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CONCEPÇÃO TEÓRICA E
METODOLÓGICA DA FORMULAÇÃO
DE POLÍTICAS DE SAÚDE
Discentes: Camila Brito e Kitiana Pacheco
Disciplina: Políticas, Planejamento, Gestão e Governança em Saúde
Docente: Vitória Solange
Políticas em Saúde x Políticas de Saúde
• Estudos que tomam como objeto central a análise das relações de poder em
saúde nos âmbitos setoriais e societário, ou processo político em saúde, assim
como suas relações com a produção de fatos políticos, dentro e fora das
instituições;
• Estudos sobre ‘o conteúdo’ das políticas enquanto diretrizes, planos e
programas, como podemos verificar na análise de políticas de saúde específicas
ou em um de seus componentes: financiamento, gestão, organização e
infraestrutura do sistema de saúde
Políticas de Saúde
• Cenário Nacional e Internacional
• Conceituando...
• O agente primário criador da política pública será sempre um governo,
pois somente as instituições governamentais dão às políticas públicas
‘legitimidade’ e ‘universalidade’, além de monopolizarem ‘a coerção na
sociedade’ (DYE, 2005, p. 101).
• “trata fundamentalmente de atores cercados por restrições que tentam compatibilizar
objetivos políticos com meios políticos, num processo que pode ser caracterizado como
resolução aplicada de problemas”
Howlett, Ramesh e Perl (2013, p. 5)
• A relevância de atores não estatais na elaboração de políticas públicas e o protagonismo do
Estado;
• A política pública é determinada pela união de diretrizes, medidas e processos que
exprimem a orientação política do Estado e regulam as atividades governamentais pautadas
pelas tarefas de interesse público, influenciando as realidades econômica, social e
ambiental.
Fases de uma Política Pública
• Hoppe, Van de Graaf e Van Dijk (1987) preconizam seis fases para uma
política pública;
• Howlett, Ramesh e Perl (2013), que dividem esse ciclo em cinco estágios.
ENTRADA NA AGENDA
FORMULAÇÃO DA POLÍTICA
TOMADA DE DECISÃO
IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA
AVALIAÇÃO DA POLÍTICA
(1) Construção de agenda
Quem decide
• O debate entre ELITISTAS e PLURALISTAS
• Visão elitista - um pequeno grupo de atores políticos, a chamada
elite, toma as decisões acerca das políticas públicas a serem
implementadas.
• Visão pluralista – quem estuda o poder deve analisar as decisões
reais, envolvendo atores que possuam preferências diferentes.
(3) Processo decisório
Como decide:
• Dois modelos de tomada de decisão conflitantes merecem
destaque: o racionalismo (ou modelo “racional-exaustivo”) e o
incrementalismo.
RACIONALISMO INCREMENTALISMO
• Uma vez elaborada a política, processo este que conta com participação de
políticos e da burocracia pública atuando conjuntamente, ela precisa ser
implementada. O processo de implementação pode ser analisado de diferentes
perspectivas.
• A abordagem “top-down”: a ação governamental é implementada de cima para
baixo;
• A abordagem “bottom-up”: o processo de negociação mantém-se durante a fase
de implementação, e este continuum elaboração – implementação provoca
efeitos de baixo para cima, modificando a própria concepção de partida.
(BARRET-FUDGE; HAM-HIL apud SUBIRATS, 1994).
(4) Implementação de políticas
públicas
O modelo sintético de Sabatier:
• Sabatier propõe que para se analisar a complexidade dos
processos de implementação de políticas públicas, não dá para se
olhar apenas para os seus formuladores, ou para seus
implementadores.
• As políticas públicas implementadas são resultantes das regras
delimitadas pelos atores políticos e pela alta burocracia, são
adaptadas pela chamada “burocracia do nível da rua”, conforme
o contexto histórico, socioeconômico e político do momento da
sua implementação.
(4) Alguns problemas identificados pelos
processos de implementação
• Desenho inadequado de política - inadequação da estrutura
administrativa necessária para a implementação, ausência de
recursos financeiros disponíveis ou viabilidade prática da
proposta. Quando o desenho inicial da política não leva em
consideração a existência/necessidade de tais recursos, grandes
são as chances de insucesso;
• aqueles que formulam políticas estão, muitas vezes, estão
distantes daqueles que as implementam;
(4) Alguns problemas identificados pelos
processos de implementação
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em uma metrópole do nordeste brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, 19(9):3819-3828, 2014
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