Você está na página 1de 5

DISCIPLINA: ANÁLISE DE POLÍTICAS SOCIAIS

CURSO: MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS


PROFESSORA: MARTA FERREIRA SANTOS FARAH (turma 1) / CIBELE FRANZESE (turma 2)
DEPARTAMENTO : GEP

1º SEMESTRE 2013

PROGRAMA

OBJETIVOS DA DISCIPLINA
A disciplina tem por objetivo apresentar aos alunos um quadro de referência analítico para o estudo
e a análise de políticas públicas, discutindo questões relativas à constituição da agenda, à
formulação e à implementação das políticas e ao processo de avaliação. Esse quadro analítico
deverá servir de apoio à uma atuação qualificada no campo de política pública e gestão pública (no
campo de públicas).

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Os objetivos de aprendizagem da disciplina estão apresentados na tabela abaixo, demonstrando como
contribuem para os objetivos do MPGPP.
Grau de
Objetivos do MPGPP Objetivos da disciplina
contribuição
Apresentar aos alunos conceitos e teorias de política pública e
situá-las em termos da trajetória do campo de política pública,
Conhecimento em discutindo políticas específicas à luz deste referencial.
gestão e políticas Ao final da disciplina, os alunos deverão ser capazes de ●●●
públicas identificar fatores que interferem na formação da agenda, no
processo de formulação e na
implementação de políticas, assim como conhecer tipos e
estratégias deavaliação.
Com base no conhecimento sobre teorias de políticas públicas,
os alunos deverão ser capazes de identificar elementos centrais
Diagnóstico e proposição
à elaboração de um diagnóstico de política e à busca de ●○○
de soluções
soluções, considerando as diferentes “etapas” do processo de
política pública e a presença de problemas complexos.
Embora não tenha foco em procedimentos metodológicos, a
Metodologia científica discussão de diferentes teorias permitirá aos alunos contato ●○○
com fundamentos de diferentes opções metodológicas.
A disciplina oferece fundamentos para que os alunos atuem
como agentes de transformação, participando de processos de
inserção de temas na agenda governamental, de formulação de
Agente de transformação ●●○
políticas, de implementação e de avaliação. Os alunos deverão
ser capazes de atuar em ambientes marcados pela complexidade
e de contribuir para a busca de soluções para “wicked
problems”.

1
CONTEÚDO
1. Conceito de política pública e problematização;
2. Campo de política pública e ciclo de política pública
3. Formação da agenda e formulação de política pública
4. Implementação
5. Avaliação de políticas públicas.
6. Temas transversais: relações intergovernamentais; intersetorialidade e
transversalidade; o papel da burocracia na implementação.

METODOLOGIA
A disciplina será desenvolvida por meio de aulas expositivas e de seminários e da discussão pela
classe dos temas abordados pela disciplina, com base na leitura de textos indicados e em exercícios
de aplicação do instrumental analítico no estudo de políticas públicas selecionadas.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Exercícios / participação./seminários ...60%
Trabalho final ................................................. 40%

BIBLIOGRAFIA

ARRETCHE, Marta. Uma contribuição para fazermos avaliações menos ingênuas. In: BARREIRA,
Maria Cecília Roxo Nobre e Maria do Carmo Brant CARVALHO (orgs.) Tendências e perspectivas na
avaliação de políticas e programas sociais. São Paulo:I EE/PUC-SP, 2001. [p. 6-8].
BARDACH, Eugene. A practical guide for Policy Analysis: the eightfold path to more effective
problem solving. Los Angeles: SAGE/COPRESS, 2012. 4 ed.
BICHIR, Renata Mirandola. Novos instrumentos de coordenação federativa: reflexões a partir do
Programa Bolsa Família. Revista Brasileira de Políticas Públicas e Internacionais. v.1, n.1, Jun-
Ago/2016, pp.49-78.
BRASIL, Felipe Gonçalves; CAPELLA, Ana Cláudia Niedhardt. O Processo de Agenda-Setting para
os Estudos das Políticas Públicas. RP3 - Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, n. 6 – 1º
Semestre de 2015, p. 41-63.
BRASIL, Felipe Gonçalves; CAPELLA, Ana Cláudia Niedhardt. O Processo de Agenda-Setting para
os Estudos das Políticas Públicas. RP3 - Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, n. 6 – 1º
Semestre de 2015, p. 41-63.
BRASIL, Felipe Gonçalves; CAPELLA, Ana Cláudia Niedhardt. O Processo de Agenda-Setting para
os Estudos das Políticas Públicas. RP3 - Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, n. 6 – 1º
Semestre de 2015, p. 41-63.
CAHN, Matthew A. and THEODOULOU, Stella Z. Public policy: the essential readings.
Prentice Hall, Upper Saddle River, New Jersey, 1995.
CAPELLA, Ana Claudia Niedhardt. Formação da Agenda Governamental: Perspectivas Teóricas.
Trabalho apresentado ao XXIX Encontro Anual da ANPOCS. GT19 - Políticas Públicas. Caxambu,
outubro de 2005
CAPELLA, Ana Claudia. Formulação de políticas públicas. Brasília, ENAP, 2018.

2
CAVALCANTE, Pedro e LOTTA, Gabriela. (org.). Burocracia de Médio Escalão: perfil, trajetória e
atuação. Brasília: ENAP, 2015.
CENEVIVA, Ricardo e FARAH, Marta Ferreira Santos. Avaliação, informação e responsabilização no
setor público. Revista de Administração Pública, v. 46, n. 4, 993-1017.
CHEN, Huey-Tsyh. A Comprehensive Typology for Program Evaluation. Evaluation Practice, Vol.
17, No. 2, 1996, pp. 121-130.
COBB, Roger W. and ELDER, Charles D. Issues and agendas. In: THEODOULOU, Stella and
CAHN, Matthew A. Public policy: the essential readings. Upper Saddle River, NJ, Prentice Hall,1995.
COHEN, Ernesto e FRANCO, Rolando. Evaluación de projectos sociales. México D. F. : Siglo XXI,
1992.
CUNILL-GRAU, Nuria. La intersectorialidad en las nuevas políticas sociales: un acercamiento
analítico-conceptual. Gestión y Política Pública, V. 23, n. 1. I sem. 2014, p. 5-46.
DE BONIS, Daniel e PACHECO, Regina Silvia. Nem político nem burocrata: o debate sobre o
dirigente público. In: LOUREIRO, Maria Rita; ABRUCIO, Fernando Luiz e PACHECO, Regina
(org.). Burocracia e política no Brasil: desafios para o Estado democrático no século XXI. Rio de
Janeiro: FGV Editora, 2010. P. 329-363.
DOBUZINSKIS, Laurent, HOWLETT, Michael, LAYCOCK, David. Policy analysis in Canada: the
state of art. University of Toronto Press, 2007.
EVANS, Peter, RUESCHEMEYER, Dietrich e SKOCPOL, Theda. Bringing the State back in. New
York, Cambridge University Press, 1997 (7º ed).
FARAH, Marta F. S. Análise de políticas públicas no Brasil: de uma prática não nomeada à
institucionalização do “campo de públicas”. Revista de Administração Pública, v. 50, n. 6, p. 959-
979, 2016.
FARAH, Marta Ferreira Santos. Abordagens teóricas no campo de política pública no Brasil e no
exterior: do fato á complexidade. Revista do Serviço Público, n. 69, p. 53-84, dez. 2018.
FARAH, Marta Ferreira Santos. Administração Pública e Política Pública. Revista de
Administração Pública (Impresso), v. 45, p. 813-836, 2011.
FARAH, Marta Ferreira Santos. Formação em política pública no Brasil. Das iniciativas pioneiras dos
anos 60 à institucionalização do campo de públicas. Revista Estudios Politicos. v.1, p.192 -215, 2016.
FARIA, Carlos Aurélio Pimenta (org.). Implementação de políticas públicas: teoria e prática. Belo
Horizonte: Editora PUC Minas, 2012.
FRANZESE, Cibele. Federalismo cooperativo no Brasil: da Constituição de 1988 aos sistemas de
políticas públicas. Tese de doutorado em Administração Pública e Governo. São Paulo: FGV,2010.
FREY, Klaus. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de
políticas públicas no Brasil. Planejamento e políticas públicas, n. 21, jun de 2000. Disponívelno eclass.
FUKS, Mario. Definição da agenda, debate público e problemas sociais: uma perspectiva
argumentativa da dinâmica do conflito social. In: Bib, n.49, 1º sem. 2000, p. 79-94.
HILL, Michael. Implementação: uma visão geral. In: SARAVIA, Enrique e FERRAREZI, Elisabete.
Políticas Públicas: coletânea. Brasília: ENAP, 2006. v.2. p. 61-89.
IPEA. Implementando Desigualdades: Reprodução de Desigualdades na Implementação de
Políticas Públicas, Brasília: IPEA, 2019, p. 1-23.
JANUZZI, Paulo de Martino. Indicadores para diagnóstico, monitoramento e avaliação de
programas sociais no Brasil. Revista do Serviço Público, v. 56, .2, abr/jun 2005, pp. 137- 161.
JANUZZI, Paulo. Avaliação de programas sociais no Brasil. Repensando práticas e metodologias
de pesquisas avaliativas. Planejamento e políticas públicas. n. 36, jan./jul 2011.

3
JUNQUEIRA, Luciano A. Prates e CORÁ, Maria Amélia J. (org.). Redes e intersetorialidade.
São Paulo: Tiki books, 2016, v.1, p. 235-263.
KAYANO, Jorge e CALDAS, Eduardo de Lima. Indicadores para o diálogo. In: CACCIA-BAVA,
Silvio, PAULICS, Veronika, SPINK, Peter. Novos contornos da gestão local: conceitos em
construção. São Paulo, Pólis; Programa e Gestão Pública e Cidadania, FGV-EAESP, 2002.
KINGDON, John W. Como chega a hora de uma idéia? In: SARAVIA, Enrique e FERRAREZI,
Elisabete (org.). Políticas públicas: coletânea. Brasília: ENAP, 2006. V. 1. p. 219-225.
KINGDON, John W. Juntando as coisas. In: SARAVIA, Enrique e FERRAREZI, Elisabete (org.).
Políticas públicas: coletânea. Brasília: ENAP, 2006. V. 1. p. 225-247.
LÍCIO, Elaine Cristina; MESQUITA, Camile Sahb; CURRALERO, Claudia Regina Baddini.
Desafios para a coordenação intergovernamental do Programa Bolsa Família. Revista de
Administração de Empresas, ERA, v. 51, n. 5, p. 458-470, set /out . 2011
Lindblom, Charles E. The science of muddling through. Public Administration Review
Vol. 19, No. 2 (Spring, 1959), pp. 79-88
LIPSKY, Michael. Burocratas de nivel de rua: dilemas do indivíduo nos serviços públicos. Brasília:
ENAP, 2019.
LOTTA, Gabriela (org.). Teorias e análises sobre implementação de políticas públicas no Brasil.
Brasília: ENAP, 2019.
LOTTA, Gabriela S.; PAVEZ, Thais R.. Agentes de implementação: mediação, dinâmicas e
estruturas relacionais. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, v. 15, n. 56, p. 109-125, 2010.
PAPA, Fernanda. Transversalidade e políticas para mulheres no Brasil: percursos de uma pré-
política. Dissertação em mestrado em Administração Pública e Governo. São Paulo: FGV-
EAESP, 2012.
PIRES, Roberto Rocha C.. Implementando desigualdades: reprodução de desigualdades na
implementação de políticas públicas. Brasília: ENAP, 2019.
PIRES, Roberto Rocha. A avaliação da implementação de políticas públicas a partir da
perspectiva neo-institucional: avanços e validade. Cadernos EBAPE, v.2, n. 1, março 2004.
PIRES, Roberto Rocha. Burocracia, discricionariedade e democracia: alternativas para o dilema entre
controle do poder administrativo e capacidade de implementação. Cadernos Gestão Pública e
Cidadania, v. 14, n. 54, p. 148-187, jan./jun. 2009.
REIS, Elisa Pereira. Política e políticas públicas na transição democrática. RBCS, n.9, fev. 1989.
SABATIER, Paul A. and MAZMANIAN, Daniel A. A conceptual framework of the implementation
process. In: CAHN, Matthew A. and THEODOULOU, Stella Z. Public policy: the essential
readings. Prentice Hall, Upper Saddle River, New Jersey, 1995.
SARAVIA, Enrique e FERRAREZI, Elisabete (org.). Políticas públicas: coletânea. Brasília: ENAP, 2006.
2 vol.
SECCHI, Leonardo. Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São
Paulo: Cengage Learning, 2010.
SERRA, Albert. La gestión transversal. Expectativas y resultados. Revista del CLAD. Reforma y
Democracia. No. 32. (Jun. 2005). P.1-17.
SILVA, P. L. B.; MELO, M. A. B. de. O processo de implementação de políticas públicas no Brasil:
características e determinantes de avaliação de programas e projetos. Cadernos de Pesquisa, nº
48, NEPP, UNICAMP, Campinas, 2000.
SOUZA, Celina. Políticas públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16,
jul/dez 2006, p. 20-45.

4
SOUZA, Wanderson Felício de. Intersetorialidade e transversalidade em políticas públicas para as
juventudes no Brasil. Trabalho apresentado ao VIII Congresso Latino-americano de Ciencia
Política, organizado pela Associação Latino-americana de Ciencia Política (ALACIP). Pontifícia
Universidade Católica do Perú, Lima, 22 a 24 de julhio de 2015.
SPINK, Peter. Avaliação democrática: propostas e práticas. Rio de Janeiro, Associação Brasileira
Interdisciplinar de AIDS, 2001 (Coleção ABIA, Fundamentos de Avaliação, n. 3).
SUBIRATS, Joan, KNOWEPFEL, Peter, LARRUE, Corinne e VARONE, Frédéric. Análisis ygestión
de políticas públicas. Barcelona, Editorial Planeta, 2012. 2º edición.
VIANNA, Ana Luiza. Abordagens metodológicas em políticas públicas. RAP. Revista de
Administração Pública. v.30, n.2, p.5-43, mar.abr.1996.
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo, Cultrix, 1970. Disponível na
biblioteca da GV e em qualquer boa biblioteca.

Você também pode gostar