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Estado, Governo, Administração Pública

Objetivo de estado: Em termo da função do estado, o art. 3 da constituição da república


federal de 1988 estabeleceu que:

1. Construir uma sociedade livre, justa e solidaria;


2. Garantir o desenvolvimento nacional;
3. Erradicar a pobreza e marginalização e reduzir a desigualdade social e regional;
4. Promover o bem-estar de todos e sem preconceito de origem, raça, sexo ou idade e
qualquer outra forma de desigualdade.

Administração Pública
1. Sentido amplo compreende os órgãos governamentais superiores e suas
respectivas funções políticas de comando e direção, mediante as quais são fixas as
diretrizes e elaborada a atuação do estado (o que nos permite conceber as
políticas públicas);
2. Sentido restrito limita a expressão à abrangência aos órgãos e entidades da
administração que exercem apenas as funções caráter administrativo ( o que nos
permiti a implementação das políticas públicas).
Nota: O estado existe para garantir para a sua população educação, saúde e
segurança. Ad. Direta contratação, descentralização.

Administração direta – é o conjunto de órgão que integram as pessoas políticas do


estado ( união, distrito federal e munícipio) as quais foram atribuídas a
competência para o exercício de forma centralizada as atividades administrativas a
saber: Presidente da república e os seus ministros, governadores e os seus
secretários, prefeitos e os seus secretários.

Administração indireta- é o conjunto das pessoas administrativas que estão


vinculadas as atividades administrativas descentralizadas, a administração indireta
compreende:
Autarquia (agência) são serviços autônimos criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio próprio e para executar as atividades típicas da administração
pública que requerem para o seu melhor funcionamento gestão administrativa e
financeira descentralizada.
Empresa pública é a entidade do estado de personalidade jurídica de direito
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da união ou de suas entidades
de administração indireta, criado por lei para desempenhar atividades de natureza
empresarial que o governo seja levado a exercer a sua gestão por motivo de
conveniência ou contingência administrativo, podendo tal entidade reverter-se de
qualquer das formas admitidas em direito.
Sociedade da economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado criada por lei para exercer as atividades de natureza mercantil sob
a forma de sociedade anônima cujas as ações com direito a voto pertencem, na
sua maioria, a união ou a entidade de administração indireta.

Fundação Pública é a entidade adotada de personalidade jurídica de direito


privado, sem fins lucrativos, criado em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento das atividades de bem-estar coletivo. Que não exisam execução
por órgão ou entidades de direito público, com autonomia administrativa e
patrimônio próprio gerenciados pelos seguintes órgão de direção e financiamento
custeado por recurso da união ou outras fontes.
2. As reformas no Brasil e a natureza das funções

Núcleo Estratégico – corresponde ao governo, em um sentido lato que define as


leis e as políticas públicas, e cobra o seu comprimento, portanto é o setor onde as
decisões estratégicas são tomadas.

Atividades exclusivas da administração pública – é o setor em que são prestados


os serviços que só o estado pode realizar, exemplo: regulamentar, fiscalizar,
fomentar e garantir a segurança pública etc.

Serviços não exclusivo – corresponde ao sector onde o estado atua


simultaneamente com as outras entidades. Exemplos universidades, hospital e
museu etc.

Produção de bens e serviços para o estado – corresponde a área de atuação das


empresas, é caraterizado pelas atividades econômica voltada para o lucro e que
não permanecem no aparelho do estado. Ex.: setor de infraestrutura.

Pressuposto da teoria da intervenção do estado na economia


O estado intervê na economia porque está imbuído e legitimado mediante
sufrágio universal e livre para satisfazer as necessidades dos cidadãos que votaram
no sujeito, não é contudo uma questão meramente económica porque a equidade
ou justiça social também deve ser assegurados. Deste modo são dois os conceitos
de que o estado faz o uso para sua intervenção: Eficiência e equidade.
Eficiência é o rácio entre insumos e produtos.
Equidade é a justiça social que visa satisfazer necessidades coletivas,
individualmente sentidas.
Nota: saúde, educação, segurança não são direito mas sim obrigação do estado
(Mossey, 2000)

Formas e influência teóricas da administração pública


Patrimonialismo
● Características dos estados absolutistas europeu do sec. XVIII;
● O aparelho do estado é a extensão de próprio poder do governante;
● Funcionários são considerados como membro da nobreza;
● O patrimônio do estado se confundem com o patrimônio do soberano;
● Os cargos são tidos como prebendas (Ocupação honrosa de trabalho
diminuto pouco);
● A corrupção e o nepotismo são frequentes a este tipo de administração.
Segundo Luís Carlos Bresser Pereira, o patrimonialismo é substituído em
1936 no Brasil pela administração pública burocrática.

A Burocracia
● Baseada nos princípios da administração do exército prussiano;
● Implantada nos principais países europeus no final do sec. XIX;
● Surgiu para combater a corrupção e o nepotismo do modelo anterior;
● Tida como o modelo ideal de administração;
● Natureza estruturalista a burocracia se baseia em que improviso, a
incerteza e o personalismo não são admitidos.
Caraterística da burocracia para Max Weber
1. Caráter legal normas e regulamentos;
2. Caráter formal das comunicações;
3. Caráter racional e divisão do trabalho;
4. Impessoalidade nas relações;
5. Hierarquia de autoridade;
6. Rotinas e procedimentos modelos;
7. Competência técnica e meritocracia;
8. Especialização na administração;
9. Profissionalismo.
Critica a burocracia
1. Os colaboradores e dirigentes estavam interessados e focalizados
na gestão de suas atividades diárias com base nos regulamentos;
2. Ênfase era colocado no que a lei defendia como sendo o melhor
modo de prestação de serviços públicos;
3. Não havia separação entre política e administração;
4. O foco era colocado nos insumos e não nos produtos;
5. Os processos de decisões não eram flexível então não era possível
o (accountability);
6. Não havia qualquer esforço para a produção de novos modos para
a prestação de serviços públicos de modo a torna-los mais
eficiente e eficazes.

O Gerencialismo
A partir de 1979 apareceu no Reino Unido e EUA, a nova gestão
pública. A nova gestão pública pode ser entendida como a
tentativa da reforma da organização pública através da adoção das
técnicas e ferramentas utilizadas nas organizações privadas.

O principal pressuposto do gerencialismo


As práticas de gestão do sector privado são superiores as práticas
de gestão do sector público. Assim tudo que é público é
ineficiente, menos prático, menos celebre e saí mais caro ao
cidadão que a produção realizada pelo sector privado.

Componentes doutrinais da nova gestão pública (Hood 1991)


1. Poder de gestão profissional atuante;
2. Utilização de medidas explicitas de desempenho;
3. Maior gestão dos resultados;
4. Mudança para uma maior competição no setor público;
5. Ênfase no tipo gestão praticado no setor privado;
6. Mudança para uma desagregação das unidades no setor
público;
7. Ênfase numa maior disciplina e parcimônia na utilização dos
recursos;
Explicação
Poder de gestão profissional atuante: Este componente sugere a
necessidade de uma gestão mais profissional e capacitada nas
organizações públicas. A ideia é que a gestão seja feita por
pessoas com conhecimento especializado em administração,
em vez de políticos ou funcionários públicos sem formação
específica.

Utilização de medidas explícitas de desempenho: Este


componente destaca a importância de medir o desempenho das
organizações públicas e dos seus funcionários de maneira clara
e precisa. Isso permitiria avaliar a eficiência e a eficácia da
gestão, bem como identificar pontos de melhoria.

Maior gestão dos resultados: Este componente defende a


necessidade de uma gestão mais voltada para os resultados, em
vez de apenas para os processos. Isso significa que as
organizações públicas devem ter como objetivo atingir metas e
resultados claros, alinhados aos objetivos da sociedade.

Mudança para uma maior competitividade no setor público:


Este componente destaca a importância de tornar o setor
público mais competitivo, para que ele possa competir com o
setor privado e oferecer serviços de qualidade ao cidadão. Isso
inclui a adoção de práticas de gestão mais eficientes e
inovadoras.

Ênfase no tipo de gestão praticada no setor privado: Este


componente defende a necessidade de adaptar as práticas de
gestão do setor privado para o setor público. A ideia é que o
setor público possa aprender com o sucesso do setor privado e
aplicar essas práticas em sua gestão.

Mudança para uma desagregação das unidades no setor


público: Este componente defende a necessidade de desagregar
as grandes organizações públicas em unidades menores e mais
enxutas. A ideia é que essas unidades possam ser mais ágeis e
eficientes na prestação de serviços ao cidadão.

Ênfase numa maior disciplina e parcimônia na utilização dos


recursos: Este componente destaca a importância de usar os
recursos de maneira mais disciplinada e parcimoniosa. Isso
inclui o uso eficiente dos recursos financeiros, humanos e
tecnológicos, com o objetivo de maximizar o impacto da gestão
e alcançar os objetivos estabelecidos com o mínimo
desperdício de recursos. A ideia é aplicar princípios de
responsabilidade fiscal e utilização racional dos recursos
públicos.

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