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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA TERRA E AMBIENTE


INSTITUTO POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS DA TERRA E AMBIENTE

CERTIFICADO VOCACIONAL 5 EM GESTÃO DE RECURSOS TERRITORIAIS E AMBIENTAIS


MÓDULO: Produzir a documentação técnica para elaboração de Planos de Reassentamento (EPR)
Sumativa 3
1o Bloco

Tema:
PLANO DE RESSENTAMENTO

FORMANDO: FORMADOR:
Gerson Zaqueu R. Macaringue Cândido Manhiça
Turma: M3A
No: 13

Machava, ao setembro de 2022

Matola
Introdução
No Presente trabalho falarei sobre o Plano de Reassentamento, A necessidade da Administração Pública de
atender a interesses colectivos na ocupação de espaços físicos, devido à situações de emergência originadas
por ocorrência ou possibilidade de desastres ou calamidades naturais e a exploração de recursos naturais, têm
obrigado ao deslocamento da população, suas residências, equipamentos sociais, infra-estruturas e serviços
localizados nas áreas em causa

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Objetivo geral
 Abordar as normas no Processo de Reassentamento nas comunidades
Objetivo especifico
 Descrever as normas e procedimentos que devem ser observados no processo de reassentamento
 Analisar o papel do sector de ordenamento territorial na elaboração e implementação do plano operacional
e de pormenor, destacando o papel do O decreto n.º 31/2012 de 8 de Agosto
 Identificar a instituição responsável pelo acompanhamento e monitoria dos processos de Reassentamento
 Conhecer a importância da coordenação institucional no processo de reassentamento
As normas e procedimentos que devem ser observados no processo de reassentamento
Decreto n. 31/2012, de 8 de Agosto – Regulamento sobre o Processo de Reassentamento Resultante de
Actividades Económicas;
Diploma Ministerial n. 156/2014, de 19 de Setembro - Directiva Técnica do Processo de Elaboração e
implementação dos Planos de Reassentamento;
Diploma Ministerial n. 181/2010, de 03 de Novembro – A DIRECTIVA SOBRE O PROCESSO DE
EXPROPRIAÇÃO PARA EFEITOS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL E AINDA OUTROS recursos
que se revelarem RELEVANTES.
Decreto n. 31/2012, de 8 de Agosto
Neste decreto visa a verificar a informação obtida nos documentos consultados e levantar as informações não
obtidas nos documentos são efectuadas visitas de campo para a análise de factores como: o nível de conforto
dos espaços; a qualidade de conforto dos edifícios; o nível de consumo dos recursos; a percentagem de solo
natural; situação da biodiversidade; as condições de salubridade ambiental; os níveis de poluição; e a
dimensão da área verde.
Esses dados constituem o fundamento para a elaboração da política de atendimento – instrumento que, para
além dos valores da indeminização, define as formas de assistência complementar. As questões a compor o
inquérito social devem estar em estrita observância dos números 2 e 3 do artigo 20 do decreto 31/2012 de 8 de
Agosto, de modo a garantir a colecta de dados que reflectem a realidade social, económica e cultural das
famílias abrangidas.
Diploma Ministerial n. 156/2014, de 19 de Setembro
De acordo com a Directiva Técnica do Processo de Elaboração e Implementação dos Planos de
Reassentamento (Diploma Ministerial n.º 156/2014, de 19 de Setembro) a colecta de dados referentes as infra-
estruturas e a situação socioeconómica das famílias abrangidas coincide com a elaboração do Relatório do
Estudo do Impacto Ambiental (REIA) compreendendo desta forma o planeamento inicial do processo.

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Como resultado do trabalho de inventariação e descrição da situação físico-ambiental, socioeconómica e das
infra-estruturas possíveis de serem afectadas pelo projecto é elaborado um documento designado por
Relatório do Levantamento Físico e Sócioeconómico (RLFSE) que de entre vários conteúdos contém:
 A descrição da área do projecto,
 O número de famílias directa e indirectamente afectadas,
 As suas características padrões e
Os Termos de Referência do processo de preparação do Plano de Reassentamento.
Os dados recolhidos para a elaboração do RLFSE são subdivididos em Físicos e Socioeconómicos sendo que,
sua colecta é feita com recurso a dois tipos inquéritos - o físico e o social.
Para além destes dados é recolhida a informação de caracterização físicoambiental com recurso a pesquisa
documental e visitas de campo.
Diploma Ministerial n. 181/2010, de 03 de Novembro
Segundo o Diploma Ministerial n.º 181/2010, entende-se por justa indeminização a que cobre não só o valor
real e actual dos bens expropriados, à data do pagamento, como também os danos emergentes e os lucros
cessantes do proprietário, decorrentes do despojamento do seu património.
Classificação dos bens imoveis
Para efeitos de cálculo de indeminização, os bens imóveis são classificados em:
 Imóveis para habitação,
 Imóveis para fins comerciais, industriais e serviços;
 Imóveis de praia e de campo.
São ainda tomados em consideração elementos como o tipo do imóvel, a localização do imóvel, a idade do
imóvel, o valor do imóvel à data da sua construção e o valor actual do imóvel.
O papel do decreto n.º 31/2012 de 8 de Agosto
O Decreto n.º 31/2012, de 8 de Agosto que aprova o Regulamento sobre o Processo de Reassentamento
Resultante de Actividades Económicas, no artigo 14 número 2 considera que “de modo a incentivar e a
permitir a participação pública, no processo, as entidades responsáveis pela sua elaboração, devem divulgar os
principais aspectos do plano em questão, através dos meios de informação adequados a cada contexto e
facultar toda a documentação relevante para consulta pelos interessados”.
A participação e o envolvimento das comunidades afectadas durante as fases de elaboração do Plano de
Reassentamento é decorrente da necessidade de se ter planos sustentáveis, que reflectem o respeito às
condições e valores autóctones da população local e que garantam o retorno dos benefícios aos envolvidos no
processo.
O uso dos instrumentos de comunicação acima descritos está relacionada à sua capacidade de propiciar maior
interacção entre os técnicos envolvidos na elaboração do plano de reassentamento e a população local, pois o

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contacto directo irá trazer melhores resultados a medida que a população terá espaço para emitir suas opiniões
e pareceres em relação aos locais a serem definidos.
A instituição responsável pelo acompanhamento e monitoria dos processos de Reassentamento
Neste contexto, são fontes de busca de dados instituições de gestão territorial e ambiental como o SDPI, o
MITADER, sem prejuízo das visitas de campo de modo a confrontar as informações colhidas durante a
pesquisa documental. O estudo das condições locais para a elaboração de recomendações deve seguir a
técnica de análise comparativa onde, devem ser analisados dados dos registos anteriores de ocorrência de
calamidades e as projecções feitas.
O SDPI-Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas é uma entidade pública responsável pela gestão e
monitoria das áreas de planeamento e ordenamento territorial, obras públicas, infra-estruturas e equipamento,
transportes e trânsito, gestão ambiental, emergência e prestação de serviços públicos ao nível do Distrito de
Chibuto. O Governo, viu a necessidade de definir a estrutura orgânica dos Governos Distritais, ao abrigo do
artigo 8 da lei nº 8/2003 de 19 de Maio, onde o Conselho de Ministros decreta segundo o artigo 2 da mesma
lei a criação de outros serviços distritais por proposta do Governo Distrital, ouvidos o Governo Provincial e o
Ministro que superintende na função pública e administração local do Estado.
MITADER tem como função consultar os documentos produzidos pelas autoridades de gestão territorial, no
Governo Provincial e Distrital, e outras instituições do estado relacionadas como é o caso do Ministério da
Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), Este Ministério surge como resultado dos esforços
incessantes na procura de um modelo adequado e eficiente para a gestão sustentável dos recursos naturais e do
ambiente em Moçambique.Como corolário, para além das atribuições e competências que o MICOA tinha, o
portfólio do MITADER expandiu o seu âmbito de acção para incluir de forma explícita, a administração e
gestão de terras, das florestas e das áreas de conservação.
A importância da coordenação institucional no processo de reassentamento
As organizações públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras, cujo objecto concorra para a gestão das
calamidades têm o dever especial de, no caso de iminência ou da ocorrência de calamidade, cooperar,
sujeitando-se às instruções do órgão do Estado responsável pela gestão de calamidades.
Sempre que se prevejam ou ocorram calamidades, tanto as populações como as diversas entidades públicas ou
privadas cujo objecto concorra para a gestão de calamidades, desencadeiam por sua iniciativa as medidas
apropriadas, de acordo com os planos e programas estabelecidos.
Quando, nas situações referidas no número anterior, a entidade responsável pela gestão de calamidades àquele
nível deve solicitar apoio e, se necessário, intervenção da entidade de escalão imediatamente superior.

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Conclusão
Este relatório do PR define com pormenor os mecanismos de compensação social, económica, a necessidade
de implantação das infra-estruturas nos bairros de reassentamento, na medida em que há uma relação na
incrementação das infra-estruturas num determinado meio com os indivíduos; e o tempo desempenha um
factor de capital importância em que um grupo ocupa um determinado espaço geográfico. Isto é, a
implantação das infra-estruturas que os indivíduos reassentados em Marracuene precisam constitui um
processo dinâmico que só pode ser alcançado com o tempo.

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Recomendações
Há necessidade de acções de responsabilização por violações de direitos sobre a terra, do direito à informação,
da participação pública e da segurança alimentar das comunidades afectadas pelas actividades. Ao concretizar
esta intervenção.
Surge para tomar medidas apropriadas pelas autoridades da justiça, da segurança alimentar e nutricional, da
terra, ambiente e desenvolvimento rural, para maior salvaguarda dos direitos sobre a terra, segurança
alimentar e reassentamento justo das famílias afectadas, em conformidade com os ditames da lei. A sociedade
deve ser cada vez mais interventiva na monitoria dos projectos de estacão de tratamento da água, contribuindo
assim para a efectivação dos direitos fundamentais das comunidades afectadas.

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Bibliografia
 Apontamentos EPR
 Planos de reassentamento
Diploma Ministerial

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