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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

CONHECIMENTOS GERAIS

1 POLÍTICAS PÚBLICAS

1.1 Introdução às políticas públicas:


conceitos e

Políticas Públicas são, em resumo, as medidas tomadas pelo governo para proteger os direitos das pessoas, ajudar ou
prestar serviços. Seu objetivo é garantir que as pessoas gozem dos direitos garantidos por lei. Essas medidas são uma
parte importante da administração pública, pois representam programas governamentais que visam melhorar a
sociedade e atender às necessidades dos cidadãos. A política pública também é uma forma de ajudar a reduzir a
desigualdade social existente em um país e pode ser utilizada como ferramenta de inclusão social. O conceito de política
pública, ou seja, qualquer atividade realizada para o povo por meio da organização do Estado, configura-se como base
para a relação entre o governo e o povo. Políticas públicas são as ideias e programas que um governo usa para tentar
melhorar a vida de seus cidadãos.

tipologias.

Distributivas
São aquelas políticas que se destinam apenas a uma parcela específica da população, que não possui as mesmas
oportunidades para desfrutar de determinado direito. As políticas distributivas podem ser estabelecidas a partir de
determinadas características ou necessidades de um grupo social. É o caso do próprio auxílio emergencial, já citado, ou
do sistema de cotas

Redistributivas
De certa forma, se parecem com as políticas distributivas, pois também oportunizam que determinados grupos
aproveitem direitos que seriam menos acessíveis a eles de outra maneira. No entanto, no modelo redistributivo, o
propósito é redividir os recursos para uma parcela da população, retirando o dinheiro do orçamento de todos. O sistema
previdenciário brasileiro e as políticas de financiamento estudantil

Regulatórias
Como o nome sugere, são políticas que servem para regular o funcionamento do Estado, ajudando a organizar processos
burocráticos e a ditar as regras de comportamento das pessoas. Ao contrário dos dois tipos anteriores, são modelos mais
abrangentes e que atendem a um grupo maior de pessoas. Até por isso, são mais conhecidas do público em geral, pois
aparecem na forma de leis. Entre as políticas regulatórias mais comuns, podemos citar as regulações do trânsito, como a
obrigatoriedade do uso de cadeira especial para o transporte de crianças

Constitutivas
São aquelas que definem as regras do jogo, determinando como, quando e por quem as políticas de interesse público
podem ser criadas. Ou seja, diferentemente das demais, elas servem para regular as próprias políticas, por assim dizer.
Um exemplo de política pública constitutiva é a maneira como as verbas de um projeto vencedor em uma eleição vão
ser distribuídas na criação de políticas de interesse público.

1.2 Ciclos de políticas públicas:

Esses programas e ações precisam ser estruturados de maneira funcional e sequencial para tornar possível a produção e
organização do projeto. Esclarecido isso, o ciclo das políticas públicas nada mais é que um processo que leva em
conta:
• A participação de todos os atores públicos e privados na elaboração das políticas públicas, ou seja,
governantes, políticos, trabalhadores e empresas;
• O poder que esses atores possuem e o que podem fazer com ele;
• O momento atual do país no aspecto social (problemas, limitações e oportunidades);
• Organização de ideias e ações
agenda e

é preciso decidir o que é prioritário para o poder público. A fase da agenda caracteriza-se pelo planejamento, que
consiste em perceber os problemas existentes que merecem maior atenção. Essa percepção precisa ser consistente com o
cenário real em que a população se encontra. São analisados nessa fase: a existência de dados que mostram a condição
de determinada situação, a emergência e os recursos disponíveis. O reconhecimento dos problemas que precisam ser
solucionados de imediato ganham espaço na agenda governamental. Entretanto, nem tudo que está na agenda será
solucionado imediatamente. Saiba que o planejamento é flexível e que a viabilização de projetos depende de alguns
fatores

formulação;

É a fase de apresentação de soluções ou alternativas. É o momento em que deve ser definido o objetivo da política,
quais serão os programas desenvolvidos e as linhas de ação. Após esse processo, se avaliam as causas e são avaliadas
prováveis alternativas para minimizar ou eliminar o problema em questão. Portanto, a segunda etapa é caracterizada
pelo detalhamento das alternativas já definidas na agenda. Organizam-se as ideias, alocam-se os recursos e recorre-se à
opinião de especialistas para estabelecer os objetivos e resultados que querem alcançar com as estratégias que são
criadas. Nesse ponto, os atores criam suas próprias propostas e planos e as defendem individualmente

processos de decisão;

Com as todas as alternativas avaliadas, na terceira fase se define qual será o curso de ação adotado. São definidos os
recursos e o prazo temporal da ação da política.

implementação,

É o momento em que o planejamento e a escolha são transformados em atos. É quando se parte para a prática. O
planejamento ligado à organização é transformado em ação. São direcionados recursos financeiros, tecnológicos,
materiais e humanos para executar a política.

seus planos,

projetos e

programas;

monitoramento e

avaliação.

É um elemento crucial para as políticas públicas. A avaliação deve ser realizada em todos os ciclos, contribuindo para o
sucesso da ação. Também é uma fonte de aprendizado para a produção de melhores resultados. Nela se controla e
supervisiona a realização da política, o que possibilita a correção de possíveis falhas para maior efetivação. Inclui-se
também a análise do desempenho e dos resultados do projeto. Dependendo do nível de sucesso da política, o poder
público delibera se é necessário reiniciar o ciclo das políticas públicas com as alterações cabíveis, ou se simplesmente
o projeto é mantido e continua a ser executado

1.3 Institucionalização das políticas em Direitos Humanos como políticas de Estado.

A institucionalização das políticas em Direitos Humanos como políticas de Estado é um processo fundamental para
garantir a proteção e promoção dos direitos fundamentais de todos os cidadãos de forma contínua e sustentável. Isso
implica não apenas em adotar medidas pontuais, mas em integrar os princípios dos direitos humanos em todas as esferas
do governo, em suas políticas, práticas e instituições. Aqui estão alguns pontos-chave sobre esse processo:
1. Legislação e Normatização
2. Criação de Instituições Específicas
3. Integração Transversal
4. Educação e Sensibilização
5. Monitoramento e Avaliação
6. Compromisso de Longo Prazo

1.4 Federalismo e descentralização de políticas públicas no Brasil:


organização e funcionamento dos sistemas de programas nacionais.

2 DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA

2.1 Estado de direito e a Constituição Federal de 1988:

consolidação da democracia,

representação política e

participação cidadã.

2.2 Divisão e coordenação de Poderes da República.

A divisão e coordenação dos Poderes da República é um princípio fundamental do sistema político brasileiro, conforme
estabelecido na Constituição Federal de 1988. A independência e harmonia entre esses poderes são cruciais para o
funcionamento adequado da democracia. Cada poder tem suas funções definidas e fiscaliza a atuação do outro, criando
um sistema de freios e contrapesos. A Constituição conferiu autoridade soberana aos seus três poderes, garantindo-lhes
autonomia, independência e harmonia entre si. Sendo assim, não há que se falar em supremacia de qualquer um dos
Poderes em relação a outro Poder Estatal. A coordenação entre as esferas e instâncias das cúpulas políticas dos três
poderes da União é essencial para a efetivação de políticas públicas. A recíproca dependência dos poderes entre si
garante a efetivação dessas políticas.

Poder Executivo: Cabe ao Executivo a administração do Estado, observando as normas vigentes no país, além de
governar o povo, executar as leis, propor planos de ação, e administrar os interesses públicos.
Poder Legislativo: Este poder é responsável por criar, emendar, alterar e revogar leis.
Poder Judiciário: Este poder é responsável por interpretar as leis e aplicá-las em casos concretos, garantindo a justiça e
a correta aplicação das normas.

2.3 Presidencialismo como sistema de governo:


noções gerais,

"O presidencialismo é um sistema de governo caracterizado pelo predomínio de poder na figura do presidente. Nesse
sistema, o presidente acumula as posições de chefe de governo, chefe de Estado, e chefe do Executivo. Cada sistema
presidencialista, é claro, estabelece os critérios para garantir o respeito do presidente ao sistema democrático. Um
presidente é eleito para um mandato com tempo específico, e a possibilidade de reeleição é um critério definido pela lei
de cada país que adota o presidencialismo. O Brasil adotou o presidencialismo em 1889, e o atual sistema
presidencialista brasileiro foi organizado pela Constituição de 1988. Os sistemas presidencialistas estabelecem,
sobretudo por meio de uma Constituição, os direitos e os deveres de um presidente, estabelecendo também os limites do
poder presidencial. No presidencialismo, o presidente é o chefe do Executivo, e delimita-se nesse sistema uma
separação precisa de Executivo, Legislativo e Judiciário."

capacidades governativas e

especificidades do caso brasileiro.

Presidencialismo de coalizão: Devido ao sistema multipartidário do Brasil e à necessidade de formar maiorias no


Congresso para aprovar leis e projetos, os presidentes brasileiros muitas vezes precisam construir coalizões com
diversos partidos políticos para governar efetivamente.
Forte influência do legislativo: Embora o presidente tenha considerável poder, a relação com o Congresso
Nacional é crucial para a governabilidade. A capacidade de negociação e articulação política é essencial para
conseguir apoio para suas propostas e evitar o bloqueio legislativo.
Vetos presidenciais: No sistema brasileiro, o presidente tem o poder de veto sobre projetos de lei aprovados
pelo Congresso. Esses vetos podem ser derrubados pelo legislativo com uma maioria absoluta, o que muitas
vezes leva a intensas negociações entre o executivo e o legislativo.
Impeachment: O sistema presidencialista brasileiro prevê o impeachment do presidente em caso de crimes de
responsabilidade ou violações graves da lei. Esse processo, embora raro, pode ter consequências significativas
para a estabilidade política do país.

2.4 Efetivação e reparação de Direitos Humanos:

Os Direitos Humanos são fundamentais e inalienáveis, garantidos a todos os indivíduos, independentemente de


nacionalidade, sexo, etnia, religião, idioma ou qualquer outra condição. Eles incluem o direito à vida e à liberdade, à
liberdade de opinião e expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre muitos outros. A efetivação dos Direitos
Humanos envolve a implementação de políticas e práticas que garantam esses direitos a todos os indivíduos. Isso pode
incluir a criação de leis e regulamentos que protejam os Direitos Humanos, a educação do público sobre seus direitos e
a garantia de que esses direitos sejam respeitados e protegidos. A reparação de Direitos Humanos ocorre quando esses
direitos são violados. Isso pode envolver a responsabilização dos perpetradores, a prestação de compensação às vítimas
e a garantia de que tais violações não ocorram no futuro.

memória,

A memória desempenha um papel crucial nesse contexto, pois ajuda a preservar os acontecimentos passados, as
violações e as lutas por justiça. Ela permite que as sociedades lembrem e aprendam com as violações passadas dos
Direitos Humanos, ajudando a prevenir futuras violações. A memória também pode ajudar a promover a reconciliação
em sociedades que foram divididas por conflitos ou opressão. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a memória
contribui para a efetivação e reparação de direitos humanos:
Preservação da História
Conscientização Pública
Responsabilização
Reparação
Prevenção de Recorrência
Empoderamento das Vítimas

autoritarismo e

O autoritarismo representa uma ameaça significativa aos direitos humanos, pois geralmente envolve o exercício
arbitrário e concentrado do poder por parte do Estado, ignorando ou suprimindo os direitos fundamentais dos cidadãos.
No entanto, mesmo em contextos autoritários, é possível buscar a efetivação e reparação dos direitos humanos. Aqui
estão algumas considerações sobre como isso pode ser alcançado:
Pressão Internacional
Litígio Estratégico
Mobilização Popular
Documentação de Violações
Empoderamento da Sociedade Civil
Diálogo e Negociação

violência de Estado.

A violência de Estado representa uma das formas mais graves de violação dos direitos humanos, pois envolve o uso
ilegítimo e muitas vezes sistemático da força por parte das instituições estatais contra os cidadãos. A efetivação e
reparação dos direitos humanos em face da violência de Estado exigem medidas específicas e abordagens cuidadosas.
Aqui estão algumas considerações sobre como isso pode ser alcançado:
Responsabilização dos Perpetradores
Reparação às Vítimas
Reforma Institucional
Fortalecimento da Sociedade Civil
Justiça Transicional
Educação e Conscientização
Em resumo, a efetivação e reparação dos Direitos Humanos em contextos de autoritarismo e violência de Estado podem
ser particularmente desafiadoras. No entanto, através da memória, da responsabilização e da promoção dos Direitos
Humanos, é possível trabalhar em direção a um futuro mais justo e equitativo.

2.5 Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH-3 (Decreto no 7.037/2009).

Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras providências, em consonância com as
diretrizes, objetivos estratégicos e ações programáticas estabelecidos. O PNDH-3 será implementado de acordo com os
seguintes eixos orientadores e suas respectivas diretrizes:
Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil:
Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos:
Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades:
Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência:
Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos:
Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade:
Possui várias diretrizes, ações e responsáveis.

2.6 Combate às discriminações, desigualdades e injustiças:

O combate às discriminações, desigualdades e injustiças — de renda, regional, racial, etária e de gênero — é um dos
maiores desafios que o Estado Democrático de Direito enfrenta no Brasil. Essas mazelas sociais impedem o
desenvolvimento pleno da sociedade, violam os direitos humanos e fragilizam a democracia.

de renda,

A desigualdade de renda no Brasil é uma das maiores do mundo. Segundo o IBGE, em 2021, os 10% mais ricos
detinham 41,9% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres ficavam com apenas 12,6%. Essa disparidade gera
pobreza extrema, exclusão social e limita o acesso a oportunidades básicas como educação, saúde e moradia. Combate à
Discriminação de Renda:
• Implementação de políticas públicas de redistribuição de renda: programas de transferência de renda, como o
Bolsa Família, e aumento do imposto de renda para os mais ricos.
• Promoção da inclusão social: acesso à educação de qualidade, saúde pública e moradia digna para todos.
• Combate ao trabalho precário: valorização do salário mínimo, combate à informalidade e à terceirização.

regional,

O Brasil possui um histórico de concentração de renda e desenvolvimento nas regiões Sul e Sudeste, em detrimento das
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Essa disparidade regional limita o desenvolvimento do país como um todo e
gera migração interna, fuga de cérebros e problemas sociais. Combate às Discriminações Regionais:
• Investimentos em infraestrutura e desenvolvimento regional: políticas públicas que incentivem a
industrialização, o agronegócio e o turismo nas regiões menos favorecidas.
• Descentralização das políticas públicas: transferência de recursos e autonomia para os estados e municípios.
• Promoção da educação e da cultura regional: valorização da identidade cultural de cada região.

racial,

O racismo é uma chaga social que ainda persiste no Brasil. A população negra ainda é vítima de discriminação no
mercado de trabalho, na educação, na saúde e na justiça. Essa discriminação limita as oportunidades de
desenvolvimento da população negra e perpetua a desigualdade racial. Combate à Discriminação Racial:
• Implementação de políticas públicas de ações afirmativas: cotas raciais em universidades e concursos públicos.
• Promoção da igualdade racial no mercado de trabalho: leis que combatam a discriminação no mercado de
trabalho e incentivem a diversidade.
• Educação para a diversidade: combate ao racismo estrutural e à discriminação racial nas escolas.

etária e

O idadismo é a discriminação contra pessoas em razão da idade. Essa discriminação se manifesta no mercado de
trabalho, na saúde e na sociedade em geral. O idadismo limita as oportunidades de desenvolvimento das pessoas idosas
e as exclui da vida social. Combate à Discriminação Etária:
• Implementação de políticas públicas de proteção aos direitos das pessoas idosas: acesso à saúde, à educação e à
cultura.
• Combate à discriminação no mercado de trabalho: leis que proíbam a discriminação no mercado de trabalho
por idade.
• Promoção da valorização da pessoa idosa: combate ao idadismo e à exclusão social das pessoas idosas.

de gênero.

O sexismo é a discriminação contra pessoas em razão do sexo. Essa discriminação se manifesta no mercado de trabalho,
na educação, na saúde e na sociedade em geral. O sexismo limita as oportunidades de desenvolvimento das mulheres e
perpetua a desigualdade de gênero. Combate à Discriminação de Gênero:
• Implementação de políticas públicas de igualdade de gênero: combate à violência contra a mulher, à
desigualdade salarial e à sub-representação das mulheres na política e no mercado de trabalho.
• Educação para a igualdade de gênero: combate ao sexismo e à discriminação de gênero nas escolas.
• Promoção da empoderamento das mulheres: incentivo à participação das mulheres na vida social, política e
econômica.

2.7 Desenvolvimento sustentável,


meio ambiente e
mudança climática.

3 ÉTICA e INTEGRIDADE.

3.1 Princípios e
valores éticos do serviço público,
seus direitos e
deveres à luz do

artigo 37 da Constituição Federal de 1988, e do

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto no
1.171/1994).

Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Das Regras Deontológicas, Dos Principais Deveres
do Servidor Público, Das Vedações ao Servidor Público, das comissões de ética.
3.2 Governança pública e

A governança pode ser compreendida, de forma geral, como um sistema composto por mecanismos e princípios que as
instituições possuem para auxiliar a tomada de decisões e para administrar as relações com a sociedade, alinhado às
boas práticas de gestão e às normas éticas, com foco em objetivos coletivos. No âmbito da política de governança da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional, esse tema encontra respaldo no Decreto nº 9.203, de
22/11/2017 (com alterações do Decreto nº 9.901/2019), cujo art. 2º traz o seguinte conceito:
“I – Governança pública - Conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar,
direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da
sociedade”.
Dentre os princípios da governança pública podem ser considerados: Capacidade de resposta, Integridade,
Confiabilidade, Melhoria regulatória, Prestação de contas e responsabilidade (accountability), Transparência, Liderança,
Estratégia, Controle. As diretrizes da governança pública são apresentadas no art. 4ª do Decreto 9.203/2017.

sistemas de governança (Decreto no 9.203, de 22 de novembro de 2017).

Gestão de riscos e

medidas mitigatórias na Administração Pública.

3.3 Integridade pública (Decreto no 11.529/2023).

Institui o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal e a Política de
Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal
capítulo i - disposições preliminares
capítulo ii - do sistema de integridade, transparência e acesso à informação da administração pública federal
capítulo iii - da política de transparência e acesso à informação da administração pública federal
capítulo iv - disposições finais

3.4 Transparência e qualidade na gestão pública,

A transparência é um princípio fundamental na gestão pública. Ela permite que os cidadãos tenham acesso a
informações sobre como o governo está tomando decisões, gastando dinheiro público e implementando políticas. A
transparência promove a responsabilidade e a prestação de contas, pois permite que os cidadãos fiscalizem o governo e
exijam melhorias quando necessário. A qualidade na gestão pública, por outro lado, refere-se à capacidade do governo
de fornecer serviços eficientes e eficazes que atendam às necessidades e expectativas dos cidadãos. Isso envolve a
implementação de políticas e programas de maneira eficiente, eficaz e econômica

cidadania e

A cidadania é um conceito que envolve a participação dos cidadãos nos processos de tomada de decisão do governo.
Isso pode ser feito através de votação, consulta pública e outras formas de engajamento cívico. A cidadania ativa é
essencial para uma democracia saudável, pois permite que os cidadãos tenham uma voz na forma como são governados.
equidade social.

A equidade social é um princípio que visa garantir que todos os cidadãos tenham oportunidades iguais e acesso aos
serviços públicos. Isso envolve a redução das desigualdades sociais e a promoção da justiça social. A equidade social na
gestão pública significa que todos os cidadãos, independentemente de sua origem, gênero, idade ou status
socioeconômico, devem ter igual acesso aos serviços públicos e oportunidades.

3.5 Governo eletrônico e

seu impacto na sociedade e na Administração Pública.

Lei no 14.129/2021.

Esta Lei dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o aumento da eficiência da administração pública,
especialmente por meio da desburocratização, da inovação, da transformação digital e da participação do cidadão. Na
aplicação desta Lei deverá ser observado o disposto nas Leis nºs 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à
Informação), 13.460, de 26 de junho de 2017, 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais), e 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), e na Lei Complementar nº 105, de 10 de
janeiro de 2001. Da digitalização da administração pública e da prestação digital de serviços públicos - governo digital,
da digitalização, do governo digital, das redes de conhecimento, dos componentes do governo digital, da definição, da
base nacional de serviços públicos, das plataformas de governo digital, da prestação digital dos serviços públicos, dos
direitos dos usuários da prestação digital de serviços públicos, do número suficiente para identificação, do governo
como plataforma, da abertura dos dados, da interoperabilidade de dados entre órgãos públicos, do domicílio eletrônico,
dos laboratórios de inovação, da governança, da gestão de riscos, do controle e da auditoria, disposições finais.

3.6 Acesso à informação. Lei no 12.527/2011.

Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o
fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do
art. 216 da Constituição Federal. Do acesso a informações e da sua divulgação, do procedimento de acesso à
informação, do pedido de acesso, dos recursos, das restrições de acesso à informação, disposições gerais, da
classificação da informação quanto ao grau e prazos de sigilo, da proteção e do controle de informações sigilosas, dos
procedimentos de classificação, reclassificação e desclassificação, das informações pessoais, das responsabilidades,
disposições finais e transitórias.

3.7 Transparência e

imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço público.


4 DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA SOCIEDADE

4.1 Diversidade de sexo, gênero e sexualidade;

diversidade étnico-racial;

diversidade cultural.

4.2 Desafios sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados:

crianças e adolescentes;

idosos;

LGBTQIA+;

pessoas com deficiências;

pessoas em situação de rua,

povos indígenas,

comunidades quilombolas e

demais minorias sociais.


5 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

5.1 Princípios constitucionais e


O art. 37 da Constituição Federal de 1988 traz expressamente 5 (cinco) princípios os quais a Administração Pública
deve zelar na prática de seus atos: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Legalidade: A Administração Pública, bem como seus servidores, estão vinculados à lei, ou seja, só agem conforme
esta determina. Apenas em casos excepcionais (como grave perturbação da ordem ou guerra declarada) poderá o poder
público agir sem lei prévia que determine.
Impessoalidade: As atividades do Poder Público devem ser dirigidas aos cidadãos em geral, não podendo haver
discriminação de qualquer natureza ou qualquer margem de pessoalidade por parte dos Administradores Públicos.
Moralidade: Não somente à lei em si, mas os atos da Administração Pública devem respeitar a moral comum, os bons
costumes e os princípios consagrados pela massa (como honestidade, boa-fé, ética, etc).
Publicidade: Os atos do Poder Público devem ser divulgados de forma geral para que o povo, detentor real deste poder,
tenha conhecimento e exerça o devido controle. São exceções a esta regra os atos e atividades que se relacionem com
segurança nacional ou com certos tipos de investigações, sendo que tal sigilo deve ser declarado por autoridade
competente.
Eficiência: Os atos da Administração Pública, assim como de seus agentes, devem gerar resultados positivos para a
coletividade. Analisando a relação custo-benefício, busca-se um desempenho que atinja o maior número de
beneficiados, com celeridade e zelo.

normas que regem a administração pública (artigos de 37 a 41 da Constituição Federal de


1988).

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência,
regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das
fundações públicas. (Vide ADI nº 2.135)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração
e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarialArt. 41. São estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

5.2 Estrutura organizacional da Administração Pública Federal (Decreto Lei no 200/1967).

Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras
providências. 204 artigos.

5.3 Agentes públicos:


Regime Jurídico Único (Lei no 8.112/1990 e suas alterações).

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
253 artigos.
Das Disposições Preliminares, Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição, Do Provimento, Da
Nomeação, Do Concurso Público, Da Posse e do Exercício, Da Estabilidade, Da Transferência, Da Readaptação, Da
Reversão, Da Reintegração, Da Recondução, Da Disponibilidade e do Aproveitamento, Da Vacância, Da Remoção e da
Redistribuição, Da Redistribuição, Da Substituição, Dos Direitos e Vantagens, Do Vencimento e da Remuneração, Das
Vantagens, Das Indenizações, Da Ajuda de Custo, Das Diárias, Da Indenização de Transporte, Das Gratificações e
Adicionais, Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e Assessoramento, Da Gratificação Natalina,
Do Adicional por Tempo de Serviço, Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas, Do
Adicional por Serviço Extraordinário, Do Adicional Noturno, Do Adicional de Férias, Da Gratificação por Encargo de
Curso ou Concurso, Das Férias, Das Licenças, Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família, Da Licença
por Motivo de Afastamento do Cônjuge, Da Licença para o Serviço Militar, Da Licença para Atividade Política, Da
Licença para Capacitação, Da Licença para Tratar de Interesses Particulares, Da Licença para o Desempenho de
Mandato Classista, Dos Afastamentos, Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade, Do Afastamento para
Exercício de Mandato Eletivo, Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior, Das Concessões, Do Tempo de
Serviço, Do Direito de Petição, Do Regime Disciplinar, Dos Deveres, Das Proibições, Da Acumulação, Das
Responsabilidades, Das Penalidades, Do Processo Administrativo Disciplinar, Do Afastamento Preventivo, Do Processo
Disciplinar, Do Inquérito, Do Julgamento, Da Revisão do Processo, Da Seguridade Social do Servidor, Dos Benefícios,
Da Aposentadoria, Do Auxílio-Natalidade, Do Salário-Família, Da Licença para Tratamento de Saúde, Da Licença à
Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade, Da Licença por Acidente em Serviço, Da Pensão, Do Auxílio-Funeral,
Do Auxílio-Reclusão, Da Assistência à Saúde, Do Custeio, Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse
Público, Das Disposições Gerais, Das Disposições Transitórias e Finais.

6 FINANÇAS PÚBLICAS

6.1 Atribuições econômicas do Estado.

o papel do Estado é garantir que a economia funcione de maneira estável e justa, promovendo o crescimento
econômico, a plena empregabilidade e a equidade social. Isso inclui a implementação de políticas fiscais e monetárias, a
regulamentação do mercado, a proteção dos direitos dos consumidores e a garantia da estabilidade financeira. Assim, o
Estado promove este papel através das seguintes funções econômicas do estado para a RFB: alocativa, distributiva e
estabilizadora.
A função alocativa do estado é relacionada a como os recursos econômicos são distribuídos na sociedade. O seu
objetivo é garantir que os recursos sejam alocados de forma eficiente, isto é, de forma a maximizar a produção
econômica de forma equitativa beneficiando a maioria da população. Esta função pode ser realizada de diversas formas,
algumas das mais comuns incluem: Regulação dos mercados, Políticas distributivas, Investimentos públicos.
Função redistributiva do estado se refere à forma como o governo usa o orçamento público para redistribuir renda e
riqueza entre diferentes grupos na sociedade. O seu principal objetivo é o de reduzir a desigualdade econômica. Isso
pode ser feito através de várias políticas e programas como: transferências de renda, impostos progressivos, programas
sociais. Algumas políticas distributivas incluem: Transferência de renda, Impostos progressivos, Programas sociais.
função estabilizadora do estado se refere às ações que o governo toma para manter a estabilidade econômica,
geralmente através de políticas fiscais e monetárias. O objetivo desta função é minimizar os ciclos econômicos de alta e
baixa, aumentando o crescimento econômico a longo prazo e reduzindo o desemprego. Algumas das principais ações
que o estado pode tomar para cumprir a função estabilizadora incluem: Política fiscal, Política monetária, Medidas
diretas.

6.2 Fundamentos das finanças públicas,


tributação e

orçamento.

6.3 Financiamento das Políticas Públicas:

estrutura de receitas e

despesas do Estado brasileiro.

6.4 Noções de orçamento público:

Plano Plurianual (PPA),

O principal instrumento de planejamento orçamentário de médio prazo do Governo Federal é o Plano Plurianual (PPA).
Ele define as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal, contemplando as despesas de capital
(como, por exemplo, os investimentos) e outras delas decorrentes, além daquelas relativas aos programas de duração
continuada. O PPA é estabelecido por lei, com vigência de quatro anos. Ele se inicia no segundo ano de mandato de um
presidente e se prolonga até o final do primeiro ano do mandato de seu sucessor. A elaboração do PPA começa a partir
de um projeto de lei proposto pelo Poder Executivo, que deve ser submetido ao Congresso Nacional até quatro meses
antes do encerramento do primeiro ano de mandato do presidente. O novo Plano é então avaliado e votado pelos
congressistas para , em seguida, ser devolvido ainda no mesmo ano para sanção do presidente. Durante sua vigência, o
PPA norteia a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). A
Constituição Federal determina também que os planos e programas nacionais, regionais e setoriais sejam elaborados em
consonância com o PPA

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e

Estabelece diretrizes para a confecção da Lei Orçamentária Anual (LOA), contendo metas e prioridades do governo
federal, despesas de capital para o exercício financeiro seguinte, alterações na legislação tributária e política de
aplicação nas agências financeiras de fomento. Também fixa limites para os orçamentos do Legislativo, Judiciário e
Ministério Público e dispõe sobre gastos com pessoal e política fiscal, entre outros temas. Tem que ser enviada pelo
Executivo ao Congresso até 15 de abril e aprovada pelo Legislativo até 30 de junho. Se não for aprovada nesse período,
o Congresso não pode ter recesso em julho.
Lei Orçamentária Anual (LOA).

O Orçamento da União é um planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro público federal no período de um
ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos. O Poder Executivo é o autor da proposta, e o Poder Legislativo
precisa transformá-la em lei. Os 26 estados, o Distrito Federal e os municípios também fazem os seus próprios
orçamentos, prevendo a arrecadação e os gastos que serão realizados com os impostos arrecadados por eles. Com base
no PPA aprovado, o governo federal envia anualmente ao Congresso o projeto de uma outra lei: a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). Esse projeto, que também precisa ser aprovado pelos parlamentares, define as prioridades que
irão nortear a Lei Orçamentária da União (LOA), conhecida como Orçamento da União. A LDO é apresentada e votada
no início do ano, e a LOA, no segundo semestre. Isso ocorre porque o planejamento deve ser feito com antecedência.
Todos os projetos das leis orçamentárias - PPA, LDO e LOA - têm autoria do presidente da República. No Congresso
Nacional, eles são alterados e votados, primeiramente, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização (CMO), que é composta por deputados e senadores. Em seguida, os projetos seguem para serem votados
em sessão plenária conjunta do Congresso. Depois de aprovado, o projeto do Orçamento volta ao Executivo para a
sanção pelo presidente da República, transformando-se em lei. A partir desse momento, inicia-se a fase de execução,
que é a liberação das verbas.

6.5 Federalismo fiscal no Brasil;

Federalismo Fiscal: é a parte do acordo federativo que atribui para cada ente da federação a competência para arrecadar
um determinado tipo de tributo, a repartição de receitas tributárias entre esses entes, assim como a responsabilidade de
cada ente na alocação dos recursos públicos e prestação de bens e serviços públicos para a sociedade. Trata da divisão
das responsabilidades entre os diferentes níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal)ao conferir competências
tributárias e obrigações de gasto público às esferas governamentais, promovendo a descentralização econômica. O
Federalismo Fiscal pode ser utilizado como instrumento de organização política para se combater as desigualdades entre
as regiões.

Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/2000).

A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000) é uma legislação brasileira promulgada
em 2000, com o objetivo de estabelecer normas e critérios para o equilíbrio das contas públicas e a gestão responsável
dos recursos financeiros dos entes federativos (União, estados, municípios e Distrito Federal). A LRF possui alguns
princípios fundamentais que devem ser seguidos pelos gestores públicos. Um deles é o princípio do equilíbrio fiscal,
que estabelece que as despesas devem ser compatíveis com as receitas, de forma a evitar o endividamento excessivo e o
comprometimento do futuro financeiro do ente federativo. Além disso, a LRF determina que a despesa com pessoal não
pode ultrapassar um determinado percentual da receita corrente líquida, visando evitar o descontrole dos gastos com
folha de pagamento. A LRF também estabelece mecanismos de transparência e controle fiscal, como a elaboração e
publicação de relatórios de gestão fiscal, que devem demonstrar a situação das contas públicas, os limites de gastos e a
evolução das receitas e despesas ao longo do tempo. Essa transparência possibilita que a sociedade acompanhe e
fiscalize as ações dos governantes, promovendo uma gestão mais responsável e eficiente dos recursos públicos. Outro
aspecto importante da LRF é a prevenção e o combate à corrupção. A lei estabelece sanções para os gestores que
descumprirem as normas fiscais, como a proibição de contrair empréstimos e celebrar convênios, além da
responsabilização pessoal por atos de improbidade administrativa. Essas medidas visam coibir práticas de desvio de
recursos e de gestão irresponsável, promovendo a integridade e a ética na administração pública. Apesar de ser uma
legislação fundamental para a gestão fiscal responsável, a LRF enfrenta desafios na sua efetiva implementação. Alguns
entes federativos encontram dificuldades em cumprir os limites de gastos e controlar o endividamento, o que pode levar
a crises financeiras e à necessidade de ajustes drásticos. Além disso, a própria fiscalização e aplicação das sanções
previstas na LRF podem ser aprimoradas, para garantir um controle mais efetivo e uma maior responsabilização dos
gestores públicos. Em resumo, a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) é uma importante
legislação que busca estabelecer critérios e normas para a gestão responsável das finanças públicas. Ela tem como
objetivos principais o equilíbrio fiscal, a transparência, o controle e o combate à corrupção. Apesar dos desafios, a LRF
desempenha um papel fundamental na promoção de uma gestão mais eficiente e responsável dos recursos públicos,
visando o bem-estar da sociedade como um todo.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BLOCO 3 - AMBIENTAL, AGRÁRIO E BIOLÓGICAS

EIXO TEMÁTICO 1 – GESTÃO GOVERNAMENTAL E GOVERNANÇA PÚBLICA

1 Planejamento e gestão estratégica:

conceitos,

Inicialmente, é importante conceituar o termo Planejamento que, segundo Rezende (2008, p.18), pode ser definido
como um “processo dinâmico, sistêmico, coletivo, participativo e contínuo para determinação dos objetivos, estratégias
e ações da organização.” Esse processo está embasado essencialmente nos problemas ou desafios da organização.
Assim, em uma análise preliminar, Planejamento se refere à antecipação de ações para uma realização futura, por meio
do estabelecimento de etapas, utilização de métodos e determinação de procedimentos. Segundo Robbins (1981),
Planejamento é a decisão por antecipação do que, como, quando e quem deve fazer algo. Trata-se da especificação de
finalidades a serem atingidas. Planejamento Estratégico é o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior
conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as
atividades necessárias à execução dessas decisões e, por meio de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir
o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. O Planejamento Estratégico é um processo
sistemático de autoconhecimento e desenvolvimento organizacional, visto que, ao definir condições futuras almejadas,
deve possuir, como premissa, uma análise apurada sobre sua situação em relação ao ambiente. Gestão estratégica nada
mais é do que uma forma de gerenciar a empresa otimizando todos os seus processos para que se tornem mais eficazes e
coesos com os objetivos da organização. Por meio dela, é possível fazer com que os setores foquem na execução do
planejamento estratégico, a fim de que suas metas sejam atingidas com êxito. Feita dessa maneira, a administração pode
ser aplicada tanto em grandes negócios quanto em pequenas ou médias empresas, ajudando a alavancar seu crescimento
e sua competitividade. As melhores práticas de gestão estratégica para pequenas e médias empresas, levam em conta
informações sobre a concorrência e outros aspectos importantes, como recursos financeiros e humanos, ameaças e
oportunidades. Elas envolvem, ainda, a definição das metas da organização, avaliação de estratégias a serem seguidas e
acompanhamento contínuo dos resultados.

princípios,

O princípio da contribuição aos objetivos, visando sempre os objetivos máximos da empresa. É importante hierarquizar
os objetivos e tentar alcançá-los em um todoO principio da precedência do planejamento, que seria a função
administrativa que antecede as outras (organização, direção e controle).O princípio das maiores influência e
abrangência, já que o planejamento provoca mudanças nas características e nas atividades da empresa, diretamente nas
pessoas, tecnologia e sistemas. Essas mudanças geram necessidade de treinamentos, transferências, acarretam mudanças
nos níveis de autoridade e de responsabilidade, comunicação, entre vários outros fatores.O princípio das maiores
eficiência, eficácia e efetividade, procurando elevar os resultados e diminuir as falhas pelas empresas. Para Oliveira
”Eficiência é uma medida individual dos componentes das empresas [...] Eficácia e Efetividade são medidas do
rendimento global das empresas”.
Princípios Específicos do Planejamento: Tomando por base a atitude e visão interativas diante do planejamento, existem
quatro princípios de planejamento que podem ser considerados como específicos:
a)Planejamento participativo: o principal benefício do planejamento não é seu resultado final, mas sim o processo
desenvolvido
b)Planejamento coordenado: todos os aspectos envolvidos devem ser projetados de forma interdependente, todos são
ligados, a empresa deve ser pensada como um todo.
c)Planejamento integrado: os vários escalões de uma empresa, seja de porte médio ou grande, devem ter seus
planejamentos integrados.
d)Planejamento permanente: nenhum plano mantém seu valor e utilidade com o tempo.
etapas,

Estabelecimento de metas; Análise de uma gestão estratégica; Formulação da estratégia; Implementação da estratégia;
Avaliação e controle para uma gestão estratégica

níveis,
Estratégico, tático e operacional.

métodos e

Análise FOFA; Mapa Estratégico; Análise Porter; Matriz BCG; Método OKR; Time Bound; Análise Ambiental.

ferramentas.

1.1 Ciclo do PDCA (plan ou planejar, do ou fazer, check ou checar e act ou agir).

Já sei essa.

1.2 Diagnóstico organizacional através das ferramentas.

Análise FOFA; Mapa Estratégico; Análise Porter; Matriz BCG; Método OKR; Time Bound; Análise Ambiental.

1.3 Definição de programas e projetos.

O programa pode reunir vários projetos para atingir o objetivo final abrangente, mas não necessariamente possui uma
data de fim podendo durar anos. Para resumir, um projeto é um esforço único e específico. É realizado por um grupo de
pessoas que se reúnem para atingir um resultado, serviço ou produto.

1.4 Estabelecimento de objetivos,

A Teoria da Fixação de Objetivos e Metas, também conhecida como Teoria de Estabelecimento de objetivos e Metas, é
uma das teorias da motivação humana, ela foi criada em 1981 pelos professores Gary Latham e Edwin Locke. Essa
teoria defende que o estabelecimento de objetivos e metas é capaz de estimular e aumentar o grau de motivação de um
indivíduo. o que contribui para que ele se sinta capaz de superar desafios profissionais, assim como, seu nível de
produtividade.

metas e
indicadores organizacionais.

Indicadores organizacionais são ferramentas utilizadas para medir o desempenho das empresas e direcionar futuras
estratégias. O KPI é numérico e permite uma avaliação quantitativa da realidade do negócio, a partir de dados e
métricas. Isso torna a tomada de decisão empresarial mais assertiva. Quais são os tipos de indicadores organizacionais?
Indicadores estratégicos; Indicadores táticos; Indicadores operacionais.

1.5 Métodos de desdobramento de objetivos e

metas e

elaboração de planos de ação e

mapas estratégicos.

1.6 Implementação de estratégias.

1.7 Metodologias para avaliação de desempenho.

Indicadores de desempenho:

conceito,

formulação e

análise.
EIXO TEMÁTICO 2 – POLÍTICAS PÚBLICAS

1 Implementação de políticas públicas:

problemas,

dilemas e

desafios.

1.1 Arranjos institucionais para implementação de políticas públicas.

2 Avaliação de políticas públicas.

2.1 Principais componentes do processo de avaliação.

3 Políticas de agricultura e pecuária.

3.1 Política agrícola (Lei no 8.171/1991 e alterações).

A prestação de serviços e aplicações de recursos pelo Poder Público em atividades agrícolas devem ter por premissa
básica o uso tecnicamente indicado, o manejo racional dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente.

3.2 Política Nacional de Desenvolvimento Regional (Decreto no 9.810/2019).

Fica instituída a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR, cuja finalidade é reduzir as desigualdades
econômicas e sociais, intra e inter-regionais, por meio da criação de oportunidades de desenvolvimento que resultem em
crescimento econômico, geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população. A PNDR tem seu fundamento
na mobilização planejada e articulada da ação federal, estadual, distrital e municipal, pública e privada, por meio da
qual programas e investimentos da União e dos entes federativos, associadamente, estimulem e apoiem processos de
desenvolvimento.
3.3 Plano Safra e políticas relacionadas:

O Plano Safra é uma estratégia de governo que impulsiona a agricultura brasileira, fornecendo recursos financeiros e
apoio técnico para fortalecer o setor. Este plano anual é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento rural, com
foco em crédito, seguro e apoio à comercialização.

Moradia no Campo,

Pronaf Bioeconomia,

Financiamento a agricultores e produtores rurais familiares (pessoas físicas) para investimento na utilização de
tecnologias de energia renovável, tecnologias ambientais, armazenamento hídrico, pequenos aproveitamentos
hidroenergéticos, silvicultura e adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez e fertilidade do solo,
visando sua recuperação e melhoramento da capacidade produtiva.

Programa Bioeconomia Brasil-Sociobiodiversidade,

Este programa, criado pela Portaria nº 121, de 18 de junho de 2019, tem suas ações executadas por meio de chamadas
públicas. Estrutura-se em cinco eixos temáticos: I – Estruturação Produtiva das Cadeias do Extrativismo (Pró-
Extrativismo); II – Ervas Medicinais, Aromáticas, Condimentares, Azeites e Chás Especiais do Brasil; III – Roteiros da
Sociobiodiversidade; IV – Potencialidades da Agrobiodiversidade Brasileira e V – Energias Renováveis para a
Agricultura Familiar.

Pronaf Mais Alimentos,

Com o Pronaf Mais Alimentos, o produtor rural tem acesso ao empréstimo rural para investir na sua produção, aumentar
a produtividade e reduzir os custos, visando a elevação da renda familiar e favorecendo o agronegócio. Através do
Pronaf Mais Alimentos, é possível financiar investimentos destinados à implantação, ampliação ou modernização da
estrutura das atividades de produção e de armazenagem na propriedade rural, aquisição de máquinas agrícolas,
equipamentos e implementos, aquisição de matrizes, formação e recuperação de pastagens, proteção e correção do solo,
aquisição de bens como tratores e embarcações, entre outras iniciativas.

Programa Garantia de Preços para a Agricultura Familiar,

O Programa de Garantia de Preço para a Agricultura Familiar (PGPAF) é um programa do Governo Federal que garante
aos agricultores familiares que tem financiamento no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf) a indexação do financiamento a um preço de garantia igual ou próximo do custo variável de produção
e nunca inferior ao estabelecido na PGPM. O objetivo principal do programa é assegurar a remuneração dos custos de
produção aos agricultores familiares financiados pelo Pronaf. As instituições financeiras devem conceder bônus de
desconto aos mutuários de operações de crédito de custeio e investimento agropecuário contratadas no âmbito do
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) sempre que o preço de comercialização do
produto financiado estiver abaixo do preço de garantia vigente no âmbito do Programa de Garantia de Preços para a
Agricultura Familiar (PGPAF). O Decreto nº 5.996, de 20 de dezembro de 2006, definiu que o custo variável é a base
para o Preço de Garantia, desde que não seja inferior ao preço mínimo. A Conab tem a atribuição de realizar o
levantamento dos custos de produção e dos preços de mercado dos produtos enquadrados no PGPAF, os preços médios
mensais de mercado para cada produto do PGPAF e o bônus por produto e Unidade da Federação no referido mês.
Residência Profissional Agrícola,

Este programa visa promover a qualificação de jovens estudantes e recém-egressos dos cursos de ciências agrárias e
afins, por meio de estágio ou residência. O programa promoverá o aprimoramento de conhecimentos e de habilidades,
por meio de treinamento intensivo profissional em serviço de uma ou mais áreas de conhecimento, com o intuito de
especializar o futuro profissional para exercer a profissão e oferecer consultorias nas áreas de ciências agrárias e afins. É
voltada para jovens com idades entre 15 e 29 anos, estudantes de nível médio ou superior e também para egressos,
desde que a conclusão do curso tenha ocorrido há, no máximo, 12 meses. Os alunos residentes farão atividades práticas
dentro das funções ligadas à respectiva formação profissional, sob supervisão e acompanhamento de profissional
técnico habilitado com formação na área de atuação.

Programa de Aquisição de Alimento e

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) - Foi instituído pelo artigo 19 da Lei nº 10.696 de 2 de julho de 2003.
Destina-se à aquisição de alimentos diretamente da agricultura familiar, buscando o fortalecimento dos processos de
comercialização de seus produtos a partir de dois grandes eixos, a saber: i) a compra direta para doação simultânea às
entidades da rede socioassistencial, tais como: escolas, creches e asilos, visando garantir a segurança alimentar e
nutricional deste público; e ii) apoio à formação de estoques e sua posterior comercialização no mercado. O PAA é
voltado para famílias enquadradas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

Crédito Fundiário.

Terra Brasil – Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) - Oferece condições para que os agricultores sem
acesso à terra ou com pouca terra possam comprar imóvel rural por meio de um financiamento. Além da terra, os
recursos financiados podem ser utilizados na estruturação da propriedade e do projeto produtivo, na contratação de
Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e no que mais for necessário para que o agricultor desenvolva as suas
atividades de forma independente e autônoma.

3.4 Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e

De acordo com o Decreto nº 3.991/2001, o Pronaf tem por finalidade promover o desenvolvimento sustentável do meio
rural, por intermédio de ações destinadas a implementar o aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a
elevação da renda, visando a melhoria da qualidade de vida e o exercício da cidadania dos agricultores familiares. O
programa apoia as atividades agrícolas e não-agrícolas desenvolvidas por agricultores familiares no estabelecimento ou
aglomerado rural urbano próximo e disponibiliza linhas de crédito adequadas às necessidades dos agricultores
familiares. A Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa ou Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF-Pronaf)
válido é exigido para a concessão de financiamento no âmbito do Pronaf, observado ainda que: (Decreto nº 9.064/2017
e Portaria MAPA nº 387/2021) deve ser emitida por agentes credenciados pelo MDA; deve ser elaborada para a unidade
familiar de produção, prevalecendo para todos os membros da família que compõem o estabelecimento rural e explorem
as mesmas áreas de terra; e pode ser diferenciada para atender a características específicas dos beneficiários do Pronaf.
As operações de crédito rural contratadas no âmbito do Pronaf possibilitam aos agricultores familiares financiarem a
aquisição de insumos, sementes, e realizarem o custeio de suas atividades, como cultivo de milho, a produção de arroz,
feijão, olerícolas, ervas medicinais, o custeio de produtos da sociobiodiversidade, sistemas de produção de base
agroecológica, sistemas orgânicos, bovinocultura de leite, avicultura de postura, aquicultura e pesca, extrativismo
ecologicamente sustentável, investimento em moradias rurais, viveiro de mudas, turismo rural e artesanato.

Seguro da Agricultura Familiar (SEAF).

O seguro protege o agricultor contra ocorrências fortuitas que estão fora do seu controle, contra eventos climáticos que
causam perdas na lavoura. O Seaf oferece uma garantia de renda. Se a lavoura sofrer grandes perdas por evento
amparado, o agricultor recebe uma indenização do seguro. Uma parte da indenização vai para a conta do financiamento,
para ajudar no pagamento da dívida. Outra parte é creditada na conta do agricultor para ajudar na manutenção familiar.
3.5 Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária (Lei no 14.515/2022).

Esta Lei dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária e sobre a
organização e os procedimentos aplicados pela defesa agropecuária aos agentes das cadeias produtivas do setor
agropecuário, institui o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária, a Comissão Especial de
Recursos de Defesa Agropecuária e o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais
(Vigifronteiras),

3.6 Convenção Internacional para a Proteção dos Vegetais - CIVP (Decreto no 5.759/2006).

Promulga o texto revisto da Convenção Internacional para a Proteção dos Vegetais (CIVP), aprovado na 29 a
Conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO, em 17 de novembro de 1997.
Considerando que o Congresso Nacional aprovou o texto revisto da Convenção Internacional para a Proteção dos
Vegetais (CIVP), por meio do Decreto Legislativo n o 885, de 30 de agosto de 2005; reconhecendo a necessidade da
cooperação internacional para controlar e prevenir as pragas de plantas e produtos vegetais, bem como sua
disseminação internacional, e especialmente sua introdução em áreas ameaçadas; reconhecendo que as medidas
fitossanitárias devem estar tecnicamente justificadas, ser transparentes e não devem ser aplicadas de maneira a
constituir um meio de discriminação arbitrária ou injustificada ou ainda uma restrição implícita ao comércio
internacional em particular; desejando assegurar uma estreita coordenação das medidas tomadas para tais fins;
desejando estabelecer um marco para a formulação e aplicação de medidas fitossanitárias harmonizadas e para a
elaboração de normas internacionais com esta finalidade; endo em conta os princípios aprovados internacionalmente
que regem a proteção das plantas, da saúde humana e dos animais e do meio ambiente; e observando os acordos
concluídos durante as Negociações Comerciais Multilaterais da Rodada do Uruguai e, particularmente, os relativos ao
Acordo sobre Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias; Com o propósito de atuar eficaz e conjuntamente para
prevenir a disseminação e introdução de pragas de plantas e de produtos vegetais, bem como promover medidas
apropriadas para controlá-las, as partes contratantes comprometem-se a adotar as medidas legislativas, técnicas e
administrativas especificadas na presente Convenção e em outros acordos suplementares para dar cumprimento ao
Artigo XVI; Cada parte contratante assumirá a responsabilidade de fazer cumprir em seu território as medidas prescritas
pela presente Convenção sem prejuízo das obrigações assumidas em virtude de outros acordos internacionais; As
disposições da presente Convenção podem, quando as partes contratantes julgarem-nas apropriadas, ser aplicadas não
só aos vegetais e seus produtos, mas também a locais de armazenamento, de embalagem, aos meios de transporte,
containers, solo e todo outro organismo, objeto ou material capaz de abrigar ou disseminar pragas de plantas, em
particular quando envolver o transporte internacional.

4 Políticas territoriais:

Estatuto da Terra (Lei no 4.504/1964 e alterações).

Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências. Art. 1° Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes
aos bens imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola. Dos Acordos e
Convênios, Das Terras Públicas e Particulares, Das Terras Públicas, Das Terras Particulares, Da Reforma Agrária, Dos
Objetivos e dos Meios de Acesso à Propriedade Rural, Da Distribuição de Terras, Do Financiamento da Reforma
Agrária, Do Fundo Nacional de Reforma Agrária, Do Patrimônio do Órgão de Reforma Agrária, Da Execução e da
Administração da Reforma Agrária, Dos Planos Nacional e Regionais de Reforma Agrária, Dos Órgãos Específicos, Do
Zoneamento e dos Cadastros, Da Política de Desenvolvimento Rural, Da Tributação da Terra, Critérios Básicos, Do
Imposto Territorial Rural, Do Rendimento da Exploração Agrícola e Pastoril e das Indústrias Extrativas, Vegetal e
Animal, Da Colonização, Da Colonização Oficial, Da Colonização Particular, Da Organização da Colonização, Da
Assistência e Proteção à Economia Rural, Da Assistência Técnica, Da Produção e Distribuição de Sementes e Mudas,
Da Criação, Venda, Distribuição de Reprodutores e Uso da Inseminação Artificial, Da Mecanização Agrícola, Do
Cooperativismo, Da Assistência Financeira e Creditícia, Da Assistência à Comercialização, Da Industrialização e
Beneficiamento dos Produtos Agrícolas, Da Eletrificação Rural e Obras de Infra-estrutura, Do Seguro Agrícola, Do Uso
ou da Posse Temporária da Terra, Do Arrendamento Rural, Da Parceria Agrícola, Pecuária, Agro-Industrial e Extrativa,
Dos Ocupantes de Terras Públicas Federais

4.1 Sistema Nacional de Cadastro Rural (Lei no 5.868/1972 e alterações).

Cria o Sistema Nacional de Cadastro Rural, e dá outras providências. É instituído o Sistema Nacional de Cadastro
Rural, que compreenderá: Cadastro de Imóveis Rurais; Cadastro de Proprietários e Detentores de Imóveis Rurais;
Cadastro de Arrendatários e Parceiros Rurais; Cadastro de Terras Públicas. Cadastro Nacional de Florestas Públicas

4.2 Registros Públicos (Lei no 6.015/1973 e alterações

Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. Os serviços concernentes aos Registros Públicos,
estabelecidos pela legislação civil para autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam sujeitos ao regime
estabelecido nesta Lei (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975). Os Registros referidos neste artigo são os seguintes
(Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975). o registro civil de pessoas naturais; o registro civil de pessoas jurídicas o
registro de títulos e documentos; o registro de imóveis. Da Escrituração Da Ordem do Serviço Da Publicidade Da
Conservação Da Responsabilidade, Do Registro de Pessoas Naturais, Da Escrituração e Ordem de Serviço, Das
Penalidades, Do Nascimento, Da Habilitação para o Casamento, Do Casamento, Do Registro do Casamento Religioso
para Efeitos Civis, Do Casamento em Iminente Risco de Vida, Do Óbito, Da Emancipação, Interdição e Ausência, Da
Legitimação Adotiva, Da Averbação, Das Anotações Das Retificações, Restaurações e Suprimentos, Do Registro Civil
de Pessoas Jurídicas, Da Escrituração, Da Pessoa Jurídica, Do Registro de Jornais, Oficinas Impressoras, Empresas de
Radiodifusão e Agências de Notícias, Do Registro de Títulos e Documentos, Das Atribuições, Da Escrituração, Da
Transcrição e da Averbação, Da Ordem do Serviço, Do Cancelamento, Do Registro de Imóveis, Da Escrituração, Do
Processo do Registro, Das Pessoas, Dos Títulos, Da Matrícula, Do Registro, Da Averbação e do Cancelamento, Do Bem
de Família, Da Remição do Imóvel Hipotecado, Do Registro Torrens, do registro da regularização fundiária urbana.

4.3 Regularização fundiária das ocupações incidentes em terras situadas em áreas da União, no
âmbito da Amazônia Legal (Lei no 11.952/2009 e alterações).

Dispõe sobre a regularização fundiária das ocupações incidentes em terras situadas em áreas da União, no âmbito da
Amazônia Legal; altera as Leis nºs 8.666, de 21 de junho de 1993, e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá outras
providências. Esta Lei dispõe sobre a regularização fundiária das ocupações incidentes em terras situadas em áreas da
União, no âmbito da Amazônia Legal, definida no art. 2º da Lei Complementar nº 124, de 3 de janeiro de 2007,
mediante alienação e concessão de direito real de uso de imóveis. Da regularização fundiária em áreas rurais da
regularização fundiária em áreas urbanas

5 Políticas dos Povos Tradicionais:

Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais


(Decreto no 6.040/2007).

Fica instituída a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais - PNPCT. A
PNPCT tem como principal objetivo promover o desenvolvimento sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais,
com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos
e culturais, com respeito e valorização à sua identidade, suas formas de organização e suas instituições. São
instrumentos de implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades
Tradicionais: os Planos de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais; a Comissão Nacional
de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, instituída pelo Decreto de 13 de julho de
2006; os fóruns regionais e locais; e o Plano Plurianual.

5.1 Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas – PNGATI (Decreto no
7.747/2012 e alterações).

Fica instituída a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas - PNGATI, com o objetivo de
garantir e promover a proteção, a recuperação, a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais das terras e
territórios indígenas, assegurando a integridade do patrimônio indígena, a melhoria da qualidade de vida e as condições
plenas de reprodução física e cultural das atuais e futuras gerações dos povos indígenas, respeitando sua autonomia
sociocultural, nos termos da legislação vigente. São órgãos de governança da PNGATI: Comitê Gestor da PNGATI; os
Comitês Regionais da FUNAI; e a Comissão Nacional de Política Indigenista – CNPI. São ferramentas para a gestão
territorial e ambiental de terras indígenas o etnomapeamento e o etnozoneamento. Os objetivos específicos da PNGATI,
estruturados em eixos, são:
eixo 1 - proteção territorial e dos recursos naturais:
eixo 2 - governança e participação indígena:
eixo 3 - áreas protegidas, unidades de conservação e terras indígenas:
eixo 4 - prevenção e recuperação de danos ambientais:
eixo 5 - uso sustentável de recursos naturais e iniciativas produtivas indígenas:
eixo 6 - propriedade intelectual e patrimônio genético
eixo 7 - capacitação, formação, intercâmbio e educação ambiental.

5.2 Demarcação das terras indígenas (Decreto no 1.775/1996).

Dispõe sobre o procedimento administrativo de demarcação das terras indígenas e dá outras providências. As terras
indígenas, de que tratam o art. 17, I, da Lei n° 6001, de 19 de dezembro de 1973, e o art. 231 da Constituição, serão
administrativamente demarcadas por iniciativa e sob a orientação do órgão federal de assistência ao índio, de acordo
com o disposto neste Decreto.

5.3 Identificação,reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por


remanescentes das comunidades dos quilombos (Decreto no 4.887/2003).

Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras
ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. Os procedimentos administrativos para a identificação, o reconhecimento, a delimitação, a
demarcação e a titulação da propriedade definitiva das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos
quilombos, de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, serão procedidos de acordo com o
estabelecido neste Decreto.

6 Lei de Florestas Públicas (Lei no 11.284/2006 e alterações).

Dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio
Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF; altera as
Leis nºs 10.683, de 28 de maio de 2003, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 4.771, de
15 de setembro de 1965, 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá outras providências.
Da gestão de florestas públicas para produção sustentável, da gestão direta, da destinação às comunidades locais, das
concessões florestais, do plano plurianual de outorga florestal, do processo de outorga, do objeto da concessão, do
licenciamento ambiental, da habilitação, do edital de licitação, dos critérios de seleção, do contrato de concessão, dos
preços florestais, do fundo nacional de desenvolvimento florestal, das auditorias florestais, da extinção da concessão,
das florestas nacionais, estaduais e municipais, dos órgãos responsáveis pela gestão e fiscalização, do poder concedente,
dos órgãos do SISNAMA responsáveis pelo controle e fiscalização ambiental, do órgão consultivo, do órgão gestor, do
serviço florestal brasileiro, da criação do serviço florestal brasileiro, da estrutura organizacional e gestão do serviço
florestal brasileiro, do conselho diretor, da ouvidoria, do conselho gestor, dos servidores do SFB, da autonomia
administrativa do SFB, da receita e do acervo do serviço florestal brasileiro, disposições transitórias e finais.

7 Lei de crimes ambientais (Lei no 9.605/1998 e alterações).

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas
a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de
órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de
outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas
administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão
de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Da
aplicação da pena, da apreensão do produto e do instrumento de infração, administrativa ou de crime, da ação e do
processo penal, dos crimes contra o meio ambiente, dos crimes contra a fauna, dos crimes contra a flora, da poluição e
outros crimes ambientais, dos crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural, dos crimes contra a
administração ambiental, da infração administrativa, da cooperação internacional para a preservação do meio ambiente.

8 Políticas Públicas de ciência, tecnologia e inovação:

CNPq: CNPq é a sigla para Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Consiste em um órgão
do Governo Federal, que como pode ser deduzido pelo seu nome, e tem como objetivo o desenvolvimento científico e
tecnológico do Brasil. Os principais instrumentos do CNPq são as concessões de bolsa de estudo para pesquisadores em
todo o país, especialmente docentes. Além disso, o CNPq oferece bolsa para brasileiros que estão fazendo cursos
estratégicos fora do país, especialmente para mestrandos e doutorandos. Os valores variam de acordo com cada caso. A
instituição também financia eventos científicos como congressos, seminários, publicações acadêmicas, etc.
CAPES: A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior tem como principal objetivo o
aperfeiçoamento de docentes. Para tal, concede bolsa de estudos e financia eventos científicos por todo o país. Seu
público-alvo são os mestrandos e doutorandos. Além disso, a CAPES estipula critérios para estabelecer as revistas
científicas mais conceituadas do país, elabora a premiação de teses e dissertações mais relevantes, incentiva e financia a
publicação de livros, entre outros.
FINEP: A FINEP é a Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública responsável pelo fomento à CT&I em
diversas instituições, especialmente empresas e universidades, sejam elas públicas ou privadas. Esta empresa é
vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação.
BNDES: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é um banco público de fomento mantido pelo
Governo Federal. Tem sua sede em Brasília e conta com um escritório na cidade do Rio de Janeiro. Seu principal
objetivo é o fomento de negócios em todas as esferas da economia brasileira, em especial construção civil, indústria,
agronegócio e inovação.
EMPRAPII: A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial consiste em uma empresa de caráter público que,
como o próprio nome sugere, dedica seus esforços para a pesquisa e inovação industrial. Foi criada recentemente, no
ano de 2013. Trabalha para aproximar a indústria e os institutos de pesquisa, otimizando a relação entre ambos e
melhorando o quadro da inovação industrial no país.
Fundações de Amparo à Pesquisa: As Fundações de Amparo à Pesquisa consistem em instituições de caráter estadual,
cujo objetivo é semelhante ao de CAPES e CNPq. Contudo, funcionam para promover a ciência e inovação com caráter
regional, voltado para resolver e entender problemas da realidade local, inerentes a cada Estado. Um exemplo de
Fundação de Amparo à Pesquisa é a FAPESP, localizada no estado de São Paulo. Existem muitos outros órgãos e
políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação no país — embora possa ser discutido se é o suficiente e se novas
políticas deveriam ser implementadas. Além disso, o mercado adota vários mecanismos para promover a inovação,
incluindo parcerias com instituições públicas, especialmente universidades. Para saber mais sobre as principais políticas
públicas para ciência, tecnologia e inovação do país, confira o site da ANPEI. Aproveite também para conhecer nosso
Comitê de Fomento, braço de atuação para, dentre outras coisas, discutir o acesso aos principais programas de incentivo
à inovação no Brasil.
8.1 Marco Legal de CT&I (Lei no 13.243/2016, Constituição Federal art. 218 a 219-B).

Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação e
altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, a Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, a Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, a Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, a Lei nº 8.958, de 20
de dezembro de 1994, a Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990, a Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990, e a Lei nº 12.772,
de 28 de dezembro de 2012, nos termos da Emenda Constitucional nº 85, de 26 de fevereiro de 2015. Esta Lei
estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à
capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e
regional do País, nos termos dos arts. 23 , 24 , 167 , 200 , 213 , 218 , 219 e 219-A da Constituição Federal .

EIXO TEMÁTICO 3 – CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM NO MEIO RURAL

1 Caracterização e uso dos solos:


1.1 Uso atual da terra e
avaliação da aptidão agrícola dos solos.
2 Hidrologia,
Meteorologia e
Condições Climáticas:
ciclo hidrológico e
balanço hídrico;
águas superficiais,
subterrâneas e
de chuva.
3 Fitossanidade e
presença de pragas:
estudo de doenças das plantas (Fitopatologia);
pragas quarentenárias e
não quarentenárias regulamentadas;
áreas de alta prevalência de pragas,
áreas de baixa prevalência de pragas e
áreas livres de pragas.
4 Cartografia,
Geodésia,
Geoprocessamento,
Sistema de informação geográfica (SIG),
Modelagem e estatística de dados georreferenciados:
Fundamentos da Topografia,
técnicas de levantamento topográfico e
geodésico.
4.1 Sistemas Geodésicos de Referência.
4.2 Transformação entre referenciais terrestres e
atualização de coordenadas.
EIXO TEMÁTICO 4 – PRÁTICAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA NO MEIO RURAL

1 Aptidão agrícola das terras;


preparo do solo;
redistribuição,
conservação e
correção do solo;
manejo sustentável do solo;
práticas de conservação do solo e prevenção da erosão;
manejo de nutrientes,
uso e aplicação de fertilizantes;
emissão de receituário agronômico;
agroecologia,
agricultura de conservação e
agricultura orgânica.

2 Gestão e
conservação das águas,
Açudes,
Irrigação e
Drenagem:
Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei no 9.433/1997 e alterações);

Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990,
que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Da política nacional de recursos hídricos, dos fundamentos,
dos objetivos, das diretrizes gerais de ação, dos instrumentos, dos planos de recursos hídricos, do enquadramento dos
corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, da outorga de direitos de uso de recursos hídricos,
da cobrança do uso de recursos hídricos, da compensação a municípios, do sistema de informações sobre recursos
hídricos, do rateio de custos das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo, da ação do poder público, do
sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos, dos objetivos e da composição, do conselho nacional de
recursos hídricos, dos comitês de bacia hidrográfica, das agências de água, da secretaria executiva do conselho nacional
de recursos hídricos, das organizações civis de recursos hídricos, das infrações e penalidades, das disposições gerais e
transitórias.

uso sustentável da água,


proteção de recursos hídricos e ecossistemas aquáticos,
manejo de bacias hidrográficas,
usos prioritários da água e
dessedentação de animais.

EIXO TEMÁTICO 5 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO MEIO RURAL

1 Desenvolvimento sustentável e
gestão ambiental de atividades rurais:
Conceitos básicos,
princípios,
objetivos e
diretrizes da gestão ambiental
e do desenvolvimento sustentável.
1.1 Campos de interesse e
conflitos relacionados à gestão ambiental e ao
uso dos recursos naturais

2 Licenciamento ambiental de atividades rurais.


2.1 Procedimentos e critérios para o licenciamento ambiental (Resolução Conama no 237/1997).

Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental O
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições e competências que lhe são
conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentadas pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, e
tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e Considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e
critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como
instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente; Considerando a necessidade de se
incorporar ao sistema de licenciamento ambiental os instrumentos de gestão ambiental, visando o desenvolvimento
sustentável e a melhoria contínua; Considerando as diretrizes estabelecidas na Resolução CONAMA nº 11/94, que
deter- mina a necessidade de revisão no sistema de licenciamento ambiental; Considerando a necessidade de
regulamentação de aspectos do licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional de Meio Ambiente que
ainda não foram definidos; Considerando a necessidade de ser estabelecido critério para exercício da competência para
o licenciamento a que se refere o artigo 10 da Lei n o 6.938, de 31 de agosto de 1981; Considerando a necessidade de se
integrar a atuação dos órgãos competentes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA na execução da Política
Nacional do Meio Ambiente, em conformidade com as respectivas competências, resolve: Para efeito desta Resolução
são adotadas as seguintes definições: Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas
aplicáveis ao caso. Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou
jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental. Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à
localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a
análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental
preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de
risco. Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de influência direta
do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados

3 Avaliação de impactos ambientais dos sistemas de produção do campo.


3.1 Critérios básicos e
diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental (Resolução Conama no 001/1986).

Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental O CONSELHO NACIONAL
DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 48 do Decreto nº 88.351, de 1º de
junho de 1983, 156 para efetivo exercício das responsabilidades que lhe são atribuídas pelo artigo 18 do mesmo decreto,
e Considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes
gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional
do Meio Ambiente, resolve: Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indireta- mente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; as atividades sociais e econômicas; a biota; s condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade
dos recursos ambientais. Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto
ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e da Secretaria Especial do Meio
Ambiente - SEMA157 em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente.
3.2 Mitigação de impactos.

4 Gestão ambiental privada de atividades rurais.

5 Certificação e
Rotulagem de Produtos Agroecológicos.
5.1 Sistemas de certificação orgânica e
agroecológica.
5.2 Rastreabilidade e
transparência na produção de alimentos.
5.3 Certificação fitossanitária internacional e
Certificação fitossanitária de origem (CFO).
5.4 Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Decreto no 5.741/2006 e alterações),

Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei n o 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras providências. ica aprovado, na forma do Anexo deste Decreto, o
Regulamento dos arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei n o 8.171, de 17 de janeiro de 1991. Compete ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento a edição dos atos e normas complementares previstos no Regulamento ora
aprovado. (Redação dada pelo Decreto nº 6.348, de 2008). Regulamento dos arts. 27-a, 28-a e 29-a da lei n o 8.171, de
17 de janeiro de 1991, das disposições preliminares, dos princípios e obrigações gerais, do sistema unificado de atenção
à sanidade agropecuária, das instâncias, da instância central e superior, das instâncias intermediárias, das instâncias
locais, dos processos das instâncias do sistema, unificado de atenção à sanidade agropecuária, da erradicação e dos
controles de pragas e doenças, da saúde animal, da sanidade vegetal, da educação sanitária, da gestão dos laboratórios,
do trânsito agropecuário, da vigilância do trânsito agropecuário interestadual, da vigilância do trânsito agropecuário
internacional, das certificações, dos cadastros e dos registros, do credenciamento de prestadores de serviços técnicos e
operacionais, da habilitação de profissionais e reconhecimentos, do atendimento aos compromissos internacionais, da
formação de pessoal, da metodologia e dos procedimentos especiais, da análise de risco, da análise de perigo e ponto
crítico de controle, das normas complementares da defesa agropecuária, do compromisso com o consumidor e com o
produtor, da elaboração de normas complementares de boas práticas, da operacionalização e do controle, do controle
laboratorial, das amostras, dos controles do sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária, do controle de
importação e exportação, da cooperação e da assistência, dos controles de crises, do planejamento, dos recursos e do
financiamento, da inspeção de produtos e insumos agropecuários, da inspeção e da fiscalização de produtos de origem
animal, da inspeção e fiscalização de produtos de origem vegetal, da inspeção e fiscalização de insumos agropecuários,
da equivalência dos serviços

Inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal

(Lei no 1.283/1950 e alterações,

Dispõe sôbre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal. É estabelecida a obrigatoriedade da prévia
fiscalização, sob o ponto de vista industrial e sanitário, de todos dos produtos de origem animal, comestíveis e não
comestíveis, sejam ou não adicionados de produtos vegetais, preparados, transformados, manipulados, recebidos,
acondicionados, depositados e em trânsito.

Lei no 7.889/1989 e alterações e

Dispõe sobre inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal, e dá outras providências. A prévia inspeção
sanitária e industrial dos produtos de origem animal, de que trata a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, é da
competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do art. 23, inciso II, da
Constituição.
Decreto no 9.013/2017 e alterações).

Regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que dispõem
sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Este Decreto dispõe sobre o regulamento da
inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal, que disciplina a fiscalização e a inspeção industrial e
sanitária de produtos de origem animal, instituídas pela Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950 , e pela Lei nº 7.889,
de 23 de novembro de 1989 . As atividades de que trata o caput , de competência da União, serão executadas pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.As atividades de que trata o caput devem observar as competências
e as normas prescritas pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS. Do âmbito de atuação, da classificação
geral, dos estabelecimentos de carnes e derivados, dos estabelecimentos de pescado e derivados, dos estabelecimentos
de ovos e derivados, dos estabelecimentos de leite e derivados, dos estabelecimentos de produtos de abelhas e
derivados, dos estabelecimentos de armazenagem, do registro e do relacionamento de estabelecimentos, do registro e do
relacionamento, da transferência, das condições gerais dos estabelecimentos, das instalações e dos equipamentos, das
condições de higiene, das obrigações dos estabelecimentos, da inspeção industrial e sanitária, da inspeção industrial e
sanitária de carnes e derivados, da inspeção ante mortem, do abate dos animais, do abate de emergência, do abate
normal, dos aspectos gerais da inspeção post mortem, da inspeção post mortem de aves e lagomorfos, da inspeção post
mortem de bovinos e búfalos, da inspeção post portem de equídeos, da inspeção post mortem de ovinos e caprinos, da
inspeção post mortem de suídeos, da inspeção post mortem de pescado, da inspeção industrial e sanitária do pescado e
derivados, da inspeção industrial e sanitária de ovos e derivados, da inspeção industrial e sanitária de leite e derivados,
da inspeção industrial e sanitária de produtos de abelhas e derivados, dos padrões de identidade e qualidade, dos
aspectos gerais, dos padrões de identidade e qualidade de carnes e derivados, das matérias-primas, dos produtos
cárneos, dos produtos não comestíveis, dos padrões de identidade e qualidade de pescado e seus derivados, dos produtos
e derivados de pescado, dos padrões de identidade e qualidade de ovos e derivados, dos padrões de identidade e
qualidade de leite e derivados lácteos, do leite, da classificação dos derivados lácteos, do creme de leite, da manteiga,
dos queijos, dos leites fermentados, dos leites concentrados e desidratados, dos outros derivados lácteos, dos padrões de
identidade e qualidade de produtos de abelhas e derivados, dos produtos de abelhas, dos derivados de produtos de
abelhas, do registro de produtos, da embalagem, da rotulagem e dos carimbos de inspeção, do registro de produtos, da
embalagem, da rotulagem, da rotulagem em geral, da rotulagem em particular, dos carimbos de inspeção, da análise
laboratorial, da reinspeção industrial e sanitária, do trânsito e da certificação sanitária de produtos de origem animal, do
trânsito de produtos de origem animal, da certificação de produtos de origem animal, das responsabilidades, das
medidas cautelares, das infrações, das penalidades e do processo administrativo, das responsabilidades e das medidas
cautelares, dos responsáveis pela infração, as medidas cautelares, das infrações, das penalidades, do processo
administrativo, disposições finais e transitórias.

6 Mudança do clima,
adaptação e
mitigação no meio rural.
6.1 Acordo de Paris sob a Convenção-QUADROS das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

O Acordo de Paris é um tratado global, adotado em dezembro de 2015 pelos países signatários da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, acrônimo em inglês), durante a 21ª Conferência das Partes
(COP21). Esse acordo rege medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a partir de 2020, e tem por objetivos
fortalecer a resposta à ameaça da mudança do clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos
gerados por essa mudança. Por meio deste acordo, os governos se comprometeram em agir para manter o aumento da
temperatura média mundial “bem abaixo” dos 2 °C em relação aos níveis pré-industriais e em envidar esforços para
limitar o aumento a 1,5 °C. Para tanto, os países apresentaram planos de ação nacionais abrangentes para reduzirem as
suas emissões por meio da formulação de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, acrônimo em inglês). O
governo brasileiro comprometeu-se em sua NDC a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% em 2025, com
uma contribuição indicativa subsequente de redução de 43% em 2030, em relação aos níveis de emissões estimados
para 2005. Com intuito de contribuir com a ampla divulgação do Acordo de Paris, o Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações, editou esse encarte que contempla a versão oficial do Governo Brasileiro (Decreto no
9.073/2017) para o acordo, em português, e a versão original, em inglês, da UNFCCC (Anexo da Decisão 1/CP.21).
6.2 Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC (Lei no 12.187/2009).

Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC e dá outras providências. A PNMC e as ações dela
decorrentes, executadas sob a responsabilidade dos entes políticos e dos órgãos da administração pública, observarão os
princípios da precaução, da prevenção, da participação cidadã, do desenvolvimento sustentável e o das
responsabilidades comuns, porém diferenciadas, este último no âmbito internacional, e, quanto às medidas a serem
adotadas na sua execução, será considerado o seguinte: todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras
gerações, para a redução dos impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático; erão tomadas
medidas para prever, evitar ou minimizar as causas identificadas da mudança climática com origem antrópica no
território nacional, sobre as quais haja razoável consenso por parte dos meios científicos e técnicos ocupados no estudo
dos fenômenos envolvidos;

6.3 Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Lei no 12.114/2009 e alterações);

Cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, altera os arts. 6o e 50 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, e dá
outras providências. Esta Lei cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima - FNMC, dispondo sobre sua natureza,
finalidade, fonte e aplicação de recursos e altera os arts. 6o e 50 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, que dispõe
sobre a Política Energética Nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de
Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências. Fica criado o Fundo Nacional sobre
Mudança do Clima - FNMC, de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de
assegurar recursos para apoio a projetos ou estudos e financiamento de empreendimentos que visem à mitigação da
mudança do clima e à adaptação à mudança do clima e aos seus efeitos.

soluções baseadas na natureza;


ferramentas de adaptação das atividades rurais às mudanças climáticas;
mercado de carbono.

7 Zoneamento Ecológico-Econômico,
Reforma agrária,
Agricultura familiar e
comunitária e
sustentabilidade.
7.1 Estado e planejamento agrícola no Brasil.
7.2 Programa de Zoneamento Ecológico-Econômico:
concepção geral,
fundamentos conceituais e
crédito rural.

7.3 Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil – ZEE (Decreto no 4.297/2002 e alterações).

Regulamenta o art. 9o, inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, estabelecendo critérios para o Zoneamento
Ecológico-Econômico do Brasil - ZEE, e dá outras providências. O Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil - ZEE,
como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá aos critérios mínimos estabelecidos neste
Decreto. Art. 2o O ZEE, instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de
planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a
assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o
desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população. O ZEE tem por objetivo geral organizar,
de forma vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que,
direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços
ambientais dos ecossistemas. O ZEE, na distribuição espacial das atividades econômicas, levará em conta a importância
ecológica, as limitações e as fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo vedações, restrições e alternativas de
exploração do território e determinando, quando for o caso, inclusive a relocalização de atividades incompatíveis com
suas diretrizes gerais. Dos objetivos e princípios, da elaboração do ZEE, do conteúdo do ZEE, do uso, armazenamento,
custódia e publicidade dos dados e informações, das disposições finais e transitórias.

7.4 Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Decreto no 9.841/2019.

Dispõe sobre o Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático. O Programa Nacional de Zoneamento
Agrícola de Risco Climático - ZARC, instituído no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tem
por finalidade melhorar a qualidade e a disponibilidade de dados e informações sobre riscos agroclimáticos no Brasil,
com ênfase no apoio à formulação, ao aperfeiçoamento e à operacionalização de programas e políticas públicas de
gestão. O ZARC contará com o apoio técnico-científico da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

8 Uso sustentável de recursos naturais e iniciativas produtivas indígenas (Eixo 5 – PNGATI).

Eixo 5 - uso sustentável de recursos naturais e iniciativas produtivas indígenas:


a) garantir aos povos indígenas o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes em terras
indígenas;
b) fortalecer e promover as iniciativas produtivas indígenas, com o apoio à utilização e ao desenvolvimento de novas
tecnologias sustentáveis;
c) promover e apoiar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais usados na cultura indígena, inclusive no
artesanato para fins comerciais;
d) apoiar a substituição de atividades produtivas não sustentáveis em terras indígenas por atividades sustentáveis;
e) apoiar estudos de impacto socioambiental de atividades econômicas e produtivas não tradicionais de iniciativa das
comunidades indígenas;
f) desestimular o uso de agrotóxicos em terras indígenas e monitorar o cumprimento da Lei nº 11.460, de 21 de março
de 2007, que veda o cultivo de organismos geneticamente modificados em terras indígenas;
g) apoiar iniciativas indígenas sustentáveis de etnoturismo e de ecoturismo, respeitada a decisão da comunidade e a
diversidade dos povos indígenas, promovendo-se, quando couber, estudos prévios, diagnósticos de impactos
socioambientais e a capacitação das comunidades indígenas para a gestão dessas atividades;
h) promover a sustentabilidade ambiental das iniciativas indígenas de criação de animais de médio e grande porte;
i) promover a regulamentação da certificação dos produtos provenientes dos povos e comunidades indígenas, com
identificação da procedência étnica e territorial e da condição de produto orgânico, em conformidade com a legislação
ambiental; e
j) promover assistência técnica de qualidade, continuada e adequada às especificidades dos povos indígenas e das
diferentes regiões e biomas;

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