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CAPITULO I

1.1. – INTRODUÇÃO

O combate à Pobreza Absoluta em Moçambique, é um programa adoptado e aprovado pelo


Governo, como de entre vários que se propôs a realizar, o principal cartaz para a redução dos
índices de pobreza em que se encontra a maioria da população Moçambicana.

A melhoria das condições de vida da população moçambicana constitui objectivo do Governo,


desde 1997, com vista a redução das assimetrias existentes entre as zonas Sul, Centro e Norte.

Para inicio deste programa, o Governo baseou-se nos dados fornecidos pelo INE, atinentes à
população Rural, Urbana, Trabalhadores, Desempregados, Jovens, Adultos, etc. como
indicadores para se saber como implementar essa politica no seio das comunidades, que medidas
devem ser tomadas.

O presente trabalho visa fazer uma analogia dos programas implementados pelo governo desde
1994 ate 2010, fazendo uma abordagem sobre as Estratégias de Combate à pobreza no Pais,
incidindo sobre o que terá sido realizado, o que está sendo feito e o que está sendo esboçado para
que este programa alcance os objectivos propostos.

1.2.- PROBLEMA

O Governo moçambicano, ao incorporar este Programa nos seus Planos Quinquenais de


Governação, tinha em vista reduzir os níveis de pobreza extrema em que vive a maioria da
população, tanto nas Cidades assim como nas zonas rurais.

Com vista a dar corpo ao planeado, o Governo aprovou uma serie de dispositivos,
descentralizando inclusive algumas actividades de âmbito central para os governos Provinciais,
distritais, evitando deste modo a burocracia que era necessária para a solução dos problemas a
afectam a população.
Na execução deste plano, teve presente que a maioria da população moçambicana era jovem, e
que segundo o recenseamento geral da população de 2007, 47.7% tinha idade inferior a 15 anos,
tratando-se portanto de uma população que exige a nível do governo intervenção específica nos
termos de Educação de qualidade e relevante para o mercado de emprego e Saúde, como forma
de assegurar que ao se tornarem adultos estejam preparados para o processo de integração na
vida profissional.

1.3.- Pergunta de Partida

Será que as políticas e Estratégias aprovadas pelo Governo no combate à Pobreza, surtem
os efeitos propostos? Qual é analise populacional sobre o programa!

No âmbito de implementação dos programas de combate à pobreza no Pais, o Governo


desencadeou uma série de acções com vista a aliviar o sofrimento da população. Houve
progressos assinaláveis nas áreas de Educação, Habitação, Acção Social, que resultaram na
expansão da rede sanitária e educacional, construindo hospitais e escolas mais próximo da
população. Maior cobertura de partos institucionais, redução da epidemia de malária,
disponibilizando pessoal médico e outros recursos materiais para um bom desempenho dos
centros de saúde.

Porém, o contraste que existe é que enquanto o governo trabalha no sentido de colocar as infra-
estruturas próximo do cidadão, para este mesmo cidadão, o governo não está a fazer nada porque
as crianças continuam a percorrer longas distâncias para chegar a escola e os doentes continuam
a percorrer longas distâncias para chegar a um posto de saúde.

Prevalecem os problemas de falta de água tratada, falta de saneamento do meio nas cidades para
a prevenção de focos que provocam doenças endémicas como: Malária e Cólera.

Portanto, o Governo está a executar as políticas aprovadas nesta área de combate à pobreza
absoluta, todavia, as preocupações prevalecem no seio das comunidades que clamam por
melhores condições de vida, proporcionando-se emprego aos jovens que mesmo com o nível
superior, não consegue emprego.

1.4.- Objectivos

Geral: Analisar as Estratégias de combate à Pobreza Absoluta em Moçambique

Específicos:

 Analisar a implementação de Estratégias de combate a pobreza absoluta no


Pais.

 Descrever as estratégias de combate à pobreza absoluta a nível Sectorial.

1.5.- Metodologia:

Para a elaboração da pesquisa sobre a Estratégia de combate à pobreza absoluta, do V módulo


Políticas Públicas e Planificação, leccionado no Instituto Superior de Administração Pública, em
Maputo, do curso de Certificado profissional em Administração Publica do tipo 2, respeitante ao
período de 1994 até 2010, baseou-se nos manuais recomendados para o tema, como:

 Planos Quinquenal do Governo,

 Estratégia Global da reforma do Sector Público,

 Políticas Públicas: colectânea-Vol.1.,

 Parpa I e II.

 Agenda 2025

 Objectivos de Desenvolvimento do Milénio


CAPITULO II

2.1.- CONCEITUALIZAÇÃO

Administração é o processo de Planear, Organizar, Liderar e Controlar o trabalho dos membros


da Organização e de usar os recursos disponíveis na mesma para alcançar os objectivos
estabelecidos. (MAE-DNFP, 2003:14).

Administração Pública- é um sistema responsável pela concretização e implementação das


decisões políticas do Governo. É o braço operacional dos actos governamentais, e por ter
carácter público, em tanto que organização, difere das demais organizações da sociedade (MAE-
DNFP, 2003:23).

Segundo MAE-DNFP (2003), Processo Administrativo é o processo de tomar decisões e


realizar acções através de quatro funções principais, interligadas de maneira dinâmica:

 Planeamento;

 Organização;

 Direcção; e

 Controlo.

2.2.- Políticas

São operações genéricas baseadas nos objectivos organizacionais que funcionam como guia
orientadora da acção administrativa. Proporcionam marcos ou limitações, embora flexíveis e
elásticos para demarcar as áreas das quais a acção administrativa deverá-se desenvolver. São
genéricas e utilizam verbos como: Manter, Seguir, Usar, Prover, Assistir, etc. Chiavenato, I.
(2000:1996).
2.3.- Políticas Públicas

São definidas como o nexo entre Teoria e acção do Estado, tem pontos em comum com outros
campos de estudo, permitindo, que se estude as Políticas Públicas conceptual e
metodologicamente sob várias facetas. Com a Administração Pública, o estudo de políticas
públicas, compartilham a análise do processo do governo, o exame das instituições políticas
administrativas quer implementam directrizes governamentais e são responsáveis pelas decisões
e pela execução. Pedone, L.(1986:10).

2.4.- Plano segundo menginson (1998), mostra as perspectivas da organização em termos do


presente, futuro e como alcança-los.

Carvelheda (1992), conceitua Planificação como consistindo em definir os objectivos


específicos, estabelecer a maneira de atingi-los, priorizar e colocar os recursos, especificar as
acções, procurar organizar informações de forma continuada e tomar decisões.

2.5.- Estratégia

Segundo MAE-DNFP (2002), é uma ciência que, tendo em vista a guerra, visa a criação,
desenvolvimento e a utilização adequada dos meios de quoação política, económica a,
psicológica e militar à disposição do poder político para se atingirem os objectivos por este
definidos.

Para Stoner & Freeman (1999), estratégias é programa amplo para definir e alcançar os
objectivos de uma organização e implementar suas missões.

2.6.- Planificação Estratégica.

De acordo MAE-DNFP (2002), refere-se ao modo pelo qual a organização pretende aplicar
determinada estratégia para alcançar os objectivos propostos. É um planeamento global e alongo
prazo. A elaboração de um planeamento estratégico exige quatro fazes:
 Formulação dos objectivos organizacionais;

 Análise Interna da Organização;

 Análise do ambiente externo;

 Formulação das alternativas Estratégicas;

 Monitoria e Avaliação.

2.7.- Organização

Teixeira (1998), considera organização como consistindo em estabelecer relações formais entre
pessoas, e entre estas e os recursos, para atingir os objectivos propostos. Dos aspectos
fundamentais desta função é assegurar que a pessoa certa com qualificações certas, esteja no
local certo no tempo certo para que melhor sejam cumpridos os objectivos.

Para o alcance destes objectivos, é necessário que haja Eficiência e Eficácia dos gestores.

 Eficácia é a medida em que os outputs produzidos pelos processos se aproximam dos


objectivos propostos, isto é, quanto menor forem os desvios entre o planeado e o
realizado, maior é o grau de eficácia do gestor responsável.

 Eficiência é a relação proporcional entre a qualidade e quantidade de inputs e a qualidade


de outputs produzidos, sendo que quanto maior for o volume de produção conseguido
com o mínimo de factores produtivos maior é o grau de eficiência do respectivo gestor.
CAPITULO III

3.1.- ESTRATÉGIA DE COMBATE À POBREZA EM MOÇAMBIQUE DESDE 1994


ATÉ 2010.

A estratégia de combate à pobreza absoluta em Moçambique foi lançado em 1997, e


posteriormente em 2001 lançou-se a Reforma Global do Sector Público.

O Governo através da Administração Pública lançou este programa na perspectiva de aliviar a


população moçambicana da pobreza em que se encontra. A Reforma numa primeira fase visava
sobretudo a promoção do desenvolvimento económico e Social, sendo responsável da
implementação destas acções, o Estado e o Governo.

Através deste Programa, o Estado propunha-se a promover a diminuição dos níveis de pobreza
absoluta e assegurar a inserção social de todos os moçambicanos através de uma distribuição
mais justa de riqueza e garantia de um padrão digno de qualidade de vida.

Para a garantia da consistência dessas transformações, era necessário assegurar a coerência entre
os objectivos pretendidos e a pratica da actuação dos inúmeros agentes dessas transformações, o
que implica necessariamente uma reforma do sector Público como um todo, não devendo apenas
ser um somatório de propostas de reforma administrativas parciais, mas sim o produto da
concepção de uma estratégia que integre no processo, de modo consistente e abrangente, todos
intervenientes relevantes.

De acordo o previsto na estratégia Global da Reforma do sector Público, na sua linha de combate
a pobreza, o Governo deve ser participante discreto, selectivo e indirecto no sector produtivo, ser
ágil, descentralizado, desburocratizado, simplificado, modernizado, competitivo e preocupado
com os resultados e pela qualidade dos serviços prestados ao cidadão.

É necessário que haja democracia e um alto grau de institucionalização de formas participativas


para identificar com maior segurança os anseios e necessidades dos cidadãos, criando espaços
para a sua participação na busca de so0luçaõ para os problemas de desenvolvimento.

Dispor a Administração Pública de recursos humanos dotados de qualificações profissionalizado


e sempre pronto para a necessária mudanças e consciente da sua responsabilidade e deveres
perante a sociedade combatendo as praticas corruptas ou fraudulentas, dotando os funcionários
de uma moral e ética de servir os cidadãos e não de se servirem a si próprios.

Os programas quinquenais do governo, se propõe a fazer a governação aberta, participativa e


inclusiva como um importante mecanismo de interacção directa com o povo, na busca de solução
dos problemas que afectam a sociedade.

O PQG (2010-2014), recomenda o Governo no prosseguimento das actividades de simplificação


de procedimentos burocráticos para a aproximar, cada vez mais, os serviços do Estado ao
cidadão, principalmente, através da profissionalização dos funcionários públicos e da
Administração Pública no seu todo, Descentralização e da Desconcentração.

O reforço da participação da sociedade civil no desenvolvimento local com vista ao seu


envolvimento na consolidação dos Conselhos Consultivo, de modo a se tratar casa a caso por
zonas ou povoações para dar solução às preocupações das populações no âmbito do Fundo de
Desenvolvimento Distrital que foi criado para promover ao auto-emprego através de micro
projectos que vão dar emprego as comunidades e dai contribuir para a redução dos índices de
pobreza. Essas acções continuam e estão previstas no último PQG, que passam pela promoção de
investimentos público e privado, principalmente, para as infra-estruturas de suporte para o
desenvolvimento, de forma a reduzir os desequilíbrios, promovendo um desenvolvimento
equilibrado, integrado e harmonioso no Pais.

De acordo com os indicadores do Governo, plasmados no PARA I, preconiza que este plano
prevê a redução dos níveis de pobreza em 50% até 2010.

A pobreza foi definida oficialmente como a “ incapacidade dos indivíduos de assegurar para si e
os seus dependentes um conjunto de condições básicas mínimas para a sua subsistência e bem-
estar, segundo as normas da sociedade”. A linha de pobreza absoluta foi estimada com base no
consumo de 2.150 kilocalorias por pessoa por dia, a crescida de uma porção determinada de
despesa não alimentar. Em termos monetários é sensivelmente $1,00 (um dólar americano) dia
por pessoa.

Levantamentos empíricos realizados entre 2000 e 2002 pelo Instituto de Investigação para o
Desenvolvimento na Província de Nampula mostram que, em média, os rendimentos brutos per
capita por dia estão abaixo dos US$ 0,50, variando entre US 0,18 e US$ 0,47 entre os mais
pobres. De acordo com o PARPA é possível, que estes cidadãos aumentem os seus rendimentos
para o triplo.

Para tal o PARPA apresenta uma “estratégia de desenvolvimento baseada no mercado onde o
papel principal do Governo é a promoção do investimento e produtividade através do
investimento em capital humano, desenvolvimento de infra-estruturas, programas para melhorar
a qualidade das instituições públicas e políticas para uma gestão macroeconómica financeira
eficiente”. Em paralelo com esta estratégia é ainda declarado o empenhamento do Governo em
prosseguir políticas e desenvolver actividades que conduzem à diminuição da vulnerabilidade e
empowerment dos mais pobres entre os pobres.

3.2.- NA ESFERA DA ECONOMIA POLÍTICA

A intervenção baseada na análise agregada na economia não foi suficiente para gerar efeitos
multiplicadores que garantissem um crescimento económico socialmente justo.

Embora ainda tenha surgido quem quisesse defender que a questão seria resolvida na sequencia
do crescimento económico, o facto é que a pobreza passou a estar na ordem do dia e programas
especiais tiverem de ser concebidos. Houve necessidade de desagregar a análise e os países que
queriam a sua dívida totalmente perdoada foram condicionados à elaboração Poverty Redution
Strategy Paper, PRSP. Foi neste contexto que surgiu o PARPA em Moçambique.

O primeiro condicionalismo que é imposto refere-se à leitura do Banco Mundial e do FMI sobre
o que são governos maus e bons, os classificados como países qualificáveis para o perdão da
dívida. Se os senhores do perdão da dívida consideram que o pais tem um governo mau a dívida
não perdoada, consequentemente, o apoio necessário para a redução da pobreza não
disponibilizado. Considera-se um governo mau, onde haja corrupção e drenagem de dinheiro de
capital pelas elites governantes para consumo supérfluo em qualquer canto do mundo, ou seja
governos que actuam contra os seus próprios constituintes. Mas, para as instituições da Bretton
Woods também é considerado mau governo todo que não liberalizar os preços agrícolas, não
aceitar a livre circulação de capitais ou não ter dado como adquirido que os mercados tendem
para a perfeição e se auto-regual.

É na implicação do juízo de valor sobre o desempenho do pais que surge o modelo do Banco
Mundial para o desenvolvimento rural. O modelo foi dado á estampa em 1997 e tem servido de
guia para os PRSPs dos países onde a população pobre é, basicamente, agrária, sendo composto
pelos seguintes elementos:

 Agricultura forte e competitiva, mostrando-se uma certa simpatia pela agricultura


familiar e tendo implícita a necessidade de desenvolvimento tecnológico.

 Garantias de que há distorções nos mercados de produtos, insumos e financeiros,


deixando-se estes operar livremente e não se discriminando a agricultura na política
fiscal.

 Investimento público em infra-estruturas económicas e sociais, na saúde, nutrição,


educação e planeamento familiar.

 Adopção de métodos descentralizados, participativos e não discriminatórios da mulher.

O segundo grande condicionalismo está relacionado com a insistência de que os mercados estão
isentos de relações sociais que se estabelecem através do capital. As consequências na aplicação
deste pressupostos teórico quando da formulação dos PRSPs, são três. (i) partir-se do principio
que o investimento seja em que sector for, terá efeitos multiplicadores que irão contribuir para a
redução da pobreza absoluta. (ii) que há uma perfeita mobilidade inter-sectorial dos capitais que
irá mais tarde ou mais cedo, beneficiar os pobres, desde que as oportunidades surjam e haja bons
projectos. (iii) que o mercado financeiro assenta exclusivamente na perfeita convertibilidade
entre activos e capitais, sejam eles dos pobres ou dos ricos.

A prática porém demonstra que nenhuma destas premissas normativas se coaduna com a
realidade. O caso de Moçambique é exemplar nesse domínio. O Pais tem sido hábil em atrais
investimentos em particular para o sector dos recursos energéticos… os empreendimentos
relacionados com a produção de alumínio, ferro e aço com aproveitamento do gás natural e da
barata energia hidroeléctrica, adicionados ao acordo recentemente assinado no domínio do
titânio, são exemplos evidentes da falta de tais efeitos multiplicadores sobre os pobres a curto e
médio prazos. As condições especiais requeridas pelos investidores em relação as isenções de
pagamento de direitos, às facilidades fiscais e aduaneiras e à exportação de capitais, aliado ao
reduzido número de postos de trabalho criados, faz prever que os efeitos multiplicadores ainda
irão demorar muitos anos a chegar aos 70% dos cidadãos que vivem, em condições de pobreza
absoluta.

O último pressuposto refere que está evidente a enorme dificuldade em se estabelece a ligação
entre poupança dos pobres e os investimentos dos ricos. Ao contrário dos ricos, nem sem+pré os
activos dos pobres são plenamente convertíveis em capital, há um conjunto de activos que são
indispensáveis para garantir a reprodução social e, como tal, são retirados como reserva. Trata-se
da casa, da terra, dos instrumentos de trabalho, da bicicleta e de outros que, pela sua natureza,
são indispensáveis à actividade produtiva da família rural, não podendo constituir, portanto,
colateral ou garantia na obtenção de crédito.

3.3.- AS GRANDES OPÇÕES ESTRATÉGIAS

Há alguns elementos para a elaboração de uma estratégia que desde já podem ser tomados em
consideração com base na experiencia adquirida e sistematizada pela pesquisa em Moçambique.
Entre esses elementos constam as grandes opções de carácter estratégico que o Pais tem de
tomar.

Pode-se afirmar que o mercado por si só se encarregaria dessas opções, mas infelizmente o
mercado ou os mercados em Moçambique não são perfeitos, na maioria dos casos são incipientes
e outros ainda nem existem. Assim, há que estabelecer um balanço entre o que é viável esperar-
se do mercado e o é possível desde já fazer-se em matéria normativa.

 Primeira Estratégia

À primeira vista pode parecer obvio que a redução da pobreza decorre do crescimento
económico, mas a história económica já por várias vezes o demonstrou que, embora se encontre
uma correlação positiva entre eles, o período de tempo que medeia entre ambos é muito mais
longo que se supõem.

Perante o imprevisível nada mais há a fazer do que adoptar mecanismos que permitam que os
resultados interajam com os postulados. Assim, nada impede que se adopte uma estratégia
multifacetada onde, por um lado se ataque a questão do crescimento económico e por outro o da
pobreza. Ex. o Pais pode definir que o crescimento económico acelerado pode depender da
exploração dos recursos energéticos através do investimento externo e a redução da pobreza pela
atracção do investimento nacional para o sector agrário.

 Segunda Estratégia

Se optar pela redução da pobreza via atracção do investimento nacional, deve o Estado criar
mecanismos financeiros que reduzam o risco do capital investido e não esperar que o mercado
venha a fazer por si só. A questão porem surge com a natureza do subsídio à agricultura continua
na ordem do dia. A experiencia já demonstrou que produtos subsidiados ou agentes privilegiados
nem sempre contribuem para a diminuição das assimetrias sociais e aumenta a tendência para a
fuga de capitais, mas desde já se pode dizer com segurança, que os custos de investigação,
pesquisa do mercado e de informação podem perfeitamente ser cobertos pelo Estado sem se
correr o risco de distorção. Mais ainda, fundos de compensação podem ser criados e as taxas de
juro e períodos de retorno podem ser revistas em função do ciclo produtivo e dos
comportamentos do mercado internacional com menores riscos.

 Terceira Estratégia

No caso da redução de pobreza via sector agrário, o Pais deve optar pela agricultura de escala
com uso intensivo de força de trabalho ou por uma agricultura familiar altamente produtiva.

Há muito que a relação entre a dimensão da área de exploração agrícola e eficiência económica
tem sido objecto de estudo e de debate no domínio da economia agrária. Sabe-se hoje que a
multiplicidade de factores que influem na eficiência económica é tal que não se pode ter uma
dimensão única como sendo a área ideal.

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