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ESTRATÉGIADE ESTUDOS ATÉ A
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TEORIA DETALHADA EM FORMATO DE


APOSTILASIMULADOS RESOLVIDOS E
COMENTADOS DICAS PARA VENCER AS
“PEGADINHAS”
MAPAS DE IDEIAS E NOTAS IMPORTANTES PARA ESTRUTURAR OS ESTUDOS
GABARITOS E MUITO MAIS
CONTEÚDO

Capítulo 1 – Planejamento.................................................................................1

Capítulo 2 - Projeto Político Pedagógico ou Proposta Pedagógica ........................ 25

Capítulo 3 - Planejamento Curricular..................................................................... 36

Capitulo 4 - Planejamento de Ensino .................................................................... 53

Capítulo 5 – Didática................................................................................................56

Capitulo 6 - Componentes do Processo Ensino Aprendizagem ............................. 67

Capítulo 7 - Componente do planejamento “Avaliação” ............................................. 84

Capítulo 8 - Tendências Pedagógicas ................................................................... 98


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Capítulo 1 – Planejamento
Planejamento e Organização do Trabalho Pedagógico

A probabilidade de sucesso em qualquer área pode ser exponencialmente aumentada com o


direcionamento correto dos recursos disponíveis, sejam eles material, tempo, energia, pessoas, etc.,
dessa forma se faz muito necessário, como um primeiro passo, a organização de uma rotina definida com
objetivos e ações bem determinadas.

Definir os objetivos e cada plano de ação para alcançá-los trará uma visão ampla do trabalho a ser
desenvolvido e a segurança de uma estrutura a ser seguida.
O planejamento é algo que está intimamente ligado ao dia-a-dia do professor e lidar com essa ferramenta
de apoio ajudará a definir a intencionalidade das ações e direcionar o foco durante a jornada.

O planejamento e organização voltados a um ensino de qualidade no âmbito escolar é definido não


somente pela comunidade escolar em si, mas também pode e deve ser realizado com o conhecimento e
apoio da sociedade de um modo geral, partindo desde o envolvimento direto com o planejamento para a
educação, ou seja, planejamento educacional de forma mais abrangente, até o nível mais prático, aquele
que ocorre em sala de aula com a regência do professor.

Vamos elucidar e analisar os níveis de planejamento, como são divididos e a relevância de cada um deles
no processo, além de abordar o conceito de interdependência desses níveis de planejamento, que ao
serem usados de forma articulada garantem o sucesso no processo de ensino e aprendizagem.

O Planejamento

Planejamento é um conceito muito abrangente e não existe uma definição única ou universal, no entanto,
baseando-se no conceito de alguns autores educacionais, podemos definir como o processo de organizar,
classificar e racionalizar, tudo aquilo que será trabalhado durante o processo de ensino e aprendizagem.

Devem ser definidos os objetivos que serão o foco nessa abordagem (o que será realizado) a forma como
será organizado o trabalho para alcançar o objetivo (como será feito), quais serão os recurso s disponíveis
(com o que será feito), como será definido o processo de avaliação da aprendizagem de acordo com o
proposto, e a partir desse resultado definir novos insumos para o processo de planejamento (como será
avaliado, quais resultados desenvolvem novas ações para o processo de planejamento).

A Organização

Existem quatro principais frentes que fazem parte do planejamento do ensino aprendizagem,
inicialmente é preciso que haja uma comunicação ativa com a comunidade escolar, para
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que se possa elucidar a função social da escola, os valores em que se baseiam e o tipo de formação
que se espera dos alunos, definir o marco situacional (onde estamos), o marco filosófico (onde queremos
chegar), lembrando que esse planejamento é integrado e elaborado com a participação de docentes,
discentes, pais, e todos envolvidos nesse processo. Também é necessário planejar oscurrículos escolares
que serão foco da escola, na sala de aula e fora de sala de aula, uma vez que que currículo pode ser
entendido como um conjunto de experiências, que se estendem a teoria e se baseiam no contexto social
e situacional do aluno além de fatos históricos acumulados pela história da humanidade de modo geral.

Outro importante passo é o planejamento pelo professor do roteiro do ensino pretendido, ou seja, o
conteúdo a ser desenvolvido para cada grupo de assuntos, em várias etapas no decorrer do ano letivo,
semestre ou bimestre.

O professor define seu método e cronograma de acordo com Planejamento Escolar e


Curricular da escola, criando seu Planejamento de Ensino também chamado de Plano de Curso ou
Plano de Unidade Didática.
Nesse processo é definido pelo professor todo o método e recursos que serão utilizados dentro desse
plano e que são denominados componentes do processo de ensino aprendizagem.

Daremos uma ênfase maior a esse, que é um item de conhecimento essencial, e é encontrado em muitas
provas, ressaltando que o Planejamento de Ensino é um planejamento macro que depois será
desmembrado em planos de aula, que tem os mesmos conceitos aplicados de forma mais individualizada
para os objetivos de cada aula.

Abaixo uma ilustração de como se desenvolve planejamento e a organização do trabalho pedagógico:

Planejamento Escolar Planejamento Curricular Planejamento do Docente

Compõem a identidade e Currículo está relacionado


à Planejamento de Ensino:
essência dos objetivos da experiência. Definição de ensino de acordo o
escola. período Letivo.
Conteúdos cognitivos e
Define o tipo de pessoas e simbólicos. Processo de Ensino e
valores que se deseja formar Aprendizagem:
Conteúdos gerados de acordo Componentes do Plano de
É construído em conjunto com a com contexto social atual em Ensino.
comunidade escolar conjunto com os conteúdos Definição de Planos de Aulas
acumulados pela humanidade.
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Planejar é organizar e prever os processos da prática docente, definir os objetivos fins e modo
de ação.

Consiste em definir as melhores metodologias e ações, baseado em teoria e vivências, com o


intuito de facilitar o processo de ensino aprendizagem, considerando fatores importantescomo
as necessidades individuais e do grupo para que se possa elevar o engajamento no ensino, bem
como a qualidade do ensinar e aprender.

Para um bom planejamento é imprescindível que os recursos físicos e não físicos sejam
definidos e estejam disponíveis para o apoio da aprendizagem. Recursos tais como materiais
que serão utilizados nas atividades com os alunos, jogos pedagógicos, além daqueles recursos
não físicos como seminários, visitas à museus, teatros, etc.

O ciclo de planejar também deve conter o um processo definidos para avaliação, onde o
professor siga um método de como avaliar o aluno, levando em consideração suas
particularidades, e o processo de formação/evolução. Nesse caso pode se obter apoio de
portfólios com registros acadêmicos do aluno.

Sobre o planejamento, qual o papel deste com relação ao projeto político pedagógico?

No planejamento macro das variadas ações encontradas no processo ensino e aprendizagem,


existe a divisão entre alguns componentes, como o projeto político pedagógico, o projeto curricular,
o projeto de ensino e aprendizagem ou o projeto didático, esses podem ou não estar formalizados
de forma documental, sendo o mais aconselhável que estejam. A principal referência do
planejamento anual das escolas é o projeto político pedagógico.

Como realizar um planejamento adequado sem que a escola possua um projeto político
pedagógico?

Todas as escolas possuem um projeto político pedagógico, mesmo que ele não esteja formalizado
de forma documental, existem diretrizes gerais em todas as escolas que determinam esse projeto.
O mais aconselhável é que esteja documentado e quando da definição do planejamento anual,
essas diretrizes possam ser usadas como parâmetro direto para toda a comunidade escolar
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entender o que está sendo planejado e como cada componente deste planejamento está alinhado
aos ideais políticos e pedagógicos.

O planejamento define as diretrizes da prática pedagógica, mas não é uma norma. Deve ser
encarado como uma ferramenta direcionadora, porém flexível, que permite um olhar crítico por
parte da comunidade escolar e ajustes de direcionamento. O planejamento deve ser utilizado com
um forte senso de intencionalidade e compromisso para com os resultados, mas preservando
também o dinamismo dos processos escolares.

Ano 2017 Banca CESPE Órgão: SEDF

O processo de ensino e aprendizagem exige planejamento, preparação e escolha de caminhos


metodológicos que visem à realização de uma ação educativa político-social Neutra.

ERRADO

Análise da questão

Não está correto classificar o planejamento como uma ação Neutra. O planejamento está
diretamente vinculado ao compromisso político da escola, e também a fatores do educando, como
seus conhecimentos prévios, história de vida e ambiente a qual está inserido.
5

Considerando seu importante papel e suas características únicas, vamos tratar alguns conceitos
básicos do planejamento, que apoiam diretamente a ação docente e o sucesso escolar do educando
no decorrer do processo de ensino aprendizagem.

Linhas gerais do Planejamento

 É Ponderado;

 É Intencional;

 É um processo intelectual;

 Possui embasamento teórico;

 Direciona a tomada de decisão;

 Possui objetivos definidos.

É ponderado, pois traz uma reflexão e a possibilidade análise sobre o que se espera alcançar
durante o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, alunos com senso crítico, capacidade
analítica e de ponderação, aptos a realizar transformações em si próprios e em seu meio.

É intencional, o planejamento é determinado para que siga de encontro com a realização de


objetivos definidos. Estabelece uma direção e é um fator determinante para um bom
desenvolvimento das ações da comunidade escolar e principalmente do educando.

É um processo intelectual pois deve ser realizado conjuntamente entre educador e aluno. Precisa
ser organizado e distribuído em passos definidos, considerando os fatores básicos: Para que
(ensinar), O que (ensinar), Como (ensinar), Com o que (ensinar) e Como avaliar.

Possui embasamento teórico que norteia a construção do planejamento. As informações sobre o


assunto bem como dados históricos são levadas em consideração nas concepções teóricas e suas
contribuições na educação, com ênfase em um modelo de planejamento emancipatório.

É direcionador da tomada de decisão, e em se tratando de planejamento emancipatório é


importante valorizar um planejamento participativo, considerando as diretrizes da comunidade
escolar para com os educandos, para que o professor possa elaborar seu plano de ensino e de
aulas de acordo com essa diretriz definida.

Tem previsão de uma ação porque para que haja resultados significativos, ou seja, uma
aprendizagem significativa vale ressaltar que a previsão da ação docente é primordial no processo
6

de ensinar e aprender, evitando improvisos, lembrando sempre que o planejamento não é


permanente pode ser alterado ao decorrer do processo com vista a promover uma aprendizagem
significativa e de qualidade social.

Objetivos do Planejamento

 Trazer intencionalidade para as práticas educativas; 

 Trazer um senso de unicidade às práticas educativas; 

 Otimizar os espaços e recursos para atingir os fins do processo educativo;

O que se pretende com o planejamento

 Sucesso no alcance dos objetivos escolares

 Alta qualidade de ensino e aprendizagem

 Escola de qualidade alinhada aos objetivos

 Resultados mensuráveis e positivos


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Dimensões técnicas e políticas do planejamento

As diretrizes da prática pedagógica da escola e do professor devem ser consideradas em todo o


processo de planejamento, mas temos uma realidade no Brasil marcada por um planejamento
educacional desvinculado da prática da realidade social, e direcionada por uma ação mecânica,
repetitiva e burocrática, pouco colaborativa para mudanças na qualidade do cenário da educação,
com isso se torna imprescindível a compreensão das duas dimensões que constituem o
planejamento:

Dimensão política – toda ação humana é uma ação política. O planejamento ou a falta dele traduzem
uma escolha política, pois uma posição descompromissada também traz resultados e
consequências. A ação de planejar é por si só determinante de vários fatores, por isso, o
planejamento deve ser uma ação pedagógica ponderada, que agregue valor e tomada com
consciência do ambiente escola como um todo.

Dimensão técnica – O conhecimento e aplicação da técnica são os fatores que permitem viabilizar
a execução do ensino. Na prática do planejamento educacional, o saber técnico determina a
competência para organizar as ações que serão desenvolvidas para agregar conhecimento aos
alunos. Cabe ao professor o conhecimento da prática docente. A dimensão técnica é a segunda
aprendizagem: aprender a fazer - para poder agir sobre o meio. A dimensão técnica do
conhecimento é o aprender do aluno a fazer na prática pedagógica.

O processo de planejamento compreende duas dimensões técnica e política.

CERTO

O planejamento deve ser regido por intencionalidades e objetivos, nesse caso o sucesso escolar
dos estudantes e a melhoria na qualidade da prática docente, dessa forma o planejamento possui
duas dimensões: A política, visto que toda ação humana é uma ação política, e mesmo quando o
docente “não” planeja ali se traduz uma escolha política, e a dimensão técnica do conhecimento que
é a aprendizagem do aluno, e em se tratando do aprender ao executar se configura ação a prática
do processo de ensino e aprendizagem.
8

1. O principal objetivo do planejamento é preenchimento de formulários para o controle administrativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2. Os níveis de preparo dos alunos bem como suas condições socioculturais e individuais não fazem
parte de fatores considerados no planejamento.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3. O planejamento é um processo de racionalização e organização da ação docente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4. O planejamento diz respeito a função de formar o currículo em diferentes etapas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5. Planejamento do Currículo é o mesmo que planejamento de instrução.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6. Os únicos níveis de organização da prática educativa que influenciam no planejamento docente são o
planejamento do professor e o planejamento escolar, que devem ser articulados.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7. O acompanhamento do planejamento permite que se realizem alterações nas estratégias ou ações


previstas durante a execução para corrigir o rumo do processo, visando o alcance dos objetivos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

8. O planejamento curricular é fruto de uma sucessão de etapas que vai desde as definições adotadas
pelo Ministério de Educação até a realização do trabalho docente em sala de aula.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9. A prática educativa requer organização prévia por meio do planejamento das ações educativas e
pedagógicas da escola. Uma vez estabelecido, esse planejamento educacional não pode ser mudado,
pois constitui um documento formal.

( ) CERTO ( ) ERRADO
9

10. No processo de planejamento e organização do trabalho pedagógico, as ações estão circunstanciadas


no âmbito dos vários elementos que compõem o universo escolar, devendo ser dada importância máxima
aquelas circunscritas a prática pedagógica do professor e a sua formação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

1. RESPOSTA ERRADA

O preenchimento de formulários administrativos não faz parte do principal objetivo que se deseja alcançar
com o planejamento. A principal busca é pela determinação da intencionalidade do processo da educação
e da previsão da ação docente. A prática dos processos conforme planejamento é um fator muito
importante e deve ser acompanhado e mensurado para que não se torne apenas a realização de tarefas
burocráticas como o preenchimento das planilhas. O foco do planejamento é definir as diretrizes e articula-
las com a prática pedagógica para que se tenha como resultado a melhoria na qualidade do ensino
aprendizagem.

2. RESPOSTA ERRADA

O nível de conhecimento, preparação e as condições socioculturais e individuais dos alunos são fatores
determinantes para o planejamento. Essas condições são o ponto de partida para construir o
planejamento em seus diferentes níveis e etapas, desde o Planejamento Educacional até o Planejamento
em sala de aula, definindo inclusive os conteúdos mais específicos a serem inseridos no processo.

3. RESPOSTA CERTA

O planejamento não é neutro, deve ser definido com intencionalidade, é preciso racionalizar as ações
docentes, organizando-as de modo a considerar o contexto social dos educandos, o tempo e espaços
escolares, os recursos dentro da escola e também a ações educativas que vão além dos muros da escola.

4. RESPOSTA CERTA

O currículo deve ser formado em diferentes etapas, que vai desde as definições pelo Ministério de
Educação, Base Nacional Comum Curricular, Diretrizes Educacionais da Educação Básica, depois
definidos na Proposta Pedagógica da Escola o qual se materializa o currículo, conteúdos que farão
parte do processo de ensino e aprendizagem de docentes e discentes.

5. RESPOSTA ERRADA
10

Planejamento do currículo não é o mesmo que planejamento de instrução, visto que essa concepção é
de caráter de modelo tecnicista, de caráter burocrático, onde o objetivo é modelar o comportamento
humano para o mercado de trabalho, professor e aluno são cumpridores de tarefa e os livros didáticos
são visto como manuais de instrução na qual o instrutor é o professor, entretanto, o modelo que se adota
hoje nas escolas públicas de ensino é um modelo de educação progressista, emancipatória e
transformadora defendida por vários teóricos críticos como Paulo Freire, Makarenko, Manacorda, Miguel
Arroyo e Saviani com contribuições de Gramsci e Vygotsky. Por isso o Planejamento não é neutro, não
tem caráter meramente de instrução, busca corrigir e inovar a prática docente, professor e aluno
contribuem no processo de planejar quando de trata de planejamento de ensino.

6. RESPOSTA ERRADA

Os planejamentos de ensino são interdependentes e são articulados, devendo obedecer a uma ordem
para que o ensino e aprendizagem se concretizem, o plano de aula não pode anteceder o plano de
unidade didática (ou plano de ensino ou plano de curso) que deve ser definido em um determinado período
letivo, visto que o plano de aula é para uma aula. O planejamento tem um mais sentido amplo, que vai
desde o Plano Nacional de Educação construído pelo CNE Conselho Nacional de Educação, seguido pela
Proposta Pedagógica, Plano Escolar, Plano de Ensino e depois o Plano de Aula.

7. RESPOSTA CERTA

O planejamento não deve ser encarado como algo normativo, requer certa flexibilidade para fazer
alterações nas diretrizes de ensino ou de aula, para que se alcance os resultados esperados. Na prática
podem ser observadas necessidades individuais e coletivas que devem ser consideradas, revendo e
alterando as estratégias de como ensinar e com o quais recursos ensinar.

8. RESPOSTA CERTA

O planejamento segue determinados níveis, tipos e etapas, sendo seus tipos de planejamento
Educacional, Escolar, Curricular, de ensino, (plano de unidade didática ou plano de curso) e de aula.
Todos possuem um papel importante e a falta de qualquer um desses traz um déficit no alcance dos
objetivos educacionais.

9. RESPOSTA ERRADA

A organização prévia por meio do planejamento das ações didáticas e pedagógicas da escola é item
fundamental para ao sucesso escolar, porém o planejamento pode ser alterado, não deve ser tratado
como um documento formal, rígido e inalterável, o planejamento como falamos é flexível e o foco deve
ser na qualidade de seu conteúdo e no alcance das metas e objetivos escolares.

10. RESPOSTA ERRADA


Nesse processo a é ênfase é no educando e em sua aprendizagem segundo as DCNs para a Educação
Básica. O professor e a prática pedagógica são participantes imprescindíveis para o alcance dos objetivos
escolares, mas não são o centro ou objeto do processo.
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Níveis de Planejamento

Estratégico Tático
Definição de missão, visão e
Planejamento específico para
valores da organização.
setores ou departamento.
Define metas macro, diretrizes e
Na educação esse
estratégias.
planejamento ocorre em órgãos
do governo como as secretarias
A definição ocorre no Plano
de educação.
Nacional de Educação

Operacional
Definido com a colaboração do
professor com objetivo de
facilitar a organização do
trabalho Pedagógico.

Plano de Ensino e Plano de


Aula
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Planejamento Educacional em Nível Estratégico

O planejamento educacional consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do


desenvolvimento geral do país. O planejamento de um sistema educacional é feito em nível sistêmico,
isto é, em nível nacional, estadual e municipal. Consiste no processo de análise e reflexão das várias
facetas de um sistema educacional, para delimitar suas dificuldades e prever alternativas de solução. O
planejamento de um sistema educacional reflete a política de educação adotada (HAYDT, 2006, p. 95).

O planejamento Educacional é constituído pela intencionalidade e estratégias de cada governo para lidar
com as questões de ingresso e permanência dos alunos na escola, em especial no sistema público de
ensino. De acordo com Horta (1991), o planejamento educacional constitui uma forma específica de
alinhamento do Estado na educação, para a implantação de políticas educacionais do Estado, de modo
a cumprir protocolos que lhe são atribuídos em se tratando de instrumentos deste mesmo Estado.
Assim o planejamento educacional consiste, segundo Luckesi (2005, p.112), num processo de abordagem
racional e científica, dos problemas de educação, incluindo a definição de prioridades e levando em conta
a relação entre os diversos níveis do contexto educacional.

O Planejamento Educacional no Brasil, adotado pelo Plano Nacional de Educação, cujo define 10
diretrizes, 20 metas e 254 estratégias com o objetivo de melhor o acesso, permanência e qualidade social
da educação. Sendo assim, o Plano Nacional de Educação (PNE) é uma ferramenta de planejamento de
nível estratégico que orienta a execução e o aprimoramento eficaz de políticas públicas no âmbito da
educação em todo território brasileiro.

Planejamento Escolar em nível Operacional

O Planejamento Escolar corresponde às ações sobre o funcionamento administrativo e pedagógico da


escola e este planejamento necessita da participação da comunidade escolar. O trabalho pedagógico é
desenvolvido em formato de um projeto, o planejamento escolar pode estar contido no Projeto Político
Pedagógico (PPP).

As escolas públicas utilizam o modelo de Planejamento Participativo, emancipatório, ou seja, todos fazem
parte da tomada de decisões na escola, em conjunto determinam a identidade da escola de acordo com
suas histórias e seus valores, e definem que tipo de aluno se espera formar de acordo com esse modelo.

Dentro do Planejamento Escolar que pode ser caracterizado no (PPP) chamado pela maioria dos autores
ou Proposta Pedagógica, temos um modelo de planejamento chamado Planejamento Participativo, toda
a comunidade escolar participa da elaboração da Proposta Pedagógica, contudo, não existe somente um
ponto de vista na elaboração do (PPP), além da perspectiva emancipatória, existe também a estratégia
empresarial.
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O nível operacional é voltado para a prática docente em sala de aula, é o planejamento dos conteúdos,
metodologias, recursos e a avaliação a ser aplicada. É o momento de colocar em prática todo o
planejamento.

Planejamento em nível tático

O planejamento de nível tático envolve a educação como uma totalidade, abrangendo todos os recursos
e todas as áreas de atividade. Promove ações de nível intermediário que envolvem toda organização e
tem visão por unidades de negócios ou departamentos. Possui foco no médio prazo e a definição dos
objetivos e resultados são bem específicos.

No que se refere ao planejamento na área da educação podemos citar um exemplo como as secretarias
de educação, que são um departamento específico ou uma área específica, sendo seus objetivos
específicos definidos para aquela unidade que visa atender as necessidades de suas unidades de ensino
em nível intermediário, sendo o planejamento elaborado em um departamento, pelos diretores,
englobando a organização como um todo e sua interação com o ambiente é caracterizado como o nível
tático, lembre, se a questão abordar que o planejamento é elaborado dentro de um departamento ou
empresa e que seus objetos são definidos em caráter específico, pode se dizer que essas definições
correspondem ao nível tático de planejamento.

Algumas palavras podem ajudar a separar as definições e características de cada um dos níveis de
planejamento: Nível estratégico refere-se a longo prazo e é macro, amplo, a exemplo no Brasil temos o
(PNE) Plano Nacional de Educação. Para o nível tático há uma relação com objetivos específicos, dentro
de um departamento, por exemplo: as secretarias de educação dos estados e municípios e do distrito
federal, e nível operacional que se refere ao planejamento realizado nas instituições de ensino e pelo
docente, por exemplo: o (PPP), o plano de ensino e plano de aula.
14

1- CESPE- UNIPAMPA- PEDAGOGO – 2013

O planejamento operacional trata cada aspecto isoladamente e enfatiza a técnica e os instrumentos,


como foco na eficiência e na execução com vistas á soluções de problemas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2- CESPE- DETRAN – DF PEDAGOGO – 2009

O nível estratégico de um processo de planejamento está relacionado a um departamento ou a uma


área específica.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3- CESPE- DETRAN- DF – PEDAGOGO – 2009

O nível estratégico de planejamento de um processo de planejamento pressupõe um grau reduzido de


incerteza.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4- CESPE- CEBRASPE – ANALISTA – ARÉA ADMINISTRATIVA- 2019


Cabe ao planejamento tático prever ações de longo prazo que envolvam a organização de forma
integral.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5- CESPE- DETRAN- DF – PEDAGOGO – 2009


No nível estratégico de planejamento se estabelece a missão de uma instituição.

( ) CERTO ( ) ERRADO

-6 IADES- FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASILIA – TÉCNICO DE RADIOLOGIA- 2017


O planejamento estratégico apresenta maior flexibilidade que o planejamento tático, além de apresentar
menores riscos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7- (IADES- 2017)
Existe uma diferenciação na dimensão temporal do processo de planejamento estratégico e de
planejamento tático, já que o horizonte do planejamento estratégico é sempre maior que o do
planejamento tático.

( ) CERTO ( ) ERRADO
15

8- INAIZ DO PARÁ – CREFITO 16o REGIÃO – ADMINISTRADOR- 2018


O planejamento operacional aborda a organização como um todo, facilitando, dessa forma, quetodos os
colaboradores possam visualizar as futuras ações.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9- UFPR – PREF, DE ALMIRANTE TAMANDARÉ – PR- PEDAGOGO – 2015


Há uma hierarquia do planejamento, dada em três níveis distintos: superior (estratégico), intermediário
(tático) e inferior ( operacional).

( ) CERTO ( ) ERRADO

10- CESPE – TJ – DFT – PEDAGOGO – 2017


As decisões estabelecidas no nível operacional são eminentemente de dimensão técnica, enquanto, no
nível estratégico, elas são de cunho político social.

( ) CERTO ( ) ERRADO

1- RESPOSTA CERTA

O planejamento operacional analisa cada aspecto isoladamente, pensado para as ações que ocorrem em
sala de aula e dentro dos espaços escolares ou não, com foco na eficiência e na execução que sedá
nos espaços educacionais.

2- RESPOSTA ERRADA

O processo de planejamento está relacionado a um departamento ou a uma área específica é o níve l


tático e não o nível operacional.

3- RESPOSTA ERRADA

No nível estratégico de planejamento não há um grau reduzido de incertezas, pois existem objetivos mais
amplos, como os gerais, pensando para todos os sistemas de ensino. Possui diretrizes, metas e
estratégias pensado para longo prazo.

4- RESPOSTA ERRADA

O planejamento tático é de nível intermediário, ou seja, médio prazo, e não de longo prazo como, esse
prazo se refere ao planejamento estratégico o qual é mas geral, sendo sua organização de forma pensada
para alcançar metas, diretrizes e estratégias para todos os sistemas de ensino.
16

5- RESPOSTA CERTA

No nível estratégico de planejamento se estabelece a missão da instituição.

6 – RESPOSTA ERRADA

O planejamento estratégico não possui maior flexibilidade e nem apresentar menores riscos, visto que
possuem metas que precisam ser executadas e alcançadas em determinado período, ou seja, as metas
são quantificáveis e possuem tempo para serem alcançadas.

7- RESPOSTA CERTA

O horizonte do planejamento estratégico é sempre maior que a do planejamento tático, sendo o


estratégico pensado a longo prazo, como por exemplo o PNE de validade decenal\plurianual pensado
para 10 anos, e o tático é de nível médio, intermediário.

8- RESPOSTA ERRADA

O planejamento operacional não aborda a organização como todo, facilitando, dessa forma, que todos os
colaboradores possam visualizar as futuras ações essas características se refere ao nível mais
amplo de planejamento sendo o estratégico.

9- RESPOSTA CERTA

Os níveis de planejamento possuem distintos graus de execução sendo o estratégico o primeiro nível,
mais amplo sendo seu horizonte sempre maior, não é flexível pois visa alcançar as metas em determinado
período, em segundo plano aborda-se o nível tático é de nível intermediário são materializados dentro
dos departamentos\ empresas como exemplo temos as secretárias de educação, em último plano, o
planejamento operacional o qual é estabelecido das instituições de ensino e pelos docentes, sendo eles
o PPP o plano de ensino e plano de aula.

10- RESPOSTA CERTA

As decisões no nível operacional são de dimensão técnica, voltadas a execução do ensino, é o saber
fazer a atividade profissional, o saber técnico visando à aprendizagem dos alunos. Cabe ao professor
saber fazer, elaborar, organizar a prática docente. Em se tratando do nível estratégico, elas são de cunho
político – social o que quer dizer que toda ação humana é política, ou seja, a ação de planejar é carregada
de intencionalidades, por isso esse nível possui, diretrizes, metas e estratégias bem definidas para
alcançar resultados para uma sociedade como um todo.
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Planejamento Participativo perspectiva do Projeto Político


Pedagógico

O planejamento participativo (emancipatório) é o processo que envolve a organização do trabalho em


grupo de uma instituição escolar. Baseia-se adicionalmente no trabalho coletivo com objetivo de
solucionar os problemas comuns existentes no ambiente social.
Nesse processo as pessoas envolvidas apresentam, analisam, discutem e decidem, ou seja, elas
realmente participam da transformação.

O planejamento participativo foi desenvolvido para grupos e instituições cujo objetivo não era pautado
no lucro financeiro e sim a transformação e construção de uma mudança social.
Nesse sentido ele envolve fatores do ambiente, transformando a realidade a partir da participação, análise
e reflexão de todos.

“A participação, sem seu sentido pleno caracteriza-se por uma força de atuação consciente, pelo qual os
membros de uma unidade social reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na
determinação da dinâmica dessa unidade social, de sua cultura e de seus resultados, poder esse
resultante de sua competência e vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões afetivas”.
(LÜCK, 1996, p.18).

O principal benefício desse modo de planejamento não é o resultado final e sim o desenvolvimento do
processo. Contemplar análises diferentes da realidade escolar permite a criação de vínculos entre pais,
alunos, professores e funcionários. Proporcionar um debate democrático auxilia na elaboração de critérios
na orientação do processo de planejamento, com significados comuns aos diferentes membros
educacionais, colaborando com a identificação desses com o trabalho realizado na escola. Quando não
existe a participação, ocorre a separação desses diferentes olhares sobre a escola.

Perspectivas na Construção do Projeto Político Pedagógico

Estratégico Empresarial PPP Emancipatório


Possui currículo homogêneo É heterogêneo
Busca eliminar conflitos Busca a resolução de conflitos
Centraliza poderes Descentraliza poderes
18

O planejamento participativo visa à centralização de poder, visto que o poder de decisão cabe
exclusivamente aos gestores.

ERRADO

Análise da questão

No planejamento participativo é considerada a descentralização do poder, sendo a tomada de decisão


efetivada em um processo democrático.

PPP Buscar esconder


Estratégico os conflitos, ou seja,
Empresarial eliminá-los.

PPP Visa relevar os conflitos


Emancipatório para depois superá-los.
19

Fases do planejamento participativo

De acordo com Ferreira (1979), podemos identificar três fases do processo de construção, dentro do
planejamento participativo:

1. A preparação do planejamento escolar,

2. O acompanhamento da execução das operações definidas no plano escolar;

3. A revisão do processo.

Podemos dizer que o planejamento pode ser visto como um ciclo de planejar, acompanhar, avaliar e gerar
novo ciclo de planejamento, tendo como papel principal a criação de nova realidade. Desse modo,
para a elaboração de um planejamento participativo, A ideia é que todos possam contribuir, transformando
a realidade de forma conjunta.

Professores, pais alunos e todos os envolvidos no ambiente escolar participam do processo, definindo a
teoria e prática e produzindo novos conhecimentos a partir da realidade atual. Reiterando que a ação de
planejar não pode ser neutra.

Ganhos com o Planejamento Participativo

 Quando há possibilidade de todos participarem, abre-se também uma variedade de oportunidades


com diferentes experiências e olhares sobre o plano que está sendo abordado.

 Amplia-se a possibilidade de ação com a de resolução de problemas, que serão discutidos a partir
de todos os pontos de vista.

 São reunidas ideias, lançadas opiniões e compartilhadas as probabilidades, não deixando que
situações estáticas e engessadas perdurem, fazendo com que haja transformação e um trabalho
com maior qualidade.
20

1. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional

A respeito do planejamento participativo, julgue o próximo item.

O planejamento participativo contribui para que os envolvidos se sintam corresponsáveis pelo que
acontece na escola.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional – Secretário Escolar

A respeito do planejamento participativo, julgue o próximo item.

Os sujeitos do planejamento participativo integram o objeto sobre o qual se propõem a refletir e sua
participação torna-os mais sensíveis para com as necessidades da escola.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional – Secretário Escolar

A respeito do planejamento participativo, julgue o próximo item.


Ao criar espaços para discussão de conflitos e dificuldades, o planejamento participativo impacta
negativamente a gestão escolar porque levanta problemas para os gestores educacionais,
sobrecarregando-os.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional –
Secretário Escolar

A respeito do planejamento participativo, julgue o próximo item.

Estruturar um processo de planejamento participativo demanda descrever perfis de participação, definir


a quantidade de participantes, organizar um plano de reuniões e impor formas de controle e deavaliação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5. TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS CESPE


21

Acerca do planejamento participativo, julgue os itens a seguir.

O acompanhamento do planejamento permite que se realizem alterações nas estratégias ou ações


previstas durante a execução para corrigir o rumo do processo, visando o alcance dos objetivos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6. ANO:2019 BANCA: IF SUL RIO-GRANDENSE

Marcelo Soares Pereira da Silva no seu texto – Planejamento: concepções – aponta que o planejamento
participativo não possui um caráter meramente técnico e instrumental. Parte de uma leitura de mundo
crítica e aponta para a construção coletiva da escola e da própria sociedade.

O planejamento participativo traz, segundo o autor, duas dimensões fundamentais:

A- O trabalho coletivo e o compromisso com objetivos e metas.


B- O trabalho intermitente e o compromisso com objetivos e metas.
C- O trabalho coletivo e o compromisso com a transformação social.
D- O trabalho intermitente e o compromisso com a transformação social.

7.ANO:2013 BANCA CESPE ORGÃO: CNJ

A convivência harmoniosa entre os membros de uma comunidade escolar constitui um princípio de


planejamento participativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

8. QUADRIX- 2018 – SEDF – PROFESSOR SUBSTITUTO – ATIVIDADES

A efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola dá-se por meio da organização do currículo no
contexto educacional. Para que isso sejas possível, se faz necessária a prática do planejamento em seus
diferentes níveis. Acerca desse tema, julgue o próximo item.

O planejamento participativo requer uma integração entre a escola e a comunidade na qual ela está
inserida, tendo como fundamento a prática democrática.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9. QUADRIX- 2018 – SEDF – PROFESSOR SUBSTITUTO – ATIVIDADES


(Adaptada)

O planejamento participativo independe do projeto político pedagógico.

( ) CERTO ( ) ERRADO
22

10. SELECON – 2018- PREFEITURA DE CUIABÁ – MT - PROFESSOR –


PEDAGOGO

Na perspectiva emancipatória o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho


pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e
autoritárias.

( ) CERTO ( ) ERRADO

11. SELECON – 2018- PREFEITURA DE CUIABÁ – MT - PROFESSOR –


PEDAGOGO

Na implementação do PPP, a tendência emancipatória é a de eliminação dos conflitos entre indivíduos ou


grupos para garantia da sua eficiência e eficácia.

( ) CERTO ( ) ERRADO

12. CESPE – 2010 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ÁREA


PEDAGOGIA

Julgue os itens a seguir, relativos a Projeto Político Pedagógico, que, nas empresas pode ser considerado
processo de permanente reflexão e discussão a respeito dos problemas da organização, com o propósito
de propor soluções que viabilizem a efetivação dos objetivos almejados.

A lógica estratégica e a visão emancipatória, perspectivas que podem orientar a construção de projetos
político pedagógicos em ambientes escolares ou corporativos, não afetam a essência desses projetos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

1. RESPOSTA CERTA

O planejamento participativo faz com que todos os participantes sejam responsáveis pelo
desenvolvimento do planejamento.

2. RESPOSTA CERTA.

A abertura para todos os sujeitos participarem, traz também uma variedade de possibilidades com
diferentes experiências e olhares sobre o assunto que está sendo abordado.

3. RESPOSTA ERRADA
23

Esta é uma perspectiva errada sobre o planejamento participativo. Os gestores devem proporcionar a
participação dos demais nas decisões a serem tomadas visando sempre um melhor desenvolvimento do
trabalho educativo.

4. RESPOSTA ERRADA.

O planejamento participativo não impõe formas de controle e de avaliação, e sim propõe, sugere, levanta
meios de controle e gestão, visto que a perspectiva participativa traz a opinião de todos os envolvidos no
processo de tomada de decisão. Por isso a palavra impor anulou a resposta, deixou essa perspectiva com
caráter hierárquico, poder de decisão centralizado em uma única pessoa, essa é a concepção de
estratégico empresarial.

5. RESPOSTA CERTA.

O planejamento é flexível! É um processo contínuo de planejar, acompanhar, avaliar e replanejar, tendo


como função transformar uma dada realidade.

6. LETRA C

A visão de mundo crítica faz com que a educação seja vista em uma perspectiva de transformação social,
sendo assim o planejamento participativo visa uma construção coletiva, ou seja, trabalho coletivo.

7. RESPOSTA ERRADA

A visão emancipatória participativa visa revelar os conflitos em uma visão crítica para depois superá-los,
ou seja, desvelar conflitos, visando a transformação.

8. RESPOSTA CERTA

O planejamento participativo requer a participação não só da equipe pedagógica, mas toda a comunidade
escolar envolvida no processo de tomada de decisões, para que o PPP seja emancipatório participativo
é necessário a participação de todos.

9. RESPOSTA ERRADA

O planejamento participativo, ao contrário do que diz a questão, depende do Projeto Político Pedagógico
pois é no planejamento participativo que se elabora a proposta pedagógica da escola.

10. RESPOSTA CERTA

A perspectiva emancipatória de elaboração do PPP é exatamente desvelar conflitos para depois superar
esses conflitos e não simplesmente eliminá-los como na perspectiva estratégico empresarial.

11. RESPOSTA ERRADA


24

O PPP emancipatório visa superar conflitos, a perspectiva que visa eliminar os conflitos é a estratégico
empresarial.

12. RESPOSTA CERTA

A lógica emancipatória orienta a construção de projetos político pedagógicos em ambientes escolares ou


corporativos e não afetam a essência desses projetos, pelo contrário, visa com a participação coletiva
superar os conflitos existentes seja no ambiente escolar ou corporativo.
25

Capítulo 2 - Projeto Político Pedagógico ou


Proposta Pedagógica

Elucidado o conceito de Planejamento Participativo dentro do Planejamento Escolar que é o segundo tipo
de planejamento, vamos aprofundar o entendimento Projeto Político Pedagógico construído na
perspectiva de planejamento participativo.

Projeto Político Pedagógico (mais comumente chamado pelos autores) ou Proposta Pedagógica
(chamado pela maioria das legislações brasileiras como a LDB) possuem o mesmo significado e ambos
os termos devem ser considerados em questões de prova. Esse é o projeto responsável por unificar as
atividades e procedimentos a serem realizados durante um determinado período. Por isso ele é construído
e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.

Projeto Político Pedagógico

POLÍTICO, pois a escola é um lugar


PEDAGÓGICO, pois
PROJETO, pois de formação consciente,
estruturam atividades e
determina uma direção, responsável e crítica, atua individual
projetos necessários a
ou seja, um ato e coletivamente na sociedade
aprendizagem e ao bom
intencional, com sentido e possui compromisso com a
relacionamento entre escola
explícito. formação do cidadão
e comunidade.
26

Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) sobre o PPP

Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de


ensino, terão a incumbência de:

I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;

Os docentes incumbir-se-ão de:

I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na


educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I – Participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico da


escola.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) sobre o PPP

Para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação se destacam três grandes polos diretamente relacionados
à construção do projeto pedagógico para a melhoria da qualidade de ensino, são eles:

 Flexibilidade: autonomia, possibilitando à escola organizar o seu próprio trabalho pedagógico.

 Avaliação: aspecto importante a ser observado nos vários níveis do ensino (Artigo 9o, inciso VI).

 Liberdade: âmbito do pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas (Artigo 3o, inciso III) e
da proposta de gestão democrática do ensino público (Artigo 3o, inciso VIII), a ser definida em
cada sistema de ensino.
27

De acordo com o Artigo da Autora Hilma Passos Veiga o PPP possui cinco princípios para a construção
desse planejamento participativo.

 IGUALDADE
 LIBERDADE
 QUALIDADE
 GESTÃO DEMOCRÁTICA
 VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

IGUALDADE
Acesso e permanência na escola para todos, princípio esse expresso na LDB art 3.

LIBERDADE
Como a gestão democrática e está associada a ideia de autonomia, assim, a liberdade deve ser
considerada, também como liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber
direcionados para uma de forma intencional e definida coletivamente..

QUALIDADE
Relacionado a qualidade do ensino, segundo as DCNs uma escola de qualidade social visa a retenção,
não evasão e distorção ano e série, ou seja uma escola de qualidade social alcança o acesso e
permanência dos alunos na escola.

GESTÃO DEMOCRÁTICA
Reforça a necessidade de participação de toda a comunidade escolar, através dos pais, gestores,
orientadores, coordenadores, órgãos colegiados. Juntos buscam superar os conflitos existentes na
comunidade escolar.

VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO
Relacionado a formação continuada dos docentes, com o objetivo de continuação de seus estudos para
que possam aperfeiçoar sua prática docente, seus saberes didáticos acadêmicos em articulação com a
teoria e prática. O Projeto Político Pedagógico e suas Dimensões Quatro dimensões do projeto Po lítico
Pedagógico e suas autonomias.

PEDAGOGICA
Ações são definidas de acordo com a necessidade do ensino e aprendizagem.

ADMINISTRATIVA
Referente a organização como um todo da escola e suas formas de funcionamento.

FINANCEIRA
Escola com autonomia para administrar seus recursos que foram recebidos.

JURÍDICA
O funcionamento da escola depende das normais e as legislações.
28
DIMENSÃO POLÍTICA
As ações humanas são políticas e intencionais. O planejamento não é em nenhum momento neutro ou
sem compromisso. O não planejamento traduz também algum tipo de escolha política. A ação de planejar
é carregada de intencionalidade, por isso, o planejamento deve ser uma ação pedagógica comprometida
e deve haver conscientização.

DIMENSÃO PEDAGÓGICA
Referente ao ensino e aprendizagem, as práticas docentes, é o saber fazer a atividade profissional. Em
se tratando da prática educacional, o saber técnico metodológico determina a competência para
organizar as ações que serão desenvolvidas visando a aprendizagem dos alunos. Nesse momento,
cabe o professor saber fazer, elaborar, organizar a prática docente. Vamos revisar sobre o que
aprendemos sobre as perspectivas do PPP.

Emancipatória
Empresarial
Descentralização de poderes.
Centralização de poder Considera as especificidades dos
Caráter normativo estabelecido por sujeitos.
poderes de nível superior. Busca a dialogo como ponto focal
Não existe um processo de É articulado com o PPP da escola
produção coletiva . A unicidade entre a dimensão
Preocupa-se mais com o produto do técnica e política é essencial.
que com o processo. Articulação escolar com a família e
O trabalho coletivo não está comunidade.
presente. O trabalho pedagógico é coletivo.

CESPE-2011- SAEB-BA

Na elaboração do projeto político pedagógico, a cargo de gestores e professores, devem ser consideradas
tanto as necessidades dos alunos quanto as de promoção do envolvimento de todos na melhoria da
qualidade da educação.
29
ERRADO

Análise da questão

Na construção do PPP da escola pública é primordial a participação coletiva, com a descentralização de


poderes, todos fazem parte do processo de tomada de decisão, sendo assim constar somente os cargos
de gestor e professor torna a questão errada.

Dados da dissertação de Hilma Passos Veiga sobre PPP

Para se concretizar as intencionalidades da comunidade escolar quanto ao tipo de aluno se quer formar
e para resgatar a identidade da escola, é necessário abordar 7 elementos da concretização dos objetivos
educacionais. Sendo eles:

 Finalidades
 Estrutura Organizacional
 Currículo
 Tempo Escolar
 Processo de Decisão
 Relações de Trabalho
 Avaliação

Deve se gravar esses conceitos para lembrar também como esses elementos são convertidos em ação
para o alcance da realização do PPP.

Abaixo uma explicação sobre cada um deles:

1. FINALIDADE
Se refere os objetivos, o que se quer alcançar, ou seja, os resultados os quais se incluem o sucesso
escolar, o ensino e aprendizagem.

2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A instituição escolar não pode ser descompromissada e nem


bagunçada, suas ações são voltadas a uma prática compromissada, por isso sua estrutura é organizada.

3. CURRÍCULO Se materializa no Projeto Político Pedagógico e são articulados os conteúdos cognitivos


e o conjunto de experiências, por isso na construção do PPP deve ser considerada a articulação desses

conteúdos.

4. TEMPO ESCOLAR Para que o que está escrito no PPP seja concretizado através de ações
pedagógicas é preciso administrar os tempos escolares, lembrando sempre que o planejamento é flexível.
30

5. PROCESSO DE DECISÃO No PPP emancipatório existe a descentralização de poderes, ou seja a


tomada de decisões é de todos, os envolvidos desvela conflitos existentes da instituição de ensino para
que posteriormente possam juntos desvelar esses conflitos.

6. RELAÇÕES DE TRABALHO As relações de trabalhos devem possuir caráter cooperativos, em toda


a comunidade, as relações de trabalhos não devem ser autoritárias, é possível que todos expressem suas
opiniões com a intenção de melhorar a organização do trabalho pedagógico.

7. AVALIAÇÃO A avaliação é um ato complexo, mas também dinâmico deve estar de acordo com a
avaliação prevista no projeto político pedagógico, imprime uma direção as ações dos docentes e alunos.

Vamos entender como se dá a Elaboração e Execução do PPP, em se tratando dos marcos que foram
citados no processo de avaliação como elemento de ação do PPP.

MARCO
MARCO CONCEITUAL
SITUACIONAL Qual
Pergunta chave: metodologia
Onde estamos? iremos nos
embasar?

MARCO
OPERACIONAL
Onde chegar?
O que alcançar?
Quais resultados
almejar?

Veiga e Carvalho afirma que:

O grande desafio da escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado seu papel de mera “repetidora”
de programas de “treinamento”, é ousar assumir o papel predominante na formação dos profissionais.
(1994, p. 50)
31

É construído
Marco situacional É a identidade da escola Coletivamente
Marco conceitual Dos alunos, professores com toda a
Marco operacional e comunidade escolar comunidade
escolar

Dimensão
Os sistemas de ensino,
Político e pedagógica
terão a incumbência de
Pedagógico Visa alcançar o
elaborar e executar sua
ensino e
proposta pedagógica.
aprendizagem

O que não pode ser feito:


Dimensão política Hierarquização Autonomia
Possui uma Centralização de poder Administrativas,
intencionalidade Ênfase nos recursos financeira e
financeiros em pedagógica.
detrimento do

Qualidade, liberdade, é Politico:


Não se restringe a
igualdade, intencional
um simples
gestão democrática, É Pedagógico:
planejamento para
valorização ensino e
ser silenciado.
do magistério. aprendizagem
32

1. SELECON – 2018- Prefeitura de Cuiabá -MT – Professor Pedagogo Segundo Veiga (2007),

há vários caminhos para a construção do projeto político pedagógico e a autora enfatiza os movimentos
do processo de construção do projeto, marcado por três atos distintos e interdependentes – ato
situacional, ao conceitual, ato operacional. Quanto ao ato conceitual, pode-se afirmar que diz respeito á
concepção de sociedade, homem, educação, escola, currículo, ensino, aprendizagem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2. SELECON – 2018- Prefeitura de Cuiabá -MT – Professor Pedagogo Segundo Veiga (1996) “O projeto
político pedagógico, ao se construir em processo democrático de decisões deve ser construído primeiro
pelos gestores da escola”.

( ) ERRADO ( ) CERTO

3. SELECON – 2018- Prefeitura de Cuiabá -MT – Professor Pedagogo Na perspectiva emancipatória o


PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere conflitos,
buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias.

4. CESPE – 2008- TJ – DFT – Analista Judiciário – Pedagogia Na implementação do PPP, a tendência


emancipatória é a eliminação dos conflitos entre indivíduos ou grupos para garantia da sua eficiência e
eficácia.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5. CESPE – 2011 - Correios – Analista de Correios- Pedagogo A respeito do projeto político pedagógico
(PPP), julgue os itens a seguir. O PPP caracteriza-se por ser um documento estritamente administrativo,
no qual devem estar expressos os objetivos de aprendizagem, as metas das instituições educativas bem
como os métodos pedagógicos para o cumprimento do currículo.

6. CESPE – 2011- Correios – Analista de Correios – Pedagogo A respeito do projeto político pedagógico
(PPP), julgue os itens a seguir.
A elaboração do PPP compete os gestores públicos, que devem observar não só a legislação educacional
vigente, mas também as aspirações da sociedade contemporânea, no estabelecimento das concepções
pedagógicas que fundamentam as ações educacionais, de cuja execução devem participar apenas os
profissionais das instituições educativas.

( ) CERTO ( ) ERRADO
33

7. CESGRANRIO – 2010 – Prefeitura de Salvador – BA – Coordenador Pedagógico – Adaptada O Projeto


Político-Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que representa o ideário de uma instituição
de ensino, tendo como característica a participação coletiva. A construção do Projeto Político-Pedagógico
deverá incluir a participação de todos os sujeitos da escola nas etapas de elaboração,
execução e avaliação.

8. CESPE – 2011 – SAEB – BA – Todos os cargos – Ed. Física, Arte, Português, Inglês e Espanhol. O
projeto político-pedagógico resulta do agrupamento de diversos planos de ensino e atividades
orientadoras das ações sistemáticas de professores, gestores e alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9. CESPE – 2011 – SAEB – BA – Todos os cargos – Ed. Física, Arte, Português, Inglês e Espanhol. Na
elaboração do projeto político-pedagógico, a cargo de gestores e professores, devem ser consideradas
tanto as necessidades dos alunos, quanto as da comunidade a que a escola pertence, como forma de
promoção do desenvolvimento de todos na melhoria da qualidade da educação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

10. CESPE – 2011 – SAEB – BA – Todos os cargos – Ed. Física, Arte, Português, Inglês e Espanhol.
Trata-se de um documento oficial que orienta a gestão administrativa e financeira dos espaços escolares,
devendo ser do conhecimento de todos os atores do processo educativo.

( ) CERTO ( )ERRADO

11. CESPE – 2011 – SAEB – BA – Todos os cargos – Ed. Física, Arte, Português, Inglês e Espanhol.
Trata-se de um plano em que se detalham objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser
desenvolvido na escola, e com base no qual são tomadas as decisões, encaminhadas questões e
analisados os resultados alcançados tanto no plano administrativo quanto no plano pedagógico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

1. RESPOSTA CERTA

O ato conceitual diz respeito a concepção de mundo, homem, sociedade, educação, lembrando que
conceituar é explicar algo é dá nome a algo.

2. RESPOSTA ERRADA

O PPP na perspectiva emancipatório em um planejamento participativo deve ser construído coletivamente


e a tomada de decisão dever ser feita coletivamente também, sendo assim, este planejamento não deve
ser construído primeiro pelos gestores.

3. RESPOSTA CERTA
34

A perspectiva emancipatória do PPP visa exatamente superar conflitos e eliminar as relações


competitivas, corporativas e autoritárias, ou seja visa a descentralização de poderes, o qual todos
participam na tomada de decisões.

4. RESPOSTA CERTA

Para que o PPP alcance a eficiência e eficácia do seu trabalho é preciso desvelar os conflitos existentes
dentro de suas instituições para que posteriormente possa haver a superação desses conflitos.

5. RESPOSTA ERRADA
O PPP não é um documento estritamente administrativo, vai além de um simples agrupamento de planos,
visto que esse planejamento participativo visa a previsão dos objetivos, metas e ação do que será
realizado pela instituição escolar durante o período de sua execução.

6. RESPOSTA ERRADA

Para a construção do PPP é preciso que todos os envolvidos na comunidade escolar participem nas
tomadas de decisões, apontar conflitos para superá-los, definir objetivos, e estratégias para alcançá-los,
por isso é importante que esse planejamento seja feito coletivamente não apenas os profissionais das
instituições educativas, pais, alunos, órgãos colegiados também fazem parte desse processo de planejar.

7. RESPOSTA CERTA

A construção do Projeto Político-Pedagógico deverá incluir a participação de todos os sujeitos da escola


nas etapas de elaboração, execução e avaliação, pois definir a identidade da escola é de extrema
importância, fazendo levantamento como: quem somos, nossas histórias, onde estamos, onde queremos
chegar, qual escolha teórico metodológico queremos nos basear

8. RESPOSTA ERRADA

Como falamos anteriormente, o PPP vai além de um simples agrupamento de planos, não é voltado
somente para as ações dos professores e alunos, mas também para toda a comunidade escolar, todos
que fazem parte da instituição escolar, envolvem os órgãos colegiados, todos os profissionais de
educação como gestores, orientadores, coordenadores, professores, pais, alunos e os demais atores
envolvidos na comunidade escolar.

9. RESPOSTA ERRADA

Falamos anteriormente que dentro do processo do planejamento participativo (PPP), perspectiva


emancipatória, a tomada de decisão é de todos, e não fica a cargo dos gestores e professores, é claro
que terá um condutor que irá conduzir a direção do projeto, porém todos os atores da comunidade escolar
fazem parte no processo de elaboração, execução e avaliação do projeto político-pedagógico.
35

10. RESPOSTA ERRADA

Vamos sempre nos lembrar que o projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento de
planos, vai além de um plano estritamente administrativo, ou seja não trata-se somente de um documento
oficial que orienta a gestão administrativa e financeira dos espaços escolares, vai além de
teoria é planejar a ação, devendo ser de conhecimento de todos os atores do processo educativo.

11. RESPOSTA CERTA

A questão estaria errada se abordasse o PPP como um simples agrupamento de planos, não dando
espaço para ser uma previsão da ação, de metas de objetivos a serem alca nçados, de definição da
identidade da escola, aliás o projeto político-pedagógico é a identidade da escola, nesse sentido o PPP
é um plano que deverá ser analisado os resultados alcançados tanto no plano administrativo quanto no
plano pedagógico.
36

Capítulo 3 - Planejamento Curricular

O planejamento curricular se materializa no Projeto Político Pedagógico. Desse modo o currículo refere-
se a organização do conhecimento escolar, nesse sentido é preciso planejar os conteúdos que serão
ensinados e aprendidos durante o processo de execução do PPP, levando em consideração os conteúdos
advindos das experiências dos educandos, dos contextos sociais em que estão inseridos, que a
comunidade escolar está inserida, a ideia é articular os conteúdos cognitivos e simbólicos, ou seja,
historicamente acumulados pela humanidade, conteúdos sistematizados aos conteúdos advindos da
prática de vida do educando.

Desse modo o planejamento curricular abrange o planejamento das experiências vividas pelos alunos em
uma escola (PILETTI, 1991). É o processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É
previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno. Portanto, essa modalidade de planejar
constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta
geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos
componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56).
Cada escola deve elaborar seu planejamento de currículo, inserindo todos os componentes escolares
que, direta ou indiretamente, fazem parte do processo educativo, como diretor, supervisor pedagógico,
orientador educacional e professores. Assim, definirão juntos os objetivos finais, o conteúdo básico e
delinearão os métodos e as estratégias de avaliação. Nesse sentido o planejamento curricular se
materializa dentro do projeto político-pedagógico da instituição escolar, visto que nesse planejamento
participativo se planeja os currículos, ou seja, os conteúdos, os conjuntos de experiências dos alunos.

De acordo com Luckesi (2006, p.112), o planejamento curricular é uma tarefa multidisciplinar que tem por
objetivo a organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas dentro de um ou vários campos
de conhecimento, de tal modo que se favoreça ao máximo o processo ensino-aprendizagem. É,dessa
forma, a previsão de todas as atividades que o educando realiza sob a orientação da escola para atingir
os fins da educação.

Nesse processo dinâmico e dialético, novo saberes e experiências são considerados na relação com os
conhecimentos produzidos pelas ciências, sendo educandos e educadores protagonistas na elaboração,
desenvolvimento e avaliação dos processos de ensinar, aprender, pesquisar e avaliar, tendo o currículo
como referência. Historicamente, o conceito de currículo expressa ideias como conjunto de
disciplinas/matérias, relação de atividades a serem desenvolvidas pela escola, resultados pretendidos
de aprendizagem, relação de conteúdos claramente delimitados e separados entre si, com períodos de
tempos rigidamente fixados e conteúdos selecionados para satisfazer alguns critérios avaliativos. Nessas
representações, os programas escolares e o trabalho escolar como um todo são tratados sem amplitude,
desprovidos de significados e as questões relacionadas à função social da escola são deixadas em plano
secundário, transformando o currículo num objeto que esgota em si mesmo, como algo dado e não como
um processo de construção social no qual se possa intervir.
37

Nesse sentido atualmente o planejamento curricular dá lugar ao contexto social em que os alunos estão
inseridos, seu contexto sociocultural, suas histórias, seus conhecimentos prévios para que posteriormente
possa planejar os currículos da instituição. Para que isso ocorra é importante abordar as manifestações
de currículos que podem ser classificadas em currículo oficial, formal ou prescrito, real e oculto. Vamos
entender cada um deles.

Currículo e Construção do Conhecimento

Entendendo a visão dos autores.

Como pode ser entendido o currículo na visão de alguns autores:

Primeiramente é importante abordar que o currículo, mais do que uma simples enumeração de conteúdos
e diretrizes a serem trabalhados em sala de aula pelos professores ao longo das diferentes fases da vida
escolar dos estudantes, é uma construção histórica e também cultural que sofre, ao longo do tempo,
transformação em suas definições. Por esse motivo, para o professor, é preciso não só conhecer os temas
concernentes ao currículo de suas áreas de atuação, como também o sentido expresso por sua orientação
curricular.

Por esse motivo, o conceito de currículo na educação foi se transformando ao longo do tempo, e diferentes
correntes pedagógicas são responsáveis por abordar a sua dinâmica e suas funções. Assim, diferentes
autores enumeram de distintas formas as várias teorias curriculares, de forma que abordaremos a seguir
as correntes apontadas por Silva (2003)¹. No entanto, vale ressaltar que existem outras formas e
perspectivas, a depender do autor escolhido.

A concepção de currículo na obra de Dermeval Saviani indica possibilidades reais para se pensar o
currículo, visando o desenvolvimento da pedagogia histórico-crítica como uma concepção de formação
humana na perspectiva da transição do capitalismo para o socialismo e, deste, para o comunismo. Nesse
sentido, iniciamos esse artigo explicitando alguns princípios curriculares para a seleção dos conteúdos do
ensino e para o trato com o conhecimento.

Na sequência, discutimos como esses princípios articulam-se à teoria marxista da liberdade. Afinal, na
sociedade capitalista o trabalho gera a anulação da liberdade do trabalhador, posto que este é obrigado,
pelas condições objetivas de vida, a vender sua atividade para poder sobreviver. Ao mesmo tempo e
contraditoriamente, o trabalho na 42 sociedade capitalista é a fonte de enormes avanços e m termos das
possibilidades de construção de uma sociedade na qual os seres humanos possam viver e atuar de
maneira livre e universal. , e que para que haja um currículo é preciso existir um planejamento curricular
e que esse planejamento curricular se materializa dentro do Projeto Político-Pedagógico, é importante
destacar que existem três tipos de manifestações de currículo que não se dá apenas explicitamente dentro
da escola, ou seja materializado no planejamento curricular. Desse modo inicialmente a pri meira
manifestação de currículo encontramos nos documentos oficiais a qual é prescrito o conjunto de
experiências conteúdos cognitivos e simbólicos que se quer através dos sistemas de educação,
encontramos o currículo oficial nas (DCNS) e na (BNCC) esses dois documentos possuem força de lei
por isso deve ser seguido por todas as instituições de ensino para que elaborem seu planejamento
curricular.
38

Depois do currículo oficial, destaca-se o currículo real que ocorre em sala de aula, conjunto de
experiências advindo da realidade dos alunos articulados com os conteúdos sistematizados. E vale
ressaltar ainda o currículo oculto o qual é implícito, passa despercebido da prática docente intencional,
são as regras, normas, relações hierárquicas, atitudes, formas de organização da sala de aula.

Para entendermos melhor cada um deles vamos separá-los em tópicos para que você não possa errar as
questões de prova e entender que dentro do planejamento curricular podemos encontrar dois tiposde
manifestações do currículo o real que ocorre na sala de aula e o implícito que passa despercebido, e para
que isso ocorra inicialmente é preciso existe a manifestação oficial, formal, explicita que advêm dos
documentos oficiais.

Entendendo o que falam os Documentos Oficiais

Os documentos oficiais que tratam sobre currículo, costumam assumir perspectivas crítica e pós -crítica
de currículo, ou seja, considera o campo de disputa em torno de sua construção, o que torna algo não
neutro, além da importância do debate em torno de questões indenitárias como sexualidade, etnia, raça,
religiosidade, multiculturalismo, diversidade.

As Diretrizes Curriculares Nacionais, que orientam as escolas brasileiras na organização, articulação, no


desenvolvimento e na avaliação de proposta pedagógica, em seu Art. 13 § 2º define currículo como
“conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção e socialização de significados no espaço
social e que contribuem para a construção de identidades sociais e culturais do estudante. É campo
conflituoso de produção de cultura e deve buscar articular vivências e saberes dos alunos com os
conhecimentos historicamente acumulados”. Deve ter uma opção de escola que rompe com a ilusão da
homogeneidade. A organização do percurso formativo, aberto e contextualizado, deve ser construída
em função das peculiaridades do meio e das características, interesses e necessidades dos 43
estudantes, incluindo não só os componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na legislação
e nas normas educacionais, mas outros, também, de modo flexível e variável, conforme cada projeto
escolar. As DCNS e a BNCC dá ênfase que haja uma Base Nacional Comum a ser complementada por
uma parte diversificada, onde possuem características diferentes, mas não podem ser opostas, distantes
uma da outra e sim articuladas. Desse modo a base nacional comum e a parte diversificada não podem
ser consideradas como dois blocos distintos, pois juntos complementam os currículos que serão ensinas
e aprendidos em todo processo de ensino e aprendizagem.

BASE NACIONAL COMUM E A PARTE DIVERSIFICADA

A base nacional comum na Educação Básica constitui-se de conhecimentos acumulados pela


humanidade o qual são expressos nas políticas públicas e publicados nas instituições produtoras do
conhecimento científico e tecnológico, podendo ser encontrado em diversos locais de aprendizagem e
na produção artística, nas diferentes formas de cidadania e até mesmo na sociedade.

Integram a base nacional comum segundo o Art. 14 das DCN’s:


39

 A Língua Portuguesa; e Matemática (Em toda a Educação Básica);

 O conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil,


o estudo da História;

 e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena ( Ensino Fundamental e Médio);

 A Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música (Educação Básica);

 A Educação Física; O Ensino Religioso (Ensino Fundamental).

Esses componentes que compõem a Base Nacional Comum são organizados pelos sistemas estaduais,
municipais e distritais de educação em forma de áreas de conhecimento, disciplinas, blocos temáticos,
preservando-se a singularidade dos diferentes campos do conhecimento, por meio dos quais se
desenvolvem o exercício da cidadania, considerando o tempo em que o aluno aprende. A parte
diversificada enriquece e complementa a base nacional comum, prevendo o estudo das características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade escolar, perpassando todos
os tempos e espaços curriculares constituintes do, independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos
tenham acesso à escola.

A parte diversificada pode ser organizada em temas gerais, na forma de temáticos e conteúdos
selecionados colegiadamente pelos sistemas educativos ou pela unidade escolar.

Fique atento ao que dizem as DCN’s!

Art. 15. A LDB inclui o estudo de, pelo menos, uma língua estrangeira moderna na parte diversificada,
cabendo sua escolha à comunidade escolar, dentro das possibilidades da escola, que deve considerar
o atendimento das características locais, regionais, nacionais e transnacionais.

Art. 16. Leis específicas, que complementam a LDB, determinam que sejam incluídos componentes
não disciplinares, como temas relativos ao trânsito, ao meio ambiente e à condição e direitos do idoso.
40

A base nacional comum e a parte diversificada não podem se constituir em dois blocos distintos, com
disciplinas específicas para cada uma dessas partes, mas devem ser organicamente planejadas e
geridas de tal modo que as tecnologias de informação e comunicação perpassem transversalmente a
proposta curricular, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, imprimindo direção aos projetos
político-pedagógicos. Através da interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurados a
transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas e eixos, passando por todo o currículo e
proporcionando a interlocução entre os conhecimentos e seus diferentes campos.

O QUE SÃO INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSVERSALIDADE?

Interdisciplinaridade

O trabalho pedagógico pode ser desenvolvido por meio de uma abordagem teórico metodológica em que
a ênfase incide sobre o trabalho de integração de diferentes áreas do conhecimento, ou seja, as disciplinas
se articulam em torno de uma área do conhecimento, uma temática que contribuem para o ensino e
aprendizagem de ambas.

Transversalidade

É abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento na prática educativa, uma articulação entre
aprender conhecimentos teoricamente acumulados (conteúdos acumulados pela humanidade) e assuntos
de relevância social que são trazidos da vida real.

A Interdisciplinaridade e Transversalidade segundo as DCN’s

Art. 13. §4º” A transversalidade é entendida como uma forma de organizar o trabalho didático pedagógico
em que temas e eixos temáticos são integrados às disciplinas e às áreas ditas convencionais, de forma
a estarem presentes em todas elas.

§ 5º A transversalidade difere da interdisciplinaridade e ambas complementam-se, rejeitando a concepção


de conhecimento que toma a realidade como algo estável, pronto e acabado.

§ 6º A transversalidade refere-se à dimensão didático-pedagógica, e a interdisciplinaridade, à abordagem


epistemológica dos objetos de conhecimento.
41

ANO: 2017 – CESPE – SEDF – PROFESSOR

Com relação ás Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, julgue os itens a seguir: A
política curricular é uma política de Estado e prioriza a sistematização de um currículo científico,
relegando para segundo plano as práticas sociais. Comentário da Questão

ERRADO

Análise da questão

A política curricular de estado não prioriza o currículo cientifico em detrimento das práticas sociais, visto
que a escola de Educação Básica é o espaço em que se ressignifica e se recria a cultura herdada,
reconstruindo-se as identidades culturais, em que se aprende a valorizar as raízes próprias das
diferentes regiões do País.

Para que o planejamento educacional se concretize, plano nacional de educação, suas metas e diretrizes,
é preciso que exista um planejamento curricular, ou seja, os conteúdos que serão ensinados e aprendidos
na relação professor e aluno. Desse modo o planejamento dos currículos, conteúdos, conjunto de
experiências, deve se materializado dentro do Projeto Político Pedagógico da escola, o qual identifica a
identidade da escola, seus objetivos, seus conjuntos de experiências, currículos. Por isso a instituição
escolar e os docentes precisam de um planejamento mais amplo o qual possam se basear para construir
seu próprio planejamento curricular. Os documentos oficiais como as Diretrizes Curriculares Nacionais e
a Base Nacional Comum Curricular subsidiam as instituições de ensino e os docentes para elaboração de
seus currículos. Nesse sentido os documentos oficiais entendidos como formal e prescrito o qual possuem
força de lei, a exemplo das DCN’s e a BNCC dão ênfase a um currículo que considere a
multidimensionalidade, o multiculturalismo, os temas relacionados as realidades sociais dos educandos,
desse modo enfatizam a articulação de uma base nacional comum, conhecimentos sistematizados, a uma
parte diversificada que contemple temas transversais os quais são voltados para temas da realidade social.
Falamos também que a BNCC e a parte diversificada não podem ser constituídas como dois blocos
distintos pois ambas complementam o conjunto de experiências (currículo), que envolvem o processo de
ensino e aprendizagem. Desse modo os currículos podem ser entendido como conjunto de experiências,
conjuntos de conteúdos cognitivos e simbólicos, conteúdos advindos da experiência dos educando, da vida
real, parte diversificado, com conteúdos acumulados pela humanidade, sistematizados.
42

TEÓRIAS DE CURRICULO

Falamos que o Planejamento Curricular, planejamento materializado no projeto po lítico pedagógico da


instituição, conhecido como planejamento escolar, é em sentido amplo segundo as DCN’s conjunto de
experiências, conhecemos também a visão de alguns autores através de suas citações. Agora convido a
você a entender as teorias de currículo, os quais contribuem ou não para a execução de um currículo
educacional, escolar, de ensino e de aula, formal ou informal.

Para entender como o currículo é vivenciado atualmente é preciso compreender como se deu
historicamente. Nesse sentido é importante abordar que toda escola está inserida em uma determinada
sociedade, que por sua vez está situada em determinado contexto histórico, assim, os conceitos
educacionais são polissêmicos e variam de acordo com fatores históricos e sociais.

Tomas Tadeu Silva (2010) afirma que um discurso sobre o currículo, mesmo que pretenda apenas
descrevê-lo “tal como ele é realmente”, o que efetivamente faz é produzir uma noção particular de
currículo. Do ponto de vista pós-estruturalista a “teoria” descreve como uma descoberta algo que ela
própria criou, ela primeiro cria e depois descobre, aquilo que ela cria acaba aparecendo como uma
descoberta.

Assim, a “teoria” sobre currículo aparece pela primeira vez nos anos 1920 em conexão com o processo
de industrialização, encontrados sua máxima expressão no livro de Bobbitt, The Curriculum (1918). Sua
inspiração teórica é a administração científica de Taylor.

A partir daí vários estudos sobre currículo ganham espaços na academia, suscitando em três teorias no
decorrer da história: Tradicional, Crítico e Pós-crítico.

TRADICIONAL (O QUE DEVO ENSINAR?)

Segundo Silva (2009), a teoria tradicional de currículo busca a neutralidade, tendo como escopo principal
promover a identificação dos objetivos da educação escolarizada, formando o trabalhador especializado
ou, proporcionando uma educação geral e acadêmica.

CRÍTICO (POR QUE ENSINAR ISSO?)

Busca superar a concepção tradicional ao afirmar que há relações de poder envolvidas, é algo político.
Denuncia a escola como um instrumento de reprodução do status quo. O foco dessa corrente são as
desigualdades sociais provocadas pelas disputas de classes e reproduzidas no currículo escolar.

PÓS-CRÍTICO (PARA QUEM ENSINAR?)

Para Silva (2009, p. 29-30), as teorias críticas do currículo efetuam uma completa inversão nos
fundamentos das teorias tradicionais. As teorias críticas sobre o currículo, em contrate, começam por
colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais. As
teorias críticas desconfiam do status quo, responsabilizando-o pelas desigualdades e injustiças sociais.
Veja o quadro de palavras que se relacionam com cada Teoria do currículo
43

Entendemos que o planejamento de currículo e diferente em diferentes momentos históricos e variam de


acordo com fatores históricos e sociais. Podendo ser definidos pelas suas teorias marcados
historicamente, como teoria tradicional, teoria crítica e teoria pós critica. Nesse sentido currículo também
poder ser manifestado em três diferentes formas, sendo estas, formal, real e oculto.

MANIFESTAÇÕES DE CURRÍCULO

Currículo Oficial Formal ou Prescrito

São os currículos – conteúdos, conjuntos de experiência- e elaborado pelos mais alto escalão, ou seja
pelo Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, e são encontrados nos documentos
oficiais manifestados na Base Nacional Comum Curricular, nas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica, são prescritos os conteúdos cognitivos e simbólicos, ou seja a Base Nacional Comum
articulados com a Parte Diversificada que é entendida pelos temas transversais advindos dos contextos
sociais dos educandos.

Planejamento Curricular e o Currículo Formal

Diz respeito aos currículos que serão escolhidos para ser compostos no planejamento escolar (PPP)
lembrando que o planejamento curricular se materializa no projeto político pedagógico, desse modo a
comunidade escolar deve fazer um levantamento da realidade dos alunos para a escolha dos seus
currículos, lembrando que esses conjuntos de experiências deve estar de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular e as Diretrizes Educacionais (DCNs).

Currículo Real

É aquele que ocorre dentro de sala de aula, são as experiências vividas os co njuntos de ensino e
aprendizagem, os conteúdos sistematizados acumulados pela humanidade articulados com o conjunto
experiências advindos da vida acadêmica do educando e do seu contexto social e sua prática vivida,
lembrando que o currículo deixou de ser meramente um conjunto de disciplinas/matérias para ser o que
44

realmente nasceu para ser na sociedade, um conjunto de experiências, saberes, práticas vividas, dentro
e fora de sala de aula, considerando a diversidade cultural e os direitos humanos, um curríc ulo inclusivo
que elimine a seletividade e considera a diversidade e os diretos humanos, sociais, culturais, políticos e
civis.

Currículo Oculto ou Implícito

É aquele que está implícito nas práticas educativas, no processo ensino e aprendizagem, se refere as
atitudes, valores e comportamentos dos docentes e discentes, ou seja, as práticas e experiências
compartilhadas na escola e na sala de aula. São as normas, regras, rituais, hábitos do cotidiano escolar
que acabam por governar as relações hierárquicas. Podemos encontrar o currículo oculto em algumas
situações como:

• Imagens nos livros didáticos relacionado a determinado tema, são exemplos de um tipo de currículo
intitulado oculto, pois não estão explicitados em documentos.

• A forma de organização da sala de aula, em que as cadeiras estão enfileiradas, com o objetivo de romper
com o dialogo com os alunos são consideradas um exemplo de manifestações do currículo oculto. Desse
modo o currículo oculto diz respeito aquelas aprendizagens que fogem ao controle da própria escola e do
professor e passam quase despercebidas, mas que têm uma força formadora muito intensa. Segundo
LIBÂNEO (2001) o currículo oculto são as atividades que ocorrem na escola afetando a aprendizagem
dos alunos e o trabalho do professor, que se originam da experiência cultural, dos valores e significados
que as pessoas assumem do seu meio cultural e levam á escola.

FCC – 2015 – DPE – SP – PEDAGOGO Os teóricos críticos entendem o currículo como:

a) experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio as relações sociais, e


que contribuem para a construção das identidades dos estudantes.

b) Organização do ensino por meio de uma grade de conteúdos, na qual se define a quantidade de
aulas por disciplinas para cada ano de ensino.

c) Planos pedagógicos elaborados pelos professores da unidade escolar, em concordância com as


determinações da secretaria de educação.

d) Conjunto de objetivos a serem alcançados no final do ano, por meio dos conteúdos a serem
ensinados e aprendidos durante o processo de ensino.

e) Projeto político -pedagógico elaborado pelas escolas, com a colaboração dos professores e de
especialistas de ensino e aprovado pelos órgãos regionais de educação.
45

Letra A

Análise da questão

Letra A é a resposta correta, visto que currículo de forma geral pode ser entendido como um conjunto de
experiências escolares, experiências nas relações sociais, experiências que contribuem para a
construção das identidades dos estudantes, vai além de conteúdos de disciplinas existentes em uma
grade curricular.

SOBRE CURRICULO ESCOLAR

Organiza o trabalho das instituições de ensino e dos


professores;

É entendido como conjunto de experiências segundo as


DCN’s;

CURRICULO Não são meramente conteúdos expressos em uma disciplina


ESCOLAR ou grade curricular;

O que é construído no currículo são as experiências,


ensinamentos e aprendizagens;

Lembrar sempre Currículo define o quê ensinar.

Considera a diversidade e contexto sócio cultural


46

CURRÍCULO

CONJUNTO DE EXPERIÊNCIAS Conjunto de conteúdos. Podendo


ONDE O CURRICULO PODE SER
QUE O ALUNO POSSUI COM A ser sistematizados ou que o
MATERIALIZADO
CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA individuo já possui na sua
experiência de vida

No Planejamento
Curricular da Escola

O planejamento Articulação dos conteúdos acumulados O planejamento curricular não se


Curricular se materializa pela humanidade com as experiências restringe a seleção
no Projeto Político do contexto social do educando. de conteúdos inseridos em uma
Pedagógico. grade curricular.

Teorias de Currículo

PÓS CRÍTICA
TRADICIONAL
(Pra quem se ensina isso ?)
(O QUE DEVE ENSINAR) ?
CRÍTICA
(Por que se ensina isso ?)

MANUTENÇÃO DO STATUS DIVERSIDADE E


CRITÍCA O MODELO DE
QUO MULTCULTURALISMO
MANUTENÇÃO

MANIFESTAÇÕES DE CURRICULO

FORMAL, PRESCRITO: REAL OCULTO


É aquele estabelecido pelos Ocorre nos espaços escolares, mas São as normas, regras, rituais,
sistemas de ensino, possuem especificamente na sala de aula de hábitos. Ex: organização da
forças de lei, são os acordo com o que foi previsto no sala, do tempo e espaços
normativos. Ex: BNCC, DCN’s. planejamento. escolares.
47

1 – IFB – PROFESSOR – PEDAGOGIA 2017

O currículo refere-se aos programas e conteúdos de cada componente curricular e também expressa os
princípios e metas do projeto educativo de uma instituição. Considerando uma perspectiva crítica do
currículo, marque a alternativa correta.

A) O currículo deve ser utilizado para a reprodução de uma visão de mundo hegemônica.

B) O currículo é um documento formal e estabelecido pelo sistema educacional que deve ser seguido
pelas instituições de ensino, pois visa uma igualdade educacional.

C) O conhecimento estabelecido na organização curricular do currículo é neutro cabe ao professor dar


uma direção a esse conhecimento.

D) O conhecimento estabelecido na organização curricular do currículo deve levar em consideração as


relações entre os sujeitos e o espaço tempo em que se situam.

E) É importante evitar, sistematicamente, que situações ocorridas na escola tragam contextos diferentes
daqueles que estão devidamente planejados e incluídos no currículo.

2- A ênfase nos conceitos pedagógicos de ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática,


organização, planejamento, eficiência e objetivos é própria da teoria crítica de currículo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3- FUNCAB – 2013 – IF – RR – PROFESSOR – PEDAGOGIA

No currículo tradicional, a avaliação mais valorizada é a:

a) comportamental.

b) somativa

c) progressiva

d) diagnóstica

e) processual

CESPE – CARGOS DE PROFESSOR – PREF. IPOJUCA- PE- 2009

As atividades educativas escolares caracterizam-se por serem atividades intencionais que respondem a
alguns propósitos e perseguem a consecução de algumas metas. Uma das tarefas do projeto curricular
é proceder análise, classificação, identificação e formulação das intenções que presidem o projeto
educacional. C. Coll.
48

Psicologia e currículo. São Paulo: Ática, 1997, p.66 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a multiplicidade de aspectos que ele suscita,
julgue os itens seguintes.

4- Por currículo entende-se, exclusivamente, o aglomerado de disciplinas e conteúdos desenvolvidos


em uma etapa da educação ou em um curso específico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5- O currículo da educação básica é estipulado na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais


(PCN), por isso não pode ser adaptado pelas escolas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6- A construção coletiva das propostas pedagógicas da escola inclui a construção do currículo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7- O currículo oculto é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino nas propostas curriculares

dos estados e munícipios.

( ) CERTO ( ) ERRADO

8- O currículo escolar representa o cruzamento de culturas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9 – No currículo escolar está explicito os valores e atitudes desejadas pela comunidade escolar.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO – PEDAGOGIA – CNJ- 2013 (ADAPTADA)

Julgue os próximos itens relativos ao currículo e construção do conhecimento.


49

10- Para entender o conceito de currículo, é preciso separá-lo da prática e do contexto em que se
encontra, pois ele é uma sistematização técnica de conteúdos institucionalizados.

( ) CERTO ( ) ERRADO

11- Entende-se por currículo silenciado tudo aquilo que poderia fazer parte do currículo, porém

foi negado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

12- No sentido etimológico currículo quer dizer: caminho, trajeto, percurso ou rota a seguir.

( ) CERTO ( ) ERRADO

13- O termo currículo vai muito além de uma simples grade curricular.

( ) CERTO ( ) ERRADO

14- O currículo real é aquele que foi estabelecido pelo MEC e tem que ser aplicado nas escolas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

15 - As teorias de currículo são: tradicionais, crítica e pós- críticas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

16- Na perspectiva emancipatória de currículo, não é permitida a inclusão de atividades não previstas
inicialmente para não haver prejuízos em relações aos tempos planejados.

( ) CERTO ( ) ERRADO
50

1- Letra D

A organização curricular deve levar em consideração as relações entre os sujeitos e o espaço e tempo
em que se situam. Nesse sentido o planejamento curricular requer a articulação de conteúdos inseridos
no contexto dos educandos com os conteúdos sistematizados, considerar seu contexto sociocultural, sua
multiculturalidade, sua trajetória de vida.

2- RESPOSTA ERRADA

A ênfase nos conceitos pedagógicos de ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática,


organização, planejamento, eficiência e objetivos são da teoria tradicional e não crítica de currículo, pois
a teoria tradicional tem como objetivo o que ensinar, em detrimento da teoria crítica que possui como
ênfase ideologia, relações de poder, conscientização, classes sociais, currículo oculto e resistência.

3- Letra C

No currículo tradicional a avaliação mais valorizada é a somativa, pois na metodologia tradicional se


preocupa com o resultado final, ou seja, visa medir, quantificar, classificar a aprendizagem e o aluno
através de notas, em detrimento do currículo crítico e pós crítico que visa o processo de ensino e
aprendizagem dos docentes e discentes tendo como ênfase a avaliação formativa que tem como objetivo
formar os educandos em sua multidimensionalidade, ou seja, cognitiva, sócio emocional, afetiva, físico
motor...

4 – RESPOSTA ERRADA

O currículo não se restringe a um aglomerado de disciplinas e conteúdos desenvolvidos em uma etapa


da educação ou em um curso específico. Como estudamos o currículo são conjuntos de experiências,
conjuntos de conteúdos cognitivos e simbólicos transmitidos de forma implícita ou explicita, ou seja, não
se relaciona meramente a um conteúdo contido em uma disciplina de uma grade curricular.

5- RESPOSTA ERRADO

O currículo oficial entendido como formal ou prescrito atualmente é estabelecido pelas Diretrizes
Curriculares para Educação (DCN’s) articulada com a Base Nacional Comum Currícular ( BNCC) esses
dois normativos possuem forma de lei e as instituições escolares devem segui-lo e podem ser adaptado
pelas escolas de acordo com sua singularidades e peculiaridade, pois as instituições de ensino são
heterogêneas, diferentes, seu contexto sociocultural onde estão inseridos seus alunos, sua realidade,
sendo assim cada instituição irão adaptar seu planejamento curricular, de acordo como o currículo oficial
para entender as especificidades de sua comunidade escolar.
51

6 – CERTO

Em uma perspectiva emancipatória\participativa a construção coletiva das propostas pedagógicas da


escola inclui a construção do currículo, sendo assim essa perspectiva irá dar voz e vez a todos inseridos
da comunidade escolar para que juntos construam o PPP, identidade da escola, e o planejamento
curricular, conjunto de experiências, visto o que já estudamos, em detrimento da perspectiva estratégico
empresarial que se restringe a um agente que tomara decisões dentro do planejamento, na construção
coletiva de currículo existe uma descentralização de decisões, ou seja, todos possuem um papel decisório
no processo de planejar.

7 – ERRADO

O currículo oculto não é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino nas propostas curriculares dos
estados e munícipios, esse se chama currículo oficial\formal\prescrito tem força de lei e deve ser base
para que as instituições construam seu planejamento curricular. O currículo oculto está implícito, são as
normas, regras, hábitos, práticas relações hierárquicas, procedimentos, rituais, formas de organização da
sala, ou seja, maneira como as carteiras são arrumadas, organização do tempo espaços escolares, está
relacionado as atitudes e valores que acabam por inculcar ideologias.

8 – CERTO

O currículo escolar representa o cruzamento de culturas, ou seja, ele é multicultural, além de considerar
o contexto social em que sua instituição está inserida, também considera a heterogeneidade dos
educandos e suas singularidades. Na teoria pós crítica de currículo a pergunta é: para quem ensinar, daí
a importância do cruzamento de culturas, a ênfase nas raças, etnias, gênero, alteridade, subjetividade,
multiculturalismo.

9 – CERTO

Em se tratando do Planejamento Curricular, o qual se materializa no Projeto político pedagógico, o


currículo escolar está explicito os valores e atitudes desejadas pela comunidade escolar. Desse modo é
importante que toda intencionalidade, objetividade do que se quer alcançar esteja expressa dentro do
planejamento curricular materializado no documento de identidade da escola chamado de projeto político
pedagógico\proposta pedagógica.

10- ERRADO

Para entender o conceito de currículo, não é preciso separá-lo da prática e do contexto em que se
encontra, é imprescindível que ambos estejam articulados, pois ele não é uma sistematização técnica de
conteúdos institucionalizados, é flexível, ou seja, pode ser adaptado para atender as demandas da
sociedade em que a instituição escolar está inserida com o objetivo de se alcançar o sucesso escolar.

11- CERTO

Entende-se por currículo silenciado tudo aquilo que poderia fazer parte do currículo, porém foi negado,
exatamente, ou seja, algo que se tornou inoportuno ou inconveniente, visto que o currículo ser adaptado
para atender a real necessidade dos seus educandos.
52

12- CERTO

No sentido etimológico currículo quer dizer: caminho, trajeto, percurso ou rota a seguir. Etimologia é o
estudo gramatical da origem e história das palavras, de onde surgiram e como evoluíram ao longo dos
anos.

13 – CERTO

O termo currículo vai muito além de uma simples grade curricular, esse conceito de currículo cai m uito em
prova induzindo o candidato ao erro, se disser que o currículo se resume a uma simples grade curricular
o item estará errado, a questão disse que o currículo vai muito além de uma grade curricular e está certo,
entende-se por currículo por conjunto de experiências que os educandos já possuem ou estão em
processo de construção.

14- ERRADO

O currículo real não é aquele que foi estabelecido pelo MEC e tem que ser aplicado nas escolas, esse
conceito se trata do currículo oficial entendido também como formal ou prescrito, em se tratando do
currículo real entende-se por aquilo que de fato é trabalhado em sala de aula, em decorrência da
efetivação do que foi planejado.

15- CERTO

Como estudamos anteriormente as teorias de currículo são tradicional, critica e pós critica. Sendo a
tradicional dá ênfase nos conteúdos, ou seja, o que ensinar? a crítica ênfase nos questionamentos por
que esse conteúdo e não outro?, possuem relações de poder, e por fim a pós critica se preocupam pra
quem ensinar, ênfase no multiculturalismo, raça , etnia, gênero.

16- ERRADO

Na perspectiva emancipatória de currículo, é permitida a inclusão de atividades não previstas inicialmente


essas adaptações não ocorre prejuízos em relações aos tempos planejados, visto que o planejamento
que visa a transformação social com foco no aluno e no ensino e aprendizagem e não somente no produto,
resultado final, é flexível, ou seja, o planejamento pode ser adaptado.
53

Capitulo 4 - Planejamento de Ensino

Agora que entendemos sobre o Planejamento Educacional que corresponde ao Plano Nacional de
Educação, ou seja, é uma política de Estado, que possuem metas, objetivos, e diretrizes pensadas para
dez anos, esse planejamento é nível estratégico, ou seja, é amplo de longo prazo, sendo decenal,
posteriormente temos o planejamento escolar\institucional é o Projeto Político Pedagógico que
corresponde os objetivos da instituição, define sua identidade e o rumo e a direção a seguir, é de nível
tático, ou seja, não é de longo prazo e nem de pequeno prazo é pensado para um determinado período
e define objetivos com a comunidade escolar, sendo ele: que tipo de alunos se quer formar, onde a
instituição está e aonde quer chegar, falamos sobre o planejamento curricular o qual se materializa no
PPP da escola, pois nele se define o conjunto de experiência que o educando irá conhecer e aprender
durante o processo de ensino e aprendizagem e durante o período letivo , também considerado de nível
tático agora vamos conhecer o planejamento de ensino o qual é feito pelo professor.

Pode-se dizer que o planejamento de ensino é uma especificação do planejamento curricular, já que
traduz em termos mais concretos o que o professor irá realizar em sala de aula e como irá alcançar os
objetivos educacionais propostos, seu nível de planejamento é o operacional, pois se materializa dentro
da sala de aula, através do ensino e aprendizagem, através das experiências entre professor e aluno e
aluno e aluno.

O professor, ao realizar seu planejamento de ensino, antecipa de forma coerente e organizada todas as
etapas do trabalho escolar, não permitindo que as atitudes propostas percam sua essência, ou seja, o
seu trabalho a ser realizado encaixa-se em uma sequência, uma linha de raciocínio, em que o professor
tem a real consciência do que ensina e quais os objetivos que espera atingir, para que nada fique disperso
ao acaso.

O planejamento de ensino passa a ser compreendido de forma estreitamente vinculada às relações que
se produzem entre a escola e o contexto histórico-cultural em que a educação se realiza. Desse modo,
o planejamento de ensino é um elemento integrador entre a escola e o ambiente social em que a escola
e seus alunos estão inseridos.

Nesse planejamento deverá prever os seguintes itens:

- objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais;

- conteúdos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos; - metodologias e
recursos de ensino que estimulam as atividades de aprendizagem e;

- procedimento de avaliação que possibilitem verificar, de alguma forma, até que ponto os objetivos foram
alcançados. Nessa forma de planejamento de ensino, a avaliação da aprendizagem adquire especial
relevância, uma vez que não pode constituir-se unicamente em forma de verificação do que o aluno
aprendeu. Antes de qualquer coisa, deve servir como parâmetro de avaliação do trabalho do próprio
professor.

O planejamento de ensino é dividido em quatro etapas que são o conhecimento da realidade,


elaboração do plano, a execução do plano, e a avaliação e aperfeiçoamento do plano. O conhecimento
da realidade é o primeiro passo para o planejamento, pois é preciso conhecer o aluno e seu meio para
saber para quem se vai planejar, conhecendo as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades
dos alunos. Fazendo essa “sondagem” e realizando o diagnóstico, isto é, analisando os
54

dados coletados, podemos propor o que é possível alcançar pelos alunos e até mesmo o que lhes
interessa aprender.

A elaboração do plano de ensino é a segunda etapa que devemos percorrer. Nessa etapa estaremos
determinando o que é possível alcançar, como fazer para alcançar, e o que julgamos possível alcançar,
e ainda como avaliar os resultados. Para a elaboração desse plano seguem-se seis passos que são a
determinação dos objetivos, seleção e organização dos conteúdos, seleção e organização dos
procedimentos de ensino, seleção de recursos, seleção de procedimentos de avaliação e estruturação do
plano de avaliação.

O terceiro passo a ser percorrido pelo professor é a execução do plano, sendo que esse consiste no
desenvolvimento das atividades previstas. Algumas vezes é necessário fazer alterações no planejamento,
devido a reações dos alunos ou mesmo devido a circunstâncias do ambiente, mas isso é normal. Assim
uma característica de um bom planejamento é a flexibilidade.

Por último devemos realizar a avaliação e o aperfeiçoamento do plano. Nessa etapa a avaliação toma um
sentido diferente da avaliação do ensino-aprendizagem, pois procuramos avaliar, além dos resultados do
ensino-aprendizagem, avaliar a qualidade do nosso plano, nossa eficiência como professor e a eficiência
do sistema escolar.

Segundo Nervi (1967, p. 56, apud GAMA; FIGUEREDO, s/d), estas são as características essenciais do
bom plano de ensino:

 Coerentes: as atividades planejadas devem manter perfeita coesão entre si de modo que não se
dispersem em distintas direções; de sua unidade e correlação dependerá o alcance dos objetivos
propostos.

 Sequenciais: deve existir uma linha ininterrupta que integre gradualmente as distintas atividades
desde a primeira até a última de modo que nada fique jogado ao acaso.

 Flexíveis: é outro pré-requisito importante que permite a inserção sobre a marcha de temas
ocasionais, subtemas não previstos e questões que enriqueçam os conteúdos por desenvolver,
bem como permitir alteração, de acordo com as necessidades ou interesses dos alunos.

 Precisão e objetividade: os enunciados devem ser claros, precisos, objetivos e sintaticamente


impecáveis. As indicações não podem ser objetos de dupla interpretação, as sugestões devem
ser inequívocas.

Agora que entendemos melhor o que é o planejamento de ensino, o qual é de nível operacional, pois se
materializa nas práticas e experiências vividas e compartilhadas na sala de aula, para que esse
planejamento se torne real é preciso definir seus componentes que farão parte desse processo,
lembrando que o planejamento de ensino é pensado para um determinado período letivo, semestre ou
bimestre. Desse modo os componentes do processo de ensino são: objetivo, conteúdos, metodologia,
recursos e avaliação, todos devem estar articulados para que haja sucesso no processo de ensinar e
aprender. Vamos fazer um quadro exemplificando como pode ser feito o planejamento de ensino:
55

OBJETIVOS CONTÉUDOS METODOLOGIA RECURSOS AVALIAÇÃO

Qual o objetivo que o Quais os Qual a metodologia Que recurso vou Como o docente vai
docente alcançar; conteúdos que que irá facilitar o usar na aula. avaliar os alunos.
Qual o resultado se deseja ensino para que o Ex. Quebra cabeça. Ex. Registros de
esperado. ensinar e aluno aprenda. Com palavras atividades no
Ex. Formar frases aprender. caderno.
com dissílabas. Ex. Dissílabas
56

Capítulo 5 – Didática

CONCEPÇÕES TEÓRICAS QUE SUSTENTAM A PRÁTICA PEDAGÓGICA


DO PROFESSOR
Na prática pedagógica, as ações do professor se orientam por um conjunto de idéias, conce pções,
teorias, mesmo que sua existência seja inconsciente. É possível compreender a ação docente,
analisando a sua concepção de mundo, de sociedade, de aluno, de ensino, entre outros, que se
expressa em seus atos, referente a:
 Seleção dos conteúdos que os alunos vão aprender;
 Como acredita que se dá o processo de aprendizagem – Os caminhos para a aprendizagem
acontecer;
 Como acredita que deve ser o ensino.

A teoria empirista
 O modelo de aprendizagem estímulo-resposta. Substitui respostas erradas por certas;
 O aluno é vazio, mas vai ser preenchido pelas experiências com o mundo. Ele vai
acumulando as informações. (Paulo Freire chama isso de Educação bancária);
 A aprendizagem é o acumulo de informações;
 O processo de ensino é caracterizado pela cópia - questionário – repetições;
 O ensino se dá através da memorização;
 O aluno precisa memorizar e fixar as informações, que seguem das mais simples às mais
complexas. (A decorreba da tabuada, sem saber o que está decorando, é exemplo disso).

Construtivismo
 O conhecimento pressupõe uma atividade que organiza e integra os novos conhecimentos
aos já existentes (Conhecimentos Prévios);
 O conhecimento prévio é a base da aprendizagem;
 O conhecimento é uma transformação do que já existe. Precisa ser algo apreensível;
 O aluno é um sujeito ativo que para aprender: reflete e interage com outras pessoas. Ele
precisa transformar a informação para poder assimilar;
 A idéia distorcida do construtivismo levou professores a deixar o aluno livre, construindo sem
próprios conhecimentos, sem a importante intervenção pedagógica;
 O professor deve atuar o tempo inteiro, propondo atividades, encorajando os alunos em suas
ousadias, desafiando. A intervenção do professor é determinante no processo de
aprendizagem;
 O modelo de ensino se dá através de resolução de problemas, onde o professor também é
57

 aprendiz;
 O professor deve tomar cuidados com os erros cometidos pelos alunos (não deixar o aluno
“fazer do seu jeito” sem corrigir os erros) e ir montando as atividades que levam a construção
do conhecimento.

OS MÉTODOS DE ENSINO

Conceito de método de ensino.


 É o caminho para atingir um objetivo, com os meios adequados; (investigação científica;
assimilação do conhecimento, etc.)
 Ver o objeto de estudo nas suas propriedades e relações com outros objetos e fenômenos e
sob vários ângulos;
 São ações, passos e procedimentos vinculados a reflexão, compreensão e transformação da
realidade;
 São ações do professor pelas quais se organizam as atividades de ensino e dos alunos para
atingir os objetivos;
 Deve expressar compreensão global do processo educativo na sociedade: A escolha e
organização dos métodos.
 Deve corresponder à necessária unidade objetivo-conteúdo-método. (um depende do outro
para ter sucesso).
 Dependem dos conteúdos específicos;
 Implica o conhecimento das características dos alunos quanto à capacidade de assimilação e
quanto as suas características sócio-culturais e individuais;
 ligação entre os objetivos e as condições de aprender do aluno.

Princípios básicos do Ensino


 Ter caráter científico e sistemático. (Ficar atento ao conteúdo científico);
 Ser compreensível e possível de ser assimilado. (Ver as condições dos alunos e ir dosando
as dificuldades);
 Assegurar a relação conhecimento-prática. (Saber aplicar o conhecimento na sua vida
prática);
 Apoiar-se na unidade ensino-aprendizagem. (Criar condições de ensino que resultem em
aprendizagem);
 Garantir a solidez dos conhecimentos. (Recapitulação, fixação, etc);
 Levar à vinculação trabalho coletivo – particularidades individuais. (Educar a todos,
observando as diferenças).
58

Classificação dos métodos de ensino

1. Método de exposição pelo professor: Na exposição, o professor deve mobilizar a atividade


interna do aluno de concentrar-se e de pensar, e a combinar com outros procedimentos.
 Exposição verbal – sua função é explicar um assunto desconhecido. O professor deverá
estimular sentimentos, instigar a curiosidade, relatar sugestivamente um fato, descrever com
vivacidade uma situação real, fazer leitura expressiva, etc.
 Demonstração – é a forma de representar fenômenos e processos reais (germinação).
 Ilustração – é uma forma de representar fatos e fenômenos reais através de gráficos, mapas,
esquemas, gravuras, etc. (Requer dos alunos capacidade de concentração e observação).
 Exemplificação – é um meio de auxiliar a exposição verbal

2. Método de trabalho independente: (Uma das formas didática desse método é o estudo dirigido).
Atividades realizadas pelos alunos, dirigidas e orientadas pelo professor. Para que esse método seja
eficiente, o professor precisa:
 Dar tarefas claras e acessíveis;
 Assegurar condições de trabalho (silêncio, material, etc);
 Acompanhar de perto;
 Aproveitar o resultado da tarefa para toda classe.

3. Método de elaboração conjunta: Interação entre alunos e professor. É a conversação, aula


dialogada, com elaboração de perguntas que leve os alunos a reflexão.

4. Método de trabalho em grupo: Sua finalidade é obter a cooperação dos alunos para realização
de uma tarefa.
 Debate – os debatedores devem defender uma posição;
 Philips 66 – seis grupos de seis pessoas discutem uma questão em poucos minutos e
apresentam a conclusão. (Verifica o nível de conhecimento da turma antes ou depois de uma
explicação);
 Tempestade mental – escrever no quadro o que vem em mente sobre determinado assunto,
destacar o mais relevante e discutir;
 Grupo de verbalização – grupo de observação (GV-GO) – uma parte da turma forma um
círculo central para discutir o tema, outra parte fica em volta observando se o que está sendo
apresentado tem coerência;
 Seminário – pode ser exposição ou conversação sobre determinado assunto previamente
estudado pelo grupo.

5. Atividades especiais: Complementam os métodos de ensino com objetivo de assimilação dos


conteúdos. São os: Jornal escolar, Museu escolar, Teatro, Biblioteca escolar, estudo do meio, etc.
59

O Estudo do meio não se limita só aos passeios, mas a todos os procedimentos que possibilitem a
discussão e compreensão do cotidiano. São necessárias 3 fases:
 Planejamento – o que observar? Que perguntas poderão ser feitas? (O professor deverá fazer
conhecer o local);
 Execução – observar, tomar nota, conversar com as pessoas, etc;
 Exploração dos resultados e avaliação – relatório, redação, sistematização pelo professor.
Utilidade do estudo.

OS 4 PILARES DA EDUCAÇÃO
Cabe a educação, de forma competente, fornecer os saberes que contribuam para a compreensão e
vivência no mundo atual, cheio de complexidade. Os conhecimentos precisam sempre estar
atualizados devendo ser, ao longo da vida, aprofundados e enriquecidos, para isso, a educação deve
organizar-se em torno de 4 aprendizagens fundamentais:
Aprender a Conhecer
Combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em
profundidade um pequeno numero de matérias. O que também significa: aprender a aprender, para
beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.
Aprender a Fazer
Afim de adquirir qualificação profissional e competências que tornem a pessoa apta a enfrentar as
situações e a trabalhar em equipes. Também aprender a fazer, no âmbito das diversas experiências
sociais ou de trabalho que se oferecem, quer espontaneamente, fruto do contexto local ou nacional,
quer formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho.
Aprender a viver junto
Desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências - realizar projetos
comuns e preparar-se para gerir conflitos - no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão
mutua e da paz.
Aprender a ser
Para melhor desenvolver a sua personalidade e estar a altura de agir com cada vez maior
capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal. Para isso, não
negligenciar na educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio,
sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.

ABORDAGENS E PRÁTICA PEDAGÓGICA


Maria da Conceição dos Reis
A prática pedagógica está fundamentada na concepção de vida e sociedade do professor. É a
partir dela que o professor realiza as atividades cotidianas nas escolas, seguindo uma linha pedagógica
60
que fornece diretrizes para essas atividades, pois a pratica pedagógica destinada à sala de aula é,
ainda hoje, influenciada pelas várias tendências ou teorias pedagógicas que marcaram a história
educacional no Brasil.
Saviani (2002) classifica essas teorias em dois grupos: teorias não-críticas e teorias crítico-
reprodutivista e apresenta uma nova proposta através da teoria crítica. Essas idéias são apresentadas
através de cinco enfoques:tradicional, escolanovismo, tecnicismo, crítico-reprodutivista e histórico-
crítica.
Pelas idéias abordadas nas teorias não-críticas, a educação é entendida como instrumento de
superação social. O aluno marginalizado deveria ser integrado a sociedade. Cabendo a educação
corrigir as distorções sociais. As idéias das teorias não críticas se expressam através da Pedagogia
Tradicional, Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista. Vejamos:
A Pedagogia Tradicional teve inicio juntamente com a educação escolar no Brasil, através dos
jesuítas que, mesmo sem facilitar uma prática pedagógica que contribuísse com a transformação da
vida social e econômica da colônia, monopolizaram toda essa educação desde 1549 até a expulsão
da Companhia de Jesus em 1759.
Essa expulsou não fez mudar o princípio pedagógico, apenas mudou os interesses - por passar
das mãos da igreja para a burguesia - o que antes era pedagogia tradicional religiosa, transformou-se
em pedagogia tradicional leiga. (Saviani, 2002).
Com o discurso de construir uma sociedade democrática, a burguesia, que acabara de se
consolidar no poder, defendia o conhecimento para todos. Cabia a escola e ao professor transmitir o
conhecimento aos alunos organizados em classes. O professor era o centro das atenções que, através
das aulas expositivas, transmitia todo o conteúdo que ele mesmo determinava para o aluno. Esse,
ouvia passivamente e disciplinadamente, sem direito a desenvolver sua criatividade. Mas, começa a
surgir os problemas, pois a escola não conseguia ser universal, os alunos que ingressavam não
obteriam os mesmos resultados esperados pela escola, "não se ajustavam ao tipo de sociedade que
se queria consolidar". (idem, p.7). A educação era totalmente dissociada das questões sociais vigentes.
Também, não havia unidade entre prática e teoria. A prática era vista como aplicação da teoria. (Veiga,
1989: 44). Porém, essa tendência predominou, aproximadamente, até 1930.
Com inspiração filosófica no humanismo moderno - visão de homem centrada na própria
existência, - que ganha impulso em 1924 com a criação da Associação Brasileira de Educação, começa
a surgir a Pedagogia Nova fazendo críticas à pedagogia tradicional. O escolanovismo, como ficou
sendo conhecido, acreditava no potencial da escola para erradicar a marginalidade social (o que a
escola tradicional não estava conseguindo). Foi a partir dessa percepção que começou o movimento
de reforma dessa escola, que passou a ser vista como "redentora da humanidade". O professor passou
a ser o facilitador da aprendizagem. O aluno era o centro de tudo, que deveria ser respeitado em suas
escolhas. "A prática pedagógica é ancorada em si mesma, sem vinculação com o contexto mais amplo"
(Veiga, 1989:52).
Essa tendência galgou forma no Brasil através da elaboração do projeto da primeira Lei de
Diretrizes e Base da Educação, pois para sua elaboração estavam presentes os principais educadores
escolanovistas e representantes católicos, portanto puderam definir os caminhos da educação
brasileira.
Para atender aos pressupostos da Escola Nova, a educação católica, que ainda tinha muito
poder, influência e predomínio em várias escolas, buscou se renovar através do método pedagógico
de Montessori e Lubienska, disseminando o amor que o professor deveria te r com as crianças, para
que as mesmas pudessem aprender num ambiente amoroso e feliz. Foi em 1932 que surgiu o
Manifesto da Escola Nova, cuja essência predominou até 1960, quando começa a apresentar os sinais
de crise. Com isso, ganha força a concepção analítica com seus princípios científicos objetivos,
racionais e neutros.
61
Em 1969, começa a ascensão da Pedagogia Tecnicista,dando ênfase a formação de técnicos
para educação. Ao professor competia efetivar a prática: A relação professor-aluno é estritamente
técnica, ou seja, visa a garantir a eficácia da transmissão dos conhecimentos. (Veiga, 1989: 58)
O que mais tinha destaque nesta teoria eram as técnicas e os métodos, que se preocupavam
em preparar a mão-de-obra para o mercado de trabalho que atendia aos interesses do capitalismo. A
autora chama atenção que nesta visão, a separação entre teoria e prática fica mais acentuada.
Durante o governo militar esta pedagogia teve seu ponto alto, porém começam os estudos à
crítica da educação dominante. Os educadores não aceitavam este tipo de educação baseada no
autoritarismo e tecnicismo, que confiava à escola, através dos seus meios de instrução baseada no
behaviorismo, a função de conservar a sociedade capitalista vigente.
A partir de 1974, com a abertura do regime militar no Brasil, os estudos e críticas dos
educadores preocupados com os caminhos da educação nacional, começam a se destacar através de
denúncias à pedagogia oficial e fazendo surgir uma nova pedagogia denominada por Saviani (2002)
de crítico-reprodutivista, por conceber a função da educação como reprodução das relações sociais,
sem vislumbrar a possibilidade de uma educação que pudesse está comprometida em promover a
transformação dessas relações.
Portanto, estas teorias apenas explicam/criticam como a escola esta constituída. Nasce da
crítica, mas não elabora uma proposta pedagógica, vive apenas a combater as que se apresentam.
É por esta falta de proposta da pedagogia crítico-reprodutivista e pelo descrédito na
transformação da escola, que em 1979 começa a se espalhar à discussão sobre uma nova tendência
embasada na concepção dialética. É neste período que nasce a pedagogia que Saviani denomina de
histórico-crítica, procurando articular uma proposta pedagógica que busque a transformação social,
através do resgate da importância da escola, da interação entre os sujeitos e da reorganização do
trabalho educativo. Sobre a interação professor-aluno, inclusa nesta teoria histórico-crítica Veiga
(1989) explica que: O trabalho pedagógico está centrado não no professor e no aluno, mas na questão
central da formação do homem. O professor é valorizado no seu papel de autoridade que orienta e
favorece o processo de ensinar e de aprender. (...) O aluno e visto como um ser concreto situado
historicamente. Traz consigo um saber que Ihe é próprio, e que precisa ser valorizado e reelaborado
para que, concretamente, possa gerar mudanças na realidade. Neste sentido, a relação pedagógica é
calcada na autonomia e reciprocidade, provenientes de um processo de maturação. (67)
É dessa forma que Saviani (2002) reconhece na educação um instrumento de luta, e diante da
visão dialética, o professor, com uma prática pedagógica reflexiva, crítica, criativa e transformadora,
instrumentaliza seu aluno para a prática social através da construção crítica do saber.
Portanto, o professor que se propõe crítico, precisa estar preparado para a prática pedagógica
ancorada numa concepção de educação articulada com a realidade social. Uma ação pedagógica que
valorize a relação dialética teoria-prática, em que a prática seja uma ação guiada e mediada pela teoria.
A unidade entre o ideal (a teoria) e o real (a prática), é de extrema importância no trabalho desenvolvido
no cotidiano escolar para que os professores estejam atentos no pensar e no fazer.
É nessa relação dialética, com a prática sendo alimentada pela teoria, e, ao mesmo tempo, a
teoria sendo alimentada pela prática, que se mantém a prática pedagógica do professor com
características renovada, reflexiva e transformadora. Libâneo (2000, p. 37) afirma que os professores
precisam ser críticos para compreender e analisar criticamente a sociedade, a política, as diferenças
sociais, a diversidade cultural, os interesses de classe, agir diante das situações escolares e, assim,
problematizar com os alunos o conhecimento. Ao dissertar sobre prática pedagógica que busca uma
transformação, ressalta-se a contribuição do educador Paulo Freire, enquanto professor
crítico/comprometido, que concebe a educação como um ato político, compreendendo -a como um
instrumento de luta que, em conjunto com as outras práticas sociais, está a serviço da transformação
da sociedade vigente.

62

SIMULADO COM QUESTÕES DE CONCURSO


Questão 01
Ensinar resulta em adotar procedimentos diferentes dependendo do tipo de conteúdo com que
se lida. A que se atribui a função de propor os melhores meios para tornar possíveis, efetivos
e eficientes esse ensino e essa aprendizagem?
A) Sistema.
B) Professores.

C) Escola.
D) Didática.
Ano: 2020 Banca: FAUEL Órgão: Prefeitura de Jaguapitã – PR Prova: Professor

Questão 02
A didática tem como objeto de estudo:
A) As ações docentes restritas ao Ensino Fundamental.

B) A teoria dissociada da prática docente.


C) A legislação educacional nos anos finais da Educação Infantil.
D) O processo de ensino na sua globalidade.

E) Os instrumentos avaliativos das séries de mudanças de níveis.


Ano: 2020 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Santiago do Sul – SC Prova: Professor

Questão 03
Leia os trechos de Schneider, In: Bacich, Tanzi e Trevisani (2015): “… Significa que as
atividades a serem desenvolvidas devem considerar o que o aluno está aprendendo, suas
necessidades, dificuldades e evolução – ou seja, significa centrar o ensino no aprendiz …
Acontece nos diferentes espaços escolares, entre eles – e talvez em primeiro lugar – a sala de
aula.”
Os trechos referem-se à presença do ensino híbrido no processo de otimização do espaço escolar
por meio
A) de portfólio individual.
B) da personalização do ensino.

C) de autonomia didática do aluno.


D) da tecnologia na educação.
E) da parceria entre professor e aluno.
Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Cananéia – SP Prova: Professor – Educação
Especial

63
Questão 04
O plano de ensino é um roteiro das unidades didáticas para o professor ministrar as aulas.
Desse modo, o plano de ensino deve ser composto por:

A) objetivos gerais, avaliação, princípios do professor, questões para provas e nome das disciplinas.
B) tempo, metodologias, biblioteca, leituras e atitudes do professor.
C) atividades extraclasse, calendário e sistema de organização da classe.
D) justificativa da disciplina, objetivos gerais e específicos, conteúdos, tempo, metodologias e
avaliação.
E) objetivos gerais e específicos, conteúdos, trabalho de grupo, provas e lançamento de notas.
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Novo Hamburgo – RS Prova:
Professor – Educação Básica I

Questão 05
Para Libâneo (1985), os enfoques sobre o papel da didática na atividade escolar variam de
acordo com as tendências pedagógicas. Uma dessas tendências refere-se à didática
assentada na transmissão cultural, concebendo o aluno como um ser receptivo/passivo,
atribuindo um caráter dogmático aos conteúdos e métodos da educação.
Assinale a alternativa correta da tendência pedagógica descrita.
A) Escolanovista.
B) Tradicional.

C) Sociopolítico.
D) Renovado-tecnicista.
E) Técnico-crítico.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Morro Agudo – SP Prova: Professor –
Educação Especial

Questão 06
A formação profissional é um processo pedagógico, intencional e organizado, de preparação
teóricocientífica e técnica do professor para dirigir competentemente o processo de ensino.
Nessa perspectiva, sobre a didática e a formação profissional do professor, assinale (C) para
alternativa CORRETA e (I) para alternativa INCORRETA:
( ) O processo didático efetiva a mediação escolar de objetivos, conteúdos e métodos das matérias
de ensino.

( ) A didática pode constituir-se em teoria da educação.


( ) A didática descreve e explica os nexos, relações e ligações entre ensi no e a aprendizagem;
investiga os fatores codeterminantes desses processos; indica princípios, condições e meios de
direção do ensino, tendo em vista a aprendizagem, que são comuns ao ensino das diferentes
disciplinas de conteúdos específicos.
( ) A didática se caracteriza como mediação entre as bases teórico-científicas da educação escolar e
a prática docente.

Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA:


64
A) C, I, C, C.
B) C, C, I, C.

C) C, C, C, C.
D) C, C, C, I.
E) I, I, C, C.
Ano: 2020 Banca: FAFIPA Órgão: Prefeitura de Arapongas – PR Prova: Professor – Educação
Física

Questão 07
O objeto da Didática diz respeito ao processo de compreensão, problematização e proposição
acerca do ensino, sendo este entendido como o processo de fazer aprender alguma coisa a
alguém, marcado pela mediação e pela dupla transitividade. Dessa forma, o processo de
ensinar incorpora em si mesmo o processo de aprender, constituindo-se como um único
processo com movimentos distintos (ensinagem e aprendizagem), porém indissociáveis.
Trata-se de favorecer ao professor em formação e em atuação condições de propor formas de
mediação da prática pedagógica, fundamentadas por concepções que permitam situar a
função social de tais mediações. Não se trata, pois, de enfatizar o como fazer, porém o como
fazer (mediação) em articulação ao por que fazer (intencionalidade pedagógica), condição
intrínseca da Didática fundamental.

(Adaptado de: CRUZ, G. B.; André, M. E. D. A. “Ensino de didática: um estudo sobre concepções e
práticas de professores formadores”. Educação em Revista, vol. 30, n. 4, out.-dez. 2014.)
Na situação exposta pelo texto,

A) dupla transitividade corresponde à definição didática de que o professor ensina e o aluno aprende.
B) concepções que permitam situar a função social de tais mediações (linhas 5 e 6) é equivalente à
intencionalidade pedagógica implicada na didática.
C) propor formas de medição da prática pedagógica (linha 5) significa que o professor mediador é
aquele que propõe formas de mediação de conflitos no ambiente pedagógico.
D) como fazer e por que fazer constituem dois movimentos dissociados na aprendizagem de um
conteúdo.

E) o professor em formação deve aprender técnicas de mediação eficientes em qualquer situação de


aprendizagem.
Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Pedagogo

Questão 08
O conhecimento sobre as didáticas específicas – verdadeira matéria-prima do trabalho do
professor – existe e começa a ser incorporado às escolas. Hoje, sabe-se que os alunos sempre
têm alguma, ou muita, informação sobre o objeto de ensino que será trabalhado em classe.
Portanto, é preciso levar isso em conta na hora de planejar e propor atividades – em vez de
ficar simplesmente reproduzindo um mesmo método como se a turma fosse 100% homogênea,
tanto em termos de conhecimentos prévios, como na capacidade de avançar.
Ou seja, há didáticas específicas porque não apenas o jeito de ensinar Geografia é diferente do de
ensinar História, por exemplo, mas porque:

A) cada área do conhecimento tem uma estrutura diferente que requer atividades de ensino também
diferentes. 65

B) as possibilidades de suporte pedagógico são metodologicamente diferentes para cada disciplina.


C) os conteúdos têm que ser adequados de maneira a homogeneizar as metodologias de ensino.

D) devem-se utilizar metodologias diferentes para cada turma, mesmo estas sendo de séries
equivalentes.
E) dentro da própria disciplina há formas mais eficientes de trabalhar cada conteúdo.
Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Linhares – ES Prova: Técnico Pedagógico

Questão 09
Para Lerner (2002), uma das formas para conciliar as necessidades inerentes à instituição
escolar com o propósito educativo de formar leitores e escritores, o possível é gerar
condições didáticas que permitam por em cena uma versão escolar da leitura e da escrita mais
próxima da versão social dessas práticas. Para tal, a autora sugere, como uma das
possibilidades,
A) o teatro introduzido na escola.
B) os saraus, contemplando toda comunidade.
C) as histórias em quadrinhos.
D) os projetos de produção-interpretação ou trabalho por projeto.
E) o jornal falado e escrito.
Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Piracicaba – SP Prova: Professor de Ensino
Fundamental

Questão 10
Analise as afirmativas a seguir:
I. Expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-la com eficácia em instâncias
públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos coerentes e coesos, é um dos objetivos do
ensino de língua portuguesa no Ensino Fundamental.

II. A didática é a sistematização e a racionalização do ensino, constituída de métodos e técnicas de


ensino de que se vale o professor para efetivar a sua intervenção no comportamento do estudante.
Ou seja, a didática tem como objetivo ensinar métodos e técnicas que possibilitem a aprendizagem
do aluno por parte do professor ou instrutor.
III. Quando se pretende que o aluno construa o conhecimento, a intervenção pedagógica do professor
tem valor decisivo no processo de aprendizagem e, por isso, é preciso avaliar sistematicamente se a
intervenção está adequada, se está contribuindo para as aprendizagens que se espera alcançar.
Marque a alternativa CORRETA:
A) Nenhuma afirmativa está correta
B) Apenas uma afirmativa está correta

C) Apenas duas afirmativas estão corretas


D) Todas as afirmativas estão corretas
Ano: 2020 Banca: ADM&TEC Órgão: Prefeitura de Gravatá – PE Prova: Professor – Língua
Portuguesa
66

GABARITO:
1. D
2. D
3. B
4. D
5. B
6. A
7. B
8. E
9. D
10. D
67

Capítulo 6 – Componentes do Processo de


Ensino Aprendizagem

Entendemos por aula toda situação didática na qual põem objetivos, conhecimentos,
problemas, desafios com fins instrutivos e formativos, que incitam as crianças e
jovens a aprender. Cada aula é única, pois ela possui seus próprios objetivos e
métodos que devem ir de acordo com a necessidade observada no educando. O
planejamento de ensino e a aula é norteada por uma série de componentes, que vão
conduzir o processo didático facilitando tanto o desenvolvimento das atividades
educacionais pelo educador como a compreensão e o entendimento pelos indivíduos
em formação; ela deve, pois, ter uma estruturação e organização, a fim de que sejam
alcançados os objetivos de ensino. Ao preparar uma aula o professor deve estar
atento às quais interesses e necessidades almejam atender, o que pretende com a
aula, quais seus objetivos e o que é de caráter urgente naquele momento. Sendo
assim a organização e estruturação didática da aula têm por finalidade proporcionar
um trabalho mais significativo e bem elaborado para a transmissão dos conteúdos.
O estabelecimento desses caminhos proporciona ao professor um maior controle de
processo e aos alunos uma orientação mais eficaz, que vá de acordo com previsto.

A RELAÇÃO PROFESSOR\ALUNO
68

Entre os elementos que se deve considerar no processo de planejamento de ensino


é imprescindível considerar para que haja sucesso no ensino e aprendizagem é
possível haver a relação professor e aluno para que a aprendizagem seja
significativa. Desse modo “a relação educador e educando não deve ser uma relação
de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de
69

crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de
construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um
individuo mais experiente. ” (VIGOTSKI)

ASPECTOS RELAÇÃO PROFESSOR\


ALUNO

Aspecto Forma de ensinar o conteúdo.


Cognoscitivo Professor deve conhecer o grau de conhecimento de seus seus alunos;
Ter domínio.

Relações socioafetivas.
Aspectos Existe dialogo
Socioemocionais Vínculos afetivos

CESPE\CEBRASPE – SEE\DF – CARGO – PROFESSOR ATIVIDADES - Tendo em vista que a


interação professor\aluno, crucial para a relação pedagógica e para a efetivação do processo ensinar -
aprender é permeado por dois aspectos, o cognoscitivo e o socioemocional, julgue o item a seguir, a cerca
da relação professor\aluno. A exigência de que o professor trace objetivo, organize o planejamento da
aula e busque formas de estabelecer uma comunicação que garanta a apr endizagem efetiva está
diretamente relacionada aos aspectos socioemocional.

ERRADO

Análise da questão

A banca inverteu as perspectivas de relação professor e aluno, para induzir o candidato ao erro, fique
atento! Essas características correspondem aos aspectos cognoscitivos, pois seu objetivo é o
70

planejamento das ações que serão realizadas com vista a alcançar o resultado que é a aprendizagem
dos alunos, em detrimento dos aspectos socioemocionais que correspondem as relações pessoais
estabelecidas entre o educador e a turma, a afetividade e o diálogo são características da perspectiva de
relação professor\aluno socioemocional.

COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Agora que entendemos os elementos que deve se dar importância no processo de Planejamento de
ensino do docente, vamos entender melhor a função de cada componente que faz parte desse
planejamento e do processo de ensino e aprendizagem.

OBJETIVOS GERAIS

Se refere ao resultado que pretendo alcançar com a prática docente com apoio dos componentes que
compõem o planejamento de ensino, é a primeira definição dentro de um planejamento, pois visa alcançar
um objetivo, é um norte, um rumo a seguir.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

É o momento de detalhamento dos objetivos gerais, ou seja, fazer levantamentos de cada objetivo que
se quer alcançar, está relacionado aos alunos e o resultado que esperamos alcançar em relação aos
educandos, o que queremos ensinar e aprender.

CONTEÚDOS

É o componente o qual se define que conteúdos queremos incluir no processo de ensino e aprendizagem,
lembrando que conteúdos não se restringe a uma lista de conteúdos inseridas em uma grade curricular,
é conjunto de experiência, conjunto de conteúdos cognitivos e simbólicos, segundo Antônio Zabala os
conteúdos podem ser divididos em factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais.

tipologia de conteúdos educacionais de acordo com ZABALA, 2010:

Conteúdos factuais

“por conteúdos factuais se entende o conhecimento de fatos, acontecimentos, situações, dados e


fenômenos concretos e singulares: a idade de uma pessoa a conquista de um território, a localização ou
altura de uma montanha, os nomes, os códigos, os axiomas, um fato determinado num determinado
momento, etc.” Por muitas vezes esse conteúdo tem caráter arbitrário, portanto não necessitam de uma
compreensão, aprende-se pela cópia e memorização.( ZABALA, 2010, p.41),

Conteúdos conceituais e princípios “os conceitos e os princípios são termos abstratos. Os conceitos se
referem ao conjunto de fatos, objetos ou símbolos que têm características comuns, e os princípios se
referem às mudanças que produzem num fato, objeto ou situação em relação a outros fatos, objetos ou
situações que normalmente descrevem relações de causa-efeito ou de correlação.” (ZABALA, p.42, 2010).

Conteúdos procedimentais “um conteúdo procedimental (...) é um conjunto de ações ordenadas e com
um fim, quer dizer, dirigidas para a realização de um objetivo. São conteúdos procedimentais: ler,
71

desenhar, observar, calcular, classificar, traduzir, recortar, saltar, inferir, espetar, etc.” (ZABALA, 1998,
p.43)

Objetivos da tipologia de conteúdos estudada por ZABALA:

Conteúdos factuais e conceituais: Identificar, reconhecer, classificar, descrever, comparar, conhecer,


explicar, relacionar, situar (no espaço ou no tempo), lembrar, analisar, inferir, generalizar, comentar,
interpretar, tirar conclusões, esboçar, indicar, enumerar, assinalar, resumir, distinguir, aplicar.

Conteúdos procedimentais: Manejar, confeccionar, utilizar, construir, aplicar, coletar, representar,


observar, experimentar, testar, elaborar, desenhar, simular, demonstrar, reconstruir, planejar e executar.

Conteúdos atitudinais: Comportar-se (de acordo com), respeitar, tolerar, apreciar, ponderar (positiva
ou negativamente), aceitar, praticar, ser consciente de, reagir a, conformar-se com, agir, conhecer,
perceber, estar sensibilizado, sentir, prestar atenção à, interessar por, obedecer, permitir, preocupar-se
com, deleitar-se com, recrear-se, preferir, inclinar-se a, ter autonomia, pesquisar, estudar. O termo
conteúdos atitudinais engloba valores, normas e atitudes. (ZABALA, 1998, p.43) Os tipos de conteúdos
estão geralmente associados a verbos que caracterizam habilidades e competências (BERNINI, 2012).

Na área meio ambiente, todos os tipos de conteúdos são importantes, mas destacam-se os atitudinais.
São necessárias a conscientização e mudança de postura em relação aos problemas ambientais. Existe
a preocupação em promover o desenvolvimento de valores e atitudes em prol de uma sociedade pautada
por novos patamares civilizacionais (LOUREIRO, 2009; GUIMARÃES, 2010).

Ano 2017 Banca CESPE Órgão: SEDF

Ao realizar o planejamento o professor deve pensar e estruturar um conjunto de objetivos e conteúdos


que devem ser trabalhados no decorrer do período previsto no planejamento. São eles (conteúdos reais,
conceituais, procedimentais, e atitudinais.

Análise da questão

O erro está em conteúdos reais, este não faz parte da tipologia de conteúdos definida por Zaballa, o certo
seria conteúdos factuais no qual é identificar, classifica ou descrever algo, algum assunto que é estudado,
o conhecimento de fatos, acontecimentos, situações, dados e fenômenos concretos e singulares na
maioria das vezes não precisa entender o assunto mais sim decorá-lo.
72

Os conteúdos e suas tipologias são importantes no planejamento de ensino, cabe ao professor


escolher qual se adequa melhor na realidade dos educandos, em seu contexto social.
Lembrando que os objetivos devem ser o primeiro a ser definido no processo de planejamento
de ensino, sendo eles gerais, mas amplos, e específicos, de acordo com as necessidades de
aprendizagem dos alunos, posteriormente se define os métodos que serão utilizados e seus
recursos para operacionalização do método, lembrando que os recursos podem ser encontrados
não só em sala de aula, visto que a aprendizagem vai além dos espaços escolares.
Nesse sentido podemos encontrar recursos em visitas em espaços históricos e geográficos
como museus, teatros e etc. posteriormente o componente que deve definir é a avaliação, ou
seja, como avaliar, visto que na visão progressista transformadora de educação é possível
avaliar sem visar a classificação, a retenção dos educandos, visando uma avaliação formativa
que considera o processo e o resultado como crucial no sucesso escolar. Vimos que dentro do
planejamento de ensino, do docente, existem elementos que devem ser levados em
consideração para que o processo aconteça, são eles: o aluno como centro do processo, a
aprendizagem o qual se concretiza na relação professor\ aluno, tendo duas perspectivas a
cognoscitiva que correspondem a organização do planejamento do professor, traçando objetivos
e conteúdos e a perspectiva socioemocional é o conhecimento que se constrói coletivamente
através das relações de afetividade e diálogo.
Para que ocorra um processo de ensinar e aprender a aprendizagem é organizada em dois
momentos, sendo elas aprendizagem casual e organizada. A respeito da aprendizagem casual
não é intencional e ocorre em diferentes espaços sociais o qual o educando está inserindo,
formando suas experiências de vida e de mundo. A aprendizagem organizada ocorre com a
contribuição dos saberes escolares, o professor é um mediador no processo, ajudando o
educando a organizar a aprendizagem casual que já possuía com a aprendizagem organizada
articulada sistematicamente com os conteúdos escolares.
73

1- Faz parte do planejamento de ensino selecionar material didático, identificar tarefas a serem
executadas pelo professor e pelos alunos e replanejar o trabalho docente conforme situações ocorridas
nas salas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2- O planejamento de ensino deve ser rígido e absoluto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3- O processo de ensino e aprendizagem exige planejamento, preparação e escolha de caminhos


metodológicos que visem á realização de uma ação educativa político social neutra.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4- A tipologia dos conteúdos defende que para que os conteúdos a serem ensinados em sala de aula se
diferenciem da forma tradicional é preciso pensar em um conjunto de aprendizagens que sejam
designadas como factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. Os conteúdos conceituais
relacionam-se conceitos propriamente ditos e referem-se ao conjunto de fatos objetos ou símbolos que
possuem características comuns.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5- O plano de ensino deve ter coerência quanto a seus objetivos e aos meios para alcançá-los.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6- Os elementos constituintes, os objetivos e os conteúdos de um planejamento de ensino devem,


obrigatoriamente, estar interligados, mas as estratégias, não, pois estas são flexíveis.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7- Os objetivos específicos dosam o grau de dificuldades dos conteúdos que serão trabalhados na prática
pedagógica, de forma a explicitar, também, os resultados a serem atingidos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

8- Os objetivos gerais e específicos do planejamento de ensino não precisam necessariamente estar


vinculados entre si.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9- Considera-se recurso didático todo material audiovisual utilizado pelo professor no processo de ensino
e aprendizagem exceto passeio e visitas a museus e zoológicos, que são atividades pedagógicas
vivenciais.

( ) CERTO ( ) ERRADO
74

10- Os métodos de ensino são ações por meio das quais os professores organizam as atividades de
ensino com o intuito de atingir objetivos. Considerando essa informação, assinale a alternativa correta.

A) Os métodos de ensino adotados em sala de aula independem dos objetivos.


B) O método de ensino deve corresponder á necessária unidade: objetivos;
C) Conteúdos; métodos; e formas de organização do ensino;
D) Os métodos de ensino independem dos conteúdos e das disciplinas, por isso todos os métodos
podem ser utilizados em qualquer conteúdo.

11- O planejamento de ensino corresponde ao conjunto de ações previsto para ser desenvolvido pelos
professores com a colaboração dos alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

12- A avaliação formativa deve ser utilizada ao longo do ano letivo, permitindo o acompanhamento
contínuo do processo de aprendizagem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

13- Entre os componentes do processo ensino e aprendizagem, envolvendo docente e aluno, temo: o
, que deve responder a pergunta: “Para que ensinar? Os , que deve
responder a pergunta: “O que aprender” ?; e o , que deve responder a pergunta: ”Com o quê
aprender?” Assinale a opção cujo os itens completam corretamente as lacunas do fragmento acima. A -
recursos, conteúdos, objetivos B- objetivo, conteúdo, recurso C- recurso, conteúdo, método

1- RESPOSTA CERTA

O planejamento existe para que se organize previamente o que será feito na prática docente, como:
selecionar o material de didático com vista a atender as necessidades dos educandos, replanejar seu
trabalho docente para que haja sucesso escolar no ensino e aprendizagem.

2- RESPOSTA ERRADA

A questão não trouxe em uma perspectiva tradicional o qual é planejamento é rígido e absoluto, abordou
de forma ampla o qual o planejamento deve ser flexível e pode ser alterado e adaptado para atender as
necessidades do educando o qual é o foco principal no processo de ensino e aprendizagem.

3- RESPOSTA ERRADA

O processo de ensino e aprendizagem exige planejamento, preparação e escolha de caminhos


metodológicos que visem á realização de uma ação educativa, porém nenhum planejamento não é neutro
nem mesmo o planejamento tradicional pois visa alcançar um objetivo, ou seja é intencional.

4- RESPOSTA CERTA
75

Para que ocorra a diferença entre ensinar de forma tradicional é preciso pensar em conjunto de conteúdos,
Zabala trouxe esse conjunto de conteúdos como factuais, conceituais, procedimentais 69 e atitudinais.
Os conteúdos conceituais se relacionam a conjunto de fatos, objetos ou símbolos situações que
normalmente descrevem relações de causa-efeito ou de correlação.

5- RESPOSTA CERTA

Para que se possa iniciar um planejamento é imprescindível que se defina inicialmente o componente
objetivo, pois nele se define quais os resultados se quer alcançar com o processo de ensino e
aprendizagem. Não se pode planejar sem definir primeiramente um objetivo um norte a seguir.

6- RESPOSTA ERRADA

Todos os elementos devem estar interligados no planejamento de ensino até mesmo as estratégias que
fazem parte da metodologia, ou seja, todos os componentes devem estar interligados, sendo assim se
um componente faltar haverá defict no planejamento causando fracasso no ensino e aprendizagem.

7- RESPOSTA CERTA

Os objetivos gerais vão definir quais resultados se quer alcançar, em se tratando dos objetivos
específicos dosam o grau de dificuldades dos conteúdos que serão trabalhados durante o processo, ou
seja, como será a dificuldade para resolver ou elaborar a atividade, visando alcançar um objetivo.

8- RESPOSTA ERRADA

Como falamos todos os componentes do processo de ensino e aprendizagem devem estar articulados
entre si, nesse sentido os objetivos gerais devem necessariamente estar vinculados entre si.

9- RESPOSTA ERRADA

Os recursos didáticos não são somente encontrados na escola, mas precisamente na sala de aula,
podemos encontrar recursos didáticos além da instituição escolar, como visitas a museus e zoológicos,
teatros e outros locais que possam contribuir e facilitar a compreensão da experiência escolar, ou seja
conteúdo.

10- Letra B

O método de ensino deve corresponder á necessária unidade objetivos, ou seja, os objetivos vêm
inicialmente e posteriormente se define o método que será utilizado para a concretização dos objetivos.

11- RESPOSTA CERTA

Muitos candidatos que não conhecem a profundo os estudos sobre planejamento acabam errando
questões como essa, ou seja, que o planejamento é realizado somente pelo professor, porém o
planejamento de ensino é realizado pelo professor com a colaboração dos alunos, pois as necessidades
dos educandos devem ser sanadas de acordo com o planejamento de ensino.

12- RESPOSTA CERTA

A avaliação formativa, ocorre durante todo o processo, seus aspectos são qualitativos sobre os
quantitativos, podem ser avaliados através de portfólios de registros da criança, das atividades do
caderno, atividades realizadas dentro e fora da sala de aula, a participação dos alunos e em grupo na
realização das atividades e projetos, lembrando que a avaliação formativa visa formar os alunos em sua
76

integralidade, não tem como objetivo a classificação a retenção e seleção dos educandos mais sim a
formação da cidadania e suas multidimensionalidade como todo.

13- letra B (objetivo, conteúdo, recurso)

Entre os componentes do processo ensino e aprendizagem, envolvendo docente e aluno, temos: o


OBJETIVO, que deve responder a pergunta: “Para que ensinar? Os CONTEÚDOS, que deve responder
a pergunta: “O que aprender” ?; e o RECURSO, que deve responder a pergunta: ”Com o quê aprender?

Vamos revisar o que aprendemos sobre os componentes do planejamento de ensino crucial para
o processo de ensino e aprendizagem: Primeiramente traçamos os objetivos que se quer
alcançar, ou seja, o resultado, a definição dos objetivos nos remete a pergunta sobre: Para que
ensinar Todos os elementos devem estar articulados uns aos outros e primordialmente aos
objetivos, pois sem objetivos não há definição de um rumo a seguir para o alcance do resultado
final. A metodologia é definida conforme os objetivos a serem alcançados, desse modo devem
selecionar quais os recursos melhores que facilitaram o processo de ensino e aprendizagem,
lembrando que os recursos não se restringem somente a livros didáticos, podendo ser
explorados tanto na escola como fora da instituição. A avaliação é o último componente crucial
para a verificação do que foi ensinado e aprendido, serve para avaliar o aluno, o que ele
aprendeu, e a prática docente para que possa ser revista se necessário o planejamento com a
finalidade de adequar as necessidades reais de aprendizagem dos educandos. Lembre-se
sempre, todos os componentes devem estar articulados e devem ser abordados dentro do
planejamento de ensino.
77

Plano de Aula

O plano de aula é um detalhamento do plano de ensino. As unidades e subunidades (tópicos) que foram
previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A
preparação de aulas é uma tarefa indispensável e , assim como o plano de ensino, devem resultar em um
documento escrito que servirá não só para orientar ações do professor como também para possibilitar
constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as profissões o aprimoramento
profissional depende de acumulação de experiências conjugando a prática e reflexão criteriosa sobre ela,
tendo em vista uma prática constantemente transformadora para melhor.

Ao adentrar em uma sala de aula o professor deve sempre ter em mente o que irá lecionar para aquela
turma, ele deve saber o conteúdo, de que maneira vai abordar o assunto, quais os recursos didáticos
necessários para aquela aula e, acima de tudo, ter uma aula bem preparada. Todo esse preparo tem um
nome específico e chama-se plano de aula. Um plano de aula é um instrumento de trabalho do professor,
nele o docente especifica o que será realizado dentro da sala, buscando com isso aprimorar a sua prática
pedagógica bem como melhorar o aprendizado dos alunos.

O plano de aula funciona como um instrumento no qual o professor aborda de forma detalhada as
atividades que pretende executar dentro da sala de aula, assim como a relação dos meios que ele utilizará
para realização das mesmas. De maneira bem sintetizada pode-se dizer que o plano de aula é uma
previsão de tudo o que será feito dentro de classe em um período determinado. É importante lembrar ao
professor que a elaboração de um plano de aula não o isenta de preparar as aulas a serem ministradas,
pelo contrário, ele deve sempre preparar uma boa aula, apresentando um esquema e uma sequência
lógica dos temas trabalhados.

Um plano de aula tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo programático que será
trabalhado durante uma única aula diferente do plano de ensino o qual é pensado para um determinado
período letivo, bimestre o semestre este diferente do plano de aula que ainda deverá constar o número
de aula e o tempo necessário para cada assunto abordado dentro da disciplina. É importante ressaltar
que o plano de aula deve ser encarado como uma necessidade e não como exigência ou obrigação
imposta pela coordenação do colégio.

De acordo com Libâneo “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto
a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um
instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado,
tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite
de alterações.

Porém, apesar da grande importância do planejamento de aula, muitos professores optam por aulas
improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as
atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim, compatibilidade com o tempo
disponível.

Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão:


78
 clareza e objetividade;
 Atualização do plano periodicamente; 
 Conhecimento dos recursos disponíveis da escola; 
 Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado; 
 Articulação entre a teoria e a prática; 
 Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-
aprendizagem; 
 Sistematização das atividades com o tempo;
 Flexibilidade frente a situações imprevistas; 
 Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre
outros;
 Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes. 

Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas,
poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a
realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o
conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão, esses se tratam de recursos que
facilitaram o processo de ensino e aprendizagem pensado para uma aula.

Segundo Libâneo: “O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
atividades em termos de organização e coordenação em face dos objetivos, propostos, quanto a sua
revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Nesse caso, não é diferente com o plano de
aula, pois nele esta constituído todos os componentes que é abordado também no planejamento de ensino
como: objetivos, conteúdos, metodologias, recursos e avaliação, porém pensado para uma únicaaula,
para que haja organização da prática docente em sala de aula, ou seja, na rotina diária. Pois não existe
planejamento neutro, é político no sentido de ser intencional.

Existe uma diferença entre planejamento e plano, o planejamento é a prática de planejar as ações
previstas para alcançar resultado. Diferente do plano que é um documento, expressando o trabalho que
será realizado para alcançar esses resultados, o sucesso escolar.

Para entendermos melhor sobre o Plano de aula vamos abordar os planejamentos que já estudamos
anteriormente em sequência e conhecer os planejamentos que ocorrem na instituição de ensino (escola)
e a diferença entre esses planejamentos e o plano:
79

Planejamento Curricular Plano de Curso

Se refere a ação de planejar, mas É um documento pensado para um


especificamente o currículo, tipo de curso, série\ano como, por
conteúdos, conjunto de exemplo: um plano de curso para o
experiências esse planejamento 1º ano do ensino fundamental, 1º
dos currículos se materializa ano do ensino médio, 1º semestre
dentro do Projeto Politico do curso de pedagógica. Diferente
Pedagógico (PPP), onde será do planejamento curricular que é
selecionados os conjuntos de pensado para um determinado
conteúdos cognitivos e simbólicos período letivo, semestre ou
que faram parte no processo de bimestre o plano de curso é um
ensino e aprendizagem. Entende- documento pensado para um tipo
se por currículo como o conjunto de série, ano ou até mesmo
de experiências, não se semestre de uma faculdade. Nele
restringindo a um conteúdo se define integração sequencial dos
absoluto expresso em uma conteúdos didáticos, detalhamento
disciplina existente em uma grade da proposta pedagógica pensada
curricular. para o curso, objetivos gerais e
específicos pensados para um tipo
de curso, ano ou série.

Planejamento de Ensino
Plano de Ensino
Se refere a ação do
planejamento docente ( do
É o documento do que
professor)e nele consta todos
foi definido no
os componentes que farão
planejamento de ensino,
parte do processo de ensino e
pode ser chamado de
aprendizagem, sendo eles:
unidade didática, onde o
objetivos gerais, objetivos
docente define quais
específicos, conteúdos,
conteúdos serão
métodos\estratégias, recursos
ensinados e aprendidos
e avaliação. Lembrando que
em uma ordem lógica,
todos esses componentes
podendo ser adaptados
estão articulados e devem
e alterados para atender
obedecer a sua ordem de
as necessidades dos
definição para que haja
educandos.
sucesso.
80
Planejamento Escolar Plano da Escola

Se refere a ação de planejar, É um documento escrito, se


ocorre com a participação da refere ao PPP da escola, Projeto
comunidade escolar, ou seja, político pedagógico, na literatura
pais, alunos, professores, brasileira, os objetivos do PPP se
coordenadores, orientadores, apresentam de diferentes
gestores e os órgãos colegiados, formas, entre elas: consolidar a
grêmios estudantis, associação autonomia das escolas; articular
de pais e mestres, conselho de concepções de mundo, de
classe, conselho escolar. Juntos educação e de ensino definidas
vão definir a identidade da pela escola, com o propósito de
escola, respondendo as seguintes realizar sua função social;
perguntas: onde estamos o que fortalecer a gestão democrática
queremos, onde queremos nas escolas, com o proposito de
chegar. Através de marcos como, realizar sua função social; afirmar
conceitual, situacional e a identidade da escola, sua
filosófico. organização, suas metas e seus
planos..

Planejamento de Aula Plano de Aula

É o documento que define o


É a ação de planejar o que
planejamento pensado para
será realizado em uma aula,
uma aula, planejar uma rotina
sendo específico para
diária que pode ser dentro ou
organizar a rotina diária da
fora dos espaços escolares
prática docente e facilitar o
com a mediação dos
ensino e aprendizagem de
docentes. Assim como o plano
uma aula. Algumas escolas
de ensino se define os
substituem um plano de aula
componentes, o plano de aula
pela sequência didática, pois
também possui componentes:
nela também se define os
objetivos, conteúdos,
conteúdos porém em uma
metodologias, recursos,
ordem sequencial,
avaliação. Porém esses
considerando o nível de
componentes são definidos
aprendizagem dos educandos.
para uma única aula.
81

Agora que entendemos que o planejamento escolar, de ensino, de aula se referem a ação de planejar o
que se espera alcançar, os planos de ensino, de curso e de aula se refere a um documento onde são
definidas as suas intencionalidades.

PLANEJAMENTO É A AÇÃO DE PLANEJAR A PRÁTICA DOCENTE

PLANO É O DOCUMENTO ONDE SE MATERIALIZA O PLANEJAMENTO

Lembrando que o planejamento não deve ser feito com a finalidade de apenas obedecer as normais
expressas nas legislações para posteriormente ser engavetado ou silenciado, visto que o planejamento
norteia a prática docente, o ensino e a aprendizagem e alcançar o sucesso escolar.

Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser como guia de orientação e
devem apresentar ordem sequencial, objetividade, coerência, flexibilidade.

Ordem sequencial dos planos

1º PLANO DA ESCOLA (PPP)

É um documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações da
escola com o sistema escolar mais amplo e, de outro, as ligações do projeto político pedagógico da escola
com os planos de ensino propriamente ditos.

2º PLANO DE CURSO

Vimos anteriormente que é um documento pensado para um tipo de curso, série\ ano como por exemplo:
um plano de curso para o 1º ano do ensino fundamental, 1º ano do ensino médio, 1º semestre do curso
de pedagógica. Diferente do planejamento curricular que é pensado para um determinado período letivo,
semestre ou bimestre o plano de curso é um documento pensado para um tipo de série, ano ou até mesmo
semestre de uma faculdade. Nele se define integração sequencial dos conteúdos didáticos, detalhamento
da proposta pedagógica pensados para o curso, objetivos gerais e específicos pensados para um tipo de
curso, ano ou série.
2º PLANO DE ENSINO
82
Ou plano de unidade didática é a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente para o ano ou
semestre; é o documento maios elaborado, dividindo por unidades sequenciais, no qual aparecem
objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimentos metodológicos.

3º PLANO DE AULA

Como falamos anteriormente, é o detalhamento do plano de ensino, porém pensado para uma aula, as
unidades que foram prevista em linhas gerais, plano de ensino, são previstas agora especificadas e
sistematizadas para uma única aula, com vista a organizar os conteúdos, tempos e espaços escolares.

Entendendo melhor o plano de curso

O Plano de Curso corresponde a um documento no qual é descrito o trabalho a ser realizado por docente
e discente em determinado período letivo, é um instrumento de trabalho que possui o objetivo de
referenciar os conteúdos, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas no
processo de ensino-aprendizagem concernentes às unidades. Entendendo melhor o plano de curso
escolares. Sejam estas de ensino fundamental e médio, instituições de ensino superior e cursos técnicos
de qualquer nível. A confecção do plano deve ocorrer na presença do grupo pedagógico da unidade
escolar, atendendo à característica interdisciplinar e contextualizada estabelecida pelas (DCNs) Diretrizes
Curriculares e BNCC). A construção desse material gera entre os profissionais uma nova postura,
ocasionando debates voltados para a satisfação em promover ações norteadoras, visando a um melhor
nível de ensino dos conteúdos programáticos. Constituído, o plano de curso orienta o profissional no
decorrer das atividades escolares, sequenciando os conteúdos primordiais, os eventos escolares, os
materiais a serem utilizados, os procedimentos avaliativos, entre outros. Devido à evidência do processo
organizacional desse instrumento, as instituições educacionais vêm exigindo de seus colaboradores, a
elaboração do mesmo.

O plano de curso precisa conter no mínimo as seguintes orientações:

 Integração sequencial dos conteúdos didáticos.


 Detalhamento da proposta pedagógica. 
 Listagem dos materiais a serem utilizados.
 As formas de avaliação individual e coletiva. 
 Objetivos gerais.
 Objetivos específicos.
 Conclusão.

Portanto devemos salientar que o plano de curso é um instrumento flexível, pois no decorrer do ano letivo,
de acordo com o surgimento de novas situações metodológicas, estas poderão ser inseridas e registradas.
Algumas unidades escolares adotam dois tipos de trabalho, um ligado à coletividade de todos os
professores e outro individual, o qual fornece as particularidades de cada disciplina.
83

Aprendemos que o plano de aula é o detalhamento do plano de ensino e que ambos possuem
os mesmos componentes que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem. Sendo eles os
objetivos, conteúdos, métodos, avaliação. Lembrando que o planejamento de ensino é para determinado
período letivo, semestre ou bimestre e que o plano de aula é para uma única aula. Desse modo o plano
de aula busca orientar a prática docente na rotina diária, organizando o tempo e espaços escolares, os
recursos didáticos a serem usados na aula, organizar as atividades que serão realizados durante a aula.

Vimos a diferença de planejamento e de plano, sendo o primeiro uma ação de planejar resultados que
queremos alcançar, e o segundo sendo um documento no qual se materializa o planejamento. Nesse
sentido o planejamento é a ação e o plano é um documento na qual se materializa o planejamento,
lembrando que o plano não pode se restringir a obedecer uma norma de fazer um documento para ser
posteriormente silenciado e esquecido, mas sim para fazer cumprir o que está previsto no plano com o
objetivo de alcançar o sucesso escolar e a melhoria doo trabalho pedagógico.

Falamos também sobre o plano de curso o qual é previsto para uma determinada turma, como por
exemplo: 1º ano do ensino fundamental, 1º ano do ensino médio, 1º semestre do curso de pedagogia. Se
refere a materialização do planejamento no plano de um curso determinado. Posteriormente falamos
sobre o plano de unidade didática que é a mesma nomenclatura chamada plano de ensino, visa seguir
uma sequência ordenada de conteúdos, elevando seus níveis e graus de dificuldades para que o aluno
possa compreender e colocar em prática tudo que envolveu dentro do processo de ensino e
aprendizagem, muitas instituições de ensino adotam o plano de ensino também chamado plano de
unidade didática no lugar do plano de aula pois facilita o processo de ensino e aprendizagem em
sequência didáticas de aulas, mas lembre-se o plano de aula também facilita a execução da prática
docente tanto dentro como fora dos espaços escolares. Todos os planejamentos buscam alcançar um
resultado positivo em relação a aprendizagem dos educandos e que o plano é a materialização desses
planejamentos em forma de documentos que posteriormente servem de consulta aos docentes para que
realizem sua prática docente, os alunos também participam na elaboração dos planejamentos, quando
expressam suas dificuldades e dúvidas estão contribuindo para que o professor identifique quais os
conjuntos de experiências que faram parte dos planos para serem executados posteriormente.

Portanto, planejar não é algo burocrático e nenhum planejamento é neutro, pois possuem uma
intencionalidade, possuem uma escolha teórico metodológica, nem mesmo o método tradicional de
ensino, pois possuem a intencionalidade de conservar a sociedade.
84

Capítulo 7 - Componente do planejamento


“Avaliação”

Em se tratando de conceito etimológico de avaliação se refere a um substantivo feminino que significa ato
de avaliar, ou remete para efeito essa avaliação. Pode ser sinônimo de estimativa ou apreciação. Uma
avaliação pode ser a estimativa do valor de alguma coisa ou de algum trabalho. No mercado imobiliário,
por exemplo, uma avaliação é feita por um avaliador e consiste no valor comercial de uma propriedade.

Segundo Cipriano C. Luckesi, a avaliação é uma análise quantitativa dos dados relevantes do processo
de ensino aprendizagem que auxilia o professor na tomada de decisões. Os dados relevantes aqui se
referem as ações didáticas. Com isto, nos diversos momentos de ensino a avaliação tem como tarefa: a
verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa.

Conceitos de autores importantes, mais cobrados em provas!

Para Vasconcellos (1995) “a avaliação é, na prática, um entulho contra o qual se esboroam muitos
esforços para pôr um pouco de dignidade no processo escolar”.

LIBÂNEO, 1994, P. 195 A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume a realização de provas e
atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma
apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-didáticas, de diagnostico e de
controle em relação as quais se recorrem a instrumentos de verificação do rendimento escolar. (LIBÂNEO,
1994, p. 195)

(GIL, 2006, p. 247). “Constitui-se num levantamento das capacidades dos estudantes em relação aos
conteúdos a serem abordados, com essa avaliação, busca-se identificar as aptidões iniciais,
necessidades e interesses dos estudantes com vistas a determinar os conteúdos e as estratégias de
ensino mais adequadas

Kraemer (2006) avaliação vem do latim, e significa valor ou mérito ao objeto em pesquisa, junção do ato
de avaliar ao de medir os conhecimentos adquiridos pelo individuo. È um instrumento valioso e
indispensável no sistema escolar, podendo descrever os conhecimentos, atitudes ou aptidões que os
alunos apropriaram. Sendo assim a avaliação revela os objetivos de ensino já atingidos num determinado
ponto de percurso e também as dificuldades no processo de ensino

A avaliação é essencial á educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização,


questionamento, reflexão sobre a ação.

Um professor que não avalia constantemente a ação educativa, no sentido indagativo, investigativo, do
termo, instala sua docência em verdades absolutas, pré-moldadas e terminais. (p. 17)
85

A avaliação é reflexão transformada em ação. Ação essa que, nos impulsiona para novas ref lexões.
Reflexão permanente do educador sobre a realidade, e acompanhamento, passo a passo do educando,
na sua trajetória de construção de conhecimento (p.18)

A AVALIAÇÃO SEGUNDO A LDB

De acordo com a LDB 9394\96, artigo 24 inciso V. A verificação do rendimento escolar observará os
seguintes critérios:

✓ A avaliação continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos


qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais;

✓ Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

 ENTENDENDO MELHOR

Em relação no que consta na LDB, a avaliação precisa dar primordial importância nos aspectosqualitativos
em detrimento dos quantitativos, visto que a qualidade da avaliação deve ser apreciada, ou seja, o que
os educando conseguiram aprender e colocar em prática em suas práticas escolares e de vida durante
todo o processo de ensino e aprendizagem.

Avaliar não se restringe a obedecer uma ordem direta e vencer todo o conteúdo proposta na grade
curriculares, esse modelo de avaliação corresponde a metodologia tradicional, ainda existente nas
práticas docente, porém os normativos dão ênfase que as instituições de ensino deem prevalência dos
aspectos qualitativos da avaliação. Que a avaliação tenha como objetivo formar os educandos em sua
multidimensionalidade, em todos seus aspectos, pois não basta formar o aluno somente no aspecto
cognitivo, os aspectos multidimensionais contemplam o socioafetivo, físico motor, sociocultural dentre
outros.

NÍVEIS DA AVALIAÇÃO

Assim como existem vários níveis de planejamento, não é diferente com a avaliação podendo avaliação
da aprendizagem, institucional e de larga escala ou de redes.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Acontece na sala de aula. Na maioria das vezes o professor tem a intenção de avaliar a aprendizagem
dos estudantes. É um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente
relacionado á gestão da aprendizagem dos alunos. Ou seja, o professor ministrou a aula e precisa saber
se o conhecimento foi construído pelo aluno ou não. Neste nível, o professor não deve permitir que os
resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em
detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico. Assim, não se deve supervalorizar a
avaliação somativa, mas sim a formativa.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
86

É a avaliação que acontece na instituição de ensino, ou seja, na escola. Tem a função de construir,
reconstruir e aperfeiçoar o Projeto politico pedagógico (PPP), promovendo melhorias de qualidade,
atendendo quatro objetivos diretos e básicos:

 Alimentar o interesse pela auto avaliação de todos os envolvidos e interessados no processo


(professores, funcionários, alunos, egressos, familiares, comunidade, etc).

 Conhecer melhor as tarefas pedagógicas e administrativas para direcioná-las a função


educacional;

 Promover a sistematização das ações educacionais, propondo mudanças;

 Divulgar os resultados para prestar contas á sociedade. É importante que essa avaliação deve ser
contínua a fim de verificar o que foi planejado e o que é executado dentro da escola, provendo um
feedback e uma retroalimentação do que foi proposto para acontecer dentro do espaço.

AVALIAÇÃO DE LARGA ESCALA

Ocorre em um sistema e pode ser conhecida também como avaliação de rede\externa. Geralmente é feita
em larga escala e têm objetivos e procedimentos diferenciados das avaliações realizadas pelos
professores nas salas de aula.

Entre os objetivos deste nível de avaliação, pode-se destacar a certificação, o credenciamento, o


diagnóstico e a rendição de contas, ou seja, o sistema como um todo. Além da aprendizagem do
estudante, avalia-se a formação dos professores, a estrutura escolar, e socioeconômica. O principal
objetivo dessa avaliação é entender o ensino ofertado. Essas avaliações são, em geral, organizadas a
partir de um sistema de avaliação cognitiva dos alunos e são aplicadas de forma padronizada para uma
grande numero de pessoas, entre os quais estão alunos, professores, diretores e coordenadores, por
exemplo.

Esse nível de avaliação é tão importante que pode inclusive ajudar a criar novas políticas públicas. Por
exemplo, a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), trouxe a informação de q ue nossos estudantes
não estavam sendo alfabetizados até os oito anos. A partir deste dado, estratégias foram definidas e
políticas públicas criadas para que as crianças pudessem ser alfabetizadas até os oito anos. Uma delas,
inclusive foi antecipar a alfabetização para a educação infantil.

Freitas (2009),p. 47) esclarece que “a avaliação em larga escala[..] é um instrumento de acompanhamento
global de redes de ensino com o objetivo de traçar séries históricas do desempenho dos sistemas, que
permitam verificar tendências ao longo do tempo, com a finalidade de reorientar políticas públicas.”
87

NÍVEIS

DASPRENDIZAGENS INSTITUCIONAL LARGA ESCALA

É definido em um Se refere as avalições


Acontece na sala de aula e
departamento ou seja na externas como por exemplo
orientado ao Professor. o SAEB.
escola.

Qual a diferença de avaliação das aprendizagens e avaliação para as aprendizagens?

 A avaliação da aprendizagem: tem caráter formal é materializada nas provas, nas atividades, visa
alcançar os aspectos cognitivos dos alunos.

 A avaliação para as aprendizagens: possui caráter formativo, ou seja, visa formar os educandos
em todos seus aspectos, como: cognitivo, sócio emocional, afetivo, físico motor, dentre outros. Essa
avaliação não tem como principal objetivo classificar nem reter o aluno, mas sim formá-lo como um
todo.
88
Vamos conhecer algumas avaliações de larga escala\de redes\externa

SAEB Segundo o INEP o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de avaliações
externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de
fatores que podem interferir no desempenho do estudante.

Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra d a
rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados,
explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais.

O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da
educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino
brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas
educacionais com base em evidências. As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb,
juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem
o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

MUDANÇA NO SAEB EM 2019

Segundo o INEP Às vésperas de completar três décadas de realização, o Saeb passa por uma nova
reestruturação para se adequar à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A BNCC torna-se a referência na
formulação dos itens do 2º ano (língua portuguesa e matemática) e do 9º ano do ensino fundamental, no caso
dos testes de ciências da natureza e ciências humanas, aplicados de forma amostral.

As siglas ANA, Aneb e Anresc deixam de existir e todas as avaliações passam a ser identificadas pelo nome
Saeb, acompanhado das etapas, áreas de conhecimento e tipos de instrumentos envolvidos.

A avaliação da alfabetização passa a ser realizada no 2º ano do ensino fundamental, primeiramente de forma
amostral. Começa a avaliação da educação infantil, em caráter de estudo-piloto, com aplicação de
questionários eletrônicos exclusivamente para professores e diretores. Secretários municipais e estaduais
também passam a responder questionários eletrônicos.

O SAEB não tem os seus resultados vinculado a alguma política meritocrática, mas a sua política norteia os
currículos escolares, consequentemente influenciam a organização do trabalho nas escolas e também instaura
um clima de competitividade em as escolas/sistemas, pois os seus resultados fazem parte do IDEB, que é
amplamente divulgado pela mídia. ENADE
89

O ENADE é aplicado aos estudantes ingressantes e concluintes de cursos de graduação de áreas


definidas pelo MEC, trienalmente. Até o ano de 2008 o ENADE, era aplicado por amostragem. Com as
notas do ENADE, o Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) gera
o Conceito ENADE que atribui nota de 1 a 5 aos cursos

O projeto das avaliações em larga escala tem em princípio o interesse de zelar pela qualidade da
educação e a sua melhora, mas no “contexto da prática” essas políticas são interpretadas, e produz
efeitos/consequências diferentes e significativas do planejado pela política original, tornando -se uma
política transversal nas instituições e sistemas de ensino que passa a balizar a suas ações. Podemos dar
o exemplo do currículo da educação básica embasado nos descritores do IDEB, o treino para a prova
Brasil, no ensino superior a preocupação em preparar o aluno para o ENADE. Este fator negativo do
desdobramento das políticas de avalição em larga escala no contexto escolar

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Podemos entender por avaliações institucional aquela realizado na escola, a instituição estabelece metas
e ações no seu Plano de Desenvolvimento Escolar. A avaliação institucional tem sua legitimidadequando
a escola estabelece a relação entre a sua política educacional, o Projeto Pedagógico, sua organização,
suas ações definidas no Plano de Desenvolvimento da Escola e a prática do dia a dia da instituição.

Com isso, garante-se a lógica do trabalho da escola, sua sistematização.

A escola tem sua autonomia administrativa garantida na forma da LDB/96 e com isso deve articular
mecanismos para garantir tomadas de decisões fundamentadas.

Nesse contexto há necessidade da promoção da participação de todos os segmentos da escola na


discussão e definição dos processos que assegurem o padrão de qualidade almejado por ela.

Atualmente a política de avaliação externa do Ministério da Educação, gerenciada pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), aplica os instrumentos de avaliação do
rendimento dos alunos nas escolas, como a Prova Brasil, que geram o Índice de Desenvolvimento da
Escola (IDEB), esta avaliação é conhecida como sendo de larga escala.

Este Índice serve como parâmetro para a escola verificar o rendimento escolar dos alunos, além de que
a escola deve ter também sua própria forma de mensuração e acompanhamento da aprendizagem do
aluno.

Porém ainda falta a avaliação que lhe proporcionará a visão do funcionamento de todos os aspectos da
escola e de suas relações; aspecto importante para garantir a democracia na escola e assegurar a
participação. A avaliação institucional proporciona esta visão.

A avaliação institucional é uma das formas da gestão conhecer o que pensam os diferentes segmentos,
seus anseios, fragilidades e pontos fortes.

Com as análises que os resultados da aplicação da avaliação institucional permitem, o gestor tem
condições de promover e estimular a melhoria do desempenho de toda a equipe escolar, estabelecendo
a sintonia do trabalho e entre as pessoas.
90

Com esse processo a escola estabelece condições necessárias para a superação dos problemas e
conflitos internos, em prol da melhoria do processo educativo.

Com os resultados da avaliação institucional, o gestor viabiliza o acompanhamento das ações previstas
no PDE, estabelecendo a coerência entre essas e sua política educacional constante no Projeto
Pedagógico.

Heloisa Lück (2009) propõe uma série de competências para a efetivação do acompanhamento, que
denomina de monitoramento de processos educacionais e deve ser aliado à avaliação institucional.
Destaca que os dois procedimentos são aspectos do mesmo processo, qual seja, qualificar o trabalho
da escola.

Há várias maneiras para se organizar a aplicação de instrumentos que compõem o processo deavaliação
institucional, alguns aspectos, porém, são de relevância comum a qualquer tipo de organização: a garantia
de que todos os segmentos da escola sejam avaliados e se auto avaliem, bem como o gestor escolar; a
cientificidade do processo seguindo etapas como a coleta de dados, 85 de maneira fidedigna, sigilosa,
preservando o autor das informações; a divulgação e utilização dos resultados da avaliação.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação da aprendizagem ocorre na sala de aula e sob orientação do professor, é uma tarefa complexa
que não se resume á realização de provas e atribuições de notas.

Segundo Libâneo a avaliação possui três funções:

Pedagógica-didática Se refere ao ensino e aprendizagem, o ensino que a escola proporciona aosalunos


e a aprendizagem que os alunos conseguem adquirir.

Diagnóstica Ocorre no inicio avaliação diagnóstica, durante o processo, avaliação formativa e no final,
avaliação somativa.

Controle refere-se aos meios e a frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares,
e sistemático e contínuo que ocorre no processo de interação professor-aluno, através de uma variedade
de atividades diz respeito também a avaliação formativa.

Segundo Libaneo a avaliação possuem dois tipos: FORMAL É intencional e organizada, ocorre
primordialmente nos espações escolares, através de provas, testes, questionários e exercícios, são
alguns exemplos da materialização da avaliação formal. INFORMAL Não é intencional, ocorre através
das relações socioafetivas, do diálogo, nas rodas de conversas, na família, na sociedade de até mesmo
nos espaços escolares, porém não visa somente os aspectos cognitivos.

AVALIAÇÃO FORMAL E INFORMAL

Os elementos formais que compõem a avaliação são os mais conhecidos por serem os que têm
visibilidade. São considerados procedimentos\instrumentos formais de avaliação os que deixam claro para
os estudantes e seus familiares que, por meio deles, a avaliação está acontecendo: testes, provas, listas
de exercícios, deveres de casa, formulários, relatórios e outros. De modo geral a escola dá ê nfase aos
procedimentos formais. Contudo, os que compõem a avaliação informal merecem nossa reflexão por
exercerem forte influência sobre os resultados do processo avaliativo. São constituídos pelos juízos
91

que os professores fazem sobre os estudantes e vice-versa. Estudos recentes apontam que a avaliação
informal pode ser utilizada a favor do estudante, do docente e das aprendizagens ou, ao contrário,
contra todos eles. Diz-se que seu uso formativo e, portanto, recomendável, ocorre quando identificamos
as fragilidades e as potencialidades desses atores e as utilizamos em favor deles, sem compará-los com
outros.
O ponto de partida e de chegada é fruto da avaliação diagnóstica, que deve ser permanente. Alertamos
que seu uso negativo e, portanto, contraproducente ocorre quando a avaliação informal gera rótulos como
mau aluno, lento, preguiçoso, entre outros, que nada contribuem para a melhoria do processo nem para
o desenvolvimento do estudante. Mesmo quando não elogiamos publicamente um estudante, isso nem
sempre é válido porque pode cumprir uma agenda subliminar para comparar e intimidar os demais que
não se encontram no nível esperado ou desejado por quem elogia. A intenção é que, ao realizar esse
filtro ético, o processo e o produto dessa avaliação não sejam minados por elementos negativos oriundos
da avaliação informal.

Mesmo quando não proferidos verbalmente, os elementos da avaliação informal demarcam fortemente a
relação diária dos docentes com os estudantes e, em consequência, influenciam os processos de ensino
e aprendizagem que daí decorrem. Os estudantes que têm tempo maior de convivência escolar com seus
professores estão mais sujeitos ás consequências negativas da avaliação informal. O que levará o
proposito formativo da avaliação é a maneira como serão utilizadas tais informações surgidas nessas
convivências. As reuniões pedagógicas como os conselhos de classes são momentos propícios a
ocorrência de avaliação informal.

É preciso que se reflita sobre seus benefícios, de modo que se possa tirar proveito delas e não usá-las
para desvalorizar a imagem dos estudantes frente a todos os presentes. A avaliação informal deve ser
sempre encorajada e jamais servir para constranger e punir o estudante. Afinal de contas, o papel da
escola é contribuir para a formação do cidadão capaz de inserção social crítica, o que somente será obtido
se a avaliação estiver a serviço das aprendizagens de todos. Portanto, a avaliação informal formativa visa
incluir, incluir para aprender e aprender para desenvolver-se. O feedback ou retorno de informações aos
aprendizes é indispensável para o processo avaliativo formativo, sejam em sala de aula, seja fora dos
espaços escolares.

Segundo Libâneo a aprendizagem pode ser casual ou intencional:

CASUAL

Não é organizada, são formadas pelas experiências fora da escola que acabam por desenvolver a
aprendizagem do aluno

ORGANIZADA

É transmitida pela escola, é intencional, é planejada, é sistemática. ou seja passa de um saber


sincrético para um saber sintético, uma aprendizagem bagunçada para organizada.
92

RELAÇÃO PROFESSOR- ALUNO E O COMPROMISSO SÓCIAL E ÉTICO DO


PROFESSOR E A AVALIAÇÃO
Aspecto Cognoscitivo

Como falamos anteriormente no processo de ensino e aprendizagem, não é diferente no processo de


avaliação, ou seja, são conteúdos e tarefas escolares, cognitivo.

Aspecto socioemocional

Novamente ressaltando, como falamos anteriormente no processo de ensino e aprendizagem, não é


diferente no processo de avaliação, ou seja, são as relações pessoais, socioafetivas, ocorrem através da
relação professor\aluno, diálogo também.

CLASSIFICAÇÕES DA AVALIAÇÃO NA PRÁTICA DOCENTE

Existem três classificações de avaliação na prática docente, sendo elas a diagnóstica, formativa e
somativa. Vamos entender melhor cada uma dessas avaliações e sua importância na educação dos
educandos.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Se refere a avaliação que ocorre no início do ano letivo. Esta forma de avaliação é utilizada objetivando
pré-determinar a maneira pela qual o educador deverá encaminhar, através do planejamento, a sua ação
educativa. Terá como função estabelecer os limites para tornar o processo de aprendizagem mais
eficiente e eficaz. Esta didática pode ser considerada como o ponto de partida para todo trabalho a ser
desenvolvido durante o ano pelo educador.

Não é organizada, são formadas pelas experiências fora da escola que acabam por desenvolver a
aprendizagem do aluno. É transmitida pela escola, é intencional, é planejada, é sistemática. ou seja passa
de um saber sincrético para um saber sintético, uma aprendizagem bagunçada para organizada.

Objetivos da avaliação diagnóstica

É possível observar que a avaliação diagnóstica possui três objetivos:

 O primeiro é identificar a realidade de cada aluno que irá participar do processo;

 O segundo é verificar se o aluno apresenta ou não habilidades e pré-requisitos para o processo;

 O terceiro objetivo está relacionado com a identificação das causas, de dificuldades recorrentes
na aprendizagem. Assim é possível rever a ação educativa para sanar os problemas.
93

Estudos de avaliação de autores importantes, mais cobrados em provas!

De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta


três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória).

A avaliação diagnóstica (analítica)

É adequada para o início do o período letivo, porém não se restringe somente a esse período, podendo
ocorre no inicio de vários períodos, como inicio de um bimestre, semestre, inicio de cada processo de
ensino e aprendizagem, pois permite conhecer a realidade na qual o processo de ensino -aprendizagem
vai acontecer. O professor tem como principal objetivo verificar o conhecimento prévio de cada aluno,
tendo como finalidade de constata os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades
imprescindíveis de que os estudantes possuem para o preparo de uma nova etapa de aprendizagem.

De acordo com Luckesi 2003 "Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e
realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. No caso, considerarmos que ela deva estar
comprometida com uma proposta pedagógica histórico crítica, uma vez que esta concepção está
preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e
habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro desta sociedade que se caracteriza
pelo modo capitalista de produção. A avaliação diagnostica não se propõe e nem existe uma forma solta
isolada. É condição de sua existência e articulação com uma concepção pedagógica progressista".
(LUCKESI 2003, p.82).

AVALIAÇÃO FORMATIVA OU AVALIAÇÃO PARA APRENDIZAGENS

A avaliação formativa ocorre durante todo o ano letivo, durante o processo de ensino e aprendizagem.
Essa avaliação é privilegiada tanto pelas legislações como LDB, como nas instituições de ensino e pelo
docente, pois visa forma os educando em sua integralidade, multidimensionalidade, seu instrumento de
avaliação são os registros de tudo que o educando faz durante o processo, incluindo sua participação
nesse processo como forma de avaliar a sua evolução. A avaliação formativa não se caracteriza como
classificar o aluno ou reprová-lo, mas sim de avaliar o que foi ensino e aprendido tanto pelo docente como
pelo discente (educando).

Objetivos da avaliação formativa

 Permite que o aluno toma conhecimento dos seus erros e acertos e encontra estimulo para
continuar os estudos de forma sistemática.
 Permite ao professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, auxiliando na
reformulação do seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo.

Suas finalidades

 Para que esta forma de avaliação ocorra é necessário que seja controlada, porque orienta o estudo
do aluno ao trabalho do professor, também podemos dizer que é motivadora porque evita as
tensões causadas pela as avaliações tradicionais.

 Para que seja realizada com eficiência, ela deve ser planejada em função de todos os objetivos,
deste modo o instrutor continuará seu trabalho ou irá direcionar de modo que a maioria dos alunos
alcance plenamente todos os objetivos propostos.
Por depender mais da sensibilidade e do olhar técnico do educador, esse formato de avaliação fornece
mais informações que permitem a customização do trabalho do professor com base nas necessidades
94

de cada aluno. Nesse sentido a avaliação é um instrumento de controle da qualidade, tendo como maior
objetivo um ensino de excelência em todos os níveis.

Ganhos com a avaliação formativa

A capacidade em gerar, com rapidez, informações úteis


Buscar entender as dificuldades dos educandos e o que foi possível aprender durante o processo.

Dá informações úteis sobre etapas vencidas e dificuldades encontradas


Se refere a possibilitar conhecer cada um, estabelecendo uma base para as atividades de ensino
aprendizagem.

Estabelece um feedback
O retorno de verificação de resultados é contínuo sobre o andamento do processo de ensino e
aprendizagem.

Busca subsídios
Para a busca de informações para solução de problemas. os fatores endógenos são levados em conta se
refere aos fatores internos situação educacional são levados em conta para proceder à avaliação.

Ou seja, os fatores internos permite ao docente avaliar o desempenho dos estudantes e também o seu
próprio trabalho.

Reflete valores e expectativas do professor em relação aos alunos.


Desse modo é um ato pedagógico, a avaliação revela as qualidades e perspectivas do educador.

A avaliação deve ser diferente para os estudantes?

Devemos avaliar de forma diferente, a avaliação não pode ser igual, visto que cada estudando tem suas
peculiaridades e singularidades, uma turma nunca é homogênea e sim heterogênea, diferente, os alunos
possuem culturas diferentes, dificuldades diferentes e estão inseridos em um contexto diferente.

Para que serve os resultados da avaliação somativa?

Os resultados da avaliação formativa servirão de base para identificar como o processo de aprendizagem
tem acontecido. As informações que essa avaliação revela permitem o planejamento, o ajuste, o
redirecionamento das práticas pedagógicas no intuito de aprimorar as aprendizagens dos alunos. Ou seja,
seus resultados servem para apoiar, compreender, reforçar, facilitar, harmonizar as competências e
aprendizagens dos alunos.
95

CESPE- 2013-SEDF – CARGO – PROFESSOR


Uma vez observadas pelo professor as normas de avaliação da escola e as do sistema de ensino no
desenvolvimento da avaliação educacional, é desnecessário adequar a avaliação aos objetivos,
conteúdos e procedimentos de ensino.

ERRADO

Análise da questão

É imprescindível que o componente avaliação, dentro dos planejamento e planos, esteja articulado entre
objetivos, conteúdos, métodos ou procedimentos, sendo a avaliação interligada a esses componentes,
por isso é necessário adequá-lo a todos os outros elementos, para que ocorra o sucesso do ensino e
aprendizagem.

AVALIAÇÃO SOMATIVA (classificatória)

Tem como função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de
ensino. Classificando os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente
estabelecidos. Atualmente a classificação dos estudantes se processa segundo o rendimento alcançado,
tendo por base os objetivos previstos. Para Bloom (1983), a avaliação somativa "objetiva avaliar de
maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um
curso". É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos estudantes os chamados feedback que
informa o nível de aprendizagem alcançado, se este for o objetivo central da avaliação formativa; e presta-
se à comparação de resultados obtidos, visando também a atribuição de notas Características da
avaliação somativa ✓ É expressa nas provas ✓ Ocorre no final do processo ✓ Temo objetivo de
classificar o aluno para uma série ou etapa. ✓ A avaliação somativa não ocorre na pré- escola
96

Inicialmente aprendemos que a avaliação é um processo de diagnóstico, de verificação da aprendizagem,


de controle, de reavaliar a prática pedagógica, desse modo para que a avaliação desempenhe diversas
funções de acordo com o momento em que ela é inserida e de acordo com as necessidades dos educandos,
é preciso identificá-las em seus diferentes níveis, seus tipos e suas classificações.

Vimos que a avaliação possui três níveis sendo eles: da aprendizagem, que ocorre na sala de aula é mais
corriqueira, avaliação institucional, que ocorre na escola com objetivo de fazer levantamentos sobre a
capacidade de funcionamento da instituição e se essa é capaz de desenvolver a prática educacional,
docente, momento de auto avaliação e falamos da avaliação de larga escola, que possui o objetivo de
subsidiar na elaboração da proposta pedagógica da escola e elaborar suas avaliações tanto institucional
como da aprendizagem, é um suporte para fazer levantamentos de como se encontra a situação dos graus
de aprendizagem dos educandos em sentido amplo, contribuindo para desenvolver percentuais de
qualidade da educação como o IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.

Abordamos sobre os tipos de avaliação. A partir dos estudos de Bloom, a avaliação possui três funções
principais, que consiste em função de diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos, para planejar
incutindo o conhecimento anterior de cada um, também tem como função a avaliação formativa que preza
controlar verificando se os alunos estão atingindo os objetivos propostos anteriormente auxiliando o
professor na identificação de deficiências, e por último temos a função somativa que tem como objetivo a
classificação dos alunos no final de um módulo ou curso de acordo com o rendimento de cada aluno.

Essas três funções da avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a eficiência e eficácia
do sistema de avaliação e assim tendo como resultado final a excelência do processo ensino -
aprendizagem. Por outro lado, é importante lembrar, que é necessário em todos os casos levar em conta
a realidade administrativa da instituição como, por exemplo, o número de alunos, objetivos, conhecimento
técnico do professor, materiais, etc.
97

COMPONENTE DE APRENDIZAGEM (AVALIAÇÃO)

AVALIAÇÃO SEGUNDO A LDB


A avaliação continua e cumulativa Normativo NIVEIS DE AVALIAÇÃO
Avaliação da aprendizagem
do desempenho do aluno, com
Avaliação institucional\interna
prevalência dos aspectos
Avaliação de larga escala\de
qualitativos sobre os
rede\externa
quantitativos

AVALIAÇÃO SEGUNDO LIBÂNEO TIPOS DE AVALIAÇÃO


Pedagógica-didática se refere a FORMAL é sistêmica, sistemática, é
correção dos erros possibilita o planejada a partir dos objetivos
aprimoramento. Diagnóstica ocorre no
Libâneo
educacionais. I
início, durante e no final . Controle é NFORMAL é natural, espontânea e
contínuo que ocorre no processo de assistemática, nem sempre o aluno sabe
interação professor-aluno, através de que está sendo avaliado.
uma variedade de atividades.

FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO SEGUNDO BLOOM Bloom Diagnóstica que ocorre o início de cada
período, como ano letivo, bimestre,
Pode ter três funções sendo elas
semestre, tem função de sondar
diagnóstica (analítica), formativa
conhecimentos prévios dos alunos.
(controladora) e somativa
Formativa tem a função de controlar os
(classificatória).
processos de ensino e aprendizagem, é
continua e cumulativa, processual.
Somativa tem a função de classificar
DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO
através de notas, com o objetivo de
SEGUNDO JUSSARA HOFFMAN
verificar se o aluno tem condições de
1 dimensão: contexto sócio
passar para uma série ou etapa
cultural do aluno. subsequente.
2º dimensão: saberes
significativos.
3º dimensão: questões
epistemológicas se refere a
HOFFMAM
DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO
gênese do conhecimento e as
1º Quem é esse aluno?, de onde
teorias de aprendizagens;
vem?, com e com quem convive?
4 dimensão: articulado aos 2º Que saberes estão sendo
saberes significativos se refere ao
desenvolvidos? buscam a formação de
cenário educativo\avaliativo.
um aluno pesquisador?
3º Como sem aprende? Em que idade,
tempo e momento?
98

Capítulo 8 - Tendências Pedagógicas

As tendências pedagógicas brasileiras são divididas em tendências liberais e tendências progressistas.


Abaixo entenderemos mais sobre essas classificações e suas ramificações.

TENDÊNCAS LIBERAIS

Defende a predominância da liberdade e dos interesses individuais na sociedade, assim como, estabelece
uma organização social baseada na propriedade privada. A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a
escola tem por função preparar o indivíduo para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as
aptidões individuais. Para isso, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos vários valores e às
normas vigentes na sociedade de classes, por meio de desenvolvimento da cultura individual. A ênfase
no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes, pois, embora difundida a ideia de
igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições. Segundo Luckesi (2005),
a educação brasileira, pelo menos nos últimos 50 anos, tem se identificado fortemente com as tendências
liberais. Esta influência não necessariamente é percebida por muitos professores. A pedagogia liberal tem
como fundamento a preparação do indivíduo para a sociedade, porém, como uma visão restrita sobre as
diferenças de classe.

Tendência liberal tradicional


AS TENDÊNCIAS LIBERAIS Tendência liberal renovada progressivista
Tendência liberal renovada não diretiva
Tendência liberal tecnicista
99

TENDÊNCIA LIBERAL TRADICIONAL

Consiste na preparação intelectual e moral dos alunos para assumir uma posição na sociedade. O
compromisso da escola é com a cultura, fatores de ordem social pertencem exclusivamente à sociedade.
O caminho educacional dos alunos é o mesmo, desde que se esforcem. Assim, os menos capacitados
devem lutar para chegar ao nível dos melhores, caso não consigam, devem se contentar com uma
escolarização inferior. Valores acumulados ao longo da história pelas gerações adultas são a base do
conteúdo programático. Devido a isto, a educação tradicional é tida como intelectualista e, às vezes, como
enciclopédica. Os métodos de ensino são expositivos com ênfase nos exercícios, na repetição de
conceitos ou fórmulas de memorização, tendo como objetivo disciplinar a mente e formar hábitos. Os
pressupostos de aprendizagem se baseiam na ideia de que o ensino consiste em repassar os
conhecimentos para o espírito da criança, assim como, a capacidade de assimilação da criança é idêntica
à do adulto (sendo apenas menos desenvolvida). Os programas devem ser dado s em uma progressão
lógica, estabelecida pelo adulto, sem levar em conta as características próprias de cada idade. A avaliação
se dá por verificações de curto prazo (interrogatórios orais, exercícios de casa) e de prazo mais longo
(provas escritas e trabalhos de casa).

TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSIVISTA

A necessidade da escola é adequar as necessidades individuais ao meio social e, para isso, ela deve se
organizar de forma a retratar, o quanto possível, a vida. Tais integrações se dão por meio de experiências
que devem satisfazer ao mesmo tempo, os interesses do aluno e as exigências sociais. Nesta concepção,
dá-se muito mais valor aos processos mentais e habilidades cognitivas do que a conteúdos organizados
racionalmente. Trata-se de “aprender a aprender”, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do
saber do que o saber propriamente dito. A ideia de “aprender fazendo” está sempre presente, valoriza-se
as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, o método de
solução de problemas. Diferente da abordagem tradicional, aqui não há um local privilegiado para o
professor, antes seu papel é auxiliar o desenvolvimento livre e espontâneo da criança. Pertencem,
também, à tendência progressivista muitas das escolas denominadas “experimentais” e as escolas
“comunitárias”.

TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA NÃO DIRETIVA

Acentua-se nesta tendência o papel da escola na formação de atitudes, razão pela qual deve estar mais
preocupada com os problemas psicológicos do que com o pedagógico. Os adeptos desta metodologia
alegam que o ensino é uma atividade bastante valorizada; para eles os procedimentos didáticos, a
competência na matéria, as aulas, os livros, tudo tem muita pouca importância, face ao propósito de
favorecer à pessoa, o que implica estar bem consigo próprio e com seus semelhantes. A pedagogia não
diretiva propõe uma educação centrada no aluno, visando formar sua personalidade por meio de
experiências significativas que lhe permitam desenvolver características inerentes à sua natureza. No
quesito avaliação, o teste formal acaba perdendo seu sentido, sendo substituído pela autoavaliação.
100

TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA

Tal sistema é regido por leis naturais (mesma regularidade encontrada nos fenômenos da natureza),
cientificamente descobertas; basta aplicá-las. As descobertas educacionais devem ser restritas aos
técnicos “especialistas”. A escola atua para o aperfeiçoamento da ordem vigente, neste caso o sistema
capitalista, articulando-se com o sistema produtivo. Para isso, se utiliza da ciência comportamentalista
ou behaviorismo O objetivo principal desta didática é a formação de mão de obra “competente” para o
mercado de trabalho, transmitindo informações precisas, objetivas e rápidas. Os conteúdos de ensino
tratam de princípios científicos, leis etc., estabelecidos e ordenados em uma sequência lógica e
psicológica por especialistas. As relações entre docente e discente são bem estruturadas e objetivas, com
papeis bem definidos: o professor administra as condições de transmissão da matéria, conforme um
sistema instrucional e “eficiente”. O professor é apenas um elo de ligação entre a verdade científicae o
aluno, cabendo-lhe empregar o sistema instrucional previsto. O ensino é um processo de
condicionamentos por meio do uso de reforços das respostas que se quer obter. Faz-se da educação uma
experimentação da psicologia, isto é, cria-se um estudo científico do comportamento, com o intuito de
descobrir as leis naturais que presidem as reações físicas do organismo que aprende, a fim de aumentar
o controle das variáveis que o afetam.

PEDAGOGIA PROGRESSISTA

Correntes educacionais que, partindo de uma análise crítica da sociedade, defendem finalidades
sociopolíticas da educação. Libâneo (1990) defende que a pedagogia progressivista não tem como
institucionalizar-se numa sociedade capitalista; daí ela ser um instrumento de luta dos professores ao lado
de outras práticas sociais. Três pedagogias despontam como críticas: a libertadora, mais conhecida como
pedagogia de Paulo Freire; a libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-
social dos conteúdos que, diferentemente das outras, acentua a primazia dos conteúdos no confronto com
as realidades sociais. As versões libertadoras e libertárias têm em comum o antiautoritaríssimo, a
valorização da vivência do educando, assim como, a autogestão. Sendo assim, esta prática somente faz
sentido junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de ensino “não formal”. A tendência
crítico-social dos conteúdos entende a escola com mediação entre o individuale o social, exercendo ali a
articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto.

Tendência progressista libertadora


AS TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS Tendência progressista libertária
Tendência progressista crítico social dos conteúdos
101

TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA

Para esta corrente, a educação é uma atividade em que professores e alunos, mediatizados pela realidade
atingem um nível de consciência desta mesma realidade, a fim de nela atuarem em um sentido de
transformação social. Tanto a pedagogia tradicional, quanto a renovada (escolanovista) são
domesticadoras, pois em nada cooperam para revelar a opressão das classes populares. A educação
freireana, pelo contrário, desperta o lado crítico voltado para os problemas sociais vigentes na sociedade.
Temas geradores são extraídos e utilizados de parâmetros de ensino. O importante não é a transmissão
de conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida. Em
nenhum momento o inspirador e mentor da pedagogia libertadora, Paulo Freire, deixa de mencionar o
caráter essencialmente político de sua pedagogia, o que, segundo suas próprias palavras, impede que
ele seja posto em prática, em termos sistemáticos nas instituições oficiais, antes da transformação da
sociedade. Daí porque sua atuação se dá mais na educação extraescolar. O que não tem impedido, por
outro lado, que seus pressupostos sejam adotados e aplicados por numerosos professores. O método de
ensino é sempre mediatizado pelo diálogo, aquele em que os sujeitos do ato de conhecer se encontram
em favor do objeto a ser conhecido. A forma de trabalho educativo é o grupo de discussão. O professor é
um animador que, por princípio, deve “descer” ao nível dos alunos, adaptando-se à cultura do educando.
Pela dialética é abolida toda forma de autoridade, a relação é horizontal. Aqui temos uma ação “não
diretiva”, não no sentido de professor que se ausenta, mas sim, como um vigilante para assegurar ao
grupo um espaço humano para “dizer sua palavra”, para se exprimir sem se neutralizar.

TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTÁRIA

Esta pedagogia espera que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos em um
sentido libertário e autogestionário. Há, portanto, um sentido expressamente político, à medida que se
afirma o indivíduo como produto do social e que o desenvolvimento individual somente se realiza no
coletivo. As matérias são colocadas à disposição dos alunos, no entanto, não são exigidas. O importante
é o conhecimento que resulta das experiências vividas pelo grupo. “Conhecimento” aqui não é a
investigação cognitiva do real, para extrair dele um sistema de representações mentais, mas a descoberta
de respostas às necessidades e às exigências da vida social. A pedagogia institucional visa em primeiro
lugar, transformar a relação professor-aluno no sentido da não diretividade, isto é, considerar desde o
início a ineficácia e a nocividade de todos os métodos à base de obrigações e ameaças. Cabe ao professor
a função de “conselheiro” ou monitor à disposição do grupo. A ênfase na aprendizagem informal, via
grupo, e a negação de toda forma de repressão visam favorecer o desenvolvimento de pessoas mais
livres. A pedagogia libertária abrange quase todas as tendências antiautoritárias em educação, entre elas
a anarquista, a psicanalista e dos professores progressistas.

TENDÊNCIA PROGRESSISTA CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS

A difusão de conteúdos é a tarefa primordial. Não conteúdos abstratos, mas vivos, concretos e, portanto,
indissociáveis das realidades sociais. Acredita-se que a própria escola pode contribuir para eliminar a
seletividade social e torná-la democrática. Se o que define uma pedagogia crítica é a consciência de seus
condicionantes histórico sociais, a função da pedagogia “dos conteúdos” é dar um passo à frente no papel
transformador da escola, mas a partir das condições existentes. Assim, a condição para que a escola
sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos
escolares básicos que tenham ressonância na vida dos alunos.
102
Em síntese, a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas
contradições, fornecendo-lhes um instrumental, por meio de aquisições de conteúdos e da socialização,
para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
A maneira de conceber os conteúdos do saber não estabelece oposição entre cultura popular e cultura
erudita. O que se prega é uma relação de continuidade em que, progressivamente se passa da
experiência imediata e desorganizada ao conhecimento sistematizado. Os métodos de uma pedagogia
crítico-social dos conteúdos não partem de um saber artificial, depositado a partir da exterioridade; nem
do saber espontâneo, mas de uma relação direta com a experiência do aluno, confrontada com o saber
trazido de fora.
O papel de mediação exercido em torno da análise dos conteúdos exclui a não diretividade como forma
de orientação do trabalho escolar, porque o diálogo adulto-aluno é desigual. O adulto tem mais
experiência acerca das realidades sociais, dispõe de uma formação para ensinar, possui conhecimentos
e a ele cabe fazer a análise dos conteúdos em confronto com as realidades sociais.
Sabemos que as tendências espontâneas e naturais são “naturais”, antes são tributárias das condições
de vida e do meio. Não são suficientes o amor, a aceitação, para que os filhos dos trabalhadores adquiram
o desejo de estudar mais, de progredir; é necessária a intervenção do professor para levar o aluno a
acreditar nas suas possibilidades, a ir mais longe, a prolongar a experiência vivida.

Na Pedagogia Liberal Tradicional o papel da escola é a preparação intelectual e moral dos


alunos para assumir seu papel na sociedade, o conteúdo é baseado em conhecimentos e valores
sociais acumulados através dos tempos e repassados aos alunos como verdades absolutas
através de exposição e demonstração verbal da matéria e /ou por meios de modelos. A autoridade
do professor que exige atitude receptiva do aluno e a aprendizagem tende a ser receptiva e
mecânica, sem se considerar as características próprias de cada idade. É encontrada em escolas
que adotam filosofias humanistas clássicas ou científicas.

Na Tendência Liberal Renovadora Progressiva a escola deve adequar as necessidades


individuais ao meio social, os conteúdos são estabelecidos a partir das experiências vividas pelos
alunos frente às situações problemas e demonstrado por meio de experiências, pesquisas e
métodos de solução de problemas. O professor é auxiliador do desenvolvimento livre da criança,
e se foca na motivação e estimulação. É encontrada nas escolas Montessori, Decroly, Dewery,
Piaget, Lauro de Oliveira Lima.

Na Tendência Liberal Renovadora não diretiva (Escola Nova) a escola tem o papel de
formação de atitudes, baseia-se na busca dos conhecimentos pelos próprios alunos através da
facilitação da apresentação da aprendizagem. A educação é centralizada no aluno e o professor
é quem garantirá um relacionamento de respeito. Tem como filosofia aprender ao modificar as
percepções da realidade e é encontrada em escolas Carl Rogers, "Sumermerhill" escola de A.
Neill.
103

Na Tendência Liberal Tecnicista a escola é modeladora do comportamento humano através


de técnicas específicas, os conteúdos são informações ordenadas numa sequência lógica e
psicológica, disseminados através de procedimentos e técnicas para a transmissão e recepção
de informações. Existe uma relação objetiva onde o professor transmite informações e o aluno
vai fixá-las e aprendizagem é baseada no desempenho.

A Tendência Progressista Libertadora não atua em escolas, porém visa levar professores e
alunos a atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação
social, através de temas geradores de discussões em grupos. Entende-se o papel do aluno
professor como uma relação de igual para igual e o foco é na resolução da situação problema.

A Tendência Progressista Libertária tem foco na transformação da personalidade num sentido


libertário e autogestionário. As matérias são colocadas, mas não exigidas e transmitidas através
vivência grupal na forma de auto-gestão. Entende-se o papel do professor comoorientador e os
alunos livres e aprendizagem é informal e em grupo.

A Tendência Progressista "crítico social dos conteúdos" ou histórico-crítica" tem foco na


difusão de conteúdos culturais universais que são incorporados pela humanidade frente à
realidade social. O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada
com o saber sistematizado. Papel do aluno como participador e do professor como mediador
entre o saber e o aluno e é baseada nas estruturas cognitivas já estruturadas nos alunos.
104

1) BLOCO – PLANEJAMENTO CESPE – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – 2018 1- O


planejamento de aula antecede hierarquicamente o planejamento da unidade didática.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2- O Plano Nacional de Educação é instrumento de planejamento educacional pertencente ao nível


operacional de planejamento.
( ) CERTO ( ) ERRADO

3- O Planejamento estratégico é utilizado como metodologia para efetivar a participação dos diferentes
segmentos da comunidade educativa no processo de construção do planejamento participativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4- Planejamento participativo e planejamento estratégico apresentam características comuns no que


concerne á gestão dos processos escolares.
( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE – DEPEN – PEDAGOGIA- 2015

5- O planejamento da ação docente deve ser articulado com o planejamento escolar e institucional.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6- O planejamento deve expressar uma unidade de ideias, princípios e ações.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- IFB-CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR- 2011

7- O planejamento didático compreende a operacionalização do plano curricular.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- INPI- ANALISTA DE PLANEJAMENTO – PEDSGOGIA – 2013

8- O planejamento dos conteúdos de aprendizagem é o elemento mais importante para o educador


corporativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- TJ- DFT- ANALISTA JUDICIÁRIO- PEDAGOGIA

9- A organização ou instituição é considerada em sua totalidade para o planejamento no nível


estratégico.
105
( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- SEDF- CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2017

10 -Os únicos níveis de organização da prática educativa que influenciam no planejamento docente são
o planejamento do professor e o planejamento escolar, que devem ser articulados.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE – TJ- ES- ANALISTA JUDICIÁRIO- PEDAGOGIA – 2011

11- Segundo a abordagem tradicional de planejamento, que se apoia na teoria positivista, as ações de
planejamento cabem aos especialistas que ocupam os mais elevados níveis hierárquicos.

( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- TJ-DFT- ANALISTA JUDICIÁRIO- PEDAGOGIA

12- A priorização da questão orçamentária em um planejamento prejudica o sucesso da intervenção na


realidade oriunda de um planejamento participativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- ABIN- OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – 2018

13- O planejamento independe do nível de preparo e das condições socioculturais e individuais dos
alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

14- O planejamento de ensino é rígido e absoluto

( ) CERTO ( ) ERRADO

15- O planejamento é um processo de racionalização e organização da ação docente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

16- O planejamento curricular define a seleção de conteúdos a serem ministrados em sala de aula. ( )

CERTO ( ) ERRADO

17- O planejamento diz respeito á função de formar progressivamente o currículo em diferentes etapas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

18- O planejamento escolar expressa as funções da instituição em dado momento histórico e social.

CESPE- SEE- AL- PROFESSOR- 2013

19- Atualizar o conteúdo e facilitar a preparação de aulas são funções do planejamento escolar.
106
( ) CERTO ( ) ERRADO

20- O planejamento eficaz deve ser um instrumento rígido e absoluto para direcionar a prática docente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

21- O planejamento, por si só, assegura o andamento do processo de ensino.

( ) CERTO ( ) ERRADO

22- No planejamento são identificadas as opções político- pedagógicas do docente e da escola.

( ) CERTO ( ) ERRADO

23- A elaboração do planejamento da instituição de ensino dispensa a participação do professor.

CESPE- MPU- ANALISTA- EDUCAÇÃO- 2013

24- O planejamento de ensino restringe-se ao momento de elaboração dos planos de trabalho pelo
educador.

CERTO ( ) ( ) ERRADO

25- O foco exclusivo do planejamento participativo é a democratização das decisões.

( ) CERTO ( ) ERRADO

26- O planejamento participativo distingue-se por seu caráter tradicionalista.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- SEDF- TÉCNICO DE GESTÃO EDUCACIONAL – SECRETÁRIO ESCOLAR- 2017

27-O planejamento participativo contribui para que os envolvidos se sintam corresponsável pelo que
acontece na escola.

CESPE- SEDUC- AM- PEDAGOGO- 2011

28- O processo de planejamento compreende três dimensões: técnica, conceitual, política.

( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- CNJ- ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA- 2013

29-A convivência harmoniosa entre os membros de uma comunidade escolar constitui um principio do
planejamento participativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

30-O planejamento participativo compreende o diagnóstico da realidade dos alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO
107

31- A preparação, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento são fases do planejamento de ensino.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- UNIPAMPA- TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS

32- Atualmente, o planejamento nas escolas tem sido executado sob a forma de projeto político
pedagógico, modalidade de planejamento resultante de uma construção coletiva em que se negligenciam
o diagnóstico e as avaliações da realidade.

( ) CERTO ( )ERRADO

CESPE- SEE-AL- SECRETÁRIO ESCOLAR- 2013

33- O planejamento curricular, que apresenta alto grau de incerteza, é um elemento pertinente ao nível
estratégico de planejamento escolar.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE – DEPEN- PEDAGOGIA- 2013

34- O principal objetivo do planejamento de ensino é garantir o cumprimento dos conteúdos


estabelecidos na grade curricular.

( ) CERTO ( ) ERRADO

35- O desafio da escola, em uma perspectiva empresarial, é garantir a qualidade formal por meio de um
planejamento eficaz.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- INSS- ANALISTA DE SEGURANÇA SOCIAL- PEDAGOGIA

36- Na perspectiva tradicional de planejamento, a visão estratégica abrange todos os níveis da


organização.

( ) CERTO ( ) ERRADO

37- Por considerarem a organização em sua totalidade, o planejamento institucional e o nível estratégico
estão diretamente relacionados.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- ME- TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS- 2008

38- A centralidade na dimensão orçamentária é a garantia de eficiência e eficácia na implementação de


um planejamento participativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- INCA-TECNOLOGISTA JUNIOR- ANALISTA PEDAGÓGICO- 2010- ADAPTADA


108

39- O planejamento educacional passou a ser concebida como instrumento imprescindível na


elaboração de um projeto educativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE- ABIN- OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA-2018

40- No que se refere ao planejamento curricular, julgue o próximo item. O planejamento curricular é o
mesmo que planejamento da instrução.

1- E 21-E
2- E 22-C
3- C 23-E
4- E 24-E
5- C 25-E
6- C 26-E
7- C 27-C
8- E 28-C
9- C 29-E
10- E 30-C
11-C 31-C
12-C 32-E
13- E 33-C
14- E 34-E
15-C 35-C
16- E 36-E
17-C 37-C
18-C 38-E
19-C 39-C
20- E 40-E
109

1- SELECON- 2018- PREFEITURA DE CUIABÁ -MT-PROFESSOR -PEDAGOGO

Segundo Veiga (2007) o projeto de construção do projeto é mercado por três atos distintos e
interdependentes- o ato situacional, o conceitual, ato operacional. Quanto ao ato conceitual, pode-se
afirmar que diz respeito á concepção de sociedade, homem, educação, escola, currículo , ensino e
aprendizagem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2- Segundo Veiga (1996), “O projeto político-pedagógico, ao se construir em processo democrático de


decisões deve ser construído primeiro pelos gestores das escolas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3- Na perspectiva emancipatória o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho


pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e
autoritárias.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE-2008-TJ-DFT-ANALISTA JUDICIÁRIO-PEDAGOGIA

4- Na implementação do PPP, a tendência emancipatória é a de eliminação de conflitos entre os


indivíduos ou grupos para a garantia da sua eficiência e eficácia.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CETRO-2008-SEED-SP- SUPERVISOR ESCOLAR

5- Fonseca (2001),ao refletir sobre PPP das escolas, seu significado e sentido, com vistas ao sucesso
escolar deve ser entendido como o conjunto articulado de propostas e planos em função de finalidades
fundadas em valores previamente explicitado e assumidos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

COPEVE-UFAL-2011-PEDAGOGO

6- A construção do PPP somente se dá na perspectiva da gestão democrática participativa, para que


esteja de fato voltada ás necessidades de mudança na educação, no currículo e no processo ensino -
aprendizagem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE-2011-CORREIOS -ANALISTA DE CORREIOS-PEDAGOGO

7- O PPP caracteriza-se por ser um documento estritamente administrativo, no qual devem estar
expressos os objetivos de aprendizagens, as metas das instituições educativas bem como os métodos
pedagógicos para o cumprimento do currículo.
110
( ) CERTO ( ) ERRADO

8- CESPE-2011- CORREIOS- ANALISTA DE CORREIOS-PEDAGOGO

A elaboração do PPP compete aos gestores públicos, que devem observar não só a legislação
educacional vigente, mas também as aspirações da sociedade contemporânea, no estabelecimento das
concepções pedagógicas que fundamentarão as ações educacionais, de cuja, execução devem participar
apenas os profissionais das instituições educativas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE-2010-ABIN- OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA- ÁREA DE PEDAGOGIA

9- A lógica estratégica e a visão emancipatória, perspectivas que podem orientar a construção de projetos
político-pedagógico em ambientes escolares ou corporativos, não afetam a essência desses projetos. ( )
CERTO ( ) ERADO

NUCEPE- 2009-SEDUC-PI- PROFESSOR- INFORMÁTICA

10- O PPP, pensado como instrumento de democratização da escola, postula a necessidade de


estabelecimento de relações democráticas no contexto escolar, bem como indica a necessidade de se
respeitar a diversidade de características dos atores envolvidos no processo educativo.

Em relação ao referido projeto é correto afirmar:

I. desenvolve-se orientando por concepções de educação e de ensino;

II. prevê como a base para a atividade pedagógica os princípios tecnicistas;

III. efetiva-se no cotidiano, estando em constante reconstrução;

IV. prioriza as ações técnicos administrativas;

V. articula princípios pedagógicos e administrativos.

A respeito das afirmações constantes dos itens I a V, a alternativa CORRETA é:

A- Apenas as afirmações dos itens II, II e IV estão corretas.

B- Apenas as afirmações dos itens I,II e II estão corretas.

C- Apenas as afirmações constantes dos itens I, II e IV estão corretas.

D- Apenas as afirmações dos itens I, III e V estão corretas.

CESPE-2011-SAEB-BA-TODOS OS CARGOS-EDU.FÍSICA, ARTE, PORTUGUÊS, INGLÊS E


ESPANHOL
111
11- O projeto político-pedagógico resulta do agrupamento de diversos planos de ensino e atividades
orientadores das ações sistemáticas de professores, gestores e alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

12- Na elaboração do PPP, a cargo dos gestores e professores, devem ser consideradas tanto as
necessidades dos alunos quanto as da comunidade a que a escola pertence, como forma de promoção
do envolvimento de todos na melhoria da qualidade da educação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

13- Trata-se de documento oficial que orienta a gestão administrativa e financeira dos espaços escolares,
devendo ser do conhecimento de todos os atores do processo educativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

14- Trata-se de um plano em que se detalham objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser
desenvolvido na escola, e com base no qual são tomadas as decisões, encaminha das questões e
analisando os resultados alcançados tanto no plano administrativo quanto no pedagógico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

IF-PR-2010-PEDAGOGO15- O Projeto Político Pedagógico deve estabelecer uma relação distinta entre
a dimensão política e a dimensão pedagógica da escola.

( ) CERTO ( ) ERRADO

16- A gestão democrática é um dos princípios para a elaboração do Projeto politico-pedagógico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

17- O Projeto politico-pedagógico configura-se como um processo permanente de reflexão e discussão


dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis á efetivação de sua intencionalidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

18- Toda ação pedagógica é, também, uma ação política, não no sentido de uma doutrina ou partido, mas
no sentido da busca do bem comum e coletivo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

19- O projeto político-pedagógico da escola deve ser construído e vivenciado por todos os envolvidos no
processo educativo da escola. É uma ação intenciona, com objetivos implícitos e um compromisso
definido coletivamente.

( ) CERTO ( ) ERRADO
112
CESPE-DPU-TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS-2016

20- O PPP é um guia para ação, que prevê e fornece uma direção política e pedagógica para o trabalho
educativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

1-C 11-E
2-E 12-E
3-C 13-E
4-E 14-C
5-C 15-E
6-E 16-C
7-E 17-C
8-E 18-C
9-C 19-E
10-D 20-C
113

1- VUNESP- TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS-UFSCAR-2008

O currículo é o resultado de uma seleção que opera, em relação á cultura de uma sociedade, a partir de
critérios neutros e objetivos, pelos quais se determina os conteúdos a serem priorizados para transmissão
ás novas gerações.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2- UFScar- TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS -2009


O currículo é um instrumento norteador do trabalho docente, sempre provisório e inacabado aberto á
produção de sentidos; um processo dinâmico que incorpora constantemente os saberes e os elementos
culturais de seus agentes.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3- UFScar-TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS -2009

Considerando que o currículo é um processo de produção e\ou construção do conhecimento, a partir de


experiências de vidas dos professores e alunos, situados num contexto sócio histórico mais amplo,
assinale a alternativa compatível com essa definição.

a) A organização curricular deve levar em consideração as relações entre os agentes sociais que dela
participam num espaço e num tempo determinado e a definição de um suporte teórico que a sustente.

b) O currículo escolar é responsável pela produção do conhecimento neutro entre o sujeito individual e o
sujeito da comunidade.

c) O currículo caracteriza-se como o conjunto de disciplinas que compõem um curso organizadas em uma
matriz curricular.

d) O currículo é um instrumento formal preconcebido, delimitado, definidor das atividades que o


professor deve realizar na escola.

e) O currículo não deve contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento de identidades culturais, pois
dessa forma não estará situando os alunos como sujeitos conscientes dentro do universo simbólico que
os constitui sujeitos e cidadãos.

4- COPEC-UFAL-TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS-2009

O currículo é um dos locais privilegiados onde se entrecruzam saber e poder, representações e domínio,
discurso e regulação. É também no currículo que se condensam relações de poder e subjetividades
sociais.

( ) CERTO ( ) ERRADO
114
110

5-CESPE-SEDU-ES-PEDAGOGO-2010-ADAPTADA

O currículo compreende apenas a sistematização dos conhecimentos a serem transmitidos no processo


educativo.

6-AOCP-PEDAGOGO-2012-ADAPTADA

A palavra currículo associa-se distintas concepções, que derivam dos diversos modos de como a
educação é concebida historicamente, bem como das influências teóricas que a afetam e se fazem
hegemônicas em um dando momento.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7-A palavra currículo tem sido também utilizada para indicar efeitos alcançados na escola, que não
estão explicados nos planos e nas propostas, não sendo sempre, por isso, claramente percebidos pela
comunidade escolar.

8-O currículo é o coração da escola, o espaço central em que todos atuamos, o que nos torna, nos
diferentes níveis do processo educacional, responsáveis por sua elaboração.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9-O currículo constitui um dispositivo em que se concentram as relações entre a sociedade e a escola,
entre os saberes e as práticas socialmente construídos e os conhecimentos escolares.

( ) CERTO ( ) ERRADO

FGV-PEDAGOGO-2012-ADAPTADA

10-O currículo pode ser pensado apenas como um rol de conteúdos a serem transmitidos para um sujeito
passivo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

11- Conhecimentos, valores, costumes e hábitos não interferem na organização de um currículo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

TEORIA DE CURRICULO

12- CESPE-SEMEC-TERESINA-PEDAGOGO-2008-ADAPTADA

Metodologia e eficiência são conceitos que a teoria tradicional de currículo enfatiza.

( ) CERTO ( ) ERRADO

13- Eficiência e poder são conceitos que a teoria crítica do currículo enfatiza.

( ) CERTO ( ) ERRADO
115
110
14-Relações sociais e poder são conceitos que a teoria crítica de currículo enfatiza.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE-DETRAN-DF-PEDAGOGO-2009

Julgue os itens a seguir a luz da concepção crítica de currículo e de construção do conhecimento.

15-A eficiência é a diretriz que conduz todo o planejamento da organização do trabalho pedagógico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

16-O reconhecimento da existência de um currículo oculto é primordial para a identificação da ideologia


presente no cotidiano escolar.

( ) CERTO ( ) ERRADO

17-A subjetividade e o multiculturalismo são traços marcantes das teorias baseadas nessa concepção.

( ) CERTO ( ) ERRADO

18-A neutralidade dos saberes é defendida para a garantia da cientificidade de seleção de conteúdos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

19- A analise de relações de produção, busca da emancipação e da libertação das classes dominadas
direciona a organização curricular.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE-SEDF-PROFESSOR CLASSE A-2008

20- Ensino, planejamento e eficiência são conceitos enfatizados pela teoria tradicional de currículo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

21- A teoria crítica põe em relevo os conceitos de subjetividade, multiculturalismo e identidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

22- Os conceitos de ideologia, emancipação e reprodução cultural são próprios da teoria póscritica.

( ) CERTO ( ) ERRADO

IF BA-PREF-IRECÊ-BA-PEDAGOGO-2010-ADAPTADA

23- A teoria pós critica de currículo Põe em relevo temas como gênero, raça, etnia, sexualidade,
subjetividade e multiculturalismo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

MANIFESTAÇÕES DE CURRICULO
116
110
24-FGV-ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-RO-ANALISTA LEGISLATIVO-PEDAGOGIA-2018- ADAPTADA

O currículo real é aquele que se materializa dentro do espaço da sala de aula, com professores e
alunos, a cada dia.

( ) CERTO ( ) ERRADO

25-O currículo formal refere-se ás influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos
professores provenientes da experiência cultural de cada um.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE-TJ-CE-PEDAGOGO-2008 O currículo reflete intenções ( objetivos) e ações ( conhecimentos,


procedimentos, valores, formas de gestão, de avaliação, etc), tornadas realidades pelo trabalho dos
professores e, sob determinadas condições, providas pela organização escolar, tendo em vista a melhor
qualidade do processo ensino-aprendizagem. LIBANEO,J,C Organização e gestão da escola- teoria e
prática. Goiânia.2004,p 171 (adaptada) Acerca desse assunto tratado no texto acima, julgue os itens:

26-O currículo oculto é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino expresso em diretrizes
curriculares.

( ) CERTO ( ) ERRADO

27- Currículo real é aquele que de fato é trabalhado em sala de aula, em decorrência da efetivação do
que foi planejado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

28- As imagens de família presentes em determinados livros didáticos são exemplos de um tipo de
currículo intitulado oculto, pois não são explicitados em documentos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

29-O currículo pode ser compreendido em três dimensões, sendo a dimensão real a que reflete o que
acontece no dia a dia da sala de aula.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE-IPOJUCA-PEDAGOGO-2009

30-O currículo oculto é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino nas propostas curriculares dos
estados e municípios.

( ) CERTO ( ) ERRADO

31-O reconhecimento da existência de um currículo oculto é primordial para a identificação da ideologia


presente no cotidiano escolar.

( ) CERTO ( ) ERRADO
117
110
QUADRIX-SEEDF-PROFESSOR SUBSTITUTO-2018- ADAPTADA

32-Currículo oculto é um conceito do qual fazem parte rituais, relações hierárquicas, regramentos e
organização dos tempos e espaços escolares.

( ) CERTO ( ) ERRADO

FUNIVERSA-SESI-DF-PROFESSOR 1º AO 5º ANO-2010-ADAPTADA

33-O currículo oculto é constituído por todas aqueles aspectos que, sem fazer parte do currículo oficial,
explícito, contribuem, de forma nítida e transparente, para aprendizagens sociais relevantes.

( ) CERTO ( ) ERRADO

34-O currículo oculto reproduz, por meio da cultura escolar, as estruturas sociais e a ideologia dominante
do capitalismo. Por isso, o currículo oculto não interfere na subjetividade dos alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

35-A disposição das carteiras em filas indianas, em que cada aluno tem sua atenção voltada sempre para
frente, com o fim único de interromper toda e qualquer forma de comunicação entre os alunos, não pode
ser considerada um exemplo de aspecto do currículo oculto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

QUADRIX-SEEDF-PROFESSOR SUBSTITUTO-2018-ADAPTADA

36-O currículo formal constitui o conjunto das aprendizagens construídas e das experiências vividaspelo
estudante.

( ) CERTO ( ) ERRADO

37- São manifestações de currículo: o currículo formal, o currículo real e o currículo oculto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

38- Fazem parte do currículo oculto; rituais e práticas; relações hierárquicas; regras e procedimentos,
modos de organizar o espaço e o tempo da escola, a maneira como arrumamos as carteiras na sala de
aula.

( ) CERTO ( ) ERRADO

39-O currículo real é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino.

( ) CERTO ( ) ERRADO

40-Há uma distinção estabelecida entre vários níveis de currículo, cada qual com suas especificidades.
Sobre o currículo formal, pode-se afirmar que são diretrizes normativas prescritas.

( ) CERTO ( ) ERRADO
118
110

1-E 21-E
2-C 22-E
3-A 23-C
4-C 24-C
5-E 25-E
6-C 26-E
7-C 27-C
8-C 28-E
9-C 29-C
10-E 30-E
11-E 31-C
12-C 32-C
13-E 33-C
14-C 34-E
15-E 35-C
16-C 36-E
17-E 37-C
18-E 38-C
19-C 39-E
20-C 40-C
119
110

1- A realização de um trabalho sistematizado com base em uma visão estratégica e objetiva da


realidade é própria de planejamentos elaborados por meio da metodologia de projetos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2- O processo de planejamento compreende três dimensões: técnica, conceitual e política.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3- A elaboração e execução constituem etapas separadas, que não se relacionam, da elaboração de um


projeto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4- Ao elaborar um projeto, os gestores devem certificar-se da compatibilidade dos objetivos pretendidos


com a metodologia a ser utilizada para alcança-los.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5- Entre os elementos constitutivos do planejamento de ensino está o método que é o conjunto de


normas didáticas e atitudinais.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6- As disciplinas denominadas práticas pedagógicas ou de ensino constituem elos entre os


conhecimentos teóricos e o empirismo na formação do pedagogo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7- Ao planejar sua disciplina, o professor conta com recursos didáticos que podem ser materiais e (ou)
humanos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

8- Todas as ações escolares devem ter origem nos planos curriculares.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9- Plano de curso é o conjunto de ações a serem desenvolvidas na vigência de determinado período


letivo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

10- Na elaboração do planejamento, a etapa na qual se busca conhecer a realidade a ser modificada
chama-se classificação.

( ) CERTO ( ) ERRADO
120
110
11- Planejar é, sobretudo, preencher formulários para o controle administrativo da ação educativa.

( ) CERTO ( ) ERRADO

12- O planejamento independe do nível de preparo e das condições socioculturais e individuais dos
alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

13- Faz parte do planejamento de ensino selecionar material didático, identificar tarefas a serem
executadas pelo professor e pelos alunos e replanejar o trabalho docente conforme situações ocorridas
nas aulas

( ) CERTO ( ) ERRADO

14- O planejamento de ensino deve ser rígido e absoluto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

15- O planejamento é um processo de racionalização e organização da ação docente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

16- O planejamento diz respeito á função de formar progressivamente o currículo em diferentes etapas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

17-O planejamento curricular expressa as funções da escola em dado momento histórico e social

( ) CERTO ( ) ERRADO

18-No plano de aula, o professor deve especificar o que será realizado na sala, buscando aprimorar a
sua prática pedagógica, bem como melhorar o aprendizado dos alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

19-O plano de aula antecede hierarquicamente o plano de unidade diática.

( ) CERTO ( ) ERRADO

20-O planejamento curricular é fruto de uma sucessão de etapas que vai desde as definições adotadas
pelo Ministério da Educação até a realização do trabalho docente em sala de aula.

( ) CERTO ( ) ERRADO
121
110

1-C 11-E
2-C 12-E
3-E 13-C
4-C 14-E
5-C 15-C
6-C 16-C
7-C 17-C
8-C 18-C
9-C 19-E
10-E 20-C
122
110

1- QUADRIX-2018-SEDF-PROFESSOR SUBSTITUTO-ATIVIDADES Considerando os métodos, as


estratégias e as concepções de avaliação utilizados nos processos de ensino-aprendizagem, julgue o
próximo item. No contexto da prática docente, as técnicas são componentes operacionais do método.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2- QUADRIX-2018- SEDUCE-GO-PROFESSOR DE NÍVEL III- BIOLOGIA A avaliação somativa deve


ser realizada no início do período letivo para indicar o quanto o aluno já sabe a respeito dos conteúdos a
serem ministrados.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3-A avaliação diagnóstica deve ser realizada ao final do ano letivo para contribuir com a avaliação final
do aluno.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4-A avaliação formativa deve ser utilizada ao longo do ano letivo, permitindo o acompanhamento
contínuo do processo de aprendizagem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5-A avaliação por certificação de competências deve ser realizada para medição do que os alunos
conseguiram construir ao longo de um ano letivo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6-A avaliação classificatória deve ser uma prática das escolas, pois informa, de modo seguro, as
habilidades desenvolvidas por cada aluno.

( ) CERTO ( ) ERRADO

FGV-2019-PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS-RJ-MONITOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

7- Entre os componentes do processo de ensino-aprendizagem envolvendo docente e aluno, temos:


o , que deve responder a pergunta: “Para que ensinar?”; o , que deve responder
a pergunta: “ O que aprender?; e o que deve responder a pergunta: “Com o quê?” Assinale
a opção cujo os itens completam corretamente as lacunas do fragmento acima.

a) Recurso-conteúdo-objetivo
b) Objetivo-conteúdo-recurso
c)Conteúdo-recurso-objetivo
d) Recurso-conteúdo-método
123
IDECAN-2016-UFPB-PEDAGOGO 110

8- Os objetivos educacionais constituem de uma ação intencional e sistemática e são exigências que
requerem do professor um posicionamento reflexivo, que o leve a questionamentos sobre a sua própria
prática.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9- Os conteúdos não precisam fazer parte dos saberes advindos do conjunto social formado pela
cultura, ciência, técnica e arte, sendo ainda o elemento de mediação no processo de ensino.

( ) CERTO ( ) ERRADO

10- O método constitui as formas que o professor organiza suas atividades de ensino e de seus alunos
e regula as formas de interação entre ensino e aprendizagem, na qual os resultados obtidos é assimilação
consciente de conhecimentos e desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

IF-PE-2016-PROFESSOR-INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

11- Conteúdos, objetivos e métodos constituem uma unidade, não podendo ser considerados
isoladamente sendo o ensino inseparável das condições concretas de cada situação didática.

( ) CERTO ( ) ERRADO

12- Os conteúdos mesmo desvinculados dos objetivos, são insuficientes para efetivação do trabalho
docente e asseguram a assimilação de habilidades e conhecimentos.

( ) CERTO ( ) ERRADO IBADE-2016-SEDUC-RO-PROFESSOR CLASSE C- SÉRIES INICIAIS

13- Os recursos didáticos-pedagógicos são componentes do ambiente educacional estimuladores do


educando, facilitando e enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

14- Metodologia e todo material utilizado como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto
para ser aplicado pelo professor a seus alunos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

CESPE – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA- PEDAGOGIA- ABIN-2010

15- Na relação dos objetivos devem se observar se a relação objetivo-conteúdo expressa finalidades
sociais e pedagógicas.
( ) CERTO ( ) ERRADO

16- Os objetivos devem abranger critérios para a seleção de outros elementos que constituem o
planejamento de ensino, como, por exemplo, conteúdos, procedimentos, recursos e processos de
avaliação.

( ) CERTO ( ) ERRADO
124
110
17- A metodologia centrada na compreensão reflexão e ação caracteriza a tendência educacional
libertadora de Paulo Freire.

( ) CERTO ( ) ERRADO

18- Ao realizar um planejamento o professor deve pensar e estruturar um conjunto de objetivos e


conteúdos que devem ser trabalhados no decorrer do período previsto no planejamento. São eles
(Conteúdos reais, conceituais, procedimentais e atitudinais).

( ) CERTO ( ) ERRADO

QUADRIX-2019- PREFEITURA DE JATAÍ-GO- PROFISSIONAL DO MAGISTÉRIO-CLASSE III 19-


Assinale a alternativa que apresenta os passos didáticos de uma aula.

a) exposição da matéria, adequação curricular, apreensão, apropriação do conhecimento e avaliação


b) preparação ,aula expositiva, aprimoramento dos conhecimentos, compartilhamento e avaliação
c) introdução da matéria, treino, verificação da aprendizagem e avaliação da aprendizagem.
d) preparação da matéria, socialização dos conhecimentos e anlise dos centros de interesse.
e) introdução da matéria, tratamento didático do conteúdo novo e aprimoramento de conhecimentos e
habilidades.

FUNDAB-2013-IF-RR-PROFESSOR-PEDAGOGIA

20-No currículo tradicional, a avaliação mais valorizada é a:

a) comportamental
b) somativa
c) progressiva
d) diagnóstica
e) processual
125
110

1-C 11-E
2-E 12-E
3-E 13-C
4-C 14-E
5-E 15-C
6-E 16-C
7-B 17-C
8-C 18-E
9-E 19-E
10-C 20-B
126
110

1) CESPE-UNB (Adaptadas)

A avaliação formativa é processual, contínua, cumulativa, abrangente e interdisciplinar, com prevalência


dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2-A avaliação diagnóstica é utilizada quando se pretende encaminhar o aluno para a avaliação do
psicopedagogo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3-A avaliação da aprendizagem contribui para o planejamento do ensino, cujo foco é a avaliação dos
alunos e, para o planejamento do ensino, cujo foco é a avaliação do trabalho do professor.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4-A função da avaliação formativa é checar se os objetivos das políticas públicas foram atendidos. ( )
CERTO ( ) ERRADO

5-A avaliação da aprendizagem pode assumir diversas funções, como a diagnóstica, a formativa e a
somativa, ocorrendo preponderantemente, antes, durante e depois do processo formativo.

6-A avaliação somativa é uma avaliação de aprendizagem de acordo com a qual as notas e conceitos
são atribuídos ao aluno.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7-A avaliação somativa funciona como parâmetro para checagem das metas que a direção da escola
ainda necessita alcançar.

( ) CERTO ( ) ERRADO

8- A avaliação do ensino consiste em os alunos atribuírem notas e conceitos aos desempenhos dos
professores.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9-A avaliação diagnóstica revela apenas os conhecimentos que o aluno não aprendeu.

( ) CERTO ( ) ERRADO

10-A avaliação da aprendizagem aplicada a um aluno jamais deve ser usada para informar os
professores da escola como é o desempenho escolar dele.

( ) CERTO ( ) ERRADO

11-Currículo e avaliação devem ser definidos separadamente

( ) CERTO ( ) ERRADO
127
110

12-A avaliação da aprendizagem não pode interferir no modo como o professor planeja sua prática
pedagógica, pois seu foco é o desempenho do aluno, e não o do professor.

( ) CERTO ( ) ERRADO

13-A avaliação escolar ocorre sempre de forma explicita em função da necessidade de registro dos
resultados.

( ) CERTO ( ) ERRADO

14-Os efeitos da avaliação da aprendizagem não se direcionam ao planejamento pedagógico do ano


letivo de sua aplicação, mas ao ano letivo posterior.

( ) CERTO ( ) ERRADO

15-A avaliação formativa visa acompanhar, de forma contínua, o desempenho do aluno durante o
processo de ensino-aprendizagem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

16-A avaliação da aprendizagem baseia-se na concepção de educação que norteia a reflexão do aluno
sobre seus acertos, de fundamental importância para a formação do cidadão.

( ) CERTO ( ) ERRADO

17-A avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, adota uma estratégia de
progresso individual e contínuo que favorece o crescimento do educando, preservando a qualidade
necessária para sua formação escolar, sendo organizada de acordo com as regras comuns a essasduas
etapas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

18-O uso de um currículo crítico e transformador possibilita uma prática avaliativa classificatória e
autoritária.

( ) CERTO ( ) ERRADO

19-A função classificatória da avaliação tem o propósito de identificar as causas de repetidas dificuldades
na aprendizagem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

20-A avaliação institucional deve ser realizada com base na proposta pedagógica da escola, assim como
do seu plano de trabalho, de maneira a possibilitar a análise de seus avanços e localizar aspectos que
merecem reorientação.

( ) CERTO ( ) ERRADO
128
110

1-C 11-E

2-E 12-E

3-C 13-E

4-E 14-E

5-C 15-C

6-C 16-E

7-E 17-C

8-E 18-E

9-E 19-E

10-E 20-C
129
110

Diversos (Adaptadas)

1) O modelo pedagógico difundido por Paulo Freire encontra-se inserido na pedagogia:

a) libertadora
b) tecnicista
c) tradicional
d) libertária

2) sobre a Educação e a Escola no Brasil, Saviani identifica quatro grandes concepções na organização,
orientação e funcionamento da escola. Assinale a alternativa correta:

a) concepção humanista, tradicional, moderna, analítica e dialética


b) concepção positivista, humanista, moderna, analítica e dialética
c) concepção humanista, moderna, analítica, pós- moderna e dialética
d) concepção humanista, cognitivista, analítica, moderna e dialética
e) concepção humanista, tradicional, positivista, critico social e analítico.

3) A prática do professor está focada na realização pessoal do aluno através de seu próprio esforço, cujos
conteúdos são acumulados historicamente sem reconstrução ou questionamentos. A aprendizagem se
dá de forma receptiva, automática, propiciando a memorização. Assim podemos afirmar que esta
tendência é:

a) tendência pedagógica renovada progressista.


b) tendência pedagógica progressista libertadora.
c) tendência pedagógica progressista crítico-social dos conteúdos.
d) tendência pedagógica renovada não diretiva.
e) tendência pedagógica liberal tradicional

4) Entre as práticas pedagógicas progressistas, estão as pedagogias:

a) tecnicista, tradicional e crítico-social dos conteúdos.


b) libertária, tradicional e renovada.
c) tradicional, tecnicista e renovada.
d) libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos

5) O Movimento dos Pioneiros da Educação Renovada também pode ser chamado de Movimento:

a) renovador da educação pública.


b) dos intelectuais da educação.
c) escolanovista.
d) educacional europeu.

6) De acordo com Saviani (1983), qual a identificação CORRETA da abordagem da ação pedagógica
centrada no processo e daquela que tem seu centro no produto?
130
a) Freinetiana e Freiriana 110

b) Crítica e Reprodutivista.
c) Escola Nova e Tradicional.
d) Montessoriana e de Conteúdos.

7) na tendência tradicional, a Pedagogia Liberal se caracteriza por:

a) subordinar a educação à sociedade, tendo como função a preparação de recursos humanos por meio
da profissionalização. b) valorizar a autoeducação, a experiência direta sobre o meio pela atividade e o
ensino centrado no aluno e no grupo.
c) acentuar o ensino humanístico, de cultura geral, através do qual o aluno deve atingir pelo seu próprio
esforço, sua plena realização.
d) considerar a educação um processo interno, que parte das necessidades e dos interesses individuais.
e) focar no aprender a aprender, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do sabe

8) A aprendizagem, de acordo com a concepção pedagógica liberal renovadora não diretiva:

a) consiste em modificar as percepções da realidade


b) baseia-se na motivação e na estimulação de problemas
c) baseia-se no desempenho do aluno. d) prioriza a resolução de situações-problema a partir de temas
geradores.
e) ocorre a partir da interação social, da construção de conhecimento em grupo.

9) confrontar a experiência do aluno com o saber sistematizado constitui método de ensino-


aprendizagem próprio da concepção pedagógica.

a) liberal tecnicista
b) progressista histórico-crítica
c) liberal renovadora progressiva
d) progressista libertadora
e) progressista libertária.

10) considerando a tendência pedagógica liberal tecnicista, é falso afirmar que:

a) O tecnicismo educacional ganhou autonomia enquanto tendência pedagógica nos anos 60, inspirada
na teoria behaviorista da aprendizagem e na abordagem sistêmica do ensino.
b) A tendência tecnicista está interessada na racionalização do ensino, no uso de meios e técnicas mais
eficazes, prevalecendo o uso de manuais de caráter instrumental.
c) Os livros didáticos utilizados nas escolas que adotam essa tendência são elaborados com base na
tecnologia da instrução.
d) A tendência tecnicista foi imposta às escolas pelos órgãos oficiais do governo populista, por ser
compatível com a orientação econômica, política e ideológica vigente nesse período.
e) No tecnicismo, o professor é um administrador e executor do planejamento, que é organizado com
objetivos, conteúdos, estratégias e avaliação
131
110

1-A

2-E

3-E

4-D

5-C

6-C

7-C

8-A

9- B

10 - D
132
110
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