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Administração pública é um conceito que abrange pelo menos três sentidos distintos, podendo
ser entendido como o conjunto de estruturas estatais voltadas para o atendimento de necessidades
da coletividade, como o conjunto de funções relacionadas com a gestão da máquina estatal e
como área do conhecimento científico-social.
Ainda na esfera das ciências sociais, o ramo do direito que tem por objeto as normas aplicáveis à
administração pública é o direito administrativo.
Índice
[esconder]
1 Etimologia
2 Gestor público
3 Modelos
o 3.1 Modelo mediterrâneo
o 3.2 Modelo nórdico e anglo-saxão
o 3.3 Modelo renano ou continental
o 3.4 Sistema de carreira e sistema de emprego
4 No Brasil
o 4.1 Aspectos objetivo e subjetivo
o 4.2 Administração tributária
o 4.3 Administração direta e indireta
o 4.4 Agências reguladoras e executivas
o 4.5 Carreiras
5 Portugal
o 5.1 Administração direta do Estado
o 5.2 Administração indireta do Estado
o 5.3 Administração autónoma
6 Ver também
7 Referências
8 Ligações externas
Fora da Europa, países de colônia inglesa quase em sua totalidade adotam o modelo anglo-saxão.
Na América Latina a preferência é o modelo mediterrâneo, a exemplo do Brasil. Na Ásia,
especialmente no Japão e na Coreia do Sul adotam um modelo semelhante ao renano e ao
mediterrâneo.
O modelo mediterrâneo é mais focado no sistema de carreira, se caracteriza pelo baixo status do
funcionalismo, forte intervenção da política na administração e níveis elevados de proteção ao
emprego.
O modelo nórdico e anglo-saxão são semelhantes com algumas diferenças, é mais focado no
sistema de emprego, adota o alto status do funcionalismo público, baixa intervenção da política
na administração, níveis elevados de empregabilidade e seguro-desempregro. Em relação aos
níveis de emprego, os modelos nórdico e anglo-saxão apresentam níveis elevados, sendo o
nórdico melhor para a redução das desigualdades. No caso nórdico, é adotada uma alta
descentralização e independência dos serviços (modelo de agência).
O modelo renano apresenta um meio termo, adota elevado status do funcionalismo público com
alta interferência de sindicatos, que são considerados uma categoria especial.3
Para alguns doutrinadores brasileiros, a administração pública é conceituada com base em dois
aspectos: objetivo (também chamado material ou funcional) e subjetivo (também chamado
formal ou orgânico):7 8
Administração direta é aquela composta por órgãos públicos ligados diretamente ao poder
central, federal, estadual ou municipal. São os próprios organismos dirigentes, seus ministérios,
secretarias, além dos órgãos subordinados. Não possuem personalidade jurídica própria,
patrimônio e autonomia administrativa e cujas despesas são realizadas diretamente através do
orçamento da referida esfera. Caracterizam-se pela desconcentração administrativa, que é uma
distribuição interna de competências, sem a delegação a uma pessoa jurídica diversa.
Administração indireta é aquela composta por entidades com personalidade jurídica própria,
patrimônio e autonomia administrativa e cujas despesas são realizadas através de orçamento
próprio. São exemplos as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista. A administração indireta caracteriza-se pela descentralização administrativa, ou
seja, a competência é distribuída de uma pessoa jurídica para outra.10
Autarquias: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica de direito público,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada;
Fundação pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito publico, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades
que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes;
Conforme dispõe o art 5º do Decreto-Lei nº 900, de 1969: Desde que a maioria do capital votante
permaneça de propriedade da União, será admitida, no capital da Empresa Pública, a participação
de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da Administração
Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Empresas controladas pelo Poder Público podem ou não compor a Administração Indireta,
dependendo de sua criação ter sido ou não autorizada por lei. Existem subsidiárias que são
controladas pelo Estado, de forma indireta, e não são sociedades de economia mista, pois não
decorreram de autorização legislativa. No caso das que não foram criadas após autorização
legislativa, elas só se submetem às derrogações do direito privado quando seja expressamente
previsto por lei ou pela Constituição Federal de 1988, como neste exemplo: "Art. 37. XVII, CF -
a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público".
As agências executivas e reguladoras fazem parte da administração pública indireta, são pessoas
jurídicas de direito público interno e consideradas como autarquias especiais. Sua principal
função é o controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob o
regime de concessão ou permissão.
Agências reguladoras
Sua função é regular a prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar esses serviços a
serem prestados por concessionárias ou permissionárias, com o objetivo garantir o direito do
usuário ao serviço público de qualidade. Não há muitas diferenças em relação à tradicional
autarquia, a não ser uma maior autonomia financeira e administrativa, além de seus diretores
serem eleitos para mandato por tempo determinado.
Agências executivas
São pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou até mesmo órgãos públicos, integrantes
da Administração Pública Direta ou Indireta, que podem celebrar contrato de gestão com
objetivo de reduzir custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos.
O poder público poderá qualificar como agências executivas as autarquias e fundações públicas
que com ele entabulem um contrato de gestão (CF, art. 37, § 8º) e atendam a outros requisitos
previstos na Lei 9.649/1998 (art. 51). O contrato de gestão celebrado com o Poder Público
possibilita a ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira das entidades da
Administração Indireta. Tem por objeto a fixação de metas de desempenho para a entidade
administrativa, a qual se compromete a cumpri-las, nos prazos acordados. Celebrado o precitado
contrato, o reconhecimento à respectiva autarquia ou fundação pública como agência executiva é
concretizado por decreto. Se a entidade autárquica ou fundacional descumprir as exigências
previstas na lei e no contrato de gestão, poderá ocorrer sua desqualificação, também por meio de
decreto.13
Podemos citar como exemplos como agências executivas o INMETRO (uma autarquia) e a
ABIN (apesar de ter o termo "agência" em seu nome, não é uma autarquia, mas um órgão
público).14
A Administração Pública Portuguesa pode ser categorizada em três grandes grupos, de acordo
com a sua relação com o Governo:
A administração direta do Estado reúne todos os órgãos, serviços e agentes do Estado que visam
à satisfação das necessidades coletivas. Este grupo pode ser divido em:
Referências
1. Ir para cima ↑ BARLACH, Bruna. Administração pública - objetivos, formas e funções.
Acesso em 17 de junho de 2013.
2. Ir para cima ↑ FARAH, Marta Ferreira Santos. Administração pública e políticas
públicas. Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 45, n. 3, June 2011 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
76122011000300011&lng=en&nrm=iso>. access on 05 Feb. 2013.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122011000300011.
3. Ir para cima ↑ http://www.scielo.br/pdf/rap/v42n1/a04v42n1.pdf
4. Ir para cima ↑ COELHO, Daniella Mello. ELEMENTOS ESSENCIAIS AO CONCEITO
DE ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL.Disponível em:
http://www.senado.gov.br/web/cegraf/ril/Pdf/pdf_147/r147-20.PDF.
5. Ir para cima ↑ BONAVIDES, Paulo, 2010. A evolução constitucional do Brasil: estudos
avançados, vol.14.
6. Ir para cima ↑ Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Presidência da
República (Brasil) (5 de outubro de 1988). Visitado em 16 de novembro de 2013. Vide
art. 37: "A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[...]".
7. Ir para cima ↑ DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella.
8. Ir para cima ↑ MORAES, Alexandre de.
9. Ir para cima ↑ Marcel Souza de Cursi (2011), Teoria de Administração Tributária,
Brazil: Marcel Souza de Cursi,
http://archive.org/details/TEORIADEADMINISTRACAOTRIBUTARIA20111ED
10. Ir para cima ↑ TAKEDA, Tatiana. Diferenciando a Administração Direta da Indireta.
Acesso em 17.jun.2013.
11. Ir para cima ↑ GRANJEIRO, José Wilson.
12. Ir para cima ↑ Decreto-Lei 200/67, art. 5º.
13. ↑ Ir para: a b TESSEROLI, Professor. Agências executivas e agências reguladoras. Acesso
em 17.jun.2013.
14. Ir para cima ↑ CARVALHO FILHO, José dos Santos.
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