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FACULDADE MERIDIONAL – IMED

CURSO SUPERIOR EM PSICOLOGIA

Maria Eduarda Salomoni da Silva

A Contribuição do Desenho Infantil na Avaliação

Cognitiva de Crianças

Orientadora Mariane Luiza Mattjie

Passo Fundo

2016
2

Maria Eduarda Salomoni da Silva

A Contribuição do Desenho Infantil na Avaliação

Cognitiva de Crianças.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de


Psicologia da Faculdade Meridional IMED, para
obtenção do grau de formação em Psicologia.

Orientadora Professora Mariane Luiza Mattjie.

Passo Fundo

2016
3

“Os olhos, os ouvidos e a língua vêm antes da mão. Ler vem antes de escrever e desenhar

antes de traçar as letras do alfabeto” (Mahatma Ganghi)


4

RESUMO

Este estudo tem como objetivo entender a contribuição do desenho infantil na avaliação
cognitiva de crianças. E sob a ótica avaliativa da cognição por meio do desenho infantil
encontra-se a técnica do Desenho da Figura Humana (DFH) que fornece de maneira
significativa uma a estimativa do desenvolvimento cognitivo da criança. A partir do desenho a
criança pode estabelecer e avaliar conhecimentos, instituindo afinidades e arquitetando
símbolos, aumentando conceitos e concebendo seu universo de modo particular,
demonstrando ainda sentimento e autoconhecimento. Para atender o objetivo proposto, este
trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica, documental e por meio eletrônico,
em banco de dados. Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica que tem como finalidade
pesquisar sobre a importância do desenho infantil na avaliação cognitiva. No levantamento
bibliográfico concluiu-se que o Desenho da Figura Humana mostra-se um instrumento que
demonstra o desenvolvimento cognitivo de crianças, se tornando assim um importante
instrumento para a avaliação psicológica de crianças.

Palavras-chave: Avaliação Psicológica. Cognição. Desenho da figura humana. Teste de


Goodenough.
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ABSTRACT

This study aims to understand the children's drawing contribution to the cognitive assessment
of children. And from the perspective evaluative cognition through children's drawing is the
technique of the Human Figure Drawing (HFD) that provides significantly one to estimate the
child's cognitive development. From the drawing, the child can establish and evaluate
knowledge, establishing affinities and plotting symbols, increasing concepts and designing
their particular universe, still showing feeling and self-knowledge. To meet the proposed goal,
this work was developed through bibliographical, documentary and electronically search in
the database. This is a literature review of work that aims to research about the importance of
children's drawing on cognitive assessment. In the literature, it concluded that the Human
Figure Drawing shows a tool that shows the cognitive development of children, thus
becoming an important tool for the psychological evaluation of children.

Keywords: Psychological Assessment. Cognition. Drawing the human figure. Goodenough


test.
6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7

2 O Desenhar na infância ........................................................................................................ 7

2.1 Perspectiva Histórica do Desenho da Figura Humana ................................................... 9

2.2 A Avaliação Cognitiva ...................................................................................................... 11

2.3 O DFH e o Desenvolvimento Cognitivo Infantil através do Desenho .......................... 13

3 Método .................................................................................................................................. 15

4 Resultados ............................................................................................................................ 16

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 20

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 22
7

1 Introdução

O homem desde a antiguidade tem se pronunciado por meio de ilustrações de forma


gráfica, seja através de representações por rabiscos, desenhos e até mesmo na tentativa da
linguagem escrita. Não obstante, a criança diferentemente do indivíduo adulto tem a
conotação de conduzir através do desenho alguma expressão ou indicativo de comunicação,
uma vez que apenas almeja depositar no papel suas concepções sensoriais e motoras. Por
outro lado, como fator de seu crescimento biológico, e até mesmo das novas experiências
aprendidas, a criança incide em perceber que necessita ser entendida no meio onde estão
inseridas, e por isso intui que suas indicações devem ter uma finalidade e seguir um modelo
(Paiva & Cardoso, 2010). Portanto, ao atendermos a esfera cognitiva do desenho, Luquet
(1969), explica que é igualmente importante perceber que o desenho se transforma e se
amplia, o que a princípio eram meros rabiscos se transformam em reproduções que permitem
a semelhança com o objeto conhecido, em consequência, à própria criança começa a desenhar
aquilo que sabe, sem necessitar copiar aquilo que lhe esta sendo apontado. Este estudo tem
como objetivo entender a contribuição do desenho infantil na avaliação cognitiva de crianças,
investigando a relação do mesmo com o desenvolvimento cognitivo da criança.

2 O Desenhar na infância

Para Simas (2011) a expressão por meio do desenho configura um princípio peculiar,
que ajudará a criança a entender de que forma a escrita se organiza. Ressalta-se que até hoje o
Desenho da Figura Humana (DFH) vem sendo empregado em diversas áreas de estudo.
Autores como Vygotsky (1991), Mèredieu (2006), Cognet (2011) reconhecem que o
desenho é um estágio preparatório para a linguagem escrita e, em uma visão mais profunda
enfatiza que a criança expressa através dessa ferramenta os conceitos gráficos do seu
conhecimento. A imagem expressa por meio do desenho realizado pela criança, embora possa
ser somente uma configuração de liberdade, também se pode compreendê-lo como um modo
de linguagem, com a possibilidade da expressão ou até mesmo da fala, sendo um artifício de
primeira ordem. Na execução da aprendizagem na vida de uma criança, conforme Mecca,
Antonio e Macedo (2012) é de extrema significância para o seu desenvolvimento cognitivo e
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social, observando que é neste momento que a criança tem a possibilidade de ampliar suas
capacidades e edificar este conhecimento demonstrando às suas opiniões e situações vividas
dentro e fora do ambiente escolar.
Os diversos meios empregados, conforme Ramos e Farias (2011) no sentido
educativo, como testes ou avaliações, o desenho tem destaque, pois consegue captar em seu
sentido mais amplo o conhecimento que a criança tem sobre sua família, a figura humana,
seus sentimentos, suas reações sobre determinado tema, entre outros, e são comumente usados
em clínicas e hospitais; por outro lado, o emprego da representação livre em forma de
desenho, com a finalidade de ponderar a composição cognitiva ainda é escasso e
experimentado.
Partindo do pressuposto que o processo de aprendizagem tem início antes do período
escolar, sabe-se que a criança é capaz de empunhar um material para escrita, em média a
partir de um ano de vida, desta forma rascunhando os seus primeiros conceitos, seja de uma
figura humana, animal ou objetos que conhece. Normalmente, os primeiros traços são
designados “garatujas” segundo Paiva e Cardoso (2010), e conforme seu desenvolvimento se
permite distinguir e interatuar com as possibilidades que lhe são oferecidas e a efetivar-se em
produções cada vez mais ordenadas, que incidem a adquirir o desempenho simbólico.
No período de aprendizado, a criança traz consigo os seus principais conhecimentos
gráficos expressos através do desenho que a permitem divulgar suas ideias, emoções e a
forma de comunicar seus conhecimentos, desta forma o desenho trona-se importante, pois
retrata uma linguagem particular, pois é por meio dele que a criança expressa sua
compreensão de mundo. Com isso, uma das formas de realização de avaliação cognitiva na
criança é por meio da expressão do desenho, dentre ele o DFH. (Wechsler e Schelini, 2002).
O desenvolvimento da inteligência e da cognição é um processo dinâmico, não se
refere apenas à capacidade de armazenar informações, não é apenas um produto do meio ou
mero receptor de informação. O indivíduo exerce continuamente um papel na aquisição do
conhecimento e a cognição está relacionada à aptidão de integrar informações e novos
conhecimentos (Correia, 2008). Dentre as funções cognitivas estão as habilidades perceptivas
e motoras, que são fundamentais para a realização de atividades complexas (Sisto, 2005).
Nesse contexto, Derdyk (2015) refere que no processo do desenvolvimento da criança,
as observações do avaliador em relação ao desenho expresso têm diferentes aspectos que
podem determinar a forma de cada um desenhar como: a cultura, o meio social, a família, a
religiosidade, entre outros. Fatores que desenvolvem particularidades na vida de cada um.
9

O universo gráfico infantil se concretiza na medida em que o adulto reconhece em si


a capacidade de exercer o ato criativo. Isto é, geralmente o adulto impõe sua própria
imagem de infância ao interpretar o desenho infantil. No entanto, a criança é oposta
ao adulto, uma vez que a sua transformação física e psíquica está em
desenvolvimento, o desenho é uma forma de experiencial da reprodução simbólica
da criança, que é essencial para a abrangência do tema, assim como no processo de
aprendizagem da linguagem escrita. (Derdyk, 2015, pp. 55-56).

Na criança o desenho é um componente fundamental, segundo Crotti e Magni (2011),


é uma configuração reservada da linguagem, uma representação de seu desenvolvimento
psíquico. Sem compreender, na ocasião em que desenha, a criança leva para o papel a sua
condição de particularidade, em todos os detalhes. Ou seja, os desenhos auxiliam a
desenvolver consideravelmente o conhecimento do adulto em relação ao seu caráter,
identidade, individualidade e igualmente as suas necessidades. O desenho estabelece um
extraordinário subsídio para os educadores na compreensão do pensamento da criança
desvendando a intimidade particular de cada uma.

2.1 Perspectiva Histórica do Desenho da Figura Humana

O modo da utilização do teste DFH como avaliação para a inteligência foi concebido
por Goodenough, em 1926, sob a designação de Draw-a-Man Test (Desenhe um Homem).
Sendo revisto posteriormente por Harris em 1963, de onde advindo da denominação
Goodenough-Harris. Com os subsídios do pesquisador passou a existir um procedimento
proposto a analisar o desenvolvimento cognitivo infantil por meio do DFH, afirmam Rosa e
Alves (2008). Sugerindo que o DFH passa a avaliar através de representações e que
transmitem mais informações sobre o sujeito do que pelo desenho. A suposição que orientou
as pesquisas sobre esse teste descrevia à ideia de que os desenhos de crianças são indicadores
do seu desenvolvimento psicológico, intelectual e emocional (Rosa; Alves, 2014).
O DFH, conforme Bandeira, Costa e Arteche (2008) é empregado para analisar o
desenvolvimento cognitivo infantil sendo uma das ferramentas de avaliação mais aceitadas e
utilizadas internacionalmente. O julgamento do desenvolvimento baseou-se na comprovação
de uma semelhança entre o desenvolvimento gráfico e o cognitivo, o que admitiria a
estimativa do segundo a partir do primeiro. Através da análise intelectiva de desenhos infantis
10

e do emprego do DFH, poderia ser percebido a atuação das características emocionais através
da exteriorização dos desenhos.
Nos Estados Unidos, conforme Flores-Mendoza et al. (2010) o teste DFH foi
ordenadamente pesquisado no início do século passado a partir do trabalho de Florence
Goodenough. Em seguida apareceram novas sugestões para a conformidade do DFH do
emprego em análise cognitiva como, tendo como padrão o sistema de Harris na década de
1960 (The Goodenough-Harris Draw-a-Man Test) e a sugestão de Naglierina, na década de
1980 (The Draw a Person: A Quantitative Scoring System). Desde então, inúmeras pesquisas
constituíram a realização de estudos na tentativa de constatar a semelhança entre a
performance representativa do desenho e outras características avaliativas do
desenvolvimento infantil. Ainda, os autores enfatizam que muitos estudos relacionados à
validade do teste de Goodenough em que se conseguiram determinados correlações entre
outros testes demonstraram eficácia na padronização do instrumento. Borsa e Bauermann
(2013) referem que o instrumento DFH é uma metodologia antiga, que avalia o desempenho
cognitivo das particularidades emocionais e das exterioridades da personalidade, inclusive as
relações interpessoais, assim como a interação com a sociedade.
No Brasil, iniciou-se a utilização do DFH na década de 1980, conforme apontaram
Saur, Paisan e Loureiro (2010) afirmando ser este teste um entre os dez mais empregados nos
Estados Unidos e o terceiro no Brasil. Conforme Rosa e Alves (2008) as versões baseadas no
teste DFH, no Brasil, foram admitidas para modo de utilização, segundo Silva (2010) para o
aproveitamento em crianças abrangendo as idades de 5 a 12 anos. Tem validação os
parâmetros da Resolução 002/2003 do CFP (Conselho Federal de Psicologia), sendo
empregado para o desenvolvimento cognitivo. Seu escore, conforme Sisto (2005) se dá em
campo quantitativo, conforme a idade da criança. A primeira sugestão do DFH foi preparada
no ano de 1926, por Goodenough, como análise do desenvolvimento cognitivo. A partir da
reformulação da proposta de Goodenough, Wechsler (2003) validou o teste no Brasil.
Uma das formas de realização de avaliação cognitiva na criança é por meio da
expressão do desenho, dentre eles, o Desenho da Figura Humana (DFH), por exemplo. Nesse
sentido, o DFH contribui para fornecer informações em termos de desenvolvimento
cronológico e inteligência (Wechsler e Schelini, 2002).
Entende-se que para a análise das dificuldades emocionais a partir dos desenhos é
essencial reconhecer os aspectos evolutivos da criança, tanto quanto seu processo em uma
determinada faixa etária e sexo. Assim, a imagem que se encontra sobre criança pode exibir
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distintas conotações e ter características particulares para cada indivíduo, assim como está
inteiramente vinculada aos valores culturais, socioeconômicos, e a condição social em que se
inclui.

2.2 A Avaliação Cognitiva: fases de desenvolvimento infantil

O conceito de cognição indica que não é um fato ou uma ação, mas sim um processo
simultâneo desenvolvido no decorrer do crescimento nos quais os indivíduos subtraem do
meio e ampliam seu conhecimento sobre alguma coisa, agindo com o meio social através da
troca desses conhecimentos. Sobre o tema em tela, Vasconcellos, Yunes e Garcia (2009)
referem que o desenvolvimento cognitivo, em suas distintas formas, está conexo à habilidade
de interação social do indivíduo, pode-se designar de cognição como um conjunto de
processos cognitivos que tornam possível o desenvolvimento social humano.
Destaca-se que o desenvolvimento cognitivo está inteiramente conexo ao processo de
aprendizagem. Este processo incide permitindo a informação e o desenvolvimento em
sucessivo crescimento. Portanto, segundo Simonetti (2012, p. 36), in verbis: desenvolvimento
cognitivo pode ser percebido como “um processo em que os indivíduos conquistam o
desenvolvimento relacionado ao denominado conhecimento a propósito de algo ao longo da
vida”.
Adquirir conhecimento, conforme Montoya, Morais-Shimizu, Marçal e Moura (2011)
sobre o mundo ao longo da vida equivale a dizer que estamos sujeitos a amoldamentos ao
meio praticamente o tempo todo. Assim, não é injusto dizer que em situações habituais,
permanece-se no desenvolvimento cognitivo diariamente, enquanto vive-se. Jean Piaget foi
extraordinário nessa ciência, por meio de sua epistemologia. Piaget sugeriu quatro períodos
gerais de desenvolvimento cognitivo: sensório-motor, pré-operacional, operacional-concreto e
operacional-formal.
Ainda que diversos contextos teóricos não sejam mais utilizados, para Montoya et al.
(2011) as contribuições de Piaget e sua exposição das modificações mais importantes na
cognição ainda nos dias de hoje são aceitas por muitos estudiosos. Piaget reconheceu e
delineou muitas transformações cognitivas que precisam de a inteligência de causa e efeito
nas crianças em idade escolar. Múltiplos dos elementos retratados pelo estudioso ainda
causam a curiosidade de muitos pesquisadores atuais.
12

A maior discussão no desenvolvimento cognitivo tem sido pautada à "natureza e


criação", se o desenvolvimento cognitivo é apontado especialmente pelas características
inatas de um indivíduo ("natureza"), ou por sues conhecimentos pessoais ("criação"). Por
outro lado, para Maturana (2001), o que ocorre no processo de desenvolvimento cognitivo,
como modificação estrutural do indivíduo, produzida em algum momento em decorrência de
sua própria dinâmica interna, deflagrada pelas situações de suas interações com outros
indivíduos ao passo que interage e reaprende.
Para Borsa e Bauermann (2013) a avaliação cognitiva deve ser pautada em técnicas
menos estruturadas, como o DFH, por exemplo, o que permite contribuir de forma
significativa para a expressão livre. Da mesma forma Menezes, Moré e Cruz (2008) já haviam
recomendado que a associação da investigação da inteligência, motricidade ou à sua utilização
como instrumento projetivo da personalidade são elementos constitutivos à avaliação
psicológica. E, através dos critérios de interpretação do DFH apontaram para estudos cuja
função do desenho, enquanto instrumento de medida de processos psicológicos, serviu à
avaliação do processo evolutivo das crianças participantes.
Conforme Scaduto (2013) confere o potencial do desenho infantil como meio de
expressão, seu uso na avaliação criativa e cognitiva e, como facilitador da expressão
emocional, embasando sua pesquisa na análise da obra de Weschler e Nakano (2012) e, desta
forma sugerindo que existem inúmeras possibilidades de avaliação psicológica e o
desempenho cognitivo nos desenhos infantis.
Ao empregar a expressão cognição na existência associam-se as constituições de atos e
relações interpessoais assim que objetamos os questionamentos no domínio do conhecer, o
que se analisa implica em menções com a finalidade de revelar o que se faz ou como se age
nessas coordenações de ações e relações ao determinar as afirmativas cognitivas. Nesse
contexto, conforme Hutz e Bandeira (2000), o DFH ainda pode ser a reprodução de diversos
aspectos do sujeito, tais como pretensões, prioridades, afetividade, figura ideal, moldes e
hábitos, costumes e padrões em relação ao examinador e, por fim a circunstância de testagem.
Silva, Pasa, Castoldi e Spessatto (2010) enfatizam que a percepção do nível da
cognição através do desenho é admissível para concretizar a avaliação da individualidade de
uma pessoa. As informações gráficas articulam mais sobre a criança e, podem ser observados
como identificadores do desenvolvimento psicológico. E, ainda referem que o DFH é um
instrumento eficaz que permite definitivamente a avaliação das questões tanto cognitivo como
de personalidade.
13

Dessa forma, muitos estudos, ainda hoje, acerca da Figura Humana, enquanto
metodologia projetiva, avigoram a opinião de que os estudiosos estão mais cuidadosos com a
validação do instrumento. Entretanto, as avalições gráficas de desenhos precisam de estudos
uniformizados para poderem ser permitidos para o uso em avaliação psicológica.

2.3 O DFH e o Desenvolvimento Cognitivo Infantil através do Desenho

A avaliação psicológica é um método característico da categoria dos profissionais


psicólogos. No âmbito clínico, essa técnica é classicamente denominada como
psicodiagnóstico, que de acordo com Cunha (2007, p. 101) versa em “um procedimento
técnico-científico, delimitado pelo tempo, que emprega procedimentos e avaliações
psicológicos (input)”, podendo ser empregado individualmente ou em grupos, com a
finalidade de perceber as dificuldades em uma visão de pressuposições conceituais,
reconhecer e ponderar sobre as particularidades do indivíduo, constituindo uma classificação
de cada caso e prognosticar seu os resultados (output), no embasamento dos quais são
sugeridos as possíveis soluções.
É um teste não verbal, individual e de fácil aplicação, o teste de Goodenough possui
uma escala construída, selecionando 51 itens (unidades de escala) que se encaixam em um ou
mais destes critérios e catalogado na ordem de complexidade crescente. Para evidenciar os
elementos que permitem a afirmativa de que o desenho está associado ao desenvolvimento
cognitivo da criança, se faz importante destacar a teoria de Vygotsky (1991), que assinala o
desenho como sendo uma forma experiencial da reprodução simbólica da criança, que é
essencial para a abrangência do tema, assim como no processo de aprendizagem da linguagem
escrita. Nesse contexto, o autor enfatiza que na formação do processo de memorização, a
criança utiliza a simbologia em seus desenhos, e ainda menciona que:

As crianças menores dão a denominação a seus desenhos apenas depois de concluí-


los; elas apresentam a necessidade de observá-los mais antes de determinar o que
eles são e, a dependente de sua avaliação, e, ainda conforme seu desenvolvimento
adquire a habilidade de decidir antecipadamente o que vão desenhar. Esse
deslocamento temporal do processo de nomeação significa uma mudança na função
da fala (Vygotsky, 1991, p. 22).
14

A criança, segundo Vygotsky (1991) anuncia através do desenho demonstrações sobre


o seu desenvolvimento geral, inclusive sobre seu comprometimento afetivo-emocional,
mental, compreensivo e motor. Do mesmo modo, que harmoniza ao desenvolvimento motor,
pois a partir de muitas tentativas aprimora seus traços, com o intuito de obter a representação
mais próxima ao original. E, especialmente, o desenho amplia os elementos com que a criança
transmite e se comunica com o outro, sendo uma forma de expor seus sentimentos e visão do
mundo.
Conforme Silva (2010), explicar o desenho de uma criança é buscar a interpretação de
uma linguagem, cujo entendimento, está nos traços por ela elaborados e, portanto, se deve
subtrair um sentido oculto daquilo que ela pretende expressar. Também, a partir do desenho a
criança pode estabelecer e conferir conhecimentos, instituindo afinidades e arquitetando
símbolos, aumentando conceitos e concebendo seu universo de modo particular,
demonstrando ainda sentimento e autoconhecimento.
O empenho da criança em grafar sinais, surge da observação do mundo adulto e da
vontade de imitá-lo, e segundo Mèredieu (2006) os artifícios que a criança desenvolve são
voltados ao mundo e as expectativas como a de um adulto, pois esse universo, geralmente é
composto por adultos, sendo que sua visão e suas ações estão inseridas nesse meio.
Conforme Luquet (1969) ao iniciar um desenho, a criança principia também um meio
de comunicação, geralmente reproduz o mundo a partir das semelhanças constituídas com as
pessoas mais próximas, e que são componentes de sua situação social e cultural. No começo
são delineadas imagens quaisquer, e conforme a sua atuação consecutiva, o desenho se molda
com significados reais ou oriundos de suas fantasias.
Antes de qualquer esboço de desenho, a criança mencionada por Mèredieu (2006) é
atraída pela escrita e pela vontade de aprender a fazê-la, assim a linguagem do desenho
comporta que as mesmas arquitetem e testem suas ideias, ampliando a sua habilidade
simbólica. Vygotsky (1991) lembra que o desenho efetivado pela criança é a memória do
gesto, o que compõe a probabilidade de conceber graficamente o que se vê e o que se fala,
sendo o antecessor da escrita.
Já para Fontana e Cruz (1997), denominar aos desenhos nomes, ou particularidades de
maneira efetiva, significa que a criança está apta a tomar a decisão do que será feito no
próximo desenho, o que, como dito anteriormente, precede a fala, que indica que a criança já
confere sentido ao desenho. Para Cognet (2011) expressa que a própria criança o dá sentido a
15

sua intenção por meio do desenho que advém do seu próprio conceito na ocasião em que o
executa.
Com a intervenção apropriada à criança apreende, conforme Marques, Pasian, Franco
et al. (2002) com o tempo, que para ser entendida não pode permanecer instituindo sua
particular forma de reprodução, mas sim que deve empregar símbolos característicos, já
convencionados e, que devem ser estudados, e transformados para a linguagem escrita. A
integração com os símbolos, para Hutz e Bandeira (2000), comporta a adaptação de uma
circunstância à outra, de um componente a outro, e de empregar a escrita para suas
finalidades.
Conforme de Silva et al. (2005) mencionam que o DFH não proporciona controle de
questões culturais. Ainda que em situações diferenciadas, as crianças oferecem conhecimento
semelhante, mesmo advindo de zonas geográficas diferentes, além de não demonstrar
distingues expressivos na forma de conceber as partes do desenho. Mendoza, Abad e Lelé
(2005) consideraram os componentes de conformidade que compõem o DFH e constataram
que o teste possui aceitável unidimensionalidade, ou seja, os artifícios de conformidade
ponderam o desenvolvimento cognitivo. O qual confirma que a contribuição do desenho
infantil na avaliação cognitiva de crianças pode ser avaliado através do DFH.

3 Método

Para atender o objetivo proposto, este trabalho foi desenvolvido através de pesquisa
bibliográfica, documental e por meio eletrônico, em banco de dados. Trata-se de um trabalho
de revisão bibliográfica que tem como finalidade pesquisar sobre a importância do desenho
infantil na avaliação cognitiva. Os artigos científicos foram localizados através de uma busca
nas bases eletrônicas Pepsic, Scielo e Google Acadêmico, utilizando-se os descritores
“avaliação cognitiva infantil”, “desenho da figura humana” e “Teste de Goodenough”. Sendo
que foram encontrados 3.510 artigos com os descritos DFH e 1.260 com teste de Goodenough
e 2.640 com avaliação cognitiva infantil entre os achados foram utilizados apenas os artigos
que se referiam ao tema. Destes, foram selecionados os que mais apresentam relação com o
tema pesquisado,
16

4 Resultado e Discussão

Buscando evidências de que medidas de DFH estão associadas a escores de


desenvolvimento cognitivo, alguns estudos foram realizados e os pesquisadores indicaram
esta relação entre o desenvolvimento do desenho infantil e inteligência. Bem como indicaram
a associação entre o desenvolvimento cronológico, ou seja, o passar da idade e evolução do
desenho da figura humana, indiferente da forma de correção utilizada para avaliação do DFH
(Wechsler e Schelini, 2002; Rueda e Sisto, 2006; Bandeira, Costa e Arteche, 2007; Flores-
Mendoza, Mansur-Alves, Abad, e Lelé 2010).
Nesta perspectiva, Wechsler e Schelini (2002) verificaram a validade de construto do
desenho da figura humana como medida do desenvolvimento cognitivo infantil,
correlacionando os seus resultados com os escores do Teste Não Verbal de Raciocínio
Infantil- TNVRI. Dois estudos foram realizados, sendo o primeiro com 255 crianças
brasileiras e 55 argentinas, com idades entre 7 e 9 anos, e o segundo com 103 crianças
brasileiras, com idades entre os 9 aos 11 anos. As correlações entre o DFH e o TNVRI
variaram de r = 0,21 a r = 0,92, demonstrando que pode ser um instrumento utilizado para a
avaliação do desenvolvimento cognitivo infantil.
Rueda e Sisto (2006) avaliaram 279 crianças, com idades entre sete e 10 anos, e
verificaram correlações entre DFH e Raven. Os resultados mostraram que as crianças melhor
classificadas em função do seu desempenho no Raven alcançaram maiores pontuações no
DFH. Com base nisso, observou-se que o DFH pode ser utilizado como um instrumento de
classificação dos níveis intelectuais dessas crianças nas idades de 8, 9 e 10 anos. No entanto,
isso não pode ser sugerido para a idade de 7 anos, na qual essa diferenciação não foi
evidenciada, o que poderia ser justificado pela baixa precisão relatada no manual do Raven.
O estudo realizado por Rueda e Sisto (2006) utilizando uma amostragem de 279
crianças com faixa etária de 5 a 10 anos, matriculados em escola pública no interior do estado
de São Paulo teve por objetivo discutir se o DFH-Escala Sisto pode ser utilizado como um
instrumento de classificação dos níveis intelectuais dessas crianças. Os resultados obtidos
sugeriram que o DFH-Escala Sisto é uma boa avaliação de desenvolvimento cognitivo, não só
das crianças com baixos níveis, mas também daquelas que apresentam um desenvolvimento
cognitivo avançado ou intelectualmente superior.
Bandeira e Arteche (2008) avaliaram a validade do DFH como medida do
desenvolvimento cognitivo infantil, com uma amostragem de 90 crianças, com idade entre 6 e
17

12 anos, de ambos os sexos. Os resultados contribuíram para a confirmação do modo de


diagnóstico do DFH. Contudo, os autores sugerem que são necessárias novas pesquisas de
validade concorrente procurando analisar as correlações do DFH com graus de inteligência
cristalizada, assim como com medidas de desempenho acadêmico, podendo, dessa forma,
compreender o construto analisado por esta técnica, bem como o caráter preditivo da mesma.
Os resultados indicaram que o teste do DFH apresentou evidências de validade e
fidedignidade para a população de Porto Alegre.
Com o objetivo de discorrer sobre a fundamentação dos indicadores do DFH, Ferreira
(2011) realizou um levantamento bibliográfico para apresentar a diversidade de estudos do
DFH projetivo, evidenciando divergências entre os autores, mas também ponderando sobre as
diferenças dos sujeitos que compunham as amostras. No entanto, concluiu que os resultados
apontaram níveis de concordância entre os avaliadores que alteraram entre Substancial e
Quase Perfeitas, de tal maneira aos itens dos DFHs da mulher, como os desenhos do homem,
evidenciando a clareza e a objetividade da exposição dos componentes do instrumento.
Nos estudos de Rosa e Alves (2014) com 1540 crianças, matriculados em escolas
municipais, estaduais e particulares com idade igual a cinco e menor que seis, teve por
objetivo avaliar o desenvolvimento intelectual infantil através do teste de Goodenough pelo
instrumento DFH-Escala Sisto. Os resultados indicaram que para avaliação cognitiva de
crianças, na comparação dos resultados com os de outras pesquisas no Brasil e a padronização
americana, observou-se que o desempenho das crianças americanas foi superior ao das
crianças brasileiras. O que ressalta a necessidade de novas pesquisas.
Quanto à validade do instrumento de avaliação cognitiva o DFH conforme Rosa e
Alves (2014) referem que as avaliações por meio do DFH, têm um papel fundamental no
desenvolvimento da criança. Os autores revelam que em sua pesquisa foi empregada o mesmo
padrão que fez como componente da análise de uniformização do Teste Goodenough-Harris,
e par definir a exatidão pela técnica das metades foram calculadas as correlações entre os itens
pares e ímpares para cada idade e para a amostra total. Essas correlações foram ajustadas pela
fórmula de Spearman-Brown. Com a pesquisa Concluíram que o Teste Goodenough-Harris,
utilizando o DFH, proporciona um grau apropriado de exatidão ou credibilidade.
Rosa e Alves (2014), concluiram que no ensino infantil houve diferença significante
entre os sexos, idades e os tipos de escola bem como na interação sexo e tipo de escola. Já no
ensino fundamental, houve diferença significante apenas entre as idades, mas não para
nenhuma das interações entre as variáveis idade, sexo e tipo de escola. Para avaliação
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cognitiva de crianças, é aceitável requerer e avaliar apenas uma representação, o que torna a
ferramenta mais acelerada, econômica, prática e também mais objetiva. Com padronização e
normas específicas segundo as exigências atuais do Conselho Federal de Psicologia, o teste de
Goodenough apresenta-se de forma eficaz.
Com propósito semelhante, Bandeira, Costa e Arteche (2007) avaliaram 90 crianças,
com idade entre 6 a 12 anos, com a utilização de DFH, Raven, e uma escala de desempenho
escolar. Os dados apontaram a presença de correlação significativa de r=050 entre as variáveis
DFH e Raven, confirmando que o DFH é válido para mensurar o desenvolvimento cognitivo,
sendo que o construto avaliado por este instrumento aproxima-se do medido pelo Raven, um
teste de inteligência com validade nacional e internacional. A variável desempenho escolar
também apresentou correlação significativa e moderada com DFH (r= 0,34) e com Raven
(r=0,42).
Flores-Mendoza, Mansur-Alves, Abad, e Lelé (2010) analisaram o desempenho de
crianças no DFH e nos testes Matrizes Progressivas de Raven, Escala Verbal do WISC-III,
Teste R-2 e Teste de Bender (sistema Koppitz). Participaram duas amostras, de 335 crianças,
com idade entre 7 e 11 anos e a segunda amostra foi constituída de 293 crianças, com idade
entre 5 e 11anos. As correlações encontradas foram significativas e de baixas magnitudes,
sendo que o DFH com Raven r= 0,20, com WISC-III r=0,29, com R-2 r=0,33 e com Bender -
0,39. Foi realizada uma comparação entre os três sistemas de correção do DFH (Wechsler,
Goodenough e Harris), e encontraram altos coeficientes de correlação entre eles (0,72 a 0,79).
Por fim, os pesquisadores consideraram o DFH um instrumento útil para detectar de forma
preliminar as diferenças individuais no desenvolvimento cognitivo, contudo, seu uso para
efeito de classificações e diagnósticos deve ser feito com cautela, tendo em vista sua modesta
associação com testes tradicionais de inteligência.
De acordo com o apresentado, as medidas de DFH têm sido relacionadas
positivamente aos escores de inteligência, bem como estes apresentaram associações com o
desempenho escolar. A contribuição dos estudos é relevante, principalmente, pra demonstrar
uma evolução nos traços ou características apresentadas no desenho da figura humana à
medida que a idade da criança aumenta, demonstrando ser um importante instrumento na
avaliação do desempenho cognitivo.
A fim de cumprir os propósitos deste estudo, a realização de correlações como as de
Escala de Sisto e de Raven poderiam ser empregadas para maior confirmação, pois muitos
autores como por Rueda e Sisto (2006); Bandeira, Costa e Arteche (2007); Flores-Mendoza et
19

al. (2010); Rosa e Alves (2014) afirmam que as diferenças significativas entre os sexos,
corroboram com vários estudos e indicam que meninos e meninas possuem escores similares
em avaliações de inteligência. Ainda, os indicadores mostram ênfases de validade do DFH no
Sistema Wechsler com a correlação por meio de duas ferramentas na qual é aceitável
constatar que as médias dos dois testes alteram-se simultaneamente. Esse grau de correlação é
máximo segundo Wechsler e Schelini (2002), em seu que refere que é necessário um outro
instrumento de avaliação cognitiva com validação para ser realizado a correlação. Afirmam
igualmente que o DFH apresenta evidências de validade e fidedignidade.
20

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como uma das mais antigas formas de comunicação, o desenho antecipou o


surgimento da escrita e, ainda hoje tem grande importância na percepção dos sentimentos,
emoções e atos do ser humano. Como medida de avaliação dos fatores cognitivos, o desenho é
percebido como a demonstração dos elementos de desenvolvimento do ser humano. Ao que se
refere ao entendimento da criança, há um período infantil característico que pode ser
analisado, a partir da produção gráfica (Dias, 2010). Embora na literatura encontrem-se
algumas divergências sobre as diversas etapas do desenho na infância e, sobretudo, ao que se
refere a linearidade do desenvolvimento da criança, a grande maioria dos autores admite que
esta passa por estágios peculiares durante seu crescimento.
A criança anuncia através do desenho demonstrações sobre o seu desenvolvimento
geral, inclusive sobre seu comprometimento afetivo-emocional, mental, compreensivo e
motor. Do mesmo modo, que harmoniza ao desenvolvimento motor, pois a partir de muitas
tentativas aprimora seus traços, com o intuito de obter a representação mais próxima ao
original. E, especialmente, o desenho amplia os elementos com que a criança transmite e se
comunica com o outro, sendo uma forma de expor seus sentimentos e visão do mundo,
afirmam Bandeira, Costa e Arteche (2008).
Logo, explicar o desenho de uma criança é buscar a interpretação de uma linguagem,
cujo entendimento, está nos traços por ela elaborados e, portanto, se deve subtrair um sentido
oculto daquilo que ela pretende expressar. Também, a partir do desenho a criança pode
estabelecer e conferir conhecimentos, instituindo afinidades e arquitetando símbolos,
aumentando conceitos e concebendo seu universo de modo particular, demonstrando ainda
sentimento e autoconhecimento.
Dentre as técnicas o DFH, constitui uma das mais empregadas no método avaliativo
para os profissionais psicólogos com a pretensão em analisar a cognição por meio do desenho
infantil. Muitos autores como Vygotsky (1991), Wechsler (2003), Mèredieu (2006), Bandeira,
Costa e Arteche (2007), Croti e Magni (2011), Borsa e Bauermann (2013) e Derdyk (2015)
são unanimes em afirmar que o DFH proporciona rápida aplicação e completo aproveitamento
dos resultados, demonstrando ser uma ferramenta de fácil compreensão, objetivo e de baixo
custo, além de ser um instrumento acessível para a avaliação com crianças uma vez que não
necessita de resposta verbal.
21

Os dados teóricos alcançados nesta pesquisa viabilizaram o entendimento sobre o


emprego do DFH no processo de avaliação do desenho infantil, porém existe a necessidade de
mais estudos que possibilitem a confirmação do DFH como método para identificar outras
particularidades que as crianças podem expressar por meio do desenho, comparando
diferentes indicadores do desenho como ferramentas de avaliação para características como
sentimento, afinidades e outros indicadores emocionais.
22

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