Você está na página 1de 36

PROJECTO DO TRABALHO DO FIM DO CURSO DO ANO DE 2017

1. Introdução

O presente projecto constitui o trabalho individual do fim do curso e tem como tema: Avaliação de
Politicas Públicas: Caso da Implementação do SIGEDAP na Direcção Nacional da
Administração Local – MAEFP (2011-2016).

O trabalho é composto por dez capítulos, sendo que Capítulo I, (Introdução,


delimitacaodelimitação da pesquisa, capitulo 2 Contexto, Justificativa, capitulo 3
problematizacaoproblematização, capitulo 4 Objectivos, capitulo5 Hipoteses, capítulo 6 alberga
a metodologia usada para a elaboração deste trabalho, capítulo 7 debruça sobre o quadro teórico
e conceptual, capitulo 8 questoes de pesquisa, capitulo 9 resultados esperados e capitulo 10
referencias bibliográficas;

1.1 Delimitação da pesquisa

Delimitação da Pesquisa

Este projecto de pesquisa pretende avaliar as Políticas Públicas na implementação do SIGEDAP


caso Direcção Nacional da Administração Local – MAEFP (2011-2016)

No que diz respeito a delimitação do objecto do estudo, a pesquisa ira avaliar a política publica
na componente de implementação do SIGEDAP

O estudo compreende o intervalo de 2011-2016, assim, em 2011 entrou em vigor o uso do novo
modelo da política do SIGEDAP no Ministério da Administração Estatal e Função Pública com o
propósito fundamental de Melhorar a atitude e o comportamento dos funcionários públicos
perante o seu trabalho, e tornar os serviços públicos mais operacionais, orientados para
resultados e com enfoque no cidadão e pelo facto de não ter havido a disseminação daquele
dispositivo aos gestores.

1
Já em 2016 segundo o relatório balanço de avaliação e desempenho dos funcionários verificou-se
o uso deficiente da política do SIGEDAP, bem como a insatisfação do funcionário daquela
política.

Entretanto, volvidos cinco anos após a sua implementação na Direcção Nacional da


Administração Local, a sua aplicação efectiva tem-se mostrado aquém das expectativas e
objectivos pelos quais fora concebido.

A preferência por aquela Direcção prende-se pelo facto de ser uma unidade orgânica do MAEFP
que é considerada Direcção de Modelo na materialização de actividades da Governação Local do
Estado.

2. CONTEXTO

Contextualização

Esta pesquisa enquadra-se no contexto de desenvolvimento das políticas públicas como área do
saber, assistiu-se depois da Segunda Guerra Mundial, devido as dificuldades porque passavam
os formuladores de política frente à complexidade cada vez maior dos problemas com que se
deparavam, facto que os levou paulatinamente a buscar ajuda para construção de alternativas e
propostas para soluções; e a atenção de pesquisadores académicos em ciências sociais que
progressivamente passaram a trabalhar com questões relacionadas com políticas públicas e
procuraram construir e aplicar conhecimentos à resolução de problemas concretos do sector
público.

De acordo com Sousa (2006), as políticas públicas enquanto área do conhecimento e disciplina
académica nasce nos EUA, pois neste País, principalmente no domínio académico, chegou-se
ao concenso de que aquilo que o governo faz ou deixa de fazer é possível de ser formulado
cientificamente e analisado por pesquisadores independentes.

Entretanto, o desenvolvimento das políticas públicas como área do saber, assistiu-se depois da
Segunda Guerra Mundial, devido as dificuldades porque passavam os formuladores de política
frente à complexidade cada vez maior dos problemas com que se deparavam, facto que os levou

2
paulatinamente a buscar ajuda para construção de alternativas e propostas para soluções; e a
atenção de pesquisadores académicos em ciências sociais que progressivamente passaram a
trabalhar com questões relacionadas com políticas públicas e procuraram construir e aplicar
conhecimentos à resolução de problemas concretos do sector público.

Segundo C. Lindbloon (1981), diante daqueles problemas sociais que pareciam ameaçar a
sobrevivência humana, foi intensificada a exigência de políticas baseadas em análises mais
amplas e mais cuidadosas. Assim na avaliação de políticas públicas procura-se descobrir como
tornar as políticas mais efectivas, na solução concreta de problemas que afecta a organização.

Portanto, o Governo da República de Moçambique, tem vindo a envidar esforço no sentido de


criar um ambiente favorável perante o exercício das tarefas na Administração Pública, ao
introduzir diversas reformas no sector público.As políticas públicas, são concebidas, decididas e
implementadas por pessoas, que por sua vez são afectadas diversos modos por elas. Todas as
instituições envolvidas em um processo de políticas públicas – a administração, o parlamento,
ONGs, têm as características sociais, políticas e interesses que as tornam, cada uma delas.

Na realidade, sempre a execução de qualquer política pública é um processo complexo que


revela a estruturação e o modo de funcionamento de um sistema político-institucional, a
verdadeira partição do poder político entre os diversos interessados da decisão ou envolvidos
nela (Matos, 2012:79).

Matos (2012) citando Heidemann (2010:37), Aa fase da implementação consiste em uma


adaptação do programa de políticas públicas, às situações concretas que deverá ser enfrentada
(produção dos autpus). Não havendo acção, não há política pública. E as organizações de serviço
são principais instrumentos de implementação de políticas, sem essas estratégias de acção, outras
teriam de ser inventadas, sob pena de os propósitos oficiais públicos não se transformarem em
políticas positivas. Matos citando Heidemann (2010:37)

Fernandez (2008:511) citado por Matos (2012:80) destaca que a fase da implementação não deve
ser percebida de modo simplista, tomando como base a cadeia de decisão política, execução
técnica em feitos, pois essa “simplicidade” de regime se quebra quando se reconhece o papel

3
importante no desempenho da implementação, da existência de redes de actores, grupos e
instituições que estão evolvidos e afectados pelo processo implementadores.

Esta fase “corresponde à execução das actividades que permitem que acções sejam
implementadas com vista a obtenção de metas definidas no processo de implementação das
políticas. Baseada no diagnóstico prévio em sistema adequada de informações, na fase de
formulação são defenidas as metas, mas também os recursos e horizontes temporal da actividade
planificada.

Esta etapa de implementação também se refere ao estágio de planificao administrativo de


recursos humanos do processo político.

Portanto, o Governo da República de Moçambique, tem vindo a envidar esforço no sentido de


criar um ambiente favorável perante o exercício das tarefas na Administração Pública, ao
introduzir diversas reformas no sector público.

A questão da avaliação de Politicas Públicas na implementação do SIGEDAP na Direcção


Nacional da Administração Local, constitui tema que tem suscitado inquietações por parte dos
funcionários daquela unidade orgânica do MAEFP. intelectuaisIntelectuais da área de ciências
sociais e em particular na Administração Pública, sobretudo pelo facto do sector público ser o
que mais abrange a massa laboral em Moçambique.
Foi nesta perspectiva que na função pública moçambicana adoptou-se o SIGEDAP, instrumento
com o qual, se esperava que traga uma avaliação sistemática do comportamento do indivíduo na
função que ocupa suportada na análise objectiva do comportamento do funcionário e agente do
Estado diante dos conhecimentos, habilidade e atitude (CHA), consideradas indispensáveis ao
desempenho da função, bem com o seu potencial de desenvolvimento e consequente
comunicação dos resultados.

O o Governo aprovou através do Decreto nº 55/2009 o Sistema de Gestão de Desempenho na


Administração Pública (SIGEDAP), de 12 de Outubro, que é um instrumento de gestão que
pretende criar um clima de exigência, de mérito e de transparência na acção dos serviços,
identificando os desequilíbrios funcionais, deficiências organizacionais e responsabilizando os
4
dirigentes, funcionários e agentes do Estado na sua acção como servidores do Estado e do
cidadão

O presente projecto insere-se no contexto da avaliação da política pública na implementação do


SIGEDAP na Direcção Nacional da Administração Local (DNAL) que se manifestam a
insatisfação na política

2.1 Justificativa

Justificativa

O interesse pela realização deste estudo tema justifica-se pela importância na actualidade para os
gestores públicos que exercem funções de Direcção e Chefia da necessidade influenciar de forma
positiva no processo de avaliação de desempenho dos programas e actividades acometidas
naquela Unidade Organica do MAEFP.de seus liderados. Suscita também à comunidade
acadêmica, pois a sua avaliação pode merecer mais contribuições para o seu enriquecimento.
A avaliação da implementação das políticas públicas na DNAL, constitui uma actividade que se
reveste de grande importância, não só para as organizações, mas também para as pessoas que a
integram. Este instrumento permite, quando for bem implementado, trazer bons resultados, uma
vez que os funcionários e agentes do Estado vão se sentirem-se comprometidos com o plano de
acitividadesactividades ora assinado entre eles e os seu superiores hierárquicos.
Do ponto de vista científico, a contribuição que se espera é fornecer elementos para a análise da
eficácia e efectividade das políticas adoptadas pelo governo.
A contribuição que se espera desta pesquisa é, aferir a relevância das políticas públicas e por via
disso, sugerir alguns subsídios na perspectiva de uma maior coerência e consistência entre os
instrumentos de planificação, implantação da acção governativa.

O Interesse pelo tema: A pesquisa irá permitir fazer uma reflexão profunda sobre as políticas
públicas.
Viabilidade Executiva
Lacuna na implementação do SIGEDAP, acontece que na DNAL não têm, em muitos casos,
recursos suficientes para executar cabalmente dos seus objectivos, o que acaba afectando
também o desempenho individual dos servidores públicos.
5
3. PROBLEMATIZAÇÃO

Problematização

Para que tais objectivos sejam alcançados, o governo utiliza-se da elaboração de políticas
públicas que consigam atingir objectivos menores, mas que colaboram para as metas
constitucionais. Normalmente, a elaboração dessas políticas são tomadas por
administradores dos mais altos escalões da administração pública, que pouco entende sobre
a realidade, que tal política se dispõe a modificar ou melhorar. Esse erro de cálculo, se é
que pode ser denominado assim, provoca gastos de dinheiro público para que nenhuma ou
pouca melhoria aconteça. No decorrer do tempo, foram sendo sentidas necessidades de
melhorias e de uma investigação sobre as propostas das políticas públicas e seus
verdadeiros resultados, foi então que por volta dos anos 60 foram surgindo sistemas de
avaliação de políticas públicas.

Surgiram também, possibilidades de avaliação das políticas no inicio, na elaboração,


passando pela aplicação e os resultados posteriores. As avaliações afeitas antes mesmo da
implementação da política, são as chamadas ex-ante, as que são feitas após a
implementação, ex-post; tendo também as que são desenvolvidas no decorrer da
implementação do projeto, são as em andamento.

Os sistemas de avaliação de políticas públicas foram implementados em diversos países da


América Latina, justificado pela necessidade de modernização da gestão públicas,
dinamização de legitimação da reforma do Estado (FARIA, 2005). O processo de utilização
da avaliação não ocorreu de forma homogênea, tendo sua fase de maior destaque, na
década de 1980, e continuado na década de 90, a priori, como já foi dito, era posta a serviço
da reforma do Estado.

No entanto, a massificação da avaliação das políticas públicas se deu na década de 60, nos
Estados Unidos da América, mas era considerada apenas como uma ferramenta de
planejamento governamental, apenas para os formuladores de políticas e para os altos
cargos de gerência do governo. Com uma avaliação institucionalizada e com escasso

6
conhecimento acerca do impacto da ação governamental, na década de 60, considerava-se
que apenas a superação do problema da falta de conhecimento daria racionalidade ao
processo de criação de programas. Essa época foi chamada de “era de ouro” por Rossi e
Wright (1984), comoafirma Faria (2005) em seu artigo.

FARIA, Carlos A. P. de. A política da avaliação de políticas públicas. Revista Brasileira de


Ciências Sociais. Vol. 20, nº 59, 2005. Acesso em: 20/09/2007. Disponível em:

A política pública surge como uma forma de equacionar problemas economicoseconómicos e


sociais de maneira a promover o desenvolvimento do país. A importância do campo do
conhecimento de políticas públicas surge com a questão economicaeconómica principalmente no
que se às políticas restritivas de gastos, só mais tarde a área social entra na agenda do governo. O
estudo das políticas públicas, ainda que recentes, surgiu nos Estados Unidos como uma área de
conhecimento acadêmicoacadémico, com ênfase nas acções de governo, sem estabelecer relações
com as bases teóricas sobre o papel do Estado.

Já na Europa, os estudos e as pesquisas se concentravam mais na análise sobre o Estado e suas


instituições do que na produção do governo, desta forma surge como um desdobramento dos
trabalhos baseados em teorias explicativas sobre o papel do Estado e do governo (SOUZA,
2007).

São apresentados uma variedade de modelos tanto de elaboração como de implementação de


polícias públicas por diversos autores, mas a relevância neste estudo reside na sua
trajetóriatrajectória de maneira que possa chegar aos resultados esperados.

Qualquer que seja a visão sobre o dinâmico e complexo processo por onde passa a política
pública é clara a necessária preocupação com a implementação, pois é nesta fase de execução
que permitem que as metas definidas no processo de formulação sejam alcançadas com
sucesso.

Existem visões separam a elaboração da implementação de políticas públicas no processo de


planejamento e coloca-o como um processo de fazer planos. A dissociação entre planejamento e
implementação ou a não preocupação com os requisitos da implementação aumenta a chance de
7
fracasso das políticas públicas. Independente do que seja a política ou a estrutura formal de
autoridade, depende dos implementadores o sucesso ou não do programa. Se eles estão
devidamente preparados e motivados poderão mobilizar os recursos necessários para superar
obstáculos aparentemente insuperáveis. Caso contrário eles poderão sabotar o programa, mesmo
que o sistema de controle seja o mais rigoroso.

De acordo com (Shenga, 2009), mostra que as politicas públicas em Moçambique trouxe mais-
valia nos assuntos ligados diariamente a certos procedimentos considerados cruciais na forma
como as políticas devem ser formuladas, decididas, implementadas e/ou avaliadas.

A ideia do autor acima referenciado remete-nos ao conceito de que políticas públicas são
decisões tomadas pelo governo que afectam a sociedade, implementadas através de instituições
ou órgãos governamentais vocacionadas sem ignorar os procedimentos plasmados pela lei.

Ainda mostram como é que as políticas podem ser compreendidas a partir dos contornos de
alguns modelos teóricos de análise de fenómenos sociopolíticos (tais como os modelos
discursivos, institucionalista sistemática e racionalista), a sua coerência interna com os principais
instrumentos de políticas existentes no pais e como pode ser efectivas.

As políticas visam essencialmente estimular a inquietação construtiva, provocar alteração no


staus quo, inventar uma melhoria (Shenga 2009:7).

Nessa linha pensamento, Mabucanhane (2011), sustenta que os desafios das políticas públicas
têm levantado muitas reflexões entre os especialistas em políticas públicas. Essas reflexões
giram principalmente, em torno dos factores que fundamentam o fracasso de políticas públicas.
Não menos importante, está a discussão sobre como revitalizar as boas práticas na formulação,
implementação, monitoria e avaliação de políticas públicas.

Mabucanhane (2011) cintando Oliveira (2006), procura demonstrar os factores do fracasso de


políticas públicas socorrendo-se na análise conceptual de se pensar no planeamento. Para este
autor, as políticas públicas fracassam por causa da dissociação que se faz entre o planeamento e
o processo de implementação, monitoria e avaliação de políticas públicas.

8
O planeamento em políticas públicas deve ser visto “como um processo e não um produto
técnico somente” (Oliveira, 2006:3).

Matos (2012), "politicas públicas aborda os principais actores do processo de formulação


principais modelos, a formação de agenda, o significado das parecerias, o papel de planeamento,
as questões orçamentais, a participação social, os temas emergentes e a responsabilidades
social".

A essência dos problemas relacionados com a questão das políticas públicas, como as causas e as
consequências da acção dos governos em todos os níveis – federal, estadual e municipal – como
se articulam os diferentes actores, é o papel da governança Pública na ampliação da participação
da sociedade civil na tomada de decisões.

"O processo de implementação das políticas públicas evolve para além da implementação,
entendida como o processo de execução das políticas resultantes do processo de formação de
decisão de políticas públicos inter-relacionados, e políticas, os programas as administrações
públicas e os grupos sociais envolvidos ou que sofrem a acção governamental ou os problemas
sociais" (Pedone, 1986:12).

De acordo com Rocha (2010:139), "afirma que não existe uma forma de avaliar a política, ocorre
a todos os níveis do governo e difere conforme os especialistas que fazem a análise. Dai que os
resultados sejam frequentemente político".

Por seu turno, Pedone (1998:37), "para a avaliação de políticas públicas traz os padrões
distributivos das politicas resultantes, isto é, quem recebe o que, quando e como e que diferença
fez com relação a situação anterior a implementação. Interessa medir até que ponto a
implementação foi ao encontro desejado na política e se o programa da política resolveu ou
aliviou o problema a que se propunha a mudança e se a implementação trouxe resultados aos
beneficiários. "

Figueiredo (1986:112), destaca que a avaliação de políticas dessa natureza enquadra-se


perfeitamente no que se chama de avaliação de processo. O objectivo avaliativo aqui é
acompanhar e aferir se os propósitos, estratégias e execução do programa estão sendo realizados

9
segundo as definições previamente estabelecidas. Na linha de avaliação de processos, a literatura
destaca os seguintes tipos de pesquisa:

a) Avaliação de metas ou resultados;

b) Avaliação de meios metodoiogiametodologia de implantação;

c) Avaliação de relação custo/benefício e/ou custo/resultado.

Avaliação de desempenho pode ser vista como uma ferramenta útil não apenas para avaliar o
trabalho dos trabalhadores, mais também, para o desenvolvimento e motivação dos funcionários.
Ela pode ser usada para recompensar os indivíduos que tenham tido um desempenho. Esse facto
é muito importante porque permite reforçar os comportamentos que tenham produzido fortes
resultados positivo e incentivar os indivíduos para que continuarem a ter um comportamento
similar.

Implementação é um processo que se volta essencialmente para examinar as estruturas as


práticas e comportamento burocrático no momento em que a administração pública age
atender directrizes legislativas ou executivas (Pedone, 1986:29).

Olhando para o exposto surge a seguinte questão: Em que medida a Implementação das
Politicas Públicas - SIGEDAP é eficaz na Direcção Nacional da Administração Local

10
XXXXXXXXX

CONCEITOS

Politicas Públicas

As Políticas Públicas são entendidas como a materialização das intenções do Estado para atingir
objectivos colectivos, através de programas governamentais, tais como combate a pobreza, a
criação de novos impostos, reformas administrativas (Rezende, 2004).

REZENDE, Flávio. Por Que Falham as Reformas Administrativas? Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004

Políticas Públicas

Este é um conceito definido por vários autores, nas mais vastas dimensões e
perspectivas. Sendo influenciados por suas áreas de conhecimento e/ou interesse, cada
autor defini-o à luz de suas percepções.

De acordo com Rocha (2010:26), cintado Dye (1975:1), uma das definições clássicas
de políticas públicas “public policy is whatever governments choose to do or not to
do”, isto é, “políticas públicas é o que os governos optam por fazer ou não fazer”.

Embora possa ser considerada ambígua, esta definição permite-nos explicar aquilo que
se entende, tradicionalmente, por políticas públicas. Em primeiro lugar, trata-se de
políticas desenvolvidas pelo governo e outras autoridades públicas. Os actores não
governamentais podem apenas participar e influenciar o desenvolvimento de políticas.
Em segundo lugar, trata-se de escolhas que visam a produção de resultados, tais como o
aumento de rendimentos dos mais desfavorecidos ou o aumento do nível de formação e
educação. Pelo que as políticas incluem não apenas a criação de uma lei, mas também as
acções subsequentes destinadas a implementar a decisão formulada em lei. Em terceiro
11
lugar, as políticas referem-se ao que os governos fazem, não ao que tencionam fazer;
por outras palavras, as decisões políticas geram outputs. Em quarto lugar, as políticas
públicas podem ser positivas ou negativas, já que a politica de "Laissez faire" e uma
poliicapolítica que pode ter impacto para a sociedade e alguns dos seus grupos.

Em suma, o conceito de políticas públicas esta direcionalmente associado ao conceito


do Estado. Políticas públicas são acções dos órgãos do Estado em ordem a responder a
pretensões dos cidadãos, agrupados ou não. Por isso conclui que portanto, que não
existe políticas públicas sem Estado.

Alem disso, a implementações políticas é, designadamente, das políticas sociais, passa a


ser da responsabilidade desarticulada da Administração Publica. Por outras palavras, da
se a separação entre o processo de decisões e formulações de políticas e sua
implementação (John Stewart 2001).

Rocha (2010:46), advoga que a implementação política se realiza em resposta ao


ambiente e as forças que rodeiam os implementadores das mesmas.

Implementação, constituída pelo planejamento e organização do aparelho administrativo


e dos recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos necessários para executar
uma política. Trata-se da preparação para por em prática a política pública, a elaboração
de todos os planos, programas e projectos que permitirão executá-la. HOGWOOD e
GUNN, citados por SARAVIA (2006) referem que a implementação é possível se as
circunstâncias externas ao agente implementador não impõem obstáculos paralisantes;
se o programa dispõe de tempo adequado e recursos suficientes; se a combinação
precisa de recursos está efectivamente disponível; se a política a ser implementada
baseia-se numa teoria causa-efeito válida; se a relação entre causa e efeito é directa e se
existem poucos, ou nenhum, vínculos de interferência; se as relações de dependência
são mínimas; se existe compreensão e acordo sobre os objectivos; se as tarefas estão

12
totalmente especificadas e na sequência correcta; se há perfeita comunicação e
coordenação; e se as autoridades podem pedir e obter perfeita obediência.

A implementação corresponderia “à execução de atividadesactividades [...] com vistas à


obtenção de metas definidas no processo de formulação das políticas” (SILVA &
MELO, 2000, p. 4). Pressupõe-se que, uma vez criada a política, conformar-se-ia um
processo técnico de implementação (WALT, 1994). Fica clara a distinção entre decisão
e sua operacionalização, que possuem arenas e actores distintos. Essa perspectiva é
denominada top-down ou desenho prospectivo (ELMORE, 1996).

2.5. Avaliação das Politicas Públicas

Guilande (2001) defende que poucos governos estão actualmente engajados no processo de avaliação
sistemática das suas reformas. Assim sendo, o processo de avaliação pode ser considerado como uma
forma de procurar definir o alcance de um determinado projecto ou programa social.

GUILANDE, Jelissa. Avaliação da Politica Nacional de Habitação: O caso do Fundo para o


Fomento de Habitação. Maputo: UEM, 2001

De acordo com a Independent Group – World Bank (2007), avaliação é uma verificação sistemática e
objectiva do andamento ou finalização de uma política, programa ou projecto, seu desenho,
implementação e resultados. Tem como fim último determinar a relevância e a realização dos
objectivos propostos, sua eficácia no desenvolvimento, eficiência, impacto e sustentabilidade.

Por sua vez, Theodolou (2013), diz que avaliação de políticas públicas, consiste na revisão da
implementação de uma política pública para se aferir se está a ser realizado o que foi traçado
como objectivo, as consequências desse processo, são determinados pela descrição do impacto,
ou olhando para algum sucesso ou insucesso tendo em vista o estabelecimento de metas iniciais.

4. OBJECTIVOS

Objectivos da Pesquisa

13
Geral:

 Avaliar as Politicas Públicas na Implementação do SIGEDAP na Direcção Nacional da


Administração Local.

Específicos:

 Avaliação da implementação de Politicas Públicas

 Avaliar o SIGEDAP na Direcção Nacional da Administração Local.

5. HIPÓTESES

Hipóteses

H1: A implementação do SIGEDAP na DireccaoDirecção Nacional da


AdministracaoAdministração Local 2011-2016 contribuir eficazmente para alcance metas
pelo qual foi criado.
H2: A implementação do SIGEDAP na Direcção Nacional da Administração Local seria eficaz,
uma vez que nota-se a fragilidades na execucaoexecução dos programas e planos
actividades devido aos escassos recursos financeiros.

Questões de Pesquisa

Q1 - Porque é que o processo da avaliação de políticas públicas é ineficaz nas organizações?

Q2 – Que avaliação da faz da implantação da p. P. Direcção nacional da administração local?

Q3 – Quais são os factores que influência na implementação do SIGEDAP da Direcção Nacional


da Administração Local?

6. METODOLOGIA
14
6.1. Método de Abordagem

Este trabalho recorreu ao método hipotético-dedutivo, segundo Gil (2007:31), fundamenta-se


quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a
explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar a dificuldade expressa no
problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se
consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tentar tornar falsas as
consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo
confirmar a hipótese.

Método de procedimento
Monográfico
De acordo com Lakatos (2003:108) o método monográfico consiste no estudo de determinados
indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter
generalizações. A investigação deve examinar o tema escolhido, observando todos os factores
que o influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos.
Olhando para este autor, constata-se que o caso da DNAL retrata o estudo do que ocorre numa
instituição, pelo que a sua conclusão pode ser generalizada a outras instituições com casos
semelhantes, pelo que o método de procedimento a ser usado é monográfico. A contribuição deste
método monográfico, reside pelo facto de possibilitar a identificação do local do estudo e o instrumento
de análise.

Método Estatístico – Significa redução de fenómenos sociológicos, políticos, económicos etc. a


termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar as relações dos
fenómenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado
(Marconi &.Lakatos,2003:108).
Para explicar o fenómeno existente no sector do estudo, será feito um levantamento no local,
dados estatísticos que irão ajudar a perceber a avaliação da implementação do SIGEDAP na
Direcção Nacional da Administração Local.

6.2 Técnicas de Pesquisa

15
Técnicas de Pesquisa
Bibliográfica.
De acordo com Gil (2003:50), a técnica bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído fundamentalmente de livros e artigos científicos.
Usando esta técnica, irá se proceder a consulta de diversas literaturas tornada pública por vários
autores.
Documental. A técnica documental socorre-se de materiais que não receberam ainda um
tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da
pesquisa, denominados de documentos de primeira mão, tais como: documentos oficiais,
reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias e gravações (Gil, 2003:51).
Com forma de aplicação desta técnica, para o presente estudo irá se consultar diversos
documentos oficiais tais como Boletim da República, Legislação em vigor, documentos
institucionais, entre outros.
Técnica de entrevista
Esta técnica ira comportar uma entrevista estruturada, onde os entrevistados irão responder
perguntas que estão no guião do pesquisador.

Teoria de amostragem
Para Marconi &Lakatos (2009) amostragem “é uma técnica ou conjunto de procedimentos
necessários para descrever e seleccionar as amostra, de maneira aleatória ou não, e quando bem
utilizado é factor responsável pela determinação da representatividade da amostra”.
No uso desta técnica de amostragem, ira-se usar uma amostragem não probabilística por
julgamento onde o pesquisador ira entrevistar os chefes de Departamento dos Órgãos Locais do
Estado e Chefe de Repartição de Telecomunicações.

Técnica de questionário
O pesquisador ira usar amostragem aleatória simples, onde todos os colaboradores têm a
possibilidade de receber o questionário e responder as questões.

16
6.3 População e amostra

População e amostra

A população deste trabalho, envolve um total de 236 - 110 funcionários, fragmentados em


diversas categorias. O grupo alvo do presente trabalho é de cerca de 24 (amostra) funcionários
da Direcção Nacional da Administração Local (DNAL) e estrutura-se em Departamento de
Governação e Desenvolvimento Local (DGDL); Departamento dos Órgãos Locais do Estado
(DOLE); Departamento do Desenvolvimento e Gestão Comunitária (DDGC); e Repartição das
Telecomunicações (RT).

Distribuição

Estratos Departamentos Funcionários Cálculo Amostra


proporcional
%

DOLE 08 24x8/236 = 8 34

DGDL 09 24x9/236 = 9 38

DGC 03 24x3/236= 3 12

RT 04 24x4/236= 4 16

TOTAL 24 24 100

17
Técnicas de pesquisa; e amostra

Quadro Teórico

Para o presente projecto, a teoria que adequa é de Top-Dowm, que de acordo com H. Pulz,
O.Treib (2002) e Soren Winter (2002), classificaram o estudo sobre a implementação das
politicas publicas, distinguindo três fases: sendo a primeira fase os estudos da implementação
emergiram nos Estados Unidos na década setenta. Até aos finais do ano sessenta,
implementavam as decisões políticas de uma forma neutra. Esta defende que a implementação
começa com a decisão efectuada pelo Governo Central.

Pressuposto da teoria

As teorias de top-dowm partem do pressuposto que a política de implementação começa com a decisão
efectuada pelo governo Central. Estes estudos, baseiam-se na ideia de Estado, como caixa negra inspirada
na análise sistémica.

Assumem um anexo entre a definição das politicas (imputs) e a sua implementação ( outputs)

Assim, entende-se que o pressuposto analítico que regeu a constituição e a consolidação dos
estudos sobre políticas públicas é o de que, em democracias estáveis, aquilo que o governo faz
ou deixa de fazer é passível de ser (a) formulado cientificamente e (b) analisado por
pesquisadores independentes. A trajetória da disciplina, que nasce como subárea da ciência
política, abre o terceiro grande caminho trilhado pela ciência política norte-americana no que se
refere ao estudo do mundo público . (Souza, 2006:22).

O primeiro, seguindo a tradição de Madison, cético da natureza humana, focalizava o estudo das
instituições, consideradas fundamentais para limitar a tirania e as paixões inerentes à natureza
humana. O segundo caminho seguiu a tradição de Paine e Tocqueville, que viam, nas
organizações locais, a virtude cívica para promover o “bom” governo. O terceiro caminho foi o
das políticas públicas como um ramo da ciência política para entender como e por que os
governos optam por determinadas acções (Souza, 2006:22)

18
O pressuposto analítico que regeu a constituição e a consolidação dos estudos sobre políticas
públicas é o de que, em democracias estáveis, aquilo que o governo faz ou deixa de fazer é
passível de ser (a) formulado cientificamente e (b) analisado por pesquisadores independentes. A
traje- tória da disciplina, que nasce como subárea da ciência política, abre o ter- ceiro grande
caminho trilhado pela ciência política norte-americana no que se refere ao estudo do mundo
público Souza (2006:22),

Percursores (ou principais autores ligados ao desenvolvimento da teoria)

Os “pais” fundadores da área de políticas públicas

Considera-se que a área de políticas públicas contou com quatro grandes “pais” fundadores: H.
Laswell, H. Simon, C. Lindblom e D. Easton. Laswell (1936) introduz a expressão policy
analysis (análise de política pública), ainda nos anos 30, como forma de conciliar conhecimento
cientí- fico/acadêmico com a produção empírica dos governos e também como forma de
estabelecer o diálogo entre cientistas sociais, grupos de interesse e governo (2006:23).

Os percursores da teoria Segundo Rocha (2010:132), são Pressman e a Wildasky (1973) , os


quais estudaram um caso de um programa de desenvolvimento em Oakland. Eugene Bardach
(1977), The Implemenation, Game o qual analise o processo de implementação como um jogo
em que os jogadores são os actores que prosseguem os seus próprios interesses. E. Hargrove
( 1975) e Richard Elmore (1976), Mazmaniam Sabatier(1981), Effective Politicy
implemenntattion defendia a separacao clara entre a formação das politicas e a sua
implementação. Van Meter e Van Horn ( 1975) ofereceram um modelo de analise do processo
de implementação.

Criticas que recebeu (positivas e negativas)

Positivas
19
Pressman e Wildavsky tiveram um efeito detonador no processo de produção científica na área
de políticas públicas, uma vez que não havia a literatura para analise e avaliação.

Posteriormente, com a popularização das metodologias participativas de avaliação e com o


crescente reconhecimento (e propaganda) da avaliação como instrumento de “empoderamento”
dos beneficiários, a avaliação começou a levar em consideração, de maneira mais sistemática, as
necessidades e as expectativas dos beneficiários dos programas. A reforma gerencialista do
Estado, com sua ênfase nos resultados, em detrimento dos processos, e na satisfação daqueles
que passaram a ser denominados “clientes”, viria a sacramentar a ênfase nos beneficiários (Faria,
2005: 105).

Negativas

A crítica ao desenho hierárquico da avaliação e a percepção das limitações de seu panejamento


top-down levaram, primeiramente, a que se prestasse mais atenção nos agentes encarregados da
implementação ou na chamada street level bureaucracy, percebidos a partir da década de 1970
como capazes de muito mais autonomia do que aquela concebida pelos modelos tradicionais de
planejamento (Pressman e Wildavsky, 1973; Lipsky, 1980).

Demonstraram as deficiências na implementação de políticos públicos relacionados com as


escolhas dos instrumentos.

A outra crítica surge dos adeptos da teoria bottom-up, os quais enfatizam a influência dos
funcionários adstritos à implementação.

Falta de literatura académica para a questão de implementação das políticas públicas.

Aplicabilidade (da teoria para sustentar o tema de pesquisa, ou seja, como o tema será
analisado à da teoria).

Esta teoria tem a aplicabilidade na avaliação de políticas públicas na implementação do SIGDAP


na DNAL

20
7. QUADRO TEÓRICO E CONCEPTUAL

7.1 Quadro Teórico

7.2 Quadro Conceptual

Por sua vez, Theodolou (2013), diz que avaliação de políticas públicas, consiste na revisão da
implementação de uma política pública para se aferir se está a ser realizado o que foi traçado
como objectivo, as consequências desse processo, são determinados pela descrição do impacto,
ou olhando para algum sucesso ou insucesso tendo em vista o estabelecimento de metas iniciais.

Segundo Cloete e Coning (2011), a avaliação de política é normalmente estudada


sistematicamente por três (3) razões:  Para ter melhor conhecimento científico sobre o
desempenho das políticas públicas;  Para melhorar o processo de políticas, conteúdos e
resultados;  Para influenciar ou controlar processo de políticas e conteúdo e, para ter a garantia
dos resultados desejados.

21
Segundo Theodoulou e Cahn (2012), avaliação de política é importante porque ela permite que a
prestação de contas seja medida empiricamente, faz com que os polics makers tenham
informação rígida sobre questões básicas que emanam da implementação de política ou
programa, fornece informação se a política ou programa em questão alcança as metas
determinadas e a que custos essas estão a ser alcançadas.

3.1.5. Avaliação de Políticas Públicas


Não existe consenso quanto ao que seja Avaliação de Políticas Públicas, pois o conceito admite
múltiplas definições, algumas delas contraditórias. Este facto, se explica justamente porque a
área de Políticas Públicas é perpassada por uma variedade de disciplinas, instituições e
executores, abrangendo diversas questões, necessidades e pessoas (TREVISAN & BELLEN,
2008). Todavia, neste trabalho são avançados conceitos como o de LIMA et al. (1978: 4), apud
FIGUEIREDO & FIGUEIREDO (1996), advogando que:
Avaliação de Políticas Públicas é a análise crítica do programa (política) com o objectivo de
apreender, principalmente, em que medida as metas estão sendo alcançadas, a que custo, quais os
processos ou efeitos colaterais que estão sendo activados (previstos ou não previstos, desejáveis
ou não desejáveis) indicando novos cursos de acção mais eficazes.
Contudo, como lembra BARRY (1975: p.340) citado por FIGUEIREDO & FIGUEIREDO
(1996), avaliar é atribuir valor: é determinar se as coisas estão boas ou más. A avaliação Política
consiste, portanto, em atribuir valor às políticas, às suas consequências, ao aparato institucional
em que elas se dão e aos próprios actos que pretendem modificar o conteúdo dessas políticas.
Para tanto é necessário estabelecer critérios de avaliação que nos permite dizer por quê uma
política é preferível à outra. Na medida em que envolve princípios políticos, cuja relevância é
dada por sua conexão com alguma conexão de bem-estar humano, e as prioridades a serem
observadas entre eles, a análise de avaliação terá sempre um carácter complexo e controverso.

De acordo com Heywood (1997), citado por Bambo (2009:38), a política é a actividade através
da qual as pessoas fazem, preservam e emendam as regras gerais sobre as quais vivem.
Para Pereira (2006:213), a política compreende um conjunto de acções e procedimentos que
visam à resolução pacífica de conflitos em torno de alocação de bens e recursos públicos.

22
Pedone (1986), considera Políticas Públicas a acção ou inacção, causas e impacto da acção
governamental para a sociedade e seus problemas.
Políticas Públicas – é toda decisão conformadora, em princípio de carácter inovador, que é
acompanhada das medidas necessárias para a sua continuidade e execução, Sousa (2006:11).
Avaliar é atribuir valor: é determinar se as coisas são boas ou más. A avaliação política consiste,
portanto, em atribuir valor às políticas, às suas consequências, ao aparato institucional em que
elas se dão e aos próprios actos que pretendem modificar o conteúdo dessas políticas (Figueiredo
e Figueiredo, 1986:108).

Análise de Políticas Públicas

Por seu turno, Dye (1976), citado por UNICAMP (2002:7), Políticas Públicas é a descrição e
explicação das causas e consequências da acção do governo centrando-se nas instituições,
estruturas do governo e a nível comportamental.
Fazendo a Olhando para o conceito acima referenciado entende-se de Políticas Públicas trata-se
de um processo que abrange a descoberta dos motivos e as necessidades de formulação e
implementação das Políticas Públicas bem como os benefícios ou os resultados e impactos que
poderão ser trazidos pela materialização das mesmas.
Os dois autores, convergem ao mencionar que a Política é uma actividade que se guia pelas
regras.
Estes conceitos dão a entender que a Política é uma actividade exercida por um indivíduo ou
grupo de indivíduos com finalidade de solucionar os problemas da sociedade.
Segundo Easton (1953:130) citado por UNICAMP (2002), considera uma Política a teia de
decisões que alocam valores. Mais especificamente, Jenkins (1978:15), política é um conjunto de
decisões inter-relacionadas, concernindo à selecção de metas e aos meios para alcança-las dentro
de uma situação especificada.

Avaliação de metas: eficácia objectiva


A avaliação de metas talvez seja o tipo mais simples e comum, e o mais difundido. Em geral é
feita pelos próprios órgãos encarregados da execução da política. Enquadram-se aqui os
relatórios anuais das entidades e as estatísticas que estes produzem com o intuito de demonstrar
23
que "cumpriram Com as expectativas", no que se refere ao volume e à qualidade de produto. O
critério de sucesso usado é o da eficácia objectiva, isto é, se as metas atingidas são iguais,
superiores ou inferiores às metas propostas. O modelo analítico empregado para a aferição do
sucesso ou fracasso do programa consiste em medir se a diferença entre a meta atingida e a
proposta está dentro de limites toleráveis. Estes limites ditam a faixa do sucesso/fracasso da
política (Figueiredo e Figueiredo, 1986:112).

Os “pais” fundadores da área de políticas públicas


Considera-se que a área de políticas públicas contou com quatro grandes “pais” fundadores: H.
Laswell, H. Simon, C. Lindblom e D. Easton. Laswell (1936) introduz a expressão policy
analysis (análise de política pública), ainda nos anos 30, como forma de conciliar conhecimento
cientí- fico/acadêmico com a produção empírica dos governos e também como forma de
estabelecer o diálogo entre cientistas sociais, grupos de interesse e governo. Simon (1957)
introduziu o conceito de racionalidade limitada dos decisores públicos (policy makers ),
argumentando, todavia, que a limitação da racionalidade poderia ser minimizada pelo
conhecimento racional. Para Simon, a racionalidade dos decisores públicos é sempre limitada por
pro- blemas tais como informação incompleta ou imperfeita, tempo para a to- mada de decisão,
auto-interesse dos decisores, etc., mas a racionalidade, segundo Simon, pode ser maximizada até
um ponto satisfatório pela cria- ção de estruturas (conjunto de regras e incentivos) que enquadre
o comportamento dos atores e modele esse comportamento na direcção de resultados desejados,
impedindo, inclusive, a busca de maximização de inte- resses próprios. Lindblom (1959; 1979)
questionou a ênfase no racionalismo de Laswell e Simon e propôs a incorporação de outras
variáveis à formulação e à aná- lise de políticas públicas, tais como as relações de poder e a
integração entre as diferentes fases do processo decisório o que não teria necessaria- mente um
fim ou um princípio. Daí por que as políticas públicas precisari- am incorporar outros elementos
à sua formulação e à sua análise além das questões de racionalidade, tais como o papel das
eleições, das burocracias, dos partidos e dos grupos de interesse. Easton (1965) contribuiu para a
área ao definir a política pública como um sistema, ou seja, como uma relação entre formulação,
resultados e o ambiente. Segundo Easton, políticas públicas recebem inputs dos partidos, da
mídia e dos grupos de interesse, que influenciam seus resultados e efeitos.
O que são políticas públicas
24
Não existe uma única, nem melhor, definição sobre o que seja política pública. Mead (1995) a
define como um campo dentro do estudo da política que analisa o governo à luz de grandes
questões públicas e Lynn (1980), como um conjunto de acções do governo que irão produzir
efeitos específicos. Peters (1986) segue o mesmo veio: política pública é a soma das actividades
dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vida dos
cidadãos. Dye (1984) sintetiza a definição de política pública como “o que o governo escolhe
fazer ou não fa- zer”.3 A definição mais conhecida continua sendo a de Laswell, ou seja,
decisões e análises sobre política pública implicam responder às seguintes questões: quem ganha
o quê, por quê e que diferença faz (Sousa, 2006: 24).

Apresentação dos instrumentos de colecta de dados (entrevista e/ ou questionário)


Revisão e apresentação da Estrutura do Trabalho de Fim do Modulo

A aplicabilidade de qualquer inovação na gestão pública, externamente gerada, deverá ser


cuidadosamente analisada à luz do contexto local e rejeitada, adoptada ou adaptada, de acordo
com a necessidade’ (Schiavo-Campo & Sundaram, 2001: 11). Quando os especialistas locais e
estrangeiros se reúnem para diagnosticar os muitos fracassos registados em África, o consenso
que emerge é o de que muitas vezes os factores sociais, culturais e políticos do continent

8. QUESTÕES DE PESQUISA

25
O desenvolvimento do presente tema insere-se na Estratégia Global de Reforma do Sector
Público (2001 - 2011), no quadro das reformas que o país tem vindo a introduzir e visa agregar
valor sobretudo na componente de responsabilização e reforço da capacidade humana enquanto
servidor público. Estando em processo de implementação, esperam-se indicadores e evidências
das mudanças que esperam alcançar ao nível do sector público. Este instrumento na sua
aplicação goza de primazia nos critérios de avaliação, os tais que importa verificar de que forma
asseguram os objectivos definidos assumindo-se que a avaliação de desempenho constitui o
epicentro do SIGEDAP e o seu sucesso depende da conjugação de todos os outros factores
estruturais que o compõem (planos harmonizados com recursos materiais, humanos e financeiros
metas e objectivos claros).
A questão da avaliação de desempenho, na Gestão de Recursos Humanos constitui tema que tem
suscitado inquietações por parte dos intelectuais da área de ciências sociais e em particular na
Administração Pública, sobretudo pelo facto do sector público ser o que mais abrange a massa
laboral em Moçambique.
Face à situação acima descrita faz levantar a seguinte questão: Em que medida avaliação de
desempenho contribui no desempenho dos funcionários da Direcção Nacional da
Administração Local no MAEFP?

Justificativa

A escolha do presente tema justifica-se pela sua importância na actualidade para os gestores
públicos que exercem funções de Direcção e Chefia da necessidade influenciar de forma positiva
no processo de avaliação de desempenho de seus liderados. Suscita também à comunidade
académica pois a sua análise pode merecer mais contribuições para o seu enriquecimento.
Ademais, a aplicação da matéria considerada pode contribuir para mudanças significativas na
avaliação e desempenho dos funcionários públicos.

26
Problematização

A avaliação de desempenho possibilita e estabelece uma perspectiva de desenvolvimento com a


participação activa do colaborado. A valorização do ser humano é um factor que volta a ser
discutido e empregado nas organizações. O homem é um ser que possui necessidades, desejos e
sentimentos que precisam ser considerados e analisados, pois influenciam o desempenho das
suas funções na organização.
É preciso não somente prever problemas, mas corrigi-los e um dos melhores instrumentos que
dispõem as empresas para antecipar-se ao curso dos acontecimentos é investir nas pessoas.
Portanto faz-se necessário que as empresas apresentem uma proposta transparente de intenções
através de uma cultura organizacional que dissemine o que se espera dos colaboradores
investirem em pessoas dá retorno líquido e certo.
No actual contexto vivenciado pelas organizações, caracterizado pela crescente competição, a
avaliação de desempenho vem ganhando espaço como uma ferramenta de aprimoramento do
controle sob as operações e suas estratégias de forma alinhada com os objectivos institucionais
(Crispim e Lugoboni: 2012).
Entretanto, até a presente data, a avaliação de desempenho na literatura é uma linha de
pensamento a qual não se encontra consolidada, seus conceitos geralmente são apresentados de
forma genérica, uma vez que não há consenso entre os estudiosos da área sobre os procedimentos
a serem realizados (Cunha:2013).

Avaliação de desempenho pode ser definida como uma ferramenta de gestão a qual deve estar
alinhada aos objectivos e metas organizacionais, com fins de confeccionar e difundir
conhecimentos de um determinado contexto da organização, auxiliando os gestores na escolha e
desenvolvimento de acções para melhorar o desempenho e assim atingir metas estabelecidas
(Bortoluzzi: 2013).

27
4.4 Implementação

A implementação é o momento onde as alternativas escolhidas ou políticas aprovadas no


processo decisório são transformados em actos.

O processo de colocar em acção as directrizes ou decisões emanadas pelo Governo, que


culminaram com a adopção do SIGEDAP, envolve todas instituições da administração pública
moçambicana. Pelo que o modelo que mais se adequa a esta fase é o institucional. Analisar a
implementação com base no modelo institucional é procurar entender como o contexto
institucional influência na materialização de políticas públicas.

Assim, implementação do SIGEPAD é influênciado pela dinâmica contextual, caracterizado


pelas reformas, no qual o sector público no geral está envolvido. Desse modo, a materialização
do SIGEDAP, é alcerçado pela reforma do sector público consubstaciando com Estatuto Geral

28
do Funcionário e Agente do Estado, que no seu artigo 3, conjugado com o n.º 1 do artigo 62,
abre espaço para criação de uma norma complementar concernente a avaliação do desempenho
do funcionário e agente público. Neste sentido, percebe-se que o contexto institucional no qual
o sector público atravessava é determinante na implementação do instrumento.

4.5. Avaliação

Segundo Howlett e Ramesh (2009), o fundamental ao avaliar as políticas públicas é o impacto,


efeitos e mudanças trazidos pela política.
Ao avaliar o modelo SIGEDAP, usando as lentes do modelo viabilidade política é buscar nos
seus resultados, directrizes, políticas e programas que possam operacionalizar o instrumento
programático. Neste sentido, para o modelo SIGEDAP seja operacional de forma eficiente e
eficaz, é necessário que haja meios e recursos adequados para sua execução; que seja difundido
em todos níveis e sectores do Estado. Acontece que as instituições públicas não têm, em muitos
casos, recursos suficientes para executar cabalmente dos seus objectivos, o que acaba afectando
também o desempenho individual dos servidores públicos. Ainda, a adopção do SIGEDAP
enfrenta problemas de resistência as mudanças, pois o instrumento não agrada a todos indivíduos
nele vinculados.

29
9. RESULTADOS ESPERADOS

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sousa, C. (2006). Politicas Públicas: Uma revisão da Literatura Sociológica, Porto Alegre no 8

SOUZA, C. Estado da arte da pesquisa em políticas públicas. In.: HOCHMAN, G. ; ARRETCHE, M.;
MARQUES, E. (org.) Políticas públicas no Brasil . Rio de Janeiro : Editora FIOCRUZ, 2007. p.65-86.

30
Pedone, L. (1986). Formulação, Implementação e Avaliação de Políticas Públicas. Brasília-FUNCEP
ROCHA, O. Gestão do processo político e políticas públicas, Escolas editores, Lisboa: 2010;
SARAVIA, E. Introdução à teoria da política pública: 21-39, in FERRAZI, E. SARAVIA, E. (org.), Políticas
Públicas, Brasília, ENAP, 2006;
SILVA, P. L. B. & MELO, M. A. B. 2000. O processo de implementação de políticas públicas no Brasil:
características e determinantes da avaliação de programas e projetos. Caderno NEPP/UNICAMP,
Campinas, n. 48, p. 1-16. Disponível em: http:// governancaegestao.files.wordpress.com/2008/05/
teresa-aula_22.pdf. Acesso em: 20.set.2013.

5 AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

De acordo com a UNICEF (1990) citado por Cunha (2006), avaliação, trata-se do exame sistemático e
objetivo de um projeto ou programa, finalizado ou em curso, que contemple o seu desempenho,
implementação e resultados, com vistas à determinação de sua eficiência, efetividade, impacto,
sustentabilidade e a relevância de seus objetivos. O objetivo da avaliação é orientar os tomadores de
decisão, no que diz respeito quanto à continuidade, necessidade de correções ou mesmo suspensão de
uma determinada política ou programa. Segundo Almeida (2008), a avaliação tem sido instrumento de
gestão valioso para o conhecimento e a viabilização de programas e projetos, para o redirecionamento,
quando se fizer necessário, de seus objetivos, até mesmo para a reformulação de rumos e propostas,

fornecendo subsídios para tomadas de decisão, a avaliação das políticas não pode simplesmente ser
apenas um instrumento de aperfeiçoamento ou redirecionamento dos programas empreendidos pelo
governo, mas principalmente, uma ferramenta capaz de prestar contas à sociedade das ações
governamentais.

31
Implementação de uma política

Na perspectiva de as analise de políticas públicas, esta etapa é fundamental porque é nela que a
política, até então quase feita exclusivamente de discursos e de palavras, se transforma em
factos concretos. A implementação da políticas é a continuação da luta política com outros meios
e cenários diferentes.

Um erro que se comete com certa frequência é considerar o processo de implementação somente
do ponto de vista técnico, um problema de falha do ponto de vista administrativo ou dificuldades
na aplicação de determinada técnica de gestão pública. Considerar este problema principalmente
técnico é de uma simplificação ingénua, pois deixa de lado o carácter conflitivo do processo ou
seja, sua demissão política.

As políticas públicas, são concebidas, decididas e implementadas por pessoas, que por sua vez
são afectadas diversos modos por elas. Todas as instiuicoes envolvidas em um processo de
política pública – a administração, o parlamento, ONGs, têm o características sociais, políticas e
interesses que que as tornam, cada uma delas.

Na realidade, sempre a execução de qualquer política pública é um processo complexo que


revala a estruturação e o modo de funcionamento de um sistema político-institucional, a
verdadeira peparticao do poder politico entre os diversos interessados da decisão ou envolvisos
nela. Pg 79

A fase da implementação consiste em uma adaptação do programa de políticas públicas, às


situações concretas que deverão ser enfrentadas (produção dos autpus). Não havendo acção, não
há política pública. E as organizações de serviço são principais instrumentos de implementação

32
de políticas, sem essas estratégias de acção, outras teriam de ser inventadas, sob pena de os
propósitos oficiais públicos não se transformarem em politicas positivas. Matos citando
Heidemann ( 2010:37)

Fernandez (2008:511) citado por Matos (2012:80) destaca que a fase da implementação não
deve ser percebida de modo simplista, tomando como base a cadeia de decisão política,
execução técnica em feitos, pois essa “simplicidade” de regime se quebra quando se reconhece o
papel importante no desempenho da impelementacao, da existência de redes de actores, grupos e
instituições que estão evolvidos e afectados pelo processo implementadores.

Esta fase “corresponde à execução das actividade que permitem que acções sejam
implementadas com vista a obtenção de metas definidas no processo de implementação das
politicas. Baseada no diagnostico prévio em sistema adequada de informações, na fase de
formulação são defenidas as metas, mas também os recursos e horizontes temporal da actividade
planificada.

Esta etapa de implementação também se refere ao estagio de planificao administraivo de


recursos humanos do processo politico.

Há algumas perguntas que contribuem para identificar problemas neste momento, por exemplo:
exisem tempo e recursos (materiais e humanos) suficientes para colocar essas acções em em
pratica? A relação causa-efeito/meios-fins é adecuada? Há comunicação e coorenacao
perfeitas? Para se colocar as acções de gorno em pratica, “de maneira adecuada, é preciso que a
poliica relacione a causa (do problema) com efeito desejado (a solução proposta). Os resultados
dessa etapa do processo (outcomes) constitui-se no impacto do programa ou política
implementada. Pg 80

Ao colocar em práica uma política publica, podem ser identificadas duas perspectivas de analise
que podem ser vistas como propostas complementares entre si. São os modelos top-down e
bottom-up

O modelo top-down descreve a implementação como um processo que vai de de cima (nível
poliico), para abaixo (nível técnico) trata-se de um modelo linear ou administraiva, mais ideial e

33
real, já que não leva em conta que na realidade, dificilmente se dariam as condições que
permitem a perfeita implementação.

Embora a implementação de politicas estejam concentradas nas mãos dos gestores e daqueles
que fazem o seu acompanhamento, monitoria ou controle interno, indivíduos de natureza privada
também podem realizar tarefas importantes para fazer com que a uma determinada papel saia do
papel. Pois o problema de implementação de uma politica deve ser concebido como para se obter
cooperação presssupoe uma abordagem decisória de natureza participativa e dialógica. Pg 81

Dimensão institucional

Falta de clareza na definição de objectivos, metas estratégias ;

Inadequação da teoria que informa a concepção da política;

Diversidade de atores envolvidos na execução da política;

Inexperiência dos atores com as estratégias de implementação;

Incompatibilidade entre a natureza da política e as técnicas de gestão e forma de organização do


trabalho.

Dimensões Organizacional

 Excesso de burocracia (resistência à mudança ou à inovação;

 Tarefas fragmentadas e vários níveis hierárquicos;

 Departamentos isolados/desarticulados;

 Ausência de informações confiáveis e precisas para monitorar a implementação;

 Baixo grau de comunicação entre decisores e executores;

 Ausência de profissionais especializados;

 Inexistência ou baixo índice de incentivos para melhorar a gestão;

34
 Falta de motivação dos funcionários (baixos salários e ausência de política de
actualização e capacitação);

Rotatividades de atores políticos.

Dimensão ambiental

 Dificuldade de participação dos beneficiários da política ( baixo nível de informação, de

influencia e de organização);

 Distancia entre os órgãos centrais de tomada de decisão e os executores da política.

Em resumo, a importância de estudar a fase de implementação está na possibilidade de


visualizar, por meio de instrumentos analiicos mais estruturados, obstáculos e as falhas que
constumam acontecer essa fase do processo nas diversas áreas política publicas (educação saúde
habitação saneamento, gestao) “Mais do que isso, estudar a fase de implementação também
significa visualizar erros anterios à tomada de decisão, a fim de dectetar problemas mal
formulados, objectivos mal traçados, optimismos exagerados. (Matos 2012 : 83), citando (Secci
2010:45).

Globalização, Estado e Governo

A discussão política hoje, qualquer que seja, deve passar necessariamente por considerar o
fenomino da globalzacao, pois constiui um processo um processo que evolve as sociedades
hunmanas de tal modo que as articulações locais muitas vezes sofrem mais influencia do global.
Do mesmo modo ocorre com as politicas publicas. Pg 23

A definição de PP

Considerada uma área do conhecimento contido na ciência polica, as politicas publicas foram
adquirindo autonomia e Status científico a partir do século XX na Europa e Estados Unidos. Em
1936, Horold D. Lasswell publica o livro: quem ganha o que, quando e como, titulo considerado
uma das definições politicas. Na Europa, esses estudos tinham por objectivo analisar e explicar o

35
papel do Estado e das suas organizações mais importantes na produção das políticas públicas. Já
nos Estados Unidos, bem como no Brasil, a enfase se deu acção dos Governos. pg 10

36

Você também pode gostar