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O que é a política:
Política é a atividade da governança, do Estado e das relações de poder e também uma arte de
negociação para compatibilizar interesses.
O significado de política está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço
público e ao bem dos cidadãos e sua administração.
O termo “política” faz referência às atividades políticas: o uso de procedimentos diversos que expressam
relações de poder (ou seja, visam a influenciar o comportamento das pessoas). Já o termo policy é
utilizado para referir-se à formulação de propostas, tomada de decisões e sua implementação por
organizações públicas.
Na visão de Wildavsky (1979, p. 17), a Análise de Política visa interpretar as causas e consequências da
ação do governo. Metodologias: método racional-compreensivo, grandes análises do cenário político-
institucional. Método incrementalista, que se liga à micropolítica e à busca de soluções para problemas
mais imediatos e prementes.
Dentre os vários paradigmas de análise existentes na literatura, destacam-se o modelo institucional;
de processo; de grupos; de elites; racional; incremental; teoria dos jogos; e modelo de sistema.
No modelo institucional: a estrutura, organização, deveres e funções do Estado. No modelo da teoria
do grupo: obtenção de equilíbrio entre os interesses de diferentes grupos. Modelo elitista: vê a política
como resultado de preferências e valores de elites governamentais. Os administradores e oficiais
cumprem as decisões dos que ocupam posições de poder. Modelo de política racional: cumprimento
eficiente de metas. Modelo incrementalista: aumento ou redução de orçamentos, ou as modificações
no programa. Modelo da teoria dos jogos: escolha racional de atores em uma situação competitiva.
Modelo sistêmico, a política é definida como resposta de um sistema político a forças geradas no
ambiente.
O ciclo de políticas: Formação da agenda; Formação das alternativas e tomada de decisão; Tomada de
decisão; Implementação; Monitoramento; Avaliação.
Atores Políticos (stakeholders): Políticos; Burocratas; Governamentais; Não governamentais.
Fatores relevantes são: a coalizão, conluios, debates, intercâmbio, ameaças, pressão pública, exercício
da autoridade - que significa, de fato, a exigência da obediência -, negociação e compromisso, obstrução
- que consiste no uso de recursos de poder para impedir, atrasar, confundir etc.
Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas: AVALIAÇÃO: técnica - caracteriza-se por produzir ou
coletar, segundo procedimentos reconhecidos, informações que poderão ser utilizadas nas decisões
relativas a qualquer política, programa ou projeto. MONITORAMENTO: tem o Plano de Ação, ou Plano
de Atividades, como referência.
Diante do exposto, podemos afirmar que o controle pode ter
como foco as esferas orçamentária, fiscal, contábil, patrimonial e
programática.
Define-se instrumento governamental como um método identificável por meio
do qual a ação coletiva é estruturada para lidar com um problema público.
Instrumentos que se apoiam em gestão direta, participação popular, estímulos
econômicos, contratualização. Os instrumentos determinam parcialmente quais
recursos serão usados e por quem. Com a lente da administração pública, é possível
e necessário diferenciar entre níveis de observação, distinguindo entre
“instrumento”, “técnica” e “ferramenta”, termos frequentemente utilizados como se
fossem sinônimos. O instrumento seria como um tipo de “instituição” social
(censo, mapa, regulação, tributação). A técnica serve para operacionalizar o
instrumento (nomenclatura estatística, tipo de representação gráfica, tipo de lei ou
decreto). E, finalmente, a ferramenta governamental seria como uma ferramenta
micro dentro de uma técnica (uma categoria estatística, uma escala de definição de
um mapa, ou tipo de obrigação definida em um texto legal, a presença ou a ausência
de uma sanção) (Lascoumes e Le Galès, 2007). A escolha do instrumento é uma
forma de desenho institucional (associar trechos de unrestrict warfare).
.5 IMPLEMENTAÇÃO
-
É nesta etapa do ciclo de políticas públicas que são produzidos os resultados efetivos do
processo. De acordo com O’Toole Jr. (2003 apud SECCHI, 2010, p. 44), “[...] a fase de
implementação é aquela em que regras, rotinas e processos sociais são convertidos de
intenções em ações”. Portanto, é neste momento que o que foi planejado, pensado,
proposto para a política pública passa a entrar em vigor.
Outro ponto forte da implementação das políticas públicas diz respeito ao seu
gerenciamento. Os responsáveis por tomar a frente deste processo precisam entender o
que motiva os atores envolvidos, as barreiras técnicas e legais que podem surgir, as
lacunas organizativas, os possíveis conflitos, as negociações e as relações entre quem
vai implementar a política e quem vai recebê-la. É aqui que “[...] a administração pública
reveste-se de sua função precípua, a de transformar intenções políticas em ações
concretas”. (SECCHI, 2010, p. 46).
Além disso, outros atores políticos não estatais fazem parte deste processo de
implementação: os fornecedores, os prestadores de serviços, os parceiros, os grupos de
interesse e os beneficiários da política pública.
Existem dois modelos de implementação das políticas públicas, quais sejam: o de cima
para baixo, que é a aplicação descendente ou, em outras palavras, do governo para a
população; e o de baixo para cima, quando a aplicação se dá de forma ascendente, ou
seja, da população para o governo. Explicando-se o primeiro modelo, temos que:
O modelo de cima para baixo representa um modelo centralizado, e apenas um número muito
pequeno de funcionários participa das decisões e opina na forma da implementação das políticas
públicas. Ele repete uma concepção hierárquica da administração pública, segundo a qual a
decisão tomada pela administração pública seja acatada e cumprida pelos demais envolvidos, sem
questionamentos (LOPES; AMARAL; CALDAS, 2008, p. 15).
O segundo modelo, de baixo para cima, conforme Lopes, Amaral e Caldas (2008), é
caracterizado pela descentralização, ou seja, ele supõe a participação dos beneficiários
ou do usuário final das políticas em questão. Neste modelo temos uma perspectiva
participativa das políticas públicas, o que é possível pelo contato direto do cidadão com
o aparato da administração pública, com os beneficiários sendo chamados a participar
de todo o processo.
Os dois modelos citados ainda são tratados com outra nomenclatura por Sebastier (1986
apud SECCHI, 2010), que afirma que há dois tipos de implementação de políticas
públicas: o modelo top-down e o modelo bottom-up. Vamos explicar melhor o que eles
significam.
Em síntese, esta fase é propriamente dita a ação do que foi visto até então, e o
pesquisado e o identificado tornam-se um ato, que deverá ter seu embasamento nas
demandas da população, no interesse público, na aplicação dos recursos disponíveis e
na resolução dos problemas identificados.