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PROVA - IMPLEMENTAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICAS

PÚBLICAS

Nome: Patricia das Neves Wagner

Cartão de identificação: 0027421

A Prova trata-se de uma das principais atividades avaliativas da disciplina e tem por
objetivo mensurar a apropriação dos conteúdos trabalhados em aula, por cada aluno.
Portanto trata-se de uma atividade individual a ser feita com consulta nos materiais da
disciplina.

Trata-se de uma prova dissertativa em que serão avaliadas habilidades de


escrita argumentativa e objetiva

Cada questão deve ter no mínimo 30 linhas. Ser escrito em Arial 12,
espaçamento 1,5.

Cada questão vale 3,33

Questões

1 – A implementação é uma etapa do ciclo de políticas públicas fundamental para que


as ideias elaboradas sejam executadas. Nesta questão, defina implementação
conforme a literatura, indique as perspectivas analíticas clássicas identificando
potencialidades e limites das mesmas. Por fim, reflita sobre os fatores que interferem
na etapa de implementação, especialmente em países federativos com múltiplos
níveis de governo.

A fase de implementação é imprescindível para que as políticas públicas sejam de


verdade executadas. Segundo o que estudamos requer negociação entre envolvidos,
obedecer como regras e estar dentro das leis, entender os atores, obter
conhecimentos e recursos necessários para se materializar. Para conquistar o
resultado, a implementação é preciso agir e buscar meios para que as ideias sejam
colocadas em prática, conforme vimos em Implementação e coordenação de políticas
públicas em âmbito federativo: o caso da Política Nacional de Assistência Social
(Brasília, Enap, 2018):

[...] A linha descrita por Silva e Melo (2000), neste trabalho


entendemos a implementação como um jogo político, em que
prevalecem aspectos de trocas informacionais e negociações

Pública
em um processo complexo de interações. Compartilha-se,
assim, do argumento de que a produção das políticas públicas
ocorre em contexto de limitações cognitivas dos agentes
públicos (políticos e burocratas), envolvendo arranjos
institucionais diversos, atores distintamente interessados,
territórios/localidades de características variadas, além de
disputas por recursos financeiros e pela difusão e
fortalecimento das ideias que darão os contornos do desenho
da política que se pretende implementar.

Com isso, entendemos a necessidade de se relacionar bem em todos os entes


envolvidos, pois caso algo interfira, não há como implementar. Com muitos envolvidos
é preciso estar atentos às questões de interesses individuais e disfunções
administrativas para que a finalidade seja realmente eficaz e implementada.

2 – Atores importam na implementação de políticas públicas. Existe um ator específico


- a burocracia – que foi tratado pela literatura como um dos mais importantes na tarefa
de gestão e implementação de políticas públicas. Com base nos textos da disciplina
defina burocracia levantando os seus papeis no processo de implementação. disserte
sobre as principais fases de construção da burocracia no Brasil refletindo sobre as
desigualdades existentes entre burocracias de distintos níveis governamentais.

A burocracia é o conceito do corpo de funcionários do Estado ou de empresas, dotado


de algum saber técnico, voltado a racionalizar a estrutura organizacional, ela busca
melhorar o desempenho das organizações buscando de atingir seus fins. As fases da
burocracia no Brasil período colonial, a burocracia no Brasil era organizada em torno
da administração colonial portuguesa. Os colonizadores portugueses estabeleceram
uma estrutura burocrática para controlar a administração das colônias e explorar seus
recursos. Durante o período do Império (1822-1889), o Brasil passou por um processo
de centralização política e criação de uma administração pública mais estruturada.
Foram criados ministérios, secretarias e repartições públicas para lidar com diferentes
áreas da administração. Já na República Velha (1889-1930), a burocracia brasileira se
expandiu ainda mais. Com o crescimento do Estado e a industrialização do país,
houve uma maior demanda por serviços governamentais e, consequentemente, um
aumento no número de funcionários públicos. Durante o governo de Getúlio Vargas
(1930-1945), a burocracia no Brasil sofreu mudanças significativas. Vargas criou vários
órgãos governamentais para implementar suas políticas e consolidar seu poder, como
o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) como expoente da reforma:
nova ordem burocrática, baseada em normas racionais e procedimentos legais para a

Pública
consecução dos negócios públicos, em que se destaca o propósito de formação de
uma burocracia profissional, principal responsável pela modernização da
administração pública. Durante o período da Ditadura Militar (1964-1985), a burocracia
foi utilizada como instrumento de controle e repressão. O Estado se expandiu
consideravelmente, com a criação de várias empresas estatais e agências
governamentais. A burocracia também foi utilizada para implementar políticas
econômicas e sociais. Após o fim da Ditadura Militar, o Brasil passou por um processo
de redemocratização. Nos anos 1980 e 1990, houve uma série de reformas
administrativas com o objetivo de tornar a burocracia mais eficiente e reduzir a
corrupção. Foram criados órgãos de controle e fiscalização, como a Controladoria-
Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU). Foram marcados pelo
acirramento da crise fiscal, pelo descontrole inflacionário e pela formação de um
consenso sobre a ineficiência do setor público, a Burocracia se tornou alvo de críticas;
houveram críticas ao modelo de Estado intervencionista e empresarial, havia forte
apelo à modernização, visando à abertura de mercado e à inserção competitiva do
país na nova ordem econômica internacional. No contexto brasileiro, a burocracia
abrange diferentes esferas de governo, desde o âmbito federal até os níveis estaduais
e municipais. Ela engloba os diversos órgãos e entidades públicas, como ministérios,
secretarias, autarquias, empresas estatais, agências reguladoras, entre outros. Com
isso, o ponto principal de ações é a hierarquia e o resquício de patrimonialismo e
disfunções que ocorrem com o poder de decisões de cada ator, e altos procedimentos
de autoritarismo. Em outros pontos a burocracia se torna inflexível com extrema
rigidez, com processos morosos o que acaba por prejudicar e não organizar a
sociedade.

3 – Existem inúmeros instrumentos de gestão pública que servem como “meio” para
que as ideias elaboradas sejam postas em prática. Com base nos textos da disciplina,
defina conceitualmente os dois instrumentos tratados na disciplina: planejamento e
Monitoramento e Avaliação indicando suas potencialidades e/ou limites na gestão
pública

Assim como em tudo que se implementa, é preciso planejar, monitorar e avaliar. Esses
instrumentos são base para análise de onde se quer chegar com aquilo que foi
planejado e implementado. Como vimos o Monitoramento tem o propósito de subsidiar
a gestão dos programas com informações tempestivas, sobre a operação e feitos do
programa, simples e em quantidade adequada para a tomada de decisão (Jannuzzi,
2009). Ele é a base que após a implementação seja evidenciado que o que foi
planejado, esteja sendo aplicado, principalmente através de indicadores, que devem

Pública
ser estruturados de forma a aplicar com a realidade. Já a avaliação é o momento de
diagnosticar o que foi implementado, onde tem como propósito de subsidiar a gestão
dos programas com informações mais aprofundadas e detalhadas sobre o
funcionamento e os efeitos do programa, levantadas nas pesquisas de avaliação. A
avaliação vai além do monitoramento, pois é realizado a análise de eficácia, onde
podemos verificar se o que foi implementado está realmente de acordo e gerando o
resultado esperado. É de extrema importância que os instrumentos sejam claros,
objetivos e que todos os envolvidos tenham a clareza do que se busca, pois só assim
o monitoramento e a avaliação se tornam análises de uso eficaz.

Pública

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