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Índice

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................2

1.1 Delimitação do Tema.............................................................................................................3

1.2 Problema.....................................................................................................................................3

1.3 Pergunta de Partida......................................................................................................................4

1.4 Hipóteses.....................................................................................................................................4

1.5 Objectivos....................................................................................................................................4

1.5.1 Objectivo geral........................................................................................................................4

1.5.2 Objectivos específicos..............................................................................................................5

1.6 Justificativa..................................................................................................................................5

1.7 Metodologia.................................................................................................................................5

2.1 Revisão da Literatura ou Enquadramento Conceptual.................................................................7

2.2 Enquadramento Teórico...............................................................................................................8

3.1 Estudo do caso: Ministério da Administração Estatal e Função Pública....................................12

3.2 Apresentação e análise dos resultados.......................................................................................12

Conclusão........................................................................................................................................15

Referências Bibliográficas...............................................................................................................16

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INTRODUÇÃO

Este trabalho do final do Módulo 1, Metodologia de Investigação, é sobre a


importância da gestão documental no controlo e registos de documentos. A gestão de
documentos surgiu nos Estados Unidos, denominada naquele país de (Record
Managament). O aumento progressivo da produção documental a partir da segunda
metade do século XX, após a Segunda Guerra Mundial, fez com que as organizações
criassem métodos de controlo sobre a produção de documentos, afim de aumentar a
eficácia no tratamento das informações.
Considera-se gestão de documentos não somente como um conjunto de instrumentos
práticos de intervenção nos arquivos. O estabelecimento de procedimentos técnicos e de
directrizes referentes ao tratamento dos documentos colabora para atender às demandas
sociais para informações eficazes. Com isso, a gestão documental não visa tão somente
atender as demandas do produtor do documento, mas que isso, ela garante que os
documentos de valor permanente sejam preservados.
Seguindo a analogia utilizada por Sousa em análise sobre classificação (2008, p.159)
o automóvel só possui o alcance social actual porque possui um sistema integrado, onde
todas as suas peças funcionam. Se alguma parar, o veículo já não responderá como antes.
Da mesma forma deve ser com arquivo; todas as peças (actividades) devem estar bem
estruturadas, de forma que a gestão dos documentos funcione e sirva se subsídio para que
a instituição chegue onde deseja.
Nesse contexto, o trabalho aqui apresentado está estruturado em quatro capítulos
sendo:
Capitulo I, temos Introdução, onde versam a delimitação do tema, a problematização
e/ou contextualização, problema, pergunta de partida, hipóteses, objectivos gerais e
específicos, a justificativa e metodologia;
Capítulo II, desenvolve assuntos ligados a gestão documental, sua importância no
controlo e registos de documentos;
Capítulo III, faz a descrição do local de estudo que é a Secretaria Geral do
Ministério da Administração Estatal e Função Pública e descreve a importância da gestão
documental no controlo e registos de documentos;
Capitulo IV, apresenta-se as considerações finais e as referências bibliográficas.

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1.1 Delimitação do Tema

O presente trabalho cujo tema é “ A importância da gestão documental no controlo e


registo de documentos”, será desenvolvido na Secretaria Geral do Ministério da
Administração Estatal e Função Pública, a escolha do local para a pesquisa justifica pelo
facto de ser um sector onde é feita o tratamento dos documentos ao nível do Ministério.
Em 2016, foi feita uma formação dos funcionários da Secretaria-geral em matéria da
gestão documental. E 2020 como término porque foi feita a avaliação da eficácia da
formação.

1.2 Problema

Com o crescente número de informações que surgem todos os dias nas organizações,
necessita-se de métodos para sistematizar a produção, o armazenamento e descarte de
documentos gerados pelas diversas actividades desempenhadas. A documentação
produzida na esfera pública em sua maioria, não é tratada adequadamente, e quando há
esta preocupação é sob o ponto de vista de preservação histórica, não é dada importância
à informação contida no documento.
Há arquivos nas instituições públicas com grandes quantidades de documentos
dispersos, em processo de deterioração, sofrendo acção do tempo, sem nenhum método
de organização ou classificação.
O descaso com a documentação pública afecta os gestores e a sociedade, pois não é
possível assegurar a rapidez da recuperação de informações e dos serviços prestados nem
a transparência das actividades realizadas.
Outros problemas a serem considerados quando se trabalha com a questão da gestão
de documentos são: a resistência às mudanças por parte das pessoas, o sentimento de
“posse” sobre documentos gerados e a falta de recursos humanos especializados para
tratar adequadamente a massa documental.
Neste contexto surge a necessidade de gerir a documentação por meio de uma
política de gestão documental, que ainda é inexistente ou incipiente em muitas
instituições públicas e privadas.

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1.3 Pergunta de Partida

Face aos problemas identificados, a questão que se coloca é: Qual é a importância da


gestão documental no controlo e registo de documentos na Secretaria Geral do Ministério
da Administração Estatal e Função Pública?

1.4 Hipóteses

H1: A gestão dos documentos pode influenciar no controlo e registo de


documentos.
H2: A gestão dos documentos pode não influenciar no controlo e registo de
documentos.

Tabela de Variáveis

Independente: gestão de documentos.


Dependente: controlo e registo de documentos.

Variáveis Indicadores

Independente Gestão de documentos Arquivo

Livros
Dependente Controlo e registos de documentos Classificação

1.5 Objectivos

1.5.1 Objectivo geral

Compreender a importância da gestão documental no controlo e registo de


documentos no MAEFP

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1.5.2 Objectivos específicos

 Identificar os procedimentos da gestão documental;


 Descrever os procedimentos da gestão documental;
 Analisar os procedimentos da gestão documental.

1.6 Justificativa

Todas as instituições, sejam públicas ou privadas desempenham actividades, e estas


actividades por sua vez geram documentos de ordem diversa, nos mais variados suportes.
A produção de documentos sem o tratamento adequado faz com que as instituições
públicas sobrecarreguem seus sectores de arquivo com grandes quantidades de
documentos. Se não houver um gerenciamento adequado, as actividades realizadas na
organização e a recuperação de informações de cunho relevante ficam inconsistentes ou
até mesmo se perdem.
O trabalho justifica-se por representar um campo de estudo importante para a vida
do Ministério da Administração Estatal e Função Pública, pois uma política de gestão
documental, elaborada adequadamente, além de optimizar o processo de controlo,
gerenciamento e de recuperação de informações, também permite que a história da
instituição seja preservada.

1.7 Metodologia

Segundo Severino, (2000), Metodologia é um processo, onde se aplicam os


diferentes métodos, técnicos e materiais, tanto laboratoriais como instrumentos e
equipamentos para colecta de dados.
Na concepção de Lakatos e Marconi (2003). Metodologia é o conjunto de métodos e
técnicas usadas para a pesquisa elaboração do trabalho cientifico sendo estes os
caminhos para alcançar a meta desejada, analisar o que pode ser descoberto através dele
e da critica das suas propriedades.

Para a elaboração desta pesquisa, tendo em conta os objectivos definidos usar-se-á o


método indutivo que é um método responsável pelas generalizações, isto é, parte-se do

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particular para uma questão mais ampla e geral. A indução é um processo mental que
consiste na observação dos factos e sua comparação com fim de descobrir a relação entre
eles, por intermédio do qual, partindo do particular suficientemente constatados infere-se
uma verdade mais geral ou universal, (Gil,2008:10).

Quanto a natureza é aplicada, segundo Chiavenato (2010), “consiste em produzir


conhecimentos que a sua aplicação é imediato, desta forma o relacionamento interpessoal
é uma variável do sistema de administração participativo, que representa o
comportamento humano que gera o trabalho em equipa, confiança e participação das
pessoas”.

Quanto ao tipo é qualitativa, segundo Chiavenato (2010), a abordagem qualitativa


“permite estudar diferentes formas de departamentos, instituições bem como governo e
compará-lo”.

Quanto ao objectivo é explicativo descritivo que é aquela que busca por meio dos
seus métodos e critérios uma proximidade da realidade do objecto estudado.

Quanto a técnica usou-se pesquisa bibliográfica e documental, para Manzo citado


por Gil (2008), “a bibliografia oferece meios para definir, resolver, não somente
problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se
cristalizaram suficientemente e tem por objectivo permitir ao cientista o reforço paralelo,
na análise das suas pesquisas ou manipulação das suas informações”.

Pesquisa documental consiste em consulta de documentos científicos (livros, papeis


oficiais, jornais, registos estatísticos, filmes, fotos e discos), Gil (1999).

Quanto ao método é monográfico, segundo Lakatos e Marconi (2003) este método


“consiste em investigar, examinar o tema escolhido, observando os factores que o
influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos e permitem obter, de conjuntos
complexos, representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm
relações entre si”.

3
Quanto a técnica de recolha de dados usou-se a entrevista e questionário, segundo
Gil (2008) a entrevista é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca
colectar dados e a outra se apresenta como fonte de informação e o questionário que
segundo o mesmo autor é uma técnica de investigação composta por um conjunto de
questões submetidas as pessoas com o propósito de obter informações diversas. As
perguntas do questionário são semiabertas para dar maior liberdade do inquirido
manifestar a sua opinião.

Capítulo II

2.1 Revisão da Literatura ou Enquadramento Conceptual

Segundo Ponjuán Dante (2004, p.129), a gestão de documentos pode ser “entendida
como um processo administrativo” que permite analisar e controlar sistematicamente, ao
longo do seu ciclo de vida, a informação registada que se produz, recebe, matém ou
utiliza uma organização, em consonância com sua missão, objectivos e operação.

De acordo com Monteiro (2005) “ gestão de documentos” é o conjunto de


procedimentos e operações técnicas referentes as actividades de produção, tramitação,
uso, avaliação e arquivamento de documentos nas fases correntes e intermédias, visando
a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente”.

Entende-se que a gestão documental ou a gestão de documentos é o trabalho de


assegurar que a informação arquivística seja administrada com economia e eficácia, que
seja recuperada, de forma ágil e eficaz, subsidiando as acções das organizações e
tornando mais confiável o processo de toma de decisão e a preservação da história e da
memória. (BARTALO; MORENO, 2008, p.84).

O documento é a materialização fenómeno da informação, compreendendo não


apenas objectos criados pelo homem especificamente para este fim (livros, cartas,
jornais, revistas, sítios na Internet, registros em bases de dados, etc.), mas também
objectos que foram preservados em virtude de sua informatividade, como artefactos em
museus e peças de colocionadores. (ALMEIDA; TORRES, 2014, p.2).

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Schellenberg (2006, p.41) define documento como todos os livros, papéis, mapas,
fotografias ou outras espécies documentárias, independentemente de sua apresentação
física ou característica, expedidos ou recebidos por qualquer entidade pública ou privada
no exercício de seus encargos legais ou em função das suas actividades e preservados ou
depositados para preservação por aquela entidade ou por seus legítimos sucessores como
prova das suas funções, sua política, decisões, métodos, operações ou outras actividades,
ou em virtude do valor informativo dos dados neles contidos.

Segundo Indolfo e et al., (1995) define documento como toda a informação


registrada em um suporte material, suscitável de ser utlizada para consulta, estudo, prova
e pesquisa, pois comprovam factos, fenômenos, forma de vida e pensamentos do homem
numa determinada época ou lugar.

Arquivo é acumulação ordenada de documentos criado por uma instituição ou


pessoa no curso de sua actividade e preservados para a consecução de seus objectivos
políticos, legais e culturais, pela referida organização ou pessoa. (Schellenberg, 2006).

Arquivo é o conjunto de documentos de qualquer época e forma que,


independentemente da natureza ou de suporte da informação, são acumulados e
conservados em razão do seu valor ao longo das actividades das pessoas físicas ou
jurídicas pública ou privada, para servir de referência, prova, informação ou fonte de
pesquisa. SNAE (2007).

2.2 Enquadramento Teórico

O conceito da gestão documental passou a ser utilizado após a explosão documental


ocasionada durante a Segunda Guerra Mundial, porém Schellenberg (2006,p.97) destaca
que “desde que se começou a registar a história em documentos surgiu ao homem o
problema de organizá-los”. Este facto evidencia a importância que a gestão documental
assume frente à organização dos documentos que, antigamente, já se considerava um
problema e, actualmente, com a era de informação, têm se tornado um verdadeiro
desafio. Contudo, o reflexo da Segunda Guerra Mindial acarretou o surgimento da Teoria
das Três Idades, de acordo com Rodrigues (2007,p.2), esta teoria consiste no “princípio

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pelo qual os documentos passam por fases estabelecidas de acordo com a vigência
administrativa e frequência de consulta: idade corrente, intermediária e permanente ou
histórica”.
A Teoria das Três Idades possui relações estreitas com a gestão documental, uma
vez que o processo de gestão visa acompanhar os documentos durante todo o seu ciclo
vital, idades corrente, intermediária e permanente.
Dentro do paradigma em que se encontra a gestão documental, os autores
canadenses Jean-Ives Rousseau e Carol Couture (1998), destacam sete funções
arquivista: criação ou produção, avaliação, aquisição, conservação, classificação,
descrição e difusão. Estas funções aliadas ao processo da gestão documental acarretam
em grandes benefícios aos arquivos, aos acervos e também aos usuários que poderão
usufruir de informações cujo tratamento tenha sido realizado com eficiência desde sua
criação até ao destino final.
No entanto, para que a gestão documental obtenha resultados satisfatórios é
importante que ela seja desenvolvida por meio de três fases básicas: produção, utilização,
e destinação dos documentos. (PAES, 2004).
Como já salientado, a gestão documental engloba diversos aspectos, bem como a
produção, utilização e destinação dos documentos, para tanto, utiliza-se dois importantes
instrumentos para organizar e racionalizar os documentos, são eles: Plano de
Classificação de Documentos e Tabela de Temporalidade de Documentos, estes
instrumentos quando aplicados correctamente agregam aos arquivos inúmeros
benefícios.
O Plano de Classificação de Documentos é originado através do processo de
classificação.
Este instrumento é responsável por agrupar os documentos e subdivisões
hierárquicas, desta forma é possível organizar os documentos geralmente em classes e
subclasses visando manter o contexto de produção documental para que os documentos
não percam a sua organicidade. Entretanto, a classificação pode ser realizada por meio de
três métodos: estrutural, funcional ou ainda pelo método por assunto.
A classificação estrutural tem por base o organograma da instituição com níveis de
divisão interna. O inconveniente deste método é que a estrutura pode passar por
modificações porém essas mudanças devem ser reflectidas no Plano de Classificação de
Documentos para que este instrumento não se torne obsoleto. Bernardes e Delatorre
(2008, p.23), destacam que o método funcional baseia-se na função, subfunção e

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actividade do órgão produtor dos documentos, não necessita se preocupar com as
alterações na estrutura, pois estas não influenciam no Plano de Classificação funcional.
A classificação funcional é a representação lógica das funções, subfunções e
actividades do organismo produtor. Por isso, ela independe da estrutura e de suas
mudanças no decorrer do tempo. A classificação funcional é a mais apropriada para
órgãos públicos do Poder Executivo que sofrem frequentes alterações em sua estrutura,
de acordo com as injunções politicas. Apesar de mais complexa a classificação funcional
é mais duradoura. (BERNARDES E DELATORRE, 2008, p.21).
O método por assunto tem por base o conteúdo informativo de cada documento,
exige uma análise aprofundada sobre cada um dos tipos documentais com objectivo de
identificar o assunto ao qual cada documento se refere. Não é o método mais indicado
para instituições de grande porte em vista desta dificuldade.
A identificação da função e actividade como “assunto” poderá causar dificuldades
ao processo de avaliação, que deverá, incidir sobre conjuntos documentais e não sobre
assuntos ou unidades isoladas. Ainda, um mesmo tipo/série documental poderá ser
associado a “assuntos” distintos, o que ocasionará dificuldades no momento da
classificação. (BERNARDES E DELATORRE, 2008, p.23).
Pode se afirmar que a classificação juntamente com o Plano de Classificação de
Documentos é imprescindível para a correcta organização documental, uma vez que
possibilita realizar um levantamento completo de todos os tipos documentais produzidos
e/ou recebidos pelas instituições, tanto públicas quanto privadas, no decorrer das suas
actividades.
A Tabela de Temporalidade de Documentos, conforme já mencionado é utilizada
para auxiliar o processo de avaliação documental. Assim como o Plano de Classificação
dos Documentos, a Tabela de Temporalidade de Documentos também é um instrumento
importante de gestão documental, visto que é responsável por identificar o valor dos
documentos e definir seus prazos de guarda e de destinação final. Indolfo (2007, p.7).

Indolfo et al (1995, p.15) afirma que a gestão de documentos possui três


procedimentos ou fases fundamentais:

Primeira fase: Producão: “é um acto de elaborar os documentos em razão das


actividades específicas de um órgão ou sector”. Nesta fase o objectivo é controle da

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produção de documentos garantindo uma melhor gestão dos recursos e diminuindo a
produção de documentos desnecessários.

Segunda fase: Utilização dos documentos: “refere-se ao fluxo percorrido pelos


documentos, necessários ao cumprimento de sua função administrativa, assim com sua
guarda após cessar seu trâmite”. A fase de utilização de documentos engloba a gestão
dos arquivos correntes e intermediários nela também que são desenvolvidos os sistemas
de arquivos, assim como os mecanismos de recuperação da informação.

Terceira fase: Destinação de documentos: “envolve as actividades de análise,


selecção e fixação de prazos de guarda de documentos…”Terceira é última fase é o final
do ciclo de intervenção dos instrumentos da gestão de documentos. É a última fase, mas
não menos importante é nela que se avalia se os documentos serão eliminados, ou
recolhidos para o arquivo.

Ainda sobre as fases de gestão de documentos PAES (2004, p.54) discorre:


Produção de documentos: refere-se à elaboração dos documentos em decorrência das
actividades de um órgão ou sector. Nesta fase, o arquivista deve contribuir para que
sejam criados apenas documentos essenciais à administração da instituição, com isso,
evitando duplicação e emissão de vias desnecessárias; propor consolidação de actos
normativos alterados ou actualizados com certa frequência, visando à perfeita
compreensão e interpretação dos textos; sugerir a criação ou extinção de modelos e
formulários; apresentar estudos sobre a adequação e o melhor aproveitamento de
recursos reprográficos e informáticos para a difusão de normas e informações necessárias
ao desenvolvimento institucional; opinar sobre a escolha de materiais e equipamentos.
Utilização de documentos: esta fase inclui as actividades de protocolo (recebimento,
classificação, registo, distribuição, tramitação), de expedição, de organização e
arquivamento de documentos em fase corrente e intermédia, bem como a elaboração de
normas de acesso à documentação (empréstimo, consulta) e a recuperação de
informações;
Avaliação e destinação de documentos: talvez a mais complexa das três fases de
gestão de documentos, se desenvolve mediante a análise e avaliação dos documentos
acumulados nos arquivos, com vista a estabelecer seus prazos de guarda, determinando

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quais serão objecto de arquivamento permanente e quais deverão ser eliminados por
terem perdido seu valor de prova e de informação sobre a instituição.

Capitulo III

3.1 Estudo do caso: Ministério da Administração Estatal e Função Pública

Descrição do Local de Estudo

O Ministério da Administração Estatal e Função Pública, é um órgão central do


aparelho de Estado, que de acordo com os princípios, objectivos e tarefas definidos pelo
Governo, é responsável pela organização, funcionamento e inspecção da Administração
Pública, prevenção e gestão de calamidades e gestão dos recursos humanos do Estado.
O Ministério da Administração Estatal tem uma Secretaria-geral com que é
responsável por:
 Recepção do expediente;
 Dar entrada (registo no livro) e protocolar;
 Encaminhar o expediente ao destino;
 Regular a produção e enumerar documentos internos expedidos;
 Classificar os documentos;
 Arquivar os documentos.

A Secretaria Geral do MAEFP, tem oito funcionários, dos quais três femininos e
cinco masculinos, com grau de escolaridade mínima de décima segunda classe.

3.2 Apresentação e análise dos resultados

A análise de dados foi realizada a partir do questionário: Gestão de documentos


(processos de gestão de documentos, instrumentos de gestão de documentos, avaliação,
destinação e preservação).

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Processos de gestão de documentos

Com relação aos processos de gestão de documentos existentes na instituição as


respostas foram:
Três funcionários concordam que a instituição organiza os documentos permanentes
por meio de arranjo e os cinco descordam;
Quatro funcionários concordam no que diz respeito a organização dos documentos
por meio da classificação e um funcionário discorda;
Todos concordam com a avaliação dos documentos recebidos, produzidos e
acumulados;
Todos concordam que existem processos de destinação e eliminação de documentos;
Três concordam com o processo de recolhimento de documentos permanentes

Das respostas colhidas pode-se afirmar que entre os processos da gestão de


documentos, ainda que em estágio inicial, o mais recorrente é o recolhimento de
documentos permanentes. Entre os processos não existentes na instituição, destacam-se o
processo de destinação e eliminação de documentos e de organização de documentos
permanentes por meio de arranjo.
Todos os processos de gestão de documentos são vitais, para que se possa
estabelecer uma política de gestão de documentos. Desta forma, é necessário que se
identifique a vida útil dos documentos, avaliando quais de ordem permanente e quais
podem ser descartados (CASTILHO, 1991).

Instrumentos de gestão de documentos

Com relação ao uso dos instrumentos de gestão de documentos, seis funcionários


concordam com a utilização da tabela de temporalidade, Manual de Gestão de
Documentos e da elaboração de Listagens de Destinação, os três descordam, o que mais
uma vez reforça o estado incipiente ou inexistente de gestão de documentos.
No que se relaciona ao uso de Código de Classificação, cinco concordam e três
discordam da utilização.

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Rodrigues (2006), explica que o acúmulo de documentos baseado em plano de
classificação delineado, demonstra de forma clara qual é o fluxo das actividades
desenvolvidas e suas relações com as demais tarefas da organização.
No que diz respeito a formulários de recolhimento de documentos permanentes
todos os funcionários concordaram com a existência do instrumento.

Avaliação e destinação dos documentos

Todos concordaram com o conceito da Três Idades Documentais, baseado no ciclo


de vida dos documentos, segundo o qual os arquivos podem ser correntes, intermediários
ou permanentes, e que norteia a prática da arquivista (MACHADO; CAMARGO, 2000).
Para a eliminação dos documentos existe Comissões de Avaliação dos Documentos.

Preservação

Os níveis de respostas dadas pelos funcionários, quanto a preservação dos


documentos são positivas, pois são levados em consideração o acondicionamento e
armazenamento.

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Capítulo IV

Conclusão

O trabalho intitulado “ A importância da gestão documental no controlo e registo de


documentos: o caso da Secretaria Geral do Ministério da Administração Estatal e
Função Pública, 2016-2020”, procurou responder em que medida é importante a gestão
documental no controlo e registo de documentos no período de 2016-2020.

Da análise de dados chegou a conclusão a gestão documental tem um impacto


positivo pois a instituição observa com rigor os procedimentos e todos os processos
(criação, utilização e avaliação), acompanhados com os Instrumentos, Plano de
Classificação e a Tabela de Temporalidade de Documentos.

Ao longo deste trabalho foi também possível fazer a verificação das hipóteses
levantadas na pesquisa exploratória, onde confirmou-se a hipótese de que a gestão
documental pode influenciar no controlo e registo de documentos.

A análise dos conceitos da gestão documental demonstrou que ainda há lacunas a


serem preenchidas, pois há ausência de alguns termos que merecem especial atenção,
uma vez que podem ser a operação fundamental ao funcionamento da gestão de
documentos.

É importante a existência da gestão documental, pois em caso contrário, será muito


difícil localizar documentos, visto que não haverá um Plano de Classificação de
Documentos para demonstrar a organização intelectual e física deste documento.
Também é importante referir que sem a gestão é comum haver documentos acumulados
que já deveriam ter sido eliminados, este cúmulo desnecessário acaba dificultando o
acesso aos documentos que realmente possuem valor.

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Referências Bibliográficas

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Histórico de Moçambique.

Severino, A.J. (2000). Metodologia do trabalho científico.1.ed. São Paulo.

Schellemberg, T.R. (2006). Arquivos modernos: princípios e técnicas, tradução da


Nilza Soares.6.sd.Rio de Janeiro:FGV.

Rousseau, Jean-Yves, Couture, Carol (1998). Os fundamentos da disciplina


Arquivista. Lisboa. Publicações Dom Queixote.

PAES, M. L. (2004). Arquivo: teoria e prática.3.ed.Rio de Janeiro:FGV.

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Lodrina: EDUEL. p.71-88.

Chiavento, I. (2010). Gestão de Pessoas.3.ed. Rio de Janeiro.

Decreto nº 36/2007, de 27 de Agosto. Aprova o Sistema Nacional de Arquivos do


Estado (SNAE) e seus instrumentos de operacionalização, designadamente o Plano
de Classificação e Tabela de Temporalidade de Documentos da Actividades – meio
e o Classificador das Informações Classificadas.

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