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Pensamento Educacional

Liberal
(características gerais):

Surgiu como justificação do


sistema social-capitalista
que estabelece uma forma
de organização social em
classes, sendo uma
manifestação própria desse
tipo de sociedade;
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar

Apresenta-se nas suas


formas ora conservadora,
ora renovada, sendo
classificada como:
Tradicional,
Renovada progressivista,
Renovada não-diretivo e
Tecnicista;
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar

Sustenta a ideia de que a


escola tem, por função,
preparar os indivíduos para
o desempenho de papéis
sociais, de acordo com as
aptidões individuais;
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar

Enfatiza o aspecto cultural, encobrindo a


realidade das diferenças de classe;
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar

Difunde as ideias de
igualdade de
oportunidades, porém,
desconsidera a
desigualdade de condições.
Pensamento Educacional
Progressista
(características gerais)

Parte da análise crítica da


realidade social;

Tem-se manifestado em
diversas versões entre elas:
Libertadora,
Libertária,
Crítico-social,
Paradigmas emergentes pós
modernos ;
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar

Sustenta as finalidades
sócio-políticas da
educação;

• é um instrumento de
luta dos professores, ao
lado de outras práticas
sociais;
Alicerça uma educação que
leva em consideração o
indivíduo como ser que
constrói sua própria história;

O desenvolvimento
intelectual se apresenta por
meio de compartilhamento
de ideias, informações,
responsabilidades, decisões e
cooperações entre os
indivíduos;
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar

Admite o grupo
como fonte de
equilíbrio e
contradições;

Admite que, na
escola, cada
indivíduo, no grupo,
tem sua própria
leitura de mundo.
Paradigma Liberal Tradicional
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar
Paradigma Liberal Tradicional

Nesta tendência, segundo


Libâneo (1994), o ensino é:

Acentuadamente humanístico,
de cultura geral, no qual o
educando é formado para
atingir, por méritos próprios,
sua plena realização como
pessoa.
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar

Mizukami (1986) aponta, como


característica geral da abordagem
tradicional:

o ensino centrado no professor,


voltando-se para o que é externo ao
aluno (programa e disciplinas) enquanto,
apenas executa o que lhe ordenam.

O professor tem o papel de garantir que


o conhecimento seja absorvido pelo
aluno, independentemente do interesse
dele pelo assunto.

O aluno é considerado um pequeno


adulto, porém, sem o direito de externar
suas vontades.
Paradigma Liberal Renovada Progressivista ou
Escolanovista
Tendência Pedagógica Renovada

Progressivista ou Escolanovista

A tendência renovada progressisivsta

acentua, tal qual a tradicional:

o sentido da cultura como desenvolvimento

das aptidões do indivíduo,

partindo dos interesses necessários para sua

adaptação ao meio; por isso faz parte do

paradigma liberal.
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar
Mas, apesar disso, apresenta-
se como um movimento de
reação ao tradicionalismo,
buscando fundamentar-se na
Biologia e na Psicologia,
enfatizando o indivíduo e sua
capacidade criadora.

É uma abordagem que


absorve várias correntes de
pensamento, embasando-se
nos pressupostos de Dewey e
Piaget.
O paradigma liberal
renovado progressivista foi
acolhido, no Brasil, por volta
de 1930, difundido pelos
Pioneiros da Escola Nova,
entre os quais se destaca
Anísio Teixeira e Florestan
Fernandes, que lutaram pelo
Movimento Escolanovista.
O princípio norteador da
Pedagogia Renovada
Progressivista é o da
valorização do indivíduo
como ser ativo e social.

O centro da atividade
escolar desloca-se da figura
do professor para a do
aluno como ser ativo e
curioso.

O mais importante é o
processo de aprendizagem
e, não o ensino.
Paradigma Liberal Tecnicista
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar

Paradigma Liberal Tecnicista

A tendência tecnicista
fundamenta-se no
positivismo e propõe uma
ação pedagógica inspirada
nos princípios da
racionalidade, da eficiência,
da eficácia e da
produtividade.
Subordina a educação à
sociedade, preparando
mão-de-obra para a
indústria.

Assim, a educação treina,


cientificamente, nos
alunos, os
comportamentos de ajuste
às metas da sociedade
industrial e tecnológica.
O chamado tecnicismo educacional – que
tomou corpo, no Brasil, a partir da década
de 70, com a LDB 5692/71 - foi inspirado nas
teorias behavioristas (sendo Skinner um dos
seus ícones) da aprendizagem, que definiu
uma prática pedagógica altamente
controlada e dirigida pelo professor, com
atividades mecanicistas, inseridas numa
proposta educacional totalmente
programada em detalhes.
O importante, nesta tendência, é a
organização racional dos meios, o planejamento e
o controle que asseguram a produtividade; os
alunos e professores são considerados elementos
secundários nesse processo educativo.
Paradigma Progressista Libertador
Tendências Pedagógicas da Prática Escolar
Paradigma Progressista Libertador

O paradigma libertador tem


suas origens no Movimento de
Educação Popular que ocorreu no
final da década de 50 e início da
década de 60, quando foi
interrompido pelo golpe militar e
teve sua retomada no final da
década de 70 e início dos anos 80,
com a abertura política.
Paulo Freire é o inspirador e mentor da pedagogia libertadora,

mencionando sempre o caráter essencialmente político de sua


proposta,

pois questiona, concretamente, a realidade das relações do


homem com a natureza e com os outros homens,

caracterizando-se por um processo de busca de mudanças


sociais,

tornando-se essencial uma educação que propicie uma prática


pedagógica crítica,

reflexiva e transformadora.
Para isso, as relações que se
travam no interior da escola são
fundamentais.
A escola deve estabelecer um
clima de troca,
de diálogo,
de inter-relação,
de enriquecimento,
instigando a participação do
aluno e do professor
para a reflexão num contexto
histórico e
provocando a intervenção para
as
transformações sociais.
Paradigma Progressista Libertário
Paradigma Progressista
Libertário

A pedagogia libertária
espera que a escola
exerça uma
transformação na
personalidade dos alunos
num sentido libertário e
autogestionário.
A escola instituirá, com base na participação
grupal, mecanismos institucionais de
mudança (assembléias, conselhos, eleições,
reuniões, associações etc.), de tal forma que
o aluno, uma vez atuando nas instituições
"externas", leve para lá tudo o que aprendeu.
Outra forma de atuação da pedagogia libertária,
correlata à primeira, é – aproveitando a margem
de liberdade do sistema - criar grupos de pessoas
com princípios educativos autogestionários
Há, portanto, um sentido
expressamente político, à
medida que se afirma o
indivíduo como produto do
social e que o desenvolvimento
individual somente se realiza
no coletivo.
Características:

• Vivência grupal,

• Colocar nas mãos dos alunos


tudo o que for possível,

• Os alunos têm liberdade de


trabalhar ou não, ficando o
interesse pedagógico na
dependência de suas
necessidades ou das do grupo.
Paradigma Progressista Crítico–social dos
Conteúdos
Paradigma Progressista
Crítico–social dos
Conteúdos

Assegura, então, a
função social e política da
escola como
sistematizadora dos
conhecimentos, a fim de
colocá-los às classes
populares, tornando-as em
condições de participarem
efetivamente das lutas
sociais.
A atuação da escola consiste na
preparação do aluno para o mundo
adulto e suas contradições,
fornecendo-lhe subsídio por meio
da aquisição de conteúdos e da
socialização, para uma
participação organizada e ativa na
democratização da sociedade.
A relação que se
estabelece entre
professor e aluno
consiste na colaboração
mútua para fazer
progredirem as trocas
que se estabelecem na
interação entre o meio e
o sujeito para a
construção de
conhecimento.

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