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Índice

0.0. Introdução. ...................................................................................................................... 3

1.0. Objectivos. ...................................................................................................................... 4

1.1. Objectivo Geral: .......................................................................................................... 4

1.2. Objectivos específicos: ................................................................................................ 4

2.0. Metodologia. ................................................................................................................... 4

3.0. Processo decisório de políticas públicas. ........................................................................ 5

3.1. Cuidados ou procedimentos a levar em consideração no processo decisório de


políticas públicas. ................................................................................................................... 5

3.2. Etapas para o processo decisório de políticas públicas. .............................................. 6

3.2.1. Formação da Agenda ........................................................................................... 6

3.2.2. Formulação de políticas públicas ......................................................................... 7

3.2.3. Implementação das decisões ................................................................................ 8

3.2.4. Monitoria e avaliação. .......................................................................................... 8

4.0. Conclusão...................................................................................................................... 10

5.0. Referencias Bibliográficas. ........................................................................................... 11


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0.0.Introdução.

O presente trabalho tem como tema o Processo Decisório das Politicas públicas, o mesmo ira
debruçar sobre esse processo, buscando relacionar ou demonstrar a importância do processo
decisório na formulação de Politicas Publicas. A formulação e a implementação de Politicas
Publicas, passa por uma serie de procedimentos e o processo decisório compõe esses
procedimentos, e com esse trabalho iremos compreender como esse processo é feito, quais são
as suas etapas e quais são os cuidados a ter em conta no processo de decisório com vista a
culminar com a formulação e implementação de politicas publicas.
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1.0.Objectivos.
1.1.Objectivo Geral:
 Estudar o processo decisório de políticas públicas.
1.2.Objectivos específicos:
 Compreender o processo decisório de políticas públicas;
 Descrever as etapas do processo decisório de políticas públicas;
 Falar dos cuidados a ter no processo decisório de políticas publicas.
2.0.Metodologia.

Para os fins do presente estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, que ira consistir na
leitura e interpretação de manuais e artigos científicos.

Segundo Medeiros (2004), “a pesquisa bibliográfica constitui-se em fonte secundária. É aquela


que busca o levantamento de livros e revistas de relevante interesse para a pesquisa que será
realizada”.
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3.0.Processo decisório de políticas públicas.

O processo decisório é um conjunto de estratégias e ações que visam a tomada de


decisão assertiva de um determinado assunto ou acontecimento.

O momento de formulação da política e tomada de decisão é onde governadores, legisladores,


administradores públicos, grupos de interesses, entre outros, agem com o intuito de resolver
problemas públicos Idem at all (2017).

Nesta fase, são desenhadas as metas e os recursos que serão disponibilizados para que os fins
sejam atingidos, bem como o limite temporal de atuação. É no momento decisório das políticas
que as escolhas políticas e, consequentemente, as ações políticas, se tornam explícitas (Baptista
e Rezende, 2011)

Existem alguns modelos que se debruçaram a analisar a fase do processo decisório das políticas
públicas. Com uma contribuição de composição das propostas elaboradas pela corrente do
racionalismo e incrementalismo, Etzioni (1967) elabora o Modelo de Mixed-Scanning
(Exploração Combinada).

Neste contexto, o processo decisório é concebido a partir de dois tipos de tomadas de decisão,
demandando do decisor comportamento diferenciado para cada tipo. É preciso que os actores
lidem com decisões fundamentais ou estruturantes, que apresentam maior abrangência e
consequências a longo prazo para as políticas públicas, estabelecem os rumos gerais que serão
tomados e principais diretrizes;

Decisões ordinárias e incrementais, que são mais específicas, e possuem as decisões


estruturantes como parâmetro e apresentam análises detalhadas sobre as alternativas e soluções
específicas. Logo, na formulação das políticas públicas, os dois tipos de decisão se unem,
gerando o que o autor denomina como Exploração Combinada, Rua e Romanini (2013).

3.1.Cuidados ou procedimentos a levar em consideração no processo decisório de políticas


públicas.

Para a tomada de decisão de políticas publicas, tem de se ter em conta os seguintes


procedimentos:

1. Rigoroso mapeamento do processo decisório para definir os alcances e limites do


tomador de decisão;
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2. Mapeamento e priorização de stakeholders de acordo com os objetivos da organização,


e;

3. Compreensão do contexto e cenário político partidário no qual a deliberação ocorre.

Tratando se de políticos eleitos e os mesmos tornam se agentes de formação de políticas


públicas, é preciso levar em consideração que, além de serem actores fundamentais no processo
de políticas públicas, eles são representantes legítimos de interesses, possuindo acesso
privilegiado às esferas de poder governamental e podem estar defendendo seus próprios
interesses.

De acordo com esta lógica, o papel dos grupos de interesse é fundamental para auxiliar os
políticos nessa tarefa. Para isso, é importante que a solução que conceberam e que buscam ver
escolhida tenham o melhor equilíbrio possível com relação aos recursos que serão investidos,
o investimento a ser realizado versus produtividade, o respeito ao ordenamento jurídico, a
probabilidade de alcance das metas e a abrangência da solução elaborada.

3.2.Etapas para o processo decisório de políticas públicas.


3.2.1. Formação da Agenda

A formação da agenda pode se dar tanto por iniciativa governamental, quanto por iniciativa
não-governamental. Para a formação da agenda determinados aspectos devem ser
considerados, tais como: relação custo-benefício, análise social, viabilidade orçamentária,
relevância política.

Quando um tema entra na agenda não significa que automaticamente será tratado pelo
Governo. Na prática muitos assuntos e problemas entram na agenda mas são deixados de lado
por diversos motivos.

As questões sociais são a fonte primária da formação da agenda. Por analogia, a partir da teoria
geral do direito, podemos dizer que existem fontes formais e materiais para a formação da
agenda. As fontes formais são as leis, jurisprudência e costumes jurídicos. As fontes materiais
são os aspectos sociais, econômicos e culturais. As fontes formais e materiais são os elementos
iniciais da formação da agenda, cabendo ao Governo analisar a relevância e viabilidade de
solucionar tais problemas.

Numa perpectiva objetiva a agenda é pautada pela economia e pela política. Alguns
especialistas apontaram uma correlação positiva entre industrialização dos países e a agenda
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pública. Infelizmente a amostra era ruim e se aplicava basicamente aos Estados Unidos da
América e países similares.

A literatura indica, ainda, quatro modelos de tomada de decisão:

 O modelo racional (Simon): estabelece a razão como premissa maior da inferência


lógica, de forma a primeiramente fixar a solução para o problema e depois desenvolver
as estratégias através de nova política pública, por meio de análise plena e considerando
as consequências;
 O modelo incremental (Lindblom): busca fazer ajustes na política pública para que
se atinja o objectivo inicial, uma forma de adaptação da estratégia;
 O modelo de análise misturada (Etizioni): é uma síntese dos modelos racional e
incremental, onde se pondera a possibilidade de ajustes sem romper e criar uma nova
política;
 O modelo irracional ou lata de lixo (Cohen, March e Olsen): traz um modelo dúbio,
onde a inferência lógica inicia com o problema para depois se chegar a solução. As
decisões surgem de forma desorganizada e aleatória, busca-se em vários lugares de
forma casual.
3.2.2. Formulação de políticas públicas

O primeiro passo para a formulação da política pública é escolher as alternativas possíveis para
solucionar o problema. Neste momento o governo considera todas as perspectivas possíveis:
política, social, econômica, pragmática.

A depender do contexto social, político e econômico a formulação de uma política pública pode
ser lenta, rápida, reformulada ou abandonada. Por se tratar de uma formulação teórica, a fase
de formulação pode adentrar na fase de implementação, objetivando uma adaptação à
problemas práticos (RONCARATTI, 2008).

Segundo Hill (2006), existem razões que levam a uma nova formulação da política pública
durante a implementação, quais sejam, novos problemas, novos factos, algumas decisões
devem ser tomadas pelos executores das medidas.

Para Howlett (2013) o elemento subjectivo na formulação da política pública apresenta quatro
aspectos. O triângulo de ferro tem como actores os grupos de interesse, comissões
parlamentares e agências governamentais. A rede em torno de questões é formada por grupos
temáticos com vários membros e que actuam junto ao triângulo de ferro. As comunidades de
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políticas públicas são formadas por pessoas ligadas pela epistemologia compartilhada. A
coalização de advocacia é formada por um subgrupo de actores governamentais e particulares
que se organizam para atingir determinado fim.

3.2.3. Implementação das decisões

A implementação de uma política pública consiste em planejar, estruturar a máquina pública e


provisionar todos os insumos necessários a execução RONCARATTI (2008).

Esta fase é regularmente influenciada por problemas de implementação e por aspectos sociais,
econômicos, políticos.

Decidir o momento para implementação de uma política pública exige muito dos actores
políticos, pois é fundamental identificar a janela de oportunidade para que se tenha sucesso.

Há de se ponderar nesta fase a constante falta de recursos no Estado, o que pode comprometer
a implementação de uma política pública.

No tocante a execução de uma política pública a literatura indica dois modelos. Ambos os
modelos têm como referencial o elemento subjectivo da implementação. No modelo de cima
para baixo a hierarquia institucional é importante, uma vez que as decisões são tomadas pelos
superiores, sendo que os subordinados são meros executores. A contrário senso, o modelo de
baixo para cima é mais pragmático, a medida que torna relevante não só o público alvo, mas
também a sinergia entre os indivíduos e as estruturas governamentais envolvidos na
implementação da política pública.

Na fase de implementação o ânimos do agente público pode variar entre realmente querer pôr
em prática uma política pública ou apenas realizar um gesto político/eleitoral (RUA, 2006).

3.2.4. Monitoria e avaliação.

O objetivo dessa fase é aferir a execução da política pública, de forma a possibilitar a


confirmação da política, correção da implementação ou cancelamento.

A avaliação, segundo Roncaratti (2008), é definida como: “o exame objetivo, sistemático


empírico dos efeitos da política pública sobre suas metas em termos de objetivos que
pretendiam alcançar.”.

Roncaratti (2008) elenca quatro razões para a ocorrência da avaliação. Pode ser utilizada para
fundamentar uma justificativa ou satisfação perante a sociedade. Satisfazer exigências
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institucionais, que exigem a análise da política pública. Serve como elemento fundamentador
de uma decisão estratégica da política pública. E para possibilitar o aprendizado por parte dos
gestores, que saberão os impactos da política pública implementada.

A avaliação pode ser em razão do tempo, ocorrendo antes da implementação da política pública
(ex-ante) ou depois da implementação (ex-post). Em razão do objeto tem-se a verificação dos
insumos, a verificação da estrutura ou a verificação da grandeza dos resultados. Em razão da
execução a avaliação pode ser interna (dentro do órgão responsável, realizada por órgão
diferente do executor, mas pertencente a própria administração) ou externa (realizada por
terceiros).

Por fim, há de se falar em fim da política pública, que segundo Giuliani (2005), podem ser a
resolução do problema, ineficácia da política pública ou perda da relevância social e política.
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4.0.Conclusão.

Apos a realização do presente trabalho, constatamos que o processo decisório desempenha um


importante papel na formulação e implementação de politicas publicas, porque é nesse processo
que é possível tomar a decisão sobre que politica implementar e nele arrolam se todos os
procedimentos. O processo decisório, segue uma serie de etapas, tais como, a formulação de
agenda, a formulação de politicas publicas, a toma da decisão propriamente dita e a fase de
monitoria e avaliação, cada fase do processo decisório é crucial para o processo de formulação
de politicas publicas, sendo a fase de monitoria e avaliação responsável por aferir se a politica
publica ora implementada esta a cumprir com os objectivos da sua implantação e caso de não,
a mesma pode ser cancelada.
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5.0.Referencias Bibliográficas.

BAPTISTA, Tatiana. W. F.; REZENDE, Mônica. A ideia de ciclo na análise de políticas


públicas: Caminhos para Análise das Políticas de Saúde. Rio de Janeiro: IMS. 2011;

ARAÚJO, Luísa; RODRIGUES, Maria de Lurdes. Modelos de análise das políticas públicas.
Sociologia, problemas e práticas, Lisboa. 2017;

RUA, Maria das Graças; ROMANINI, Roberta. Para aprender políticas públicas conceitos e
teorias. Brasília: IGEPP. 2013.

BAPTISTA, Tatiana Wargas de Faria. REZENDE, Mônica de. A ideia de ciclo na análise de
políticas públicas. 2017.

GIULIANI, M. Policy termination. In: CAPANO, G; GIULIANI, M. Dizionario di Politiche


Pubbliche. Roma: Carocci, 2005.

HOWLETT, Michael; RAMESH, M; PERL, Anthony. Política Pública: seus ciclos e


subsistemas: uma abordagem integral. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

RONCARATTI, Luanna Sant’Anna. Caderno de Políticas Públicas. Ministério do


Planejamento, Orçamento e Gestão. Brasília, 2008.

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