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1.1. – INTRODUÇÃO
Para inicio deste programa, o Governo baseou-se nos dados fornecidos pelo INE, atinentes à
população Rural, Urbana, Trabalhadores, Desempregados, Jovens, Adultos, etc. como
indicadores para se saber como implementar essa politica no seio das comunidades, que medidas
devem ser tomadas.
O presente trabalho visa fazer uma analogia dos programas implementados pelo governo desde
1994 ate 2010, fazendo uma abordagem sobre as Estratégias de Combate à pobreza no Pais,
incidindo sobre o que terá sido realizado, o que está sendo feito e o que está sendo esboçado para
que este programa alcance os objectivos propostos.
1.2.- PROBLEMA
Com vista a dar corpo ao planeado, o Governo aprovou uma serie de dispositivos,
descentralizando inclusive algumas actividades de âmbito central para os governos Provinciais,
distritais, evitando deste modo a burocracia que era necessária para a solução dos problemas a
afectam a população.
Na execução deste plano, teve presente que a maioria da população moçambicana era jovem, e
que segundo o recenseamento geral da população de 2007, 47.7% tinha idade inferior a 15 anos,
tratando-se portanto de uma população que exige a nível do governo intervenção específica nos
termos de Educação de qualidade e relevante para o mercado de emprego e Saúde, como forma
de assegurar que ao se tornarem adultos estejam preparados para o processo de integração na
vida profissional.
Será que as políticas e Estratégias aprovadas pelo Governo no combate à Pobreza, surtem
os efeitos propostos? Qual é analise populacional sobre o programa!
Porém, o contraste que existe é que enquanto o governo trabalha no sentido de colocar as infra-
estruturas próximo do cidadão, para este mesmo cidadão, o governo não está a fazer nada porque
as crianças continuam a percorrer longas distâncias para chegar a escola e os doentes continuam
a percorrer longas distâncias para chegar a um posto de saúde.
Prevalecem os problemas de falta de água tratada, falta de saneamento do meio nas cidades para
a prevenção de focos que provocam doenças endémicas como: Malária e Cólera.
Portanto, o Governo está a executar as políticas aprovadas nesta área de combate à pobreza
absoluta, todavia, as preocupações prevalecem no seio das comunidades que clamam por
melhores condições de vida, proporcionando-se emprego aos jovens que mesmo com o nível
superior, não consegue emprego.
1.4.- Objectivos
Específicos:
1.5.- Metodologia:
Parpa I e II.
Agenda 2025
2.1.- CONCEITUALIZAÇÃO
Planeamento;
Organização;
Direcção; e
Controlo.
2.2.- Políticas
São operações genéricas baseadas nos objectivos organizacionais que funcionam como guia
orientadora da acção administrativa. Proporcionam marcos ou limitações, embora flexíveis e
elásticos para demarcar as áreas das quais a acção administrativa deverá-se desenvolver. São
genéricas e utilizam verbos como: Manter, Seguir, Usar, Prover, Assistir, etc. Chiavenato, I.
(2000:1996).
2.3.- Políticas Públicas
São definidas como o nexo entre Teoria e acção do Estado, tem pontos em comum com outros
campos de estudo, permitindo, que se estude as Políticas Públicas conceptual e
metodologicamente sob várias facetas. Com a Administração Pública, o estudo de políticas
públicas, compartilham a análise do processo do governo, o exame das instituições políticas
administrativas quer implementam directrizes governamentais e são responsáveis pelas decisões
e pela execução. Pedone, L.(1986:10).
2.5.- Estratégia
Segundo MAE-DNFP (2002), é uma ciência que, tendo em vista a guerra, visa a criação,
desenvolvimento e a utilização adequada dos meios de quoação política, económica a,
psicológica e militar à disposição do poder político para se atingirem os objectivos por este
definidos.
Para Stoner & Freeman (1999), estratégias é programa amplo para definir e alcançar os
objectivos de uma organização e implementar suas missões.
De acordo MAE-DNFP (2002), refere-se ao modo pelo qual a organização pretende aplicar
determinada estratégia para alcançar os objectivos propostos. É um planeamento global e alongo
prazo. A elaboração de um planeamento estratégico exige quatro fazes:
Formulação dos objectivos organizacionais;
Monitoria e Avaliação.
2.7.- Organização
Teixeira (1998), considera organização como consistindo em estabelecer relações formais entre
pessoas, e entre estas e os recursos, para atingir os objectivos propostos. Dos aspectos
fundamentais desta função é assegurar que a pessoa certa com qualificações certas, esteja no
local certo no tempo certo para que melhor sejam cumpridos os objectivos.
Para o alcance destes objectivos, é necessário que haja Eficiência e Eficácia dos gestores.
Através deste Programa, o Estado propunha-se a promover a diminuição dos níveis de pobreza
absoluta e assegurar a inserção social de todos os moçambicanos através de uma distribuição
mais justa de riqueza e garantia de um padrão digno de qualidade de vida.
Para a garantia da consistência dessas transformações, era necessário assegurar a coerência entre
os objectivos pretendidos e a pratica da actuação dos inúmeros agentes dessas transformações, o
que implica necessariamente uma reforma do sector Público como um todo, não devendo apenas
ser um somatório de propostas de reforma administrativas parciais, mas sim o produto da
concepção de uma estratégia que integre no processo, de modo consistente e abrangente, todos
intervenientes relevantes.
De acordo o previsto na estratégia Global da Reforma do sector Público, na sua linha de combate
a pobreza, o Governo deve ser participante discreto, selectivo e indirecto no sector produtivo, ser
ágil, descentralizado, desburocratizado, simplificado, modernizado, competitivo e preocupado
com os resultados e pela qualidade dos serviços prestados ao cidadão.
De acordo com os indicadores do Governo, plasmados no PARA I, preconiza que este plano
prevê a redução dos níveis de pobreza em 50% até 2010.
A pobreza foi definida oficialmente como a “ incapacidade dos indivíduos de assegurar para si e
os seus dependentes um conjunto de condições básicas mínimas para a sua subsistência e bem-
estar, segundo as normas da sociedade”. A linha de pobreza absoluta foi estimada com base no
consumo de 2.150 kilocalorias por pessoa por dia, a crescida de uma porção determinada de
despesa não alimentar. Em termos monetários é sensivelmente $1,00 (um dólar americano) dia
por pessoa.
Levantamentos empíricos realizados entre 2000 e 2002 pelo Instituto de Investigação para o
Desenvolvimento na Província de Nampula mostram que, em média, os rendimentos brutos per
capita por dia estão abaixo dos US$ 0,50, variando entre US 0,18 e US$ 0,47 entre os mais
pobres. De acordo com o PARPA é possível, que estes cidadãos aumentem os seus rendimentos
para o triplo.
Para tal o PARPA apresenta uma “estratégia de desenvolvimento baseada no mercado onde o
papel principal do Governo é a promoção do investimento e produtividade através do
investimento em capital humano, desenvolvimento de infra-estruturas, programas para melhorar
a qualidade das instituições públicas e políticas para uma gestão macroeconómica financeira
eficiente”. Em paralelo com esta estratégia é ainda declarado o empenhamento do Governo em
prosseguir políticas e desenvolver actividades que conduzem à diminuição da vulnerabilidade e
empowerment dos mais pobres entre os pobres.
A intervenção baseada na análise agregada na economia não foi suficiente para gerar efeitos
multiplicadores que garantissem um crescimento económico socialmente justo.
Embora ainda tenha surgido quem quisesse defender que a questão seria resolvida na sequencia
do crescimento económico, o facto é que a pobreza passou a estar na ordem do dia e programas
especiais tiverem de ser concebidos. Houve necessidade de desagregar a análise e os países que
queriam a sua dívida totalmente perdoada foram condicionados à elaboração Poverty Redution
Strategy Paper, PRSP. Foi neste contexto que surgiu o PARPA em Moçambique.
O primeiro condicionalismo que é imposto refere-se à leitura do Banco Mundial e do FMI sobre
o que são governos maus e bons, os classificados como países qualificáveis para o perdão da
dívida. Se os senhores do perdão da dívida consideram que o pais tem um governo mau a dívida
não perdoada, consequentemente, o apoio necessário para a redução da pobreza não
disponibilizado. Considera-se um governo mau, onde haja corrupção e drenagem de dinheiro de
capital pelas elites governantes para consumo supérfluo em qualquer canto do mundo, ou seja
governos que actuam contra os seus próprios constituintes. Mas, para as instituições da Bretton
Woods também é considerado mau governo todo que não liberalizar os preços agrícolas, não
aceitar a livre circulação de capitais ou não ter dado como adquirido que os mercados tendem
para a perfeição e se auto-regual.
É na implicação do juízo de valor sobre o desempenho do pais que surge o modelo do Banco
Mundial para o desenvolvimento rural. O modelo foi dado á estampa em 1997 e tem servido de
guia para os PRSPs dos países onde a população pobre é, basicamente, agrária, sendo composto
pelos seguintes elementos:
O segundo grande condicionalismo está relacionado com a insistência de que os mercados estão
isentos de relações sociais que se estabelecem através do capital. As consequências na aplicação
deste pressupostos teórico quando da formulação dos PRSPs, são três. (i) partir-se do principio
que o investimento seja em que sector for, terá efeitos multiplicadores que irão contribuir para a
redução da pobreza absoluta. (ii) que há uma perfeita mobilidade inter-sectorial dos capitais que
irá mais tarde ou mais cedo, beneficiar os pobres, desde que as oportunidades surjam e haja bons
projectos. (iii) que o mercado financeiro assenta exclusivamente na perfeita convertibilidade
entre activos e capitais, sejam eles dos pobres ou dos ricos.
A prática porém demonstra que nenhuma destas premissas normativas se coaduna com a
realidade. O caso de Moçambique é exemplar nesse domínio. O Pais tem sido hábil em atrais
investimentos em particular para o sector dos recursos energéticos… os empreendimentos
relacionados com a produção de alumínio, ferro e aço com aproveitamento do gás natural e da
barata energia hidroeléctrica, adicionados ao acordo recentemente assinado no domínio do
titânio, são exemplos evidentes da falta de tais efeitos multiplicadores sobre os pobres a curto e
médio prazos. As condições especiais requeridas pelos investidores em relação as isenções de
pagamento de direitos, às facilidades fiscais e aduaneiras e à exportação de capitais, aliado ao
reduzido número de postos de trabalho criados, faz prever que os efeitos multiplicadores ainda
irão demorar muitos anos a chegar aos 70% dos cidadãos que vivem, em condições de pobreza
absoluta.
O último pressuposto refere que está evidente a enorme dificuldade em se estabelece a ligação
entre poupança dos pobres e os investimentos dos ricos. Ao contrário dos ricos, nem sem+pré os
activos dos pobres são plenamente convertíveis em capital, há um conjunto de activos que são
indispensáveis para garantir a reprodução social e, como tal, são retirados como reserva. Trata-se
da casa, da terra, dos instrumentos de trabalho, da bicicleta e de outros que, pela sua natureza,
são indispensáveis à actividade produtiva da família rural, não podendo constituir, portanto,
colateral ou garantia na obtenção de crédito.
Há alguns elementos para a elaboração de uma estratégia que desde já podem ser tomados em
consideração com base na experiencia adquirida e sistematizada pela pesquisa em Moçambique.
Entre esses elementos constam as grandes opções de carácter estratégico que o Pais tem de
tomar.
Pode-se afirmar que o mercado por si só se encarregaria dessas opções, mas infelizmente o
mercado ou os mercados em Moçambique não são perfeitos, na maioria dos casos são incipientes
e outros ainda nem existem. Assim, há que estabelecer um balanço entre o que é viável esperar-
se do mercado e o é possível desde já fazer-se em matéria normativa.
Primeira Estratégia
À primeira vista pode parecer obvio que a redução da pobreza decorre do crescimento
económico, mas a história económica já por várias vezes o demonstrou que, embora se encontre
uma correlação positiva entre eles, o período de tempo que medeia entre ambos é muito mais
longo que se supõem.
Perante o imprevisível nada mais há a fazer do que adoptar mecanismos que permitam que os
resultados interajam com os postulados. Assim, nada impede que se adopte uma estratégia
multifacetada onde, por um lado se ataque a questão do crescimento económico e por outro o da
pobreza. Ex. o Pais pode definir que o crescimento económico acelerado pode depender da
exploração dos recursos energéticos através do investimento externo e a redução da pobreza pela
atracção do investimento nacional para o sector agrário.
Segunda Estratégia
Se optar pela redução da pobreza via atracção do investimento nacional, deve o Estado criar
mecanismos financeiros que reduzam o risco do capital investido e não esperar que o mercado
venha a fazer por si só. A questão porem surge com a natureza do subsídio à agricultura continua
na ordem do dia. A experiencia já demonstrou que produtos subsidiados ou agentes privilegiados
nem sempre contribuem para a diminuição das assimetrias sociais e aumenta a tendência para a
fuga de capitais, mas desde já se pode dizer com segurança, que os custos de investigação,
pesquisa do mercado e de informação podem perfeitamente ser cobertos pelo Estado sem se
correr o risco de distorção. Mais ainda, fundos de compensação podem ser criados e as taxas de
juro e períodos de retorno podem ser revistas em função do ciclo produtivo e dos
comportamentos do mercado internacional com menores riscos.
Terceira Estratégia
No caso da redução de pobreza via sector agrário, o Pais deve optar pela agricultura de escala
com uso intensivo de força de trabalho ou por uma agricultura familiar altamente produtiva.
Há muito que a relação entre a dimensão da área de exploração agrícola e eficiência económica
tem sido objecto de estudo e de debate no domínio da economia agrária. Sabe-se hoje que a
multiplicidade de factores que influem na eficiência económica é tal que não se pode ter uma
dimensão única como sendo a área ideal.