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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

Os desafios da educação, do ensino e pesquisa sobre administração pública no cenário


brasileiro atual

Rodrigo Adão da Silva – digosilva2002@yahoo.com.br – UFF/ICHS


Diego Santos Martins – diegosantosmartins@oi.com.br – UFF/ICHS

Resumo
A pesquisa empreendida consiste em “educação, ensino e pesquisa em administração
pública” no Brasil. Em linhas gerais, o artigo buscou proposições para aperfeiçoar o ensino
sobre a administração pública no Brasil, visando o aprimoramento dos processos e
procedimentos adotados pelo Estado no cotidiano de seus órgãos e instituições. O trabalho
tem como importância relatar a evolução da administração pública no país, tal como seu
panorama histórico de ensino e pesquisa. Os métodos de pesquisa utilizados foram o
qualitativo, através de uma fundamentação teórica, e o quantitativo através da realização de
um estudo de campo aplicando-se o instrumento de coleta de dados questionário, elaborado
pelos próprios autores. Contudo, constatou-se que ainda são diversos os problemas
enfrentados por esse campo do saber, vão desde materiais didáticos desatualizados a pouca
oferta de cursos voltados especificamente para administração pública.

Palavras-chave: Administração Pública, Educação e Ensino.

1 – Introdução

O artigo científico tem como objetivo apontar a evolução da administração pública no


Brasil bem como seu panorama histórico de ensino e pesquisa e a identificação dos principais
óbices existentes neste contexto. O presente artigo surgiu diante da existência do seguinte
problema: como melhorar o ensino de administração pública no país, visando o
aprimoramento dos processos e procedimentos adotados pelo Estado no cotidiano de seus
órgãos e instituições?
Destarte, foram utilizadas literaturas de referência, a fim de agregar conhecimentos
que servissem de embasamento teórico a este artigo.
Nos dias atuais, percebe-se que o tema administração pública tem sido constantemente
colocado em evidência no cotidiano da sociedade brasileira, o que indica a relevância do
estudo e pesquisa relativos a este assunto.
Para tanto, antes da realização de um estudo mais elucidativo acerca do tema em
discussão, faz-se necessária a definição do que é propriamente a administração pública.
Após esta explicação, é apresentado um panorama evolutivo da administração pública,
desde o escalão macro (balizado por países, como os Estados Unidos) até o micro
(representado pela evolução no Brasil).
Por fim, este artigo científico, tomando por base a literatura e portfólio acadêmico
atinente ao tema, faz uma análise da conjuntura contemporânea do ensino e pesquisa relativos
à administração pública no país, levantando os principais problemas e citando uma possível
solução diante dos óbices existentes, de forma a facilitar a compreensão do leitor sobre a
magnitude do tema proposto.

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2 – Referencial Teórico

A administração pública pode ser definida num sentido amplo, abrangendo


concomitantemente a função política quanto a função administrativa. Já no ponto de vista
estrito, restringe-se a função administrativa propriamente (GOMES e MORGADO, 2012, p.
45).
Em sentido amplo, para Di Pietro (2003):

A Administração Pública, subjetivamente considerada, compreende tanto os órgãos


governamentais, supremos, constitucionais (Governo), aos quais incube traçar os
planos de ação, dirigir, comandar, como também os órgãos administrativos,
subordinados, dependentes (Administração Pública, em sentido estrito), aos quais
incube executar os planos governamentais; ainda em sentido amplo, porém
objetivamente considerada, a Administração Pública compreende a função política,
que traça as diretrizes governamentais e a função administrativa, que as executa. (DI
PIETRO, 2003, p.54).

Mello (2008) abrange a administração pública em duas vertentes, uma geralmente


chamada de subjetiva, orgânica ou formal e outra conhecida como objetiva, material,
operacional, ou funcional, sendo, respectivamente, uma composta pelas pessoas jurídicas,
seus entes e intermediários que realizam tarefas voltadas para a administração e a outra
formada por funções exercidas pelos seus membros.
Para Hely Lopes Meirelles, um dos mais renomados pesquisadores na área de direito
administrativo do país:

Administração Pública, em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para


consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, é o conjunto das funções
necessárias aos servidores públicos em geral; em acepção operacional, é o
desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado
ou por ele assumidos em benefício da coletividade (MEIRELLES, 2009. p. 65).

Basicamente, a administração pública é aquela que deve ter como objetivo o


atendimento dos interesses da sociedade, num contexto universalista, dentro do que a lei
determina (ARAÚJO, 2013).

2.1 – A evolução da administração pública no Brasil

No Brasil, as reformas e as mudanças de paradigmas se deram em períodos distintos,


devido às características político-administrativas atinentes a cada governo (ARAÚJO, 2013).
Segundo Bresser-Pereira (1996), na administração pública patrimonialista, a
propriedade pública confundia-se com o bem privado, o que incentivava a existência de um
poder tirânico e estimulou males, como: o nepotismo, o empreguismo e até a corrupção como
regra. Visando a minimização destes problemas relatados, surgiu a administração pública
burocrática. Neste modelo, houve a perfeita distinção entre a coisa pública e a privada, e o
foco fora direcionado para a correta definição do que era o serviço público. Assim, ocorreram
mudanças como: as organizações estruturaram-se em forma de pirâmide, respeitando a
hierarquia e o comando minucioso dos procedimentos da administração; os procedimentos

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passaram a ser normatizados e a meritocracia passou a ser adotada em processos seletivos. Em


seguida, veio à administração pública gerencial, a qual forneceu maior autonomia ao gestor
público e direcionou o foco para os seguintes aspectos: adoção de indicadores, busca por
resultados concretos, maior participação da sociedade (seja na formulação e na fiscalização
das políticas públicas vigentes) e transparência total nas ações realizadas pelos entes públicos.
Seguindo uma conjuntura de desprovimento de fundos públicos, debilitação do
poderio governamental e da ampliação da ideia de privatização, o padrão gerencial foi
instaurado no Estado. Essa implantação se deu por americanos e europeus que foram
pioneiros com uma administração gerencial pura, onde se visava apenas o corte de gastos e
desconsiderava as peculiaridades da esfera pública. Entretanto o modelo gerencialista atingiu
um progresso constante de transformação nos últimos anos (ABRUCIO, 1997).
As mudanças de um modelo para o outro e as diversas tentativas de implantação da
burocracia e do gerencialismo deram-se por meio de reformas ou programas, os quais
ocorreram devido às interpretações contrastantes em relação às respostas exigidas pelo
Estado. Apesar da constante defesa da melhoria dos serviços à sociedade, em geral, as
reformas foram meramente formais e com poucas mudanças de conteúdo, pois o retorno
esperado não se expressou de forma fidedigna, não assegurava agilidade, nem qualidade
eficiente. Contudo, a administração gerencial vem se adequando de acordo com as
modificações diárias dos órgãos, unificando procedimentos, buscando a eficiência e a eficácia
(SILVA, 2013).
Segundo Araújo (2013), nos dias atuais, o modelo gerencial é marcado pela busca de
eficácia e pela Administração Por Objetivo (APO), mostrando que os fins são diferentes dos
meios. Não basta fazer bem feito ou com economicidade; deve-se chegar a algum resultado
efetivo para a sociedade.
A despeito, a impulsão da educação no campo administração pública até então não
espelhou pesquisas de ensino nesse campo do saber. O surgimento de novas instituições no
Brasil voltadas para essa área de graduação é de suma importância para definir as
peculiaridades do ramo de ensino em consonância com as exigências do mercado de trabalho
(COELHO, 2007).

2.2 – Panorama histórico do ensino e pesquisa sobre administração pública no Brasil

Segundo Gaetani (1999), a administração pública teve seu marco como disciplina
acadêmica no Brasil em 1952, quando a Fundação Getúlio Vargas (FGV), criou a Escola
Brasileira de Administração Pública (EBAP) e também formações em pós-graduação nessa
área. Esse estabelecimento de ensino originou-se sob a direção das Organizações da Nações
Unidas (ONU) e no encadeamento de planos de coadjuvação estratégica com os regimes
norte-americano e europeu.
A convenção entre essas instituições estrangeiras tinha como objetivo a conservação
de educadores estrangeiros no Brasil e o auxílio de instrução fora do país destinado ao
aprimoramento dos docentes brasileiros. Em meados da década de 60 a FGV começou a
oferecer vagas para mestrado, tornando-se a principal matriz de orientadores para outros
estabelecimentos desse campo do saber, ocasionando uma grande ampliação da trajetória da
administração. Essa dilatação cresceu de uma forma que nos anos 70 essas áreas começaram a
receber estudos de doutorado (CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO, 2010).
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Na década de 60, alguns fatos marcaram uma nova fase no ensino de administração
pública no Brasil. Para Keinert (2007), o lançamento da Revista de Administração Pública,
em 1967, realizada pela FGV/EBAP atinge um mérito de regularidade, grande solidez e
excelente valor em seus artigos, vindo a ser a maior representação da construção de
conhecimento em administração pública.
Na transição da década de 60 para 70, o fenômeno do milagre econômico contribuiu
para a maximização do ensino sobre administração de empresas no país. E tal fato trouxe
reflexos para a instrução do administrador público, diante da “competitividade”, agora
estabelecida (GAETANI, 1999).

Nesse contexto, o debate sobre a integração curricular dos programas de


administração pública e de empresas foi atropelado em favor da segunda ênfase. Cada
vez mais o profissional do setor público que se buscava tinha características próximas
de sua contraparte do setor privado. Acrescente-se a isso a ascensão da profissão de
economistas, que passaram a ocupar os principais espaços nos ministérios, no auge
do ciclo do planejamento no Brasil. Assim, a incipiente comunidade de
administradores públicos viu-se pressionada duplamente pelo mercado de trabalho
público e privado e pela concorrência profissional direta (GAETANI, 1999, p. 101).

Gaetani (1999), diz ainda que, no transcurso dos anos 70 para os 80, com a tendência
do endurecimento da administração indireta, o Estado deixou de ser o principal protagonista
na esfera da administração pública, o que gerou algumas consequências, principalmente no
que tange a oferecer o ensino.

A década de 80 marcou o encolhimento do Estado em função da recessão e da


estagnação, com repercussões óbvias sobre a oferta de ensino, desestimulada frente à
contração da demanda. Na primeira metade dos anos 80, a EBAP/FGV descontinua
seu programa de graduação em administração pública e estanca a renovação da área
na sua base, nos programas de graduação, na principal escola de administração
pública do país (GAETANI, 1999, p. 101).

Somente em 1995 o assunto administração pública retorna ao cotidiano da nação devido à


ação de Bresser Pereira adiante do Ministério da Administração e Reforma do Estado. Com isso
o ensino de administração pública, que andava moribundo, voltou a ser reparado não só no
plano de governo como acadêmico, sob a ótica do gerencialismo (CARVALHO E SAMPAIO,
2010).

2.3 – Principais entraves ao desenvolvimento do ensino e pesquisa sobre administração


pública no Brasil

O setor de educação, pesquisa e ensino em administração pública enfrentam uma dura


trajetória. Segundo Oliveira e Sauerbronn (2007), o entendimento ultrapassado sobre o que
representa uma instituição de ensino estende-se até os dias atuais. O debate gira em torno do
ponto de vista que a universidade dever reunir os agentes: ensino, pesquisa, formação de
conhecimento e um ambiente de debates e controvérsias, observando-se os desequilíbrios de
poderes existentes nas sociedades.
Nicolini (2003) ressalta que por razão da evolução histórica, a instrução de
administração surgiu, organizou-se e fora ampliada num Brasil que estreou, melhorou e
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efetivou-se como uma coletividade fabril. As modificações devastadoras e o marasmo


acadêmico nessa área de ensino não fomentaram qualquer transformação nesse horizonte.
Devido a esse quadro problemático tenta-se buscar novos rumos para o preparo dos
administradores.

Nos países de primeiro mundo, o desenvolvimento do capitalismo só se deu com a


produção e o domínio do conhecimento administrativo para tal. No Brasil, o
capitalismo tardio supriu suas necessidades importando conhecimento já
sistematizado em outros países, premido pela necessidade de desenvolver-se e aliado
à impossibilidade de gera-lo a curto prazo. Isso acontece durante toda a história do
surgimento e desenvolvimento da área de Administração no país e se estende até os
dias de hoje (NICOLINI, 2003, p. 9).

Nicolini e Fischer (2007) acentuam a abordagem em diversos problemas existentes,


como: a falta de corpo docente específico, a dicotomia política/administração e escassez de
material didático. Afirmam ainda que tais questões precisam de aprofundamento, pois são
pouco encaradas como objeto de estudo. Coelho (2008) diz que o país sofre de um grande
déficit de estudos metódicos em relação ao ensinamento de administração pública devido à
desconsideração do presente, da legitimidade e do amplo universo de interessados no assunto.
Segundo Koontz e O’Donnell (1974):

Existem dois problemas, o primeiro deles, é que muitos professores não possuem
uma boa combinação de treinamento acadêmico e experiência profissional adquirida
no setor público. Logo, não são maduros o suficiente para ministrarem disciplinas
acerca de gestão pública. O segundo diz respeito à forma com que a disciplina
administração é ensinada nas escolas. O administrador, de maneira geral, tem que
agir por intermédio de pessoas e a habilidade do administrador em potencial de fazer
isso não se pode fixar sem uma autêntica experiência de trabalho (KOONTZ e
O’DONNELL, 1974, p. 16).

Logo, é imprescindível que, em se tratando da esfera pública, os futuros


administradores conheçam e vivenciem o cotidiano das organizações públicas. Não basta que
saibam o conhecimento teórico. Faz-se necessário que tenham a vivência dos procedimentos e
da rotina atinente aos órgãos públicos. Sendo assim, o ensino de administração,
particularmente o voltado para o cenário público, não pode ser estático, deve ser dinâmico,
rompendo as paredes dos centros de ensino para alcançar de fato o cidadão.
Oliveira e Sauerbronn (2007) enfatizam que deve existir uma reflexão acerca do
ensino nas graduações superiores de administração pública e de empresas no Brasil. As ações
nestes campos supracitados devem ser progressivas e contínuas dentro do meio acadêmico.
Outro ponto relevante é que existe, atualmente, um elevado quantitativo de força de
trabalho capacitada no setor de gestão pública. Entretanto, a ausência de estudos indicando o
impacto deste conhecimento repassado – a inexistência de um feedback das instituições que
possuem elementos capacitados é algo que emperra o processamento de aperfeiçoamento do
ensino e pesquisa. Pois as instituições capacitadoras não conseguem dimensionar com
efetividade a aplicabilidade e os resultados oriundos do conhecimento transmitido.
Contudo, Bresser-Pereira (2008), explana que as impulsões dos meios externo e
interno definem a evolução ou a inércia dos programas em administração pública.
Interpretando deste modo, vários motivos como: a reformulação do governo, as
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modificações no sistema de administração pública e o reconhecimento democrático e


gerencial, despontados depois de 1995, vêm incentivando e apontando estudos relacionados
ao aprimoramento das instituições onde são graduados os administradores públicos.
Finalizando, um fato interessante a ser levantado, é que grande parte do desestímulo
de muitos estudantes com o plano público, o que representa um grande entrave, tem origem
nas brechas que o governo tem fornecido, ao permitir que o mercado, representando a
iniciativa privada, aproxime-se de “espaços públicos” que competem ao Estado.
Tais lacunas apresentam-se tanto pelo vão a que se denotou a estrutura público-estatal
por intermédio de desburocratização de ações e desestatização de serviços, quanto pelos
privilégios oferecidos a organizações que visam lucro. E ainda mostram-se quanto ao
entendimento da obrigação e atribuição que o Estado deve desempenhar em prol do interesse
coletivo, a contar de princípios de administração corporativa, sustentabilidade e incumbência
social (COELHO, 2008).

2.4 – Possível solução frente aos óbices existentes

A produção de estudos mais aprofundados com um apoio governamental contundente,


atrelado a uma maior interação entre os centros de ensino que abordam o tema gestão pública
é condição elementar para a composição de uma população analítica habilitada a impulsionar
pesquisa inerte em administração pública.

As publicações da ENAP sobre administração pública brasileira no período 1993-


1997 são exemplares de um notável esforço, realizado com poucos recursos e com um
grupo muito reduzido de pesquisadores permanentes. É razoável supor que em
parceria com instituições acadêmicas essa área de pesquisa aplicada possa
expandir-se e deitar raízes mais duradouras na instável paisagem institucional
governamental (GAETANI, 1999, p. 107).

Por intermédio da solução supracitada, almeja-se que os óbices existentes sejam


minimizados tendo em vista que a profusão de pesquisas no âmbito de gestão pública,
oriundas da parceria entre instituições acadêmicas, traz distintos pontos de vista sobre este
tema, o que se constitui como um fator gerador de melhores práticas e resultados.

2.5 – Prognóstico do futuro da administração pública no país

Como ponto inicial, este artigo parte da seguinte assertiva: o futuro da administração
pública no Estado passa necessariamente pelo fortalecimento acadêmico desta disciplina, com
intercâmbios entre as escolas já existentes, estabelecimentos de nível superior e o próprio
Estado, aliada a um real investimento do governo federal na disseminação dos conhecimentos
deste setor nas esferas estatal e municipal.
A carência de um forte eixo institucional acadêmico complica as possibilidades do
conhecimento produzido na Escola Nacional de Administração Pública ser aproveitado de
forma ordenada, quer como matéria-prima para ensino, quer como parcela de métodos de
pesquisa mais abrangentes. No entanto, à medida que a ENAP estabelecer sua ação como
ponto central de progresso de recursos humanos, exercer investigação e divulgação no
domínio da gestão pública, aspira-se que tais obstáculos sejam superados. E dentro deste

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contexto, é de suma importância à atuação do governo federal na ampliação de educandários


de administração voltados para o plano público.
Coelho (2006) destaca que, certamente, a ampliação da formação em administração
pública no Brasil após 1995 é próspera devido a sua situação positiva, onde é resgatado o
padrão e a pesquisa devido às mudanças da nação brasileira. Depois do enfraquecimento da
educação superior na década de 80, devido a instabilidades estatais, foram restabelecidos os
incentivos a formação acadêmica nesse campo do saber. O governo, gradativamente, tem
adotado suas escolas de governo como habito, assim como tem realizado parcerias entre
instituições de ensino superior e órgãos públicos, a fim de ampliar a administração pública no
país no campo do desenvolvimento acadêmico e da habilitação do setor público.
A despeito dos entraves existentes, existe uma demanda crescente, tanto no âmbito
público como no privado, por profissionais formados no ramo de administração pública, o que
acaba repercutindo positivamente no ensino e pesquisa deste campo profissional. Na
atualidade, a quantidade relevante dessas instituições vem fazendo significantes ações de
interesse público no país, estabelecendo um corrente mercado de trabalho voltado para a
administração pública (COELHO, 2008).

Ademais, a retomada da profissionalização no serviço público com a (re)ativação de


carreiras públicas, o aumento da governança (e das políticas públicas) no nível
subnacional com a descentralização e a emergência do terceiro setor, reabriram o
mercado de trabalho para o bacharel em administração pública. Nessa conjuntura de
redefinição do Estado e ampliação do lócus no setor público do país, o ensino de
graduação em administração pública realentaria no pós-90 em comparação com a
letargia dos anos oitenta. Em 1994, a EAESP reestruturava a grade curricular do
bacharelado em ADM, consoante com a modificação do currículo mínimo de
administração de 1993; na habilitação de AP, a opção pelo perfil generalista e
flexibilidade das disciplinas eletivas, supostamente, adequavam o curso à
diversidade de oportunidades/possibilidades profissionais no Estado, no terceiro
setor e, mesmo na iniciativa privada (COELHO, 2006, p.74).

Sendo assim, o cenário futuro no campo do ensino e pesquisa floresce como


promissor, tendo em vista que as recentes demandas estatais e de empresas da iniciativa
privada que estão inseridas no meio público, exigem gradativamente uma sólida formação e a
agregação de profissionais com conhecimento na gestão dos recursos públicos.
Coelho (2008) também diz que o aprestamento em busca de cargos públicos, a
qualificação de colaboradores do motor estatal e o desenvolvimento de novas mentes gestoras
a fim de trabalhar na administração moderna e no terceiro setor formam benesses que as
instituições privadas procuram estudar em conjunto com o ensino terciário nessa área de
conhecimento.

3 – Metodologia

A metodologia de pesquisa qualitativa foi adotada para analisar de modo subjetivo, os


dados coletados através do questionário estruturado, tendo em vista que o ensino de
administração pública vem se mostrando crescente e relevante em nosso cotidiano.
A pesquisa exploratória realizada teve como objetivos principais: proporcionar
maiores informações sobre o assunto em questão, facilitar a delimitação do tema, definir
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objetivos e formular as hipóteses da pesquisa. Outrossim, a referida pesquisa, que também


possui um viés descritivo, visou: apresentar o conceito de administração pública, traçando-se
um panorama histórico desde o seu surgimento até o cenário atual. Também foi realizado,
através de uma pesquisa quantitativa aplicada com a ferramenta questionário estruturado, o
levantamento dos principais óbices no ensino da administração pública no Brasil. Esse
questionário foi estruturado com questões fechadas objetivas, a fim de colher dados
específicos e precisos. A amostra da pesquisa foi aleatória simples, tendo como base teórica,
Labes (1998). Contudo, foram distribuídos 500 questionários via email no período de julho de
2016 a novembro de 2016, obtendo-se 150 respostas para análise de dados. Os respondentes
foram selecionados por serem integrantes da área de ensino, pesquisa e estudo em
administração pública, militares e servidores públicos que atuam no setor de Gestão Pública.
O referido instrumento de coleta de dados foi repassado para organizações de ensino
superior nas áreas de administração e gestão pública e para gestores que atuam em órgãos
públicos.
Neste contexto, foi realizado um levantamento bibliográfico, tendo por método a
leitura seletiva dos materiais de consulta, visando rever as literaturas mais importantes, as
quais fornecessem embasamento teórico para a realização do trabalho.
Por fim, o questionário utilizado foi imprescindível para a reunião dos problemas
preponderantes no campo do saber de administração pública no Brasil, contribuindo para que
soluções fossem apresentadas em associação à temática abordada por este trabalho.

4 – Resultados e discussões

Partindo do questionário estruturado distribuído para uma amostra de pessoas de


diversos órgãos da administração pública, instituições militares (escolas de especialização e
aquartelamentos administrativos) e estabelecimentos de educação superior (públicos e
privados), foram coletados dados, os quais forneceram subsídios para a apresentação, análise
e interpretação dos resultados apresentados neste tópico.
Para fins de melhor compreensão, os resultados serão apresentados, seguindo-se a
sequência dos itens presentes no questionário.

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4.1- Função exercida na área de Administração Pública

Função exercida na área de Administração Pública


60,0

50,0

40,0

30,0 56,4
20,0 Percentual

10,0 19,4 18,1


5,4 0,7
0,0
Professor (a) Estudante de Servidor (a) da Pesquisador Militares das
de Adm. Adm. Pública área de Adm. (a) em Adm. FA da Adm.
Pública Pública Pública Pública
Gráfico 1 – Resultado do item 1 do questionário.
Fonte: Elaborado pelos autores.

Na seção 4.1, foram obtidas 149 respostas e a população em questão apresentou-se


bastante heterogênea. A maioria dos questionários analisados foram respondidos por militares
das Forças Armadas que atuam no setor administrativo. Tal classe fora considerada, tendo em
vista a acessibilidade a este público pelos autores. Vale ressaltar que o Exército, por
intermédio de seus cursos de formação de oficiais, habilitação ao quadro de oficiais e
aperfeiçoamento de sargentos tem se destacado como uma distinta instituição na capacitação
de recursos humanos no seio da administração pública do Brasil. O segundo grupo com maior
participação na pesquisa considerada foi o de estudantes de Administração Pública. O terceiro
grupo com maior percentual na pesquisa realizada foi o de servidores da área de
Administração Pública. Os menores segmentos representados na pesquisa foram os universos
compostos por docentes e pesquisadores que possuem como foco a gestão pública.

4.2 – Tempo de estudo ou atuação na área de Administração Pública

Tempo de estudo ou atuação na área de


Administração Pública
45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0 41,6 39,6
Percentual
15,0
10,0
5,0 8,7 6,7
0,0 3,4
Menos de 5 De 5 a 10 De 10 a 15 De 15 a 20 Mais de 20
anos anos anos anos anos
Gráfico 2 – Resultado do item 2 do questionário.
Fonte: Elaborado pelos autores.

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Na seção 4.2, foram obtidas 149 respostas e percebeu-se que a maioria da amostra
considerada foi constituída por pessoas com menos de 5 anos de atuação no setor público
(41,60%), e aproximadamente 82% do efetivo considerado possui no máximo de 10 anos de
atividade na administração pública, o que permite inferir que o público analisado não se
caracterizou por indivíduos com elevado tempo de atuação na área de administração pública.
Contudo, ressalta-se que o tempo diminuto de atuação na administração não significa
dizer que tal público possuísse baixa expertise de conhecimento, mas sim sapiência bem
atualizada nesse campo do saber!

4.3 – Nível de aplicabilidade dos conceitos de Administração Pública na rotina de


trabalho (para militares e servidores públicos)

Nível de aplicabilidade dos conceitos de Adm.


Pública na rotina de trabalho
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
34,1 32,6 Percentual
15,0
10,0 17,8
5,0 9,3
6,2
0,0
Muito baixo Baixo Moderado Elevado Muito
elevado

Gráfico 3 – Resultado do item 3 do questionário.


Fonte: Elaborado pelos autores.

Na seção 4.3, foram obtidas 129 respostas, tendo em vista que o público respondente
foi composto somente por militares e servidores públicos. O fato de 41,9%, soma de 32,6%
mais 9,3%, da população analisada considerar o nível de aplicabilidade dos conceitos de
Administração Pública na rotina de trabalho como elevado e/ou muito elevado foi um dado
que revelou o grau de importância dos conhecimentos atinentes à gestão pública nos mais
variados setores, independentemente do ramo de atuação (seja público ou privado). Como
exemplo, podem ser citados os processos de licitação que se desenrolam na área pública.
Tanto os agentes públicos, como os entes privados, interessados em ofertar produtos à
administração, devem estar plenamente inteirados das regras e normas vigentes, de modo que
todos os trâmites necessários ocorram no campo da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.

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4.4 – Nível da qualidade do ensino de Administração Pública no Brasil

Nível da qualidade do ensino de Administração


Pública no Brasil
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
35,3 Percentual
33,3
15,0
24,7
10,0
5,0
6,7
0,0 0,0
Ruim Mediano Bom Ótimo Excelente

Gráfico 4 – Resultado do item 4 do questionário.


Fonte: Elaborado pelos autores.

Na seção 4.4, foram obtidas 150 respostas acerca do nível da qualidade do ensino
referente nos bancos escolares. A maioria das pessoas consultadas considerou o nível da
qualidade do ensino de Administração Pública no Brasil como mediano e/ou bom, o que
mostra a necessidade de se promover uma profunda reformulação na área de ensino, com a
utilização de indicadores e acompanhamento permanente por parte do MEC e das secretarias
de educação (estaduais e municipais). Nenhum participante da amostra selecionada
considerou a qualidade do ensino como excelente. Tal fato revelou a necessidade de serem
adotadas medidas, visando à maximização deste percentual, que para o contexto atual, ainda
não atingiu os padrões de excelência desejáveis.

4.5 – Fatores que dificultam o progresso do ensino de Administração Pública no Brasil

Fatores que dificultam o progresso do ensino de


Adm. Pública no Brasil
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0 28,8
10,0 22,6
17,0 17,5 14,1
5,0 Percentual
0,0

Gráfico 5 – Resultado do item 5 do questionário.


Fonte: Elaborado pelos autores.

Na seção 4.5, foram obtidas 212 respostas, pois os respondentes poderiam selecionar
mais de uma opção neste tópico. Obteve-se um total de respostas, as quais sinalizaram que o
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fator que mais dificulta o progresso do ensino de Administração Pública no Brasil é a pouca
oferta de cursos na área, com 28,8%. E o que menos dificulta é o material acadêmico
deficitário, com 14,1%. Entre o maior e menor fator tem-se ainda o desinteresse dos discentes
– 22,6%; a ausência de docentes capacitados – 17,5%, e a grade curricular desatualizada –
17%. Tomando-se como referência que o segundo maior grupo da amostra considerada foi
composto por estudantes, pode-se inferir que na visão destes, o nível cognitivo de seus
docentes encontra-se adequado face às exigências do ensino de administração. O segundo
fator que mais dificulta o progresso supracitado - desinteresse dos discentes, com 22,6%,
provoca uma reflexão, a qual visa elencar as razões de tal comportamento adotado pelos
alunos e permite a seguinte indagação: onde está o erro? No processo de ensino-
aprendizagem, no comportamento do docente; enfim, cabe destacar que tal temática é bastante
complexa e pode ser desdobrada em outros estudos acadêmicos.
Outro ponto a se analisar é a elevada gama de assuntos relacionados à Administração
Pública que ganha destaque no mercado de trabalho. Tal assertiva é facilmente ratificada com
a mudança, atualmente, ocorrida nas bancas de concursos dos principais certames do país, que
cobram em seus editais, disciplinas como: Administração Financeira e Orçamentária (AFO) e
Contabilidade Pública, outrora não mencionadas.
Logo, pensando-se de forma sistêmica, existe a necessidade de uma revitalização dos
cursos de Administração Pública, com a adoção de conhecimentos teóricos e práticos que
estejam em consonância com a realidade brasileira.

4.6 – Fatores de aperfeiçoamento do ensino de Administração Pública no Brasil

Fatores de aperfeiçoamento do ensino de Adm.


Pública no Brasil
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0 37,3
15,0
10,0 23,7
17,5
5,0 10,5 11,0 Percentual
0,0

Gráfico 6 – Resultado do item 6 do questionário.


Fonte: Elaborado pelos autores.

Por fim, na seção 4.6, foram obtidas 228 respostas, tendo em vista que os respondentes
também poderiam selecionar mais de uma opção neste tópico. Percebeu-se que o fator de
aperfeiçoamento do ensino de Administração Pública no Brasil com maior índice foi a
necessidade de ocorrer uma maior integração entre os centros de ensino e os órgãos do setor
público, com 37,3%. Esta integração é importante para a promoção de um ensino calcado nas
mais diversas situações que ocorrem no cotidiano de um setor administrativo público, em
suma, para a ocorrência de uma perfeita “simbiose” entre a teoria escolar e a prática do dia-a-

12
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

dia.
O segundo fator mais escolhido foi: maior investimento em pesquisas acadêmicas sobre a
realidade da Administração Pública no Brasil – 23,7%. Tal investimento pode ser
incrementado com a criação de estabelecimentos de ensino focados na pesquisa, formulação e
desenvolvimento de melhores práticas de gestão pública. E reitera-se a importância destes
estabelecimentos não perderem o viés público, de maneira que interesses escusos e privados
não modifiquem a principal razão de suas existências. Em terceiro lugar, a busca constante dos
centros de ensino pela maximização da aplicabilidade prática dos conhecimentos teóricos –
17,5% resume-se em ensinar aos discentes a efetividade de se colocar o que é aprendido como
habitualidade, não se deixando levar pelo senso comum. E por fim, com porcentagens bem
próximas, na visão dos entrevistados, os fatores que menos precisam de aperfeiçoamento são a
maior atuação do MEC no acompanhamento do conteúdo programático fornecido aos discentes
e o feedback constante dos discentes de Administração Pública recém-egressos dos
estabelecimentos de ensino, com 10,5% e 11%, respectivamente.

5 – Conclusão

Este artigo científico teve como objetivo apontar a evolução da administração pública
no Brasil bem como seu panorama histórico de ensino e pesquisa e a identificação dos
principais óbices existentes neste contexto. A realização deste estudo foi viabilizada por
intermédio de pesquisas bibliográficas temáticas publicadas recentemente e pelos resultados
obtidos nos questionários estruturados distribuídos a uma amostra de pessoas de variados
órgãos da Administração Pública, instituições militares, entre escolas de especialização e
aquartelamentos administrativos e estabelecimentos de educação superior (públicos e
privados).
Percebeu-se que o assunto administração pública encontra-se cada vez mais presente
na rotina das pessoas, porém, muitas vezes, existem lacunas de conhecimentos atinentes a seu
correto emprego nos mais variados setores, independentemente do ramo de atuação.
Ademais, tanto a escassez de habilidades dos gestores no que diz respeito à utilização
de recursos humanos, financeiros e materiais, quanto suas faltas de conhecimento prático nas
atividades dos órgãos públicos, formam alguns dos problemas que necessitam ser estudados
gradativamente.
Então, pode-se constatar que os desafios enfrentados no ensino de administração
pública no Brasil são vultosos e também estão bastante arraigados no universo escolar, seja
pela pouca oferta de cursos, seja pela falha da dicotomia teórica e prática nas instituições de
ensino.
Assim, profícuas pesquisas são necessárias no campo da administração pública,
envolvendo todos os personagens integrantes desse macrocenário, a saber: docentes, discentes
e de maneira generalista, os gestores públicos, para que de forma racional haja uma real
simbiose entre a teoria ensinada nos bancos escolares e a prática, alicerçada em experiências
profissionais bem sucedidas, a fim de se ter uma percepção clara dos problemas existentes,
buscando eliminá-los em face de eficazes tomadas de decisão no trato dos recursos públicos.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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