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Formulação, Gestão e Avaliação

de Políticas Públicas
Tema 06 – Gestão de Políticas Públicas
Bloco 1
Renato Traldi Dias
Apoio Contínuo à Execução de Políticas Públicas

 A falta de apoio é um obstáculo que pode impedir que a execução se estenda até o
cumprimento dos objetivos da política.
 Há apoio de diversos cunhos: político, social, financeiro, etc.
 Dificilmente a execução será eficaz e eficiente por toda a sua duração sem apoio, mesmo
quando a implementação tiver sido bem feita.
Apoio Contínuo à Execução de Políticas Públicas

 Circunstâncias se alteram com o passar do tempo; assim, quer se tenha adotado o modelo top-
down ou o bottom-up, deverá haver ajuste na execução da política.

 Apoio tem maior peso nos momentos problemáticos da execução.


Apoio Contínuo à Execução de Políticas Públicas

 Apoio político, por exemplo, pode desaparecer quando se altera a liderança de governo.
 Neste mesmo caso, o novo governo pode manipular a percepção com relação à política para que
se torne impopular (perda de apoio social).
 E com isso pode se justificar um corte de verbas da política (perda de apoio financeiro).
Apoio Contínuo à Execução de Políticas Públicas

 Importante se ressaltar que um próprio governo que implementou uma política, pode
abandoná-la.
 É comum que se elaborem políticas ousadas, sem que haja interesse em acompanhar como elas
serão executadas.
 Isto incentiva a prática denominada de blame shifting, mencionada no estudo do modelo top
down.
Apoio Contínuo à Execução de Políticas Públicas

 Importância da neutralidade dos burocratas para a sobrevivência da política pública


implementada.
 Burocratas servem também para dar apoio a uma política em casos em que políticos de um novo
governo sejam inexperientes e não saibam como realizar a gestão de políticas implementadas
por governos anteriores.
Apoio Contínuo à Execução de Políticas Públicas

 “Erosão natural de ânimos” com relação à política pública ao longo dos anos.

 Fatores que podem fazer com que a sociedade possa perder interesse na política:
• Sociedade acostuma-se com o problema.

• Problema se tornou menos grave/urgente.

• Problema se tornou menos visível.

• Política requer muito tempo para surtir efeitos visíveis.


Formulação, Gestão e Avaliação
de Políticas Públicas
Tema 06 – Gestão de Políticas Públicas
Bloco 2
Renato Traldi Dias
2. Acompanhamento da Execução de uma Política Pública

➢ Três elementos:

• Supervisão da execução;

• Fornecimento de informações;

• Realização de sugestões para que sejam feitas correções.


2. Acompanhamento da Execução de uma Política Pública

➢ Supervisão da execução:
• Presume-se que quem tem objetivo de fornecer informações deve, primeiro, ter acesso
adequado às particularidades do desenvolvimento da execução.
• O ideal é que haja órgão(s) oficial(is) encarregado(s) de realizar esta tarefa.
• Em termos da sociedade em geral, ONGs têm maior capacidade para supervisionar.
2. Acompanhamento da Execução de uma Política Pública

➢ Supervisão da execução (continuação):

• Nada impede que mais de um ator realize a supervisão. Aliás, é desejável que isto ocorra.

• Importância da existência de metas na política pública, para que cidadãos possam


supervisionar o progresso da execução.
2. Acompanhamento da Execução de uma Política Pública

➢ Fornecimento de informações:

• Se não houver órgão oficial supervisor, pode ser difícil determinar para que devem ser
fornecidas as informações.

• Executores de uma política pública são naturalmente mais receptivos a informações


advindas de órgãos governamentais.
2. Acompanhamento da Execução de uma Política Pública

➢ Realização de correções:
• -Modelo top-down: supervisores analisam documentos formais da política para verificar
quais falhas surgiram durante processo de execução e, então, sugerem correções.
• -Modelo bottom-up: supervisores partem de observação empírica da execução para
determinar como a política "deveria ser" e sugerir alterações nesse sentido. Depois, adapta-
se a execução à política reformada.
3. Obstáculos à Execução de uma Política Pública

➢ Dimensão institucional:
• Falta de clareza na definição de objetivos, metas e estratégias.
• Inadequação na teoria que informa a concepção da política.
• Diversidade profissional dos atores envolvidos na execução.
• Inexperiência dos atores com as estratégias de implementação.
3. Obstáculos à Execução de uma Política Pública

➢ Dimensão organizacional:
• Resistência às mudanças ou inovações por parte de burocratas.
• Tarefas distribuídas de modo fragmentado entre diversos níveis hierárquicos.
• Existência de departamentos que estejam isolados ou desarticulados da estrutura da
política.
• Ausência de informações confiáveis e precisas.
3. Obstáculos à Execução de uma Política Pública

➢ Dimensão ambiental:

• Dificuldade de participação dos beneficiários da política (baixo nível de informação,


influência e organização).

• Problemas advindos da distância entre tomadores de decisão e executores da política


pública.
Referências

➢ DIAS, Reinaldo; MATOS, Fernanda. Políticas públicas: princípios, propósitos e processos. São
Paulo: Atlas, 2012.
➢ DEUBEL, André-Noël R.. Políticas públicas: formulación, implementación y evaluación. Bogotá
D.C.: Aurora, 2006.
➢ FERNÁNDEZ, Antoni. Las políticas públicas. In: BADIA, Miquel Caminal (Ed.). Manual de ciencia
política. 3. ed. Madrid: Tecnos, 2008.
➢ SARAVIA, Enrique. Introdução à teoria da política pública. In: SARAVIA, Enrique; FERRAREZI,
Elisabete (Org.). Políticas públicas: coletânea. Brasília: ENAP, 2006.
➢ SECCHI, Leonardo. Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo:
Cengage Learning, 2010.
➢ VALLÈS, Josep M.. Ciencia política: una introducción. 7. ed. Barcelona: Ariel, 2008.

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