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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
1 CONCEITO ............................................................................................................... 4
2 COMPETÊNCIA ....................................................................................................... 7
3 CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ............................. 7
3.1 Comutativo ............................................................................................................ 8
3.2 Consensual ............................................................................................................ 8
3.3 De Adesão ............................................................................................................. 8
3.4 Oneroso.................................................................................................................. 8
3.5 Sinalagmático ........................................................................................................ 8
3.6 Personalíssimo ...................................................................................................... 9
3.7 Formalismo .......................................................................................................... 11
4 CONTRATOS EM ESPÉCIE .................................................................................. 14
4.1 Contrato de obra pública ..................................................................................... 15
4.2 Contrato de fornecimento .................................................................................... 15
4.3Contrato de prestação de serviço ......................................................................... 16
4.4 Contrato de concessão ........................................................................................ 17
4.5 Concessão de serviço público ............................................................................. 17
4.6 Permissão de serviço público .............................................................................. 18
4.6.1 Hipóteses de uso da permissão de serviço público .......................................... 18
4.7 Concessão precedida de obra pública................................................................. 19
4.8 Concessão de uso de bem público ...................................................................... 20
4.9 Contrato de gerenciamento ................................................................................. 20
4.10 Contrato de gestão ............................................................................................ 21
4.11 Termo de parceria ............................................................................................. 22
4.12 Parceria público-privada (PPP) ......................................................................... 22
4.13 Consórcio público .............................................................................................. 24
4.14 Contrato de convênio......................................................................................... 24
4.15 Contrato de credenciamento ............................................................................. 25
4.16 Contrato de trabalhos artísticos ......................................................................... 25
4.17 Contrato de empréstimo público ........................................................................ 26
4.18 Contrato de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de
propaganda (Lei n. 12.232/2010).................................................................. 26
5 PROGRAMA DE PARCERIAS DE INVESTIMENTOS – PPI ................................ 27
6 GARANTIA............................................................................................................. 28
6.1 Cláusula de retomada.......................................................................................... 31
7 CLÁUSULAS EXORBITANTES DO CONTRATO ................................................. 33
7.1 Alteração unilateral do contrato ........................................................................... 34
7.2 Rescisão unilateral do contrato ........................................................................... 37
7.3 Fiscalização da execução do contrato ................................................................. 40
7.4 Ocupação temporária de bens ............................................................................ 42
7.5 Aplicação de penalidades .................................................................................... 43
8 ALTERAÇÃO CONTRATUAL POR VONTADE DAS PARTES ............................ 49
9 EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ............................................................................. 50
9.1 Extinção dos contratos na nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021) .................. 51
10 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 54
INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 CONCEITO
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As características dos contratos administrativos são: formal, oneroso,
comutativo e intuitu personae. Formal porque necessita ser formulado por escrito, e
estar nos termos previstos em lei. É oneroso pois há remuneração relativa
contraprestação do objeto do contrato. Comutativo, visto que as partes do contrato
são compensadas reciprocamente. E por fim, intuitu personae, por haver a exigência
para a execução do objeto, que seja pelo próprio contratado.
Art. 104. O regime jurídico dos contratos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, as prerrogativas de:
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como a possibilidade permitida ao Estado de ocupação temporária de bens da
contratada (para evitar a interrupção do serviço prestado) em casos de necessidade.
Essas cláusulas exorbitantes não serão aplicadas aos contratos privados que
forem celebrados pelo poder público, salvo as situações excepcionais, devendo estar
expressamente definidas no instrumento de acordo.
2 COMPETÊNCIA
A Constituição Federal em seu artigo 22, XXVII define que para legislar sobre
as de licitações e contratos administrativos a União deverá proceder à legislação
acerca das normas gerais:
Desta forma, União deve editar as leis que traçam as regras gerais, e para os
estados e municípios caberá a edição de normas suplementares, desde que obedeça
às regras da legislação.
A União, no que diz respeito a competência editou a lei 14.133/21,
regulamentando o artigo 37, XXI da Constituição Federal substituindo a lei anterior,
que dispõe sobre as licitações e os contratos administrativos pertinentes a obras,
compras, locações, serviços, alienações, no âmbito dos poderes da União, Estados,
Municípios e Distrito Federal.
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3.1 Comutativo
3.2 Consensual
3.3 De Adesão
3.4 Oneroso
Em regra geral, não se admite que os contratos firmados com o poder público
sejam gratuitos, o particular deve ser remunerado por executar a atividade ou entrega
do bem do acordo firmado entre as partes.
3.5 Sinalagmático
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3.6 Personalíssimo
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O artigo 92 da referida lei prevê a forma do contrato e cláusulas que são
indispensáveis:
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IX - a matriz de risco, quando for o caso;
3.7 Formalismo
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Em determinadas situações, a lei permite a celebração de contrato por meio
de: nota de empenho, carta-contrato, ordem de execução de serviço ou autorização
de compra, abstendo-se do termo de contrato propriamente dito todas as vezes que
se tratar de avença celebrada com um valor mais baixo.
Quando se tratar de contratos cujo valor enseje a dispensa de licitação, com
efeito a lei diz que o instrumento de contrato poderá ser dispensado. E assim, o
instrumento de contrato não se faz necessário para: obras e serviços de engenharia
de até R$ 100.000,00; e para a aquisição de bens (e outros serviços) no valor de R$
50.000,00.
Vale destacar para melhor entendimento, que mesmo não tendo sido realizado
o procedimento licitatório por inexigibilidade ou alguma outra hipótese de dispensa, o
instrumento de contrato ainda assim é obrigatório, se não estiver presente algumas
das condições mencionadas acima.
Exemplo 1
Exemplo 2
II - compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais
não resultem obrigações futuras, inclusive quanto a assistência técnica,
independentemente de seu valor (BRASIL, 2021).
4 CONTRATOS EM ESPÉCIE
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4.1 Contrato de obra pública
É todo aquele que tem por objeto a prestação de uma atividade destinada a
obter determinada utilidade de interesse para a Administração Pública ou para a
coletividade, predominando o fazer sobre o resultado final.
Exemplos: coleta de lixo, demolição, conserto, instalação, montagem,
operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de
bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais (art. 6º, II, da Lei n.
8.666/93) (MAZZA, 2022).
Segundo Hely Lopes Meirelles (2011), os serviços contratados podem ser de
diversos tipos:
a) serviços comuns: são aqueles realizáveis por qualquer pessoa. Exemplo:
limpeza. A contratação dessa espécie de serviço sempre exige licitação;
b) serviços técnicos profissionais generalizados: exigem alguma habilitação
específica, mas não demandam maiores conhecimentos. Exemplo: serviços de
engenharia. A celebração do contrato também pressupõe procedimento licitatório;
c) serviços técnicos profissionais especializados: exigem conhecimento mais
apurado do que nos serviços comuns. Exemplo: elaboração de pareceres. A
contratação desses serviços pode caracterizar hipótese de inexigibilidade se o
contratado tiver notória especialização;
d) trabalhos artísticos: são atividades profissionais relacionadas com escultura,
pintura e música. Contratação de serviços artísticos, em regra, depende de prévia
licitação na modalidade concurso, exceto se as circunstâncias recomendarem a
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escolha de artista renomado e consagrado pela crítica especializada ou pelo público
em geral, caso em que haverá contratação direta por inexigibilidade de licitação.
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rescisão da concessão ou permissão; II – os direitos dos usuários; III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado”.
O referido dispositivo autoriza concluir que ocorre prestação direta quando for
realizada pessoalmente pelo próprio Estado (Administração direta), enquanto será
indireta a prestação quando estiver a cargo de concessionários e permissionários. A
delegação da prestação a concessionários e permissionários, por expressa
determinação constitucional, depende da realização de procedimento licitatório. No
caso da concessão, a licitação deve ser processada na modalidade concorrência
pública ou via diálogo competitivo, ao passo que na permissão pode ser utilizada
qualquer modalidade licitatória (MAZZA, 2022).
O art. 2º, III, da Lei n. 8.987/95, alterado pela Lei n. 14.133/2021, conceitua o
contrato de concessão de serviço público precedida da execução de obra pública
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como “a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou
melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegados pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo,
a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua
realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja
remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo
determinado”.
Trata-se, na verdade, de uma concessão comum, mas com a peculiaridade de
que, antes do início da prestação do serviço, o concessionário constrói uma obra
pública cujo uso será por ele explorado economicamente. A cobrança pela utilização
da obra construída é a principal fonte de remuneração do concessionário, nessa
modalidade de contrato. É o caso, por exemplo, do concessionário que realiza a
construção de uma ponte para, em seguida, cobrar, como forma de amortização do
investimento, pedágio dos usuários que a utilizarem (MAZZA, 2022).
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O gerenciador exerce em nome próprio uma atividade técnica especializada
(por exemplo, construindo uma obra), mas sempre sujeito ao controle de resultados
feito pelo governo.
Ao contrário dos contratos comuns de obra pública e prestação de serviços, no
gerenciamento o contratado detém uma acentuada autonomia executória para
desenvolvimento da tarefa contratada, permanecendo o contratante com a
competência para aprovação das propostas apresentadas e dos trabalhos realizados
(MAZZA, 2022).
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4.11 Termo de parceria
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4.13 Consórcio público
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4.17 Contrato de empréstimo público
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5 PROGRAMA DE PARCERIAS DE INVESTIMENTOS – PPI
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recursos provenientes de outras fontes definidas em seu estatuto (art. 14, caput e §
6º).
O PPI tem aplicação apenas à União. Mas o artigo 17 contém norma voltada
para os demais entes da federação, que exerçam competências de cujo exercício
dependa a viabilização de empreendimento do PPI, exigindo que atuem “em conjunto
e com eficiência, para que sejam concluídos, de forma uniforme econômica e em
prazo compatível com o caráter prioritário nacional do empreendimento, todos os
processos e atos administrativos necessários à sua estruturação, liberação e
execução”. A exigência justifica-se porque, muitas vezes, a execução do
empreendimento, mesmo sendo de iniciativa do governo federal, pode depender de
licenças, autorizações, registros, permissões, direitos de uso ou exploração, regimes
especiais, de natureza regulatória, ambiental, urbanística, de trânsito, patrimonial
pública etc., conforme consta do § 1º do artigo 17 (DI PIETRO, 2022).
6 GARANTIA
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Art. 96. A critério da autoridade competente, em cada caso, poderá ser
exigida, mediante previsão no edital, prestação de garantia nas contratações
de obras, serviços e fornecimentos.
II - seguro-garantia;
A lei ainda dispõe quais são as possíveis formas de garantia contratual, mas,
quem determina a forma de prestação não é o ente público, e sim o particular
contratado. A garantia poderá ser prestada sob as seguintes formas: dinheiro; títulos
da dívida pública; seguro garantia; e fiança bancária. Para melhor entendimento
analise o quadro abaixo:
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Ao final do contrato será possível duas situações:
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6.1 Cláusula de retomada
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Temos assim, na hipótese de inadimplemento do contrato, as seguintes
situações a serem ilustradas:
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seguradora optará pelo pagamento do prêmio, não assumindo assim, a finalização do
contrato.
A contratação de seguro com cláusula de retomada é vista de forma
excepcional e pontual.
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7.1 Alteração unilateral do contrato
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definidos por lei, que prevê que o particular deve aceitar as alterações feitas
unilateralmente pela administração pública em até 25% do valor original do contrato,
para acréscimos ou revogações.
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econômico financeiro do contrato. Isso significa que independente do que acontecer,
a margem de lucro contratada será mantida, por nada poderá ser alterada pela
administração pública, e o particular não terá prejuízos nem redução nos lucros.
Na celebração de contratos administrativos, a partir do seu efeito, ficam
presentes a s vontades dos contratantes, o interesse público e o lucro almejado pelo
particular contratado. Por este motivo, a administração pública tem poder de modificar
o contrato, buscando assim, satisfazer os interesses da sociedade, desde que não
desequilibre os valores previamente acordados.
Porém, se o particular comprovar despesas já feitas com material de mil
quilômetros, poderá o mesmo ser indenizado pela administração de acordo com o
valor da nota fiscal (dos produtos) para assim, não ter prejuízo.
Assim dispõe o artigo 129 da lei 14.133/21:
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contratação que dá ensejo a necessidade de modificação de cláusulas contratuais,
para assim, evitar prejuízo maior ao interesse da coletividade.
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Os valores devidos a particular em casos de rescisão unilateral por motivo de
interesse público, a lei excluiu, não por acaso, a obrigação de pagar lucros cessantes,
por se tratar de mera expectativa de direito. Não passível de indenização, nesses
casos.
Caso o particular seja inadimplente, o mesmo deverá indenizar a administração
pública pelos danos que causar em virtude dessa situação. O poder público
identificando algum caso de inadimplemento do particular contratado, deverá assumir
imediatamente o objeto do contrato (no estado e local que estiver), ocupar e utilizar o
local, material, instalações, e equipamentos empregados na execução do contrato,
essenciais à sua continuidade, executar a garantia contratual para o ressarcimento da
administração e dos valores das multas e indenizações a ela devidos. Retendo os
créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à administração.
O art. 139 da referida lei leciona que:
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§ 2º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o ato deverá ser precedido
de autorização expressa do ministro de Estado, do secretário estadual ou do
secretário municipal competente, conforme o caso (BRASIL, 2021)
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optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas, até a normalização
do ocorrido, e até restabelecer o equilíbrio financeiro do contrato.
Essa exceção de contrato não cumprido se aplicará aos contratos
administrativos, apenas por parte do particular, caso a administração pública esteja
inadimplente por mais de 2 meses, ou suspenda por ato próprio, a execução contratual
por mais de 3 meses consecutivos, ou, alternadamente faça essa suspensão por
diversas vezes e atinja o limite de 90 dias úteis de suspensão. Ou seja, o particular
contratado deve suportar o inadimplemento do poder público, por determinado tempo
(prazo regulamentado por lei), sem que se justifique a paralisação do contrato. Após
o prazo legal estipulado, poderá o contratado suspender a execução do contrato.
Mesmo na legislação anterior o STJ se manifestava a favor dessa paralisação.
Ela previa a possibilidade de paralisação por parte do particular em casos de não
pagamento do poder público, por mais de 90 dias.
A vista disso, como garantia do princípio da continuidade, o particular
(contratado) não terá autonomia para suspender a execução do contrato, ainda que a
administração pública seja inadimplente. Se não estiverem configuradas as hipóteses
de suspensão expressamente previstas no texto legal. Vale ressaltar que a redução
da tolerância do particular antes de se valer da exceção do contrato não cumprido,
será de 90 dias, para 2 meses.
O novo regime proporcionou a redução do período de inadimplemento que o
particular precisará suportar para valer-se da execução do contrato não cumprido.
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Art. 117. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por
1 (um) ou mais fiscais do contrato, representantes da Administração
especialmente designados conforme requisitos estabelecidos no art. 7º desta
Lei, ou pelos respectivos substitutos, permitida a contratação de terceiros
para assisti-los e subsidiá-los com informações pertinentes a essa atribuição.
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A ocupação temporária poderá ser precedida de processo administrativo, em
que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa ao particular contratado,
garantindo ainda, o direito à indenização por eventuais prejuízos.
Na lei 14.133/21 em seu art. 104, IV, define como cláusula exorbitante o poder
da aplicação de penalidades à particulares contratados em decorrência de
descumprimento do acordo.
Nesse âmbito, o artigo 155 da referida lei enumera infrações que podem
possibilitar a aplicação dessas penalidades. Para melhor entender e memorizar,
observe o esquema abaixo:
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Estas penalidades estão previstas na legislação, e dividem-se em 4 (quatro)
hipótese, e será aplicada de acordo com a gravidade da infração cometida. Confira:
Vale ressaltar que a multa não deve ser confundida com ressarcimento por
prejuízo. Além do dever de ressarcir ao erário por eventuais danos que forem
causados, poderá ser aplicada à particular sanção de multa punitiva. E a multa deve
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ser antecedida para o acusado apresentar defesa, com prazo de abertura de 15 dias
pelo poder público.
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Há diferença entre penalidades de: impedimento de licitar e contratar e de
declaração de inidoneidade. No impedimento de licitar e contratar atingirá apenas o
ente federativo que aplicar a pena (incluindo todas as entidades do ente federativo)
ou seja, irá atingir entes da administração direta e indireta da esfera do poder daquela
entidade. Já a declaração de inidoneidade atingirá todos os entes da federação, e a
empresa que for declarada inidônea não poderá contratar com nenhuma entidade da
administração pública (direta ou indireta) de quaisquer dos poderes da: União,
Estados, Municípios ou Distrito Federal. O prazo de duração poderá variar nos termos
da lei, que será de 3 a 6 anos.
A nova legislação inovou, e passou a permitir a aplicação em conjunto com a
lei de anticorrupção (lei 12.846/13). Portanto, as infrações que estiverem previstas na
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lei 14.133/21, ou em outras leis referentes a licitação e contratos da administração
pública.
Os atos lesivos tipificados no art. 5º da lei 12.846/13 também se aplicará e
serão apurados e julgados nos mesmos autos. São eles:
Vale frisar, que essa lei trata dos atos lesivos que qualquer indivíduo (pessoa
jurídica) praticar contra a fazenda pública, e a referida lei determina infrações de
natureza civil e administrativa.
A lei 14.133/21 em seu art. 160, prevê a possibilidade de desconsideração da
personalidade jurídica:
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8 ALTERAÇÃO CONTRATUAL POR VONTADE DAS PARTES
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caracteriza situação excepcional que ameace a manutenção do equilíbrio financeiro
contratual.
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normalmente ocorre por iniciativa do particular, quando há falta contratual cometida
pela Administração, uma vez que lhe é vedado impor a alteração na via administrativa;
e por decisão arbitral, em que a utilização da arbitragem nos contratos administrativos
encontra fundamento. E em qualquer uma destas hipóteses, a rescisão do contratado
deverá ser motivada, bem como deverá se respeitar o princípio da ampla defesa e do
contraditório.
Art. 137. Constituirão motivos para extinção do contrato, a qual deverá ser
formalmente motivada nos autos do processo, assegurados o contraditório e
a ampla defesa, as seguintes situações:
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VII - atraso na liberação das áreas sujeitas a desapropriação, a desocupação
ou a servidão administrativa, ou impossibilidade de liberação dessas áreas;
I - devolução da garantia;
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Caso ocorra extinção que decorra de culpa exclusiva da Administração Pública,
o contratado deverá será ser ressarcido pelos prejuízos, desde que sejam
comprovados, como dispõe o § 2º do art. 138.
Na nova legislação, podemos notar, que há possibilidade de convenção de
arbitragem para dirimir conflitos nos contratos administrativos, na linha já permitida
pelo art. 1.º, §§ 1.º, e 2.º, e art. 2.º, § 3.º, da Lei 9.307/1996, alterada pela Lei
13.129/2015.
Os artigos 151 a 154 da nova Lei de Licitações, permitem a utilização de meios
“alternativos” de prevenção e resolução de controvérsias, a conciliação, a mediação,
o comitê de resolução de disputas, e a arbitragem.
Art. 151. Nas contratações regidas por esta Lei, poderão ser utilizados meios
alternativos de prevenção e resolução de controvérsias, notadamente a
conciliação, a mediação, o comitê de resolução de disputas e a arbitragem.
Art. 153. Os contratos poderão ser aditados para permitir a adoção dos meios
alternativos de resolução de controvérsias.
Art. 154. O processo de escolha dos árbitros, dos colegiados arbitrais e dos
comitês de resolução de disputas observará critérios isonômicos, técnicos e
transparentes (BRASIL, 2021).
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10 BIBLIOGRAFIA
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