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Faculdade de Direito
Lurdes Bento
Lurdes Bento
1.2.4. Implementação................................................................................................. 7
Conclusão ........................................................................................................................... 14
Referencias Bibliográficas................................................................................................... 15
Introdução
O trabalho fala de políticas públicas e a política de Saúde Neonatal e Infantil em Moçambique
como requisito de ensino e aprendizagem na cadeira de Politicas Publicas. O presente trabalho
contem duas partes, na qual a primeira parte corresponde a parte teoria onde foi debruçado
sobre o conceito de Politicas Publicas, tipos, processos, formulação, implementação,
monitoria, avaliação e modelos de análises de políticas públicas.
A segunda parte corresponde a parte prática fala da Política de Saúde Neonatal e Infantil em
Moçambique, onde destacamos aspectos importantes da política em análise tais como
problema identificado na política, o processo de formulação, teorias usadas na
implementação, níveis de implementação.
Capa,
Introdução,
Desenvolvimento,
Conclusão e
Referências bibliográficas.
Para efeitos de elaboração do trabalho foram usadas as diferentes plataformas digitais que
oferecem um vasto conteúdo que se refere as políticas publicas.
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1. Conceito de Política Publica
De acordo com Souza (2002) Não existe uma única, nem melhor, definição sobre o que seja
política pública, pós existem varias definições porem todas direccionam – se a mesma visão.
Peters (2015) define as políticas públicas como o conjunto de actividades que os governos
empreendem com a finalidade de mudar sua economia e sociedade.
Lynn (1980) a define como um conjunto específico de acções do governo que irão produzir
efeitos específicos.
A definição mais conhecida continua sendo a de Laswell, ou seja, decisões e análises sobre
política pública implicam em responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por que e
que diferença faz.
Contudo as definições de políticas públicas, mesmo as minimalistas, guiam o nosso olhar para
o locus onde os embates em torno de interesses, preferências e ideias se desenvolvem, isto é,
os governos. Apesar de optar por abordagens diferentes, as definições de políticas públicas
assumem, em geral, uma visão holística do tema, uma perspectiva de que o todo é mais
importante do que a soma das partes e que indivíduos, instituições, interacções, ideologia e
interesses contam, mesmo que existam diferenças sobre a importância relativa desses factores.
Podemos então resumir que as políticas públicas são o campo do conhecimento que busca, ao
mesmo tempo, colocar o governo em acção e ou analisar essa acção (variável independente) e
quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas acções (variável dependente).
Em outras palavras o processo de formulação de política pública é aquele através do qual os
governos traduzem seus propósitos em programas e acções, que produzirão resultados ou as
mudanças desejadas no mundo real.
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Contudo a política pública é um campo holístico, isto é, uma área que situa diversas unidades
em totalidades organizadas, isso tem duas implicações. A primeira é que a área torna-se
território de várias outras disciplinas, teorias e modelos analíticos. Assim, apesar de possuir
suas próprias modelagens, teorias e métodos, a política pública, embora seja um ramo da
ciência política, a ela não se resume, podendo também ser objecto da filosofia, psicologia,
sociologia, economia e da econometria, esta última no que se refere a uma das sub – áreas da
política pública, a da avaliação, que recebe grande influência de técnicas quantitativas e
modelos econométricos.
A segunda é que o carácter holístico da área não significa que ela careça de coerência teórica
e metodológica, mas sim que ela comporta vários olhares. Por último, políticas públicas, após
desenhadas e formuladas, se desdobram em planos, programas, projectos, bases de dados ou
sistema de informação e pesquisas. Quando postas em acção, são implementadas dai ficam
submetidas a sistemas de acompanhamento e avaliação.
Políticas distributivas,
Políticas regulatórias,
Políticas redistributivas, e
Políticas constitutivas.
Lowi (1964) descreve cada uma delas da seguinte maneira, primeiro é políticas distributivas
que são decisões tomadas pelo governo que desconsideram a questão dos recursos limitados,
gerando impactos mais individuais do que universais, ao privilegiar certos grupos sociais ou
regiões em detrimento do todo. Políticas públicas que favorecem o clientelismo e o
patrimonialismo, políticas regulatórias que são mais visíveis ao público, envolvendo
burocracia, políticos e grupos de interesse.
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Políticas redistributivas que atinge maior número de pessoas e impõe perdas concretas e no
curto prazo para certos grupos sociais e ganhos incertos e futuro para outros são em geral, as
políticas sociais universais, o sistema tributário e o sistema previdenciário e são as de mais
difícil encaminhamento e políticas constitutivas que lidam com procedimentos. Cada uma
dessas políticas públicas vai gerar pontos ou grupos de vetos e de apoios diferentes,
processando – se, portanto, dentro do sistema político de forma também diferente.
São através de movimentos sociais, manifestações, mídia, audiências públicas, redes sociais
e demais ferramentas da tecnologia da comunicação e informação que o governo obtém as
informações que irão compor a agenda. Os indivíduos ou grupos que participam da
formação, modificação ou extinção da política pública são conhecidos como atores. Eles
possuem grande influência e participam de todo o ciclo.
Segundo Kingdon (2006) a definição das alternativas é uma arena na qual convivem uma
série de propostas que, para alcançarem o status de solução mais adequada para um dado
problema, passam por um processo de selecção que obedece a alguns critérios. São eles:
viabilidade técnica e financeira, conformidade com os valores da sociedade e receptividade da
sociedade política.
1.2.4. Implementação
A etapa de implementação compreende a execução da política pública escolhida para
enfrentar determinado problema. Nessa fase, já se sabe quais são os objectivos, as metas e
resultados esperados, os recursos necessários para operacionalização e quem são os
executores e suas responsabilidades. É importante que haja constante monitoramento da
execução para identificar possíveis gargalos que comprometam o produto final e façam com
que a execução custe mais do que inicialmente previsto.
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1.2.5. Avaliação
A fase de avaliação da política pública consiste em verificar se houve o alcance dos objectivos
e metas estabelecidos, se ela pode ser extinta (visto que já cumpriu com o que foi definido), se
precisa ser reformulada e também serve como experiência no processo de retroalimentação do
planeamento governamental. É uma fase de grande aprendizado em que todas as informações,
no que diz respeito a política pública, servirá aos gestores e demais atores como fonte para
conhecer as deficiências da organização desde o planeamento até a execução, subsidiará
futuras reformulações e elaborações de novas políticas públicas.
Lasswell é um dos primeiros autores a propor, no fim da década de 1950, uma análise
estruturada do processo político, sugerindo a sua decomposição em fases sucessivas,
relacionadas entre si de uma forma lógica e sequencial.
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O modelo Advocacy Coalition Framework (ACF), proposto na década de 1980 por Paul
Sabatier e Jenkins-Smith, constitui uma das mais importantes formas alternativas de pensar o
processo político. O objectivo foi disponibilizar uma explicação coerente sobre os principais
factores e dinâmicas que afectam o processo político.
Na Região Africana, tem se registado por dia 1,2 milhões de mortes neonatais. Destas 50%
ocorrem nas primeiras 24h de vida e 75% na primeira semana de vida. A mortalidade infantil
tem como principais causas a pneumonia, malária, diarreia e desnutrição. É importante notar
que mais de 50% do manejo de casos ocorrem fora do sistema de saúde e muitas vezes por
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automedicação, e que cerca de 50 -70% das mortes infantis ocorrem sem contacto com a
Unidade Sanitária.
Contribuem para essas mortes, para além de outros factores, a baixa cobertura de parto
institucional que é de 48%, a baixa qualidade das consultas pré-natais e a baixa cobertura das
consultas pós natal.
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4. Implementação da Política de Saúde Neonatal
O período da implementação da política de saúde neonatal foi de 2006 – 2010.
Contudo dado ao facto de que a formulação de políticas a nível central é apenas o começo da
mudança sócio-cultural e que alguns dos valores sócio-culturais estão profundamente
enraizados na mente das pessoas, e no intuito de obter a mais vasta aderência possível à nova
legislação facilitadora, é imperioso que todas as instituições e todos os representantes
comunitários abrangidos participem nas discussões que antecedem esta revisão e formulação
de políticas. É também importante sensibilizar as autoridades a nível distrital e local sobre a
necessidade de implementar novas políticas e novos regulamentos.
Foi usada também a teoria do Fluxo de Eventos que é aquela baseada na ideia de que a
implementação de políticas públicas é influenciada por uma série de eventos que ocorrem ao
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longo do tempo. Não obstante disso a política de Saúde também foi influenciada por uma
série de eventos que decorreram nos anos anteriores.
Para além dos dados semanais, o sistema também recolhe dados mensais ao nível dos postos
sentinelas que se encontram nos 7 hospitais provinciais e 3 hospitais centrais. Para a recolha
de dados referentes as actividades de neonatologia, o MISAU está em processo de
elaboração da ficha de registo de internamento na referida área para os níveis distrital,
provincial e nacional. Monitorizar a implementação das actividades e avaliar indicadores
específicos
No modelo sequencial ou ciclo político foi analisada a nossa política, pois ela foi
desenvolvida por etapas de modo a prestar os melhores cuidados de saúde. O governo
moçambicano desenvolve esta política sempre nos seus planos quinquenais e outras políticas
relacionadas com a política de saúde neonatal e infantil como a política de saúde reprodutiva,
baseia – se principalmente nos relatórios das supervisões efectuadas e nos inquéritos pontuais.
Já no modelo de fluxos múltiplos pode ser avaliada a política de saúde neonatal porque este
era um problema comum da sociedade durante um tempo, mas devido a facto das mortes das
crianças ter vindo a aumentar nos últimos anos chamou a atenção do governo central dai que
logo entrou na agenda do governo e foi discutido de modo a resolver este problema. Como
forma de resolver este problema o governo tem desenvolvido nos últimos anos politicas para
colmatar este evento que tem assolado as crianças recém- nascidas com maiores incidências
nas periferias.
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Conclusão
Ao fim da elaboração do trabalho, o grupo chegou as seguintes conclusões׃
Existem varias definições de políticas públicas, cabe a nos escolher qualquer delas vamos
usar. Políticas públicas são o campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, colocar o
governo em acção e ou analisar essa acção e quando necessário, propor mudanças no rumo ou
curso dessas acções.
O ciclo das políticas são formulação da agenda, formulação da política, tomada de decisão,
implementação e avaliação. Quanto aos modelos de analise de politicas publicas por nos
estudados foram 4 que são modelo sequencial, fluxos múltiplos, equilíbrio interrompido e
quadro teórico das coligações de causa e de interesse.
Quanto a nossa política compreendemos os seguintes aspectos, que ela foi formulada no ano
de 2006. O período da implementação da política de saúde neonatal foi de 2006 – 2010. O
problema identificado foi o elevado número de mortes de crianças recém – nascidas.
Nas últimas décadas, tem se registado, no país, uma redução contínua das taxas de
mortalidade neonatal, infantil e infanto-juvenil, contudo, essas taxas continuam ainda bastante
altas. De acordo com o IDS de 2003, a taxa de mortalidade neonatal é de 48 por 1000 NV, a
de mortalidade infantil de 125 por 1000 NV e a de mortalidade infanto-juvenil de 178 por
1000 NV. Notam-se também grandes disparidades nessas taxas entre as províncias, sendo as
províncias da Região norte as que apresentam taxas mais elevadas.
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Referencias Bibliográficas
Kingdon, J. (1984) Agendas, Alternatives, and Public Policies. Boston: Little Brown.
Lowi, T. (1964). American Business, Public Policy, Case Studies and Political Theory.
Lynn, L. E. (1980) Designing Public Policy: A Casebook on the Role of Policy Analysis.
Santa Monica
Wu, X. Ramesh, M.; Howlett, M.; Fritzen, S. et al. (2014). Guia de Políticas Públicas:
gerenciando processos. Brasília: ENAP.
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