para a caça/reserva, habitat e sua localização.
Recursos marinhos e costeiros
o Identificar a biodiversidade marinha e costeira;
o Gestão e utilização das dunas costeiras;
o Gestão comunitária dos recursos naturais;
o Áreas de pesca, sectores envolvidos (empresarial, artesanal e associativo);

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o Tipo e volumes de pescado;


o Impacto das actividades económicas e humanas na manutenção dos ecossistemas
marinhos e costeiros (mangais, estuários e outros);
o Espécies protegidas e ou em extinção

Análise de riscos ambientais


Resulta de uma combinação de dados que, analisados de forma integrada, permitem a
elaboração do mapa de riscos ambientais.
Este envolve na sua construção mais do que um simples mapeamento da situação presente,
mas a simulação de cenários possíveis das determinantes condicionantes;
Exemplo: para produzir um mapa de riscos de erosão seriam necessários elementos como o
declive, a precipitação, a cobertura do solo, a intensidade da precipitação e a natureza dos
solos (materiais superficiais). Informação de extrema importância, pois alerta para os riscos
inerentes e, portanto para uma atenção especial na implementação de projectos que se
refiram a esses sítios

b) Principais dados de caracterização sociocultural


População
o Tamanho da população, a estrutura por sexo e idade;
o Actividades e necessidades básicas (água, energia, alimentação, habitação,
educação, saúde, vida religiosa, etc.);
o Taxa de crescimento, vulnerabilidade, pobreza, HIV/SIDA;
o Acesso à habitação e a terra, entre outros índices vitais.
Infra-estruturas
o Rede de transportes
o Avaliar o grau de mobilidade das populações;
o Transporte de mercadorias de e para o distrito.
Transporte rodoviário
o Rede rodoviária - tipo, origem, destino, sua classificação, estado de conservação das
pontes, das vias de acesso e grau de importância na região;
Transporte marítimo
o Transporte marítimo e fluvial;
o Indicar os portos e pontes de pesca, sua importância;
o Atracagem de barcos de pesca, de passageiros e de carga;

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Transporte aéreo
o Rede de tráfego aéreo - tipo de pistas e densidade de tráfego;
Transporte ferroviário
o Rede ferroviária - tipo, origem e destino, sua classificação, estado de conservação
das vias, estações, apeadeiros;
o Grau de importância da linha na região;
o Fluxo de transportes de passageiros e de carga;
o Sua importância;
Rede de energia
o Tipo de fontes existentes, transformação e distribuição;
o Capacidade instalada e de consumo;
o Beneficiários por tipo de consumidor (doméstico, serviços, empresas);
o Tipo de consumo (Credelec ou facturação);
o Potencialidades e perspectivas de expansão.
Outras fontes de energia
o Fornecimento de combustíveis e lubrificantes (posto de abastecimento ou informais,
estações de serviço);
o Extracção de combustível lenhoso, produção de carvão;
o Manchas de desflorestamento provocadas por esta actividade ou pelas queimadas
descontroladas;
o Uso de energias renováveis, iluminação através de painéis solares, energia eólica,
entre outros;
Rede de comunicações
o Rede de telefonia fixa e móvel;
o Rádios transmissores, comunitárias, privadas e públicas;
o Telegramas, serviços de correio e de internet;
o Raio de cobertura;
o Localização, avaliação do estado de funcionamento dos mesmos.
Rede de abastecimento de água
o Principais fontes de abastecimento água;
o Localização, distribuição, capacidade de bombagem instalada;
o Beneficiários, troços de adução, tipo de tratamento e qualidade da água;
o Estado de conservação das infra-estruturas;
o Projectos de expansão;

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o Análise em função das distâncias a percorrer para alcançar os recursos hídricos para
o consumo e para o desenvolvimento da actividade agrícola.
Saneamento do meio
o Identificação do estado de saneamento, doenças associadas;
o Localização da área abrangida pelos diferentes sistemas e suas capacidades;
o Sistemas de limpeza e destino de esgotos;
o Outras formas de saneamento de dejectos humanos;
o Grau de poluição, contaminação e níveis de saneamento.
Recolha de resíduos sólidos
o Recolha de lixo doméstico, industrial e hospitalar;
o Existência ou não de lixeiras ou aterros sanitários;
o Formas de tratamento dos resíduos sólidos.
Equipamentos sociais
o Tudo que tem a ver com a prestação de serviços de carácter público relacionado com
o desenvolvimento humano como a educação e saúde;
o Estado de conservação dos edifícios e nível de satisfação das necessidades das
populações, particularmente no concernente a edução e saúde;
o Outros equipamentos: desportivos, confissões religiosas, cultura, monumentos e
locais históricos, bibliotecas, museus e jardins;
o Visualização da distribuição dos mesmos no território.
Rede sanitária
o Número e evolução das unidades sanitárias;
o Área de influência;
o Número de camas e nível de satisfação;
o Casas de Mãe-Espera, número de matronas e sua localização;
o Estado de conservação;
o Capacidade instalada;
o Classificação das unidades sanitárias;
o Distribuição territorial das unidades;
o Profissionais qualificados e não qualificados;
o Alojamento para o pessoal médico e paramédico;
o Rácio médico/paciente;
o Distâncias a percorrer para aceder à unidade sanitária;

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o Nível de satisfação para o atendimento materno-infantil;


o Número e qualidade das unidades sanitárias de acordo com o tamanho da
população;
o Recolha e tratamento do lixo hospitalar.
Rede escolar
o Número de estabelecimentos escolares de diferentes níveis;
o Número de salas de aulas por tipo de material de construção e ao ar livre;
o Área de influência;
o Efectivo de alunos;
o Equipamento disponível;
o Bibliotecas, auditórios, recintos desportivos;
o Efectivo e residências para professores;
o Taxa de desistências;
o Distância a percorrer para aceder ao estabelecimento de ensino;
o Projecto Um Aluno - Uma Árvore;
o Rácio professor/aluno;
o Acesso da rapariga a educação.
Cultura, juventude e desportos
o Existência ou não de grupos culturais de dança, de teatro, desportivos, recreativos
ou federados;
o Modalidades praticadas;
o Traços gerais de organização, crenças, usos e costumes;
o Línguas faladas, grupos étnicos e religião;
o Infra-estruturas desportivas e estado de conservação;
c) Roteiro de colecta de dados-actividades económicas
o Sector primário - agricultura e silvicultura;
o Produção de culturas alimentares e de rendimento;
o Principais culturas e áreas cultivadas;
o Sectores envolvidos (familiar, privado, cooperativo e associativo);
o Produção local de mel e outros;
o Peso relativo de cada cultura na economia do distrito;
o Mão-de-obra usada e destino da produção;
o Comercialização agrícola;

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Procedimentos Metodológicos 30 Ano

o Existência de feiras e mercados agrícolas;


Floresta e fauna bravia
o Análise e avaliação das explorações totais e seu impacto na economia do distrito;
o Benefícios directos e indirectos para as comunidades locais;
o Principais mercados e sectores envolvidos;
o Análise e avaliação da existência de animais bravios, (quantidade e espécies);
o Contribuição da fauna no desenvolvimento do turismo;
o Potencialidades para a caça, reservas, fazendas de bravio e localização;
o Aproveitamento integral do animal, quando caçado;
Pecuária
o Criação de animais domésticos para consumo ou comercialização;
o Outras utilidades como transporte e actividades produtivas;
o Tipos de gado, tamanho das populações, evolução do seu crescimento histórico;
o Aproveitamento integral do animal: carne, pele, patas, troféus, força motriz;
o Tipo de exploração, áreas de pastos naturais, capacidade de carga, sanidade e
produtividade;
o Arrolamento e fomento pecuário;
o Distribuição por sectores e por tipo de gado;
o Infra-estruturas existentes, limitantes;
Pesca
o Principais habitats (mar, lagos naturais e artificiais, lagoas, rios);
o Principais espécies, volumes de captura e evolução da produção;
o Actores envolvidos: industriais, individuais, associações, desportistas;
o Peso relativo de cada espécie capturada;
o Peso do sector em relação a outras actividades económicas.
Indústria extractiva
o Descrever áreas mineiras já identificadas;
o Ocorrências minerais e outros tipos de matéria-prima para extracção (ex: gás, sal,
petróleo, argila, pedra para construção, madeira, pedras preciosas e semipreciosas,
calcário, etc.);
o Agentes envolvidos, tecnologias aplicadas, volumes de produção, peso na economia
do distrito;

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Elaborado por: Domingos Brisito Jequecene
Procedimentos Metodológicos 30 Ano

o Importância da indústria extractiva no desenvolvimento do distrito e impactos da


extracção no ambiente;
o Extracção artesanal e sua importância para a economia das comunidades locais;
Sector secundário - comércio
o Localização dos centros comerciais;
o Tipo de estabelecimentos comerciais formais e informais;
o Produtos comercializados;
o Ligações comerciais com outras regiões;
o Tipo e capacidade de armazéns existentes;
o Identificar os mercados existentes, produtos vendidos, potencial para novos
mercados e produtos;
o Dinâmica dos mercados rurais no que respeita aos produtos agrícolas produzidos,
sua procura, tendência da procura desses mesmos produtos;
o Identificação de produtos, cuja procura excede a oferta e a produção;
Indústria transformadora
o Transformação e processamento da produção agrícola e florestal, geração de
emprego;
o Tipo de unidades industriais existentes;
o Capacidade instalada;
o Classificação;
o Fontes de matéria- prima, de energia e água;
o Força de trabalho e volumes de produção;
o Principais mercados;
o Potencialidades industriais existentes, assim como de sua expansão;
Turismo
o Existência de potencial como: reservas, praias, parques, ilhas, locais históricos, lagos
e paisagens naturais
o Condições de alojamento e prestação de serviços a altura;
o Identificar as estâncias turísticas existentes;
o Infra-estruturas e capacidade instalada;
o Qualidade de serviços prestados;
o Benefícios para as populações locais;

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Procedimentos Metodológicos 30 Ano

Sector terciário - administração pública


o Estrutura administrativa do distrito e formas da sua legitimidade;
o Organização e articulação com as estruturas de base;
o Funcionamento:
 Secretaria;
 Serviços Distritais;
 Recursos Humanos;
 Património da Administração do Distrito;
 Situação financeira (receitas, despesas, fontes de financiamento e análises
comparativas);
Serviços financeiros (serviços bancários e micro finanças)
o Localização, planos de expansão para os próximos 5 anos;
o Volume de negócios nos últimos 5 anos;
o Área de influência;
Seguros
o Localização, planos de expansão para os próximos 5 anos;
o Volume de negócios nos últimos 5 anos;
o Área de influência;
o Volume ou número de beneficiários;
o Área de intervenção;
Registo civil e notariado
o Localização, planos de expansão para os próximos 5 anos;
o Utentes nos últimos 5 anos;
o Campanhas de registos de nascimento e de óbitos (hospitais, escolas);
o Área de influência;
Segurança pública
o Localização, planos de expansão para os próximos 5 anos;
o Principais delitos nos últimos 5 anos;
o Número de esquadras e celas;
o Representação a nível de localidades (postos avançados);
o Serviços da SERNIC e SISE;
o Policiamento comunitário;
o Área de influência;

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Justiça e outras formas de resolução de conflitos


o Localização, planos de expansão para os próximos 5 anos;
o Principais casos solucionados nos últimos 5 anos;
o Tribunais;
o Área de influência.

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Elaborado por: Domingos Brisito Jequecene
Procedimentos Metodológicos 30 Ano

Referências:

Castro, Luiz Cláudio Ferreira. (1986). Manual Básico de Planeamento Ambiental, Instituo
Nacional de Planeamento Físico, United Nations Center For HumanSettlements -
Unchs/Habitat United Nations Development Programme - INDP Projecto Moz/86/026,
Maputo, Moçambique;

Direcção Nacional de Planeamento e Ordenamento Territorial-MICOA.(2009).Guião


Metodológico para a elaboração de Instrumentos de ordenamento Territorial, II Vol.,
Maputo Moçambique;

Ferrari, Célson .(1976). Curso de Planeamento Municipal Integrado - arte, arquitectura,


urbanismo, 5ª edição, São Paulo, Brasil,

Leonilde, António de Oliveira, Marinho Francisco de Assis Morais, Oliveira, José Clovis
Pereira de, Morais, Gessione da Silva, Moreira, Cícero Nilton da Silva.(s/d). Instrumentos de
Coleta De Dados: Vantagens e Desvantagens do Seu Uso na Pesquisa de Campo em Ciências
Humanas, disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/

Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental. (2007). Política e Legislação sobre o


Ordenamento do Território (Resolução n0 18/2007 de 30 de Maio, Lei n0 19/2007 de 18 de
Julho e Decreto n0 23/2008 de 1 de Julho), Maputo, Moçambique;

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Elaborado por: Domingos Brisito Jequecene

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