Nos processos de monitoramento e avaliação é possível observar que muitos
projetos de interesse público acabam esbarrando em obstáculos que, quando não inviabilizam sua execução, provocam atrasos nos cronogramas e desperdício de recursos. Tais situações ocorrem, muitas vezes, pela falta de visão sistêmica de dirigentes e gerentes que não levam em conta, nas etapas de elaboração de seus projetos, fatores críticos para o seu desenvolvimento, em especial a importância da integração dos recursos disponíveis.
Com o objetivo de apresentar uma alternativa que possa contribuir para
minimizar tais problemas, a Enap buscou, na parceria com a Escola Canadense do Serviço Público – CSPC, um curso capaz de oferecer essa visão integrada na utilização de recursos.
A perspectiva de viabilizar aos participantes a oportunidade de refletirem a
respeito da importância da integração de recursos na gestão de projetos e dos processos de trabalho tem estimulado a Enap para que esse desafio seja superado. A realização do curso Gestão Integrada na Administração Pública é mais uma contribuição da Escola para a melhoria do Serviço Público Brasileiro.
O curso tem o objetivo geral de oferecer ao participante um panorama dos
elementos constituintes da gestão pública que influenciam o planejamento, a implementação e a avaliação de políticas públicas. É apresentada uma visão estratégica de gestão integrada, a qual abrange a discussão do papel do Estado e do controle social, como também especificidades da administração pública, cenários e fatores intervenientes no ciclo das políticas públicas.
A leitura do material pré-Curso é recomendada para o desenvolvimento
adequado do processo de ensino-aprendizagem. Relação de Textos para leitura dos estudantes
Sugerimos um roteiro de leitura para uma melhor compreensão do encadeamento das
ideias e dos conceitos que serão trabalhados no curso GIAP:
TÓPICO 1. ESPECIFICIDADES DO SETOR PÚBLICO:
1. Enrique Saravia. Introdução à Teoria da Política Pública. Coletânea de
Políticas públicas. Volume 1- Enap (Organizadores: Enrique Saravia e Elisabete Ferrarezi). 21p. à 42p.
2. Henry Mintzberg – Administrando governos, governando administrações –
Revista do Serviço Público – Ano 49. Número 4, Enap, 1998. 148p. à 164p.
TÓPICO 2. POLÍTICAS PÚBLICAS
3. Maria das Graças Rua. Política Pública e Políticas Públicas no Brasil: conceitos básicos e achados empíricos. 1p à 18p.
4. Klaus Frey. Políticas Públicas: Um Debate Conceitual e Reflexões Referentes á
Prática da Análise de Políticas Públicas no Brasil. 211p à 259p.
TÓPICO 3. PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E CONTROLE
5. Eugênio Andrade Vilela dos Santos. O Confronto entre o Planejamento
Governamental e o PPA. In José Celso Cardoso Jr. (0rganizador). A Reinvenção do Planejamento Governamental no Brasil. Diálogos para o Desenvolvimento. Volume 4. Brasília. IPEA, 2011. 307p à 336p.
6. F. G. Heidemann e J. F. Salm (organizadores). Políticas públicas e
desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análise. 2ª edição. Brasilia: UNB, 2010. Capítulo 1. TÓPICO 4. FERRAMENTAS DE IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 7. Jean Marlo Pepino de Paula. Riscos em Obras Públicas e o Regime de Contratação Integrada. Radar nº 26. Brasília. IPEA, 2013. 37p. à 46p.
8. Paulo de Tarso Linhares e Roberto Pires Messenberg. Consórcios e
Características Municipais: Avanços na Cooperação Federativa? Boletim Análise Política nº 6. Brasília. IPEA. 2014. 61p. à 70p.
TÓPICO 5. GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
9. Inovações e Tendências Globais nas Práticas de Gestão de Recursos Humanos (Sally Coleman Selden/ Peters, B. Guy e Pierre Jon. Administração Pública – Coletânea. UNESP e ENAP)
10. H. K. do Amaral, Desenvolvimento de Competências de Servidores na
Administração Pública Brasileira. Revista do Serviço Público. v. 57, p. 549-563. Brasília. ENAP, 2006.
Políticas públicas e compliance em desenvolvimento urbano: instrumentos de políticas públicas, participação popular e compliance ambiental na ordenação territorial