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CAPITULO I

Introdução
O presente trabalho tem como objectivo fazer uma abordagem sobre as Políticas Públicas, vai
debruçar se sobre o Plano Estratégico do Desenvolvimento do Distrito de Xai-Xai, (PDD) no
período de 2010 – 2014.
O Plano Estratégico do Distrito de Xai-Xai é um instrumento de orientação e gestão do
desenvolvimento, cuja sua elaboração enquadra-se na implementação dos objectivos e o impacto
na solução dos problemas do Distrito.
Neste contexto o trabalho está subdividido em cinco capítulos: sendo o capitulo I contempla a
Introdução, Problema, Objectivos Geral e Específico, e Metodologia, capitulo II que apresenta o
Quadro Teórico Conceptual e Políticas Públicas e Planificação, Ciclos e Processos, Modelos de
Avaliação das Politicas Publicas, Passos da Implementação e sua Importância, capítulo III
aborda o estudo de caso onde analisa o plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito no que
se refere aos pontos fortes, fracos oportunidades e ameaças e por fim os Capítulos IV e V, que
apresentam a conclusão e referências bibliográficas, respectivamente.

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1. Objectivos

1.1 Objectivo Geral


Analisar a implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Xai-Xai.

1.1.2 Objectivo específico


Compreender como foi feito o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Xai-Xai
Verificar a implementação dos objectivos e o impacto na resolução dos problemas do Distrito

1.1.3 Metodologia
Para elaboração do presente trabalho baseou-se na revisão bibliográfica e a obras que debruçam
sobre as Políticas Publicas as quais ajudaram na compreensão da interpretação do Plano
Estratégico Desenvolvimento do Distrito de Xai-Xai.

1.1.4 Pergunta de partida


Até que ponto foi a implementação dos objectivos do plano estratégico do desenvolvimento do
Distrito de Xai - Xai 2014-2014 ?

CAPITULO II

1. Quadro Teórico

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1.1 Conceptualização
Politica: é uma directriz geral para tomada de decisão, estabelece fronteiras em torno de
decisões a serem tomadas pelos administradores. (Stoner et al, 1999:137)

a) Governo: conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a


orientação política de uma determinada sociedade. (Bobbio, 2000)

b) Governação: segundo relatório do PNUD (2000) é um processo de coordenação entre


vários actores sociais para atingir um interesse comum.

c) Planificação: É um processo que consiste em decidir com antecedência o que fazer,


como fazer, quando fazer e quem deve fazer. (Teixeira, 1998)

d) Plano: è a definição de como processos e recursos serão coordenados, articulados e


alocados para se atingir determinado objectivo.
e) Plano Estratégico: Refere se a maneira pela qual a organização pretende delinear a
missão de uma organização e seu rumo futuro (visão), suas metas de desempenho bem
como sua estratégia. (Chiavenato, 2000:282)

f) Plano Operacional: descrição detalhada das etapas necessárias para a implementação do


plano estratégico nas operações do dia-a-dia. (Stoner et al, 1999:137)

g) Plano táctico: intermédio entre o plano estratégico e o plano operacional. (Chiavenato,


2000:280-281)

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2.2 Politicas Publicas e Planificação

2.2.1 Ciclos do Processo de Políticas Publicas


a) Formação de Assuntos Públicos e de políticas Publicas: momento em que as questões
publicas surgem e formam correntes de opinião ao seu redor para a formação da agenda,
podem surgir a partir de correntes de opinião, como resposta à crises os assuntos podem
surgir através do próprio processo político onde levantam questões que possam ter um
ganho politico pela resolução desse mesmo assunto, podem surgir por ordem de eventos
sequenciados isto é, ocorrência de eventos que vão formando um clima de necessidades
de intervenção e formulação de politicas que tratem da demanda. (Pedone, 1998)
b) Formulação de Políticas Públicas: processo de elaboração de políticas no Executivo, no
Legislativo e em outras instituições públicas, sob os pontos de vista da racionalidade
económica, da racionalidade politico - sistémica ou da formulação responsável. (Pedone,
1998)
c) Processo decisório: interligado o anterior porem com delimitações próprias, onde os
grupos de pressão exercendo influencia sobre os decisores, em qualquer das instâncias
citadas.
d) Implementação de Políticas e a Administração Publica: são implementadas as
decisões tomadas e aprovadas como politicas. A execução ocorre em forma de programas
ou planos que são implementados pela administração pública e outras instituições, grupos
e cidadãos.
e) Avaliação de políticas públicas: consideram se quais os padrões distributivos das
politicas resultantes, isto é, quem recebe o que, quando e como e que diferença fez com
relação a situação anterior a implementação. Interessa medir até que ponto a
implementação foi ao encontro desejado na política e se o programa da politica resolveu
ou aliviou o problema a que se propunha a mudança e se a implementação trouxe
resultados aos beneficiários. (Pedone, 1998)

2.2.2 Modelos de Avaliação das Politicas Públicas


a) Modelo de viabilidade: trata a questão de análise e avaliação como parte do processo
de viabilização política das políticas governamentais. Este modelo tem por premissa

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que o planeamento é feito sem desvios ou restrições e que os objectivos estabelecidos
serão atingidos com certeza, como se fossem situações e ambientes certos e estáveis.
(Pedone, 1998)

b) Modelo de análise sistémica: preocupa-se com os procedimentos objectivos que


acontecem na burocracia, lidando com questões operacionais da acção das políticas.
(Pedone, 1998)

c) Modelo de análise crítica em políticas públicas: este trata da questão normativa das
políticas públicas de como a sua análise e sua avaliação abrangem questões e incluem
a análise ética. (Pedone, 1998)

2.2.3 Passos da implementação das Políticas Públicas (execução)


 Desenhar as estratégias da implementação
 Desenhar o modelo de gestão para a implementação: os modelos tem há ver com o nível
estratégico este é que determina a gestão através do tipo de liderança.
 Planificar a implementação: definir a burocracia para implementar, definir os indicadores
de controlo (monitoria), definir a logística (procedimentos), definir as actividades,
responsabilização, orçamentação e priorização, alocação de recursos, timing período da
duração
 Divulgação institucionalizada: publicitar institucionalmente para o cidadão ou
auscultação e informação)
 Mapeamento dos parceiros interessados na implementação: estes podem aumentar o
orçamento
 Execução das acções
 Controle e monitoria: em dois focos sendo Desempenho financeiro e técnico,
Procedimentos legal, administrativo e deontológico, Gestão eficiente ou eficaz. Os
mecanismos de controlo podem ser: fiscalização directa, inquérito de satisfação ao grupo
alvo e plano de contingência.

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2.2.4 Importância das Politicas Publicas
 Norteiam os gestores
 Fontes de motivação
 Mitigação das assimetrias regionais
 Erradicarão da pobreza, etc.

2.3 Planificação

2.3.1 Planificação
A planificação é um acto de analisar condições presentes para determinar formas de atingir um
futuro pré-determinado. ( Texeira, 1998)
Ela é geralmente considerada a função principal desempenhada dentro do processo
administrativo.
Os objectivos da planificação apresentam uma situação futura, justificam as actividades, servem
como padrões e servem como unidade de medida.

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CAPITULO III

3.1 Estudo de caso: Plano Estratégico do Governo do Distrito de Xai-Xai

3.1.1 Estrutura do Governo Distrital de Xai-Xai

3.1.2 Estrutura
O Governo Distrital tem a seguinte estrutura:
a) Secretaria Distrital
b) Serviço Distrital de Planeamento e Infra-Estrutura
c) Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
d) Serviço Distrital de saúde, Mulher e Acção Social
e) Serviço Distrital de Actividades Económicas
f) Gabinete do Administrador (Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril)

3.2 Plano de Desenvolvimento Distrital (PDD)

3.2.1 Objectivo do Plano de Desenvolvimento Distrital (PDD)


 Melhorar a produção agro-pecuária, pesqueira e turística introduzindo tecnologias
melhoradas e técnicas de marketing
 Melhorar a capacidade humana e a situação social das populações, facilitando o acesso
aos serviços básicos e infra-estruturas de qualidade.
 Melhorar a governação local e o desenvolvimento institucional assegurando a capacidade
em gestão da administração pública participativa e inclusiva. (Plano Estratégico do
Desenvolvimento do Distrito de Xai-Xai, 2010)

3.2.2 Potencialidades do Distrito de Xai-Xai


 Extensas Terras aráveis
 Sistema de regadio (350ha)
 Associações agrícolas
 Instituições de crédito

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 Existência de rios, lagoa (Plano Estratégico do Desenvolvimento do Distrito de Xai-
Xai, 2010)

3.2.3 Visão e principais Vectores do Plano Estratégico


Foi identificada como Visão do distrito, “Xai-Xai, Distrito Agro-pecuário, Turístico, Pesqueiro,
Estável e Prospero ” e os principais vectores estratégicos para o seu alcance são os seguintes:
 Desenvolvimento Económico Local: Agricultura, Pecuária, Caju, Turismo, Pesca,
Industria e Comercio
 Infra-estrutura e serviços básicos: Saúde, Educação, Acção Social, Abastecimento de
Água, Estradas e Pontes, Habitação, Transportes e Comunicações, Serviços Financeiros,
Abastecimento de Combustível, Cultura e Desporto.

 Governação Local: Gestão da Administração Publica, Planificação e Finanças Publicas,


segurança e Ordem Publica, Procuradoria e Tribunais, e Registos Notariados (Plano
Estratégico do Desenvolvimento do Distrito de Xai-Xai, 2010)

3.3 Pontos Fortes e fracos, Oportunidades e Ameaças

O Plano Estratégico do Governo do Distrito de Xai-Xai articula com os objectivos da política


expressa no programa Quinquenal do Governo.

O Plano Estratégico do Governo do Distrito de Xai-Xai, é implementado através do Plano


Económico Social (PES) é este, que define as acções a serem desenvolvidas para se alcançar os
objectivos da política e inclui a alocação de recursos para o financiamento das acções a serem
realizadas.

Para a realização do Plano Estratégico do Governo do Distrito, não foram respeitados o ciclo e
Processos das Políticas Publicas, na componente auscultação dos que se destinam as tais
politicas, segundo Pedone, (1998).

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Existem Técnicos responsáveis pela elaboração do Plano Estratégico do Desenvolvimento do
Distrito os chamados ETD- Equipe Técnica Distrital, onde estes solicitam junto aos serviços que
compõe o Governo Distrital, o plano das actividades a serem realizadas dentro de um
determinado período, onde se constata inúmeras actividades que a sua concretização é um sonho
devido a insuficiência de fundos.

Segundo Chiavenato (2000) o Plano Estratégico reflecte a organização no seu todo, é um meio
para alcançar os objectivos organizacionais e é orientada para longo prazo, assim esta o plano
estratégico do Governo do Distrito de Xai-Xai que reflecte o plano do desenvolvimento do
Distrito do período desde 2010 a 2014, as acções a serem levadas a cabo para se alcançar os tais
objectivos em matriz reflectindo o plano operacional nas diversas áreas.

Ainda Chiavenato (2000) refere o Plano Estratégico como sendo a maneira pela qual a
organização pretende delinear a missão de uma organização e seu rumo futuro (visão), suas
metas de desempenho bem como sua estratégia.

O Plano Estratégico do Governo do Distrito de Xai-Xai apresenta um role de actividades a serem


realizadas para a implementação da politica pública nas três áreas nomeadamente:
Desenvolvimento Económico Local, Infra-Estrutura e Serviços Básicos Governação Local, mas
não apresenta as metas e a responsabilização, monitoria e avaliação o que pode resultar no
fracasso para o alcance dos objectivos pré definidos.

A falta de disponibilidade financeira associada a crise financeira mundial, para a execução do


Plano Estratégico contribui negativamente no alcance dos objectivos do Governo do Distrito.

A localização geográfica do Distrito onde é atravessado pelo rio Limpopo, proporcionando


extensas áreas de terra fértil para a prática da actividade agrícola ajuda no desenvolvimento
económico do Distrito.

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A ocorrência de inundações, cheias e outras calamidades no Distrito contribuem negativamente
no alcance dos objectivos do Plano Estratégico.

A existência de estabelecimentos hoteleiros no distrito, contribui positivamente na arrecadação


de receitas que ajudam no reforço do seu Orçamento o que contribui de certa forma no alcance
dos objectivos do Plano Estratégico.

O fundo do desenvolvimento do Distrito contribui bastante para o alcance dos objectivos, pois
através dos investimentos locais, as populações desempenham actividades que ajudam ao
Governo a desenvolver as localidades.

A existência no Distrito de parceiros tais como: Organizações não-governamentais (visão


Mundial) e Associações, ajudam ao Governo na realização de algumas actividades básicas nas
povoações tais como abastecimento de água e construção de Escolas etc.

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CAPITULO IV

Conclusão
O Plano Estratégico do Governo do Distrito reflecte as actividades a serem realizadas pelas
diversas áreas no período de 2010-2014, contudo peca na falta de responsabilização no
cumprimento das metas e objectivos.
As Políticas Públicas visam resolver os problemas das sociedades, porém constata se que na
definição do Plano Estratégico do Desenvolvimento do Distrito, não foram respeitadas os ciclos
e processos das políticas públicas, no sentido de auscultar as populações da base os seus
problemas para a definição das prioridades e resolução dos mesmos.
A falta de técnicos qualificados ou especializados nas diversas áreas contribui negativamente no
alcance dos objectivos pré definidos, bem como na ausência de monitoria e avaliação das
actividades.

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CAPITULO V

Referencias Bibliográficas
1. Chiavenato, I.(2000) Introdução a Teoria Geral da Administração (6ª ed) Rio de Janeiro.
2. Pedone, Luís (1986) Formulação Implementação e Avaliação de Politicas Publicas.
FUNCEP, Brasília.

3. Província de Gaza, (2010) Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Xai-Xai,


PENUD e FAO.

4. Stoner, J, Freeman, R. (1999) Administração, 5ª Ed, LTC.

5. Teixeira, S. (1998) Gestão das Organizações. Portugal ed MacGraw-Hill.

Decretos e Leis
1. Imprensa Nacional de Moçambique, Lei 8/2003 de 19 de Maio, Lei dos Órgãos Locais do
Estado, Maputo

2. Impressa Nacional de Moçambique, Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril, Maputo

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Índice

CAPITULO I.............................................................................................................................................1

Introdução...................................................................................................................................................1

1. Objectivos................................................................................................................................................2

1.1 Objectivo Geral......................................................................................................................................2

1.1.2 Objectivo específico............................................................................................................................2

1.1.3 Metodologia.......................................................................................................................................2

1.1.4 Pergunta de partida............................................................................................................................2

CAPITULO II............................................................................................................................................3

1. Quadro Teórico........................................................................................................................................3

1.1 Conceptualização...................................................................................................................................3

2.2 Politicas Publicas e Planificação.............................................................................................................4

2.2.1 Ciclos do Processo de Políticas Publicas.............................................................................................4

2.2.3 Passos da implementação das Políticas Públicas (execução)..............................................................5

2.2.4 Importância das Politicas Publicas......................................................................................................6

2.3 Planificação............................................................................................................................................6

2.3.1 Planificação.........................................................................................................................................6

CAPITULO III...........................................................................................................................................7

3.1 Estudo de caso: Plano Estratégico do Governo do Distrito de Xai-Xai...................................................7

3.1.1 Estrutura do Governo Distrital de Xai-Xai...........................................................................................7

3.1.2 Estrutura.............................................................................................................................................7

3.2 Plano de Desenvolvimento Distrital (PDD)............................................................................................7

3.2.1 Objectivo do Plano de Desenvolvimento Distrital (PDD)....................................................................7

3.2.2 Potencialidades do Distrito de Xai-Xai................................................................................................7

3.2.3 Visão e principais Vectores do Plano Estratégico...............................................................................8

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3.3 Pontos Fortes e fracos, Oportunidades e Ameaças...............................................................................8

CAPITULO IV.........................................................................................................................................11

Conclusão..................................................................................................................................................11

CAPITULO V..........................................................................................................................................12

Referencias Bibliográficas..........................................................................................................................12

Decretos e Leis..........................................................................................................................................12

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