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EDUCAÇÃO

DIGITAL:
COMPETÊNCIAS DIGITAIS
NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA

Lídia Boaventura Pimenta

Revisão de Português: Jusciele Oliveira

Projeto Gráfico:
Maurício Freire
Elementos gráficos:
Freepik.com
Noun Project/achmad
Noun Project/Desainer Kanan
Noun Project/Gregor Cresnar
Noun Project/iconesia
s

Sumário
SOBRE A AUTORA__________________________ 5

APRESENTAÇÃO___________________________ 6

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: MODELOS DE


GESTÃO__________________________________ 8

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA: CONHECENDO A


ESTRUTURA ORGANIZACIONAL________________________ 11

SISTEMAS INFORMATIZADOS GERENCIAIS: AS


COMPETÊNCIAS DIGITAIS NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA________________________________ 25

OS SISTEMAS INFORMATIZADOS NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA_
34

SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES (SEI BAHIA)______34


SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO DE RECURSOS
HUMANOS DO ESTADO DA BAHIA (RH-BAHIA)____________38
SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO, CONTABILIDADE E
FINANÇAS (FIPLAN)_________________________________ 41
SISTEMA DE AUTOMAÇÃO E GERÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
(SAGRES)__________________________________________45
SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO UNIVERSITÁRIA
(SPGU)____________________________________________46

SINTETIZANDO___________________________ 51

REFERÊNCIAS____________________________ 54
s

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SOBRE A AUTORA
Lídia Boaventura Pimenta é bacharel em Administração
pela Escola de Administração de Empresas da Bahia, atual
Universidade Salvador (Unifacs), mestre em Educação pela
Universidade Federal da Bahia (UFBA), tendo como objeto de
pesquisa a programação orçamentária e financeira elaborada e
desenvolvida pelos departamentos da Universidade do Estado
da Bahia (Uneb), com destaque no processo de planejamento,
instrumento que viabiliza a organização das ações da
universidade, que possibilita a identificação das metas em um
determinado período de tempo e a otimização da aplicação dos
recursos. Doutora em Educação, também pela UFBA, imprimindo
continuidade à linha de pesquisa em Gestão Universitária, por
meio da tese intitulada Processo Decisório na Universidade
multicampi: dinâmica dos Conselhos Superiores e órgãos de
execução. Integra o quadro docente permanente do Programa
de Pós-graduação stricto sensu em Gestão e Tecnolgias Aplicadas
à Educação (Gestec), vinculado ao Departamento de Educação,
Campus I da Uneb, ministrando componentes curriculares que
abordam gestão da educação, educação superior, formação de
gestores, metodologia da pesquisa científica. Atua também na
graduação da Unead/Uneb, acompanha a área de pesquisa,
ministranto disciplinas de gestão de organizações, gestão
pública e trabalho de conclusão de curso (TCC). É membro dos
grupos de pesquisa Educação, Universidade e Região (Edureg)
e Grupo de Pesquisa em Gestão Educacional e Formação de
Gestores (NUGEF), sendo suas áreas de interesse e pesquisa a
gestão da educação, planejamento e orçamento público, gestão
universitária, formação de gestores. Atualmente, exerce a função
de Pró-Reitoria de Planejamento da Universidade do Estado da
Bahia (Uneb). É ainda membro da Academia Baiana de Educação
e o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.
Para maiores informações, consultar:
http://lattes.cnpq.br/3435098579830145
e-mail: lpimenta@uneb.br
Fonte: Freepik

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APRESENTAÇÃO
Prezados (as) cursistas,
O componente curricular “Competências Digitais na
Administração Pública” integra a Trilha 03 – Competências
Digitais do curso de Especialização em Educação Digital e tem
como propósito discutir a ambiência dos servidores públicos,
com uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
(TDIC) no exercício de suas funções no âmbito da administração
pública.
A administração pública tem como principal objetivo a
prestação de serviços públicos à população, assegurando o
desenvolvimento econômico, social e cultural. No caso do
Brasil, a estrutura e o modelo de gestão têm sofrido alterações
significativas, em especial após a promulgação da Constituição
Federal de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, a qual
representa o início de uma nova época no país, caracterizada
pela democracia e garantia dos direitos civis e políticos pelo
Estado brasileiro.
A administração pública como o governo, isto é, aquele que
implementa as ações no sentido de possibilitar o alcance dos
objetivos do Estado, representado pelas três esferas – federal,
estadual e municipal, bem como o distrito federal - acompanhadas
dos três poderes, legislativo, executivo e judiciário.
Sabemos que essa estrutura sofreu e sofre alterações por
conta das reformas implementadas pelos governos em relação
à estrutura dos órgãos, à dinâmica do processo de prestação do
serviço, acompanhamento e à prestação de contas, exigindo do
gestor público e dos servidores públicos não somente obedecer
ao processo da execução da despesa pública, mas também
em procurar assegurar o alcance do resultado esperado, com
transparência e foco no controle social.
Assim, este componente curricular enfatiza a ambiência, as
competências quanto ao uso das TDIC, como instrumento que
possibilita maior agilidade e alcance na prestação de serviços, tão

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solicitadas pela sociedade, bem como permitem a transparência
das ações e, portanto, atendem ao controle social.
Neste sentido, as TDIC são mecanismos utilizados pelos
servidores públicos no seu cotidiano de trabalho, sem esquecer
o uso também pessoal, considerando o amplo acesso e uso
das redes socais. Convidamos para a leitura deste ebook e
para estimular o estudo, que tal refletir sobre as perguntas: eu
conheço os objetivos da instituição na qual desempenho a minha
atividade profissional como servidor público? Como a TDIC auxilia
na implementação das ações finalísticas e na área administrativa
da instituição pública? Utilizo a TDIC no meu cotidiano? De que
maneira a TDIC contribui para o controle social?
Bom estudo!

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UNIDADE I
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
MODELOS DE GESTÃO
Começamos o estudo sobre a administração pública com a
abordagem da Constituição Federal de 1988, que em seu art.
3º define os “objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil”, a saber: a construção de uma “sociedade livre,
justa e solidária”, o “desenvolvimento social”, a erradicação da
“pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais” e a promoção do “bem de todos, sem preconceitos
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação”(BRASIL, 1988).
A quem compete assegurar os objetivos constitucionais?
Compete ao Estado. Entidade com poder soberano, que governa
um povo em um território específico e delimitado. O Estado é
constituído por: poder, povo, território, governo e leis. No caso
do Brasil, a estrutura é dividida em esferas federal, estadual e
municipal, acrescentando o distrito federal, envolvendo, ainda,
os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas três esferas.

Nesta linha, toda ação do Estado tem como alvo o cidadão, que
aliada às constantes mudanças vivenciadas pelas sociedades
mundiais têm exigido do administrador público uma atuação
mais ágil e eficaz, no sentido de apresentar perspectivas para

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solucionar problemas sociais e econômicos. Com o objetivo de
garantir a estabilidade e o crescimento econômico, buscando
a superação das desigualdades sociais, por meio do governo,
representado pela administração pública. É a eficiência que está
na ordem do dia, com a participação dos cidadãos.
O entendimento da administração pública tem origem no
conceito de administração, que de maneira geral é entendida
como a ação de planejar, organizar, dirigir e controlar as
atividades de uma organização, diagnosticando deficiências,
identificando aspectos positivos, elaborando planos, programas
e definindo metas para alcançar os objetivos estabelecidos,
através de decisões e procedimentos. (LACOMBE; HEILBORN,
2017).
Quando a concepção de administração está associada à
administração pública, tem-se o exercício das atividades por
meio do planejamento permanente, atendendo as peculiaridades
locais e os princípios técnicos apropriados ao desenvolvimento
econômico e social, por meio da atividade concreta do Estado,
objetivando as necessidades coletivas. (MEIRELLES et al, 2009).
Para Maria Sylvia Di Pietro (2014), a administração pública é o
conjunto de órgãos e agentes púbicos, aos quais a lei atribui o
exercício das funções administrativas do Estado. E José Matias-
Pereira (2018) acrescenta, que em um sentido amplo, esta designa
o conjunto de serviços e entidades incumbidos de concretizar as
atividades administrativas, da execução das decisões políticas e
legislativas.
Em síntese, a administração pública representa o conjunto de
órgãos, agentes públicos ou servidores públicos e os serviços
constituídos pelo Estado com o objetivo de realizar a ação junto
à sociedade, a exemplo de educação, saúde, cultura, segurança,
saneamento. A pessoa que trabalha na administração pública é
conhecida como servidor público e o profissional responsável
pela gestão da administração pública é o gestor público, o qual
tem compromisso com a sociedade local, regional e nacional.

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Interessante ressaltarmos, então, que cabe à administração
pública a criação e implementação de políticas públicas, boas
práticas, a partir de iniciativas que atendam às demandas locais,
regionais e nacionais.
Por política pública entendemos a iniciativa da administração
pública que orienta sua atuação, instituída por leis que explicitam
as decisões e as ações a implantar ou implementar. A política
pública nasce do conjunto de proposições e projetos de governo,
responsável pela função pública à qual está vinculada tal política,
direcionado a setores específicos da sociedade, caraterizados
como beneficiários (SECCH; COELHO; PIRES, 2019).
No contexto brasileiro, a administração pública atende ao
sistema federativo, nesse aspecto, entendemos a federação
como uma forma de organização do poder político no Estado
nacional caracterizado pela dupla autonomia territorial: uma
central, no âmbito nacional; e outra descentralizada, os governos
subnacionais, os estados e municípios.
O sistema federativo por cooperação, adotado no Brasil,
possibilita a governabilidade em sua heterogeneidade territorial,
considerando a expressão da grande variação cultural, decorrente

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de suas dimensões continentais. Assim, União, estados,
municípios e distrito federal, denominados entes federados, têm
poderes únicos, concorrentes e de cooperação para governarem
sobre o mesmo território e povo, sendo que a União governa
o território nacional e seus cidadãos, enquanto os outros entes
federados governam parte específica do território nacional.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA:


CONHECENDO A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A administração pública brasileira tem em seu histórico
modelos de gestão, os quais acompanham o movimento do
gestor da esfera nacional. O primeiro modelo, denominado
patrimonialismo, em especial à época do Brasil colônia,
apresenta como principal característica a estreita relação entre
a estrutura estatal, denominada Aparelho do Estado, e a pessoa
do gestor. Funciona como uma extensão do poder do soberano
e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real,
sem distinção entre o público e o privado, tudo que pertence ao
Estado pertence a quem tem o poder de administrar.
O segundo modelo, sob o título de “Burocrático”, tem origem
na teoria de Max Weber, no início do Século XX (LACOMBE
e HEILBORN, 2015) quando discute as características da
administração. Tal modelo visa dotar o Estado de maior
capacidade gerencial para conduzir as ações, sendo os servidores
contratados por competência técnica, com remuneração baseada
em salários estipulados e qualificações específicas e as atividades
são desenvolvidas a partir de regras e regulamentos escritos.
A característica mais expressiva consiste em estabelecer regras,
normas, orientações, que devem ser cumpridas, assim como são
criados órgãos e constituídas hierarquias, com disciplina que
fundamentam as relações de autoridade, no intuito de garantir a
diferenciação entre o público e o privado e entre o ser político e
o ser administrador público.
O modelo burocrático induz a primeira reforma realizada na
administração pública brasileira, a Reforma Burocrática de 1936,
implementada no primeiro governo do Presidente Getúlio Vargas,

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concebida como a primeira iniciativa em montar e equipar um
corpo burocrático de servidores do Estado, segundo as regras
descritas por Weber, sendo criado em 1938 o Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP), vinculado à Presidência
da República (MATIAS-PEREIRA, 2018).
O DASP tinha como objetivo organizar de forma racional o
serviço público brasileiro, integrando os diversos órgãos da
administração pública, presentes em sua maioria na cidade do
Rio de janeiro, bem como promover processos seletivos, por
meio da meritocracia, de forma a diminuir a ingerência dos
interesses privados e políticos na nomeação para as vagas na
administração pública.
A segunda reforma, sistematizada no Decreto-Lei
200/1967, foi idealizada por Hélio Beltrão no Governo Castelo
Branco, sendo que o ministro Amaral Peixoto foi o responsável
pela implantação das mudanças e cuja reforma já continha, em
um primeiro momento, a preocupação em reduzir a tramitação
rígida do modelo burocrático.
O mencionado Decreto-Lei 200/67 (BRASIL, 1967) instituiu
como princípios de racionalidade administrativa, o planejamento
e orçamento, a descentralização e o controle dos resultados.
A ênfase maior consistia na descentralização das atividades
mediante a concessão de autonomia à administração indireta,
através da criação de fundações e autarquias. Assim, acreditava-
se na maior eficiência da administração descentralizada por estar
mais próxima da demanda pelo serviço público a ser prestado.
As alterações provocadas pelo Decreto-Lei 200/1967, em termos
de estrutura e normas na organização da administração pública
brasileira, estão vigentes atualmente, quando institucionalizaram
como princípios de racionalidade administrativa o planejamento
e o orçamento, com ênfase no orçamento-programa,
descentralização e controle dos resultados.
O destaque maior consistia na descentralização das atividades
mediante a concessão de autonomia à administração indireta,
através da criação de fundações e autarquias, com isso considera-
se maior eficiência na administração descentralizada, por estar

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mais próxima da demanda a ser realizada pelo serviço público.
Assim, a estrutura da administração pública passa a ser
composta pela administração direta, representada pelos
ministérios no âmbito da União e secretarias no caso dos
estados, municípios e Distrito Federal; e a administração indireta,
constituída pelas autarquias, fundações, empresas de economia
mista e empresas públicas.

Para maiores informações, consulte: http://www.bahia.ba.gov.br/sites-do-governo/

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Para maiores informações, consulte: http://www.bahia.ba.gov.br/sites-do-governo/

Para maiores informações, consulte: http://www.bahia.ba.gov.br/sites-do-governo/

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Para maiores informações, consulte: http://www.bahia.ba.gov.br/sites-do-governo/

Para maiores informações, consulte: http://www.bahia.ba.gov.br/sites-do-governo/

O terceiro modelo, chamado de “Administração Gerencial”,


criado em 1995, quanto tem início a reforma da administração
pública no Brasil, denominada Reforma do Aparelho do Estado,
implementada no Governo Fernando Henrique Cardoso, em
seu 1º mandato (1995-1998), concretizando-se como a primeira
reforma a pensar o setor público do país em um contexto
democrático, no qual o Estado deve estar fundamentalmente
voltado para o atendimento aos seus cidadãos, as instituições

15
públicas devem ser eficientes e eficazes e o debate do Estado
com a sociedade deve ser incrementado.
Esta reforma, ao estabelecer o modelo de administração pública
denominado “Gerencial”, também fixou os seus objetivos, em
curto prazo, para facilitar o ajuste fiscal, particularmente nos
estados e municípios e, no médio prazo, tornar mais eficiente
e moderna a administração pública, direcionando-a, de fato,
para o atendimento aos cidadãos, conforme destaca Ferreira
(1996). Foi previsto, também, o desenvolvimento de estratégias
administrativas baseadas na delegação de autoridade e na
cobrança a posteriori de resultados, considerando o ambiente
político vigente e a posição da sociedade em estar acompanhando
o desempenho da administração pública.
A característica de cobrar os resultados passa a ser tão
importante no processo de prestação de contas anual aos
Tribunais de Contas, seja da União, dos estados ou dos
municípios, quanto aos requisitos previstos Lei Federal nº
4320/1964 (BRASIL, 1964) que estabelece as fases da execução
da despesa pública, a saber: programação da despesa, processo
licitatório, contratação, empenho, liquidação e pagamento.

16
Ferreira apresenta como fundamento da Reforma do Estado:
a “Focalização da ação do Estado no cidadão”, “Reorientação
dos mecanismos de controle para resultados”, “Flexibilidade
administrativa, que permita a instituições e pessoas alcançarem
seus objetivos”, “Controle social” e “Valorização do servidor”.
(1996, p. 19-20).
Para o autor, a valorização do servidor não significa o aumento
de salário, mas “estimular sua capacidade empreendedora,
sua criatividade, destacando o espírito público de sua missão
e o seu comportamento ético visando o resgate da autoestima
e o estabelecimento de relações profissionais de trabalho”.
(FERREIRA, 1996, p. 20).
Assim, a iniciativa de reestruturar o aparelho do estado
consistiu em implementar a busca do aumento da eficiência do
setor público, por intermédio da racionalização e incremento
de produtividade (fazer mais com menos); prover a melhoria
contínua da qualidade na prestação dos serviços públicos, a
fim de atender as necessidades da sociedade (fazer melhor);
e, conceber o setor público como o espaço de expressão da
cidadania e local de convivência e de aprendizado social (fazer o
que deve ser feito).
A partir dos alicerces apresentados, foram estabelecidos como
objetivos a descentralização da ação política, transferência de
recursos e atribuições para os níveis políticos regionais e locais,
bem como estabelecendo a descentralização administrativa,
por meio da delegação de autoridade para os administradores
públicos.
De outro lado, é reforçado o controle social, o qual deve
acontecer na perspectiva de quem usa ou se beneficia da
prestação dos serviços públicos, tendo em vista que, sendo
o objetivo geral o resgate da cidadania e reorientação para
resultados, este controle não pode mais se limitar à dimensão
interna, no âmbito das instituições da administração pública,
com base em quem presta o serviço (BRESSER PEREIRA, 1996).
Neste sentido, a ênfase está na apuração de resultados, na
prestação de contas e na avaliação de desempenho próxima de

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onde a ação é realizada. Nesse ponto, está também a atuação do
servidor público, do qual passa a ser exigido maior desempenho
junto ao cidadão, garantindo a prestação de serviços efetiva, com
resultados.. É necessário obedecer à legislação e apresentar de
fato resultados que tenham impacto no cotidiano das pessoas.
Para tal, há que se estabelecer mecanismos que possibilitem
o acompanhamento da implementação da política pública por
parte da sociedade e que ocorra a prestação de contas do gestor
público.

Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,


pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que,
em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária. (BRASIL, Emenda Constitucional nº
19/1998).

Nesse contexto, em 2000, é promulgada a Lei Complementar nº


101 (BRASIL, 2000), mais conhecida como a Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), que orienta a ação da administração pública de
forma planejada e transparente, com a prevenção de riscos e
correção de desvios que possam afetar o equilíbrio das contas
públicas, imprimindo limites na realização.
Com base na legislação, em especial o que traz a LRF, que
também enfatiza o cumprimento de metas de resultados entre
receitas e despesas, estabelece limites e condições referentes à
renúncia de receita, às despesas com pessoal, dentre outras.
O denominado modelo gerencial, na prática, tem imposto
novas estratégias de atuação do gestor público, combinando
o cumprimento das regras previstas na legislação, sejam leis,
decretos, instruções normativas aprovadas por portarias,
que caracterizam a convivência com o modelo burocrático e a
apuração dos resultados, que atendam à demanda da sociedade.
De 1995 até atualmente, percebemos que a convivência
entre as características do modelo burocrático, com suas regras,
organização racional das estruturas da administração pública,

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hierarquia, dentre outros, e a responsabilização e o controle
social trazidos pela Constituição Federal e operacionalizados
pela concepção da administração pública a serviço da cidadania.
Em especial, observamos que a dinâmica da administração
pública sofreu alterações quanto ao processo de acompanhamento
e prestação de contas, exigindo do gestor público não somente
obedecer ao processo da execução da despesa pública, previsto
na legislação, mas também em procurar assegurar o alcance do
resultado esperado, decorrente da implementação das políticas
públicas e, também, das atividades de manutenção.

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Faz-se pertinente lembrarmos que a função de gestor, de
forma geral, seja na administração pública, na iniciativa privada
ou no terceiro setor, é traduzida pelo processo administrativo,
composto por suas fases, a saber:
Planejamento: consiste na definição dos objetivos e definição
dos recursos necessários para alcançá-los, a fim de orientar a
atuação da instituição, subsidiando a tomada de decisão do
gestor;
Organização: fase que abrange a estruturação dos órgãos,
a alocação dos recursos, a identificação para composição das
equipes de trabalho sendo atribuída a responsabilidade e a linha
de autoridade;
Direção: fase que representa a atitude do gestor para
promover a ação e motivação das pessoas no desempenho de
suas funções, na direção ao alcance dos objetivos da instituição;
Controle: corresponde à definição dos padrões de
desempenho, monitoramento e identificando a ação corretiva
ou de ajustes, se necessárias; e
Avaliação: esta última fase é realizada através da utilização de
indicadores que a instituição adota para identificar o quanto foi
alcançado dos objetivos estabelecidos.

Figura 1 - Processo administrativo


Fonte: Elaborado pela Autora, 2022

20
Este processo administrativo deve ser desenvolvido com
ênfase nos objetivos da organização, os quais, na administração
pública, estão detalhados na lei que cria o órgão e em seguida
descritos no estatuto ou regimento.

O desenvolver do
processo administrativo
ganha novos contextos
a partir da inserção
da Tecnologia Digital
de Informação e
Comunicação (TDIC)
no cotidiano das
organizações e das
pessoas, a exemplo

21
da ampla comunicação nas redes socais e dos serviços
disponibilizados via a rede mundial de computadores, nossa
conhecida internet.
É bom lembramos que a internet eliminou os entraves de
acesso aos locais físicos, permitindo a navegação por territórios,
arquipélagos e “mares nunca dantes navegados”. A comunicação
hoje é mais rápida e abrangente, em especial quando utilizamos
os dispositivos móveis. (AUTRAN; BORGES, 2016).
O denominado ciberespaço possibilita a comunicação
instantânea, sem obstáculos, trazendo novas formas de
produção e troca de conhecimento, o que caracteriza a Web
como a plataforma de amplo acesso que permite a colaboração,
o compartilhamento de informação, possibilitando também
a apropriação de conhecimento (GILES, 2005 apud AUTRAN;
BORGES, 2016).
A ênfase está na informação, compreendida como o conjunto
de dados e conhecimentos organizados, sobre uma determinada
situação ou ação, que deve ser tratada e manipulada de forma
a possibilitar o desenvolvimento das atividades cotidianas ou
solução de problemas da organização, bem como subsidiar o
processo de decisão.
As TIC possibilitam o pensar, o aprender, o conhecer, o
representar e o transmitir conhecimentos apropriados utilizando
sistemas de signos, linguagem oral ou escrita, imagem estática
ou em movimento, símbolos matemáticos, dentre outros (COLL;
ILLERA, 2010).
Para os autores, com a internet, temos a “Sociedade da
Informação” apta a gerar, obter e compartilhar ou socializar
qualquer quantidade de informação, de forma instantânea,
online, de qualquer lugar e formato, a baixo custo, ampliando a
TIC para TDIC. E acrescentam:

[...] para ter acesso ao conhecimento na SI


[sociedade da informação] é imprescindível ter um
domínio das tecnologias digitais da comunicação
e da informação – incluídas, é claro, as tecnologias
digitais de leitura e escrita. Em outras palavras,

22
“alfabetização digital” supõe aceitar, com todas
as suas consequências, que as aprendizagens
relacionadas com o domínio e manejo das TIC.
São básicas, na SI no mesmo sentido em que já
o são as aprendizagens relacionadas ao domínio
da leitura e da escrita nas sociedades letradas.
(COLL; ILLERA, 2010, p. 290).

Assim, no caso da gestão das organizações, a TDIC está


presente na gestão da área administrativa e financeira, em
relação aos controles de pagamentos a realizar ou realizados,
composição e controle da folha de pagamento, acompanhamento
e controle dos bens patrimoniais, dentre outros. A TDIC também
está presente no denominado “processo de produção” e no
“processo de divulgação”.
Aqui, entendemos o processo de produção como o meio de
desenvolver atividades para o alcance dos objetivos da instituição
universitária, isto é, fazer acontecer o ensino, a pesquisa, a
extensão e, para tanto, a TDIC se apresenta por meio do sistema
acadêmico, dos objetos de aprendizagem utilizados em sala
de aula, na mediação tecnológica utilizada para os encontros
síncronos promovidos nas plataformas digitais.
Por último, a TDIC se faz ainda presente em uma organização
no processo de divulgação, incluindo a comunicação interna
e externa, utilizando o portal da organização, a divulgação de
notícias nas redes sociais, ou ainda nos mecanismos utilizados
como estratégias para divulgar, em especial, para elaborar as
peças de divulgação, a exemplo dos cards.
A perspectiva é que o uso da TDIC se configure como estratégia
de gestão, também na administração pública, proporcionando
aos gestores e equipes de trabalho o acesso às informações em
tempo hábil e forma simplificada, aperfeiçoando os processos de
gestão administrativa, na implementação das ações finalísticas
e no processo de divulgação, promovendo a integração de
órgãos e setores, e mais ainda a segurança e fidedignidade
da informação, considerando a ênfase no controle social, no

23
resultado e no cidadão atendido, tão reforçado na legislação
vigente.

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UNIDADE II

SISTEMAS INFORMACIONAIS
GERENCIAIS: AS COMPETÊNCIAS
DIGITAIS NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
O atual modelo da administração pública brasileira,
denominado “gerencial”, não abandona as características
do modelo burocrático, trazendo as normas, os concursos, a
hierarquia na estrutura organizacional. Estes dois modelos
têm atuado juntos com objetivo de melhorar a qualidade da
prestação do serviço público na visão de quem o usa, na ênfase
nos resultados e, através do aprendizado social de cidadania,
possibilitando o exercício do controle social, sem esquecer da
responsabilização agente público, o gestor.
Salienta-se que a inserção do termo gestão, o qual agrega ao
conceito da administração à atuação do gestor público de exercer
o papel de um comunicador, um líder, ao dirigir e motivar as
pessoas, tomar decisões precisas, avaliar e controlar as ações
desenvolvidas no sentido de alcançar os objetivos estabelecidos.
É fato que o fazer do gestor público implica em tomar decisões
que visem o desenvolvimento social, econômico e cultural, aliado
à qualidade de vida do cidadão. Mas quem é o gestor público?
Quais as suas atribuições, ou melhor, quais são suas tarefas para
com o cidadão?
Entendemos o gestor público como o dirigente responsável
pela prestação de serviços relacionados aos interesses dos
cidadãos, considerando as áreas que compõem a Administração
Pública, conforme Portaria Federal n° 42/1999 (BRASIL, 1999), a
saber: legislativa, judiciária, essencial à Justiça, administração,
defesa, segurança pública, relações exteriores, assistência social,
previdência social, saúde, trabalho, educação, cultura, direitos da
cidadania, urbanismo, habitação, saneamento, gestão ambiental,
ciência e tecnologia, agricultura, organização agrária, indústria,

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comércio e serviços, comunicações, energia, transporte, desporto
e lazer, encargos especiais.
O gestor público exerce funções nos órgãos do governo
municipal, estadual e federal, como Secretarias, Ministérios,
Tribunais, assumindo a responsabilidade de prestar os serviços
públicos ao cidadão em uma área específica, por meio do
gerenciamento e liderança na implantação e implementação
de projetos, decorrentes das políticas públicas criadas, as quais
demandam a alocação de recursos orçamentários e financeiros.
Para o exercício de sua função o gestor público deve utilizar,
basicamente, os seguintes instrumentos:
Legislação: a criação de normas que orientam as ações da
administração pública, que confere e protege os direitos dos
cidadãos;
Planos institucionais: lembrando que devem considerar
na elaboração os efeitos das constantes transformações que
vivencia a sociedade e as realidades locais; e
Política Pública: normas que orientam a ação da administração
pública, instituídas por leis que explicitam as decisões e as
ações a implantar ou implementar, caracterizadas por planos,
programas e projetos de governo, orientados por setor de
atividades públicas.
É pertinente também enfatizarmos os princípios dispostos no
art. 37 da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), os quais a
administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
deverá obedecerá obedecer, quais sejam:
Legalidade: o gestor público deve desenvolver suas ações em
atenção ao disciplinado na lei imposta, pois, caso contrário, o
mesmo será julgado pelos seus atos ilegais;
Princípio da Impessoalidade: todos devem ser tratados
igualmente, exigindo que o gestor adote postura neutra, sem
privilégios, vedando atos e decisões administrativas motivadas
por represálias, favorecimentos, vínculos de amizade, nepotismo,
dentre outros sentimentos pessoais desvinculados dos fins

26
coletivos;
• Moralidade: significa a ética no ato do gestor público;
• Publicidade: a publicação das informações e de dados é
importante para o conhecimento, acompanhamento e controle
por parte dos interessados, alvo em caso de segurança nacional
ou investigações; e
• Eficiência: diz respeito a dois aspectos, o primeiro em
relação à forma de atuação do gestor público, do qual se espera
o melhor desempenho de suas ações; e o segundo relacionado
aos procedimentos de organizar, estruturar, disciplinar a
administração pública para o alcance de resultados. (BARRETO,
2016; DI PIETRO, 2014).
Em todas as áreas que compõem a administração pública, o
gestor público deve implementar o processo administrativo,
conforme discutido na Unidade anterior no sentido de
alcançar os objetivos da instituição e apresentar os resultados
esperados. Assim, utilizando os instrumentos mencionados
acima e observando os princípios constitucionais, agrega-se
a sistematização de dados e informações, viabilizada através
do uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação
(TDIC), como mecanismo que subsidia e qualifica o processo de
tomada de decisão.

27
Sem desprezar o conceito de processo administrativo
abordado neste texto reforçamos que na administração pública
tal processo deve incorporar os princípios constitucionais, que
orientam a atuação do gestor público e, assim, ganha a seguinte
conformação:
Planejamento: registra o que deve ser realizado e os processos
a serem adotados para atingir os objetivos;
Organização: reflete a composição da estrutura formal de
autoridade e as equipes responsáveis pelo desenvolvimento das
atividades;
Administração de pessoal: corresponde ao provimento de
pessoal e das condições para realização das atividades;
Direção: traduz a tomada de decisão pata início da execução
das atividades sob a orientação do gestor;
Coordenação: articula as diversas etapas e o desempenho das
atividades;
Informação: garante os registros atualizados referentes às

28
atividades desenvolvidas, tanto para a equipe de trabalho como
para a sociedade; e
Elaboração do orçamento: realiza o planejamento,
contabilização e controle fiscal (AMATO, 1971).
Ressaltamos, também, que o desenvolvimento de projetos e
de atividades acontece obedecendo ao previsto na legislação
concernente à execução orçamentária e financeira, com previsão
de início no Plano Plurianual (PPA), estabelecimento das
prioridades por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
quando for o caso, e alocação na Lei Orçamentária Anual (LOA).
Em seguida, após a LOA ser sancionada, temos a publicação do
decreto que aprova o cronograma de desembolso do exercício
financeiro, para então ter início à programação orçamentária
e financeira (Lei Federal n° 4.320/1964 e , processo licitatório,
empenho, liquidação e pagamento.
Exposta a estrutura e percurso concernentes ao processo
administrativo no âmbito da administração pública, observando
a abrangente legislação a ser seguida, é crescente o uso das TDIC
a fim de possibilitar um processo de tomada de decisão mais
preciso, eficiente, bem como assegurar o processo de prestação
de contas aos órgãos de controle do próprio setor público ou da
sociedade.
Acrescentamos, ainda, as normas específicas para cada área
de atuação, isto é, no caso da educação superior oferecida
pela instituição universitária que integre a estrutura da
administração pública, a Reitora, além de cumprir todos os itens
aqui apresentados, deve também cumprir os procedimentos
de registros acadêmicos, concernentes a legislação pertinente
aos cursos de graduação e pós-graduação, da pesquisa, da
extensão, da internacionalização, da assistência estudantil, das
ações afirmativas, dentre outras.
Utilizamos como exemplo o uso da TDIC na gestão da
universidade, considerando que o quantitativo de informações,
que circulam no cotidiano da instituição tem exigido o crescente
uso de sistemas informatizados para auxiliar a dinâmica da
gestão. Por exemplo, os sistemas possibilitam organizar o

29
planejamento de um semestre letivo, relacionando os estudantes
aptos a cursarem os componentes curriculares.
A expectativa em relação ao uso das TDIC, consiste em que
estas apresentem soluções rápidas, sendo no uso no cotidiano,
pessoal, na gestão e no processo educacional. Para Moran
(2007 apud DE MOURA, 2016), em relação à educação, existem
situações críticas que demandam especial atenção, a exemplo da
oferta com qualidade, novos objetos de aprendizagem, formação
do professor e orientação do estudante também para o uso dos
mecanismos digitais.
É pertinente ressaltarmos que os sistemas informatizados
possibilitam o acesso às informações úteis no momento
adequado, permitindo a adoção dos procedimentos decorrentes
das decisões tomadas e evitam que informações fiquem
dispersas, ou que os gestores não consigam as informações
desejadas ou confiáveis.
A TDIC tem auxiliado a gestão quando proporciona a
sistematização das informações e, no mesmo movimento, a
integração das ações dos diversos órgãos da universidade. A
título de exemplo, elencamos a seguir breve descrição de alguns
sistemas informatizados utilizados na instituição, que propiciam
a integração das ações finalísticas (ensino, pesquisa e extensão)
e das atividades de manutenção (UNEB, 2022), a saber:
GARA – Sistema Gerenciador de Arquivos de Retorno
Automatizado responsável por catalogar, tratar e formatar
arquivos de retorno de pagamentos efetuados via boleto
bancário para concursos, seleções, vestibulares e outros;
CPS – Sistema do Centro de Processos Seletivos responsável
por acompanhar todos os prestadores envolvidos nos processos
seletivos realizados pela Uneb, desde o cadastro, registro de
frequência e demais ocorrências, até a geração de relatórios
administrativos e financeiros;
PIT – Sistema para registro do Plano Individual de Trabalho
Docente responsável por congregar a carga horária das atividades
de ensino, pesquisa, extensão, atividades complementares e de

30
qualificação, entre outras de responsabilidade do docente;
SONIC – Sistema Online de Iniciação Científica responsável
por viabilizar o processo de submissão de propostas, avaliação
online e seleção de projetos, subprojetos e bolsistas, bem como
possibilitar o gerenciamento das atividades desenvolvidas pelos
orientadores e bolsistas dos projetos de pesquisa;
SCDIRRF – Sistema para consulta e impressão do comprovante
de rendimentos e de imposto de renda retido na fonte dos
servidores da Uneb;
SISDIÁRIAS – Sistema para solicitação, análise, aprovação,
controle, cálculo do valor do benefício e comprovação de Diárias
concedidas a colaboradores da Uneb;
SPGU – Sistema de Planejamento e Gestão Universitária
possibilita o lançamento e acompanhamento orçamentário, além
de prover recursos para acompanhamento das metas e ações do
programa de gestão.
Os diversos sistemas utilizados, seja da área acadêmica ou
da área administrativa, são responsáveis pelo processamento e
armazenagem de dados devidamente lançados pelos servidores
e geram informações que dão suporte à tomada de decisão pelos
gestores, reitora, pró-reitores(as), gerentes, coordenadores(as)
de colegiados, todos que atuam na gestão.
O lançamento e atualização dos sistemas dependem da ação
dos servidores da instituição universitária, bem como a forma
de organização e interpretação das informações extraídas que
respaldam as estratégias de ação. Neste cenário, salienta-se a
ambiência com o uso dos sistemas informatizados, situação que
decorre de competências dos servidores.
A professora Sara Dias, na disciplina Competências Digitais, que
integra o curso de Especialização em Educação Digital, quando
apresenta a discussão sobre competências digitais, descreve como
a partir da composição de conhecimento, competência e ação,
constituindo-se em mecanismos que garantem a aprendizagem
concernente ao uso das TIC nos ambientes digitais, ou mesmo
da tecnologia digital de informação e comunicação, já conhecida

31
como TDIC.
A aprendizagem se evidencia quando a pessoa faz uso da
TDIC no seu cotidiano, para desenvolver as atividades no âmbito
do trabalho ou pessoal, para solucionar problemas, informar,
orientar, compartilhar informações e apropriar conhecimento,
considerando as características do ser humano, ou seja, que
possui criatividade, crítica, reflexão e autonomia.
Observamos, portanto, que as competências digitais se
constituem em componente essencial para realizar as atividades
no trabalho ou na convivência cotidiana, a exemplo do acesso às
redes sociais. Em especial, no cenário da administração pública
estadual no qual a gestão de pessoas, a gestão orçamentária
e financeira, a gestão de compras ocorre a partir de sistemas
informatizados. Da mesma forma, acontece na gestão da área
acadêmica da universidade, a exemplo do Sistema de Automação
e Gerência do Ensino Superior (SAGRES).
As TDIC são mecanismos que contribuem para o
aperfeiçoamento do processo de gestão da informação, desde a
organização de onde e como obter os dados, período de coleta
até a análise dos resultados com as informações processadas.
Contudo, o mencionado processo de gestão depende das
competências digitais dos profissionais, quando aqueles que se
apropriaram e realizam suas atividades de forma compromissada
e com ética, impulsiona o desenvolvimento de suas atividades e,
por conseguinte, da própria instituição.
A informação sistematizada facilita o trabalho, garante a
qualidade da prestação de serviço e otimiza o alcance dos
objetivos institucionais, trazendo significativas mudanças no local
de trabalho e na forma de realizar as atividades. Os dispositivos
(hardware), computador, desktop, tablet ou notebook e acesso à
internet, passam a fazer parte da rotina de trabalho, assim como
os sistemas (software) que passam a ser também ferramentas
de trabalho.
Como utilizar dispositivos e sistemas de forma autônoma?
Nasce então a estrutura de formação para os servidores com
a finalidade possibilitar o acesso, apropriar conhecimento no

32
sentido de garantir a ambiência com o uso da TDIC no exercício
de suas atividades. Os gestores e servidores públicos devem
compreender que os mecanismos digitais estão incorporados
ao seu dia a dia de trabalho, conforme discutido na disciplina
Competências Digitais.

Para maiores informações, consultar:


http://www.prodeb.gov.br/Paginas/historiadaprodeb.aspx

33
UNIDADE III

OS SISTEMAS INFORMATIZADOS
NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO
ESTADO DA BAHIA
No cenário da administração pública no qual o uso da TDIC
no ambiente de trabalho já se constitui em mecanismo de uso
cotidiano, trazemos aqui a concepção de 05 (cinco) sistemas
utilizados no âmbito da Uneb, seja na área acadêmica, seja na
área administrativa. São eles: Sistema Eletrônico de Informações
(SEI BAHIA), Sistema Informatizado de Gestão de Recursos
Humanos do Estado da Bahia (RH-BAHIA), Sistema Integrado de
Planejamento, Contabilidade e Finanças (FIPLAN), criados pela
Administração Pública Estadual; e o Sistema de Planejamento e
Gestão Universitária (SPGU) e Sistema de Automação e Gerência
do Ensino Superior (SAGRES), específicos da universidade.
É importante referirmos que durante a fase crítica do
enfrentamento à pandemia declarada pela Organização
Mundial da Saúde, em 30 de janeiro de 2020, provocada pelo
novo coronavírus (COVID-19), os sistemas informatizados
possibilitaram a realização das atividades da administração
pública do estado da Bahia, a exemplo da Uneb, e que fossem
desenvolvidas sem interrupção, considerando que as atividades
presenciais, de forma geral, foram suspensas, conforme os
Decretos Estaduais nº 19.529 e nº 19.532 de 16 e 17 de março
de 2020, e a Resolução do Conselho Universitário (CONSU) nº
1.406/2020, vigentes no período.

Sistema Eletrônico de Informações (SEI BAHIA)


O Sistema Eletrônico de Informações (SEI BAHIA) foi constituído
como o sistema oficial para a gestão de processos e documentos
administrativos no âmbito dos órgãos e das entidades do
Poder Executivo Estadual, por meio do Decreto Estadual nº
17.983, de 24 de outubro de 2017, administrado pela Secretaria

34
de Administração do Estado da Bahia (SAEB), tendo sido
desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
A estratégia motivadora consiste na eliminação do papel como
suporte físico para documentos institucionais e implementar a
tramitação totalmente online dos processos administrativos.
Outra estratégia do SEI consiste em proporcionar a
transparência, entendendo esta como uma forma de permitir
o controle social, abordado neste texto, posto que viabiliza
mecanismos de acompanhamento na íntegra da tramitação dos
processos administrativos pelas equipes de servidores e pelos
interessados.
Salientamos ainda que o SEI também permite estabelecer
níveis de acesso e de consulta a processos e documentos em
casos específicos.

Figura 2 – Página de acesso ao SEI

Fonte: BAHIA. Sistema Eletrônico de Informações (SEI BAHIA), 2021

De acordo com o Manual do Usuário (BAHIA, 2017), o


SEI integra o projeto Processo Eletrônico Nacional (PEN),
coordenado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, como proposta conjunta de órgãos e entidades de
diversas esferas da administração pública, com o objetivo de
prover infraestrutura concernente a processos e documentos
administrativos eletrônicos, na perspectiva de proporcionar
agilidade, produtividade, transparência e satisfação do usuário.

Com característica flexível, que permite a adaptação às

35
especificidades das diversas instituições e órgãos que compõem
a estrutura organizacional da Administração Pública do estado
da Bahia, o SEI é estruturado a partir do conceito de gestão por
processo, que possibilita a emissão de relatórios por órgão da
Administração Pública Estadual e relatórios de “Desempenho de
Processos no SEI”, possibilitando conhecer o tempo médio de
cada tipo de processo no órgão e do tempo médio de tramitação
do tipo de processo em cada unidade dos órgãos estaduais.

Figura 3 – Página de acesso ao SEI – Geração de Documentos

Fonte: BAHIA. Sistema Eletrônico de Informações (SEI BAHIA), 2021

O SEI possibilita a produção, edição, assinatura e trâmite de


processos no próprio sistema, atuação simultânea de várias
unidades, mesmo que distantes fisicamente, em um mesmo
processo, sendo acessado via Web (navegador Internet Explorer,
Firefox e Google Chrome), reduzindo o tempo de realização das
atividades.
Ainda utilizando como referência o citado Manual (BAHIA,
2017), podemos destacar as principais facilidades do SEI:
Acesso Remoto: o sistema pode ser acessado de forma
remota por meio de diversos tipos de equipamentos, como
microcomputadores, notebooks, tablets e smartphones de vários
sistemas operacionais (Windows, Linux, IOS da Apple e Android
do Google);
Acesso de usuários externos: permite o acesso de usuários

36
externos aos processos administrativos a eles vinculados,
oportunizando acompanhar a tramitação, ter conhecimento dos
assuntos abordados e assinar remotamente os documentos, a
exemplo do estudante concluinte da Uneb, que pode constituir
processo no SEI para solicitar o diploma;
Controle de nível de acesso: o sistema possibilita ao usuário
criar o processo e estabelecer o nível de acesso, se restrito,
sigiloso ou público, atribuindo o acesso aos setores envolvidos
ou a usuários específicos;
Tramitação em múltiplas unidades: possibilita que várias
unidades sejam demandadas simultaneamente, para a adoção
dos procedimentos e se pronunciar no processo, considerando o
conceito de processo eletrônico; e
Funcionalidades específicas: controle de prazos,
ouvidoria, estatísticas da unidade, tempo do processo, base
de conhecimento, pesquisa em todo teor, acompanhamento
especial, modelos de documentos, texto padrão, sobrestamento
de processos, assinatura em bloco, organização de processos
em bloco, acesso externo, entre outros.
A equipe responsável pela implantação e execução do SEI,
no cotidiano das entidades da administração pública estadual,
ressalta a importância em estabelecer a padronização de
procedimentos no âmbito de cada entidade, observando as
normas institucionais e do próprio SEI, garantindo assim o
máximo de aproveitamento do sistema, contribuindo para o
alcance dos objetivos de cada instituição estadual.
O SEI possui editor próprio, o qual deve ser utilizado na
redação dos da entidade, denominado “Documento Interno”,
constituído por data, numeração, endereço da unidade,
processo de referência e número, acompanhado da integração
com a publicação em Diário Oficial do Estado. Permite também a
importação de alguns formatos de arquivo, denominado.

37
Sistema Informatizado de Gestão de Recursos
Humanos do Estado da Bahia (RH-BAHIA)

As pessoas são fundantes para o desempenho das atividades


nas instituições públicas, bem como nas organizações da
iniciativa privada e no terceiro setor. Interessante lembramos
aqui das denominadas variáveis da administração, em geral
(CHIAVENATO, 2020), a saber:
Pessoas: responsáveis por operacionalizar as ações da
instituição de forma a viabilizar o alcance dos objetivos
institucionais, por meio do gerenciamento ou atuação na área
finalística ou meio, manutenção;
Tarefas: para atingir os objetivos estabelecidos quando
da criação da instituição, desenvolvem-se as tarefas, ou seja,
implementa os processos na área finalística, que no caso da
universidade é o ensino, a pesquisa e a extensão, sem esquecer
as tarefas de manutenção, quais sejam: predial, água, rede
lógica, acesso à internet, luz, telefone, frota de veículo, dentre
outras;
Estrutura: refere-se à composição da estrutura da instituição,
destinando a responsabilidade para cada órgão ou setor, a
depender da área de atuação. Por exemplo: a divisão da Reitoria
da Uneb em Pró-reitorias onde uma é responsável pelas ações
do ensino de graduação, outra pelas ações de extensão;
Tecnologia: diz respeito ao uso de tecnologias que auxiliem o
desenvolvimento das ações institucionais, seja na área finalística
seja na manutenção;
Ambiente: a instituição possui o seu ambiente interno
composto por pessoas, estrutura, tarefas e o ambiente externo
com qual convive, sendo outras instituições que tenham os
mesmos objetivos, demandas da sociedade, demandas do
próprio governo oriundas das três esferas – federal, estadual ou

38
municipal, dentre outras; e
Competitividade: convivência com outras instituições com
objetivos similares e atuação no mesmo espaço, que implica
em estudos contínuos em identificar estratégias para melhor
atender à sociedade, com proposições inovadoras.
Conhecendo as variáveis da administração, fica evidenciado
que todas fazem parte do cotidiano da instituição. Entende-
se, também, o importante papel das pessoas na instituição
universitária, aqui abrangendo, especificamente, os servidores
docentes e técnicos administrativos, responsáveis pelo
desenvolvimento do ensino de graduação e pós-graduação,
extensão, pesquisa e gestão administrativa.

As pessoas são fundantes no desempenho de qualquer


organização! Em uma instituição universitária, a gestão de
pessoas tem suas peculiaridades, como:
Docente – são titulados em áreas específicas de conhecimento
estabelecendo relação estreita com o componente curricular. Os
docentes ministram as aulas, desenvolvem pesquisa e atividades
de extensão, são pesquisadores com produção intelectual na
área de atuação, participam de grupos de pesquisa e da gestão
universitária, como coordenadores de colegiado de cursos de
graduação e pós-graduação, do Núcleo de Pesquisa e Extensão,
dos conselhos de departamento ou dos Conselhos Superiores,
Conselho Universitário (CONSU) e Conselho de Pesquisa e
Extensão; e
Técnico Administrativo – titulado em diversas áreas do saber,

39
desempenhando atividades tanto na área administrativa no
âmbito das pró-reitorias, secretarias, centros de pesquisa, bem
como vinculadas de forma mais direta às atividades de ensino,
pesquisa e extensão, a exemplo de laboratórios, biblioteca,
secretaria acadêmica.
O breve resumo das áreas de atuação de docentes e técnicos
administrativos expressa a especificidade do quadro de pessoal
da instituição universitária, o que imprime uma dinâmica
de ação e, consequentemente, variedade de informações e
dados que compõem a gestão de pessoas, exigindo agilidade,
monitoramento e controle em sua gestão. Nesta linha, a Secretaria
de Administração do Estado da Bahia (Saeb), em parceria com
a Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodeb),
implanta em 2019 o Sistema de Recursos Humanos do Estado da
Bahia – RH-BA, não somente para as instituições universitárias,
mas para toda a administração pública estadual.
O RH-Bahia é um sistema criado na concepção ERP (Enterprise
Resource Planning), que traduzido livremente para o português
significa “Planejamento de Recursos da Empresa”, consistindo
em uma plataforma de software desenvolvida para integrar
todas as informações, dados e processos de uma organização,
possibilitando a automação e o armazenamento das informações,
no caso, dos órgãos que integram a administração pública
estadual em único fluxo (ARAÚJO, 2021).
Neste contexto, o RH-Bahia integra processos e informações
dos servidores aos processos e estratégias dos órgãos estaduais,
da administração direta e indireta, em atenção à legislação
pertinente à área de gestão de pessoas, a exemplo da Lei
Estadual nº 6.677/1994, que dispõe sobre o Estatuto do Servidor
Público da Bahia, composto pelos seguintes submódulos:
Folha de Pagamento, Horário de Trabalho, Administração de
Pessoal, Administração Organizacional e Desenvolvimento e
Recrutamento.
A inovação, ainda, proporciona aos servidores públicos ativos,
empregados públicos, profissionais inativos e pensionistas
do Estado o acesso online das informações e serviços por

40
meio do Portal de Serviços do RH Bahia (www.rhbahia.ba.gov.
br), possibilitando a consulta ao contracheque, informe de
rendimentos, solicitação de férias e de remoção, entre diversas
outras atividades.

Figura 4 – Página inicial do Sistema Informatizado de Gestão de


Recursos Humanos do Estado da Bahia

Fonte: BAHIA. Sistema Informatizado de Gestão de Recursos Humanos do Estado da


Bahia, 2019.

O RH-Bahia auxilia no aprimoramento dos controles internos


quando viabiliza a execução de processos da área de gestão de
pessoas de forma eletrônica e online, gera relatórios gerenciais,
documentos essenciais no acompanhamento das ações do
quadro de pessoal e orienta a tomada de decisão por parte dos
gestores estaduais.

Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade


e Finanças (FIPLAN)
O Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças
do Estado da Bahia (Fiplan) foi implantado em 2013, sob a
coordenação da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e da Secretaria do
Planejamento (Seplan), com o objetivo de aprimorar os processos

41
de planejamento, contabilidade, execução orçamentária,
financeira e patrimonial da Administração Pública estadual.

Figura 5 – Página inicial do Sistema Integrado de Planejamento,


Contabilidade e Finanças (FIPLAN

Fonte: BAHIA. Sistema Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica – Acesso ao


Fiplan, 2020

O FIPLAN integra em uma única ferramenta, via web, os


processos de planejamento, orçamento, execução orçamentária
e financeira, registros contábeis e acompanhamento. Neste
contexto, entende-se por:
Planejamento: é a primeira etapa do processo administrativo
de gestão, que consiste em um meio de organizar as ações de
forma a possibilitar o alcance dos objetivos estabelecidos pela
instituição, contrapondo-se à improvisação e tomadas de decisão
de forma puramente intuitiva. É ainda o meio eficaz para ordenar
as iniciativas, através de programas, projetos e atividades,
constituir metas, implementar e avaliar os resultados, a fim de
melhor aplicar os recursos e atingir os objetivos institucionais.
Na administração pública, os Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário devem organizar e exercer suas atividades de

42
planejamento permanente, atendendo às peculiaridades locais
e aos princípios técnicos convenientes ao desenvolvimento
econômico e social, caracterizados como instrumentos utilizados
no processo de planejamento, na forma prevista na Constituição
Federal de 1988, art. 165 e na Constituição Estadual da Bahia de
1989, art. 159, a saber: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) (SILVA,
2011).
Orçamento: consiste no terceiro instrumento de planejamento
da esfera estatal, compreendendo o orçamento fiscal, que
abrange a receita e despesa dos poderes e seus fundos; órgãos
da administração direta, autarquias e fundações instituídas
e mantidas pelo Estado; o orçamento de investimento das
empresas em que o Estado direta ou indiretamente detenha a
maioria de capital social com direito a voto; e o orçamento da
seguridade social, abrangendo os recursos e as despesas dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta e fundos,
cujas ações são vinculadas à saúde, previdência e assistência
social.
Execução Orçamentária e Financeira: realização da fase do
empenho, utilização dos créditos consignados no orçamento
correspondente à despesa decorrente da aquisição de bem ou
serviço. Em seguida, após a incorporação do bem adquirido
ou da prestação de serviço efetivada, tem início a execução
financeira, que significa a utilização dos recursos financeiros,
ou seja, o pagamento da despesa com crédito ao fornecedor via
rede bancária.
Registros Contábeis: compreende os eventos ocorridos,
mensalmente, econômicos e financeiros na instituição,
possibilitando identificar os benefícios, os direitos, as obrigações,
qual a receita, a despesa durante o período.
Acompanhamento: obtenção das informações decorrentes
da execução orçamentária e financeira de modo a possibilitar
ajustes ou novo planejamento de ações, bem como subsidiar a
elaboração da prestação de contas anual dos gestores públicos.
Conforme previsto no Manual de Execução da Despesa –

43
Conceitos Gerais (BAHIA, 2017), o FIPLAN abrange todas as
etapas da despesa realizada pela Administração Pública Estadual:
Abertura do Exercício; Cadastro da Despesa para contratos e
convênios (CDD); Pedido para despesas de Adiantamento (PAD);
Pedido de Empenho (PED); Empenho (EMP); Registro do Passivo
por Competência (RPC); Registro do Documento Hábil (RDH);
Autorização do Documento Hábil (ADH); Liquidação (LIQ);
Pagamento (NOB); Descentralização de Créditos Orçamentários
(NPO, NDD e DND); Descentralização da Programação Financeira
(NPD); Reprogramação da Despesa Orçamentária (NPD);
Concessão para Empenho (COM); Cadastro de Credores.

Figura 6 – Página inicial do Sistema Integrado de Planejamento,


Contabilidade e Finanças (FIPLAN)

Fonte: FIPLAN, 2022

Figura 7 - Como trocar a senha no FIPLAN

Fonte: BAHIA. Sistema Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica – Acesso ao


Fiplan, 2020

44
Sistema de Automação e Gerência do Ensino
Superior (SAGRES)
O Sistema Acadêmico congrega online as informações
cadastrais de estudantes regularmente matriculados, desde a
primeira matrícula até a emissão do diploma, armazenando as
diversas ocorrências, como trancamento, mobilidade, abandono,
entre outras. O que possibilita o planejamento e gerenciamento
de cursos de graduação e de pós-graduação, lato sensu e stricto
sensu, com critérios de aproveitamento por nível de curso e
regimes de currículos, por crédito ou carga horária, observando
as regras de pré-requisitos ou outras previstas no Projeto
Pedagógico do Curso, aprovado pelo Conselho Universitário.
Interessante salientarmos que o registro acadêmico tem início
no formulário online de matrícula, preenchido pelo ingressante,
ou na matrícula dos semestres seguintes. A matrícula inicial
contém a identificação cadastral, com nome, data de nascimento,
naturalidade, nacionalidade, estado civil, cor/raça, endereços
postal e eletrônico, informes de identificação civil, financeiro,
militar e eleitoral, para que se possa conhecemos o nosso
estudante.
Importante entendermos que ao incluir o registro da matrícula
temos o quantitativo de discentes da instituição, gerando o
número de matrícula para cada estudante. Em seguida, o local
de nascimento relata à equipe da universidade a existência de
estudantes com origem de outras regiões do estado ou país, ou
mesmo de outros países, informação que expressa a convivência
com outras culturas. De outra perspectiva, a informação referente
ao domicílio informa o endereço onde o (a) estudante se encontra
para recebimento de documentos, bem como possui aderência à

45
permanência do discente na Universidade, considerando tratar-
se de orientação quanto ao fomento de vagas em residência
universitária ou de implementação de concessão de bolsa de
auxílio moradia. (DA SILVA; PIMENTA, 2020).
Por fim, o registro acadêmico no SAGRES permite ao estudante
conhecer os componentes a cursar ou cursados, suas notas e
frequência, quanto tempo falta para integralizar o curso. Também
permite à instituição identificar a demanda por instalações
físicas de salas, laboratórios, atividades administrativas, áreas de
convivência, necessidade de docente e de técnico administrativo,
acervo entre outras demandas, como também de informações
que subsidiam a previsão de alocação de recursos físicos e
financeiros.

Sistema de Planejamento e Gestão Universitária


(SPGU)
O Sistema de Planejamento e Gestão Universitária (SPGU) é o
sistema informatizado que integra o processo de planejamento
e da execução orçamentária, de forma a dispor informações, em
tempo real, aos gestores da Uneb, referentes às ações planejadas
à execução orçamentária, financeira e física.
A proposta consiste em dotar os gestores de instrumento que
auxilie e oriente o processo de tomada de decisão, abrangendo
pró-reitorias, secretarias, assessoria, departamentos e os
demais órgãos que compõem a estrutura organizacional da
universidade, com ênfase nas ações planejadas e executadas,
considerando os objetivos institucionais e legislação vigente.
O SPGU é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Planejamento
(PROPLAN), da Secretaria de Avaliação Institucional (SEAVI) e
da Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO), através
do Escritório de Processos e Projetos (EPP) e da Gerência de
Informática (GERINF), em funcionamento desde 2019, tem como

46
concepção a relação das ações, metas e recursos previstos no
Programa de Gestão da Reitora, no Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI), no Plano Plurianual (PPA) e no Orçamento
Anual da Uneb, com o processo de programação orçamentária
e financeira da despesa e, em seguida, o processo de empenho,
liquidação e pagamento da despesa.
Acrescentamos ainda que a integração com o Sistema RH-BA,
que oferece as informações pertinentes ao quadro de pessoal
da instituição, com o SAGRES, disponibilizando as informações
referentes aos dados acadêmicos, a exemplo de cursos de
graduação, cursos de pós-graduação, quantitativo de estudantes
e ainda com o FIPLAN, que alimenta as despesas empenhadas
e pagas. É esta integração que permite monitorar os resultados
apurados e metas alcançadas, considerando os projetos e
atividades planejadas.
O SPGU é alimentado pela PROPLAN com às informações do
PDI, Programa de Gestão, PPA e Orçamento Anual, enquanto
as informações da programação financeira são lançadas pelas
unidades gestoras da Uneb. Esta programação financeira é
lançada no FIPLAN, que, após concluídas as etapas de empenho,
liquidação e pagamento, o próprio FIPLAN alimenta o SPGU
com a informação do pagamento realizado, possibilitando a
apuração da meta prevista como planejada no SPGU relacionada
ao pagamento indicado.
Assim, observamos que o SPGU unifica o processo de
acompanhamento orçamentário da universidade, oferecendo
aos gestores uma base de dados única, segura e integrada com
os demais sistemas da universidade, dispensando a utilização de
planilhas paralelas para o controle de saldos.

47
Figura 8 – Página inicial do Sistema de Planejamento e Gestão
Universitária (SPGU)

Fonte: UNEB, Sistema de Planejamento e Gestão Universitária (SPGU), 2018 – Uneb.

48
Figura 9 – Login SPGU

Fonte: UNEB, Sistema de Planejamento e Gestão Universitária (SPGU), 2018 – Uneb.

Figura 10 – Visualização de projetos - SPGU

Fonte: UNEB, Sistema de Planejamento e Gestão Universitária (SPGU), 2018 – Uneb.

49
Figura 11 – Dados orçamentários - SPGU

Fonte: UNEB, Sistema de Planejamento e Gestão Universitária (SPGU), 2018 – Uneb.

50
SINTETIZANDO
Para falar das competências digitais na administração pública,
iniciamos abordando a constituição do Estado brasileiro, seu
sistema federativo e os modelos de administração pública,
sua competência em criar e implementar políticas públicas no
sentido de atender às demandas das sociedades locais, regionais
e nacionais.
Nesse contexto, o modelo gerencial, concebido em 1995
no Plano de Reforma do Estado, tem por premissa desenvolver
estratégias administrativas baseadas na delegação de
autoridade, na cobrança a posteriori de resultados, estimulando
a posição da sociedade em estar acompanhando o desempenho
da administração pública.
Entendemos que o modelo gerencial, acompanhado do
modelo burocrático, que disponibiliza procedimentos, normas,
mérito no desenvolvimento das ações do gestor público, trazem
a necessidade de um maior controle, por parte da sociedade.
Ganha força, nesse contexto, a apuração de resultados na
prestação de contas e na avaliação de desempenho da instituição
responsável pela oferta do serviço ou bem à sociedade, refletindo
sobre o exercício da função do servidor público, que sofre maior
exigência por parte do cidadão.
É bom lembramos do que diz o Estatuto do Servidor Público (Lei
estadual nº 6.677/1994) em seu art. 175, quanto às competências
do servidor público estadual:

I – Exercer com zelo e dedicação as atribuições do


cargo;

II – Ser leal às instituições a que servir;

III – Observar as normas legais e regulamentares;

IV – Cumprir as ordens superiores, exceto quando


manifestamente ilegais; V – Atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações

51
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) aos requerimentos de certidão para defesa
de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal; c) às requisições para a
defesa da Fazenda Pública e do Estado;

VI – Levar ao conhecimento da autoridade


superior as irregularidades de que tiver ciência
em razão do cargo;

VII – zelar pela economia de material e pela


conservação do patrimônio público;

VIII – guardar sigilo sobre assuntos de natureza


confidencial a que esteja obrigado em razão do
cargo;

IX – Manter conduta compatível com a


moralidade administrativa;

X – Ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive


comparecendo à repartição em horário
extraordinário, quando convocado;

XI – Tratar com urbanidade as pessoas; e

XII – Representar contra ilegalidade ou abuso


de poder. (BAHIA, 1994);

Tais competências do servidor público, liderado pelo gestor


público, propiciam a atuação da administração pública, por meio
do desenvolvimento do processo administrativo, composto pelas
ações de planejar, organizar, dirigir e controlar, assegurando a
prestação dos serviços públicos.
É oportuno enfatizar que a inserção da Tecnologia de
Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano das pessoas e das
instituições, seja na área administrativa ou na área finalística,
possibilite a sistematização de dados e informações, com o
objetivo de subsidiar o processo de tomada de decisão na gestão
pública, bem como possibilitar a prestação de contas do uso
dos recursos de maneira confiável e em formatos acessíveis à
sociedade, proporcionando o cumprimento da legislação quanto
ao controle social.

52
Vamos nos apropriar das terminologias, mecanismos,
linguagens, formas de acesso aos diversos sistemas
informatizados em uso na administração pública, para que
possamos exercer o nosso papel de servidor público com
competência digital.

53
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