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Universidade Federal de Minas Gerais

Núcleo de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

Laís Grossi de Oliveira

Ativismos
e a Cidade redes de resistência na produção do urbano

Belo Horizonte
2016
Laís Grossi de Oliveira

Ativismos e a Cidade:
redes de resistência na
produção do urbano
Dissertação apresentada ao Núcleo de Pós-graduação
em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal
de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção
do título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo.
Área de Concentração: Teoria, Produção e Experiência
do Espaço
Orientadora: Profa. Dra. Silke Kapp

Belo Horizonte
2016
FICHA CATALOGRÁFICA

Grossi de Oliveira, Laís.


G878a Ativismos e a cidade [manuscrito] : redes de resistência na produção
do urbano / Laís Grossi de Oliveira. - 2016.
210 p. : il.

Orientadora: Silke Kapp.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais,


Escola de Arquitetura.

1. Espaço urbano – Aspectos sociais - Teses. 2. Belo


Horizonte (MG) - Teses. 3. Movimentos sociais urbanos - Teses. 4.
Ativistas políticos - Teses 5. Tática política - Teses. I. Kapp, Silke.
II. Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Arquitetura.
III. Título.
à minha mãe e ao meu pai
agradecimentos

Às amigas e aos amigos, incansáveis nos momentos de festa,


de trabalho, de tabelas infinitas, de correria, de conversas:
Aninha, que deu cara à linha do tempo;
Camila, Joana, Laura, Luna, Thaís, Maurício e Rod,
companheiras de percurso, cuja convivência foi pra mim
um dos grandes ganhos desse mestrado;
Júlia, rainha das tabelas, que revolucionou a linha de
produção;
Lulis, com quem dividi muitas tardes de conversa, cozinha
e corte de cabelo;
Mari e João, almas (tri) gêmeas e tradutores de última hora;
Minha mãe e Maria, leitoras cuidadosas que tomaram
conta de minhas vírgulas, ‘à’s, estes e istos’ fora de lugar e
também das frases ininteligíveis;
Núria, sempre trazendo doses de ânimo, ao me lembrar das
delicadezas do mundo. A maior delas, a Rita, irmã gêmea
desta dissertação;
Raquel, companhia nas horinhas de descuido.
À Silke que me ajudou a dar sentido às informações
reunidas ao longo do processo e que deixou mais leve um
processo angustiante por si só.
Às professoras e professores dentro e fora de sala: Alícia,
Ana Assis, Ana Baltazar, Heloísa, Júnia, Geraldo, Ró,
Roberto Mont-Mór e Rogério.
À Rita e ao Felipe pelas contribuições durante o processo.
Aos companheiros da ASF-Brasil, que cobriram os buracos
deixados nesse período de afastamento.
Às entrevistadas e aos entrevistados que dividiram comigo
tantas impressões e visões de mundo que deram origem a
inúmeras reflexões dentro e fora deste trabalho.
À Paula do NPGAU que nos ajudou a enfrentar as
burocracias.
E à Capes pela bolsa que me permitiu dedicar a esta
pesquisa.
resumo

O universo desta pesquisa é constituído por 39 ativismos


urbanos de Belo Horizonte, entendidos como grupos da
sociedade civil que se contrapõem à dinâmica espacial
dominante. Busca-se compreender sua constituição
enquanto atores coletivos na produção do espaço urbano, em
especial nos momentos em que se faz possível a articulação
entre os grupos, momentos estes em que sua representação
política é ampliada. Para tal, a investigação apoia-se na
análise de entrevistas com ativistas, da literatura produzida
sobre o tema e do monitoramento das ações das fanpages
dos ativismos no facebook entre setembro de 2015 e maio
de 2016.
A cidade, enquanto produto e produtora das relações
de dominação que se estabelecem em nossa sociedade,
não poderia ter outra configuração que não desigual,
fragmentada e segregada. Buscando romper essa dinâmica,
os ativismos - que delimitam um universo de vasta
diversidade de abordagens, táticas, posicionamentos
políticos e temáticas de luta - emergem como uma força
na disputa pela produção do espaço urbano, junto ou - o
que é mais comum - contra o Estado e a iniciativa privada.
É evidente a assimetria de poderes nesse contexto sobretudo
ao considerarmos que, frequentemente, os ativismos
estão em oposição aos demais atores. Algum aumento de
expressividade e, portanto, de poder político é alcançado,
quando articulações em torno de lutas comuns são
empreendidas. Entretanto, conformadas em momentos de
emergência, quando perdas são vislumbradas, configuram-
se, sobretudo, como redes de resistência.

Palavras chave: Ativismos urbanos, Belo Horizonte,


Movimentos Sociais, Lutas urbanas, Produção social do
espaço, Redes de resistência
Abstract

The universe of this research consists of 39 urban activisms


from Belo Horizonte, Brazil, understood as civil society
groups that counteract the dominant spatial dynamics. We
seek to understand their constitution as collective actors in
the production of urban space, especially in moments when
it is possible to articulate groups, through which their
political representation is enlarged. For such, the research
relies on the analysis of interviews with activists, on the
literature produced on the subject and on monitoring
the actions of activisms’ fanpages on facebook, between
September 2015 and May 2016.

The city, as a product and producer of the relations of


domination that are established in our society, could not
have another configuration than an unequal, fragmented
and segregated one. Seeking to break this dynamic, the
activisms – that delimit a universe of wide approaches,
tactics, political positions and claim issues – emerge as a
force in the dispute over the production of urban space,
with or (more commonly) against the State and the private
initiative.

It is evident the asymmetry of power in this context,


mainly when we consider that, frequently, activisms are in
opposition to the other actors. A raise of expressivity and,
therefore, political power is achieved when articulations
surrounding common struggles are undertaken. However,
shaped in moments of emergency when losses are expected,
they configure, above all, networks of resistance.

Keywords: Urban activisms, Belo Horizonte, Social


Movements, Urban struggles, Social production of space,
Networks of resistance.
Sumário

Introdução 7

Espacialização da luta urbana 17

Lefebvre, Gramsci e o espaço hegemônico 18

Construção de uma história 22

Formação (~1897-1964) 25

Golpe (~1960-1983) 29

Retomada (~1975-1988) 30

Institucionalização (~1985-2009) 34

Novos ativismos urbanos 37

Emergência da juventude 38

Luta Institucional, Luta direta dos novos ativismos 43

Espaço digital 51

Articulações 56

Redes na rede 60

Luta espacializada e articulada 67

Redes Ativistas na produção da cidade 68

Praia da Estação 70

Jornadas de Junho e o surgimento da APH-BH 72

A Primeira Ocupação da Câmara Municipal 75

Ocupação da Prefeitura de Belo Horizonte 77

#ResisteIzidora 78

Ato 15M: o Direito à Cidade como unificador dos ativismos? 81

Copa do Mundo Fifa de Futebol 2014 83

Segunda Ocupação da Câmara Municipal 86

Ocupa Direcional 88

Frente Ampla Contra o PL 2946/2015 88

Crise Política 90

Considerações finais 111

Bibliografia 115

Apendice - Linha do tempo dos ativismos de Belo Horizonte 120


lista de figuras, tabelas e grafos
53 Tabela 1: As “curtidas à
fanpage Resiste Izidora

65 grafo 1 | rede de grau 1

66 grafo 2 | rede de grau 2

93 grafo 3 | #resisteizidora

94 grafo 4| segunda ocupação


da câmara municipal

94 grafo 5| pl2946

95 grafo 6 | crise política

101 grafo 7 | setembro 2015

102 grafo 8 | outubro 2015

103 grafo 9| novembro 2015

104 grafo 10|dezembro 2015

105 grafo 11| janeiro 2016

106 grafo 12|janeiro 2016

107 grafo 13| março 2016

108 grafo 14|abril 2016

109 grafo 15| maio 2016


Siglas e abreviaturas
ACO Ação Católica Operária
AEIS Área Especial de Interesse Social
AGE Advocacia Geral do Estado
AMABEL Associação dos Moradores de Aluguel de Belo
Horizonte
Amau Articulação Metropolitana de Agricultura Ur-
bana
ANSUR Articulação Nacional do Solo Urbano
APH-BH Assembleia Popular Horizontal
ASF-Brasil Associação Arquitetos Sem Fronteiras - Brasil
AUTC Associação de Usuários de Transporte Coletivo
da Grande Belo Horizonte
BH Belo Horizonte
BNH Banco Nacional da Habitação
CEDES Conselho Estadual de Desenvolvimento
Econômico e Social
Cephap Conselho Estadual de Planejamento e Habi-
tação Popular
CGO Custo de Gerenciamento Operacional
Chisbel Coordenação de Habitação de Interesse Social
CMBH Câmara Municipal de Belo Horizonte
CNH Conselho Nacional de Habitação
CNH Conselho Nacional de Habitação
COMOPOM Cooperativa do Movimento Popular
COMPUR Conselho de Políticas Urbanas (COMPUR)
Comupra Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de
Abreu
COPAC Comitê dos Atingidos pela Copa
COPAM Conselho de Políticas Ambientais
CPT Comissão Pastoral da Terra
CRTT Comissão Regional de Transporte e Trânsito
FAMOBH Federação das Associações de Moradores de
Belo Horizonte
FNH Fundo Nacional de Habitação
FTFBH Federação dos Trabalhadores Favelados de Belo
Horizonte
IAB Instituto dos Arquitetos do Brasil
IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano
JOC Juventude Operária Católica
MLB Movimento de Luta nos Bairro, Vilas e Favelas
MNRU Movimento Nacional pela Reforma Urbana
MPL-BH Movimento Passe Livre - BH
MTST Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
OP Orçamento Participativo
OPH Orçamento Participativo da Habitação
PBH Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
PC do B Partido Comunista do Brasil
PCB Partido Comunista Brasileiro
PEC Proposta de Emenda à Constituição
PL Projeto de Lei
PMMG Polícia Militar de Minas Gerais
PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PNH Plano Nacional de Habitação
PROVAVELA Programa Municipal de Regularização de Fave-
las
PSB Partido Socialista Brasileiro
PT Partido dos Trabalhadores
PUC-Minas Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais
PV Partido Verde
RMBH Região Metropolitana de Belo Horizonte
Serfhau Serviço Federal de Habitação e Urbanismo
SSQN Serviços de Qualquer Natureza
UDC União de Defesa Coletiva
UFES Universidade Federal do Espírito Santo
UFMG Universidade Federal do Estado de Minas Gerais
UMPE União dos Movimentos Populares Indepen-
dentes
UNA-BH Centro Universitário Una
Urbel Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte
UTP União de Trabalhadores de Favela
INTRODUÇÃO
introdução 8

A cidade é produto de uma realidade em que se performam relações de dominação como


aquelas entre classe, raça e gênero. As cidades contemporâneas, portanto, não poderiam
ter outra configuração que não desigual, fragmentada e segregada. Trata-se de espaços
em que os mais pobres, em sua maioria negros, são expulsos dos centros, para periferias
carentes de infraestruturas e serviços. Enquanto isso, os mais ricos se auto-segregam
protegidos por seus aparatos de segurança. São espaços em que os interesses econômicos
se sobrepõem aos ambientais e aos sociais, em que áreas verdes são substituídas por gran-
des condomínios e córregos são tamponados e retificados, em que os espaços públicos
são privatizados e seu acesso negado a frequentadores indesejados (os moradores de rua,
os de periferia, os vendedores ambulantes), em que o modelo rodoviarista com base no
veículo individual é o dominante, em que direitos, assim como aquele à habitação, são
tratados como produto, e que, em razão de megaeventos, inúmeras famílias são despe-
jadas. São espaços em que somente um modo de vida, um modo de se relacionar com
a natureza, um modo de produção - o do conhecimento científico e fragmentado - são
aceitos, homogeneizando a cidade e a vida de seus habitantes.

Nesse cenário, lutas urbanas coletivas surgem como fagulhas de esperança: seriam elas
capazes de promover mais justiça e igualdade em nossas cidades?

O presente trabalho nasce dessa expectativa e em uma conjuntura de retomada do inte-


resse acadêmico pelas lutas urbanas. Após um período de notória aproximação da Aca-
demia com a temática (entre a redemocratização e o fim dos anos 1980), a desarticulação
das lutas influenciou seu abandono como objeto de pesquisa. Sua volta relaciona-se jus-
tamente à nova emergência dessas lutas, sobretudo após junho de 2013, quando milhões
foram às ruas trazendo as mais diversas pautas de reivindicação. Como observa Marcelo
Lopes de Souza “parece que há uma relação evidente entre a força (aí incluída a visibili-
dade pública) dos ativismos e o interesse acadêmico por eles” (Souza, 2009, p.13).

A sociedade civil emerge como possibilidade de contraponto às dinâmicas urbanas do-


minantes, em geral advindas de uma consonância entre iniciativa privada e Estado. Nesse
contexto, o urbanismo, entendido como a instância oficial de controle do urbano, reforça
as desigualdades estruturais da sociedade. Pode-se registrar, porém, tanto uma atuação
conservadora por parte da sociedade civil, reforçando o status quo, quanto, eventualmen-
te, o Estado atuando na amenização de desigualdades (Souza, 2006; 2008 e 2004).
9 introdução

As ações da sociedade civil e seus impactos não podem ser entendidos como casos isola-
dos. Torna-se central apreendê-la como um ator coletivo que age na produção da cidade,
junto ou - o que é mais comum - contra o Estado e a iniciativa privada. Para tanto, é
necessário compreender como se configura e as articulações que se desenvolvem entre os
grupos que constituem esse ator.

Desde o contexto de Belo Horizonte, busco investigar movimentos, ativismos, associa-


ções, comitês, fóruns, coletivas e coletivos1 para os quais o espaço é elemento catalisador
de suas ações, de referência identitária ou condicionante de suas táticas e estratégias.
Grupos que, em última instância, tenham o objetivo de transformar as dinâmicas do
espaço urbano2. É central para eles a luta pelo acesso à cidade e aos seus equipamentos e
serviços, mas, mais ainda, a questão do direito à cidade tal como defendido por Lefebvre
(2008): o direito de transformar a cidade, de participar na tomada de decisão sobre seus
rumos e dela se apropriar.

A centralidade do espaço baseia-se em seu papel, observado por Lefebvre (2006), como
produto e produtor das relações sociais. O autor concentra-se em sua função na manu-
tenção do modo de produção capitalista, apesar de sinalizar o papel do espaço também
na reprodução de outras relações de dominação como aquelas de raça e de gênero. Se
ele possui essa importância na reprodução dessas assimetrias, não seria possível seu uso
subversivo? O próprio Lefebvre afirma em A produção do espaço que uma transformação
social somente é completa se também se modificam sua espacialidade e sua temporalida-
de, ou seja, que o espaço e o tempo produzidos por essa nova sociedade não reflitam ou
reforcem as relações de dominação por ela combatidas (Lefebvre, 2006). Dessa forma, o
espaço, como meio de produção, controle e dominação, carrega o potencial de transfor-
mação (Lefebvre, 2006).

Tomarei emprestado de Marcelo Lopes de Souza o termo ativismo urbano em sentido forte
- ou apenas ativismo urbano quando o contexto estiver claro - para denominar os grupos
desta pesquisa. Encaixam-se nessa categorização grupos da sociedade civil que se con-
traponham às dinâmicas espaciais urbanas dominantes com ações públicas organizadas
e relativamente duradoras (mais do que uma passeata, por exemplo) (Souza, 2004). Em
contraposição a «movimento social», mais correntemente adotado na literatura acadêmi-
ca sobre atores coletivos da sociedade civil, a adoção do termo serve para contornar duas
questões. A primeira delas, é a necessidade levantada pelo autor de diferenciação entre
grupos da sociedade civil com um horizonte de transformação mais amplo daqueles que
1 Todos esses termos são utilizados pelos grupos para se autodenominarem.
2 Obviamente o espaço urbano enquanto lócus do poder e da política é uma pauta que atravessa todos os
ativismos urbanos, que inclusive podem utilizá-lo de forma estratégica. Entretanto sua dinâmica é uma
pauta secundária, não constituindo o cerne desses ativismos.
introdução 10

se atêm à solução de problemas pontuais e localizados. O termo movimento social deve


reservar-se àqueles que lutam por transformações estruturais e ambiciosas.

A segunda razão, é que os grupos de estudo se autodenominam de inúmeras maneiras,


evidenciando muito de seus valores fundamentais. Os integrantes da Praia da Estação3
(um dos grupos aqui investigados), por exemplo, rechaçam enfaticamente as denomi-
nações movimento e coletivo, por acarretarem uma série de pressupostos com os quais
não se identificam. Desse modo, o termo ativismo urbano é, por sua generalidade, capaz
de abarcar toda a pluralidade de organizações e associações coletivas, sem, no entanto,
imprimir sobre elas os sentidos atrelados a termos mais correntes.

Embora relevantes, não pretendo ocupar-me neste trabalho das discussões a respeito do
termo movimento social e sua distinção das demais ações coletivas. Isso porque restringir-
me aos grupos que trazem horizontes de luta radicais poderia resultar em duas posturas
opostas, mas igualmente perniciosas. Uma primeira seria enquadrar determinados gru-
pos na categoria movimentos sociais como forma de legitimá-los e reconhecer sua impor-
tância, ignorando, porém, o caráter restrito de suas ações e a falta de questionamentos a
problemas estruturais na reprodução de relações sociais. Outra seria desconsiderar ini-
ciativas capazes de transformações que, mesmo parcelares e não estruturais, contribuem
na produção da cidade.

Foram selecionados 39 ativismos urbanos com atuação em Belo Horizonte, conforman-


do um universo com vasta diversidade de abordagens, táticas, posicionamentos políticos
e temáticas de luta, o que podemos ver sintetizado na figura a seguir (fig. 1). A marcação
temporal é uma informação importante, pois grupos anteriores e atuais possuem dife-
rentes formas de atuação e de articulação. Os ativismos internos ao retângulo cinza são
aqueles denominados ao longo do trabalho como novos ativismos urbanos, em contrapo-
sição aos tradicionais. É também uma marcação temporal importante à sua dinâmica, os
protestos de junho de 2013. Uma série de ativismos surgem após esse período, como é
possível perceber na figura. Alguns, como a Assembleia Popular Horizontal (APH-BH),
o Tarifa Zero e o Movimento Passe Livre - BH (MPL-BH) são reverberações diretas
dos protestos. Embora não seja possível estabelecer essa mesma relação com outros ati-
vismos pós-junho, evidentemente, eles foram influenciados pelo imaginário que surge
após o período, alimentados pelo impacto da escala dos protestos e pela sinalização de
ganhos e transformações que pareciam finalmente se concretizar.

As linhas que juntam os ativismos demonstram as diferentes categorias aos quais eles
pertencem tomando por base aspectos como forma de organização, pautas, posição po-
11 introdução

líticas, conjuntura de criação etc. Não pretendo esgotar aqui essas categorias, limitar-
me-ei àquelas importantes ao contexto do trabalho e que serão discutidas em capítulos
posteriores:

1. Ativismos urbanos tradicionais com a pauta da habitação - grupos surgidos entre


o fim dos anos 1980 e início dos 1990. Em seus primórdios protagonizaram inú-
meras ações diretas, desde grandes manifestações a ocupações de áreas vazias e
lugares simbólicos. Devido à relação estreita com os partidos surgidos após o fim
da ditadura civil-militar (sobretudo, mas não exclusivamente, o Partido dos Tra-
balhadores), eles foram sendo aos poucos incorporados ao aparelho estatal e aos
canais institucionalizados de participação, abandonando, assim, as ações diretas;

2. Ativismos urbanos com a pauta da proteção ambiental - defendem a preservação


das áreas de importância ambiental na cidade, sempre em perigo pela expan-
são urbana ou pelos interesses econômicos na exploração de recursos naturais. É
ainda parte de sua pauta a recuperação de áreas e cursos d’água degradados pelo
modo de vida urbano;

3. Ocupações urbanas para fins de moradia - diante da ineficiência na provisão pú-


blica de moradias, a tática foi retomada sistematicamente após 2009 por alguns
ativismos de Belo Horizonte. Existem hoje dezesseis ocupações urbanas no mu-
nicípio de Belo Horizonte, nas quais mais de 9 mil famílias residem (Bittencourt,
Et al. 2016). Fazem parte também dessa categoria, os ativismos apoiadores das
comunidades;

4. Ativismos ligados à pauta da mobilidade - desde 1987 existem ativismos locais


atuando pela melhoria do transporte público. Outras pautas são trazidas para a
discussão da mobilidade urbana com os cicloativismos já na segunda metade dos
anos 2000. Sob influência de outros grupos do Brasil e pelas Jornadas de Junho
de 2013, surgem novos ativismos na luta por um transporte público gratuito.

5. Ocupações de espaços públicos e vazios para outros fins - elas dividem a mes-
ma tática que as ocupações para fins de moradia - ação direta e apropriação de
espaços urbanos subutilizados - , mas com objetivos distintos. As intervenções
culturais são importantes ferramentas de ação desses ativismos, que trazem pau-
tas distintas como direito das mulheres, o combate a práticas de higienização, à
privatização da cidade e ao descaso em relação ao patrimônio construído;

6. Ativismos de relação direta com os protestos de 2013 e a Copa do Mundo de


introdução 12

2014 - ativismos que surgiram como resistência aos diversos impactos das obras
da Copa do Mundo Fifa de Futebol 2014 ou como um reflexo direto dos protes-
tos de 2013, em que a melhoria do transporte público e as violações promovidas
em nome do megaevento emergiram como pautas;

7. Associações de bairro e de defesa local - os grupos constituíram-se pela luta por


melhorias locais e para resistência a processos que colocam em risco a permanên-
cia de seus moradores ou sua qualidade de vida;

8. Campo libertário - o termo tem sido correntemente utilizado para autodeno-


minação de grupos ligados ao ideário anarquista e autonomista e indica “certa
ampliação das perspectivas de ação, assim como expressa uma vinculação mais
próxima dos processos vivenciados pela juventude nos anos 1960 e 1970, do
próprio movimento punk e da cultura do “faça-você-mesmo” (do-it-yourself)”
(Oliveira, 2012, p. 54). O posicionamento incisivo de seus ativistas influencia nos
diversos grupos em que tomam parte, ainda que, frequentemente, em minoria. É
o caso da Praia da Estação, do COPAC e da APH-BH. Há, no entanto, grupos
predominantemente compostos por ativistas de tal linha de pensamento, como o
FTA e o MPL-BH.

Uma vez delimitados os ativismos urbanos, iniciou-se a tentativa de apreender sua forma
de atuação e articulações. Essas performam-se tanto no espaço físico, quanto no digital e
possuem forte relação de complementariedade.

Apesar de a ação direta constituir-se, para a grande parte dos novos ativismos, como sua
principal linha de atuação, eles seguem apropriando-se dos canais institucionais. Como
ação direta irei considerar aquelas que ocorrem fora do aparelho do Estado, “sem víncu-
lo institucional ou econômico imediato com canais e instâncias estatais” (Souza, 2012,
on-line). Isso inclui ocupações e intervenções em determinados espaços, atos de rua,
propaganda, campanhas e quaisquer outras possibilidades, desde que independentes do
poder público estatal. Por outro lado, ação institucional é aquela que se desenvolve dentro
de canais e instâncias oficiais de participação popular ou, ainda, na disputa por recursos
públicos como fundos, orçamentos e editais.

As articulações são uma das características principais dos ativismos hoje, pois são a úni-
ca possibilidade de resistência em uma sociedade também assim organizada (Castells,
2005). A identificação dessas articulações e das temáticas e acontecimentos capazes de
mobilizar e articular os ativismos urbanos foram outros dados importantes na caracte-
rização de suas relações. Para tal, entrevistas com ativistas dos grupos em questão foram
introdução 14

realizadas, junto à literatura acadêmica produzida sobre os ativismos em questão e ao


monitoramento de suas fanpages4 no facebook.

A proximidade temporal e pessoal do tema tornou possível o acesso a atores diretamente


envolvidos com os ativismos urbanos. Foram realizadas entrevistas com participantes de
34 grupos, nelas abordaram-se os objetivos dos grupos, suas formas de ação, as articula-
ções existentes entre eles e diferentes atores, os momentos em que elas ocorrem, ativis-
mos considerados relevantes e outras pessoas a serem entrevistadas.

As atividades das fanpages dos ativismos no facebook foram importantes para a apreensão
das articulações por ele mediadas, sobretudo devido à possibilidade de coleta dos rastros
deixados por essas interações. Uma vez traçadas as articulações travadas em ambiente
digital, fez-se necessário confrontá-las com aquelas que se desenvolvem fora desse am-
biente, utilizando-se para tal, as entrevistas e estudos sobre os grupos e esses momentos.

Uma característica marcante dos grupos é a grande quantidade de discursos produzidos


sobre si em diversos formatos (textos, vídeos, imagens) e com diversas intenções (infor-
mativa, artística, protesto etc.). Esses, em geral elaborados de maneira independente,
encontram na internet seu suporte fundamental. No contexto atual, o facebook por sua
popularidade, tem sido um dos principais espaços para ação dos ativismos, ainda que eles
utilizem também sites, blogs, twitters, páginas wiki, grupos de whatsapp etc.

Empreender uma pesquisa com seus acontecimentos ainda em curso traz diversos con-
tratempos, como conclusões que poderão ser contraditas pelo próprio curso da história.
Se assim for, que as informações aqui reunidas sirvam, ao menos, para embasar novas
leituras retrospectivas à atual conjuntura.

Finalizar a coleta de dados é outra das dificuldades, pois sempre esperamos alguma no-
vidade que possa mudar todo o curso dos acontecimentos. Entretanto a obrigação de
finalização, ainda que provisória, deste trabalho resultou na suspensão das entrevistas e
do monitoramento das ações no facebook no olho do furacão.

No contexto nacional, vivíamos a eminência do julgamento final do processo de impeach-


ment da presidenta Dilma Rousseff5 e um governo interino (e ilegítimo) em que diaria-
mente novos retrocessos sociais ocorriam. Imobilizados e perplexos diante da supressão
vertiginosa de ganhos conquistados ao longo de sua história - e, sabemos, engatinháva-
mos na construção de uma sociedade menos desigual - os ativismos procuram se opor,
4 Segundo o facebook, fanpages são as páginas “exclusivas para empresas, marcas e organizações.” Dis-
ponível em: https://www.facebook.com/bookmarks/pages?ref_type=logout_gear acesso em 27/08/2015
5 Após a finalização do trabalho, a presidenta Dilma Rousseff foi afastada de seu cargo.
15 introdução

tateando alianças e resistências possíveis nos atos, nas campanhas, nos contra-discursos
diários, na “linguagem da fresta”6.

Na conjuntura local a proximidade de eleições municipais desenha um cenário de frag-


mentação entre os grupos. Parte dos ativismos empenha-se na tentativa de tomada do
espaço da política, lançando seus próprios candidatos, buscando construir candidaturas
para “mandatos abertos e compartilhados” (Cidade que Queremos, 2016, on-line) ou
ainda apoiando candidatos historicamente envolvidos com suas pautas, enquanto outros
discutem as contradições em despender energias, recursos e esperanças em um modelo
político que consideram falido.

No primeiro capítulo, denominado Espacialização da luta urbana é discutido o papel cen-


tral do espaço na reprodução de relações de dominação tais como de classe, raça e gênero.
Por outro lado, discute-se o espaço também como meio de transformação, nascendo daí
a necessidade de espacialização da luta urbana. Ainda nesse capítulo, um breve histórico
dos ativismos urbanos é construído buscando realçar a emergência do espaço como fer-
ramenta e objeto de luta e a conformação desses grupos como um ator na produção da
cidade junto ao Estado e à iniciativa privada.

No segundo capítulo são apresentados os focos deste trabalho: os novos ativismos urba-
nos. Surgidos na segunda metade dos anos 2000, eles serão os responsáveis pela retoma-
da das ações diretas e pela inserção de novos elementos: o meio digital como dimensão
de luta e suporte para a produção de discurso, informação e mobilização; a disputa pelo
espaço público; e os protestos-festa.

No terceiro capítulo são identificados momentos de articulação entre os ativismos, discu-


tindo-se seus reflexos tais como ganhos políticos, mudanças na atuação e imaginário dos
ativistas, novas estratégias de luta e conflitos. Essas articulações foram delimitadas to-
mando por base as entrevistas aos ativistas, a literatura acadêmica e o monitoramento das
fanpages dos ativismos no facebook entre os meses de setembro de 2015 e maio de 2016.

O volume que acompanha este trabalho é composto pela Linha do Tempo, uma tentativa
de recuperar rastros e impactos dos ativismos urbanos desde a fundação de Belo Hori-
zonte até o presente.

6 A expressão foi criada por Gilberto Vasconcelos (1976) para nomear a estratégia utilizadas por diversos
compositores brasileiros para burlar a censura durante a ditadura.
ESPACIALIZAÇÃO
DA LUTA URBANA

I congresso de lavradores e trabalhadores agrícolas, 1961. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/A_questao_agraria_no_governo_Jango


espacialização da luta urbana 18

Lefebvre, Gramsci e o espaço hegemônico

Que o espaço seja um importante elemento tanto na reprodução quanto na transforma-


ção da realidade parece hoje uma constatação trivial. Mas esse papel central do espaço
não foi sempre reconhecido pelos ativismos urbanos, embora eles sempre tenham sido
“agentes modeladores do espaço urbano” (Souza e Rodrigues, 2004, p.115). Para os novos
ativismos o espaço emerge como um de seus elementos centrais, eclodindo em múltiplas
facetas; ele é referência identitária, símbolo de pautas (habitação, infraestrutura etc.),
componente de organização e parte do repertório de luta e resistência em práticas es-
paciais insurgentes, como ocupações de imóveis e espaços públicos, bloqueios de vias ou
marchas (Souza, 2009, p.19-20). Os ativismos têm no espaço tanto um meio quanto um
fim de suas lutas.

Considero que o espaço constitui um fim ou objeto de luta para ativismos que visam
a permanência ou a transformação coletiva de determinada área, como por exemplo a
resistência à remoção de uma favela ou a apropriação de uma edificação subutilizada. Já
o espaço enquanto meio ou ferramenta é utilizado como suporte de ações para outras
reivindicações, explorando seu valor simbólico, material ou político. É o caso de passeatas
e protestos de rua. Pode haver sobreposição das duas dimensões, como no caso das ocu-
pações urbanas para fins de moradia, cujo objetivo é a permanência num local específico,
mas que envolvem disputas mais amplas por direitos e reconhecimento. Do contrário,
tais ativismos não dariam tanta publicização aos momentos de entrada nesses espaços.

Lefebvre, na tentativa de entender como se mantêm as relações de dominação, sobre-


tudo aquela do modo de produção capitalista, vai apontar em diversas oportunidades o
papel central do espaço nesse processo. Para o autor é necessário superar a concepção
corrente entre outros pensadores marxistas, de espaço como superestrutura. Ele enfatiza:
“O modo de produção organiza – produz – ao mesmo tempo que certas relações sociais,
seu espaço (e seu tempo). É assim que ele se realiza.”(Lefebvre, 2006, p.14). Mais do que
somente resultado do modo de produção capitalista, o espaço é, portanto, seu produtor
e reprodutor.

O urbanismo apresenta-se como a tentativa do Estado de controle da produção social


do espaço e prática urbanos. A insistência em seu caráter pretensamente técnico e neu-
tro encobre que o espaço por ele produzido é resultante da somatória de forças em sua
disputa. Mais do que técnico, o urbanismo é político, e mais do que um espaço técnico, o
urbanismo “elabora [...] um espaço político” (Lefebvre, 2008, p.161). Em um sistema ca-
racterizado pela assimetria de poderes, o urbanismo serve, então, para legitimar decisões
19 espacialização da luta urbana

relativas aos rumos das cidades que encerram estratégias de classe (Lefebvre, 1991, p.45).

Gramsci traz também aportes importantes à questão da manutenção do modo de produ-


ção capitalista. Em seu contexto, no início do século XX, muitos autores se ocuparam da
tarefa de entender o fracasso da revolução comunista e de outras tentativas de supressão
do capitalismo no ocidente. Nessa perspectiva ele desenvolve o conceito de hegemonia.
O marxista italiano percebe a existência de um processo onde se fundem diferentes esca-
las (o Estado e a Sociedade Civil) e uma dupla estratégia de coerção (força) e de coesão
(aliança). Dessa forma, a manutenção do poder de determinado grupo pressupõe uma
aliança entre as classes que estão no poder e aquelas subordinadas, ou seja, entre dirigen-
tes e dirigidos. Por outro lado, pressupõe também o uso da força contra os grupos não
pertencentes a essa aliança quando necessário. Enquanto o poder assegurado pela força e
pela punição, dá-se pelo aparato do Estado, o convencimento da sociedade civil torna-o
estável (Gramsci, 2001).

Ao admitir que a manutenção do poder de determinados grupos se dá por meio desse


processo ao qual Gramsci denomina hegemonia, o espaço, assim como seus outros pro-
dutos, será resultante da coerção – proibições e regulações – e também da coesão – ideo-
logias e valores. Isso significa ainda que sua produção ocorre em duas esferas: no Estado
e na sociedade civil. Enquanto no primeiro assegura-se pela lei a produção de um espaço
que mantém reprimidos determinados grupos, na sociedade civil são perpetuadas e re-
forçadas as concepções espaciais dos grupos dominantes através dos aparelhos privados
de hegemonia – a igreja, a Academia, a mídia etc.

Entretanto, mais do que o resultado dessa hegemonia, não poderia o espaço ser consi-
derado um instrumento de sua manutenção? Isso se aproxima da noção de Lefebvre, já
aqui apresentada, de espaço como meio de produção, controle e dominação das relações
capitalistas.

Embora Lefebvre não tenha mantido um diálogo explícito com a obra de Gramsci como
o fez com outros autores, diversos pontos de convergência podem ser traçados entre
as obras. Para o urbanista Stefan Kipfer as obras dos dois autores são conectadas “por
afinidades e orientações compartilhadas, não ligações diretas e conexões” (Kipfer, 2002,
p.118, tradução nossa). Porém, em pelo menos uma oportunidade, Lefebvre relaciona o
conceito de hegemonia com a produção do espaço:

Como a hegemonia deixaria de lado o espaço? Este seria tão-somen-


te o lugar passivo das relações sociais, o meio de sua reunificação tendo
espacialização da luta urbana 20

tomado consistência, ou a soma dos procedimentos de sua recondução?


Não. Mais adiante, mostrar-se-á o lado ativo (operatório, instrumental)
do espaço, saber e ação, no modo de produção existente. Demonstrar-
se-á que o espaço serve e que a hegemonia se exerce por meio do espaço
constituindo-se por uma lógica subjacente, pelo emprego do saber e das
técnicas, um ‘sistema’ (Lefebvre, 2006, p.33).

Lefebvre reconhece a existência do processo descrito por Gramsci, porém vai além, espa-
cializando-o e urbanizando-o. O espaço urbano é fundamental para o exercício de uma
hegemonia, pois materializa na vida cotidiana, onde predomina uma ordem próxima, a
ordem distante, aquela do Estado e outras instituições (Lefebvre, 2006). O espaço gerado
por esse processo hegemônico é denominado por Lefebvre como espaço abstrato. Sua
produção ocorre pela fragmentação que marginaliza as diferenças e torna-o homogêneo,
e pelo apagar de sua história, sobretudo os rastros das lutas sociais constituintes de sua
produção.

Sobre a generalização do espaço abstrato, Kipfer (2008) observa na teoria de Lefebvre a


importância da diferença. O espaço abstrato homogeniza não pela negação das diferen-
ças, mas por sua incorporação de forma reduzida, gerando assim, formas mínimas - in-
duzidas - de diferença (minimal difference), ou nas palavras de Kipfer:

[o] processo de produção e incorporação do espaço vivido no espaço abs-


trato consegue ser hegemônico não pela homogenização da diversidade
ou pela negação da diferença, como afirmam os pós-marxistas, mas pela
incorporação de tipos particulares de diferenças mínimas na alienação
de bens, segregação e reificação de particularismos.”(Kipfer, 2008, p.206.
Tradução nossa)

Muitas vezes o processo de fragmentação e marginalização da diferença ocorre por meio


de ações estatais, embora a segregação induzida pelo mercado devido ao alto preço da
terra e a auto-segregação nos condomínios fechados sejam também processos que con-
tribuam a isso.

Não é dada por Lefebvre a mesma atenção a outras relações de dominação que igual-
mente se reproduzem pelo espaço, para além daquela de classe. Em algumas oportunida-
des o autor levanta tais discussões sem que, entretanto, constituam uma questão central
em sua abordagem.
21 espacialização da luta urbana

Outras autoras e outros autores, aproveitando os aportes do filósofo, irão se aprofundar


na discussão da manutenção dessas diferentes relações de dominação no e pelo espaço.
Doreen Massey (1994), focando-se nas relações de gênero, observa como o espaço é
fundamental na configuração de suas assimetrias. A autora atenta para o fato de que
leituras do espaço focadas somente em seu aspecto econômico ignoram outros aspectos
fundantes das relações entre indivíduos e espaço, tais como o gênero e a etnicidade. Parte
daí a necessidade de considerar o espaço como produto e produtor não somente de uma
organização econômica, mas da perversa conjunção de desigualdades que configuram
um mesmo espaço pelo qual diferentes relações de dominação se perpetuam.

O geógrafo Eugene McCann (1999), na busca por entender a produção do espaço pú-
blico contemporâneo nas cidades estadunidenses, reafirma a pertinência do pensamento
lefebvriano, mas defende ser necessário agregar outras dimensões à leitura. O autor ob-
serva os constrangimentos às ações de mulheres, negros, gays, lésbicas, moradores de rua,
jovens e idosos na cidade. Eles são produzidos pelas leis que buscam preservar as manei-
ras consensuais de estar no espaço, pela sociedade em geral, que constrange a presença e
ações dessas minorias, e ainda pela autorregulação dos próprios indivíduos dominados.
Por tais constrangimentos, a possibilidade de indivíduos marginalizados constituírem al-
guma identidade com o espaço, sobretudo o público, é anulada. É anulada ainda qualquer
possibilidade de um espaço de “mente aberta” (open-minded nos termos de McCann,
1999, p. 180).

O espaço constitui-se, portanto, como a somatória de constrangimentos de classe e tam-


bém de gênero, de raça, de etnia, que por ele operam e o configuram. Essa confluência
torna ainda mais efetiva a manutenção de cada uma dessas relações de dominação.

Por outro lado, o espaço carrega, por suas contradições, o potencial de transformação
dessa condição. Seu uso como instrumento de transformação nasceria da reivindicação
ao direito à cidade, o que significa mais do que a luta por acesso universal a bens e ser-
viços oferecidos na cidade, o direito de transformá-la. Junto à luta pelo direito à cidade
deve-se articular a luta pelo direito às máximas diferenças, aquelas autoproduzidas e
livres das identidades impostas externamente e já preestabelecidas. Esse espaço, onde o
direito à cidade e a máxima diferença se encontram é, em contraponto ao espaço abstrato,
o espaço diferencial (Lefebvre, 2006).

O espaço deve emergir, então, não somente enquanto ferramenta, mas também como
objetivo dos grupos que empreendem transformações sociais, pois, somente é completa
a transformação de uma sociedade quando também se modificam sua espacialidade (e
espacialização da luta urbana 22

sua temporalidade) (Lefebvre, 2006). Ou seja, somente é completa uma transformação


quando o espaço e o tempo produzidos por essa nova sociedade não reflitam ou reforcem
aquelas relações de dominação por ela combatidas.

Construção de uma história

A retomada histórica das lutas coletivas pela cidade, aqui denominadas ativismos urbanos,
deu-se na tentativa de identificar continuidades e descontinuidades desde a fundação de
Belo Horizonte até aos dias de hoje. Trata-se de entender como modos de organização
dos ativismos do passado, em particular no que diz respeito ao espaço enquanto ferra-
menta política e às articulações estabelecidas, levaram à constituição e às formas de ação
dos ativismos urbanos atuais. É, ainda, uma tentativa de compreender como segmentos
da sociedade civil cujas ações repercutem no espaço urbano passaram a ser reconhecidos
como atores politicamente expressivos e quais são os reflexos desse reconhecimento nas
relações que se estabelecem na produção do espaço urbano, sejam de aceitação e integra-
ção desses novos atores, sejam de cooptação e posterior neutralização. É, portanto, uma
busca pelos sinais da emergência de setores da sociedade civil enquanto agentes coletivos
na produção do espaço urbano ao longo da história da cidade de Belo Horizonte. Tal
emergência apoia-se no pressuposto de que as questões urbanas não cabem somente aos
técnicos, mas a todas e todos que têm suas vidas cotidianas impactadas, sendo legítimos
os reclames de organizações coletivas pelo direito de tomada de decisões sobre a cidade
e seus rumos.

Mais do que ganhos pontuais, talvez seja a conformação de um novo agente político no
contexto da produção do espaço urbano a grande transformação advinda desses ativis-
mos do passado. Evidentemente, o espaço de Belo Horizonte sempre se produziu para
além da cidade formal resultante das ações do Estado e do capital privado. Antes mes-
mo da inauguração em 1896, uma favela no bairro Barro Preto e outra atrás da Praça
da Estação, abrigavam juntas cerca de três mil pessoas (Guimarães, 1991, p.70). Essas
ocupações e todas as outras surgidas ao longo da história da capital de fato conforma-
ram o espaço urbano. Entretanto, não se pode dizer que tenham sido reconhecidas pelos
demais agentes, como mostra o tratamento dado às favelas até 1948 pelo poder público.
Foram muitas as remoções empreendidas para a abertura de novas áreas de expansão
imobiliária, com sucessivas expulsões da população para as periferias e cabeceiras de
córregos urbanos (Silva, 2013). Se sempre houve resistências locais e pequenas lutas pela
permanência das favelas, foi somente com a articulação de um grupo maior, um sujeito
coletivo, que ocorreu alguma mudança na forma de o Estado abordar essas áreas e sua
população. Pode-se afirmar, portanto, que a sociedade civil emerge enquanto ator expres-
23 espacialização da luta urbana

sivo na produção do espaço apenas quando resistências e ações isoladas se articulam nas
lutas coletivas aqui denominadas ativismos urbanos.

As pesquisas já desenvolvidas sobre esse tema em Belo Horizonte trazem em sua maioria
enfoques setorizados, parciais. O presente trabalho inclui a tentativa de reunir o material
existente e evidenciar que ações ocorreram simultaneamente, mas de modo fragmen-
tado e aparentemente isolado. Para identificar interseções, articulações e influências e,
assim, traçar o histórico dos ativismos urbanos em Belo Horizonte, extraí informações
da literatura acadêmica e, quando disponíveis, também de jornais e periódicos. Na Linha
do Tempo que acompanha este trabalho apresento uma sistematização desses dados,
com datas, imagens e fatos utilizados na construção das narrativas históricas e reflexões,
mas cuja incorporação integral ao texto seria enfadonha e pouco clara. Por outro lado,
essa sistematização pode interessar a leitores atentos a determinado(s) ativismo(s), sendo
possível sua leitura de forma autônoma ou paralela a este texto.1

Muitas lacunas ficaram a ser preenchidas. Enquanto determinados períodos e lugares


foram exaustivamente pesquisados por diversos autores, outros deixaram apenas pistas
escassas. O desequilíbrio de informações em relação às lutas urbanas fica particularmente
evidente com relação ao período do chamado Movimento pela Reforma Urbana. É no-
tável a bibliografia produzida sobre as ações da sociedade civil desde o golpe civil-militar,
passando pela redemocratização e pela articulação de uma emenda popular para a Cons-
tituição de 1988, até a eleição dos primeiros governos municipais ditos progressistas (por
exemplo: Bonduki 2007; Cardoso, 1997; Maricato, 1994; Costa, 1988), enquanto poucas
pesquisas tratam dos ativismos urbanos antes do golpe. Samuel de Oliveira (2010), autor
de uma pesquisa sobre movimentos de favela de 1959 a 1964 em Belo Horizonte, chama
a atenção para essa concentração, argumentando ainda que, nas pesquisas acadêmicas,
prevalece uma leitura simplificada do contexto político-social e dos ativismos anteriores
à 1964, que reduz as relações entre Estado e associações comunitárias ao populismo, re-
sultando no ofuscamento desses grupos, de suas ações e de seus impactos.

Contribuiu para a concentração das pesquisas no período da redemocratização, a aproxi-


mação entre academia e movimentos sociais justamente na mesma época. Marcelo Lopes
de Souza (2009) considera que os estudos sobre os ativismos urbanos consolidaram-se
no país durante os anos 1980, porque, pelo menos na área da Geografia, é o momento em
que os acadêmicos passaram a contribuir com os ativistas. A emergência de um imagi-
nário acerca do potencial revolucionário dos ativismos urbanos, que deslocam as lutas

1 A Linha do Tempo é apresentada em volume independente a este. Sempre que uma informação da
Linha do Tempo for diretamente complementar ao texto, sinalizarei em nota com a sigla L.T. seguida do
número da página na qual se localiza tal informação.
espacialização da luta urbana 24

contestatórias da fábrica para o cotidiano, foi central para esse vínculo. Nas palavras de
Samuel de Oliveira (2010, p. 19), os acadêmicos “vislubraram nesses grupos a força mo-
triz para transformação radical da sociedade brasileira, e os perceberam como alheios à
política institucional, sem referências no passado, um dado inovador com potencial para
alterar a estrutura social”. O otimismo, inflado por alguns sinais de transformação, mui-
tas vezes impediu análises capazes de captar a real complexidade dos ativismos urbanos.

Embora um pouco mais tarde esse deslumbramento tenha sido questionado em estudos
críticos como o da socióloga Mercês Somarriba (1996), não deixamos de correr, hoje, o
mesmo risco de interpretação eufemista dos colegas do passado, pois há novamente um
movimento de aproximação entre os ativismos e a academia. Contudo, há também uma
diferença relevante em relação ao período de redemocratização: se antes os ativismos
urbanos eram protagonizados por grupos excluídos da sociedade e centrados na reivin-
dicação por direitos básicos, como moradia e infraestrutura, atualmente observa-se o
envolvimento de indivíduos de renda e escolaridade mais altas e demandas novas, como
a preservação ambiental ou a apropriação de espaços públicos. Nesse contexto é cada vez
mais comum que a figura do ativista se confunda com a do pesquisador, configurando
acadêmicos-ativistas e deixando mais tênue a linha entre investigado e investigador. A
conjunção pode trazer o rico olhar de quem vem de dentro e conhece em profundidade
o universo em questão, mas pode igualmente trazer uma incapacidade de perceber as
próprias contradições.

Alguns autores para além dos já citados foram particularmente importantes para a pre-
sente tentativa de compreender a história dos ativismos urbanos em Belo Horizonte.
Tratando dos movimentos de moradia, utilizei os trabalhos de Mônica Bedê (2005),
Luiz Fernando Vasconcelos de Freitas (2015) e Rebekah Campos (2013). Bedê centra-se
nos movimentos de habitação do fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, analisando
sua contribuição na construção de uma política municipal de habitação. Freitas traça um
paralelo entre as lutas dos movimentos favelados pela aprovação do Profavela2 em 1983
e a rede #ResisteIzidora que, desde 2014, articula diferentes setores da sociedade contra
o despejo das ocupações na região norte da cidade. Já Campos apresenta a trajetória do
Padre Piggi, da década de 1970 até hoje, na articulação de grupos na luta pela moradia.
Sobre a pauta do transporte público, recorri à pesquisa de André Veloso (2015), que
apresenta um extenso histórico dessa luta em nível local e nacional, bem como à publica-
ção Omnibus, da Fundação João Pinheiro, que aborda o desenvolvimento do transporte
rodoviário de passageiros em Belo Horizonte. Para a história da sociedade civil orga-

2 O PROVAVELA - Programa Municipal de Regularização de Favelas, foi o primeiro programa para


regularização de vilas e favelas do município e tinha como premissa a preservação das características
dessas ocupações espontâneas.
25 espacialização da luta urbana

nizada no contexto político-social da capital, foi valioso o livro Belo Horizonte: Poder,
Política e Movimentos Sociais, organizado por Otávio Soares Dulci (1996), pois ele dá
voz a diferentes atores do poder político, da administração e da segurança públicas e dos
movimentos urbanos e sindicais.

Abordando lutas surgidas mais recentemente, cabe destacar os trabalhos de Igor Oliveira
(2012), Carla Wstane (2013) e Daniela de Almeida (2016). Oliveira recupera a atuação
dos grupos anti-sistêmicos e anticapitalistas do início dos anos 2000 para, a partir de-
les, entender as origens da chamada Praia da Estação, um ativismo que surgiu em 2010
contra a proibição de eventos na Praça da Estação pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Almeida, militante da agricultura urbana e testemunha de grande parte dessa recente
luta no Brasil, traz a sistematização das ações na construção de políticas públicas relativas
a esse tema. Wstane, numa dissertação sobre a gestão das águas urbanas, narra as ações
de grupos da sociedade civil em defesa da preservação de cursos d`’água.

Formação (~1897-1964)

Belo Horizonte sofreu por muitos anos a influência direta do governo estadual em suas
questões locais. A necessidade de conciliação entre forças republicanas e aquelas rema-
nescentes do velho regime, ligadas à antiga capital de Ouro Preto, foi o principal moti-
vo para a forte intervenção do governo estadual (Ananias, 1996). Nesse contexto sócio
-político delicado, foram concentrados os poderes executivos e legislativos na figura do
presidente do Estado, responsável ainda por nomear o prefeito (Câmara Municipal de
Belo Horizonte, 2016). Eram eleitos pela população somente os membros do Conselho
Deliberativo, cuja atuação se restringia ao orçamento e aos tributos municipais.

A Revolução de 1930, golpe de estado articulado contra a posse de Júlio Prestes que leva
Getúlio Vargas ao poder, põe fim ao período denominado República Velha e fecha todas
as casas legislativas do país – no caso de Belo Horizonte, o Conselho Deliberativo –, que
só seriam reabertas depois da promulgação da nova Constituição, em 1934. A Câmara
Municipal de Belo Horizonte foi fundada em 1936, representando a instituição do po-
der político em nível municipal.3 Mas já em 1937, com a instauração do Estado Novo,
as casas legislativas foram novamente fechadas, voltando a atuar apenas depois do fim
desse regime em 1946, ano em que finalmente se elege pela primeira vez um prefeito de
Belo Horizonte.

3 No primeiro mandato da Câmara Municipal foram eleitos oito vereadores em um universo de 25 mil
eleitores. Como o voto não era obrigatório, a população votante representou menos que 1/7 dos aproxi-
madamente 180 mil habitantes da capital (IBGE, 1936).
espacialização da luta urbana 26

Samuel de Oliveira (2011, p.42) chama a atenção para a relação direta entre o apareci-
mento dos primeiros ativismos urbanos e a instauração da Câmara Municipal em 1936,
assim como seu arrefecimento depois de 1937 e seu fortalecimento depois de 1946. O
retorno ao Estado democrático de direito e do voto representam um aumento da força
política da população urbana, acentuando suas lutas. Essas são protagonizadas por asso-
ciações de bairros e vilas, operando no registro da barganha de votos por melhorias locais,
sem questionamentos mais amplos a respeito da cidade.

Um fato que marca a ampliação da atuação das associações por melhorias em bairros e
vilas em Belo Horizonte é a luta contra o despejo da Vila Marmiteiros entre 1948 e 1957
(Oliveira, 2011, p.46)4. Evidentemente já havia ocorrido outras resistências a remoções
em Belo Horizonte, uma cidade marcada desde o início por deslocamentos forçados da
população pobre. Mas a falta de articulação dessa população com os demais favelados –
que igualmente estavam ou estariam em risco em algum momento – e com outros setores
da sociedade facilitava a ação agressiva das administrações públicas, chegando ao ponto
de uma mesma população ser removida várias vezes. A trajetória da já mencionada favela
do Alto da Estação, surgida ainda antes da inauguração da cidade, é ilustrativa desse con-
texto: em 1925 ela foi removida e os moradores se deslocaram para a Favela da Barroca;
em 1930 foram despejados novamente e parte deles migrou para a vila Marmiteiros,
onde então, em 1948, são ameaçados de despejo pela terceira vez (Silva, 2013, Apêndi-
ce I). Justamente nesse último processo surge uma articulação entre a associação local,
a Igreja católica e outras associações de bairros e vilas, e a Vila Marmiteiros consegue
permanecer e ser regularizada.5

O êxito da Vila Marmiteiros alimentou a confiança na união como estratégia de fortale-


cimento das lutas, o que se refletiu no surgimento de diversas associações para resistir a
remoções forçadas e exigir melhorias locais, assim como na articulação entre associações
nas chamadas Uniões de Defesa Coletivas (UDCs)6. Por sua vez, o poder municipal viu-
se obrigado a rever a maneira de lidar com a população pobre depois que essa passou a se
organizar coletivamente (Oliveira, 2010, p.34).

Data da mesma época o primeiro registro de ação coletiva organizada pela questão do
transporte: em 1953 moradores do bairro Pompéia organizaram uma greve pela melhora
dos serviços (Veloso, 2015, p.127). Essa ação, violentamente reprimida pela polícia, não
gerou, entretanto, desdobramentos diretos comparáveis ao das ações dos movimentos de

4 L.T. 1894-1956
5Em 1956 a prefeitura compra o terreno e, segundo dados da Urbel, sua regularização foi concluída em
2000 (Urbel, online).
6 L.T. 1894-1956
27 espacialização da luta urbana

bairros e vilas7.

Por volta de 1960, partidos políticos, movimentos estudantis e sindicatos aproximaram-


se dos ativismos urbanos, que acabam, em decorrência dessa aproximação, ampliando
suas pautas para além das demandas locais e imediatas. Esse contato resultou na incor-
poração de novos repertórios de luta e em aumento das forças de pressão política, moti-
vando, por exemplo, passeatas e ocupação de terrenos.

Antes de 1961, passeatas do tipo que conhecemos hoje eram usadas por sindicatos e ou-
tros grupos, mas não pelos ativismos urbanos. Esses encaminhavam suas demandas por
carta, em reuniões com políticos ou, no máximo, partiam em bloco do local de moradia
dos demandantes em direção ao órgão demandado. O potencial de uma ocupação do es-
paço urbano, mesmo que temporária, não era explorado. Em 4 de dezembro de 19618, os
movimentos favelados realizaram pela primeira vez uma forma de passeata com caracte-
rística de performance no espaço urbano, organizando a concentração dos manifestantes
em determinado local e percorrendo um trajeto de pontos simbólicos na cidade.9

Protagonizada pela FTFBH, cerca de 3 mil pessoas entre moradores de 40 favelas de


Belo Horizonte, donas de casa, vereadores e estudantes, foram mobilizadas reivindican-
do um posicionamento do poder público quanto aos impactos das chuvas daquele ano
nos assentamentos precários da capital. Resultados concretos como a criação do Conse-
lho Estadual de Planejamento e Habitação Popular (Cephap) foram alcançados, porém,
é um ganho mais duradouro o imaginário criado entre os ativistas e entre os agentes
do poder público em torno dessas articulações. Para os primeiros, surge a ideal da força
da união consolidando uma série de ações posteriores centradas na estratégia da ação
conjunta. Para os agentes do poder público, tais ações criam uma ilusão quanto a escala
dos grupos - maiores do que são em realidade - e quanto à existência entre eles de uma
articulação contínua e cotidiana. Torna-se importante, portanto, na pressão desse poder,
mais do que uma articulação permanente entre os grupos, a existência de uma rede em
suspenso pronta para, em momentos necessários, se mobilizar, criando, assim, a impres-
são de que é ininterrupta.

Pouco tempo depois, em 1961, houve a primeira ocupação com fins políticos. Ela ocor-
7 L.T. 1894-1956
8 L.T. 1959-1961
9 O primeiro trajeto do movimento favelado nesse novo registro partiu da Afonso Pena, parando
-
zando no Palácio da Liberdade. Responsabilizavam-se, então, tanto o governo municipal quanto o
estadual pelas condições das favelas. O mesmo trajeto foi repetido diversas vezes pelo movimento,
criando uma espécie de tradição das ações espaciais desse grupo. (Oliveira, 2010)
espacialização da luta urbana 28

reu nos terrenos localizados entre os bairros Santa Efigênia e São Lucas de propriedade
de Antônio Luciano - considerado pelos autores da ação o maior latifundiário de Belo
Horizonte - e deu origem à Vila Nossa Senhora Aparecida10. A prática da ocupação não
era nenhuma novidade, como evidenciava o entorno da área, todo tomado por ocupações
irregulares. Mas houve aí uma mudança de dinâmica e de paradigma: se ocupações an-
teriores ocorriam progressiva e discretamente, para suprir a necessidade de moradia de
uma população, a nova ocupação representou um ato político, sobretudo se considerar-
mos que ocorreu ao final do I Congresso Nacional de Trabalhadores Agrícolas, cujo tema
central era a reforma agrária. A ação configurou-se, portanto, como um ataque direto ao
proprietário das terras ocupadas e à concentração de terras ociosas na cidade (Oliveira,
2010, p.102).

Incorporada como possibilidade de luta, a ocupação será amplamente utilizada pelos


ativismos posteriores.

É plausível imaginar que a maioria dos ativismos da época compartilhava a ideia de uma
força nova, emergida da articulação entre os diferentes setores da sociedade, tal como
transparece na declaração produzida pelos participantes do referido Congresso:

A execução de uma reforma agrária, efetivamente democrática e progres-


sista, só poderá ser alcançada à base da mais ampla e vigorosa ação, or-
ganizada e decidida, das massas trabalhadoras do campo, fraternalmente
ajudadas em sua luta pelo proletariado das cidades, os estudantes, a in-
telectualidade e demais forças nacionalistas e democráticas do patriótico
povo brasileiro. (I Congresso Nacional dos Lavradores e Trabalhadores
Agrícolas, 1961, on-line).

Outro reflexo da aproximação de novos atores aos ativismos foram as passeatas de 1960
contra o aumento de tarifas do transporte público. Os protestos reuniram movimentos
sindicais e estudantis, além dos trabalhadores rodoviários e outras categorias. Ainda que
não tenham chegado a configurar uma organização coletiva pelo transporte público, eles
resultaram na implementação do horário noturno, no cancelamento do aumento da tari-
fa e na elaboração de projetos de lei para a melhoria dos serviços (Veloso, 2015, p. 127).

Por outro lado, a aproximação dos novos atores também provocou rupturas internas aos
ativismos e tornaram evidentes certas divergências. Enquanto alguns ativistas defendiam
uma atuação restrita a reivindicações de caráter local e imediato, isentas de “manifesta-

10 L.T. 1959-1961
29 espacialização da luta urbana

ções partidárias” e “agitação ideológica” (Oliveira, 2010, p.218), outros acreditavam na


necessidade de expansão da pauta num horizonte de transformação social mais ampla. É
ilustrativo desses conflitos a criação, em 1963, da Organização Social de Trabalhadores
Favelados por dissidentes da Federação dos Trabalhadores Favelados de Belo Horizonte
(FTFBH). A ruptura decorreu sobretudo da entrada da FTFBH nas mobilizações pe-
las chamadas reformas de base, isto é, as propostas do presidente João Goulart visando
alterações nas estruturas econômicas, sociais e políticas do país de maneira a superar o
subdesenvolvimento e desigualdades sociais (Ferreira, 2016, on-line).

Golpe (~1960-1983)

No início dos anos 1960, diversos setores progressistas se mobilizavam pelas reformas
de base em todo o país, buscando o enfrentamento dos principais problemas nacionais,
como a questão agrária, a desigualdade social e a educação. Na temática urbana, esse
movimento foi capitaneado pelos arquitetos, principalmente na figura do Instituto dos
Arquitetos do Brasil (IAB) mas, mesmo com essa primazia do setor técnico, conseguiu
agregar o apoio dos ativismos, como atestam vários autores (Bonduki, 2007; Oliveira,
2010; Freitas, 2015; Bedê, 2005). Em Belo Horizonte, as articulações fizeram-se sobre-
tudo via associações de bairros e vilas, os principais grupos então organizados em torno
de questões urbanas.

Marcam esse processo os dois Seminários de Habitação e Reforma Urbana promovidos


em julho de 1963 no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente. Nesses encontros
foram geradas propostas para o enfrentamento dos problemas urbanos e habitacionais,
baseadas no estímulo à produção de habitação em massa, no questionamento do caráter
até então intocável da propriedade privada da terra e na criação de uma estrutura insti-
tucional para lidar com tais questões (Bonduki, 2007).

Algumas das propostas foram incorporadas ao projeto de lei 87 de 1963, apresentado


pelo deputado Floriceno Paixão, que propunha a elaboração do Plano Nacional de Ha-
bitação (PNH), a criação do Conselho Nacional de Habitação (CNH) e a instituição do
Fundo Nacional de Habitação (FNH). Eram também esperados avanços no que tange a
questão da moradia em nível local, com a assinatura de um decreto estadual que desapro-
priava áreas para a urbanização de quatro favelas e a construção de conjuntos habitacio-
nais. Logo em seguida, porém, o golpe de 1964 eliminou essas possibilidades de avanço.

O golpe, entretanto, não significou a total desconsideração das propostas apresentadas


anteriormente. Como observa Bonduki (2007, p. 13-14), algumas delas foram imple-
espacialização da luta urbana 30

mentadas, sobretudo aquelas que não contradiziam o regime autoritário. Paradoxalmen-


te, foi esse regime que promoveu uma reformulação da estrutura institucional no âmbito
habitacional, criando o Banco Nacional da Habitação (BNH) e o Serviço Federal de
Habitação e Urbanismo (Serfhau). A reformulação, entretanto, não levou à solução do
problema habitacional brasileiro, como previsto na proposta original, e sim à estrutu-
ração de um mercado imobiliário em nível nacional, que cresceria continuamente nas
décadas seguintes. Já as propostas de cunho democrático e, por isso, não implementadas,
seriam em boa parte resgatadas somente pelo Movimento Nacional da Reforma Urbana
durante a Constituinte de 1988 e pelo Ministério das Cidades, criado em 2001.

A incipiente organização civil por reivindicações urbanas esfacelou-se com o golpe ci-
vil-militar: vários dos ativismos urbanos foram considerados subversivos, reprimidos e
extintos (Oliveira, 2010)11. A centralidade técnico-burocrática na tomada de decisões
substituiu a discussão política que começava a se estabelecer entre Estado e sociedade
civil e suprimiu a emergência dessa última enquanto agente legítimo de produção da
cidade, ao lado do Estado e do capital. Os prefeitos voltaram a ser nomeados e as admi-
nistrações municipais centraram-se no acesso a recursos públicos, reinserindo o caráter
clientelista à política municipal (Dulci, 1996).

Enquanto isso, as periferias carentes continuam crescendo sem infraestrutura, serviços


e equipamentos, num processo de acentuada segregação sócio-espacial, e os pequenos
avanços conquistados nas lutas anteriores se perdem. Para lidar com as ocupações irre-
gulares em Belo Horizonte, é criada a Coordenação de Habitação de Interesse Social
(Chisbel), responsável pela remoção de dez mil barracões entre 1971 e 1983. Às famílias
eram dadas indenizações em dinheiro resultando somente em seu deslocamento para
outras áreas invadidas ou áreas de ocupação recente (Silva, 2013, p.100).

Retomada (~1975-1988)

Os ativismos voltam à cena apenas em meados dos anos 1970, quando inicia-se um lento
processo de redemocratização. A crise econômica paralisa o setor público e alguma par-
ticipação popular é prescrita por organismos internacionais de ajuda humanitária. Dessa
época até as eleições diretas, na década seguinte, há muitas mobilizações comunitárias de
base local, ações diretas de protesto e ocupações de terrenos ociosos, assim como articu-
lações entre ativismos, partidos e Igreja católica. Observa-se tanto um renascimento das

11 Parte da fonte de pesquisa de Samuel de Oliveira em sua dissertação à respeito da atuação dos
movimentos de favelas entre 1959-1964 são os documentos do DOPS sob a guarda do Arquivo Publico
Mineiro, o que demonstra que os ativismos urbanos, assim como as organizações políticas e sindicais,
estavam também sob vigilância do regime.
31 espacialização da luta urbana

antigas organizações por melhorias locais, quanto a introdução de pautas novas ou de


novas formas de organização coletiva em torno de pautas antigas. Nova é, por exemplo,
a pauta ambiental, internacionalmente discutida a partir desse período numa perspectiva
crítica do crescimento econômico e da expansão das cidades sobre as áreas rurais. Já entre
as pautas antigas que tomam novas formas destacam-se a questão do transporte, com os
primeiros coletivos organizados exclusivamente em torno desse tema (Veloso, 2015, p.
138), e a da moradia, com movimentos pela provisão de novas unidades habitacionais e
não somente pela permanência e urbanização de assentamentos existentes (Bedê, 2005,
p.5012). Adauto Cardoso (1997) nota que a efervescência dos ativismos no Brasil tam-
bém se deve à emergência de novos sujeitos políticos, decididos a romper as relações
clientelistas que haviam se estabelecido na década anterior. Em sua leitura as lutas contra
carências se transformam em lutas por direitos.

Nesse espírito de novas formas de organização é criada, em 1987, a Associação de Usu-


ários de Transporte Coletivo da Grande Belo Horizonte (AUTC)13, numa tentativa de
aliar mobilizações locais a uma atuação institucional efetiva (Veloso, 2015, p.144). A
AUTC mobiliza-se, a princípio, contra os aumentos de tarifas, expandindo sua pauta
para a estatização do transporte ou seu subsídio mediante uma tarifa social, e a partici-
pação popular em sua gestão. Ela atuou via protestos de rua, ações na justiça e pressão na
Câmara e na Assembleia, ultrapassando, portanto, as lutas localizadas e pontuais (Veloso,
2015, p.144-145). O que também diferencia essa nova forma de organização é o inves-
timento dos grupos em apreender os aspectos técnicos da pauta, para poder questionar,
por exemplo, o valor da tarifa apresentado pelos empresários. Essa característica será uma
constante para os ativismos urbanos a partir desse ponto, pois se dão conta da utilidade
tática e estratégica do conhecimento técnico.

A qualificação técnica e burocrática dos ativismos dá-se em função da aproximação da


academia e de setores técnicos, mas também por esforços dos próprios ativistas. Com
a assessoria dos especialistas, eles passam a produzir estudos e propostas tecnicamente
fundamentados, ao mesmo tempo que aprendem a lidar com a máquina burocrática, os
novos canais de participação e os jogos políticos.

Alguns autores consideram os movimentos sociais urbanos como aqueles de maior vi-
sibilidade no período de redemocratização. Isso se explica em parte pelo crescimento

12 Mônica Bedê (2005) divide os movimentos de moradia em dois grupos: os movimentos por
melhorias habitacionais e regularização fundiária, geralmente representado pelas associações de vilas e
favelas e os movimentos que lutam pela produção de novas unidades habitacionais, sendo esses últimos
os que me refiro nesse caso.
13 L.T. 1983-1988
espacialização da luta urbana 32

das cidades e da população urbana na época, mas também pela popularidade da “tese
de que os movimentos surgidos de demandas por certas melhorias das condições de
vida (ligadas aos famosos meios de consumo coletivo), tomados em conjunto, tendiam a
transcender-se em forças políticas capazes de funcionar como uma espécie de vanguarda
da democratização do Estado” (Machado da Silva, 1990, p.135). Acadêmicos, entidades
profissionais, partidos políticos e a Igreja passaram a reconhecer a potência de contesta-
ção dos ativismos urbanos, seja projetando sobre eles um potencial revolucionário, seja
instrumentalizando-os para fins políticos mais imediatos. Assim, enquanto os partidos
conservadores se aproximavam dos ativismos na tentativa de retomar as relações clien-
telistas, os partidos de esquerda tentavam canalizar suas forças reivindicatórias para a
luta partidária e sindical – que consideravam a única possibilidade real de transformação
estrutural – e desviá-los das reivindicações originais por melhorias nas condições de
vida urbana. A Igreja Católica aproximou-se dos ativismos urbanos principalmente por
intermédio da Comissão Pastoral da Terra (CPT), das Comunidades Eclesiais de Base,
da Ação Católica Operária (ACO) e da Juventude Operária Católica ( JOC), que con-
seguiram mobilizar lutas urbanas em diferentes partes do país. Outros articuladores dos
ativismos foram os movimentos pelas Diretas Já14(que em Belo Horizonte mobilizou
entre 300 e 400 mil manifestantes em 24 de fevereiro de 1984) e pela Reforma Urbana15.

A temática da reforma urbana foi capaz de mobilizar ativismos das maiores cidades bra-
sileiras à época, para a construção coletiva de uma emenda à Constituição de 1988. O
Movimento Nacional pela Reforma Urbana (MNRU) tem suas origens na Articulação
Nacional do Solo Urbano (ANSUR), criada no início dos anos 1980 (Maricato, 1994). A
articulação foi consequência da atuação da CPT junto aos ativismos, buscando aproximá
-los de organizações profissionais e a academia. O objetivo era assessorar os primeiros na
construção de uma plataforma de reivindicações comum.

Maricato (1994, p.311), baseando-se no texto apresentado para a emenda à Constituição


de 1988 pelo MNRU, categoriza os princípios do movimento em quatro eixos: proprie-
dade imobiliária urbana, política habitacional, transporte e serviços públicos, e gestão
democrática das cidades. Dentre as pautas do movimento cabe ressaltar a regularização
fundiária, a captação da mais-valia urbana, a submissão do direito de propriedade à fun-
ção social da propriedade, o desenvolvimento de programas habitacionais para atendi-
mento às demandas populares, a necessidade de reforçar a natureza social dos transportes
e serviços e a necessidade da institucionalização da participação popular na gestão das
cidades.

14 L.T. 1984-1988
15 L.T. 1984-1988
33 espacialização da luta urbana

O documento - conhecido como Emenda Popular da Reforma Urbana - foi encami-


nhado ao Congresso Nacional com 160 mil assinaturas de eleitores e de seis entidades
nacionais, além de inúmeras outras regionais e locais (Maricato, 1994, p.310), e foi par-
cialmente incorporado no capítulo constitucional sobre a politica urbana, tema prati-
camente omitido nas constituições anteriores. Ainda que não tenha sido adotada na
íntegra, a emenda popular foi responsável por avanços tais como a sujeição do direito
de propriedade à função social e a criação de instrumentos como o usucapião, o IPTU
progressivo e o parcelamento e a edificação compulsórios. Entretanto, tais avanços foram
pouco concretos, pois sua aplicação ficou atrelada a futuras regulamentações em níveis
municipal, estadual e federal. Exemplo disso é que o Estatuto das Cidades, que regula-
menta o capítulo em nível federal, foi aprovado somente em 2001.

Após a aprovação da Constituição, os esforços dos ativismos dirigiram-se à regulamen-


tação dos preceitos do MNRU nos diferentes níveis de poder, sobretudo no municipal.
Mas mesmo com essa regulamentação, os instrumentos para a efetivação da reforma
urbana foram raras vezes aplicados. As leis sozinhas, como bem lembra Marcelo Lopes
de Souza, não são capazes de promover a democratização do espaço urbano: “atribuir
aos instrumentos em si mesmos a responsabilidade de instaurarem maior justiça social,
independentemente das relações de poder e de quem esteja decidindo, na prática, sobre
os fins do planejamento e da gestão das cidades [...] seria incorrer em um ‘tecnocratismo
de esquerda’ ” (Souza, 2008, p. 321, grifo do autor).

Ainda no período de redemocratização, houve uma importante movimentação local pela


aprovação do Programa Municipal de Regularização de Favelas (Profavela). A União de
Trabalhadores da Favela (UTP) e a Federação das Associações de Moradores de Belo
Horizonte (FAMOBH), com o apoio da Pastoral de Favelas, promoveram diversas ações
para pressionar a aprovação da lei que instituiria o programa. A articulação culminou
numa grande manifestação em 5 de julho de 198216, que reuniu dez mil pessoas no Par-
que Municipal e resultou no sancionamento da lei. Regulamentado em 1984, o Progra-
ma reconheceu 128 favelas em Belo Horizonte, prevendo a regularização dessas áreas e
sua inserção à cidade formal com um modelo de urbanização que respeitaria suas carac-
terísticas particulares. Isso significou o reconhecimento das favelas como forma legítima
de moradia, depois de anos de uma política habitacional pautada na produção de novas
unidades habitacionais via BNH.

Em consequência do fortalecimento dos ativismos ligados às favelas e das tentativas de


democratização do governo municipal, diversas lideranças foram incorporadas aos ór-

16 L.T. 1974-1982
espacialização da luta urbana 34

gãos responsáveis pela questão da moradia, principalmente aquelas ligadas à UTP. Essa
prática, que se intensificaria ao longo das décadas seguintes, evidentemente, traz ganhos
institucionais às lutas, mas também contribui para a sua domesticação.

Institucionalização (~1985-2009)

Entre os anos 1980 e 1990, as associações de moradores foram importantes atores cole-
tivos nas lutas urbanas. O dinamismo desses grupos, entretanto, foi intermitente, geral-
mente atrelando os momentos de menor atividade com os períodos eleitorais, quando
segregações político-partidárias se sobrepunham ao associativismo e a lutas locais (So-
marriba, 1996, p.62). Essas lutas articulavam-se sobretudo pela atuação de duas enti-
dades: a UTP, existente desde a década de 1970, e a FAMOBH, fundada em 1983.
Somarriba (1996) constata certa polarização entre elas, cuja raiz estaria na disputa pela
representatividade de um mesmo grupo. Os órgãos do governo aparentemente preferiam
lidar com a UTP, que seus técnicos consideravam a legítima representante dos pobres
de Belo Horizonte. Mas importa contextualizar essa relação: enquanto a UTP tinha
ativistas em cargos públicos desde 1983 e investia na negociação com os governos, a FA-
MOBH, sob influência do PC do B, atuava nas mobilizações em massa como forma de
pressionar o Estado. Apesar dessas cisões internas, o alto grau de coesão e coordenação
entre essas associações impede que sejam consideradas de maneira isolada.

Os movimentos dos sem-casa são outro grupo bastante atuante no período em questão.
Surgidos ao longo da década de 1980 vivem um período de intensa mobilização por volta
de 1990, com ocupações de terrenos ociosos e outras manifestações de massa, organiza-
das sob influência de partidos políticos e da Igreja católica. Mônica Bedê (2005) divide
os movimentos dos sem-casa em Belo Horizonte nessa época entre um grupo ligado
ao Partido dos Trabalhadores (PT) e à Igreja e outro atrelado ao PC do B. Esse último
adotou de forma mais intensa a ocupação como estratégia de pressão por suas demandas.

Entre 1986 e 1996, houve diversas ocupações de terrenos e de espaços públicos em Belo
Horizonte17: 2853 famílias no Taquaril em 1986 com apoio do PC do B; 635 famílias na
Igreja São José em 1990, coordenadas pela Cooperativa do Movimento Popular (CO-
MOPOM) com o apoio da FAMOBH, da UMPE e da AMABEL; 47 famílias no Con-
junto Confisco em 1992; 108 famílias na Praça Afonso Arinos em 1994; 740 famílias
às margens da Avenida Sarandi em 1994; e 379 famílias na Ocupação Corumbiara em
1996 (Bedê, 2005, p.216). Muitas dessas ocupações foram atendidas pela prefeitura entre
1993 e 1996, durante a gestão da Frente BH Popular, eleita em 1993.

17 L.T. 1983-1988 1989-1992


35 espacialização da luta urbana

A Frente BH Popular configura-se como a primeira administração dos ditos governos


democrático-populares em Belo Horizonte. Tendo à frente o prefeito Patrus Ananias
(PT), a coligação era composta por seu partido, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), o
Partido Comunista do Brasil (PC do B), o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Par-
tido Verde (PV). A articulação de diversos grupos pela construção dessa candidatura e
de sua eleição resultou na incorporação de inúmeros ativistas à administração municipal.
Essa incorporação trouxe diversos ganhos às lutas urbanas, como a abertura de canais de
diálogos e participação, o Orçamento Participativo (OP), o Orçamento Participativo da
Habitação (OPH), as Comissões Regionais de Transporte e Trânsito (CRTTs), o Con-
selho de Políticas Urbanas (COMPUR) e o Conselho Municipal de Habitação; além
do Plano Diretor, da Lei de Uso e Ocupação do Solo e de políticas públicas em diversos
setores formulados com a participação dos ativismos. Houve ainda ganhos para além
dos legislativos, como a experiência, ainda hoje considerada exemplar, de produção de
unidades habitacionais em regimes de co-gestão e de autogestão.18

A arquiteta Flávia Brasil, que estudou a participação popular em Belo Horizonte ao


longo dos anos 1990, ressalta os avanços na formulação do Plano Diretor e Lei de Uso e
Ocupação do Solo, com a incorporação de intenções como “a sustentabilidade, a justiça
social, a qualidade de vida, a democratização do acesso ao solo urbano e à moradia, a
gestão democrática da cidade e a participação popular” (Brasil, 2004, p.44). Para a autora,
o Plano possibilitou a regulamentação dos preceitos de reforma urbana da Constituição
de 1988 em nível municipal. Entretanto, a simples – embora hercúlea – tarefa de re-
gulamentação de leis e políticas progressistas não significaram sua efetivação. Citando
Flávio Villaça à respeito do Plano Diretor de São Paulo: “a ilusão do Plano Diretor e dos
Planos Regionais decorre do abismo que separa o seu discurso da prática de nossa ad-
ministração municipal e da desigualdade que caracteriza nossa realidade política e eco-
nômica” (Villaça, 2005, p.90). Embora tenha sido fruto da participação de vários setores
da sociedade e possa ser considerado progressista em alguns aspectos, o Plano Diretor de
Belo Horizonte não garantiria, sozinho, a realização de uma reforma urbana com acesso
democrático à terra, à cidade e a seus equipamentos e serviços.

Para parte dos ativistas, porém, o Plano Diretor representou retrocessos. É o caso daque-
les ligados à Pastoral Metropolitana, que desde 1985 vinha atuando na provisão de terra
para grupos de baixa renda via loteamentos associativos. Por meio de financiamentos da
Caixa Econômica ou de proprietários de terra, compravam e parcelavam glebas coleti-
vamente. Essa iniciativa foi minada pelo novo Plano Diretor, pois, nas palavras de um
dos ativistas ligados à Pastoral, “você não compra qualquer terra sem que a prefeitura aprove
18 Durante a gestão foram produzidas 3859 novas unidades habitacionais, sendo dessas, 439 por auto-
gestão dos movimentos de moradia e 1090 em cogestão (Bedê, 2005)
espacialização da luta urbana 36

antes que ela vai colocar um equipamento, que ela vai regularizar aquilo. Então ela já te veta
nisso aí, se você fizer, você é criminoso, isso é claro [...] ele [o prefeito] veio com uma proposta de
garantir espaço para os movimentos, quando na verdade ela foi justamente separar um quinhão
de terra para a especulação imobiliária.” (G.O., 2015).

[A] estruturação da nova política habitacional, ao mesmo tempo que in-


clui institucionalmente uma parte significativa dos movimentos popula-
res de luta pela moradia, inviabiliza a atuação de outra parte desses movi-
mentos, seja por sua aliança anterior com a prefeitura do PMDB, por sua
relação com a igreja católica ou por sua insistência no modelo de lotes e
casas individuais em empreendimentos de milhares de unidades. (Kapp
et al, 2014, p.31)

O discurso da democratização do planejamento e da gestão urbanos torna-se recorrente


no fim dos anos 1980, adotado tanto pelo projeto de Estado democrático quanto do
Estado neoliberal. Tal conjuntura é julgada como perversa pela cientista política Evelina
Dagnino (2004), pois, embora com significados bastante distintos, torna-se muito difícil
identificar a qual desses projetos se atrela determinado processo participativo. Apropria-
do pelos governos neo-liberais, o discurso da democracia e as instâncias de participação
servem à legitimação de decisões predefinidas e se reduzem a mero método de coopta-
ção, esvaziado, portanto, de sentido político.

O discurso da participação no Brasil, emerge desde o fim da ditadura militar, consolida-


se na Constituição de 1988 e culmina na abertura de inúmeros canais para a participação
da sociedade civil, sobretudo nas administrações municipais progressistas do fim dos
anos 1980 e início dos anos 1990 e na chegada do PT ao governo federal em 2003.

Embora a existência desses canais possa contribuir para a democratização das políticas
públicas, como terreno de emergência de conflitos, negociações entre os diferentes gru-
pos e seus interesses e de construção de identidades coletivas, esses mesmos canais po-
dem servir para atrair formas de contestação para “formas controladas de participação”,
como observa Flávia Brasil (2004, p.39). De fato, podemos observar essas duas tendên-
cias no caso belorizontino, em que alguma democratização da administração pública veio
acompanhada da docilização de determinados grupos que conseguiram se inserir nas
estruturas institucionais. Isso refletirá no recolhimento das lutas urbanas para uma luta
institucional e no quase completo abandono de ações diretas (como ocupações e grandes
manifestações) até fim dos anos 1990.
NOVOS

URBANOS
ATIVISMOS

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novos ativismos urbanos 38

Emergência da juventude

O cenário da segunda metade da década de 2000, período de surgimento de muitos dos


grupos abordados nesta pesquisa, é composto por dois grandes tipos de ativismos: de um
lado, os mais antigos, experientes na ação institucional e conhecedores de todos os seus
melindres; por outro, os recém-surgidos, que retomam as ações diretas.

Pouco antes no início dos anos 2000, a juventude começa a emergir no cenário da con-
testação social, protagonizando protestos e ações antiglobalização e anticapitalistas em
diversas partes do mundo: os Zapatistas em 1994, a rede de Ação Global dos Povos
em 1998, os Fóruns Sociais Mundiais ao longo dos anos 2000, etc. Esses jovens atores,
muitas vezes ligados ao ideário anarquista ou libertário, mas com referenciais teóricos
para além dos autores clássicos dos séculos XIX e XX, formam grupos caracterizados por
pautas de contestação mais amplas.

Igor de Oliveira, em sua dissertação a respeito da Praia da Estação, enumera outras carac-
terísticas desses grupos, sintetizando-os nos seguintes elementos: ações diretas dotadas
de elementos lúdicos (que ele denomina protestos-festa); boicote a grandes corporações;
e superação das fronteiras identitárias de gênero, classe, raça, território e idade dos mo-
vimentos anteriores (Oliveira, 2012, p.39). Para o autor, a superação dessas fronteiras e o
conseguinte entrecruzamento de demandas específicas fazem surgir um questionamento
da sociedade em sua totalidade. Por outro lado, esse ativismo jovem não é generalizado,
mas restrito a um pequeno grupo.

Outro elemento novo nas formas de ação coletiva desses jovens atores são as tecnologias
de informação. A internet tem um papel fundamental como ferramenta de comunica-
ção, integração, intercâmbio e organização desses grupos. Mais ainda, ela torna-se uma
dimensão de disputa. As lutas passam a se desenvolver não somente no cotidiano e no
âmbito institucional, mas também no espaço digital.

Para Oliveira (2012), a data que marca a entrada de Belo Horizonte no movimento con-
testatório global é 8 de dezembro de 20001, quando a cidades acompanha outras mais
de 100 cidades de todas as partes do mundo na realização do Dia de Ação Global, um
protesto contra a reunião do FMI e do Banco Mundial em Praga. Mas também os carna-
vais revolução2, realizados entre 2002 e 2007, podem ser considerados marcos dos novos
ativismos em Belo Horizonte. Além de trazerem a modalidade do protesto-festa, que já

1 L.T. 1999-2002
2 L.T. 1999-2002
39 novos ativismos urbanos

vimos ser um modo de ação central para esses grupos anarquistas e libertários, eles inse-
rem a disputa pelos espaços públicos, contra a tendência generalizada de sua privatização.

No fim da década de 2000, há uma diminuição dos protestos de rua em torno das lutas
globais e um redirecionamento para as questões locais e cotidianas. Igor de Oliveira
chama esses ativismos reorientados de “segunda geração libertária”, entendendo a nova
prevalência da escala municipal como uma reação ao início das obras urbanas relaciona-
das à Copa do Mundo de Futebol de 2014, que acentuam o processo de mercantilização
e privatização das cidades (Oliveira, 2012, p.56). Os ativismos que surgiriam na década
de 2010 – grande parte deles objetos deste estudo – são, para Igor de Oliveira, herdei-
ros desses ativismos juvenis, calcados no ideário anarquista e libertário e inseridos no
contexto das lutas anticapitalistas. Tal herança irá refletir nas estratégias de ação (ações
diretas, uso de elementos lúdicos, ocupações de espaços ociosos), nas pautas (o reclame
ao espaço público, produção de espaços autônomos) e nos atores (jovens, em sua maioria
de classe média e escolarizados) dessas novas formas de ação coletiva.

Outros desvios em relação à institucionalização dos ativismos são percebidos aqui e ali,
como na Ocupação Corumbiara, em 1996, durante o último ano do mandato da Frente
BH Popular. Ela é tida pelas ocupações urbanas mais recentes da Região Metropolitana
de Belo Horizonte (RMBH) como seu mito fundador. A retomada definitiva de tais
ações, entretanto só irá ocorrer mais tarde. Em novembro de 2006, 15 famílias sob a
coordenação das Brigadas Populares ocuparam um edifício abandonado no bairro Serra.
A Ocupação Caracol durou apenas cinco meses, mas marca o início da intensificação
das ocupações urbanas para fins de moradia. Essas ações tornar-se-ão bastante repre-
sentativas no contexto dos ativismos urbanos de Belo Horizonte, capazes de em alguns
momentos mobilizar diferentes grupos da cidade (Lourenço, 2013).

A disputa pelo espaço público é uma novidade dos novos ativismos urbanos, reflexo das
ações dos grupos anti-sistêmicos internacionais. Ela resulta ainda da intensificação de
medidas para o disciplinamento e a higienização desse espaço, isto é, de interdição siste-
mática de sua livre apropriação pelos cidadãos.

No imaginário dos ativistas de Belo Horizonte, os precursores da apropriação do espaço


público são o Duelo de MCs3 e o D9e1/2 (lê-se Domingo, Nove e Meia)4, ambos surgi-
dos em 2007 no baixio do Viaduto Santa Tereza5 (local que viria a se tornar emblemático

3 L.T. 2003-2007
4 L.T. 2008-2009
5 Os primeiros duelos ocorriam na Praça da Estação próximo ao antigo Espaço Miguilim (hoje Cen-
tro de Referência de Juventude), entretanto com a chegada do período chuvoso os encontros passam a
novos ativismos urbanos 40

para os novos ativismos urbanos em Belo Horizonte) e ambos “de maneira difundida e
sistemática” (P.R., 2015). Mas há uma diferença fundamental entre as duas ações quanto
à dimensão espacial. Para o grupo que promoveu o D9e1/2, com afinidades anarquistas
e autonomistas, a dimensão espacial foi uma preocupação desde o início: “O Domingo
Nove e Meia (D9e1/2) é uma atividade para re-significação do espaço urbano e das rela-
ções entre os seus participantes”6. Já no Duelo de MCs a dimensão espacial e seu impacto
não estavam claros de antemão, mas afloraram no processo, circunstancialmente:

A gente foi se entendendo nesse lugar de ocupar o espaço, o que isso sig-
nifica, o que essa presença nossa ali numa noite de sexta-feira entre sete
e meia-noite significa, o que a presença de jovens de periferia em frente
à Serraria Souza Pinto numa noite de sexta-feira, quando tem uma festa
cheia de madame, significa. (P.V., 2016)

No Duelo de MCs e ainda em muitos grupos aqui pesquisados, a ação se politizou e se


espacializou em seu próprio decorrer. Elas iniciam-se sem perspectiva de embate e seu
caráter contestatório surge à medida que revelam-se obstáculos, como a exigência de al-
varás ou a falta de manutenção dos espaços públicos. Paulatinamente, os participantes se
dão conta do caráter político de suas ações. Em muitos casos foram os entraves criados
pelo poder público que levaram os grupos a expandirem suas pautas e a constituírem suas
lutas, entendendo que, para a sobrevivência da ação – encontros no espaço público, uso
de bicicleta na cidade etc. – seriam necessárias mudanças mais profundas, estruturais.

Inaugurada pelo D9e1/2 e pelo Duelo de MCs, tal dinâmica de ocupação do espaço
como forma de atuação disseminou-se nos anos seguintes em ações como a Praia da Es-
tação7, as ocupações urbanas para fins de moradia, o Ocupa BH8, os blocos de carnaval, as
manifestações puxadas pelo Tarifa Zero e pelo MPL-BH, as ocupações da Câmara Mu-
nicipal9, a ocupação da Prefeitura e da Urbel10 e as atividades culturais autogestionadas
chamadas A Ocupação11. A dimensão espacial das lutas passou a ser tema de discussão
entre os novos ativismos urbanos e o uso do espaço como ferramenta, uma prática cada
vez mais frequente e importante, sobretudo em comparação com o período imediata-
mente anterior, em que os ativismos estavam recolhidos à atuação institucional.

ocorrer embaixo no Viaduto.


6Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Zx3CrgLVy6Q> acesso em 31 de maio de 2015
7 L.T. 2010[1]
8 L.T. 2011
9 L.T. 2013[4] 2015[3]
10 L.T.2014[3]
11 L.T. 2013[4]
41 novos ativismos urbanos

Por outro lado, a difusão dessas ações evidencia uma tendência à supervalorização da
prática. Um exemplo é o Ocupa BH12, que ocorreu em 2011 no contexto do movimen-
to Occupy internacional. O grupo protestava contra o modo de organização social e
econômico e contra a democracia representativa, e por isso escolheu a praça da Assem-
bleia, local que reúne a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e o Banco Central. O
acampamento durou 104 dias, tornando-se um dos mais longos de todo o mundo dentre
os Occupys. Mas qual foi a efetividade dessa ocupação para além do aspecto simbólico?
Quantas pessoas souberam de sua existência? Quais foram seus reflexos? Sua duração,
tão estimada pelos entrevistados que contribuíram, não se deveria ao fato de que o acam-
pamento naquele espaço não incomodava ninguém?

A proibição de eventos na Praça da Estação, assinada pelo prefeito Márcio Lacerda em


dezembro de 200913, foi um fato que marcou os novos ativismos em Belo Horizonte.
Um chamado anônimo via internet convocou um protesto de resistência à medida, o
que daria origem à Praia da Estação. O evento, amplamente explorado por diversos au-
tores (por exemplo, Oliveira 2012; Albuquerque, 2013), teve um papel importante como
aglutinador de diferentes grupos em torno de uma reivindicação comum – a liberação de
eventos na Praça – e como precursor de novas articulações na cidade.

Para além do contexto local e dos eventos pontuais, pode-se dizer que a atuação mais
recente da sociedade civil organizada está relacionada à ascensão do neoliberalismo, às
mudanças na organização do trabalho, à emergência de governos de esquerda e à onda
participacionista. A socióloga Ana Clara Torres Ribeiro (2014) considera que a ênfase
culturalista dos movimentos sociais contemporâneos, o abandono da noção de classe e
a conseguinte fragmentação de um suposto sujeito coletivo seriam reflexos dessas trans-
formações sociais, econômicas e políticas mais amplas. O mesmo valeria para a adoção
simultânea de diversas linhas de ação – institucionais e diretas –, assim como para a
articulação em rede por meios digitais.

Junto a essas transformações, atores que anteriormente tinham um papel importante na


articulação dos ativismos tais como os partidos políticos, a Igreja e os sindicatos passam
a ter menos inserção junto aos grupos. Ainda que menos centrais, as relações com esses
atores seguem estabelecendo-se, sobretudo em momentos críticos. Essas relações, entre-
tanto, são sempre permeadas por desconfianças relativas às tentativas de cooptação.

Uma consequência dessa nova constelação são coletividades sem fronteiras identitárias,

12 L.T. 2011
13 L.T. 2008-2009
novos ativismos urbanos 42

que pretendem respeitar e afirmar a individualidade de cada um de seus membros. Isso


leva necessariamente a agendas muito amplas e diversificadas. Muito ilustrativa da so-
breposição de objetivos entre os ativismos de Belo Horizonte é o fato de praticamente
todos incluírem uma frente feminista, que insere a discussão de gênero em suas pautas
centrais e também põe em questão a dominação e as hierarquias dentro dos grupos.

Se, por um lado, a ampliação das agendas fortalecem os grupos, porque conseguem atrair
mais indivíduos; por outro, elas os enfraquecem, pois as energias se dissipam nessas inú-
meras frentes. Pela falta de coesão e pela organização fluida, os rumos desses ativismos
muitas vezes são determinados em função dos indivíduos que os integram num de-
terminado momento. Com os membros constantemente renovados, os próprios grupos
também estão em permanente reconfiguração.

Entretanto, a constante transformação dos grupos em função de seus membros somente


é possível devido à ideia de horizontalidade que perpassa grande parte deles. Sem figuras
centrais responsáveis por sua condução, os grupos tornam-se muito mais suscetíveis às
aspirações individuais daqueles que o integram em determinado momento. O sociólogo
Manuel Castells (2013) considera que essa descentralização dificulta a repressão aos gru-
pos, tornando praticamente impossível identificar figuras chave cuja repressão resultaria
na neutralização dos ativismos. É necessário, entretanto, relativizar tal percepção, pois,
embora, de fato, o poder nesses grupos seja diluído, são inúmeros os casos recentes de
vigilância e repressão de indivíduos indentificados pelos serviços de inteligência como
“líderes”14.

Essa percepção, entretanto, deve ser matizada, pois em inúmeras ocasiões os serviços de
inteligência conseguem identificar indivíduos mais ativos nesses grupos empreendendo
sua viigilância e repressão

O imaginário de organização horizontal é em diversos momentos afirmado como no


caso da Assembleia Popular Horizontal, que carrega em seu próprio nome o termo.
Pude ainda constatar a presença desse imaginário nas entrevistas e nas fanpages de parte

14 Um exemplo de repressão a pretensos líderes foram as prisões de 19 ativistas no Rio de Janeiro, às


vésperas da final da Copa do Mundo Fifa de Futebol em 2014, suspeitos de “planejar protestos violentos”,
conforme reportagem do portal G1. Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/07/
doze-ativistas-presos-por-suspeita-de-planejar-protestos-no-rio-sao-soltos.html. Acesso em 27 de janei-
ro de 2017.
43 novos ativismos urbanos

dos grupos como o MPL-BH15, a Rede Verde16, A Ocupação17 e o Cidade que Quere-
mos18. Entretanto, se a horizontalidade coloca-se como um paradigma para os grupos,
sua concretização é ainda distante. Certas relações de dominação internas seguem repro-
duzindo-se tais como aquelas de gênero, de classe, de raça e do conhecimento acadêmico
sobre os demais.

Tampouco pode-se afirmar que a adoção da organização horizontal é uma unanimidade


entre os ativismos. Parte dos grupos seguem organizando-se via estruturas hierarquiza-
das e centralizadas nas figuras das lideranças, o que se transforma em umas das principais
fontes de embate em momentos de articulação.

Luta Institucional, Luta direta dos novos ativismos

Apesar de responsáveis pela retomada das ações diretas, parte dos novos ativismos em-
preendem uma luta institucional. Por luta institucional entende-se aquela desenvolvida
por canais institucionais de diálogo entre sociedade civil e poder público, por vias jurídi-
cas, por editais para fundos públicos ou pela interlocução direta entre ativistas e repre-
sentantes do Estado (técnicos e políticos em exercício).

A emergência dos canais participativos levou muitos dos ativismos a especializarem-se


em ações institucionais. A cientista política Maria da Glória Gohn (2013), responsável
por cunhar a expressão “novíssimos movimentos sociais”, observa que a atuação pelos
canais institucionais de participação, geralmente atrelada a políticas e programas para
minorias, contribuiu para a transformação dos ativismos. Esses tendem a estar cada vez
mais atrelados a objetivos ou demandas específicos, dissolvendo-se logo após sua con-
quista e impedindo a formação de projetos mais amplos de transformação. Assim, a luta
nesses canais corre o risco de se tornar fim em si mesma e não meio para alcançar mu-
danças mais profundas.

Na breve história dos novos ativismos em Belo Horizonte, houve momentos de entu-
15”Movimento social autônomo, horizontal, independente e apartidário que luta por um transporte
público gratuito e de qualidade, sem catracas e sem tarifa.”(Movimento Passe Libre - BH, disponível em:
acesso em: 22/07/2016 grifo meu)
16 PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DA REDE VERDE: Horizontalidade: sem líder pré-defini-
do, todos somos autores e atores.” Rede Verde, disponível em: acesso em: 22/07/2016 grifo meu)
17”Ato artístico e político, construído pela sociedade civil. A Ocupação é um evento construído de forma
colaborativa, horizontal e autogestionada. Participe das reuniões e faça parte do processo de construção.”
(A Ocupação, disponível em:acesso em: 22/07/2016 grifo meu)
18”MUIT*S | pela CIDADE QUE QUEREMOS é uma movimentação autônoma, horizontal e auto-
gestionada, criada com a proposta de estabelecer um enfrentamento programático ao projeto excludente
de cidade em Belo Horizonte.” (Cidade que Queremos disponível em:acesso em: 22/07/2016 grifo meu)
novos ativismos urbanos 44

siasmo tanto quanto de descrença com as ações institucionais. A entrada de novos atores
no universo das lutas urbanas levou a certa reconfiguração das instâncias participativas e
desestruturou rituais ali estabelecidos desde os anos 1990. O monopólio de representan-
tes de ativismos mais antigos, costumeiramente justificado pela sua formação política e
técnica, foi posto em cheque, assim como o foram as hierarquias internas nos grupos da
sociedade civil. Na etapa municipal da Conferência Nacional das Cidades, logo após as
Jornadas de Junho de 2013, por exemplo, a recém surgida Assembleia Popular Horizon-
tal (APH-BH) conseguiu eleger delegados para integrar a etapa estadual, obrigando a
um rearranjo das vagas ‘cativas’ dos tradicionais movimentos sociais.

Pode-se dizer que, no início, os novos ativismos aproximaram-se dos canais institu-
cionais de participação com certa ingenuidade. Havia uma crença na possibilidade de
ganhos diretos19 por essa via. Com o tempo, perceberam que cada batalha institucional
vencida implicaria inúmeras novas batalhas do mesmo gênero até se chegar, talvez, a uma
concretização. Perceberam também que os espaços institucionais de participação servem
à legitimação de decisões já tomadas. Assim, embora muitos ativismos prossigam na luta
institucional, o fazem mais por uma questão de resistência e devido a ganhos secundários
– assunto que retomarei adiante – do que na perspectiva de alcançar as transformações
desejadas.

O já citado Flávio Villaça (2007) observou a respeito do Plano Diretor de São Paulo
que os setores privados ausentaram-se de todo o processo participativo, não porque
estivessem alheios à sua elaboração, mas porque dispunham de canais mais efetivos para
defender seus interesses, como o lobby junto a políticos e a influência na mídia. O espaço
de participação teve nesse caso um caráter de encenação ou simulacro, que parece valer
igualmente para os seus análogos em Belo Horizonte.

A participação impõe outros custos contínuos, para além do dispêndio de tempo e ener-
gia, tais como a necessidade de manter redes de pertencimento e apoio ou a necessidade
de acesso a informações especializadas. Grupos melhor articulados e que dispõem de
mais capitais – social, cultural, econômico e político – conseguem uma participação mui-
to mais frutífera nos espaços institucionais, em que o emprego de jargões e estratégias de
apresentação que beiram à propaganda são correntemente utilizados pelo poder público
para convencer – ou, se necessário, constranger – os participantes. Uma vez que os novos
ativismos mobilizam grupos sociais que são em sua maioria jovens com alto grau de
formação e facilidade de acesso a informações, um de seus traços importantes é a atua-
ção tecnicamente embasada. Produz-se, assim, algum equilíbrio dentro dessas instâncias:
19 Como ganhos diretos refiro-me àqueles que sejam frutos dos próprios processos participativos como,
por exemplo, a incorporação de determinada proposta no Plano Diretor
45 novos ativismos urbanos

as mesmas armas tradicionalmente usadas para legitimar os interesses dominantes – os


argumentos técnicos – são mobilizados para o seu questionamento. Por outro lado, esse
relativo equilíbrio revela o que realmente controla os rumos da produção de nossas ci-
dades: embora existam justificações técnicas, são os interesses de determinados grupos o
que, de fato, os comandam.

Apesar dos problemas inerentes a esses canais, a insistência dos ativismos em atuar neles
indica que há ganhos para além de conquistas concretas e diretas. Um deles é a informa-
ção sobre as deliberações do Estado. Se na prática os espaços participativos não permi-
tem mudar essas deliberações, pelo menos permitem conhecê-las. É o que explica uma
entrevistada envolvida na resistência às obras da prefeitura no Viaduto Santa Tereza em
2014: “a gente foi bem resistente no início, mas a gente viu que seria o único espaço que a prefei-
tura poderia dar de abertura às informações que a gente queria, [...] importantes para continuar
a pressão.” (P.K., 2015). A mesma coisa vale para a compreensão do funcionamento do
aparelho do Estado e de seus trâmites burocráticos. O contato com esse universo facilita
questionar argumentos baseados em leis ou normas da estrutura institucional. A estra-
tégia consiste, portanto, em estar nos canais participativos para informar-se e, a partir
disso, não apenas desenvolver outras formas de ação direta, mas também identificar bre-
chas e táticas de apoio a essas formas de ação, como por exemplo as denúncias junto ao
Ministério Público.

Outro ganho indireto que os canais oficiais de participação propiciam é o contato com
atores externos ao próprio grupo, mas igualmente questionadores e interessados numa
cidade diferente da que vem sendo produzida pelo poder hegemônico. As redes de apoio
que assim se formam, cujos efeitos não ficam limitados ao espaços participativos oficiais,
podem significar a construção de agendas comuns, a troca de experiências e, de uma ma-
neira geral, um aumento de motivação para a luta. Em alguns casos, a atuação nos canais
participativos serve até para, numa espécie de cooptação reversa, conseguir adesões de
pessoas até então convencidos da boa fé institucional, dos discursos dos representantes
do Estado e de sua legitimidade como única instância capaz de tomar decisões de ordem
coletiva na cidade.

Um detalhe que diz muito sobre a presença dos novos ativismos nos canais participati-
vos é o verbo que utilizam para se referir a sua própria ação ali: ocupar. Se o imperativo
nesses canais é participar, isto é, tomar parte de um processo cujas regras estão dadas, de-
finindo quem terá direito à palavra ou que assuntos serão considerados relevantes, então
ocupar – apoderar-se ou tomar posse – significa uma espécie de profanação. Não se trata
de contribuir para as propostas em discussão, mas de contestar e até destruir o processo,
novos ativismos urbanos 46

evidenciando que tais propostas não emergiram de uma construção coletiva, mas que
sua discussão na instância participativa se limita a decisões secundárias, enquanto as
decisões fundamentais foram tomadas de antemão. Os ativistas fazem isso, por exemplo,
interpondo perguntas que servem para explicitar contradições internas das propostas e
desconstruir as usuais estratégias de convencimento, cheias de imagens bonitas e termos
técnicos. Não surpreende que sejam considerados inconvenientes pelos responsáveis por
conduzir o processo participativo e que esses os acusem de prejudicar a dinâmica com
questões descabidas ou extemporâneas.

Ainda que conscientes dos problemas e vícios que perpassam esses processos, não raro
os ativistas caem no que Ermínia Maricato (2007) denomina “ilusão da participação”.
Eles admitem que a concentração na atuação institucional contribuiu para o abandono
de outras formas de ação e que tempo e a energia consumidos nesses espaços dissipam
forças de revolta. Não é à toa que o Estado, a mídia e as organizações internacionais, ao
mesmo tempo em que enaltecem a participação institucionalizada, criminalizam formas
diretas de luta (Villaça, 2007).

A vinculação a partidos e a políticos em exercício – que obviamente têm grandes inte-


resses por esses grupos – é outra estratégia de inserção institucional usada por alguns dos
novos ativismos. Enquanto aqueles de raiz anarquista e autonomista tendem a rechaçá-la,
por entenderem que prejudicaria sua independência de ação e questionamento, outros
assumem esse risco porque vislumbram ganhos como audiências públicas, projetos de lei
construídos em parceria, postergação de projetos em curso etc. Entretanto, novamente,
há a percepção de que essas ações, por si só, não levarão à concretização das pautas de-
fendidas, primeiro porque os políticos aliados aos ativismos são minoria dentro das ins-
tâncias de poder, e segundo porque esse políticos também defendem interesses que não
os dos ativismos, tais como os interesses do partido, de outros aliados, de suas bases etc.

Desde o início de 2016, parte dos ativismos tem-se articulado no grupo Cidade que
Queremos com o objetivo de lançar candidaturas às próximas eleições municipais.20 Por-
tanto, em vez de buscar e apoiar candidatos dispostos a incorporarem sua agenda ao lado
de outras (do partido, dos financiadores de campanha etc.), o grupo quer candidaturas
que nasçam dos próprios ativismos e sejam exclusivamente dedicadas a uma agenda por

20 Assinaram o manifesto do grupo: Área de Serviço, Arquitetas sem Fronteiras - Brasil, BAixo Ba-
hia, BH Parklets , Bloco da Bicicletinha, Bloco do Manjericão, Bloco do Mendonça, Bloco do Peixoto,
Brigadas Populares Minas Gerais, Cannabis Medicinal, Carnaval de rua BH, Cia Burlantins, Cordéis
do min de Oliveira, Movimento Nossa BH, Napele Laboratório de Produção, Piseagrama, Sensu-
alismo, Tico Tico Serra Copo, Unidos do Queimalargad. Disponível em: https://www.facebook.
com/notes/cidade-que-queremos-bh/-ocupar-as-elei%C3%A7%C3%B5es-com-cidadania-e-ousa-
dia-/1052002741512040 . Acesso em 20 de maio de 2016
47 novos ativismos urbanos

eles construída coletivamente. Além disso, o grupo discute a noção de representatividade


e pretende intensificar a relação entre representados e representantes. “Mandatos abertos
e compartilhados, com tomadas de decisão coletivas, assembleias periódicas e prestação
de contas em praças públicas e por meio eletrônico” constituem parte da proposta anun-
ciada nas redes sociais (Cidade que Queremos, 2106, on-line).

O que parece problemático, entretanto, é o fato de o modelo de democracia brasileiro


exigir a vinculação dos candidatos a partidos. São eles que, afinal, têm o poder de definir
quem será lançado candidato ou não, de modo que alguma subordinação das candida-
turas a interesses partidários é quase inevitável. Somam-se a isso os riscos de assimetrias
e relações de dominação dentro dos coletivos que sustentam candidaturas e possíveis
mandatos, pois esses podem se personalizar num ou noutro ator, que terá acesso pri-
vilegiado ao poder, por mais que a intenção seja de produzir delegados do coletivo. E
mesmo supondo que sejam superados todos os entraves partidários, que os candidatos
do Cidade que Queremos sejam lançados e eleitos e que eles funcionem como delegados
e não como representantes, eles ainda serão minoria nos poderes executivo e legislativo
municipais. Por isso, é cedo para avaliar em que medida o experimento poderá contribuir
para uma real democratização das instituições políticas vigentes21.

Outro aspecto da luta institucional que vale destacar é a disputa por recursos de fundos
públicos e privados, nacionais e internacionais. Com o aumento das possibilidades de
acesso a tais recursos via editais, observa-se uma especialização dos ativismos nesse sen-
tido. O expressivo envolvimento de classes artísticas nas lutas urbanas de Belo Horizonte
significou a introdução de um know-how de captação de verbas, ampliando as possibili-
dades para além do tradicional financiamento por partidos políticos. Assim, ampliaram-
se as formas de manutenção financeira dos ativismos, um dos maiores obstáculos à sua
continuidade. Entretanto, é preciso lembrar que o acesso a tais recursos exige projetos
enquadrados em certos modelos e que esses dificilmente admitem radicalidade.

A adoção das ações diretas empreendidas pelos novos ativismos, aquelas sem vínculo
institucional ou financeiro com o Estado e suas instâncias, não tem a mesma origem
para os diferentes grupos. Parte deles vê na ação direta uma forma de combater o Estado,
como é o caso de grupos anarquistas e autonomistas, por princípio contrários à utiliza-
ção de canais constituídos. Outra parte vê na ação direta uma consequência lógica do
fracasso do Estado e de suas instituições em prover cidades justas e equânimes, como é
o caso das ocupações urbanas, que agem por conta própria para fazer cumprir o direito à

21 Ainda assim, mudanças significativas foram alcançadas durante a campanha do coletivo que conse-
guiu eleger duas vereadoras. Uma de suas candidatas, Áurea Carolina, foi a eleita com o maior número
de votos em Belo Horizonte, superando campanhas de investimentos milionários.
novos ativismos urbanos 48

moradia que o Estado não cumpre. E ainda outra parte faz uso da ação direta a partir do
pressuposto de legitimidade de determinada prática no espaço urbano, como a recupe-
ração de um espaço ambientalmente degradado ou a intervenção num espaços público,
o que fere o monopólio Estado e implica alguma percepção de sua incapacidade, mas
não configura um embate direto. Como já mencionado, a politização dos grupos que se
enquadram nesse último caso geralmente nasce dos obstáculos que o próprio Estado
põe à concretização ou à continuidade de suas ações. É o que expressa um dos ativistas
ligado ao Coletivo Família de Rua, grupo que nasceu a partir da experiência de ação do
Duelo de MC’s:

O Duelo de MCs inicialmente seria simplesmente um espaço pra quem


gostasse das coisas relacionadas ao hiphop [...] só que a gente se deparou
com a cidade! Com essas contradições da cidade [...] Eu acho que se a
gente fosse pensar, inicialmente a gente nem teria ido pra rua fazer o due-
lo, sabe?! [...] Mas como a gente tava com sangue novo pra aquilo, a gente
foi. À medida que a gente ia descobrindo, que se deparava com obstácu-
los, aquilo se tornava um desafio e a gente queria enfrentar! E a gente foi
entendendo [...] o que significa sentar no gabinete de um político e dizer
pra ele que não, você não vai comprar aquela ideia que ele tá te vendendo,
que você acredita naquilo de outro jeito e se ele não quiser te ajudar ou
fazer seu direito valer, você vai ocupar! (P.V., 2016)

Essas ações distinguem-se ainda por sua finalidade, podendo ter como objetivo pressio-
nar o Estado para estabelecer com ele algum diálogo ou, para aquelas que tem a autono-
mia em relação ao Estado como um princípio fundamental, são um fim em si mesmas.

Exemplos mais evidentes do primeiro tipo são as ocupações da Câmara Municipal de


Belo Horizonte em 2013 e em setembro de 2015. Ambas tinham objetivos claros dentro
da esfera institucional: a primeira buscava pressionar o poder público para a abertura de
diálogos, no contexto das Jornadas de Junho; a segunda pleiteava por revogação do au-
mento das tarifas de transporte público, auditoria fiscal das empresas de ônibus e abertu-
ra de uma CPI dos transportes. Tais ações diretas foram motivadas pela impossibilidade
de acesso da sociedade civil ao poder público, como afirma um dos ativistas: “o Lacerda
falava que não dialoga com a faca no pescoço. Mentira! Precisou ocupar a prefeitura, a câmara
para ele receber as pessoas e ainda assim mal” (PR., 2015).

Há outras ações diretas que também se dirigem às instituições do Estado, mas o fazem
de maneira menos imediata. Um exemplo é a chamada busona do Tarifa Zero, um ônibus
49 novos ativismos urbanos

gratuito que circulou pela cidade em diversas ocasiões no ano de 2014: ligando os blocos
no carnaval; em maio fez um percurso entre as ocupações urbanas, levando pessoas à
festa junina da Ocupação Guarani Kaiowá; no dia mundial na Cidade sem meu Carro
fez o trajeto Centro-Barreiro; em novembro, o trajeto Savassi-Contagem, escolhido pe-
los apoiadores via facebook. A ação foi uma forma de divulgação do próprio Tarifa Zero,
pois criou oportunidade de encontro entre ativistas e cidadãos comuns que tomaram a
busona, sobretudo nos trajetos Centro-Barreiro e Savassi-Contagem em dias úteis.

Cabe aqui uma observação à parte sobre essas e outras ações diretas destinadas a atrair
um público além do círculo dos apoiadores habituais. Por mais que seu alcance seja
limitado, elas abrem possibilidades que as ações digitais não oferecem. Na internet a cir-
cunscrição dos discursos está pré-programada, configurando “bolhas” de acesso a deter-
minada informação que só serão contornadas por usuários que se engajarem ativamente
na busca de novos conteúdos. As ações diretas, em contraponto, aumentam a chance
de encontros fortuitos entre ativistas e pessoas alheias às suas causas. Apenas é preciso
atentar para o fato de que os encontros, por si sós, não significam diálogos e que as ações
não são auto-explicativas para um transeunte qualquer. Nesse sentido, é elucidativa a
autocrítica de um ativista da Praia da Estação, em entrevista a Igor de Oliveira (2012).
O entrevistado aponta que o grupo investiu na divulgação da ação pela internet, mas não
numa forma de explicar suas causas aos transeuntes ‘desavisados’ da Praça da Estação;
não havia nenhum material para esclarecer que se tratava de um protesto contra um pro-
jeto de lei que proibiria eventos na Praça. Assim, a bolha configurada no espaço digital
acabou se reproduzindo no espaço real.

Outro indício da crença demasiada no encontro eventual se encontra numa situação des-
crita por Priscila Musa (2015) em sua dissertação sobre o papel da imagem para os movi-
mentos sociais. Na ocasião do anúncio da construção do centro administrativo municipal
no Bairro Lagoinha, um movimento de resistência formado por moradores e associações
locais se articulou a outros grupos da cidade, formando o ativismo Brasilinha de Lacerda,
não!22 O primeiro ato de rua foi um desfile de carnaval fora de época pelas ruas do bairro.
Entretanto, embora previamente convidados, os moradores “não saíram ou desceram
para a manifestação e não tinham um olhar e um gestual que sinalizassem precisamente
alguma reciprocidade. Havia se desenhado, entre a rua e a casa, entre os manifestantes
moradores e os manifestantes do Carnaval de rua, não exatamente um limite, mas uma
fronteira [...] traçava-se uma linha dissensual” (Musa, 2015, p.189).

Tal distância entre agentes no mesmo espaço tem sido recorrente. Pude presenciar um

22 L.T. 2013[3]
novos ativismos urbanos 50

dos primeiros encontros do que se tornaria mais tarde o Cidade que Queremos, na Vila
Pomar do Cafezal. De alguma maneira havia a ilusão de que estar naquele espaço seria
suficiente para estabelecer uma articulação entre os ativistas de fora e os ativistas de
dentro da favela. O que se viu de fato foi um abismo colossal. Pelo menos a presença no
mesmo espaço serviu para escancarar diferenças e conflitos entre agentes cujos objetivos
pareciam os mesmos e cujo agrupamento era tido como certo. Evidenciou-se a linha
dissensual observada por Priscila Musa, demonstrando que coexistir no espaço deve ser
encarado como ponto de partida para uma articulação, não como a articulação em si.

Há ainda ações diretas que não visam a pressionar o Estado, seja de maneira imediata ou
mediada. Seu objetivo é concretizar ou, pelo menos, ensaiar transformações, tais como
novas formas de convívio, de organização política, de abordagem da natureza, de vida na
cidade, de apropriação do espaço público etc. “Você vai descobrindo com o tempo esses meca-
nismos... o fazer ‘na tora’ é uma forma de estratégia também, de disputa da cidade.” (PV, 2016).
Incluem-se nesse tipo de ação direta a experiência do Espaço Comum Luiz Estrela, que
se apresenta como “livre [...], aberto e autogestionado”,23 ou o Pomar do Cafezal, que
propõe recuperar uma encosta em área de risco conciliando natureza e urbanização.

Ações desse tipo estão repletas de contradições pelo próprio fato de tentarem realizar,
aqui e agora, um estado de coisas tido por utópico. A autogestão do Espaço Comum
Luiz Estrela, por exemplo, é descrita pelos entrevistados como conflituosa e desgastante.
No Pomar do Cafezal, a mobilização de apoiadores externos é muito maior do que a de
moradores da área, que às vezes até hostilizam a iniciativa, embora ela seja o principal
motivo de não terem sofrido remoção pela Prefeitura. Ainda assim essas experiências
trazem avanços às lutas. Elas demonstram que as alternativas existem e elas dão início a
processos nos quais as contradições podem aparecer com nitidez, sem respostas prontas.
O caminho se faz ao caminhar, como diz um dos ativistas ligado ao Real da Rua:

Não é nesse lugar romântico, ‘tudo lindo’, mas a possibilidade real de


perceber na prática que é possível você se organizar, conviver, de outro
jeito, que não esse que vendem para nós a vida inteira. É pensar na possi-
bilidade da coisa horizontal e autogestionária mesmo, que depende pura
e simplesmente daquelas pessoas e da disposição delas. Isso é uma das
coisas talvez mais fortes e mais bonitas mesmo. E do outro lado é a com-
plexidade! Nesse lugar é onde a contradição se encontra e que às vezes sai
até briga, por problemas extremamente graves. (P.V., 2016)

23Descrição do grupo em sua fanpage disponível em: https://www.facebook.com/espacoluizestrela/in-


fo/?tab=page_info acesso em 28 de maio de 2016
51 novos ativismos urbanos

Dificilmente os grupos que empreendem ações diretas conseguem perseverar ignorando


o Estado, e mesmo grupos ditos autonomistas ou anarquistas são obrigados a dialogar
com seus representantes. Marcelo Lopes de Souza, um geógrafo assumidamente auto-
nomista, afirma que “mesmo sabendo que o Estado constitui uma instância de poder
heterônoma, não é possível ou razoável, para os movimentos emancipatórios, suas or-
ganizações e ativistas, pretender sempre, pura e simplesmente, ignorá-lo.” (Souza, 2012,
p.3). O diálogo ou o embate com o Estado torna-se praticamente inevitável, seja para se
defender de suas investidas (despejos, proibições, obrigatoriedade de alvarás, multas), seja
para dele cobrar ações ou reparações.

Como relata uma das entrevistadas em relação ao Espaço Comum Luiz Estrela, um
centro cultural autogestionado que surgiu da ocupação de um imóvel abandonado, “em
alguns momentos a gente procurou o Estado querendo saber como eles vão também
em alguma medida contribuir com essa restauração, porque os danos no imóvel não são
responsabilidade nossa.” (P.K., 2015) Evidencia-se aí a sobreposição de linhas de ação
de grupos que pretendem atuar independentemente do Estado, mas que também têm
necessidade de interlocução para ressarcir danos causados pelas ações do próprio Estado
ou por sua omissão.

Por isso, Marcelo Lopes de Souza (2012) insiste no valor tático dos canais institucionais
estatais como complemento da ação direta e critica a noção de uma antítese entre luta
institucional e luta direta. Ele argumenta que o Estado não deve ser entendido como
bloco, pois apesar de sua estrutura buscar a manutenção de uma ordem vigente, ele tem
contradições internas que representam brechas e potenciais de ação. Importa, segundo
Souza, que a luta institucional seja uma estratégia de ação guiada pela ação direta – aque-
la que se faz de forma independente do Estado – e não o contrário.

De fato, dentre os ativismos estudados, essa complementariedade de ação direta e ação


institucional é o mais comum. Raras vezes os ganhos conquistados são fruto de uma
atuação exclusiva em uma ou outra linha de ação. Em vez disso, eles transitam entre o
campo institucional, cujos resultados são mais abrangentes mas pouco palpáveis, a luta
direta, capaz de produzir resultados concretos mas sempre numa escala muito pequena.
A adoção dessa ou daquela forma de ação não ocorre, entretanto, sem conflitos internos
aos grupos e entre os grupos, como veremos a seguir.

Espaço digital

Como já dito, a internet tem um papel central nos novos ativismos. Algumas de suas
novos ativismos urbanos 52

características como aparente horizontalidade, organização em rede e a possibilidade de


produção autônoma estão em consonância com as formas de organização e ação desses
ativismos. Mais do que uma ferramenta de divulgação e de articulação, ela representa
uma instância de luta, ao lado do espaço físico.

Diversos autores (Castells, 2005; Ribeiro 2015; Prudêncio, 2009) ressaltam como a in-
ternet influencia nas estruturas dos movimentos sociais, aumentando seu alcance de uma
maneira exponencial e democratizando meios até então monopolizados pela mídia tradi-
cional. A possibilidade de produção de contra-discursos não é em si nenhuma novidade,
como se vê pelos inúmeros exemplos históricos inclusive em Belo Horizonte,24 mas seu
alcance é inédito, seja pelo número de pessoas, seja pela amplitude geográfica. Os novos
grupos, devido à apropriação da internet que amplia suas vozes, têm se tornado meios
de comunicação alternativos, cobrindo temas antes ocultados. É necessário, entretanto,
recordar que é ínfimo o número de pessoas com acesso aos meios de comunicação digi-
tal e, principalmente, mobilizadas por tais objetivos. Isso torna a produção de um outro
imaginário capaz de se contrapor àquele proferido pela grande mídia, aspecto exaltado
por Castells (2006) junto a diversos outros autores, ainda - e infelizmente - imaginária.

Os ativistas entendem a publicização no ambiente digital como indispensável à sobrevi-


vência das iniciativas: “as pessoas têm que saber que esse tipo de coisa [as iniciativas de
agricultura urbana] existe para que tenha reconhecimento e possa estar na disputa polí-
tica e de território. E a internet tem sido muito interessante para dar visibilidade” (T.P.,
2015). Essa visibilidade é ainda, segundo Castells (2013), fundamental para proteger
os grupos de seus adversários. Em sua leitura, elas são capazes de ampliar o alcance das
informações sobre as lutas, trazendo mais visibilidade e maior impacto na esfera pública
em momentos chave de mobilização.

Como reflexo dessa apropriação, a proximidade geográfica torna-se menos influente na


constituição das conexões do que outros aspectos como a afinidade de pensamento e as
relações pessoais entre os ativistas, como mostra Luciana Bizzotto (2015). Ela eviden-
ciou o alcance geográfico da articulação #ResisteIzidora25, analisando a origem dos

24 Um exemplo do papel da comunicação nos ativismos do passado é o jornal publicado pela Federação
dos Trabalhadores Favelados de Belo Horizonte. O Barraco foi lançado em janeiro de 1962 e era umas
tentativa de produção de outras narrativas em contraposição à da mídia dominante, exaltando o caráter
positivo do ativismo, da favela e de seus moradores e denunciando ações empreendidas contra esses. (L.
T. 1962-1963).
25 A articulação contra o despejo das ocupações Rosa Leão, Vitória e Esperança, localizadas na Mata
do Isidoro na região norte de Belo Horizonte, denominava-se à princípio como #ResisteIsidoro. Porém
baseando-se na informação de que o córrego que dá nome à região originalmente chamava-se Córrego
da Izidora, em referência à escrava Izidora que habitou o local, o grupo optou por trazer novamente à
tona tal narrativa, apagada em determinado momento da história.
53 novos ativismos urbanos

usuários que curtiram a fanpage do grupo no facebook. A maioria era de Belo Horizonte,
como esperado, mas houve um número significativo manifestações provenientes de
outras cidades e países (Tabela 1).

País Curtidas Cidade curtidas


Brasil 5.293 Belo Horizonte/MG 3.409
EUA 25 São Paulo/SP 220
Chile 21 Rio de Janeiro/RJ 185
Espanha 15 Contagem/MG 126
Argentina 14 Recife/PE 73
França 13 São João Del Rey/MG 60
Alemanha 13 Brasília/DF 54
Reino Unido 10 Porto Alegre/RS 42
Portugal 10 Ouro Preto/MG 41
México 9 Betim/MG 37
Tabela 1: As “curtidas à fanpage Resiste
Izidora Fonte: Elaboração própria com base nos dados de Bizzoto (2015)

Também numa campanha pela Ocupação Dandara, pessoas de diversas partes do mun-
do enviaram suas fotos portando cartazes com os dizeres Despejo não, com Dandara eu
luto!26 O objetivo era demonstrar o apoio internacional do grupo e assim pressionar os
vereadores a aprovarem o Projeto de Lei 1271/2010, que desapropriaria o terreno ocu-
pado.27 Depois a mesma estratégia – fotos de usuários de redes sociais portando cartazes
– foi repetida, por exemplo, na articulação #ResisteIzidoro em agosto de 2014 e nas cam-
panhas pelo Espaço Comum Luiz Estrela em novembro e 2013 e no carnaval de 2014,
intituladas Pelas tantas estrelas e Eu apoio o casarão do Espaço Comum Luiz Estrela.28

Além das demonstrações de apoio, outra possibilidade que a internet abriu para os ati-
vismos são as campanhas de financiamento coletivo. Elas foram adotadas com êxito nos
últimos três anos, por exemplo, para arrecadar o dinheiro necessário à construção da Cre-
che Dona Carminha na ocupação Eliana Silva29 e ao escoramento do casarão do Espaço
Comum Luiz Estrela.30 Em ambos os casos essa forma de financiamento significou a
superação de uma das maiores dificuldades dos ativismos.

26 reunidas no site http://salvedandara.concatena.org/,.


27 Conforme o site da Câmara Municipal, o Projeto de Lei foi arquivado devido ao fim da legislatura
em 2013.
28 As campanhas estão disponíveis nas páginas do facebook das Brigadas Populares e do Espaço Co-
mum Luiz Estrela.
29 Disponível em: https://www.catarse.me/crecheelianasilva?ref=ctrse_explore Acesso em 24 de maio de
2016.
30 Disponível em: https://www.catarse.me/espacocomumluizestrela Acesso em 24 de maio de 2016.
novos ativismos urbanos 54

Mas o sucesso das campanhas de financiamento coletivo também é um reflexo da apro-


ximação de especialistas do campo cultural aos ativismos. O engajamento de produtores,
jornalistas, designers, cineastas, artistas etc. trouxe uma nova expertise para a produção do
material físico e digital de divulgação, com investimento alto, adoção de determinados
padrões estéticos e veiculação em mídias diversas. Se, por um lado, isso serve ao combate
do que a literatura sobre o espaço digital denomina white out (a desinformação produzida
pelo excesso de informação; Prudêncio, 2009), por outro, cria novas dependências e dese-
quilíbrios. Os grupos que são assessorados ou integrados por esses especialistas culturais
têm maior visibilidade e poder no espaço digital. Dentre os ativismos pesquisados para
o presente trabalho, o Tarifa Zero e o Espaço Comum Luiz Estrela são aqueles cujas
fanpages obtiveram o maior número de curtidas e, ao mesmo tempo, aqueles com mais
membros ligadas às áreas de comunicação e cultura. No caso do Tarifa Zero, há até uma
equipe destacada para a função de produzir de maneira constante os conteúdos a serem
publicados pelo grupo. Determinadas lutas têm mais apoio do que outras, o que, em
algum nível é verdadeiro. Entretanto, mesmo se restringirmos a comparação às fanpages
de grupos que têm mesmas causas, como é o caso das ocupações urbanas chega-se a um
resultado semelhante.31 As ocupações que têm relações mais próxima com os especialis-
tas da comunicação também têm as fanpages com o maior número de curtidas e compar-
tilhamentos de conteúdo.

Tais constatações desmentem a crença – recorrente entre autores mais otimistas – de que
a internet seria um espaço horizontal. Ela de fato reproduz as hierarquias baseadas nos
capitais dos atores em disputa. Já em 2009 a comunicóloga Kelly Prudêncio reúne, no
artigo “Comunicação e mobilização política na Internet”, leituras críticas que começa-
ram a emergir a partir do uso da internet pelos ativismos sociais. Ela admite que houve
certa democratização, mas diz que essa se restringe à produção de discursos: “se é possível
entender a internet como um espaço em que todos podem falar, não é verdade que todos
são ouvidos” (Prudêncio, 2009, p.99). Os agentes mais habilitados se sobressaem e são
ouvidos, enquanto os de pouco acesso aos recursos necessários – design bonito, discurso
comovente, fotos e vídeos de boa qualidade etc. – continuam marginais. Exatamente
isso vale também para as diferenças de eco e alcance entre as ocupações urbanas no es-
paço digital, que se reflete na sua capacidade de resistência no espaço físico. Não haveria
também aí uma monopolização de discurso? Ainda que mais diverso do que na grande
mídia, ele é dominado por aqueles que possuem os capitais necessários para fazê-lo.

31 Foram analisadas para esta pesquisa as fanpages das seguintes ocupações: Comunidade Paulo Freire,
Ocupação Dandara, Ocupação Esperança, Ocupação Professor Fábio Alves, Ocupação Rosa Leão,
Ocupação Vitória, Ocupação Zezeu Ribeiro e Norma Lúcia, Vila Esperança do Calafate e Vila Pomar
do Cafezal.
55 novos ativismos urbanos

O uso da internet mais imediato e evidente pelos ativismos são convocações para ações
diretas. Cabe aqui a ressalva levantada por Rucht (2004) de que é preciso diferenciar
entre atividades que seriam impossíveis sem a internet e atividades somente facilitadas
por ela. Houve na história de Belo Horizonte ações de dimensões similares às de hoje,
organizadas sem essa ferramenta; a manifestação pela regulamentação do Profavela, por
exemplo, levou dez mil pessoas às ruas em 1982, resultando na sanção da lei que o regu-
lamentou32. A diferença essencial entre os dois momentos é que antes existiam entidades
que centralizavam os movimentos e das quais saiam as direções a serem tomadas pelos
grupos de base local. Uma tal direção geral e centralizadora não existe mais, pois os ati-
vismos atuais, como já dito, caracterizam-se pela fluidez de membros e pela organização
descentralizada. Para a mobilização desses coletivos de atores relativamente dispersos,
que aderem por decisão individual a determinada movimentação, a internet tornou-se
indispensável.

As primeiras articulações desse tipo foram feitas via e-mail. No caso da Praia da Estação,
por exemplo, um e-mail anônimo enviado em dezembro de 2009 a diversos moradores
de Belo Horizonte iniciou o movimento de resistência ao Decreto Municipal que proi-
bia a realização de eventos na Praça da Estação. O e-mail convidava para um protesto
no local resultando no comparecimento de cerca de 50 pessoas. Do encontro nasceu um
grupo em prol da cultura que passou a se articular por uma lista de e-mails denominada
Vá de Branco33

A partir de 2013, os sites de redes sociais passaram a predominar nas mobilizações, pois
sua estrutura de comunicação contínua e multilateral facilita as articulações e o fluxo de
conteúdos entre diferentes atores e grupos, dos quais os ativismos dependem. Como o
facebook é a rede social mais utilizada pelos ativismos brasileiros, assim como pela popu-
lação brasileira em geral, mesmos os grupos cientes das contradições de sua utilização
– uma ferramenta desenvolvida e mediada pela iniciativa privada – concentraram nele
sua atuação: “funciona como uma espécie de agente de propagação completa, você tem acesso às
informações e às pessoas, é muito importante” (PR, 2015).

Entretanto os entrevistados também constatam que os algoritmos e filtros do facebook


têm tornado cada vez mais difícil atingir usuários fora de certas ‹bolhas›. O site cria
uma curadoria das informações que chegam a cada usuário e, embora a empresa afirme
tratar-se de personalizar a experiência de uso, há interesses econômicos evidentes nesse
mecanismo (para ampliar o alcance de postagens comuns, que são gratuitas, o site oferece
32 L.T. 1974-1982
33 Sobre a Praia da Estação ver Oliveira, 2010 e Albuquerque, 2013. Essa última concentra-se especifi-
camente na dinâmica da lista de e-mails pela qual se organizou o grupo
novos ativismos urbanos 56

um serviço pago, denominado Impulsionar publicação). Até para grupos com bastante
conhecimento e experiência na ação em ambientes digitais, que utilizam blogs, listas de
discussão, páginas wiki, hacker-ativismos etc., esses filtros são um obstáculo: “você não
consegue mais acessar todos os seus amigos. Hoje, para ter maior visibilidade no facebook,
você tem que pagar [...] Essa formula funcionou um dia, você convocar os seus amigos
em 2013 tinha mais efetividade do que chamar hoje.” (PR, 2015).

Articulações

Apesar da fragmentação entre os ativismos, causada por sua ênfase ao contexto local e
ao abandono da questão de classe em detrimento de outros fatores identitários, é uma de
suas características fundamentais a articulação em rede.

Como vimos, a adoção de tal organização não se restringe aos ativismos. Toda a socieda-
de assim se organiza, em especial o poder. Esse organiza-se por meio de projetos conjun-
tos que mobilizam diferentes redes - política, militar, cultural etc.. Por sua vez, elas estão
também em disputa, cada uma delas tentando conquistar para si o domínio das normas
da sociedade. Nessa nova organização do poder, o Estado continua tendo relevância, uma
vez que é sua atribuição legislar, e, portanto, discernir entre o legal e o ilegal, e aplicar
os aparelhos de repressão correlatos. Uma contraposição, afirma Castells (2005)34, deve
operar na mesma lógica de organização do poder, em redes ativistas em torno de projetos
comuns alternativos.

É importante destacar que, apesar das articulações atuais trazerem novas possibilidades
de ampliação de alcance e de dinamicidade, ambas impulsionadas pelas tecnologias de
informação, o imaginário no que tange a força da união entre os grupos é fruto de um
longo processo histórico como pudemos ver anteriormente. Junto aos resultados em-
34 É demasiado otimista a análise de Castells sobre os ativismos em rede, sobretudo em Redes de Esper-
ança e Indignação, em que o tema é abordado de maneira aprofundada. Consideravelmente mais contido
em seu livro anterior, Sociedade em Rede, o excesso de confiança parte talvez da leitura espacialmente
distante dos ativismos abordados pelo autor (a revolução egípcia e as insurreições árabes entre 2010 e
2011, os Indignados na Espanha e Occupy Wall Street entre 2011 e 2012 e, na versão brasileira, um
prefácio sobre os protestos de Junho de 2013), ou talvez da leitura temporalmente próxima. Publicado no
calor dos acontecimentos, era impossível imaginar os desdobramentos diretos e indiretos de tais insur-
reições, levando a um cenário atual de fortalecimento do conservadorismo e do autoritarismo em quase
todos os países palco dessas revoltas: um regime militar no Egito, protestos não-armados contra re-
gimes autoritários transformados em uma guerra civil na Síria, a eleição do magnata Donald Trump nos
Estados Unidos, um processo ilegal de Impeachment no Brasil. Como enfatiza o escritor egípcio Ahdaf
Soueifn “as razões pelas quais as pessoas saíram às ruas em 2011 estão lá ainda - e mais agudas” (2016,
on line). O escritor faz essa afirmação em um artigo para o The guardian em que diversos autores são
convidados a refletir sobre as transformações no mundo árabe seis anos após o primeiro acontecimento
que resultaria na eclosão do que ficou conhecido como Primavera Árabe. De uma forma geral, o que os
autores afirmam que, não obstante todo o otimismo anterior, o cenário atual é aterrador.
57 novos ativismos urbanos

píricos de experiências de articulação, contribui a essa construção aportes teóricos de


diversos autores, pois a aposta numa articulação dos grupos subjugados da sociedade é
por eles recuperada em diversos momentos.

Quando Marx e Engels em 1848 escrevem o Manifesto Comunista percebe-se ali a aposta
em uma aliança para a revolução. Eles apelam para a constituição de uma identidade
de classe entre os grupos de operários que atuavam em lutas locais e, em alguns casos,
em conflito entre si. Esse espírito é sintetizado pela célebre frase: “Proletários de todo o
mundo, uni-vos!”

Já naquela época, existia a crença no desenvolvimento dos meios de comunicação como


possibilidade de ampliação dessas articulações:
O verdadeiro resultado de suas lutas [dos trabalhadores] não é o êxi-
to imediato, mas a reunião cada vez mais ampla dos trabalhadores. Essa
união é facilitada pelo desenvolvimento dos meios de comunicação cria-
dos pela indústria moderna, possibilitando o contato dos operários de lo-
calidades diferentes. Era esse contato que estava faltando para centralizar
as várias lutas locais, todas do mesmo caráter em uma luta de classes de
âmbito nacional. (Marx e Engels, 2003, p. 34)

Mais tarde a importância dessa aliança é também reafirmada por Gramsci (1999). Ele
fala em contexto no início do século passado, de fracasso da esperada revolução na Eu-
ropa Ocidental. O autor percebe as limitações dessa construção a partir da identidade de
classe, pois, para além dos proletários urbanos, outros grupos são dominados no sistema
capitalista. É necessário que a estratégia de revolução se constitua sobre uma aliança
entre eles, que teria como princípio unificador a equivalência, estabelecida pela oposição
comum dos grupos subordinados aos grupos no poder. O movimento operário seria seu
articulador e dirigente, existindo aí, portanto, uma proposição de hierarquia e de um pro-
jeto fechado - o da classe operária - ao qual os demais grupos aderem (Gramsci, 1999).

Laclau e Mouffe, autores contemporâneos responsáveis pela retomada e atualização do


pensamento de Gramsci, reforçam sua ideia de ampliação dos oprimidos para além da
classe operária e na construção de um pacto entre eles:

[...] do ponto de vista estritamente classista não há identidade alguma


entre os distintos setores do polo popular, já que cada um deles tem inte-
resses diferenciados e inclusive antagônicos; mas a relação de equivalência
que se estabelece entre eles, no contexto de sua oposição a um polo domi-
nante, constrói uma posição discursiva “popular” diferente e irredutível à
posições de classe. (Laclau e Mouffe, 1987, p.72-73, tradução nossa)
novos ativismos urbanos 58

Eles, entretanto, contestam o protagonismo depositado por Gramsci na classe operária


para a construção dessa aliança.

Essa discussão ocorre em um momento de crise do pensamento de esquerda em que a


noção de um socialismo protagonizado pela classe trabalhadora e a crença na existência
de uma vontade coletiva homogênea haviam sido abaladas pelo fim dos governos so-
cialistas e pelo surgimento de outros atores políticos como movimentos feministas, de
minorias étnicas e de lutas ecológicas configurando uma nova esquerda.

Nesse contexto, eles sugerem para a atualização do pensamento de Gramsci a trans-


posição dos limites de classe e a “construção de sujeitos parcialmente unificados cuja
determinação fundamental seja a determinação popular” (Laclau e Mouffe, 1987, p.23,
tradução nossa). Essa construção, entretanto, não se daria somente a partir de cadeias
de equivalência como sugerido por Gramsci, pois elas podem eliminar a autonomia das
lutas agrupadas na aliança, não por sua sobreposição, mas por tornarem a luta “única e
indivisível” (Laclau e Mouffe, 1987, p. 301, tradução nossa). À lógica da equivalência de-
ve-se unir a lógica da autonomia, pois ao mesmo tempo em que a negação da pluralidade
é um perigo da aliança fundada na equivalência, é um perigo da autonomia a ausência
total de articulação entre os diferentes grupos, implodindo, assim, o social. Finalmente
eles ressaltam que é importante o caráter instável dessas cadeias, reflexo das constantes
redefinições nas relações sociais e da precariedade das identidades, tornando o que une
ou separa os grupos condicional e não estrutural.

Mais do que procurar evidências de adesão sistemática ao pensamento deste ou aquele


autor, por parte dos ativismos, é interessante observar em que medida essas construções
teóricas são capazes de apreender a realidade das articulações que se estabelecem entre
eles. Para essa sobreposição, foi necessário apreender a redes estabelecidas entre os ativis-
mos urbanos de Belo Horizonte e os projetos comuns que as articulam. Foram tomadas
como base entrevistas com envolvidos nos grupos e as interações públicas entre as fanpa-
ges dos ativismos no facebook. Evidentemente, inúmeras outras conexões se estabelecem
no ambiente digital via grupos de e-mails, whatsapp e outros aplicativos de mensagens
instantâneas. Entretanto, embora relatados pelos entrevistados, esses espaços são restri-
tos aos ativistas. Portanto, além da falta de acesso a eles, há de se considerar, ainda, as
questões éticas em se publicizar interações estabelecidas em meios privados. A constru-
ção dessas redes baseou-se ainda em minha própria vivência em alguns dos momentos
de articulação como junho de 2013, a Assembleia Popular Horizontal de Belo Horizonte
- fórum de discussão que emerge dos protestos de junho - e suas reverberações. Muito
antes do início desta pesquisa, minha presença deu-se nessas oportunidades despida de
qualquer rigor metodológico. Entretanto ela traz uma outra leitura, que unida às demais
- aquela dos próprios ativistas e aquela que emerge da análise da atividade dos grupos na
59 novos ativismos urbanos

internet - contribui à construção aqui proposta.

Em Belo Horizonte foi relatada pelos entrevistados uma relação dinâmica de trocas entre
os grupos, muito devido à escala da cidade, sobretudo quando comparada a São Paulo ou
Rio de Janeiro. Entretanto essas articulações são geralmente restritas a momentos chave,
como ameaças de despejo, aumentos de tarifa, votações na câmara etc. - o que veremos à
diante com mais atenção. Quando mais duradouras, elas estão confinadas aos ativismos
de mesmas pautas ou pautas próximas, como mobilidade, movimentos de ocupação de
terrenos vazios ou movimentos culturais. Elas são ainda restritas a um mesmo grupo e a
incapacidade de expandi-las é um problema recorrentemente levantado.

A percepção de que a segregação da cidade se reproduz também na articulação entre


os ativismos é generalizada: há uma descontinuidade entre os ativismos de centro e de
periferia35 e entre ambos e a sociedade em geral. É o que transparece na fala de uma
das ativistas: “[a articulação] é meio centrocêntrica, porque a gente acha que Belo Horizonte
é centro! A gente esquece que a cidade é muito maior que isso. O centro tá muito bem agregado,
enquanto o pau tá quebrando na periferia.” (P.K., 2015). Evidentemente, existem exceções
e tentativas de romper com essa falta de diálogo, mas de maneira ainda pouco expres-
siva. Poucos ativismos de periferia são capazes de se articularem aos grupos de centro
e, quando isso ocorre, geralmente é em função do deslocamento da periferia ao centro.
O Família de Rua, por exemplo, é um grupo que consegue estabelecer esse diálogo, tal-
vez devido ao fato de que eles estejam, fisicamente, no centro, ainda que parte de seus
ativistas venham da periferia. É o caso ainda de algumas das ocupações urbanas, sobre-
tudo aquelas apoiadas por ativismos como FTA, Brigadas Populares e MLB. Apesar da
capacidade desses grupos em fazer a ponte entre periferia e centro, é necessário proble-
matizar as assimetrias que se estabelecem nessa relação, tema que irei retomar adiante.
A falta de diálogo relaciona-se, em parte, à diferença de pautas. Enquanto nos ativismos
de periferia a tendência é por lutas pelo acesso a direitos já estabelecidos mas não uni-
versalizados, os ativismos de centro lutam pelo reconhecimento de novos direitos. A dis-
tância entre os grupos de centro e periferia é ainda reforçada pelo posicionamento crítico
dos novos ativismos em relação a tentativas anteriores de aproximações pelo chamado
trabalho de base. De fato, não raro tal prática resultou em relações de dependência e de
vínculos paternalistas, colonizadores e até utilitários.

Apesar disso tudo, essa aproximação não é de todo indesejada. Grupos de periferia arti-
culados aos de centro, obtém mais força para resistir às investidas do Estado e de outros
35 Como periferia refiro-me às áreas carentes de infra-estrutura e serviços ocupadas por população de
baixa renda e, geralmente, informais. Incluem-se aí as áreas geograficamente periféricas, em que, pelo
preço da terra, são a única possibilidade para essa população e ainda as favelas, que padecem das mesmas
carências e instabilidades, apesar de bem localizadas.
novos ativismos urbanos 60

agentes, pelo acesso às redes de apoio e a recursos como informação, assistência jurídica,
canais da imprensa tradicional. Ademais ambas as lutas são potencialmente comple-
mentárias, pois a ampliação de direitos deve ser acompanhada pela democratização dos
direitos já estabelecidos. É, portanto, um desafio necessário estabelecer articulações sem
que se estabeleçam relações dominações entre os grupos do centro e de periferia.

Se o diálogo entre ativismos do centro e da periferia é pouco efetivo, ecoar para além
desse universo, na sociedade em geral, é ainda menos. Mesmo em questões que dizem
respeito à maioria das pessoas, como, por exemplo, uma chamada para protestar contra o
aumento da tarifa, dificilmente um grupo para além do usual será mobilizado. Isso não
significa, necessariamente, que a pauta seja considerada ilegítima por aqueles externos
ao universo ativista, mas que, entre se identificar e se mobilizar, existe uma distância que
os grupos não conseguiram romper. É essa justamente uma de suas grandes questões:
Como atingir e mobilizar a sociedade de maneira ampliada, já que ela é também subju-
gada pelas mesmas relações de dominação combatidas pelos grupos?

Redes na rede

A análise das interações públicas no facebook fornece pistas tanto das redes estabelecidas
no ambiente digital, como ainda daquelas que se configuram offline. Para tal, foram con-
siderados dois tipos de relação mediados pelo site: as curtidas entre as fanpages dos ati-
vismos e o compartilhamento de informações entre elas. Às informações extraídas foram
aplicados métodos de Análise de Redes Sociais (ARS), que se baseiam nas interações
entre atores e nos papéis por eles desempenhados em seus contextos (Recuerdo, Bastos e
Zago, 2015). Para isso, são utilizados modelos matemáticos e computacionais que geram
representações gráficas, os chamados grafos, de relações entre elementos em um determi-
nado momento. Nos grafos as relações são representadas por arestas que unem os atores,
representados por círculos.

Nesta pesquisa, as fanpages dos ativismos são os nós dos grafos gerados, unidos por duas
categorias de relações: as curtidas e o compartilhamento de informações. Recuerdo, Bas-
tos e Zago (2015, p. 55), denominam rede associativa aquelas dependentes de uma ação
por parte dos atores que os conecta, como é o caso das curtidas entre as fanpages. Já o
compartilhamento de informações, configura uma rede baseada nas interações cotidianas
entre as fanpages, constituindo, na categorização dos mesmos autores, redes emergentes.
Neste último caso, os conteúdos compartilhados também são representados por círculos,
uma vez que são articuladores dos diversos agentes que compõe a rede.

As curtidas entre as fanpages dos ativismos trazem uma informação importante, pois
61 novos ativismos urbanos

significam assumir publicamente uma conexão, o reconhecimento de luta, ou ainda o


interesse em acompanhar suas publicações. Utilizando o netvizz36 para extrair os da-
dos das curtidas, duas redes foram geradas. A primeira delas, denominada rede de grau
1, restringe-se às articulações pelas curtidas entre as fanpages dos ativismos urbanos de
Belo Horizonte, configurando-se um universo composto por 39 delas (ver grafo 1). A
segunda, denominada rede de grau 2 (ver grafo 2), amplia o universo para atores como
ativismos ligados a outras temáticas, canais de mídia, grupos da academia, instituições
públicas, partidos e figuras políticas.

O tamanho dos círculos e da letra correspondem ao número de curtidas à fanpage. Resiste


Izidora, APH-BH e Tarifa Zeros são aquelas de maior expressividade. Configura-se uma
rede em que é alto grau de articulação entre as fanpages, embora algumas mantenham-
se marginais. É notória a divisão bem delimitada entre certas categorias de ativismos,
aqueles de pauta predominantemente ambiental - Parque Jardim América, Fica Fícus,
Rede Verde, Salve a Mata do Planalto, Comupra e Amau no limite superior do grafo
-; os grupos de orientação anarquista e autonomista - Bloco de Lutas pelo Transporte,
MPL-BH e, em parte, a APH-BH à esquerda -; e as ocupações urbanas que, apesar de
bem inseridas na rede, encontram-se fortemente conectadas entre si e aos grupos que
lhes dão apoio.

Nota-se ainda a proximidade entre os ativismos que têm o Viaduto Santa Tereza como
local de encontro e que com ele desenvolveram um sentido de pertencimento: A Real da
Rua37, que nasceu da necessidade de um fórum de discussão sobre o espaço do Viaduto;
A Ocupação38, evento cultural que tem como premissa a apropriação de espaços públicos
e que teve ali três de suas edições; o Viaduto Ocupado39, uma articulação em oposição
às obras do Viaduto em 2014; e o Okupa Viaduto Santa Tereza40, grupo contra práticas
higienistas do poder público no baixo centro sobretudo no Viaduto e proximidades.

A representatividade de determinadas fanpages explica-se pela quantidade de postagens,


entretanto, com formas de atuação distintas. No caso do Tarifa Zero, seu conteúdo é
restrito à causa do transporte público e da mobilidade urbana e em raras exceções extra-
polam essa temática. Quando o grupo compartilha informações de outras fanpages elas
são sempre contextualizadas por meio de textos, imagens ou memes por ele produzidos.
Essas informações são tratadas fazendo uso das estratégias já citadas anteriormente - pe-

36 O Netvizz é uma ferramenta de código aberto para extração de dados do facebook. Os dados são
processados em programas de visualização de redes como o Gephi.
37 L.T. 2012
38 L.T. 2013[4]
39 L.T. 2013-2014
40 L.T. 2012
novos ativismos urbanos 62

ças gráficas bonitas e coloridas, senso de humor etc. - o que contribui ao grande alcance
da fanpage. Em contraste, por exemplo, com o MPL-BH, que recorrentemente divulga
as mesmas informações, seu alcance é infinitamente maior. Esse fato reforça a observação
de Kelly Prudêncio (2009), já abordada em outro momento, de que na internet os capi-
tais dos atores refletem em hierarquias no alcance da mensagem proferida.

Já a popularidade das fanpages do Resiste Izidora e da APH-BH, são de natureza distinta.


Ao contrário do Tarifa Zero, não há nessas páginas uma temática central. Elas funcionam
como pontos de disseminação de informação nas redes em que se inserem. No contexto
de sua criação, elas estiveram bastante centradas em suas pautas - a página da APH-BH,
durante as jornadas de Junho e Resiste Izidora na primeira tentativa de despejo das ocu-
pações na região de mesmo nome -, entretanto passados os momentos críticos - e por con-
seguinte os de maior mobilização - os temas originais são abandonados até que seja nova-
mente necessária uma articulação. Semelhante estratégia é utilizada por outras fanpages
de ativismos com alto grau de alcance devido à quantidade de curtidas. Mesmo que os ati-
vismos tenham deixado de atuar momentaneamente ou definitivamente, a fanpage conti-
nua ativa replicando publicações das demais e ampliando, assim, o alcance da informação.
É esse o caso de ativismos como COPAC, Okupa Viaduto Santa Tereza e Fica Fícus.
A formação dos ajuntamentos descritos confirma a percepção de que as articula-
ções de caráter mais duradouro geralmente são restritas aos grupos de pautas ou de
posições políticas semelhantes. Por outro lado, Tarifa Zero e MPL-BH encon-
tram-se desconectados no grafo, apesar da gratuidade do transporte público como
pauta em comum e algumas mobilizações conjuntas em algumas ocasiões41. Tal pa-
drão, como veremos a seguir, repete-se também no compartilhamento de publicações
entre suas fanpages, o que pode evidenciar certos pontos de conflito entre eles.
Finalmente, a proximidade entre grupos ligados ao Viaduto Santa Tereza traz à tona que
determinados lugares podem tornar-se catalizadores de articulações, unificando grupos
para os quais são referenciais de identidade e pertencimento.

Em seguida, também pelo netvizz foram colhidas informações sobre curtidas em um


universo expandido de fanpages. Denominada rede de grau 2, são consideradas, além das
curtidas entre os ativismos urbanos delimitados para a pesquisa, todas as fanpages que
eles curtem e as interações dessas com as demais. As seguintes cores foram utilizadas na
diferenciação entre os agentes que passam a compor o grafo: ativismos urbanos em senti-
do forte em rosa, movimentos ligados à arte e à cultura em roxo, canais de mídia tradicio-
nal e alternativa em cinza, ativismos de outros locais ou de escalas mais abrangentes em
amarelo, movimentos estudantis em azul claro, grupos religiosos em marrom, instituições
e órgãos públicos em laranja, ativismos atuantes em Belo Horizonte com enfoque distin-

41 L.T. 2015[2] 2015[3]. Ver: Jornada de protestos contra o aumento em 2015 e Segunda Ocupação da
Câmara Municipal de Belo Horizonte.
63 novos ativismos urbanos

to do espaço urbano em verde, grupos de pesquisa e extensão universitária, instituições


universitárias ou grupos de assessoria técnica em azul escuro, partidos políticos e figuras
políticas em vermelho e sindicatos e associações profissionais em marrom claro (grafo 2).
grafo 1 | rede de grau 1
elaboração própria
novos ativismos urbanos 66 grafo 2 | rede de grau 2
elaboração própria
LUTA
67

E ARTICULADA
ESPACIALIZADA
novos ativismos urbanos

barricada durante a primeira tentativa de despejo das ocupações da Izidora|Foto Priscila Musa
luta espacializada e articulada 68

Redes Ativistas na produção da cidade

Momentos significativos de articulação entre os ativismos urbanos de Belo Horizonte


evidenciaram-se nas entrevistas, na literatura acadêmica sobre o tema e no monitora-
mento das fanpages dos grupos no facebook e. Certos padrões emergem na análise dessses
momentos como seu vínculo com contextos emergenciais e a recorrente associação entre
ações diretas e institucionais e entre o uso do espaço físico e do digital para a atuação
dos grupos.

Como veremos mais adiante na análise desssas articulações, elas são fundamentais à
resistência dos ativismos devido à fragmentação desses atores coletivos e a sua concen-
tração em temáticas isoladas e em abordagens locais, sobretudo se comparados aos movi-
mentos de abrangência nacional que atuaram no Brasil nos primeiros anos de retomada
democrática. As articulações servem, então, tanto à ampliação das pautas dos grupos
- para além das demandas e ações locais - como à ampliação de sua pressão política, so-
bretudo, em relação aos outros agentes na produção do espaço urbano - como o Estado e
a iniciativa privada. Esses momentos, entretanto, não são mais importantes do que a luta
cotidiana dos ativismos, pois são, em geral, momentos de resistência, sendo, portanto,
seus ganhos também de resistência.

Nos momentos de articulação é central a associação entre espaço digital - que mobiliza
e amplia o apoio - e espaço físico - onde se tornam concretas essas movimentações. Essa
estratégia é sintetizada em uma publicação no contexto da luta contra o PL 2946/2015,
projeto de lei que propunha a modificação em nível estadual dos procedimentos relati-
vos aos licenciamentos ambientais. Intitulada “RELATO, DENÚNCIA, CONVOCA-
ÇÃO” (Frente Ampla contra o PL 2946/2015, 2015e, online), a postagem informa sobre
o processo de votação do PL (narrando-o até aquele momento), denuncia as manobras
utilizadas para impossibilitar uma mobilização contra sua aprovação (a reunião extra-
ordinária de votação foi anunciada às 21:15 do dia anterior) e chama os apoiadores a
ocuparem a sessão, evidenciando que, mesmo em uma luta estritamente institucional, o
espaço físico é uma das dimensões funadmentais de embate.

As mobilizações que se destacam no histórico recente dos ativismos evidenciam que ,em
geral, as articulações maiores ocorrem por curtos períodos e como resistência às possi-
bilidades de perdas . Elas são catalizadas pela constituição, ainda que temporária, de um
“inimigo comum”, como, por exemplo, o processo contra o impeachment - golpe - da pre-
sidenta Dilma, que conseguiu mobilizar até mesmo os ativismos tradicionais, há muito
concentrados em uma atuação pacífica dentro dos espaços governamentais.
69 luta espacializada e articulada

Entretanto, a localização do antagonismo em pessoas ou acontecimentos específicos e


pontuais - no prefeito Márcio Lacerda, no presidente Michel Temer, na Copa do Mun-
do, no aumento da passagem etc. - tornam as articulações emergenciais e pontuais. Após
o fim da situação que as unificava, devido a vitórias, ainda que momentâneas, ou ao es-
gotamento das possibilidades de ação, elas se desmobilizam.

Como observa Castells (2013), sua unidade é a indignação comum em relação a de-
terminada situação. Afora disso, cada um dos ativismos que delas tomam parte, trazem
sua visão de mundo e horizontes vislumbrados, resultante da reunião deas concepções
individuais de seus ativistas.

Uma vez compostas por essa pluralidade, novas complexidades e divergências emergem.
Entretanto, a urgência inerente a esses momentos frequentemente resulta no atropela-
mento de pautas consideradas secundárias. Nada mais natural que a resposta dos que
tiveram suas pautas invisibilizadas emerja de forma violenta, gerando cisões.

A percepção da necessidade de articulações mais duradouras entre os ativismos, consti-


tuindo espaços permanentes de diálogo, de troca de experiência e de constituição de uma
luta conjunta é generalizada entre os entrevistados. Porém, essas tentativas são em geral
subsumidas pelas ameaças do dia a dia, desarticulando-se em função de lutas individuais
dos grupos. Entre os ativismos de mesmo tema elas são mais exitosas, embora também
frágeis, como no caso de grupos que discutem a mobilidade, a preservação ambiental e
as ocupações urbanas.
A campanha D1Passo é um exemplo de construção conjunta de ações e propostas no
âmbito da mobilidade urbana. Elaborada pelo BH em Ciclo, Bike Anjo BH, Movimento
Nossa BH e Tarifa Zero BH, seu objetivo é a incorporação de propostas de mobilidade
sustentável aos programas de governo dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte1.
O MPL-BH, apesar de também um ativismo de mobilidade, não esteve envolvido na
empreitada, por seu posicionamento contrário à atuação institucional.

Nessa mesma perspectiva, a Rede Verde constitui-se com o intuito de mobilizar siste-
maticamente grupos de pauta ambiental. Seu principal caráter é o compartilhamento
de estratégias de atuação, brechas e parceiros a serem acionados (políticos, defensores
públicos, professores etc.). Desse contato resulta, por exemplo, a incorporação das ações
diretas por parte do ativismo Parque Jardim América (cafés da manhã na área, um bloco
no carnaval, mutirão de limpeza do entorno etc.), que anteriormente centrava-se em uma
atuação institucional (como a elaboração de um abaixo assinado) em função do perfil de
seus ativistas (parte deles tem um histórico de luta anterior durante os anos 1980 pela
implementação do Parque Lagoa do Nado). Apesar dos ganhos, é ainda um processo
incipiente, restrito a uma parcela pequena dos ativismos de pauta ambiental e que carece
1 A campanha está disponível em: http://d1passo.org/o-que-e/
luta espacializada e articulada 70

de mais regularidade.

Desenha-se também uma luta conjunta permanente entre as ocupações urbanas, sobre-
tudo aquelas com apoio das Brigadas Populares e do MLB, ativismos de característica
mais centralizadora e de organização hierarquizada. É frequente a realização de ações
comuns entre elas, sobretudo após a experiência da Izidora, o que veremos a seguir. Essa
atuação ocorre quando há risco iminente de despejo, em que uma das armas de resistên-
cia é a presença dos apoiadores no local, mas também, pelo avanço da luta pelo reconhe-
cimento das ocupações pelo Estado (em qualquer dos órgãos federativos).

Desde 2015 esses dois ativismos fazem parte de uma articulação nacional denominada
Frente Povo sem Medo, criada quando iniciava-se a crise política que deu origem ao pro-
cesso de impeachment. A Frente realizou inúmeros atos contra o processo, apesar de suas
críticas ao governo petista. Um deles no dia 28 de abril de 20162, agregou as ocupações
Dandara, Maria Guerreira, Maria Vitória, Guarani Kaiowá, que trancaram a Avenida
Antônio Carlos e, em outro ponto da cidade, as ocupações da Izidora junto a represen-
tantes das Ocupações Eliana Silva, Camilo Torres e Paulo Freire.

A seguir serão explorados os momentos de articulação significativa, por seus ganhos e


alcance, buscando trazer esses padrões aaqui identificados, além de outras características
específicas dos momentos em questão.

Praia da Estação
Um momento notável no âmbito das lutas pela cidade foi a Praia da Estação em 20101.
Como observa Igor Oliveira (2012), as ações diretas em torno da questão urbana e de
seus espaços públicos restringiam-se no início dos anos 2000 aos grupos libertários2, sen-
do a Praia responsável por expandir tais pautas de luta. Ela marca, portanto, a entrada de
novos atores nesse cenário3: jovens ligados à cultura, universitários e de classe média que
não se identificavam com as formas de participação política tradicionais. Ela é ainda um
espaço de confluência entre grupos com diferentes pautas, como ativistas do campo da
cultura e aqueles ligados às recém retomadas ocupações urbanas para fins de moradia4. A
convergência de atores ligados a agendas tão distintas, sobretudo no caso dos grupos da

1 L.T. 2010[1]
2 Como vimos, os movimentos nascidos entre o final dos anos 80 e início dos anos 90, tinham já nesse
período uma atuação muito restrita aos canais institucionais, sobretudo após a chegada do Partido dos
Trabalhadores em 2003 ao governo federal.
3 A respeito do participantes, Igor Oliveira (2012) cria a seguinte categorização: libertários (ativistas
ligados ao ideal anarquista autonomista e em minoria em relação aos demais participantes), participantes
ligados à cultura, cidadão engajados (indivíduos não pertencentes às categorizações anteriores mas que se
envolveram na iniciativa com uma intenção ativista) e banhistas (frequentadores eventuais cujo interesse
na iniciativa restringia-se a seu caráter lúdico)
4 Como podemos ver na Linha do Tempo, a retomada da prática das ocupações de terrenos vazios para
2fins de2016
L.T. moradia
[3] ocorre em 2006, com a Ocupação Caracol, ação coordenada pelas Brigadas Populares.
71 luta espacializada e articulada

cultura, tornar-se-ia marcante no caso da luta urbana em Belo Horizonte.

Esses novos atores contribuem na incorporação dos protestos-festa ao repertório de luta


que, além de sua capacidade de mobilização, são capazes de confrontar o modo domi-
nante de produção da cidade ao deslocarem o lúdico para fora de seus espaços e mo-
mentos adequados. A estratégia acaba tornando-se uma das marcas dos novos ativismos
urbanos, mas que, como veremos no caso da Segunda Ocupação da Câmara Municipal,
dividem opiniões quanto à sua eficácia.

A internet é central na ação, cuja organização e discussão ocorreu por meio de uma lista
de emails com 187 inscritos (Albuquerque, 2013). Para Carolina Albuquerque, muito do
que se tornou a Praia, sobretudo o seu caráter horizontal e sem líderes5, tem a ver com
o uso da internet. Contribui ainda a essa organização a presença de um grupo ligado ao
ideário libertário que, embora em minoria, pautava insistentemente a necessidade de
manutenção dessa forma de associação.

Por outro lado, o espaço físico é também um elemento central. As articulações em meio
digital resultaram em articulações no espaço físico, insurgindo na ocupação da cidade e
na apropriação de seus espaços públicos. A Praia da Estação, junto a outras ações que já
ocorriam ou passam a ocorrer no mesmo período, como o Duelo de MC’s, o resgate dos
blocos de carnaval de rua e o Quarteirão do Soul, insere de vez o reclame pelo espaço
público no repertório de luta dos ativismos urbanos de Belo horizonte.

A articulação é sumariamente catalisada pela publicação do decreto municipal no 13.798


proibindo eventos de toda e qualquer natureza na Praça da Estação. É, portanto, uma
mobilização erigida pela ameaça de retrocessos e, portanto, uma rede de resistência. Por
outro lado, seria leviano afirmar que a ação resultou somente de tal decreto. Ele funcio-
nou como “a gota d`água” para entornar insatisfações que se acumulavam entre diversos
grupos, sobretudo em relação à administração de Márcio Lacerda. Muitos entrevistados
apontam como um fator essencial às novas articulações e o surgimento de novos ativis-
mos na cidade, as gestões sobre mando do prefeito, pouco afeitas à democratização urba-
na: “em função dessa forma como a prefeitura se relaciona com a cidade, sempre em função de sua
venda, do lucro, do negócio, acaba fortalecendo as lutas, elas ficam mais aquecidas e potentes, elas
se unem para barrar as ações da PBH” (P.K., 2015). Como observado por Gramsci (1999)
e Laclau e Mouffe (1987) é notória a capacidade de articulação pela contraposição a um
inimigo comum.

Certos ganhos diretos são percebidos em relação à ação como a Lei da Praça Livre, que
permite a realização de pequenos eventos nas praças da cidade sem a necessidade de um

5Obviamente algumas pessoas são identificadas como integrantes mais centrais no grupo do que outras,
entretanto elas não foram reconhecidas como líderes entre os demais integrantes, sobretudo aqueles
ligados ao pensamento anarquista autonomista.
luta espacializada e articulada 72

alvará e a revogação do decreto 13.7986. A lei em substituição ao decreto foi fruto de uma
comissão de técnicos da PBH e estabelecia regras de uso da Praça. As regras, no entanto,
foram questionadas pelos ativistas, sobretudo porque somente com um grande aporte de
recursos seria possível suprir todas as exigências necessárias.

O sentido didático da ação talvez seja seu ganho mais significativo que foi capaz de unir
atores tão distintos sob princípios de horizontalidade e autogestão.

Jornadas de Junho e o surgimento da APH-BH


Não há como falar da articulação entre os ativismos de Belo Horizonte sem tocar em ju-
nho de 20137, momento amplamente recordado pelos entrevistados como emblemático
na constituição de redes. As Jornadas de Junho, como alguns autores denominam a série
de protestos que eclodiram em todo o país durante a Copa das Confederações em 2013,
foi, e é ainda hoje, um assunto amplamente explorado desde diversas abordagens, inclu-
sive aquelas que aqui interessam: as articulações que dela emergem e a sobreposição entre
o espaço físico e o digital na configuração dos protestos. Tal período tem complexidade
suficiente para toda uma dissertação, porém irei restringir-me à compreensão de suas
contribuições às formas de ação e organização dos ativismos urbanos de Belo Horizonte.

Uma das entrevistadas sintetiza junho da seguinte maneira: “O que eu sinto é que pegou um
monte de gente de BH, botou num liquidificador e bateu! Agora um monte de gente se conhece e
constrói coisas juntas e eram coisas que estavam acontecendo paralelamente.”(T.P., 2015).

Se com a Praia da Estação algum contato entre grupos distintos começou a estabele-
cer-se, junho foi capaz de ampliar esse universo, colocando-os lado a lado, ainda que
temporariamente, o que veremos adiante. Intensifica-se ainda a relação entre articulações
no meio virtual e no espaço físico e a ênfase em ambos para dar visibilidade e vazão às
inúmeras demandas apresentadas.

A complexidade dos atores reunidos durante as jornadas transparece nas pautas anuncia-
das pelos cartazes empunhados pela multidão. Era possível identificar reivindicações tão
diversas como o fim da corrupção, tarifa zero, o fim dos meios de comunicação de massa,
educação de qualidade, contra a PEC37 e pela reforma política8. Talvez o que melhor
descreva o vínculo entre esses manifestantes seja o que Castells (2013, p.163) denominou
togetherness9. O autor utiliza tal conceito para nomear os laços estabelecidos durante as
movimentações que se espalharam pelo mundo desde a Primavera Árabe em 2011. Dis-

6 L.T. 2011
7 L.T. 2013[2] 2013[3]
8 L.T. 2013[2]-2013[3]
9 Na versão em língua portuguesa o termo é traduzido como companheirismo, o que, entretanto, não
transmite seu sentido original. Pela falta de um termo mais adequado, optei, então por mantê-lo em
inglês.
73 luta espacializada e articulada

tinto do que se estabelece em uma comunidade, em que a definição de valores comuns


é um imperativo, togetherness seria a junção de indivíduos por denominadores comuns,
sem a supressão de seus pontos de vista, objetivos, motivações e ideologias particulares.

A Assembleia Popular Horizontal de Belo Horizonte10 (APH-BH) surge como uma


tentativa de construção de diálogo entre os diferentes atores mobilizados pelos protestos.
Sugerida por grupos anarquistas e autonomistas – daí a ênfase no horizontal – a APH
-BH surgiu logo após o primeiro protesto em Belo Horizonte ocorrido no dia 15 de
junho de 2013 e propunha-se, conforme a descrição em sua fanpage, ser um:

[...] fórum de diálogo horizontal e autônomo para formulação de pautas


e propostas para próximas mobilizações. [...] um espaço comum a todos
os mobilizados na web e na rua. Um espaço comum para organizados e
independentes. Convocação coletiva, geral e irrestrita para TODOS (in-
divíduos, grupos, coletivos, organizações, partidos e outros) interessados
em DISCUTIR sobre nossas futuras ações e manifestações. (APH-BH,
2013, on-line, grifo do autor).

A chamada deu-se via facebook que, a essa altura,já se estabelecia como uma ferramenta
para os ativismos devido à sua permeabilidade na sociedade brasileira. Apesar da percep-
ção de que a configuração dos protestos era a somatória do espaço concreto ao digital,
percebe-se na descrição do grupo a centralidade das ações espaciais e da apropriação da
cidade: “[...] essa página continua sendo um espaço de TROCA. Mas é fundamental que ocu-
pemos um espaço público para decidir sobre a vida pública.” (APH-BH, 2013, on-line, grifo
do autor).

Durante algum tempo, a APH-BH conseguiu mobilizar e colocar em diálogo, e também


em conflito, diferentes grupos de Belo Horizonte, sobretudo aqueles de esquerda. Mem-
bros de partidos, antigos ativismos, anarquistas, grupos ligados às ocupações e (várias)
pessoas avulsas foram ali reunidas. No primeiro momento, os próprios protestos agrega-
ram esses atores. Mais tarde, houve a tentativa de estabelecer uma articulação contínua
para a defesa de determinadas pautas através da construção de propostas e de estratégias
de luta. No entanto, foi curta sobrevida da APH-BH como um fórum amplo após o fim
das manifestações. Ela foi se dissolvendo aos poucos até tornar-se uma rede em suspenso.
Apesar de inativa, não deixou de existir, avivando-se em momentos de necessidade como
o atual período de crise política, seguido pela abertura do processo de impeachment da
presidenta Dilma Rousseff. Alguns entrevistados atribuem o arrefecimento da APH-BH
às movimentações em função das eleições gerais em 2014, quando partidos e ativismos
atrelados às candidaturas saíram das ruas para atuar nessas campanhas eleitorais.

[...] o grande problema é que nesse rescaldo de junho em que teve um

10 L.T. 2013 [2]


luta espacializada e articulada 74

engajamento e uma mobilização muito grandes, grande parte dos movi-


mentos que toparam fazer parte disso voltaram na medida em que veio
uma outra eleição, vindo a eleição é nítido como as pessoas saíram das
ruas e aí a direita tomou as ruas.(P.A., 2015)

A APH-BH demonstra a potência da união das esquerdas ao emergir como um ator


temido pelo poder público e também por outros ativismos, sobretudo os tradicionais.
Um fato que ilustra muito bem a relação estabelecida com os demais atores foi a já citada
etapa municipal da Conferência Nacional das Cidades em agosto de 2013, na qual pude
estar presente.

Nessa circunstância, parte da APH-BH, sobretudo os participantes ligados aos grupos


de trabalho sobre a questão urbana e à mobilidade, decidiu envolver-se na Conferência,
apesar de reconhecerem as contradições e críticas que perpassam esses tipos de processo.
Some-se a isso o desconhecimento da dinâmica e práticas que formatam esses momen-
tos de participação institucionalizadas - já consagradas para participantes veteranos, mas
apenas evidente para os novos participantes no momento da Conferência, ou seja: mais
do que ter as propostas aprovadas nessa etapa, o importante era conseguir eleger dele-
gados que as defendessem nas fases estadual e nacional. Nesse sentido, a participação
de ativistas de grupos tradicionais nas assembleias11 (atores com um acúmulo de conhe-
cimento sobre as práticas nesses espaços participativos) foi fundamental para a inserção
da APH-BH na dinâmica de escolha dos delegados. Eles foram responsáveis por fazer o
diálogo entre os novos ativistas - muitos recém ingressados no universo das lutas após ju-
nho - e os antigos, garantindo à APH-BH duas vagas de delegado na etapa estadual. Tal
acordo só foi possível devido ao imaginário em relação ao poder e dimensão do grupo,
que, para o poder público e os ativismos tradicionais, evocava a lembrança da magnitude
dos protestos de junho e da Ocupação da Câmara Municipal.

A mobilização em torno da APH-BH potencializou ainda duas outras articulações, a


Ocupação da Câmara Municipal12 - entre os dias 29 de junho a 7 de julho de 2013 - e a
Ocupação da Prefeitura13, nos dias 29 a 31 de julho do mesmo ano. A primeira protago-
nizada pela própria APH-BH, a segunda pelos ativismos ligados às Ocupações Urbanas
(Camilo Torres, Irmã Doroty, Eliana Silva, Vila Cafezal/São Lucas, Zilah Spósito, Rosa
Leão e Dandara).

Apesar do pouco tempo em que conseguiu agregar de maneira ampla diferentes atores da
cidade (hoje a APH-BH consegue agregar, em sua maioria, jovens libertários), a experi-
ência teve impacto na cena ativista da cidade. Primeiro pela configuração de novas arti-

11Membros da Pastoral Metropolitana dos Sem Casa e do Movimento de Vilas e Favelas (MLB) esti-
veram bastante presentes no início da APH-BH.
12 L.T. 2013[4]
13 L.T. 2014[3]
75 luta espacializada e articulada

culações que até hoje perduram, segundo pela influência direta na emergência de novos
ativismos como o Tarifa Zero BH e o MPL-BH, e, finalmente, pelos encontros com a
diferença. Desses saem substrato para que os grupos se repensem, resultando em trans-
formações, ou ao menos questionamentos, de suas formas de organização, métodos de
ação e de tomada de decisão etc. É cada vez mais comum, por exemplo, discursos como
horizontalidade e autogestão entre os ativismos, após junho de 2013 e as experiências
das assembleias horizontais. É necessário salientar que discurso e prática nem sempre são
equivalentes e que hierarquias e relações de dominação podem reproduzir-se mesmo nos
grupos que se dizem horizontais e autogestionados.

A Primeira Ocupação da Câmara Municipal


No dia 29 de junho de 2013, ainda no contexto das Jornadas de Junho, seria votado na
Câmara Municipal em sessão extraordinária o PL no 417/2013 que isentava as empresas
de ônibus do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Tal isenção, junto
ao cancelamento da taxa de Custo de Gerenciamento Operacional (CGO) serviria, se-
gundo a prefeitura, para uma redução de R$0,10 na tarifa dos ônibus. Entretanto, outras
duas isenções concedidas em nível federal (isenção de PIS/COFIS e de imposto sobre
folha de pagamento) não haviam sido incorporadas à redução da tarifa. Em uma sessão
da APH-BH, foi marcado um protesto na Câmara Municipal no dia de votação da PL
para pressionar a inclusão das emendas apresentadas. Elas propunham a incorporação
da isenção federal à redução da tarifa e a abertura da planilha de custos do sistema de
ônibus. No dia 29, entretanto, os manifestantes tiveram sua entrada na Câmara Muni-
cipal limitada pela guarda municipal e o PL foi aprovado sem as emendas. Inicia-se aí a
primeira Ocupação da Câmara Municipal14.

A ocupação, que duraria 8 dias, inaugura uma nova dinâmica para os ativismos de Belo
Horizonte pela dimensão do apoio alcançado. André Veloso (2015) aponta que cerca de
500 pessoas entre ocupantes e visitantes estiveram no local, apoio ainda perceptível nas
doações de alimentos e outros itens e nas contribuições à programação ao longo da ocu-
pação. Durante o período diversas atividades, sobretudo culturais, ocorreram, atraindo
um público constante. A combinação entre a ocupação de espaços simbólicos aliado a
atividades culturais e informativas para a atração de público seria uma estratégia muitas
vezes repetida, como veremos nos casos do #ResisteIzidora15, da ocupação das obras do
viaduto Santa Tereza16 e da segunda Ocupação da Câmara em 201517.

Essa é uma característica que diferencia as ocupações atuais daquelas ocupações de es-

14 L.T. 2013 [4]


15 L.T. 2014 [4]
16 L.T. 2013-2014
17 L.T. 2015 [3]
luta espacializada e articulada 76

paços simbólicos da cidade em períodos anteriores, como, por exemplo, a ocupação da


Igreja São José pelos ativismos tradicionais por moradia no início da década de 199018.
Para além do contexto local, em que percebe-se a incorporação da dimensão cultural e
da festa aos ativismos urbanos, essa mudança parece inspirar-se ainda nos diversos mo-
vimentos ocuppys que eclodiram no mundo desde 2011.

No dia 3 de julho de 2013 é realizada uma reunião entre o prefeito Márcio Lacerda e os
delegados destacados pela APH-BH com o estabelecimento das exigências para a deso-
cupação da Câmara. A reunião em si pode ser considerada um ganho, pois é a primeira
vez que diversas pautas, tais como as ocupações urbanas, conseguem ser apresentadas ao
prefeito desde sua posse em 2009. Após anos os grupos conseguem escapar aos obstá-
culos institucionais criados para vetar o acesso aqueles que de fato têm algum poder de
decisão.

Embora centradas na questão do transporte e no aumento da tarifa19, elas evidenciam,


por sua diversidade, a pluralidade dos atores agregados naquela ação. As respostas dadas
pelo prefeito às exigências apresentadas são consideradas insuficientes pelos manifestan-
tes, que decidem manter a ocupação. Entretanto, em assembleia delibera-se pela deso-
cupação da Câmara, mesmo sem o cumprimento das reivindicações apresentadas. Um
comunicado em nome da APH-BH elucidando os motivos da desocupação não foi emi-
tido, mas os comentários de participantes da ação na postagem de divulgação da decisão
esclarecem: “Avaliamos que ocupar a câmara não iria continuar trazendo ganhos políticos,
apenas desgastes, principalmente com a população que esteve nos sustentando lá esse tempo todo
e à qual somos extremamente gratos.”(Oliveira, 2013). Posição ainda reforçada por outro
participante na mesma publicação “[...] um deles [dos motivos de deixar a ocupação] era que
não ganharíamos mais tanto estando lá dentro, que precisávamos de novas estratégias.” (Alves,
2013)

Impossível afirmar que as outras ocupações de Câmaras Municipais que se espalharam


por todo o Brasil são reflexo da ocupação da Câmara Municipal de Belo Horizonte20.
Após a ocupação em Belo Horizonte, porém, deu-se início a um processo que se es-
palhou rapidamente para várias cidades, todas com a redução da tarifa do transporte
público como pauta central. Cronologicamente ocorreram as seguintes ocupações: Em
julho de 2013 Dourados (MS), no dia 4 , Porto Alegre (RS), no dia 10, Natal (RN) no
dia 18 e Salvador no dia 22 e ainda no dia 9 de agosto a ocupação da Câmara do Rio de
Janeiro (RJ).

18 L.T. 1989-1992
19 As exigências podem ser observadas na L.T. - 2013[4]
20 Pouco antes da ocupação em Belo Horizonte ocorreu, em 25 de junho de 2013, a ocupação da
Câmara Municipal de Santa Maria (RS). Contudo a ação deu-se pela exigência da anulação da CPI, na
qual havia indícios de irregularidades, instaurada para apuração do incêndio na Boate Kiss. A tragédia
havia ocorrido em 27 de janeiro de 2013, resultando na morte de 241 pessoas.
77 luta espacializada e articulada

Ocupação da Prefeitura de Belo Horizonte


Pouco tempo após a desocupação da Câmara Municipal ocorre na manhã do dia 29 de
julho de 2013 a ocupação da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH)21, por mo-
radores das ocupações urbanas Camilo Torres, Irmã Doroty, Eliana Silva, Vila Cafezal/
São Lucas, Zilah Spósito, Rosa Leão, Dandara e Guarani Kaiowá. A ocupação durou
trinta horas e em nota assinada pelas Brigadas Populares e MLB - ativismos ligados
aos grupos - exigia-se a abertura de negociação procurando solucionar os problemas
fundiários e sociais das ocupações urbanas de Belo Horizonte. A ação baseou-se no
compromisso do prefeito Márcio Lacerda com os ocupantes da Câmara Municipal de
estabelecer diálogo com as ocupações urbanas, suspendendo qualquer despejo antes de
finalizado o processo. Após a reunião, em 10 de julho foi protocolada na prefeitura pelos
ativismos uma solicitação formal que, porém, não obteve resposta (Brigadas Populares;
MLB, 2013).

Até então, ações conjuntas de tal porte entre as ocupações nunca haviam sido empre-
endidas. A ação contou ainda com o apoio de indivíduos e grupos mobilizados pela
APH-BH, reforçando a relação estabelecida em junho de 2013, nas assembleias e grupos
de trabalho e na ocupação da Câmara Municipal. Um chamado de apoio à ocupação da
prefeitura é publicado na fanpage da APH-BH. São solicitadas doações de alimentos,
itens pessoais de higiene, colchões e cobertores e pessoas para se juntarem à vigília do
lado externo da prefeitura, buscando impedir ações truculentas do poder público contra
os ocupantes. Atendendo ao chamado os apoiadores instalaram-se na Avenida Afonso
Pena em frente à sede da prefeitura, bloqueando parte o tráfego de veículos no local.

Somente mediante essa ação direta é realizada a reunião com o prefeito Márcio La-
cerda. Nela foram acordados a criação de uma comissão para negociação dos conflitos
fundiários de cada ocupação formada por representantes das ocupações urbanas e dos
movimentos (MLB e Brigadas Populares), Ministério Público Estadual, da Defensoria
Pública e da Prefeitura de Belo Horizonte; a suspensão das ações de despejo de auto-
ria da PBH contra as ocupações até a conclusão dos trabalhos da comissão; a mudança
do zoneamento municipal das áreas ocupadas para AEIS (Área Especial de Interesse
Social); e a realização de uma reunião junto aos governos estadual e federal para ações
conjuntas em relação às áreas no que tange sua regularização fundiária e promoção de
políticas habitacionais (APH-BH, 2013b).

À época, o acordo foi recebido como uma vitória pelos ativismos e apoiadores. A urba-
nista paulista Raquel Rolnik considerou em seu blog um “dia histórico para a luta por
moradia em BH e no Brasil” pois “[...] depois que milhões ocuparam as ruas, parece que a
importância e relevância das questões que [os movimentos por moradia] vêm levantando

21 L.T. 2013 [5]


luta espacializada e articulada 78

há anos estão finalmente sendo reconhecidas e consideradas.” (Rolnik, 2013, online). Os


resultados concretos, entretanto, duraram pouco tempo, originando mais uma ação de
ocupação de prédios públicos em julho de 2014, dessa vez simultaneamente na URBEL,
PBH e Advocacia Geral do Estado22.

Os efeitos reais da ação foram, portanto, de outra natureza. Um deles foi o início da
construção de uma articulação contínua entre as ocupações urbanas, partindo da percep-
ção de um objetivo compartilhado: o reconhecimento das ocupações, sua regularização
fundiária e seu acesso a infraestrutura e serviços. O outro foi ampliar o apoio às ocu-
pações urbanas,o que Dandara e Eliana Silva já faziam por meio de eventos culturais e
campanhas de apoio23, sobretudo entre os ativismos de centro.

Ambas as articulações serão intensificadas durante a resistência aos despejos na área da


Izidora, conformando a Rede #ResisteIzidora.

#ResisteIzidora
As ocupações na região da Izidora24 começaram a estabelecer-se em maio de 2013 com
o surgimento da Ocupação Rosa Leão, seguida em junho pela Ocupação Esperança e
entre junho e julho pela Ocupação Vitória. Tais ocupações são consideradas espontâneas,
por não contarem com a organização prévia de um movimento, ou ainda com o planeja-
mento de sua configuração espacial25. Elas ocorreram de forma progressiva à medida em
que a notícia se espalhou, atraindo outras pessoas. Atualmente as ocupações totalizam
2251 unidades habitacionais edificadas, segundo levantamento realizado em conjunto
entre grupos da UNA-BH e PUC-Minas26.

Certos apoiadores defendem que as ocupações da Izidora seriam um reflexo direto das
Jornadas de Junho, como é possível constatar na fala de Rafael B., ativista ligado às Bri-
gadas Populares, em entrevista à Bizzotto:

A leitura que nós fazemos é que as três ocupações surgem no bojo de


22 L.T. 2014 [2]
23 Ver campanha “Despejo não, com Dandara em luto!” L.T. 2010 [1]
24 Como dito anteriormente, embora a nomenclatura oficial da região seja Isidoro, optei por adotar
a nomenclatura no feminino e com z, também adotada pelos ativismos, que baseiam-se no histórico
da área contribuinte do Ribeirão da Izidora - afluente do Ribeirão da Onça - assim denominados nos
mapas de Belo Horizonte, pelo menos até 1937.
25É necessário, entretanto, relativizar a espontaneidade da ocupação como trazem os entrevistados por
Luciana Bizzoto (2015) em sua dissertação sobre a rede #ResisteIzidora. Eles defendem que, apesar
da aparente espontaneidade, existe um certo incentivo à ocupação como forma de ação direta devido à
intensificação das ocupações e de seu relativo êxito pois, apesar de não reconhecidas pelo poder público e
da falta de infraestrutura, muitas conseguem até hoje resistir às tentativas de despejo. Esse fato pude con-
statar em conversas com moradores da ocupação Novo Horizonte uma das ocupações mais recentes da
RMBH (visita realizada no dia 21 de janeiro de 2016). Eles afirmam que exemplos de outras ocupações
e principalmente de Dandara serviram de incentivo à ação.
26 O levantamento, concluído em 2015, considera na contabilização as unidades em construção e con-
cluídas em alvenaria, madeira e lona.
79 luta espacializada e articulada

junho de 2013, quando houve as maiores mobilizações de massa do país.


Enquanto os centros da cidade estavam tomados por um caráter de ação
direta, por uma multiplicidade de atores sociais, o povo sem teto se orga-
nizava na periferia para reivindicar seus direitos de maneira mais concreta
(2014, apud Bizzotto, 2015, p. 115).

Entretanto uma associação tão incisiva entre os protestos de junho e as ocupações da


Izidora, parece-me exagerada, como pude perceber no período em que, junto a outros
profissionais da Associação Arquitetos Sem Fronteiras (ASF-Brasil), professores e es-
tudantes da PUC-Minas e da UFMG atuei na Ocupação Rosa Leão27. Mesmo tão pró-
ximos dos acontecimentos de junho, na convivência com os moradores do local não se
evidenciou essa relação direta entre a ação e os protestos. Parecem fatores mais influentes
os exemplos das ocupações anteriores e o próprio processo de Rosa Leão que atraiu
novos ocupantes, incitando primeiro sua própria expansão e depois o surgimento das
demais ocupações - Vitória e Esperança. Isso não significa, entretanto, que o sentimen-
to do poder da ação direta e da mobilização surgido em junho não tenha importância
na configuração das ocupações da Izidora, mas que talvez o legado mais importante de
tais mobilizações, seja o surgimento de novas possibilidades de articulação, contribuindo
para a resistência das ocupações até os dias de hoje.

Em julho de 2013 Brigadas Populares e MLB já tinham alguma articulação junto às ocu-
pações da Izidora, sobretudo Rosa Leão, resultando na presença de alguns de seus mora-
dores na ocupação da Prefeitura e na inclusão da área no acordo firmado pela suspensão
das ações de despejo de autoria da Prefeitura, em troca da saída dos ocupantes do local.

Em 24 de julho de 2013, a juíza Luzia Divina autoriza o despejo de Izidora em resposta


a quatro liminares de reintegração de posse para a área ocupada, uma delas vinculada ao
Município de Belo Horizonte. Ainda que nesse momento estivessem articulados somen-
te os ativismos ligados às ocupações urbanas, a unidade estabelecida entre esses grupos
é, em alguma medida, inédito. Frei Gilvander, militante da CPT em entrevista para Biz-
zotto demarca Dandara como o início da articulação entre diferentes ativismos - no caso,
a CPT, as Brigadas Populares e o MST - mas que em Izidora “[...] foi reforçada a união.
Primeiro porque sentimos a necessidade de que um movimento social só não daria conta de dar o
respaldo necessário e o acompanhamento suficiente. Em segundo lugar, nós vimos a importância
política da atuação conjunta dos movimentos sociais” (Frei Gilvander, 2015, apud Bizzotto,
2015, p.134). Todavia, não é sem conflitos que essa articulação ocorre, como veremos a
seguir.

27 A primeira visita da equipe à Ocupação Rosa Leão ocorreu no dia 25 de julho de 2013. Na época o
grupo de apoiadores externos restringia-se aos vizinhos do Conjunto Ubirajara (com um histórico de
luta anterior durante a gestão da Frente-Popular), à CPT e outros apoiadores sem vinculação a nenhum
grupo. As Brigadas Populares, grupo que recorrentemente vem acompanhando as ocupações urbanas na
RMBH, estabelecia ainda um contato tímido com a ocupação.
luta espacializada e articulada 80

Ainda no contexto da eminência do despejo, novos atores juntam-se a esse universo,


quando no dia 29 de setembro de 2013, após a PBH comunicar que não iria retirar os
pedidos de reintegração de posse de sua autoria relativos à Izidora, a APH-BH publica
em sua fanpage uma nota de repúdio às ações da prefeitura28. Na postagem é pedido ain-
da o apoio às ocupações com doações e a presença de apoiadores no local para impedir
ações truculentas da PMMG. Na ocasião, um grupo autodenominado Esquerda Festiva29,
predominantemente formado por estudantes, passa a morar nas ocupações por alguns
meses, constituindo-se como ponte de informação cotidiana entre elas e seus apoiadores
externos.

Com a entrada mais incisiva das Brigadas Populares e do MLB emergem também os
conflitos, sobretudo com os ativistas da Esquerda Festiva. Constitui-se o principal motivo
de embate o modelo hierárquico de organização das primeiras. Como observa Bizzotto
(2015), as decisões passam a ser tomadas por um grupo restrito, formado por lideranças
com o apoio desses membros externos. Esse modelo baseia-se na crença de que são esses,
por seu acúmulo de luta e visão do todo, mais capazes de deliberar pela coletividade. A
decisão tomada em assembleia é considerada a última das opções, como evidenciado pela
fala de Leonardo, apoiador do MLB “Quando cada um tem uma formulação, nós buscamos
pensar o que é melhor para as famílias e, se há dúvida, levamos para a assembleia e o povo
fala” (Leonardo, 2015 apud Bizzotto, 2015, p.130). Entretanto, outra característica desses
apoiadores, que também é fruto de embates com os demais, é sua ênfase nas relações
externas em detrimento às internas. Com essa distância em relação aos moradores da
ocupação, como apreender suas necessidades e desejos e “pensar o que é melhor para as fa-
mílias”? Essas decisões, não raro baseiam-se nos preceitos dessas lideranças e apoiadores,
em alguns casos opostas aquelas da coletividade.

Por outro lado, a entrada desses ativismos hierarquizados imprimiu alguma coesão in-
terna à Izidora, até então inexistente, trazendo ainda o acúmulo de lutas fundiárias na
RMBH, ambos essenciais à resistência das ocupações. Se a construção de coesão via
formas horizontais dá-se por processos lentos, como constituí-la em um contexto de
urgência de outra maneira que não as formas hierarquizadas?

No fim de julho de 2014 é anunciado o despejo para o dia 13 de agosto30. Diante da


ameaça, mais uma vez é publicado um chamado na fanpage da APH-BH convocando
apoiadores a passarem a noite em vigília na área31. A reintegração de posse é suspensa
pelo juiz da Vara Cível da Infância e Juventude. Em paralelo, consegue-se negociar por

28 A nota está disponível em: https://www.facebook.com/AssembleiaPopularBH/photos


/a.148049585387189.1073741831.146761338849347/172384762953671/?type=3&theater
29 O termo foi cunhado pela esquerda tradicional para se referir, sarcasticamente, às novas esquerdas,
que, como vimos, são bastante afeitas aos protestos-festa.
30 L.T. 2014 [4]
31 Chamada disponível em: <https://www.facebook.com/AssembleiaPopularBH/photos
/a.148049585387189.1073741831.146761338849347/268843656641114/?type=3&theater>
81 luta espacializada e articulada

mais 30 dias a suspensão do despejo para a realização de um cadastro socioeconômico


ou o reconhecimento do cadastro já realizado pela UNA-BH, em parceria com a PUC-
Minas.

O grupo de apoiadores é ampliado com pessoas ligadas à academia32, jornalistas e pesso-


as da área de cultura. Esses últimos constituem uma equipe de comunicação, que lança
no mesmo dia a campanha virtual #ResisteIzidora33, em que as pessoas são convidadas
a postarem suas fotos com cartazes de apoio às ocupações34. Ainda nessa conjuntura a
Igreja Católica passa apoiar as ocupações via Arquidiocese de Belo Horizonte. A multi-
plicidade de atores envolvido é sintetizada no grafo 3, elaborado a partir de dados cole-
tados por Bizzotto (2015).

Inúmeras audiências e atos foram realizados, duas ocupações de prédios públicos, além
da ocupação da prefeitura em julho de 2013 e três mesas de negociação foram instau-
radas, sendo a última em nível estadual. Se não é possível enumerar avanços relativos à
situação de instabilidade e falta de reconhecimento das ocupações da Izidora pelo poder
público - em qualquer um dos níveis federativos - é concreto que até hoje, mais de três
anos após o surgimento da primeira das ocupações, Izidora resiste.

Ato 15M: o Direito à Cidade como unificador dos ativismos?


No início de março de 201435, a APH-BH junto ao Tarifa Zero-BH, parte das ocupações
urbanas e ao recém criado movimento Viaduto Ocupado36 tentam articular a construção
de uma pauta comum entre os ativismos urbanos de Belo Horizonte. A chamada, feita
de forma ampla a quaisquer grupos e indivíduos, buscava unificar grupos de temas como
mobilidade urbana, moradia, democratização dos espaços públicos e reforma urbana.

A luta pelo Direito à Cidade37 emerge, então, como uma possibilidade de unificação das
lutas desses grupos, como vimos, geralmente centrados em suas pautas específicas. To-
mando como base a concepção de David Harvey, o Direito à Cidade é assim sintetizado
pelo grupo:

[...] muito mais que a liberdade individual de ter acesso aos recursos urba-
nos: é um direito de mudar a nós mesmos, mudando a cidade. Além disso,
é um direito coletivo, e não individual, já que essa transformação depende

32 Manifesto de docentes em solidariedade às Ocupações da Izidora que contou com a assinatura de


mais de 500 docentes foi um dos demosntrativos de tal apoio (Bizzotto, 2015)
33 L.T. 2014 [4]
34 Álbum disponível em: https://www.facebook.com/resisteizidora/photos/?tab=album&album_
id=515520095260639
35 L.T. 2014[1]
36 L.T. 2013-2014
37É criada uma página do facebook para divulgação da articulação: https://www.facebook.com/Di-
reito-%C3%A0-Cidade-238316413024412/
luta espacializada e articulada 82

do exercício de um poder coletivo para remodelar os processos de urba-


nização. A liberdade de fazer e refazer as nossas cidades, e a nós mesmos,
um dos nossos direitos humanos mais preciosos e ao mesmo tempo mais
negligenciados. (APH-BH, 2014, online)

A pauta questionava a submissão do urbano ao sistema econômico considerado a raiz dos


problemas combatidos pelos ativismos urbanos. Mercado e Estado seriam os responsá-
veis pela subtração do Direito à Cidade, ao sobreporem aos demais direitos a propriedade
privada e o lucro.

Como primeira ação da articulação é planejado um ato comum, programado para 15 de


maio, data já acordada entre movimentos de todo o país como o Dia Nacional de Luta
contra as Injustiças da Copa. O dia foi ainda escolhido relembrando o movimento 15M
ou Indignados que, em 2011, ocupou a Porta do Sol na Espanha por uma democracia
real. A pauta do ato, discutida ao longo das reuniões, configurou-se por: moradia, mobi-
lidade urbana, democratização dos espaços públicos/livre expressão artística e cultural,
inclusão das minorias oprimidas na construção da cidade (mulheres, GLBTT, negros e
índios), participação popular nas reformas urbanas de bairros, acesso de qualidade aos
serviços públicos (saúde e educação), impactos da Copa, megacidades e megaempreen-
dimentos e desmilitarização da Polícia Militar (APH-BH, 2014b, online).

Embora intencionada como uma articulação sistemática e duradoura entre os grupos de


Belo Horizonte, somente próximo ao ato outros ativismos se juntaram à mobilização.
Esse fato resultaria em contratempos durante a manifestação do dia 15 de maio de 2014
(APH-BH, 2014b, online).

Cerca de 3 mil pessoas, segundo informações da APH-BH (600 pessoas segundo a po-
lícia militar), foram mobilizadas - além do ato pelo Direito à Cidade - pelo ato contra
o aumento da tarifa dos ônibus38 e pelo chamado nacional contra as violações da copa.
Nele, evidenciaram-se os reflexos da falta de diálogo entre os grupos mobilizados: a
expectativa, do grupo que trazia o Direito à Cidade como pauta, era de um ato sem
hierarquias entre os movimentos, coletivos, ativismos e indivíduos participantes, que,
entretanto, foi frustrada. O carro de som trazido por movimentos tradicionais, sindicatos
e partidos acabou definindo trajetos, palavras de ordem etc.. Embora fosse um espaço de
fala aberto, ele reforçou o “[..] monopólio da voz [que] verticaliza e centraliza uma luta
horizontal e múltipla” (APH-BH, 2014c, on-line). Essa mesma tentativa de sobreposição
de discursos por determinados grupos irá acontecer no contexto dos protestos contra o
impeachment da presidenta Dilma, como veremos adiante.

Ainda assim, o ato foi considerado positivo pela APH-BH, como o início de uma arti-
culação entre diferentes ativismos da cidade. Poucos desdobramentos ou ganhos da mo-

38 Conhecido como 4o Ato: Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar. L.T. 2014[1]
83 luta espacializada e articulada

vimentação, entretanto, são observados, mesmo com a proximidade da Copa do Mundo


Fifa de Futebol 2014. Contribui ainda a essa percepção o fato de que nenhum dos entre-
vistados durante este trabalho, embora muitos deles presentes na ocasião, a tenham cita-
do como um importante momento de articulação entre os ativismos de Belo Horizonte.
A desmobilização após o ato é apreendida ainda na atuação digital dos grupos: afora uma
postagem de avaliação39 o tema é abandonado pelos ativismos.

A movimentação foi também infrutífera no que diz respeito aos ganhos alcançados.
André Veloso (2015) considera tal fato reflexo da “dispersão de pautas e a direção por
parte de sindicatos” (Veloso, p.230) que levaram a uma baixa capacidade de pressão dos
movimentos.

Fato é que uma articulação sistemática e duradoura tendo a luta pelo Direito à Cidade
como sentido unificador foi frustrada. Ela existiu somente durante o ato e de maneira
conflituosa. Persistiram assim fragmentações, sobretudo aquela entre novos e tradicio-
nais ativismos, evidenciando-se mais uma vez a dificuldade em se constituírem redes
construtivas em detrimento às redes de resistência - emergenciais e pontuais - entre os
ativismos urbanos.

Depreende-se daí que as articulações com objetivos e pautas parcelares parecem mobi-
lizar mais facilmente do que lutas amplas. As pautas restritas aparentam ser mais alcan-
çáveis, ou, pelo menos, o caminho até sua conquista é mais facilmente vislumbrado. Na
ampliação das lutas, as possibilidades de ação tornam-se abstratas, e ainda mais distantes.
Junto a isso, ganhos imediatos são praticamente inexistentes, contribuindo para a disso-
lução das articulações por pautas mais ambiciosas. Como tornar pautas amplas como o
Direito à Cidade menos abstratas possibilitando o vislumbre de caminhos de ação? E,
por outro lado, como tornar pautas concretas menos setorizadas apontando para hori-
zontes de transformação mais amplos?

Copa do Mundo Fifa de Futebol 2014


O primeiro protesto contra a Copa em Belo Horizonte ocorreu no dia 12 de junho de
2014, durante a abertura do evento40. O chamado postado no facebook foi assinado pelo
COPAC, APH-BH, Tarifa Zero-BH e UFMG contra a Copa41. 7200 pessoas confirma-
ram presença no evento, entretanto, segundo dados do Jornal Folha de São Paulo, cerca
de 800 pessoas compareceram ao protesto, que terminou em confronto com a polícia
(Pelegrini, 2014). O embate ocorreu quando os manifestantes tentaram se aproximar do
relógio promocional que marcava os dias para o início da Copa localizado na Praça da
39 Post disponível em: https://www.facebook.com/AssembleiaPopularBH/photos
/a.148049585387189.1073741831.146761338849347/244409762417837/?type=3&theater
40 L.T. 2014 [2]
41 Link do evento Copa sem povo, tô na rua de novo!!! - 12J: https://www.facebook.com/
events/276283719211230/
luta espacializada e articulada 84

Liberdade. A Polícia Militar, para conter o avanço, atacou com bombas de efeito moral e
balas de borracha, respondidas por alguns manifestantes com pedradas e danos a prédios
e carros no entorno. Quinze pessoas foram detidas, além dos diversos relatos de ações
arbitrárias e violentas da polícia42.

Outro protesto foi marcado pelo mesmo grupo no dia 14 de junho43, quando ocorria no
Mineirão a partida entre Colômbia e Grécia. Dessa vez na Praça Sete, o grupo foi sitiado
por 5 horas pela polícia militar em uma tática denominada envelopamento. A mesma
estratégia foi utilizada para conter os protestos do dia 17 de junho na Praça da Savassi e
do dia 28 de junho na Praça Sete44. Os efeitos descontrolados da primeira manifestação
fizeram com que o policiamento e a repressão fossem reforçados. Essas ações, aliadas à
capacidade de mobilização dos ativismos claramente enfraquecida, resultaram no dia
14 de junho em um desequilíbrio de seis policiais por manifestante (Carmona; Kiefer,
2014)

Era evidente que a escala de atração dos protestos de 2013 havia, a essa altura, dissol-
vido-se. As articulações durante a Copa perderam em quantidade e em multiplicidade,
mantendo-se restritas a um determinado grupo. Mesmo entre grupos e indivíduos de es-
querda surgiram questionamentos sobre os motivos de tais manifestações e seus ganhos,
contribuindo para seu esvaziamento.

Ao contrário do Ato Pelo Direito à Cidade, não parece haver nesse contexto a tentativa
de construção de uma pauta comum. A Copa do Mundo é entendida como um mo-
mento de visibilidade internacional a ser aproveitado para fortalecer pautas individuais
dos grupos, unidos somente pela reivindicação de exercer no espaço concreto o direito
de livre manifestação. É o que sinaliza um dos participantes na página do evento para
construção de um dos atos:

[...] estamos sim pegando carona com a copa, não para proveito próprio,
mas sim para divulgar as manifestações, e nossas causas. Cada movimento
tem sua luta, e sua reivindicação própria, o objetivo das manifestações é
permitir que todos os movimentos possam levar suas lutas, com a ideia de
que com o dinheiro da copa, todas essas reivindicações independente de
quais sejam, poderiam ser atendidas. (Vitor Past II, 2014, on-line)

Ainda durante a Copa, ocorre, no dia 1 de julho de 2014, a ocupação conjunta dos pré-
dios da Prefeitura, da URBEL e da Advocacia Geral do Estado (AGE) pelas ocupações

42 L.T. 2014 [2]


43 L.T. 2014 [2]
44 No período entre o dia 17 de junho e 25 de junho, os ativismos conseguiram uma liminar permitindo
manifestações populares durante o período da Copa, que, entretanto, poucos dias depois foi suspensa
pelo TJMG (L.T. 2014 [2]).
85 luta espacializada e articulada

urbanas. Em nota intitulada Está tendo Copa, agora vai ter casa! 45 , o grupo expõe como
exigências à desocupação a suspensão dos despejos de todas as ocupações urbanas da
RMBH e ainda o provimento de serviços básicos em assentamentos de baixa renda. A
Copa do Mundo revelava as prioridades do poder público que, enquanto investia milhões
em obras para o megaevento, mantinha grande parte da população sem acesso a serviços
e infraestrutura. Porém, preocupava ainda aos grupos o aumento de efetivo policial, seu
treinamento para repressão de manifestações populares e a compra de armas e equipa-
mentos justificados pela Copa do Mundo Fifa de Futebol 2014 e as Olimpíadas. Findos
os eventos em questão, as incorporações aos aparelhos de repressão do Estado não se
extrapolariam para outras situações, como nos casos de despejos às ocupações urbanas?

Em 4 de julho, os prédios foram desocupados pelos manifestantes sem que suas exigên-
cias fossem cumpridas. Acordou-se uma reunião de negociação entre as ocupações urba-
nas, o Governo do Estado de Minas Gerais, o Ministério das Cidades, a Secretaria Geral
da Presidência da República, Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, Ministério
Público do Estado de Minas Gerais, Brigadas Populares, MLB e CPT, que ocorreu no
dia 24 de julho de 2014 (Freitas, 2015, 75-76).

As movimentações durante o período evidenciam dois aspectos que igualmente apontam


para um esgotamento dos protestos de rua. O primeiro é que o acúmulo de aprendizado
do Estado na repressão aos protestos, seja fisicamente nas ruas, seja juridicamente, anula,
quase que inteiramente, sua capacidade de abalar o funcionamento da cidade. No máxi-
mo os protestos criam alguma hostilidade46 por parte do resto da sociedade. O segundo
45 A nota foi assinada pelo MLB, Brigadas Populares, CPT-MG, COPAC e coordenação das ocu-
pações urbanas: Dandara, Eliana Silva, Rosa Leão, Esperança, Vitória, Zilah Spósito, Cafezal, Nelson
Mandela, Camilo Torres, Irmã Dorothy e Jardim Getsêmani, Guarani Kaiowá e Tomás Balduíno. dis-
ponível em: https://www.facebook.com/notes/brigadas-populares-minas-gerais/est%C3%A1-tendo-co-
pa-agora-vai-ter-casa-ocupa%C3%A7%C3%B5es-urbanas-realizam-ocupa%C3%A7%C3%A3o-si-
mult%C3%A2ne/293328840849400 (L.T. 2014 [3])
46 Em todas as reportagens vinculadas na internet pela mídia tradicional sobre os protestos durante a
Copa de 2014 em Belo horizonte os comentários eram, em sua maioria esmagadora, contra as mani-
festações. Há, iclusive, defesas às abordagens violentas da Polícia Militar. (Ver: Manifestantes afirmam
que irão marchar no ato deste sábado, http://www.otempo.com.br/cidades/manifestantes-afirmam-que-
ir%C3%A3o-marchar-no-ato-deste-s%C3%A1bado-1.873051 , TJMG suspende liminar que proibia
cerco da PM a manifestantes em BH, http://www.otempo.com.br/cidades/tjmg-suspende-liminar-
que-proibia-cerco-da-pm-a-manifestantes-em-bh-1.871956 , Manifestantes vão recorrer da suspensão
de liminar que proíbe cerco, http://www.otempo.com.br/cidades/manifestantes-v%C3%A3o-recor-
rer-da-suspens%C3%A3o-de-liminar-que-pro%C3%ADbe-cerco-1.872260 , PM prende 10 em
protesto contra Copa em Belo Horizonte; ato é encerrado, http://copadomundo.uol.com.br/noticias/re-
dacao/2014/06/14/policia-prende-manifestantes-contra-a-copa-em-belo-horizonte.htm , Minas Gerais
proíbe máscaras em manifestações http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/06/1473048-minas-gerais
-proibe-mascaras-em-manifestacoes.shtml, Polícia indicia quatro por depredações em protestos contra a
Copa em BH http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/06/26/policia-indicia-quatro-
por-depredacoes-em-protestos-contra-a-copa-em-bh.htm , Governo mineiro comemora ‘violência-zero’
em protestos anti-Copa, mas polícia tem de se explicar http://espn.uol.com.br/noticia/418242_gov-
erno-mineiro-comemora-violencia-zero-em-protestos-anti-copa-mas-policia-tem-de-se-explicar, 11
pessoas são detidas em protestos contra a Copa em BH http://tvuol.uol.com.br/video/11-pessoas-sao-
detidas-em-protestos-contra-a-copa-em-bh-04028C99366EDC815326/ )
luta espacializada e articulada 86

é que as esperanças que emergiram da surpreendente potência dos protestos durante


junho de 2013 foi frustrada pela gradual desmobilização das ruas, como observam Caio
Martins e Leonardo Cordeiro:

Milhões saíram às ruas e, de volta à casa, ao bairro, ao local de trabalho,


voltaram à rotina de sofrimentos e humilhações (talvez um pouco mais
indignados)? Embora tenha produzido ecos, o momento de mobilização
não conseguiu ir além de si mesmo, não encontrou continuidade em um
momento de organização.(Martins e Cordeiro, 2014)

Após a Copa do Mundo, a baixa capacidade de mobilização em grandes atos continuou


uma constante, obrigando os ativismos a repensarem suas táticas de ação. Somente nos
protestos contra o impeachment da presidenta Dilma, eles voltariam a ter maiores propor-
ções, nada, entretanto, comparado aos momentos de mobilização em 2013.

Segunda Ocupação da Câmara Municipal


A Segunda Ocupação da Câmara ocorreu entre os dias 1 e 11 de setembro de 2015 e foi
promovida pelo Tarifa Zero-BH, a APH-BH e o MPL-BH (esse último, recém surgido
como uma dissidência do Tarifa Zero-BH)47. Os ativismos convocaram a população a
comparecer à plenária da Câmara Municipal de Belo Horizonte pressionando por uma
Audiência Pública sobre o aumento ilegal das passagens de ônibus em agosto de 2015.
O Presidente da Câmara vetou o pedido encaminhado pela Comissão de Direito do
Consumidor, impulsionando a ocupação. Além da aprovação da audiência, outras pautas
da ocupação foram: a realização de um nova auditoria técnica, fiscal e contábil48 acompa-
nhada por uma comissão popular e aberta à consulta pública; o cancelamento do aumen-
to da passagem até o fim dessa nova auditoria; a abertura de uma CPI sobre os aumentos
de passagens; e o requerimento por parte da CMBH de cancelamento da concessão à
empresa de transporte metropolitano cujo funcionário assassinou um jovem na Estação
São Benedito49 (Comissão de Manutenção da Ocupação, 2015, online).

A mesma estratégia da ocupação anterior da Câmara foi adotada com a promoção de


eventos culturais, aulões etc. para atrair visitantes e apoio à ação. A proporção desse
apoio50 e a multiplicidade de atores envolvidos, entretanto, foi menor. Ressalte-se que,
distintamente da experiência anterior, a segunda ocupação da câmara ocorreu durante

47 L.T. 2015[3]
48 As empresas de ônibus se apoiavam para justificar os aumentos em uma auditoria contratada por elas
próprias. O estudo foi realizado pela consultoria Ernst & Young e desde sua publicação foi refutado pelo
Tarifa Zero e órgãos oficiais, como a Defensoria Pública de Minas Gerais.
49 Reginaldo da Silva Rocha, de 22 anos, foi baleado pelo fiscal ao tentar entrar sem pagar em uma das
linhas da empresa (que não deveria estar armado) (R7, 2015, on-line)
50 Me refiro aqui à presença física desses apoiadores. A Ocupação da Câmara em ambiente digital, foi
como vimos (grafo 4), bastante mobilizadora de diversos ativismos.
87 luta espacializada e articulada

o período letivo, refletindo na quantidade de pessoas envolvidas. Contribuiu ainda ao


esvaziamento e predominância de um determinado grupo na ação os questionamen-
tos relativos aos limites dos protestos-festa. Por um lado, a estratégia pode afastar os
ativistas ligados às clássicas manifestações (também desgastadas e incapazes de atingir
suas pautas), que “acreditam nesse modus operandi chato e arcaico de se reivindicar e/ou
manifestar” (Pedro Pedro Pedro, 2015, online). Por outro, embora a festa tenha uma ca-
pacidade de atração maior, aqueles que nela se dispõem a engajar-se não necessariamente
se incorporam à luta. Por vezes, diante de tentativas de unificação entre protesto e festa,
essa última se sobressaia. Como observa André Veloso: “Havia potencial político nesse tipo
de encontro [da festa]; era aparentemente inegável. Mas, havendo, como este poderia ser desen-
volvido para conquistar mudanças políticas concretas?” (Veloso, 2105, p.240) .
O fetiche com a festa é um perigo assim como o com os protestos de rua. Com efeito, pa-
rece uma constante entre os ativismos que as estratégias de luta tornem-se um fim em si
mesmas e não métodos para alcançar as pautas. Um pouco dessa tendência evidencia-se
no chamado à despedida da Câmara Ocupada em que o grupo afirma que seu tom fes-
tivo é entendido “[...] como um ato político em si contra aqueles que julgam que não há espaço
para alegria e confraternização em uma luta política” (APH-BH, 2015, online).

Uma nova tática incorporada à segunda ocupação foi a pressão direta por uma posição
dos vereadores em relação à aprovação da audiência pública, unida ao chamado pela
pressão digital. Ao mesmo tempo em que tiveram seus emails e facebooks bombardeados
por mensagens de apoiadores externos à ocupação, os ocupantes foram pessoalmente
cobrá-los por uma posição (Tarifa Zero-BH, 2015, online). Se a presença física na ocu-
pação teve menor alcance que na experiência anterior, o mesmo não se pode dizer em
relação ao envolvimento digital com a ação, o que é possível perceber no grafo 4. O papel
da internet na mobilização e resistência da ação foi tão central que a Câmara Municipal
interditou o acesso à rede wi-fi - pública - na tentativa de fragilização da ação.

Em 9 de setembro o presidente da Câmara, Wellington Magalhães, entra com um man-


dato de reintegração de posse cujos argumentos foram considerados pelos ocupantes
como uma “condenação moralista da realização de atividades culturais e festivas” (APH-BH,
2015, online). Nesse ínterim é decidido em assembleia pela desocupação da Câmara com
um último ato denominado Festa de Despedida da Câmara Ocupada.

Mesmo sem conquistadas as pautas em questão, o grupo considerou bem sucedida a ocu-
pação pois expôs à sociedade a falta de compromisso dos vereadores com a coletividade
na tomada de decisões. Tal exposição seria o real motivo para a desocupação da Câmara
(APH-BH, 2015, online).
luta espacializada e articulada 88

Ocupa Direcional
O ato denominado “Nem despejo, nem desmate”51 foi organizado em conjunto entre a
Rede Verde - formada por ativismos urbanos com pautas ambientais - e a rede #Resis-
teIzidora - mobilizados pela permanência das Ocupações Rosa Leão, Vitória e Esperan-
ça - conseguindo atrair ainda o apoio de outros grupos de Belo Horizonte.

A Construtora Direcional, alvo da ação, constitui-se como um inimigo comum a ambos


os grupos por sua responsabilidade nos empreendimentos que ameaçam o despejo das
famílias de Izidora e a área verde da Mata do Planalto.

Há aí uma tentativa de unificação de pautas historicamente contrárias, a moradia e a


preservação ambiental, incompatibilidade que nasce do imaginário de que ocupações
informais, pela falta de recolhimento de esgoto, destinação de lixo etc., são as maiores
responsáveis pela degradação ambiental em meio urbano.

A tentativa de unificação das lutas apoia-se na percepção de que o modelo formal de


produção das cidades capitalistas é pernicioso tanto em aspectos sociais, pois cria guetos,
segrega e expulsa a população mais pobre; quanto ambientais, pois impermeabiliza o
solo, canaliza e modifica os cursos d’água, desmata grandes áreas etc.

Embora tenha gerado poucos desdobramentos, é essencial o fortalecimento da articula-


ção entre essas pautas, pois aponta para a possibilidade de outras relações entre o espaço
urbano e a natureza, abandonando o pressuposto de antítese entre eles. A associação
entre lutas que se construíram durante tanto tempo em contraposição é ainda incipiente.
Por vezes, vemos ainda a utilização dos discursos ambientais para culpabilizar ocupações
informais, como também, por outro lado, vemos a incorporação utilitária do discurso
ambiental por parte dos movimentos de moradia. É comum nas ocupações, por exemplo,
que as áreas de conservação resistam somente enquanto necessárias para embasar sua
luta.

Frente Ampla Contra o PL 2946/2015


No dia 8 de outubro de 2015, é publicado no Diário do Legislativo o recebimento do
Projeto de Lei 2946/2015 a ser votado em regime de urgência52. De autoria do governa-
dor Fernando Pimentel, seu pretexto era agilizar e modernizar os procedimentos relati-
vos aos licenciamentos ambientais. Uma frente de resistência conjunta ao PL mobilizou
ativismos de todo o estado de Minas Gerais, entidades de classe, sindicatos, grupos de
pesquisa e extensão de distintas universidades, associações de bairro e ONGs, totalizan-
do 119 entidades (Frente Ampla contra o PL 2946/15, 2015, online)

Dentre os ativismos urbanos de Belo Horizonte, envolveram-se sobretudo aqueles liga-


dos a pautas ambientais (ver grafo 5). O que é também observado nos grafos relativos às
51 L.T. 2015 [1]
52 L.T. 2015[4]
89 luta espacializada e articulada

redes estabelecidas no facebook durante os meses de outubro e novembro (grafos 8 e 9).

O PL representava um retrocesso em relação aos licenciamentos ambientais, “uma legis-


lação ‘econômica’ que intensificará o processo de colapso ambiental e crise hídrica de boa parte
dos municípios mineiros” (Frente Ampla Contra o PL 2946/15, 2015b, online). A despeito
do impacto da nova legislação proposta, o governador entrou com pedido de tramitação
de sua votação em regime de urgência, impedindo, segundo a Frente, uma ampla mobi-
lização para sua discussão.

A submissão dos interesses ambientais aos econômicos é evidente em diversos pontos


do documento apresentado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A delimitação
do prazo máximo de seis meses a um ano para a finalização dos processos de licencia-
mento ambiental sem a previsão do aumento de equipe técnica para sua análise é um
desses exemplos. No caso de extrapolar o prazo estabelecido, sua conclusão ficaria sob
responsabilidade de uma comissão vinculada ao gabinete do Secretário Estadual de Meio
Ambiente, responsável ainda por licenciamentos considerados prioritários pelo Conse-
lho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social – CEDES. Criava-se, assim, um
atalho para projetos considerados de importância pelo governo estadual, particularmente
aqueles de relevância econômica.

De acordo com o Projeto de Lei, o prazo máximo para os trâmites do licenciamento


deveria ser observado também pelos demais órgãos, em qualquer nível federativo, en-
volvidos nos processos de licenciamento ambiental, situação que, em geral, ocorre nos
empreendimentos em terras indígenas, quilombolas ou onde há a remoção da população.
No caso de não se anunciarem dentro do período estabelecido, ficaria considerado seu
consentimento com as conclusões e sugestões dos estudos apresentados ao licenciamen-
to. Esses estudos, entretanto, são produzidos pelos próprios empreendedores como exi-
gência à entrada do processo.

A aprovação do documento apresentado refletiria ainda na perda de autonomia do CO-


PAM - Conselho de Políticas Ambientais - em relação ao executivo, reduzindo-se, assim,
as possibilidades de influência da sociedade civil na gestão ambiental em nível estadual.

No dia 27 de outubro53 integrantes da Frente comparecem em peso à audiência da As-


sembleia Estadual colocando-se contra a tramitação do PL em regime de urgência. En-
tretanto, ele é colocado em pauta para votação no dia seguinte, sendo aprovado seu pare-
cer de legalidade e constitucionalidade e negadas emendas apresentadas (Frente Ampla
Contra o PL 2946/15, 2015c, online).

Mesmo que a maioria das pessoas em uma consulta virtual54 promovida pela própria

53 Ver 2015[4]
54 Em pesquisa de opinião no site da Assembleia Estadual de Minas Gerais, 376 votaram contra a
aprovação do Projeto de Lei de um total de 390. (disponível em: http://www.almg.gov.br/atividade_par-
luta espacializada e articulada 90

Assembleia tenham se declarado contra o PL 2946/2015, ele é aprovado no dia 25 de


novembro, com 57 votos favoráveis dos 66 deputados presentes, dando origem à Lei nº
21.972/2016 (Frente Ampla Contra o PL 2946/2015, 2015d, online).

Crise Política
No dia 13 de março de 201655 iniciou-se mais uma vez uma onda de protestos pró im-
peachment em diversas cidades do Brasil. A crise política que se desenhava, rapidamente
virou uma preocupação para grande parte dos ativismos urbanos de Belo Horizonte. Foi
a primeira vez durante o período de análise das ações digitais desta pesquisa que um
mesmo tema foi capaz de uma mobilização tão intensa. Era consenso entre todos esses
grupos a inconstitucionalidade do pedido de impeachment e ainda a crítica à seletivida-
de de um processo altamente midiatizado que, a despeito de denuncias a políticos de
diferentes partidos, funcionários, lobistas e empresários, culpabilizava somente aqueles
ligados ao governo.

A resistência, no entanto, ocorreu de maneira fragmentada, ainda que a mídia e a direita


insistissem na existência de uma unificação da esquerda: para eles eram todos “petralhas”.
De um lado os ativismos tradicionais traziam uma abordagem pró-governo, sintetizada
pela seguinte postagem na fanpage da Pastoral Metropolitana dos Sem Casa:

Após reunião de Diretoria da nossa Entidade e quanto Direção decidi-


mos que é de extrema importância para os movimentos sociais todo apoio
ao Governo Dilma Rousseff e ao ex presidente Lula. (G.O., 2016,online)

De outro, ativismos que, apesar de inúmeras críticas ao governo Dilma, viam em seu
impedimento, uma prerrogativa para a emergência de autoritarismos e retrocessos so-
ciais. Unificados na Frente Povo Sem Medo (Brigadas Populares, MLB, CPT, MTST,
Intersindical - Central da Classe Trabalhadora -, Coletivo Roza Zumbi, Dandara, UJR e
as ocupações urbanas Maria Guerreira, Maria Vitória, Guarani Kaiowá, Izidora, Eliana
Silva, Camilo Torres, Paulo Freire e Tina Martins), o grupo promoveu e promove ainda
inúmeros atos.

Outros indivíduos ainda, predominantemente do campo libertário, se negavam a defen-


der um governo que em 2013 e 2014 investiu com tamanha violência em nome da Copa
do Mundo Fifa de Futebol e das Olimpíadas, megaeventos que deixaram um rastro de
remoções e de inúmeras outras violações aos direitos humanos. O principal fator que
irá diferenciá-los dos demais é sua total descrença no sistema político representativo e,
portanto, contra qualquer político profissional. Por outro lado eles viam, junto à crise
política o avanço de um conservadorismo com contornos fascistas, sendo urgente uma

lamentar/tramitacao_projetos/interna.html?a=2015&n=2946&t=PL&aba=js_tabVisao acesso em 5 de
agosto de 2016.
55 L.T. 2016[1]
91 luta espacializada e articulada

resistência contra esse processo. Estes uniram-se por uma luta antifascista cujo ato, que
também ocorreu em outras partes do país, ocorreu no dia 30 de abril de 2016 e teve como
pautas Fora Samarco, Mídia Livre e Auditoria da Dívida Pública.

Embora fosse bastante comum o discurso contra a polarização entre esquerda e direita
(“petralhas” x “coxinhas”)56, houve polarização também dentro da esquerda. Essa fragmen-
tação é evidenciada pela análise de interações dos ativismos com os chamados publicados
no facebook para participação nos atos (ver grafo 6).

Algumas tentativas de unificação dos atos foram empreendidas, especialmente no início


do processo. Entretanto, nesses momentos, novas formas de protesto menos hierarqui-
zadas, capazes de absorver alguma multiplicidade de discursos entram em choque com a
antiga forma de protesto. Era comum que os grupos pró-governo tentassem tomar a si o
protagonismo da ação, pela reprodução das formas tradicionais de manifestação, os carros
de som que monopolizam as vozes múltiplas que tomaram as ruas, a direção da mani-
festação etc. Essa estratégia de homogenização pode ter contribuído ao afastamento de
outros grupos, pois davam uma leitura única às manifestações anti-impeachment de defesa
de uma bandeira - a do governo e do Partido dos Trabalhadores - com a qual nem todos
os que saíam às ruas se identificavam.

Configurava-se na maior questão para a grande maioria dos novos ativismos urbanos,
como apoiar quem há pouco os reprimia57? Como se unir ao responsável por “graves
ataques ao meio ambiente, aos povos e comunidades tradicionais, às populações de periferia, à
juventude, sobretudo, negra, aos movimentos sociais, feministas e LGBTTs, à saúde das cidades
e das pessoas, e por aí vai.» (Cidade que Queremos, 2016b, online)

Apesar das mobilizações contra sua legalidade, o processo de impeachment é instaurado


após sua aprovação no Congresso e no Senado58. Mesmo em regime interino, o novo go-
verno começa a instaurar seu programa em que diversos retrocessos na saúde, educação,
direitos do trabalhador e de minorias, cultura, programas sociais etc. já são vislumbrados.
Nesse contexto, ao mesmo tempo em que uma resistência desgastada e desesperançada se
desenrola, os ativismos parecem recolhidos em sua reestruturação, repensando sua atuação
e seus próximos passos. De certa maneira perplexos diante das possibilidades de perdas
que muitos pensavam ser impossíveis: recordados de que tudo pode sempre retroceder.

56 A polarização é criticada em diversos momentos pelos ativismos: “Outro dia sonhei que as manifes-
tações eram de novo multicoloridas, superando o ódio e o fla-flu ideológico, e reivindicando o protagonis-
mo da sociedade nesse momento tão crucial.” (Cidade que Queremos, 2016) disponível em: https://www.
facebook.com/cidadequequeremosbh/posts/1036948673017447, acesso em 31/03/2016); “Que PO-
LARIZAÇÃO é esta na sociedade brasileira? Que interesses estão em jogo?”(Brigadas Populares, 2016,
disponível em: https://www.facebook.com/brigadas.populares/videos/926459864117976/)
57 No caso das ocupações, por exemplo, ao contrário das expectativas, a chegada do Partido dos Tra-
balhadores ao poder estadual, piorou sua situação, com ações policiais muito mais violentas.
58 L.T. 2016 [3]
grafo 3 | #resisteizidora 93 luta espacializada e articulada
elaboração própria com
dados de bizzotto (2015)
grafo 4| Extrato de setembro
de 2015: a segunda ocupação da
câmara municipal
elaboração própria a partir de
dados extraídos do facebook

grafo 5| extrato de outubro


de 2015: pl2946
elaboração própria a partir
de dados extraídos do
facebook
grafo 6 | crise política
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
97 luta espacializada e articulada

A análise das publicações e compartilhamentos de conteúdo entre as fanpages dos ativis-


mos urbanos reforçam muitas das tendências já apresentadas.

Das informações recolhidas durante a investigação, entre 01 setembro de 2015 e 3 de


junho de 2016, emergiram os temas capazes de articular os ativismos durante essa tem-
poralidade e sua periodicidade. Foram coletados 1357 posts publicados ou comparti-
lhados pelos ativismos urbanos. Esses foram sistematizados por data, grupos que com
ele interagiram – publicando ou compartilhando – e os temas abordados. Com essa
informação foram gerados os grafos seguintes que representam as articulações estabe-
lecidas no facebook durante os dez meses de recolhimento de dados. O mesmo padrão
de cores anterior foi adotado na categorização dos tipos dos atores, com o acréscimo do
rosa escuro para os círculos relativos aos temas e do lilás para pessoas que tiveram suas
postagens compartilhadas pelos ativismos. Seus nomes foram substituídos por iniciais,
mantendo somente o de figuras publicamente conhecidas. É importante ressaltar que
além das pessoas cujos posts foram compartilhados, milhares de outras interagiram com
as publicações coletadas. Não interessa a esta pesquisa, entretanto, interações individuais,
mas sim a atuação no ambiente digital desses atores coletivos que configuram os ativis-
mos. Somente em uma pesquisas cujo o objetivo é entender o amplo impacto no espaço
digital de determinado assunto é necessária uma coleta de dados que abarque todos os
agentes que interagiram com determinada postagem, inclusive os atores individuais59.

Em setembro (ver grafo 7) o principal assunto de mobilização entre as ativismos na rede


foi a Segunda Ocupação da Câmara Municipal60, momento abordado na sessão anterior.
Promovida por ativismos ligados à questão do transporte, sua pauta principal era a reali-
zação de uma Audiência Pública para discutir os aumentos ilegais da tarifa do ônibus em
setembro de 2015, tema que também aparece em destaque.

Por outro lado, assuntos de menos expressividade ficaram contidos a grupos de mesma
temática, como é possível observar as ocupações urbanas à esquerda, mobilizadas em
torno de temáticas como os despejos das ocupações urbanas Canaã (em Contagem) e
Macuco, Recanto Verde e Limoeiro (em Timóteo). No caso das ocupações urbanas em
Timóteo, o despejo foi suspenso após um ato com a presença de moradores de 11 ocu-
pações de Belo Horizonte.

Os grupos ambientalistas configuram outro núcleo à direita cujo principal tema de dis-
cussão é a reunião do COMAM (Conselho Municipal de Meio Ambiente) em que havia
a possibilidade de aprovação do licenciamento para o empreendimento da Construtora
Direcional na Mata do Planalto.

59 O Labic, Laboratório de Imagem e Cibercultura da UFES, tem diversas investigações nessa linha,
disponíveis em: <http://www.labic.net/cartografia/>
60 L.T. 2015 [3]
luta espacializada e articulada 98

No dia 5 de novembro de 2015 ocorreu o rompimento da Barragem de Bento Rodri-


gues61, o maior desastre ambiental no Brasil. A ruptura da barragem resultou na destrui-
ção de um distrito inteiro e partes de dois outros, deixando mais de trezentas famílias
desabrigadas, dezoito falecidos e um desaparecido. Houve ainda inúmeros impactos nas
cidades ao longo do rio, como a interrupção do abastecimento de água. A comoção em
torno do desastre explicita-se nas atividades das fanpages (ver grafo 9), no entanto, os ati-
vismos urbanos promoveram ou se engajaram em poucas ações offline62. Isso demonstra
que, embora muitas vezes, os assuntos trazidos no ambiente digital reflitam ações em
curso fora dele - diretas ou institucionais -, essa não é uma regra. Esse engajamento não
necessariamente irá refletir em ações para além desse meio.

Esse grafo revela ainda a falta de relação entre os ativismos tradicionais e os novos. No
grupo isolado à esquerda estão os ativismos tradicionais de moradia, fundados entre o
final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Essa desconexão, evidenciada também em
outros momentos e nas entrevistas, delimita o cenário em que, de um lado estão os ati-
vismos tradicionais com uma ação enraizada nos canais institucionalizados e, em sua
maioria, contrários às ações diretas - são radicalmente contra as ocupações de terrenos
vazios, por exemplo - e de outro, os novos ativismos que normalmente consideram os
primeiros como parte do status quo.

Em dezembro, outra ameaça à Mata do Planalto estimula a mobilização dos grupos, com
a iminência de autorização do licenciamento para construção na área. Mais uma vez, os
grupos que majoritariamente se mobilizaram foram aqueles de agenda ambientalista (ver
grafo 10).

O aumento das tarifas torna-se, mais uma vez, um assunto mobilizador em janeiro de
2016 (ver grafo 11). Foram três atos63 consecutivos contra o aumento (as chamadas para
os atos foram feitas pelo MPL-BH) e em paralelo dois processos judiciais foram movi-
dos alegando irregularidades no aumento64: um pela Defensoria Pública, acionada pelo
Tarifa-Zero, e o outro pelo Ministério Público de Minas Gerais. Mesmo com as movi-
mentações o aumento foi mantido.

É ainda notável nesse grafo que Bento Rodrigues praticamente desaparece entre os as-
suntos compartilhados, evidenciando a brevidade das mobilizações que se estabelecem
nesse meio.

Em fevereiro, o carnaval de rua é um tema central, principalmente porque nos últimos


anos ele tornou-se para muitos ativistas em Belo Horizonte, uma forma de resistência: a
61 L.T. 2015 [4]
62 Algumas ações, no entanto, foram promovidas pelos ativismos, como o recolhimento de água mineral
para comunidades rurais e indígenas de Governador Valadares no Espaço Comum Luiz Estrela. Dis-
ponível em: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/agua-para-beber-governador-valadares
63 L.T. 2015-2016
w
99 luta espacializada e articulada

retomada, mesmo que apenas temporária, do espaço público. Dessa forma, vários ativis-
mos possuem blocos de rua ou realizam ações durante a festa, como a Busona e o Bloco
Pula Catraca do Tarifa Zero, o Bloco Comum do Espaço Comum Luiz Estrela, o Bloco
do Parque Jardim América, entre outros. No entanto, a estratégia dos protestos-festa é
restrita aos novos ativismos, no grafo 12, os únicos articulados com o tema.

É ainda importante em fevereiro a emergência da agenda feminista entre os ativismos


urbanos, pauta que se torna constante desse momento em diante. A emergência da dis-
cussão de gênero nos diferentes grupos reflete na criação de frentes feministas que bus-
cam discutir a questão da mulher tanto em relação às pautas de seus ativismos, quanto
em relação à reprodução de relações de dominação de gênero entre os ativistas. É uma
discussão sistemática, embora se fortaleça em momentos críticos, como, por exemplo, na
ocasião das propostas contrárias aos direitos da mulher65 por Eduardo Cunha na Câ-
mara, ou no caso do estupro coletivo à jovem de 16 anos66 (os momentos aparecem nos
grafos de novembro e maio). Não é possível afirmar que há uma articulação entre esses
grupos que paralelamente atuam em seus grupos, nem que exista uma unidade de pen-
samento entre essas ativistas (é provável, inclusive que existam uma série de conflitos).
Entretanto, a repercussão que a Ocupação Tina Martins teve entre os demais ativismos
urbanos, parece evidenciar a força da identidade de gênero entre as ativistas.

Em 13 de março de 2013 ocorreu o primeiro dos protestos contra o governo de Dilma


Rousseff, que iriam desencadear o processo que levou à sua suspensão, deixando-a à beira
de seu impedimento. Este assunto tornou-se um tema generalizado entre os grupos (ver
grafo 13), a resistência, no entanto, ocorreu de maneira fragmentada, como vimos na
sessão anterior.

O processo de impeachment e os protestos que se mobilizaram contra ele continuaram


como temas centrais entre os grupos durante abril (ver grafo 14). O perigo de despejo da
Ocupação Tina Martins foi também um desses temas. Seu grande eco sugere o fortaleci-
mento da pauta feminista entre os ativismos urbanos. De forma surpreendente o despejo
foi suspenso instaurando-se uma mesa de negociação com o Governo do Estado. Um
imóvel foi cedido ao grupo, ainda incluído na Rede de Enfrentamento a Violência Con-
tra a Mulher. Seu atual desafio é sua resistência de forma autônoma do Estado, financeira
sobretudo, mas com ele em colaboração.

65 O PL 5069/13 era o principal alvo de críticas. Ele foi aprovado pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, modificando a Lei de Atendimento às Vítimas
de Violência Sexual (Lei 12.845/13). Passa a ser considerado crime contra a liberdade sexual somente os
que resultem em danos físicos e psicológicos, provados pelo exame. Além disso, desobriga profissionais
de saúde ou instituições, a aconselharem, receitarem ou administrarem procedimento ou medicamento
que considerem abortivo em caso de estupro.
66 A adolescente foi estuprada por 33 homens, que postaram as imagens na internet. A Polícia Civil
indiciou sete pessoas pelo crime.
luta espacializada e articulada 100

Foram temas expressivos ainda a mobilização contra o Projeto de Lei estadual 2946/2015
que facilitou o licenciamentos ambientais em nível estadual (grafos 8 e 9), o assassinato de
Kadu, um dos apoiadores das ocupações da Izidora (grafo 9) e a violência policial contra
o Bloco da Bicicletinha durante o carnaval de 2016 (grafo 12). Somados aos anteriores,
revela-se o caráter majoritário de articulações para resistência a processos destituintes.
Por outro lado, algumas articulações “construtivas” podem ser percebidas durante esse
período como as mobilizações em função do Carnaval de Rua (grafo 12) e da Ocupação
Tina Martins (grafo 14), além de pautas feministas e contra o racismo (essa segunda
pouco expressiva).
grafo 7 | setembro 2015
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
grafo 8 | outubro 2015
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
grafo 9| novembro 2015
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
grafo 10|dezembro 2015
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
grafo 11| janeiro 2016
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
grafo 12|janeiro 2016
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
grafo 13| março 2016
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
grafo 14|abril 2016
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
grafo 15| maio 2016
elaboração própria a
partir de dados extraídos do
facebook
FINAIS
CONSIDERAÇÕES

Protesto de 20 de maio de 2016 | Foto Maxwell Vilela


considerações finais 112

Os ativismos urbanos que configuram o atual cenário de Belo Horizonte agregam uma
infinidade de atores, horizontes de transformação (e com diferentes graus de radicalida-
de), pautas, táticas e de relações com o Estado e sua instâncias participativas (da total ne-
gação às recentes tentativas de apropriação do poder político) e com a iniciativa privada.
É comum a eles, entretanto, a ênfase dada ao espaço como objeto e ferramenta de luta,
aos canais digitais que emergem como dimensão de disputa e suporte à produção de dis-
curso, à informação e à mobilização e às articulações capazes de dar mais expressividade
aos grupos nos momentos de disputa pela produção do espaço urbano.

É evidente a assimetria de poderes nessa disputa, sobretudo ao considerarmos que os


ativismos encontram-se frequentemente em oposição aos demais atores. Os momentos
de mobilização são capazes de torná-los atores mais expressivos e, portanto, com maior
poder político. Entretanto são articulações pontuais e que emergem como resistência a
processos destituintes que ameaçam os grupos ou suas pautas. Ainda que não sejam con-
tinuas, ganhos são vislumbrados dessas articulações, pois, como vimos, num contexto de
disputa, seu caráter performático, portanto, a ilusão de sua existência, é mais importante
do que a existência de fato de articulações cotidianas. São ganhos significativos como a
resistência de 9 mil famílias nas 16 ocupações urbanas de Belo Horizonte, apesar das
múltiplas tentativas de despejo; a sobrevivência, pelo menos até o momento, de duas
áreas de importância ambiental ameaçadas pela construção de empreendimentos imobi-
liários - a Mata do Planalto e o Parque Jardim América -; o retorno da gestão do antigo
Mercado de Santa Tereza à prefeitura e a promessa de sua gestão compartilhada entre
poder público e grupos locais.

Porém, como resistências a processos do Estado e da iniciativa privada, esses ganhos


seriam, em realidade, “não perdas” e, portanto, pouco capazes de transformações estrutu-
rais. É o que podemos observar na fala de um do ativistas:

a gente fica refém do conflito! E ficando refém do conflito, a dimensão


constituída de outros modos de vida e outras práticas [..] ficam em se-
gundo plano. [..] Superou o conflito e aí agora tem que construir para
além do conflito. Como mobilizar, como garantir a presença de pessoas?
É sempre uma dificuldade, o conflito é um ótimo dispositivo de mobili-
zação. ( J.M. 2015)

Por outro lado, desses processos de resistência podem surgir construções, capazes de am-
pliar o horizonte de luta e também dos ativistas. O caráter didático da luta foi relatado
inúmeras vezes pelos entrevistados, cuja tomada de consciência em relação aos impactos
de suas ações e das forças e interesses em disputa pelo espaço urbano e por sua produção
alimentam a construção de uma formação política.
113 considerações finais

É o caso do Pomar do Cafezal1, que nasce como uma resistência à tentativa de despejo da
área pela PBH sob a alegação de risco geológico, mas consegue ampliar sua luta. Sua es-
tratégia baseia-se na recuperação ambiental da área com árvores frutíferas, como sugere
seu nome. Da resistência ao despejo, sua atuação passa ao questionamento da dominação
do rural e do meio ambiente pelo urbano.

Configura-se também como um movimento de resistência a remoções o Grupo História


em Construção. Ele surge durante as obras do Programa Vila Vila na Vila das Antenas
como contraponto ao processo e suas violações. Após o fim da intervenção que resultou
em inúmeras remoções, o grupo segue atuando sendo uma de suas ações uma oficina
comunitária, discutindo a gestão coletiva de recursos e objetos de trabalho, com base no
compartilhamento.
Observa-se ainda esse padrão no Movimento Fica Fícus2. Em seu início o grupo lutava
contra a supressão dos Fícus na Avenida Bernardo Monteiro, mas, ao perceber que era
generalizado o descaso do poder público municipal em relação ao manejo das árvores e
áreas verdes, expandiu sua discussão para toda a cidade.

As ações contribuem, então, na transformação de mentalidade ainda que somente de seus


próprios ativistas, mas que em alguns casos conseguem expandir-se para outros grupos:

Acho que o grande ganho desses movimentos é mexer nesse imaginário,


mudar um pouco a forma das pessoas pensarem. Porque as coisas aconte-
cem porque as pessoas também pensam dessa forma. A gente tem ali um
grupinho de pessoas que pensa diferente [...] mas pras pessoas comuns
elas não se interessam muito por isso! isso é o senso comum. Esses mo-
vimentos às vezes alcançam pessoas que nem estavam pensando naquilo.
(L.B., 2016)

Para Castells (2004) a transformação da mentalidade é a base para qualquer mudança


duradoura. E pequenas mudanças de mentalidade são vislumbradas aqui e ali, ainda
que em uma minoria. Nas ocupações, por exemplo, percebe-se uma sutil mudança de
pensamento em relação à propriedade privada. Dentre seus apoiadores, a submissão da
propriedade privada aos aspectos sociais e ambientais sempre foi um consenso. Por outro
lado, entre os moradores, sobretudo das áreas de formação espontânea, era comum perce-
ber o foco de sua justificativa de ação na falta de acesso formal a moradia. Hoje, embora
persista o discurso da necessidade, há também o reconhecimento da legitimidade em dar
uso a terras que não cumpriam com sua função social. Um início, portanto, do questio-
namento ao caráter absoluto da propriedade privada.

Por outro lado, quão pequeno é o impacto dessa mudança de mentalidade revela-se no
1 L.T. 2012-2013
2 L.T. 2012-2013
considerações finais 114

maior desejo dos moradores das ocupações urbanas, que lutam pelo reconhecimento de
sua propriedade privada (bem murada e bem delimitada). Como recordado por um dos
militantes das Brigadas Populares:

A gente vê que a avalanche dos valores capitalistas, que já nascem


com eles, é muito mais forte. Os processos de subjetivação capi-
talistas são muito mais fortes do que outros processos, processos
de subjetivação insurgentes, contra-hegemônicos, ou o que seja.
( J.M., 2015).

Ecoar para fora do círculo ativista é ainda mais difícil e acontecimentos recentes como
os retrocessos relativos aos direitos da mulher e à democracia (com um processo ilegal
de impeachment em curso) e o uso de violência policial contra manifestações durante a
Copa de 2014 e as Olimpíadas, ao que parece, com o apoio de grande parte da sociedade,
escancaram quão poucos são os ativistas. Dos 99%3 anunciados pelo famoso slogan do
movimento Occupy Wall Street, poucos desses parecem dispostos a pensar outros horizon-
tes possíveis ou se identificarem contra a realidade existente.

Com um campo de influência tão restrito, como podem, então, os ativismos urbanos se
contraporem ao modelo dominante de produção das cidades?

Os pequenos ganhos constituintes que somam-se àqueles de resistência como um abri-


go autogestionado por mulheres para mulheres em situação de risco, espaços públicos
tomados por atividades culturais, um centro cultural em um prédio abandonado, a to-
mada, ainda que temporária, da cidade pela festa, todas construções que apontam para
outra cidade em superação àquelas dominante e essencialmente capitalista, mas ainda,
machista, racista, homofóbica. Evidentemente inúmeras contradições perpassam esses
grupos, como a reprodução de hierarquias e concentração de poder em determinados
atores, relações de dominação de gênero, de raça ou de classe (e, em geral, inconscientes,
o que talvez seja mais perverso) e a falta de fôlego e recursos para manter uma atuação
sistemática. Entretanto, eles funcionam como protótipos de outros horizontes possíveis.
Alguns mais radicais que outros, mas todos fagulhas de esperança, ainda mais necessárias
nesses tempos sombrios que nos esperam.

3 No site do movimento – occupywallst.org – lê-se: “nós somos os 99% que não vão mais tolerar a
ganância e a corrupção de 1%”.
115

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apêndice

Linha do tempo
dos ativismos urbanos
de Belo Horizonte

1894 - 2016

Lais grossi
1894 - 1956
1959 - 1961
1962 - 1963
1964 - 1971
1974 - 1982
1983 - 1988
1989 - 1992
1993 - 1998
1999 - 2002
2003 - 2007
2008 - 2009
2010 (1)
2013 (3)
2010 (2)
2013 (4)
2011
SUMÁRIO

2013 (5)
2012
2013 (6)
2012 - 2013
2013 - 2014
2013 (1)
2014 (1)
2013 (2)
2014 (2)
2014 (3)
2014 (4)
2015 (1)
2015 (2)
2015 (3)
2015 (4)
2015 - 2016
2016 (1)
2016 (2)
2016 (3)
2016 (4)
REFERÊNCIAS
anos referência bibliográfica título
& fonte das imagens Breve descrição da temática abordada na página.
1 vá para o final
Menção e brev
veja como
e descrição
de acontecim
en
relacionado ao to
s ativismos.
se orientar
pela linha
do tempo
sentido da leitura
acompanhe a linha
tracejada

ATIVISMO URBANO
Descrição do
ativismo urbano.

sentido da leitura
acompanhe a linha
tracejada

sentido da leitura
acompanhe a linha
tracejada

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na linha do tempo
1894 - 1956 o
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de Minas Gerais.

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Del rizont ção popula as operárias cupadas por ass

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O
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Legisl 1934
Coletiva da Vila Sã
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Lim rão de
Fim do Est o Estado 4 de novembro - 35 ativas. 8

enfrentar seu pr oc ess


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despejo,
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democráti to,
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Decreto Municipal
nº 54 passa a regular a
sendo a primeira ex feit ro dir ei to e o ão d
Instituiç ipal abertura de logradouros e

6
em Be lo Ho riz on te. Em de o eleit n a n do a
formato impulsio Munic

193
B o novos loteamentos,
comício realizad o na fu nd ação Ho e
rizo lo d e in ú m eras Câmara orizonte.
da associa çã o, div ers os po
de moradores de
líticos nte
.
criação
d e
associações elas. Tais
b a irro, 1937 de B e lo H
leitos
submetendo-os à autorização
Foram e ores. prévia da administração
participaram, além vilas e fav letivos 11
oito ver
ead municipal.
a Un ião Progressista ição
Com a Constitu do o
outras vilas co mo atores co 10 9
favela que surgiu -se na ra
de 1937 é instau chada a
da Vila Concórdia, centravam mas
oc up aç ões na região do p le
ro b N ov o. É fe
do despejo das solução de elecendo Estado
ca. A busca de apoio M un ic ipal de
Barro Preto/ Barro locais, es ta b C âm ar a
políticas, religiosas ientelistas Belo Horizonte
.
de personalid ad
e de outras vilas pe
es
la associação foi um
a re la çõ
com o Pod
es cl
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. 19
inovação na lut a fav ela da . 14 12 54
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19 4 É criado o Sind
das Empresas
de
20 ura
A prefeit rreno
te
Transporte de compra o rmitei-
Belo Vil a M a
Passageiros de da
Vicente,
17 1953 Horiz on te (S ET RANSP)
São
195 ros/São
oa
garantind cia das
despejo da
15
eiro
s
ia -
18 Dep criad
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5 perma n ê n
no local.
1950
o ve famílias
Lu ta co n tr a ic en te . Gre assag Pompé a b
Com itação ento
eiros/São V cia para -a de p airro egam rte e ê-lo.
Vila Marmit tornou-se uma referên , outros torna con issão e Bai unic
M
a
A resistênci quentes. Evidentemen nte já
te v elada a. Nesse b
do ários n ranspo s de fa m dia
z 19e cen r i
se ulaçã
o f a
políti
c u t i u da tra e D ro Po pal d
d
as luta s su b Belo H o ri zo
a pop a a classe ssam a s e
e s
u izar o a
em apen a s
ida Um va pr va de esfave pular e
e despejo em etanto o t o d t i l d m ma a de s iorida mand lamen s (DB
e
processos d tado resistência, entr m e n p a
16 O cresci nteresse ndidato s Unidad e a
r s p a e s d u edem rou repri
u
m en fr en ar m iteiros/ i a d
p
im reve d ente t e r u a d e a
às r ela o. O DP) e a
s r t
havia da Vila M d e o s c e d a d e s urb iais s aç
ci a o ca so
que diferen a instituição de um su s do
jeito o s
grup xto, diver s grupos m difusão nte. Em A g i fortema. dep anizaç para a ões er epres cionad BP
e i
São V ic en te é
r os m o ra d o re conte imar dess (UDCs) e a São Vice -se e fo políc apr artam ão de cons a o for entaçõ as às
le ti v o p ar a representa ra a mudar sua a p ro x e t i v a Vil
Col xitosa da o, estabel líticos e
ecem pela Bra esenta ento f vilas trução necim es col favela
co u
rça a prefeit antes f e s
De iência e
a
ant po
e
com ndão, do pe oi resu m reg de ce ento d etivas s
lugar. Isso fo s moradores de favela, ntret re os .
m o r
expe s casos, e listas ent Era algu polític lo vere ltado ime d ntros s e
relação co te. o a pop mant mas A o que ador de um e mut ociais
ividualmen muit es patern
tratados ind õ div ular", ido pe ssocia possu Leopo proje irão. O e
relaç ociações.
as as
s sob ersos o que la "tax ções d ía est ldo G to de
retu seto ger a de e D reita arcia lei
do r o e s
o imes da s u resi habita fesa C relaç
obi ocie stênc ção oleti ões
liár d va.
io. ade, ia de
1959 - 1961 e no
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ici o g as é to
1 un e d tre (at uan do
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un p o p em s n re a s el na a tra ov
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ve da ent a o vela rmo al p ia n sfav cio am e c on a N os
lad a Fe ão m r fa a tu st e ita v as ia il en 1
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na en os d dera 195 d oç ela l ge de a h o a nve ia d ab dica vil
a v a s iv d i v h n s
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1960 t ê nc a V terr -03 ar-
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Co nific dade Belo ão do
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9 A esfa icip çõe elat ção ros las nto ivi da 3 Pa Resistência ao sis jo Os BR De de
d un cia e r tra ar ve nju s re cia
1959_1960 Re espe lia. da ao nal
let açã tev Ho s T sseata con despejo da Vila
iv o e r r m sso o d nis e B s fa co do nên cortes de á tra os 4 7 d rasí ngo am acio .
êxi a (AU das A um p izont abalh a tã mi s d da de ela a g
luz nas fav ua e
Santa Terezinha B lo nci N E R)
to
da s) q oci el (FT ador
C s s a p e en ad nta a ão av erm elas
ont
ra o
a erte nto s e DN
lut ue açõ im FB es a mi lem ruç os f e p ia c ila de p me da ns (
a p H b t n c ento lta a s É criada a Comiss
ão de Auxílio ao ta stra ge
e e
ati Tais da V clod s de ortan ) -
A ro s is, ão istê a V 5 ar t a m v o da 8
va a i l i r D te p con ica aç Res pejo d ene Dep lização tenção do
Favelado desabriga
do - Confade - E oda
z os
e p men ssoci a Ma am a efesa t
e er n . i d e s
uer a
Fisc r na con primin res,
com a participação
de técnicos e R
or te açõ rm pós v rba las oQ e a membros da FTFB
m co e it o u ve d atua ferias, r irregul mento H. Tal
fav elho ntra s atu eiros fa peri truções basteci c. comissão era respo
nsável pelo
ela rias o d ara . a t
sa
t na
esp m 2 cons ndo o ergia e cadastramento de
necessitados,
pe é o in s vila ejo r t a
co gua e e n pela gestão dos rec
urso
río
do ício s e de á ajuda aos necessitad s para
mi do os e para
lita pressão do DBP
r.

12 11 III Congresso Sindical de


Minas Gerais divulga nota contra aumento
ho - em no preço do transporte público. Nesse contexto
Movim Após inten a Jun e Ord junto surge pela primeira vez uma articulação entre
e
ao mov nto favelado s sas r o d s)
do movimen manifestações erei ento Dop
imento Fev artam ocial ( niciam s líderes sindicais e movimentos estudantis
1961
e une to de favelas to
de base p e tamen
. Isso re elas reformas contra as re
moções é cr Dep tica e S ilitar i re UDC acidad z levan uvas de em torno da questão do transporte. Passeatas
amplia sulta n Conselho E ia í e f a
çã
que pa o da pauta fa
a stadual de do l
Po lícia M b
so e a c a p
rup
o s 10 o - FTF
B H
om ch são organizadas resultando na fiscalização
Planejamen ões s Janeir destruídos c para soluçã
o
agrária
ssa a lu
tar pela velada, to e Habitaç à Po stigaç emia- esses g da re s n h a os. do sistema pela prefeitura, implantação do
e b d
e r Popular (C ão inv FBH. T ação d versão dos c a s e
ça ca m p a
esab r ig a horário noturno, suspensão do aumento e
em terr pela reforma eforma ep
como objeti hap). Tinha e come a dos d verno
enos da u e FT obiliz te sub lítica. verão do problem logo com go o em projetos de lei para sua melhoria.
cidade. rbana favelas com
vo remover
de msequen ial e po li c a e d iá t ã
r a ç
a púb ad concen
dos morado realocação con m soc o à falt dade.
res em e Devid al, promovem cio da Liber riza
conjuntos h
abitacionai ord estadu rente ao Palá xercício auto os.
s. f em e desabrigad
nador
Gover verba para ontada uma
ão de foi m ao
13 liberaç rir o recurso ão de Auxílio sta
g e s p o
Para issão (Comis igado) com elo
com abr ,p
do Des FTFBH
Favela residente da coronel da
ela m pelo p DBP, por um uiteto, um
av o co a do do arq l.
f
de açã tiv l de s diretos Militar e um sistente socia
c ia ma a s
t os rel nta nti o do Polí
eiro e u
en m Te da çã engenh
v im nda G. estu uca se.
14 o fu FM o ed ba
M ro -U nt e e
ap CE ime ção s d
D ov iza nto
m olit ime
p ov 18
m bro - 4 dezembro - ós
17 15 novem l de FTFBH promove protesto que reúne Ap é
c io n a -
sso Na de 2 mil a 3 mil pessoas advindas de o s
br õe lh ja
o -
I Congre Trabalhadores m staç onse lane o
s e mais de 40 favelas e com o apoio de e
Lavrad o re gados de 19 ez e C P çã o
u n iu 1 .600 dele em Belo movimentos estudantis, da Associação das D anif o o de bita p), jetiv
s, re es Donas de Casa, de vereadores e da POLOP
l a s
e Agrícola árias organizaçõ resso foi d
m ia ua H ph o laa b
15 16 od v C o ng (Política Operária). Para Samuel Oiveira (2010) cr tad o e (Ce mo ave
15 setembro - r e tári no te . A o final d o
de terren
os Es ent lar a co as f de nai
s
c
Se gove e r Horiz o n
o cupaçã o nia esse protesto marca a introdução das passeatas no u h d o i o
Moradores da o- d ate v id a a
s Sta . E fi g ê m p in o çã ac
t ubr ça do tivida comb promo os bairro os da Fayal), repertório de ação dos movimentos de favela. Po e t oçã stru abit
Vila Jardim Amaral, O u
ur a n m a ar a aç ã o
a li z a d os entre e rre n Anteriormente, as reivindicações ocorriam em reuniões qu rem on s h
ameaçada de despejo, Seg dual e lano p ropri três lo c ca s (T nhora a la c nto
p e São Lu à Vila Nossa Se que entre comissões de moradores e governos, reclames na
organizam passeata. A esta ncia p : desa ais de gar rig e m
dando o a. Tal ação era u uciano,
m taa pe nju
u s i . imprensa ou cartas aos orgãos e autoridades co
concentração ocorreu na an favela s de mra abr áreas. c id io L o
à s d i o p a a s Apare
direto a
Antôn o maior responsáveis. O trajeto, que seria muitas vezes repetid
Secretaria de Segurança. pré os ess consid e ra d o
pelo movimento passava pela Prefeit ura Munic ipal e
de iment ores d d a cidade.
v
pa ora d latifundiá
rio pelo Palácio da Liberdade, sedes do governo municipal
os m e estadual respectivamente e contava com a presença de
o
diversas mães com seus filhos, dramatizando a situaçã
ecimen to da potenc ialidad e
daquelas famílias. É o reconh
perfor mática da manife stação .
1962 - 1963

23 de novembro -
Secretaria de Segurança
196 10 d
oferece aparato repressivo
para dar início à "Operação-
ro 19
d
62 - l
janei o o Jorna difusão
a
2 28-29 març i a J o
vaz Le ão Gou embro
e se
t vo do
no nça a e
6 favela" cumprindo diversas
É cria raco" par a FTFBH. e o
I Congress 1962 - n e l a i l - d o r a ) , s ordens de despejo. Diversas
B a r õ e s d tant o Trabalha
a
da Pna da agil º 413 art dec
n
da gu vêa vil rte, a
a
favelas em Belo Horizonte
" O
f o rma ma impor r as lutas
ç Favelados dores
arc h a
ze bas i z a r
2 / 6 r eta tra e Se Gol de s fo enç
de i n iu unific
a d
a entrada e BH marca - M a Quin únem e. N as ref 2, para 5 n s
a e rio d uro rea mai pre o o
s corriam risco de remoção.
nal fo . o c o
O jor enta para de favela do
favela na lu s movimentos de un h od s re de a so e la rm m á a á r a te d
r r a m n t o s ta pelas Ref 15 j ontext rotesto socieda s por s para são de as de Co cret o (M nas a se lo, ran gun ro as
fe ovim
e de base, so c p a r o i n tere esap finido
d e d o a p
S ta sã ss em s d . S uat izad o u e
bretudo a ormas no istia- res d gêne
dos m 1 Urbana. Reforma Car os seto os dos as
sse
soc ropria s os Es pres s pa r ex iciai reas 0) q real ante
á r i
v tra p r e ç p e l ial. ção re vela , po pol s á (201 am dur
n i o s e
e . fa ndo ças essa ira for ial
co entíc e bas te for jo d live ejo olic
alim rmas d 3 4 de spe el O desp ça p
2 refo de mu de sen
Sa ões pre 62.
aç m a e 19
co o d
an

8
7
fim de 1962 - movim
oniza mpa
ca nha por uma " ento favela Dezem
11 - 10 FTBH protag xação pass do a
p. 106 eata monst meaça pro bro -
iro os icipal para ta
e
23 janeiro - legislação mun terrenos ociosos, ) cont ro"(O move
r n a
ve re el
É criada a Organização Social dos progressiva de s proprietários empre ra as remoç liveira, 201 r
12 Fe ter Fav más Trabalhadores Favelados, discidência ande
entretanto, gr preendem contra do n endid
a
ões vi
ol
0,
de à o O gov ovo secret s desde a e entas
4 de abril
no
- ã o tes ai T
s n P
va ce o
à FTFBH contrária à aproximação
com os movimentos e partidos de 1963 de te rr a em
campanha ju
nto aos jornai
ar a M un ic
s
ipal, romet
e
á
comp erno estadu rio de segu trada
al rap
n
rança
.
que d i
o feder a l F lo ri ce
In dja a d esquerda e à ampliação das lutas. e à Câm
tentativa. emon a cessar as damente se
O deputad nta à Câmara dos a an Apesar de avessa ao que considerava barrando tal pelos
p
stra co
m
remoç
õ
Paixão a p re se
1963 que Ca
b "agitações ideológicas" as pautas da manif oderes pú o eram tem es, o
s o PL 87/ Com onda anticomunista estaçõ blicos
as gr idas
Deputado lano Nacional de Organização eram, assim como a no Brasil, ganha força a recé es, aç
ia o P e 9 de açã m incorpor ões, como andes
estabelecer onselho Nacional d Federação, contra a exploração criminalização dos o dos a v
a çã o , o C o n a l d e imobiliária nas favelas e pela movim das ao repe imos,
Habit Naci movimentos sociais. rt
e o Fundo entos
favela ório
Habitação , entretanto, o projeto assistência social dos favelados dos.
Habitação do
foi arquiva e por melhorias.

14

5/1963 Julho -
8 julho - n ic ipal nº 110 l, para efeito São realizadas duas edições do Seminário
to M u
Decre Socia
e Interesse enos de Habitação e Reforma Urbana (SHRU)
"Declara d riação, áreas de terr
sa p ro p e ca sa s pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil -
de de ção d
e st in a d o s a constru rviços públicos", IAB - no Rio de Janeiro e em São Paulo.
d
e obras e se Tal evento teve como objetivo central
populares ndo terrenos de
desaprop ri a de Antônio implementar, no contexto das Reformas 16
a d e da Fayal e tos da de Base, a discussão sobre a questão 16 d
prop ri e d s pon FTFBH e setembro -
m diverso urbana e habitacional. Diversas propostas s e orga
Luciano e rr e n o s eram 15 s à qu os em apo niza passeata
s te foram apresentadas dando embasamento e o
cidade. O s pela - d n 31 ad Operár io à favela
do às lutas locais pela implementação da to ção erre R- pri
considera icipal s
go a t a B ro ia
mobiliz Estudantil
in is tr ação mun reforma urbana, que mesmo que iniciadas A cup rsos s d sap e ando 3
adm se
"antisocia
is", por por profissionais e especialistas contou O ive en de s d pessoas mil 17
e .
em grand com o apoio dos movimentos sociais. Em d arg am do
con st it u ír
iam m eri ea ro a tarifa
u e im p e d Belo Horizonte, os movimentos de favela ento d etirar os
vazios q e. s m b o a u m
mr
o da cidad tiveram um papel importante nessa em tem ression
ar
r tenta pedido
s
a expansã Para p ários do seto , mas são im dade
articulação. Com a implementação da se s o
ditadura civil-militar, o processo é empre de circulaçã rios da socie o dos
á ã
abandonado, entretanto muitas propostas ônibus lícia. Volunt indo a direç dirigentes
13 la p o s s um u a n t o
pe a q om
seriam retomadas vinte anos mais tarde pelo tervém eve, en os de s
Movimento Nacional pela Reforma Urbana - civil in durante a gr am com carr
v
MNRU durante a elaboração da ônibus tis informa a greve
n d
Constituição de 1988. estuda ilegalidade
o b r e a
s
1964 - 1971
Ditadura civil-militar (1) nocrático
Período marcado pelo centralismo-tec
no que diz respeito ao planejamento e
gestão das cidades brasileiras, dando fim à
incipiente organização da sociedade civil em
torno das lutas urbanas.
1
196
nado
um
É assi o estadual uatro
4 196
de s a
t
decre ropriando rizonte
p
e m Bel o H
q
o
ã o de fav
elas 7
s ç
área egulariza onjuntos m o 2a 9
r c
para trução de retanto, co
s
e con cionais, en r
t A UnIÃo de Trabalhadores da Periferia (UTP)
a b i t a i l i t a
h civil-m ra o começa a se articular de maneira
golpe gado. 2 a du ond clandestina com o objetivo de agregar
o it ep te
é rev - a d l, d iden entidades de favela por alguns dos
i l
r d si s
a
e ab ura Bra , pre antigos militantes da FTFBH e de UDCs
a o t
1 d inst ar n ular o. 2b 10
É ilit Go cíci É criada a Coordenação
m ão xer
Jo e de Habitação de Interesse Social
em (CHISBEL), que em até sua extinção
197 em 1983 foi responsável pela remoção
de 10 mil barracões. A CHISBEL tinha
1 como linha de ação a remoção de áreas
irregulares mediante pagamento de
8 indenização. O valor das indenizações,
3
Maio -
9 70 entretanto, somente contribuiu para o
deslocamento dessa população para
Vá ria s UD Cs são
fechadas pelo regime
2c
1 Na década
passa a ser
de 70 a ques
em
tão ambien
tal
outros núcleos existentes ou para o
recorrente en todo o mundo pauta surgimento de novas áreas.
militar sob alegação tre a socied
academia e ade civil, a
de defesa à propriedade órgãos gov
ernamentais
e
privada. Gradativament 7
.
os movimentos de
favela e a Federação 24 janeiro -
foram se dissolvendo Outorgada Constituição de 1967.
pela repressão e Elaborada pelo Congresso Nacional
restrição de espaços (já com a oposição afastada), legalizou
para atuação e institucionalizou o golpe de 1964.
O caráter predominantemente urbano 11
do país foi praticamente ignorado. O
termo foi utilizado somente no capítulo
4 VS re
s
- i a lD destinado à tributacão como observa José do eça
sto olic a Bassul (2002). Nesse capítulo era proposto a
lh m
8 ago rito P imin o IPTU (Imposto sobre a Propriedade ba o ra
ra P) c nei tivo
2 ue ncr las nos T T a e s
Inq º.96 i ão pe terre no Predial e Territorial Urbana) que foi de (U m obj e go Cs
ç s
- n era s ao ucia rapidamente vetado pelos setores i ão eria r de o es d anti UD
Fed asõe nio L s Un rif la om ad os de
til, conservadores da sociedade. A Pe rticu na c ntid s d e
inv Antô (Vila udan da se a esti ar e gun FBH
de 1963 o-Est oão io a and reg r al FT
de erári afá, J Alíp a rras cl ag po s da
6 c r iada a de Te e
Op i Jos adre ) bro
- É dênci
nção
d
a de vela nte
Fre III, P Lage 5 s e tem erinten m a fu reform fa ilita
d e u p c o r e a
XX adre 18 UR - S s -
efeti
v a
e lot
s m
eP m b ro - urai
11 sete
padas ao
long o SUT nas e R as para reços d ciar na o
a p
áreas ocu ram cercadas Urb or norm rminar influen Com iss o
fo m
da BR-31 ção policial, que pr na, de os e e social. visto co dos.
o p t e d
d o
em u m a a
a de urba lança abitaçã o que é s favela
a chegad m
sere tão da h forças, viment
o
impediu tos. Área foi
n
mantime sobre ameaça ques P perde elos mo
desp e ja d a
fogo o DB perda p
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1974 - 1982
Ditadura civil-militar (2 )nocrático
Período marcado pelo centralismo-tec
As favela no que diz respeito ao planejamento e
na Lei d s são incluídas gestão das cidades brasileiras, dando fim à

1976
e
do Solo Uso e Ocupaçã incipiente organização da sociedade civil em
de Belo o
Horizon torno das lutas urbanas.
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Chegou a aglutinar quase
100 associações locais
da região. Duran
Criada a FederaçÃo das Associações Comunitárias uma gr te o verão de 1
ave enc 979,
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11 de Minas Gerais (FACEMG) que tinha o apoio, em Belo ente ocorre
Decreto Espo claro, de governantes do ARENA (inclusive segu Horizo
de 300 Estadual desa conside ndo Borsagli (2 nte,
m
co
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para a il m² no Bair ropria área
ro Itap
man radicam
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pass festaçõe nte
e
o governo estadual). O objetivo da
associação, que durou pouco tempo, era
rada a p
ocorrid ior
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016) 1979
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ad de agregrar associações de todo o estado, inas Ge
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abrigav nal. Entretan m conjunto a
pelo gonizad m
a
éc mas não obteve sucesso.
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e veget três nascent o a área s
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daria o cal por sua pr , dando início n
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e r nizaçõe relação entre
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nd egi ru o s públic
os.
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entre associ nitários, movi-
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1982

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1983 - 1988 Criação da FederAçÃo das AssociAçÕes de Bairros, Vilas e
Favelas de Belo Horizonte - FamOBH -, entidade concentrada
Ditadura civil-militar (2) nocrático
Período marcado pelo centralismo-tec
principalmente na pauta da moradia, organizando no que diz respeito ao planejamento e
grupos sem casa na demanda ao poder público e na gestão das cidades brasileiras, dando fim à
ocupação de terrenos ociosos, além de moradores incipiente organização da sociedade civil em
de novos conjuntos habitacionais construídos em torno das lutas urbanas. São reto
198 2
áreas desprovidas de infraestrutura e serviços m
as eleiç adas
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ria
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7 CPT, a Católica, v ato (1994) eforma U
in ia C con rba
É criada a AssociAçÃo de
11 por m iciativa de a omissão P sidera part na -
Durante a gestão do PMDB 9 8 elhori r t i c ula a s t o ral ir da
a
na prefeitura municipal, lideranças Usuários de Transporte Coletivo AssociAçÃo Brasil s urbanas q ção das div da Terra -
É criada a AssociAção asse . Desde ue oco ersas
da União de Trabalhadores da lu
da Grande Belo Horizonte - AUTC, Comunitária do Bairro CaIçara
de Moradores de Aluguel de pauta ssorar e co o início do rriam em to tas
Periferia (UTP) são incorporados com o objetivo de
198
Pr AB lote nei hos eba ont s er pos so se mobiliza pela unific ntribu s anos do o
A

ada en ir na c 1
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M
om EL am ra a s, rat am o ci
aos órgãos públicos responsáveis unificação dessas lutas criação de um parque promo tre ess
as ção
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vendo
198 6_ o diál lutas, a Igr de uma
ov , d en , so o m rec açã ag rga eda
pela questão da moradia e na Região Metropolitana para preservação de
te de cio pro ud cíp s, u as iad do ivi
i á o
e g o ntre a eja vinha
am m a d o io r se o s d l.
que o s p ecialis e
intervenções em favela. As área de 12 mil metros
m izi s g e c ica gru

7
en an um uz nos . A ban sso s po a
de um moviment tas. A auto tivismos e
a n l

mobilizações do movimento quadrados de mata


v

relaçõ a reforma o defendia ra sintetiza


praticamente se cessam e sua to eir a ido m ob iz ria r
Ja a a sé s d un ten açã s
preservada. es soc estrut a “ [...]
da

ia ur
atuação passa a centrar-se em rd ss rie a ic ç o unific urbano”(Mis de produ al que alca ideia
im oc d m íp ão aos ei ada resulta aricato, 1 ção e consu nce as
b

negociações entre associações


Fe iati e ou esm ios
xos pr nte de 994, p mo do
té sse

.3
lic va tr a
op ss
e Estado. habita riedade im e processo 09). A pauta
cn s
e

id pe os cional o
, tran biliária u e vinculav
s
ad la
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e e gest sporte e se rbana, polít a
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ocráti iços públic a
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s.
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1988 con njo da apena m
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resso da
o 28º Cong dantes
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37 v eitos. G tividad istas o
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c o leira dos E
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reel esenta ogress E nco s pau vel na contr União Brasi s - UNES - o passe
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r r “I e” a í
m n com o d
a Secundaris dantil é aprovado
1986_1987
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t
par PSB, P
C d as spor rte e esas úblic metro ial livre estu vimento.
de 1988
T , ) . e f
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in Tran nspo mpr le p uilô s oc o p au ta d e luta do mo tão do
(P d se tro if a i com o po a ques
13 ão de uma nova Constituição mob
ilizou grupos do B r ra q
São tas po elo t o da o con o por da tar o salá eio de
r
muito tem úblico, e mais
PC ra n te
Processo da Constituinte - A elaboraç a, acen tuad o pela poss ibili dad e de Lu luta p tizaçã rtir d eraçã ento 6% d or m as
D u p
transporte o passe-livre
ileir
de diversos setores da sociedade bras exto das luta s urba nas, já a da Esta , a pa mun lecim ximo iço p nov ia; e des esp ec if ic am en te
aos
iativa Popular. No cont "1 - pular da re stabe o má o serv ão de viár orida ve restrita s.
apresentação de Emendas de Inic , sua mob iliza ção deu -se pela elaboração de uma a es tu d an ti l, es te
tu d an ti
rticuladas em alguma medida desd
e 1985
de discussão anterior po eita e 2 – E r de n ria d criaç utur s pri o de res movimento
s es
ão do espaço urbano. O acúmulo c ; o o a t r a l h o
emenda que buscasse a democratizaç Urb ana e conseguiu re ad o va l h
el lar n s
rae ão
d
nse had is."
o com Emenda Popular da Reforma rod um ; 3 – M opu a inf efiniç m Co trabal socia
deu origem ao que ficou conhecid e prof issio nais em torno de sua m p d 17
agregar diversos movimentos soci
ais a setores acadêmi cos
nad a por 160 mil co nimo ação oria io e d de dos entos u
nda assi mí ticip melh rifár parti ação ovim r
ao Congresso Nacional a eme
concretização. O grupo encaminhou rporada à nov a Con stitu ição . Entr etan to sua
par has e ole ta to a rticip s e m
eleitores, que foi parcialmente inco diversos autores com o Mar icato (1994), lin contr timen m pa dore
concretização, como observado por e é aind a, inco mpl eta. 4 – inves rte, co egisla 4)
Cardoso (1997) e Costa (1988), foi, de nspo ios, l p.14
Tra oviár 2015,
rod loso,
(Ve
1989 - 1992

pro 198
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MO di a-s
r e
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Eco comBH: o eta d um p
nô t e r
mi finan erren mora ocess
ca c i o di od
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1992
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In que rr a da
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Par er do de lu .
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L s anz o s c a l
2 lo
apó ciação
o
ass

Julho -
É realizado o “I Seminário Sobre a
Luta pelo Transporte Coletivo na
Grande BH” onde são
estabelecidas as pautas da
AUTC: 1.Estatização do 6
transporte coletivo; 2.Criação de
tarifa social; 3.Criação de fundo ovo l, ma s
para subsídio; 4.Participação n t o N mabe aniza família ram
e
eam is -
A
Po
rg
30 0 ua l u pa nto
Social.
Lot ão Re , e UT rca de estad de
c ju foi
s o on
a r H c e i c o o lí ia o C elas ada.
4 A OB por úbl ibeir a fam e d te en
d t
Setembro - 635 famílias acampam FAMpação reno p irro R dual e o a 47 verd , par eass
r
ocu um te no Ba o esta mind a o r
na Igreja São José no centro, em lizado gover m ass
n u áre nfisc
o
coordenadas pela Cooperativa do loca eu. O acaba área. C 8
Movimento Popular (COMOPOM) Abr feitura ão da
com o apoio da FAMOBH, a UMPE pre anizaç 7
e a AMABEL. Parte das famílias urb sé
a nia de
foram assentadas em conjuntos o
An eit e
habitacionais no Bairro Floramar,
t rus pref zont
Região Norte de Belo Horizonte. Pa eito ori
el lo H
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3 Ve aqu ara nto om
P aiç eta r s
C tr eça
en m
co
9 0
19
1993 - 1998
GESTÃO FRENTE BH-POPULA R
estreita entre a administração pública e certos ativismos.
A gestão foi marcada pela relação
Por um lado significou em ganhos às lutas desses grupos, por outro significou também o
Após ampla mobiliza início de um processo de direcionamento da atuação dos ativismos aos novos canais
ção

1994
local desde 1983, é institucionais de participação e a incorporação de alguns de seus militantes à administração
criado o
Parque Municipal Fa municipal. A concentração de uma atuação pelas vias institucionais estabelecidas acabam
199 Lagoa do Nado.
zenda por refletir no apaziguamento da radicalidade dos ativismos, processo que irá se acentuar
Or
çam
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3 2 nos anos seguintes.

o P imp
art lem
icip en de
ati tado
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1300 famíl
ia o n ais
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(O o Horizonte s de Belo s Re
g a as
P). e
Neves ocu Ribeirão das i s sõe RTTs - tivos n s d íli
1 p
Arinos em aram a Praça Afon Com - C icipa ge am
u so
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a s as rânsito is part da ar 40 f as
posteriorm m primeiro mome cri a d e T ana tão m 7 d
e nto, São sporte omo c à ques possuí a ser to,
a as as nta
a frente d nte ocuparam n c i n D se
foram rea
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a s o s a r 5
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ssentadas 9 das famílias pen onais l e. Cad io que ões no anspo tanto, b
A cup ara am
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Venda No na região i r
3 va. de reg ilidad própr ervenç s no t , entre tuais O v. S for
b t a
mo mento ara in udanç bserva as pon ram A 80
orça zado p as e m eloso o emand acaba 1
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util s viár ndré V to às d issõe cas de nal.
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ob lico. dime sas c de t stituc
púb o aten as nes istema ura in
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que sentad e um estru 6
r e - s d a
ap ando ntro Estrut
torn res de u
de Ha ração de u
favo b m
a resp itação (SM Sistema M
onsáv H
es el pela ) - Urbel p unicipal
a
No contexto da elaboração do Plano 9 A participação na co-gestão com o Habit ão criados questão ha ssa a ser
ação ju o Fun b itacion
poder público municipal do Projeto CEVAE - de Ha n do
Diretor de Belo Horizonte surge o movimento bitaçã to ao Cons Municipa al
Salve Santa Tereza. Os moradores do bairro se Projeto Centro de Vivência Agroecológica - o, órg elho M l de
Aprovação do Plano Di parida ão delibe un
mobilizaram pela aprovação da ADE – Área de retor e da Lei marca o início dos trabalhos da Rede de de de rativo icipal
de Uso e Ocupação do poder r e
Diretrizes Especiais – de Santa Tereza, onde Solo - Intercâmbio de Tecnologias Alternativas (REDE) com a públic epresentan com
Representaram um ava agricultura urbana, ativismo que se o e do tes do
a ocupação é mais restritiva prevendo a
preservação de determinadas áreas de Belo
de legislação urbanísti
Horizonte pelo abandon
nço em termos
ca em Belo 1996 configuraria como um importante ator na
discussão da temática.A REDE, organização 7
1995 s ativi
smos.
Horizonte. Na ocasião, embora diversas 10 o do
zoneamento funcional fundada em 1986, tem como focos experiências É instituído o Orçamento Participativo
outras áreas tivessem sido apontadas como da cidade e pela
incorporação de novos de agroecologia e organização popular, da Habitação - Como resultado da
possíveis ADEs, apenas Santa Tereza instrumentos
urbanos, muitos deles dando assistência e capacitação às famílias grande quantidade de demandas por
teve sua demarcação aprovada devido buscando dar
operacionalidade aos pre para o fortalecimento dessas iniciativas. habitação no Orçamento Participativo,
à ampla mobilização da sociedade civil. ceitos do
Movimento Nacional pe Tem ainda atuando no estabelecimento de é decida a separação de uma verba
la Reforma
Urbana. Diversos canais redes para o compartilhamento de lutas e exclusiva para o provimento de
participativos
foram instituídos pelo experiências da escala local à internacional. unidades habitacionais.
Plano Diretor,
tais como o Conselho Mu
nicpal de
11 Política Urbana (COMP
UR) e a 8
Conferência de Política
mbiara
pação Coru erária tentativas de impleme
Urbana, Projeto Brejinho
- A O cu ntação de uma Professores da Escola Municipal
Março iga Op gestão urbana mais de
ada pela L mocrática.
foi organiz o Revolucionário s Aurélio Pires iniciam discussão
id ia
e pelo Part Abrigou 380 famíl sobre ocupação ao longo do córrego
m u n is ta . to São Francisco, iniciando luta pela
Co en
no Orçam
engajadas o da Habitação e criação do Parque do Brejinho em
v e
Participati m novo processo d 14 uma área de 73 mil m².
u ro u u d e
inaug arcação
, com dem
ocupação É tida pela nova

19
s.
ruas e lote ocupações de Belo

(2 p ), a D C Em ov na a qu te -
em DL mar ção as rod atro C d na zon ensa

97
çã o d as rsora.
g e ra
m o sua precu

re 015 rega esse iri ivil pre iár l e Gra al ,


o n te co
Horiz

(C â tru o d res p UT va ori p


12 sto -
27 de ago o o Conselho

e
e C ons icat do atos a A ati H om
e

ex su ) o do s ú ge (S sa ios de nd
e ad ra P
ra d rbanas - i-s ried obal ) pa no O

C nd lha ic m cip elo e C


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É ins olíticas U la 16
a l d e P
1998 15 t i u
t to l E o em

Si aba sind ava arti e B ra d


Municip responsável pe s G
In riga no (PG curs ção

m ran res m o min etos ape Vel res ista )


R,

t te o di cr e, é to g N
COMPU das Conferências a e pela a o
ob Pl ífic e re ven as.

tr , cip a p a d a
Inauguração do

câ em ltad bse res ltim nte IND s de ,

s
p tâ ari a ro

do s in ra c , a con qu ndr , se s Lo CO
BH arti nci fári Câm
z a ç ã o Urban do pec ta d nter vel

in o T ada nei
li Parque Ecológico e
re a e Política itoramento do

ao ma plo os rva . A os do US
ic ip a is d Es spu ra i e fa

çã ri ja
Mun mon to de Lazer do
entação e rcelamen di pa ilas

o
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em ini do nd
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Bairro Caiçara.

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es icip orte do mp ção om r d
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e

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1999 - 2002

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2000 2

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Início do debate so

ta. es a a ent am
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Urbana em Belo Ho a Agricultura

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vis çõ ar m ecl
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de Minas Gerais. Ju onte e no estado

s,
ati ma s p rra "R
- S26 - nto a esse processo
26 de setembro iniciam-se ainda a

de or ada o fe ada
u articulação das
apitalista orre
oc 7
O protesto antic s dias de Ação iniciativas locais co

en e i ham com min


m outras iniciativas
no contexto do a da América Latina,
s. O grupo adot ins
Horizonte em um co erindo Belo

juv ão e c a no
Global dos Povo atégia que seria

la aç d ad de
nt
uma estr de discussão da tem exto internacional
ilizada pelos

pe vulg são tiliz ils


ática.
amplamente ut

di sper ra u -ma
inte s de unir festa e
ativismos segu

tu nf
val

di " e e e
ovendo o "carna
protesto, prom ra o capitalismo"

BH sta d
cont

Li
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5 o - idad
3 8 h C
8 de dezembro - ul as
Os protestos foram
9
d e j to d do, do o
10 tatu iona tan do à
realizados em mais de Janeiro - Conselho Comunitário Unidos Es anc men olta a da 88
100 cidades do mund é s gula lo v rban e 19
por grupos anti-
o pelo Ribeiro de Abreu (COMUPRA ) re pítu a U ão d
capitalistas que se Entidade que reúne moradores, movimentos e ca lític ituiç
contrapunham à entidades da região do bairro Ribeiro de Abreu Po nst
reunião entre o FMI e em torno da recuperação do Ribeirão do Onça. A Co
proposta do grupo é a remoção e reassentamento de o-
o Banco Mundial
u çã do o
es famílias em área de risco, a construção de pontes l
em Praga.
nt lo vo to o
o a e recuperação ambiental das margens e despoluição Re s de nte logo
çã tud Be 10 a i s o ra iá
cia Es nde do curso d'água. O movimento tem ainda a proposta
n av grup e du m d a
o
ss os ra de um programa de agroecologia na área, como a r o n t r e da
, A na d a G 7 - C nind rizo loca ain os
forma de qualificação técnica e mobilização 0 u o o ia ç
H d a
-B ita as sa - - 20 s re lo H do c av espa
ES pol rist pas eio
social e para tanto encontra-se em diálogo com
0 2 tr Be an s. H ar tro, tégia
o
M o grupos em defesa da agroecologia e com a 20 con em usc ista cup on tra
4 A etr nda te, o m til. administração municipal.Através de encontros e En asil al, b arqu m o enc a es
M cu zon icar an Br rnav s an ão e te o esm
Se ori nd tud eventos culturais, o movimento busca mostrar as
ca upo paç uran a m .
H ivi e es potencialidades da região e os ganhos de sua gr eocu os d -se d festa
re ass
p
recuperação ambiental e social, além de pr blic ndo tos-
despertar a atenção da população do entorno pú iliza otes
para o Ribeirão do Onça. ut s pr
do
2003-2007
amAU
Apoia iniciativas de agroecologia e de

2004
agricultura urbana na Região Metropolitana
de Belo Horizonte (RMBH), ao dar visibilidade
ma da a elas e intensificar o debate político junto
rca Sil
nd va L
o a é e uis I ao poder público e outros grupos à respeito
c le n
do hega ito p ácio L 2
da relação entre campo e cidade, o papel da
s T da res u agricultura e agroecologia nas áreas
rab do ide la
a
go lhad Parti te,
ver or do
n
0 3 metropolitanas e a construção popular de
3 políticas públicas que possam contribuir açã
o

20
6
est

e re in ut p po
no es a tra f
i

vr m d pe ra
fed o para o fortalecimento dessas práticas. O

ss o al a l H ru
en do an o
- M ção d
2005

Li cé ha a a
era

na cri ao lo
Pa s d co m e B o g
l n a i o - coletivo vê na agricultura urbana uma forma o

ci ad s
a r o r a
rb isté rári t

to ito bli e u ivr o


de resistência à imposição de determinado b n
em la

on o
en ece pú d L iad
U
a Min Ag de as 4 ov a imp de

.
al
im pr rte ção asse cr
1 r o modo de vida urbano e determinado modo de n
tu o t r de d da
ul a do ent en ulto r 27 prol Liber

É
consumo, além de potencial catalisadora da

po iz s P -
i c
r nd im um ric nta r rem organização de uma população historicamente de

ns an ail lho
g v a m
e rqu e nto
A e l g e s ra a e

e
A ag nvo m o s e a enfr ces ont a

tra org em Ju
m
na ese co ore a m a enc s.
marginalizada, buscando seu reconhecimento P e au de iro,
o d nada e jane

a
ante a sociedade e o poder público. Dentre c i
D DA ult sam s e se ano nún jor sd
- A lsiona o mê ente

de
M ric as ade or rb as ações do grupo estão o mapeamento das
r o e
ag e p ld os p os u iniciativas de produção, comercialização, e i u n t am
l
qu ificu fíci ext Jan fa imp dura incip istas e tações
apoio e discussão da temática da agricultura i s r
d ne on t tar testo do, p ndar anifes exto 5

ov
u
b e c urbana em toda a RMBH e a articulação dessas pro olven es sec As m e cont uem

M
em iniciativas para a construção de uma luta env dant ários. ness poss o que .
comum em prol da agricultura urbana. Junto a estu versit eriam tarifa nizad riores
r a
isso, desenvolve-se também o diálogo junto uni ocor to da is org s ante
e n
ao poder público – via participação em fóruns q aum er m men o
u e a t
7
da sociedade civil, conselhos e conferências de carát e mo
11 um elas d 1d
– para a construção de políticas que possam
aqu Manife e julho -
Primeira experiência do Movimento fortalecer essas ações. staç
MPL-B ão do
Passe Livre em Belo Horizonte - H
cerca d com
O grupo teve uma existência breve em e
Belo Horizonte, o que André Veloso estuda 200
ntes.
(2015) considera como resultado de
uma preocupação excessiva em relação
à forma organizacional do movimento.
Questões como a aceitação ou não l
ita
da contribuição de partidos e outros ig nções sto - 8
movimentos com suas determinadas P
D
d a s interve Viva no
9
c a l o n s á v el 2 5 de ago ifestação pelo ssibilidade us
O Início rama Vila e iro lo e l, re s p a m a n a a p o s ô n ib
agendas na construção da luta o g , prim a Urb rada Nov contr rifa do -BH
do do Pro rado da Serra a. Segundo a "ação integ larização Passe Livre e umento na ta H, da AMES
monopolizaram as discussões do grupo, ça m e
Aglo o pelo Pro g r a m
ma é u m
de r e g u
nto, de mais u m a P L - B t a
de estrat égias n progra ocial e entreta tas do
M omunis
imped indo a delim itação la atendid tervenções, o volvimento s plantação, nção, b il iz a ativis CR- Partido C Estudantil
para avançar a pauta. 12 É n im e m o ao P ento ntude
10 pelas in nização, dese istentes". Sua reas de interv ejadas ( v in culada rio), Movim MEPR e Juve e,
e a x á p ad
tação d de urb ntamentos e os nas famílias des . Devido à Revolucioná lucionário - Liberd
e H a b i e impact e s evo lismo e tes. O aume ibuiu
nto
a Naci
onal d a tem como dos ass em grandes ao número d aioria viária , que la r R S o c ia
unho - u m la P o p u a r t id o t u d a n c o n tr
16 de j ção do Sistem IS) - O sistemas públicas result o
o e m
o
relaçã ras, em sua ntos de fav e
d o P S OL - P rca de 500 e correu o qu s e
a H da d ob e ndo ce mídia não o
Aprov e Social (SN ção de polític de baixa ren já sobretu ealização de e dos movim rporação às ra a totaliza
s a r a o a ela s.
Inter e s leme n t
eito à m
ora d ia
gram a s para a ulação intern desde sua inc o de canais p sistência anunciado p ão dos grupo
o a imp zar pro ç ã re ç
objetiv moção do dir m de centrali ma ampla de s a r t ic
olv e n d o
eà c r ia
existiu
u m a
à desar
t ic u la
ro u do se diss icipais a Vila
para p l nacional, alé foi fruto de oradia em to ular foram trações mun nalizada, não s do Program
20

e le p is e
em n ív
e s
h a . E
na lin ovimentos p o r m
I n
a P
iciativ Urbana.
o admin ação institucio s intervençõ
t e à
e n d particip organizada Serra.
06

exist ação dos m e Le i rma


rojeto d de Refo de a
mobiliz torno do P m Nacional tura de mais Viva n
ís e m F ó ru s in a
- o pa tado p
elo com a
as
31 de agosto lidade Pública a presen de lei contou .
e U ti
Decreto d do to
O proje ão de eleitor
es
ra o Parque
12.830 instau cursos para a
re u m m il h Agosto - Duelo de MC's
Brejinho. Os ram conseguidos via Um grupo ligado à cena do hiphop passa a se
n ta çã o fo al , ap ós
imp la o Dig it 2007 - reunir na Praça da Estação próximo ao antigo
Participativ a pelas 06 a maio
Orçamento d Nove m b ro 2 0 Miguilim para realizar os chamados duelos -
ização puxa 13
Caracol - adas
ampla mobil Escola Municipal cupação batalhas de rimas improvisadas. Os encontros,
d a O s Brig
professor as
E n tret an to a verba n ão
O rg a n izada pela da demanda que ocorriam todas as sextas à noite foram
. s, partiu
Aurélio Pires somente foi cercada a Populare ia de 15 famílias d
a transferidos para o Viaduto Santa Tereza com
,
foi suficiente ída uma portaria, por m o ra d I - cio a chegada das chuvas, espaço que tornou-se,
área e co n st ru
o ac es so da popu la çã o
V ila do C a fe z a l.
0 7 15 r o
- Bar o in jo.
í
mais tarde, um importante ponto para os

20
impedin d o foi o n e
Até hoje não br de ias esp s ativismos da cidade. A apropriação do espaço
do entorno. o p arqu e. e m o í l d da es fez aflorar para os ativistas importantes 17
implantado t ã
se o Jo fam do iza lar questões como o descaso do poder público com
a o n u
14 il çã 50 iã ga op cio seus espaços, paralelo à dificuldade de livre ro -
br upa u 1 cas or s P difí apropriação criada pelo próprio poder público e z emb II -
A c go o as a e d arro
oa s
O bri na íli ad m no (com a exigência dos alvarás, as proibições e mbr ão de B as pela
a 80 am rig u do a. de uso etc.). Emergem também da presença S e t
o J o i z a d r a m
e s f s B am na rr paç
ã
rgan cup
a
ro.
A ela par do Se nesse espaço questões como os processos em Ocu ílias o lares o diocent
p cu an rro am pu r
o ab ai
curso de expulsão e higienização das áreas 40 f das Po ital Ca
B centrais da cidade. r i g a o s p
B igo H
t
16 o an
2008 - 2009

a do se sta
lig - po l
il izam pro ia a
c i v i l a S oc tinh de
e b m o o l s
Vil Iníc d ad mo e u 8 d ent dita tica to
u
ara
-
a V io
d c i e
a n a
o
d
2 0 0
i m e o l í
b ili D and lias na
iva a o b çã / lv . O p si a o amí
Mo s int a s a ur nta l 05 nvo DS) izar es pos om lo açã pel
rro erv d a c s O cup 1100 f um pa or sua oi
da ençõ r
r e e
es ltu res dit es (M tra egi ção os Be l õ
a da Fe 8 - g a
200 te abri lha. Em oradia cional.
p F
sP o u p E D e n r a id m ig Ca verei i l
edr es
as
0 8
At ric a a ao do om sce nas icul olv a e os Br
ag ara iva rio à F de na art nv ban to d , as ró- qua PC s de
,
ril D- 4 Fó milo ro 20
r
Ab almen amp por m terna rojetou
n
Atu ão da P s lutas nal e i r um p a nova ra-
20
6
p let sté ate ivo ba al es e ur en rra io P Ta M- nto pe rum Torr 08 - g i n a c i o po u um cont
co ini mb bjet ur s. T tor ra im Te tár do CO e . ocu las B de M es - Ocup re sivo e na ida

. A ma II -
i ro m
dec bilidad preced naugu o de u o.

Av u rro iro
M Co o ura ana e a ultu ov em ni to CE rtam G Ba para rigad orad Prom ação

m ca I -
1 i i ã d

az sa
e mo ult olit ntr ric o M is S mu en s ( pa FM s a ç a

na pam Ba ere
ho rreiro m u as Po ia do ovid i i r e a s
v ime , qu e utiliz emba

as
co ric op o e ag o ura Co lvim ncia de a U riz m p r c o

on
i

da cu de ev
ag etr log da com s R tro vo cê os o d on . Foi ter pula Barr a pel a
anís
t
ta d ente
urb a de lu cnicam

na s o ão a f
tal a p ren res eir o
D9eMeia (Domingo Nove e Meia) m diá tão te re en sen dja ra e riçã de
sse rime o na , 6 fa e
o c
táti urso te

do lia Jo ro
o ues zon ado o C De e A oei ut
2008_2010

pe ira o regi míli

an í o ei
Grupos libertários passam a se reunir q ori alh es, e ras Ar e N disc

ab fam açã Jan


río a
embaixo do Viaduto Santa Tereza, hoje H ab lar ção ei po ia do cupa ão do s
rec ção
um lugar central para os ativismos de Tr opu tru anh ru log en
P ons ast o G Bio te.

15 cup
Belo Horizonte. Os encontros aconteciam C x-C A), fia,
todo primeiro domingo do mês pela manhã 2 E EC ra

O
5 7
e sua proposta era reunir a juventude T eog
libertária de Belo Horizonte, além de G junho - Movimento Nossa BH
fazer emergir o diálogo sobre os espaços 3 O grupo se organiza nos seguintes eixos
públicos nas cidades. de atuação: seleção, sistematização e
disponibilização de informações públicas
que possam contribuir para a análise da
25 de março - É instituído o Programa cidade tais como indicadores de qualidade
Minha Casa Minha Vida (PMCMV). de vida, prestações de contas etc.;
Segundo o discurso do governo federal, acompanhamento das atividades do poder
o programa tinha como principal objetivo municipal executivo e legislativo; e
solucionar o problema do déficit habitacional promoção de campanhas e eventos que
pela aquisição de unidades habitacionais por colaborem à formação cidadã. Sua principal
famílias de até 10 salários mínimos. No atuação dá-se em diálogo com o Poder
entanto, como observado por inúmeros e Público via participação em canais

2009
inúmeras autores e autoras, o MCMV teve institucionalizados – junto à promoção de
9
um papel muito claro de combate à crise 8 oficinas preparatórias – e ainda articulação
Orçam Última ediç direta com vereadores e deputados para a
econômica mundial iniciada nos Estados ento P ã
Unidos em 2008. Inúmeros embates ao articip o do l- proposição de leis e políticas.
da Ha a tivo Carnava retomada do
programa serão empreendidos em todo o bitaçã
o. Iníc io d a
em Belo
país, especialmente por novos ativismos l de rua
carnava , o que mais
te
ligados à questão da moradia.
10 Horizon ariam-se uma
rn
tarde to te ação para
n
importa s ativismos
o
vários d .
c id a d e
da

Agricultura
ano de Ação de
É elaborado o Pl orizonte em uma parceria
H
Urbana de Belo e a REDE. O plano, que a-
Pref ei tu ra
anejamento e a Sec
entre a
mentalizar o pl u e Lago oa Seca em o
buscava instru tura urbana na o
capital, teve Pró-P
a q
ue La
g
a reg

a gest ão da ag ric ul
ipativ i m ento o do Parq adrados n uma das o
agnóstico partic es entre 2006 e Mo v açã qu foi ei
como base o di s m es m os at or z e m bro - ndia a cri de metros o parque icipal de M rante
lo m De po defe od un du
desenvolvido pe o foi instituído um fórum co ilhõe
s
riaçã ho M área
2008. Junto ao
Plan
da ad m in is tr ação O gru rea de 5 m zonte. A c lo Consel oração da foram
de dentro e fora tação á i
uma Belo Hor lecidas p ão da exp período causa e
e l
representantes monitoramento da implemen e e ç m a
municipal pa ra o reto sul d ções estab autoriza urante u romover m favor
da assina Dec d i r a a 2 . D a p a e m apoio
o
do Plano. Márcio Lacer íbe eventos de co n
iente
p a
05 à 2
0 1
tras p
a r
assin
d
Dezembro - ro Amb odo de 20 os e pales m abaixo mo possu foram
ía
11 13.798 que p .A
Municipal nº za na Praça da Estação p e r í e n t r a u , c o e l e i 1
tu re eiro o os e aturas p ém diss rojetos d 1711/201 rmino
v a o
qualquer na validade à partir do prim o rea l i z a d
a s s i n e . A l o i s p o P L o té
proib iç ão te ri a
o reflex o é en vi ad
e c o l her do Parqu tados, d parque - ento com na
guinte. Com e o blog r
iação depu ão do uivam tação ação
dia do ano se imo divulgado o decreto ot.com.br/) da cr eadores e ra a criaç é seu arq em trami la Associ nte
ôn sp
um email an debranco.blog pessoas e r a
de v ntados p câmara 015, aind umida p e atualm a t a e e
o (http://va
Vá de Branc te é replicado por outras ap re s e
to u n a 8 5 / 2 o i a s s
B B , q u
que rapidam
en ransi o PL2 luta f - AM .
que t islatura e islativa. A elvedere m questão
e blogs. a l e g L e g i r ro B r e a e
d ia do Ba á
mble o da
12 Asse oradores ticalizaçã
r
dos M ntra a ve
o
luta c
13
2010 (1) MOC-ECO
O grupo tem como objetivo conscientizar,
mobilizar e envolver a população na
preservação e utilização dos recursos Salve a Mata do Planalto
naturais ainda existentes na Serra do O grupo se mobiliza contra a construção de um empreendimento imobiliário para uma
Curral. Organiza caminhadas na área em área de mata com 200 mil m² localizada na região norte de Belo Horizonte. Sua
Plano
ão do arca 30% o de
da 10 questão, onde ainda hoje ocorre atividade atuação dá-se no sentido de pressionar o poder público pela garantia de transformação
R e v i s
or
e
d e m
ali z a
Diret para a re as Conso o Estatuto
n
ç ã
rciad
as. 1
20 mineradora e promove festivais que têm
como foco a questão do meio ambiente.
da Mata do Planalto em área de preservação ambiental e ainda na tentativa de
convencer as construtoras que pretendem implantar o empreendimento, que ele seria
cidad ções Urba stituído n lidade a o Ele atua ainda pela ampliação da área desvalorizado devido à má opinião pública ao seu respeito. Anunciado pela
e r a o , in fina no espaç tombada da Serra do Curral, levando essa construtora Rossi em 2010, atualmente são a Petiolare e a Construtora Direcional
Op rument como co
t es públi 2
O ins dades, tem struturaçõ tre poder egislação pauta a Conferências do Meio Ambiente e (também envolvida no caso das Ocupações na Região da Izidora) as responsáveis pelo
i l
das C ção de ree arceria en cações na s recolhendo assinaturas para um projeto de empreendimento. O processo de aprovação da Licença para Construção na área está em
o p i a
prom o via uma da. Modif preendid dos Lei de Iniciativa Popular. O grupo participa andamento no COMAM, apesar das mobilizações do grupo e da apresentação de fatos que
r b a n r i v a ã o e m e s s a . também da construção de uma proposta evidenciam irregularidades no processo tais como EIA-RIMA defasados (datados de 2010
u p s er s etc.)
iativa estão os int
e inic eas em qu artidas d nvestidore das popular do código minerário, uma alternativa com dados de 2004), a comprovação de que a área é um remanescente de Mata Atlântica
r p i a
das á nte contra erciantes, ser utiliz àquela que vem sendo desenvolvida pelo pelo Ministério Público de Minas Gerais e ainda declarações dadas pelo secretário
a .
medi dores, com das devem o da área Estado e que se encontra mais alinhada aos municipal interino de meio ambiente e presidente do COMAM, Vasco Araújo, em que
m o r a a p a r ti t u r a ç ã interesses das mineradoras e multinacionais
( contr 3 afirma estar à favor da construção do empreendimento.
eestru
Essas prórpia r do que à preservação ambiental, social e
a
para histórica das áreas atingidas pelos
projetos minerários.
P
pe raça
sso d 7 d
a e
cri e à as li Est jan
açã s q gad açã eir
Ou u o o
tra que o de estõ as a - V - Pr
ma se c um es u gru á d ote
ne om gr rb pos e Br sto
ira un up an a e
de ica o a as. anar nco! m pr
art ria par No qui - r ol
L icu via tid en sta eun da
tem ivre laçã list ário cont s, ao iu c cultu
co (pra o ent a de pela ro fo mei erca ra n
mo ca re em cu i d o c de a
pr livre os a ail ltur elib ultu 50
im P a e
sen eir bh.w tores raça da rada ral
Chamado anônimo para 5
uma Praia na Praça da EstAção ha a m ord é o Li cid a
pa ens pr bl vre ade
é disparado na lista de 6 ra e o
pu agem ss.co g Pr BH. 4
email Praça Livre BH. bli m a
caç o lo ) q ça Campanha "Despejo não, com Dandara em luto!" -
ão gin ue
no e a O Vereador Adriano Ventura apresenta na Câmara
sit
e. Municipal o PL 1271/2010, que visa declarar de interesse
social para fins de desapropriação municipal a área
da Ocupação Dandara. Como forma de pressionar a
aprovação é lançada a campanha de apoio
do internacional, em que pessoas de várias partes do
ao chama m mundo foram convidadas a enviar fotos
- E m resposta re ú ne Ativis
e ir o
16 de jan erca de 300 pesso
a s se tas com cartazes de apoio à causa, postadas no
d e c re to a recolh passam
anôn im o , c c o n tr a o
assina er site http://salvedandara.concatena.org/
raiano eira Praia
da
rotesto-p t
abaixo uras para
em um p no 13.798: é a prim ça da Estação

a a
l ra
ic ip a u a P a n a contra assinado

sn e
mun upo e sem
grupo oc

o. to br
s finais d
Estação.O e banho durante o a revogação do proibi a MaRço 2010

çã en so
d ós ç
evento ão de

ta ev ca
em trajes e 2010. Mesmo ap rrendo nos verões s

Es de bli
a çã a P -
d
do verão raia continuou oc s foram promovid s
o a na Pra s

aç za ci ço
OcupAção IrMã Dorothy -

da o ú
9 arço 10

Pr ali iên ar
P e o ç -
decreto, a iversas das ediçõ as por outros grup Estaçã a da M eza

re ud e m
e e 11
s. D z id ra ç a o . Ocupação com 200 famílias 6 d ntão Natur ela
d
seguinte questões condu ocorreu n
aP o

A 4d
à do a Praia ), em apoio aos no Barreiro,promovida pelo Eve lquer tuida p missã tos
em apoio 8

2
11 q u a n u a s t i c o v n nçado
e
tal como
em 20 d o d a Serra o a ss assinato Fórum de Moradia do Q s in uma
ar e
so (Aglom
e ra
cal devid
o a
já se Barreiro e Brigadas Apó eitura ament ão é la nto
do Cardo ue ocorreram no lo polícia. Também às f
pre regul a Estaç a o eve l. Uma
o s q s p e la C s, Populares.
protest radore lo de M a
p r raça d do par no loca ara a
a
e seus mo io ao Due ela 7
de dois d encontros em apo stos promovidos p ocasião na P chama nado riada p onde
ra m ro te ra n a o
realiza
es Urban
as, aos p arias da Prefeitu s eventos um -gesti ki foi c vento, podiam
Ocupaçõ lavação das escad tualmente todos o os pela o
a ina Wi o do e sados ções.
u t
COPAC,
à FIT, etc. A r aprovad pág nizaçã interes des e a
mento do a Estação devem se em Eventos a
d o c a n c e la
ad c ia org isquer ativida
s na Praç da Violên ura, send
o
q a ropor
realizado e Monitoramento VEEC) da Prefeit ventos de u
p
d O e
Comissão e Culturais (COM da área no caso de
s
Esportivo tório o cercamento
obriga rte.
rande po
médio e g
2010 (2)
Parque Jardim América
O grupo luta pela criação de um parque em uma área de 21 mil m²
localizada no Bairro Jardim América. Na área em questão existe
o interesse da Construtora MASB de implantar um empreendimento
imobiliário. Um abaixo assinado foi encaminhado para o
1 0 Ministério Público Estadual e a Secretaria Municipal de Belo
març
o-
26 de anha Min upos Resis
ha Ca
r
Camp a Luta - G ntos dos TST,
sa,
tência 20
1
4 de maio
Horizonte, no intuito de evidenciar a importância ambiental e
histórica da área. Graças à ação do Ministério Público foi
e Teto estudar a - Após instituir um movida uma ação civil pública e obtida uma liminar que suspende
Minh a, Movim m Teto - M ento Sem e Nós eventos,
regulame
n
a comissã 2 a edificação na área até a decisão final do processo, dado
Ur b a n re s S e o v i m op u l a r
MV. é publica tação do uso da o para que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente já aprovou as
lhado res, M uta P PMC revogand do o Dec Praça da
Traba as Popula ento de L stência ao ograma o reto
estabelec a lei de proibição Municipal n.º 13 ação para
Est Licenças Prévia e de Implantação do empreendimento. Apesar
d i r
Briga ia, Movimam em res upos ao P tos sociais regras est
endo reg
ras d e e v e n tos .960 disso, o grupo continua resistindo ao projeto e para isso ele
h l r abelecida para a realização na área e
da Ba , se articu icas dos g movimen a falta de Secretaria s estão a desses. D tem se mobilizado junto a outros grupos, promovido reuniões
l ít s e
do Su ncipais cr eração do entação; s para a d ne
mediante e Administração cessidade de auto ntre as
e semanais e audiências públicas, além de engajar-se em canais
p r i s i d l e m no ue a
As
a d e s c o n
ã o e i m p
o d e t e r re
m a vez q de a R
do evento presentação de p egional Municipa zação da
ri de participação instituídos, como a Conferência Municipal de
eram a elaboraç propriaçã imentos. U produção o , ro l
a ã ainda com público estimado jeto informando fi Centro-Sul, Política Urbana.
em su ão de desa empreend culo para de provis para o priorid e duração nalidade
s á a Município ade sobre . O decre
previ ntação dos aior obst al, sua falt dimentos de , o to
m i n Copa das do Estado e da U s demais eventos estabelece
impla esulta no eresse soc os empree l servidas Confedera nião, eve
r t a FIFA de 2 ntos nos oficiais do 3
terra ções de in lantação d éricas e m 014 e eve ções de 2013 e da program
as
a p i f entidade n C
h a b i t a i m p e r s . s, organiz tos particulares p opa do Mundo d da
aria n áreas erviço ações, em romovido a
result renda em prego e s estabelec
e presas e in s por
r
meno strutura, e
m responsa que a limpeza da st it u iç õ es.
bil P
infrae pagar um idade dos promo raça e áreas do en Além disso,
v to to
R$20 mil alor a título de ca res do evento qu rno são de
proporcio ução que e deve ain
decreto d nal ao pú varia entr da 4
is b e
privada q ciplinariza evento lico estimado. Por R$8 mil e
u s u
volume d e vinham ocorren de grande porte d m lado, o 8 de m
e d e aio
realizaçã lixo e danos ao p o na área e impac iniciativa 2
Qualq º Eventão d -
o atr ta
autorizaç de pequenas açõe imônio. Por outr ndo-a pelo reuniu
uer N
at
e
ão s
dos even , os gastos para c pelo grau de exig lado, impede a
o cerca ureza
to o ên pesso de
privada, s (banheiros públi brir as exigências cias para a as na 600
P
lim p
c
observa C peza etc.) além d os, cercamento de ara a realização da Est raça
arolina A o alto valo áreas, seg ação.
reconhec lbuquerq r à título urança
ess u d
uso da Pra em a necessidad e (2013), ainda qu e caução. Como
e e
respeito a ça, o decreto foi re de alguma regula os manifestantes
o cercam c m
ento da á haçado, sobretud entação para o 5
rea e no p o, no que
agamento diz
da taxa c É sacionada a lei que permite a venda de parte
aução.
- da Rua Musas, no bairro Alto Santa Lúcia. A lei
bro
6
d e outu árcio autorizava a venda de cerca de 1,7 mil metros
17 o M ão à
efeit i quadrados da rua para viabilizar o empreendimento
7 O pr ma reun as da da empresa Tenco Realty. Tal fato enseja a
a u v i s t
ham at i dos organização dos moradores da rua no movimento
/2011
-
Hé MOVIMENTO FORA LACERDA e rda c das com a visão foi
i n º 10.106 a AMES-B til. A Reuniu diversos movimentos,
c
La fecha ção. N união e Salve a Rua Musas. Como primeiras ações, o grupo
- L e ã o d d a n as sta "re ad apresenta uma denúncia ao Ministério Público
br o iliza ç est u o port ia da E tanto, a stratégi nde
Dezem io de mob meio passe itada send entidades e outros cidadãos a
Pr , entre uma e tipo ‘o m Estadual (MPE) e uma representação no Tribunal
r m e d e l i m s 8
Po
ada a
PL
bastan
te
camen
to da cidade em contestação à istas ais do que de Contas do Estado (TCE-MG).
aprov ta é ainda ra os deslo e morem gestão de Márcio Lacerda. ativ muito m imento, ? Com o que
o
s
propo somente p divíduos q
a u nhec and ?’, d ra
reco mos pis lidando rtura pa a”
válida scola, de in escola e a
est stamos a abe onvers
e
casa/ de 1km da de família e um c
am a i s mente .
re f e r encial do governo 10
p i á r i a
ic
benef

nt nt i sp a L po H a F ra o
ca nju am de aç a lo to da u est
U Á o jo r a iz v nt e
o o loT e iv rt or o e re nt
Re Co es C de g Pr to n Be jun eral " - D rot

FM gu rr d e. do on en e
G as es, as f O d ev te f to
9

a P

e T Cl Irm am es en oi
aç risc bl ote s e eito o G cas ro -

or ara ã íli taq to,


Dezembro -

s G D or n e
oc o a do um ida e Pr eun a em em

re s, D as u
nte contra o

êm and oth as
É organizada uma fre

ad ga o oc d R av ez

ea ar y,
, mo bilizando
aumento da tarifa

s. a,
i d ul ad rc al da l d
R, PSTU, PCB e

fo div niz Me ion ão a se de

up o no pr de ef iã
çõe s com o PC

s
organiza
uma organização

3
ta de
PSOL. Devido à fal
N liz su 1 -
o que
pauta do transporte,

m
anterior em torno da
ac aç j
ta de acúmulo de
também significava fal

s
e de
à pauta, a reação deu-s o dia
ea pa

en to rel ati vo A
conhecim par Praça
a r Rou

an iza do pa ra
ato foi org da 12 d
forma lenta. Um único aa

o
for ça de mo bilização e Mil realiz Estaç e dezem
"

po uc a
17 de fevereiro tendo ton aç ão
o
pouco impacto na mí
dia. os b Nasc ão de u foi cer bro - 11
par a n i m m ca
a m histas ento, e show da
õ
ais u inva ntre de
ga

ma d ta
ediç iram a nto,
or

ão d área
da E a Praia
staç
ão.
2011

PASTORAL METROPOLITANA DOS SEM CASA


Pleiteia a produção de unidades habitacionais de
interesse social – HIS – dentro do Município de
Belo Horizonte, combatendo as práticas atuais de
2011 Em 2011, um grupo de moradores da Vila das Antenas
no Morro das Pedras solicita assistência ao grupo
de pesquisa MOM (Morar de Outra Maneiras) da Escola o
produção de moradia para famílias carentes somente de Arquitetura da UFMG em um conflito com a URBEL, ntra
nos municípios vizinhos, em áreas carentes de A t o co
infraestrutura, equipamentos e serviços. A mam-bh que realizava diversas remoções em função de obras
do Programa Vila Viva no local. A partir desse embate,
eiro
-
- com
ever a tarifa , o ato
O movimento surge ni contexto da e f
principal pauta do grupo é a mudança da Lei de Uso 17 d ento d cussão ,
preparação de Belo Horizonte para 3 percebeu-se a necessidade dos moradores entenderem e
e Ocupação do Solo de Belo Horizonte, para eles os processos de produção do espaço da vila, constituindo aum a reper ortant
sediar a Copa do Mundo de 2014, c p a
grande responsável pela impossibilidade de produção assim uma consciência histórica que os fizessem valorizar pou a-se im or ser e
p
de HIS no município. Ele desenvolveu ainda o buscando aliar lutas locais, muitas
seu espaço e suas formas de produção, de maneira a to etant z em u ro
r n o , q
mapeamento de áreas vazias no município e passíveis em decorrência de impactos do evento.
embasá-los não só na disputa contra a URBEL, mas também entr eira ve arifa ze
de uso para HIS. Ele se propõe a ser uma entidade de
em outros possíveis embates. Surge assim o grupo prim uta da t uma
a
1 articulação das associações de 2 a pa ece em o contr
História em ConstrUção. r
bairro, ampliando o espectro das apa ifestaçà
lutas para uma resistência mais 4 man ento.
m
sistêmica. Fazem parte do movimento o au
as associações de moradores dos
bairros Buritis, Jaraguá, São Pedro,
Santo Agostinho, Belvedere, Pampulha,
Bandeirantes, Lourdes, São Gabriel, 5
Cruzeiro, Maria Goretti, Planalto,
São Luiz, São José, Floresta, Alta
Santa Lúcia, Vila Novo Horizonte e 12 de
na Pra março - Pr
em pr ça do a
Encontro
Associação Comunitária Social
otes Card ia da Esta
Maio - Revista Cultural Desportiva. Os jov to à morte d oso, Aglom ção é realiz
té parece a ens fo a
publica a mat ér ia "A
da Praça ram m e dois joven erado da Se da
Lapa", em que
a regi ão
co mo provo ortos no di s pela ROT rra,
co m pa ra da cando a 19 d AM.
da Estação é de Ja ne iro. dos m uma série e fevereiro,
no Rio orado de pro
Bairro da Lapa eo res do t
Para grupos en
vo lv id os de sd aglom estos
da Es ta çã o, erado
Praia .
princípio com a nho anarquista
cu
sobretudo os de ia é um reflexo
a matér
e autonomista, rte da
de um a ap ropriação por pa -
es ce nt rada a o
s ator
mídia e de outro ctos lúdicos da riz br do
a uto
somente nos as pe ra s se em ca os
a, portanto, de
seu
e itu studo ceiro de ez bli gid . o
Praia e despojad ter contestatório. re f e inan dra ht d ú n e a
de o P ti ont ch
rá - P de f c
ca
6 b ro ento ico- as An ebre 12 riçã os A riz ar o de ê
m im n ô m o r d o M i
ze ut eO pa lar d o H 2ª etiv oss es
acia De nvolv s, eco onstr ello ração o do a l à j
de b cisco e o c e ng a u e b D çõ o
roj e t o
ran
e s i c s a M
o d aníst s pela arbos da O ao lo o
p eir Pop e B unto o o o o iola nd 4.
7 ta p o São F ejinho. im ê d j e i v c u 1
sto -
pre s e n
reg oB
b o
ur ídico ez, B taçã ciad stud ativa a Pr mit opa reu tev úbl s e o M l 20 13
Ago eitura a do Cór arque d o jur tierr plan nsor s. O e inici r e p o d o
Co la C oco rda er act pa teb
e f ã o
Pr etenç ea do dos c P o m 27 de setembro - 11 Gu ra im a Co ruda pela ria H. d
r i arra
r
Lei nº 10.277/11, Lei da pa rban o Ar vido ue da va B p t ace po imp Co e Fu
e o
de d ro da á envolv pra b ente A L o e da d
t m Praça Livre - Lei é aprovada U le d vol o q No ra r a br es A
den tivistas obiliza do som à Va esen da é OUC Fo ega so ent FIF
Os a ue se m nseguin ovação como decorrência do debate sobre d iva à tr rr
parq jeto, co sua apr a os usos de espaços públicos pr igem en e co
o or d
o pr icionar zação d , iniciado pelos grupos da Praia
i a
cond onsabil ela áre ação da Estação. A Lei facilita a 12
e s p P p c u p realização de eventos de
r CA sua o
D
SU dind
E
e
o pequena escala em praças COMITÊ DOS atingidos pela copa - copac-bh
imp públicas da cidade. Foram criados comitês em todas as cidades-sede da Copa do Mundo
FIFA de Futebol 2014 buscando discutir, entender e questionar os
9 efeitos do megaevento nas cidades brasileiras. Para o grupo,
10 durante a Copa, lucros de grandes empresas e empreiteiras foram
gerados às custas de investimentos públicos, deixando ainda um
15 DE OUTUBRO - OCUPA BH legado de remoções forçadas, violações de direitos trabalhistas,
Chamado via internet convida outras cidades a privatização de espaços públicos, repressão do Estado sobre a
aderirem ao movimento Ocuppy. Em Belo Horizonte população e o decreto de um estado de exceção. O grupo defende que
8 um grupo permaneceu acampado por 140 dias na somente com a mobilização popular é possível uma resistência
Praça da Assembléia. O grupo tinha como eixos
SETEMBRO - OCUPAçõES de proposição a mudança de organização social
crítica e propositiva contra o usufruto privado de investimentos
públicos. Suas ações se organizaram em três comissões: mobilização
ZILAH SPOSITO E HELENA GRECO e econômica e do modelo de democracia e articulação com as comunidades diretamente atingidas pelas obras
150 famílias organizadas pelo representativa. Durante o período da ocupação ou por ações do Estado (os vendedores ambulantes e moradores de
Movimento de Luta pela Moradia eram realizadas conversas, aulões etc. em torno rua, por exemplo); levantamento de dados sobre obras e ações do
no bairro Jaqueline de tais temas. Além disso, o grupo apoiava Estado referentes à Copa do Mundo; e divulgação e esclarecimentos
outras ações da cidade em momentos de protesto sobre os impactos da Copa junto à população.
tais como a greve das universidades públicas.
2012 2
1
Diversas ações da prefeitura nas imediações e dentro
REAL DA RUA do bairro fizeram com que o grupo SALVE SANTA TEREZA
O ativismo surgiu da parceria entre a ONG Pacto e o
coletivo Família de Rua, esse último envolvido com o 201 retomasse sua atuação. O grupo hoje luta contra a
implantação de um complexo comercial e serviços ao
Duelo de MC's. Desde de 2007 o coletivo Família de Rua
tem demandado uma posição da prefeitura municipal
2 longo da Avenida dos Andradas que além de colocar em
risco a Vila Dias desrespeita a ADE de Santa Tereza; e
quanto à manutenção e melhoria de iluminação e a manutenção da ADE de Santa Tereza, constantemente em
segurança do baixio do Viaduto Santa Tereza, área risco pelos interesses de adensamento da área. Uma das
ocupada pelo Duelo e diversos outros grupos de Belo grandes lutas do ativismo foi contra a construção de
Horizonte. As respostas da administração municipal, uma escola automotiva no local do antigo Mercado
entretanto, sempre foram no sentido de repreender os Distrital, projeto aprovado sem a devida consulta e
frequentadores do Viaduto e de segregar grupos participação popular e que acarretaria em um grande
marginais (moradores de rua, usuários de drogas etc.). impacto ao bairro. Após uma atuação constante, a
Desse embate surgiu a necessidade de o grupo proposta de instalação da escola foi abandonada.
desenvolver propostas alternativas para o local e assim Atualmente o Mercado encontra-se sob gestão da
contrapor a atuação da prefeitura. Diante da falta de Fundação Municipal de Cultura com a promessa de uma
diálogo junto a essa, maneiras autônomas de manutenção gestão compartilhada entre diversos grupos.
da ocupação vem sendo pensadas, resultando na
conformação de um conselho local. O conselho se reúne
para a discussão de propostas relativas ao espaço
vindas do próprio grupo e também de agentes externos,
como por exemplo as obras de "qualificação" propostas
pela PBH em 2013. São ainda decididas nesse encontro
formas de ação para a permanência dos grupos que ali 3
frequentam, medidas de enfrentamento às ações
autoritárias do poder público, como por exemplo, a 8 DE JULHO - BH EM CICLO
criminalização do pixo etc. Todos os que ocupam o
espaço participam desse conselho. ASSOCIaçãO DOS CICLISTAS URBANOS DE BELO HORIZONTE
Defende o direito ao uso da bicicleta como meio de
transporte e o desenvolvimento de alternativas de
locomoção mais sustentáveis. Sua criação partiu da
percepção de um descompasso entre as necessidades
daqueles que utilizam a bicicleta como meio de
transporte e as políticas e ações do poder público e
demais atores que influenciam na produção do espaço
4 urbano. O grupo propõe-se, então, a articular o diálogo
entre ciclistas e gestores públicos e ocupar os espaços
26 DE ABRIL - OKUPA VIADUTO SANTA TEREZA de participação no planejamento urbano da cidade.
Conformado por atores que tradicionalmente já ocupavam Dentre as ações empreendidas pelo movimento estão a
o Viaduto Santa Tereza - Duelo de MC's, grafiteiros, proposição, organização e articulação de eventos e
dançarinos de hiphop e skatistas - propunha a reflexão intervenções urbanas sobre a temática da bicicleta e da
sobre modos de convivência e ocupação da cidade e luta mobilidade, atuação nos canais institucionais de
contra as políticas gentrificatórias e higienistas dos participação como o Conselho Municipal de Mobilidade
governos municipais e estaduais, principalmente em suas Urbana – COMURB – e o grupo de trabalho Pedala BH,
intervenções no baixo centro.Sua primeira ação foi a monitoração de ações do Poder Público relativas à
LavAção do Viaduto em 27 de abril de 2012. O grupo temática, além de produção de relatórios e pesquisas
também esteve presente, junto a outros movimentos de sobre a infraestrutura cicloviária da cidade e outros
Belo Horizonte, na ocupação do Viaduto Santa Tereza em dados sobre o uso da bicicleta.
2014, devido ao seu fechamento pela prefeitura para
obras do Circuito de Esportes Radicais.

50
- As 2 I
27 de abril - LavAção - a S i lva II liana Silva
5 l i a n o E m a
O ato constitui-se como um mutirão de to - E das d mes
limpeza da área do baixio do Viaduto Santa Agos as despeja terreno na lano
í l i o p
fam ram out r um eitar
Tereza e escadarias de acesso, articulando c u p a a v e z com ou-se resp upação
o s c c
Família de Rua, coletivo Fora do Eixo, teatro o, des e bus as à o tais,
regiã ístico ond es relativ s Ambien
Espanca!, Espaço Cultural Nelson Bordello, n õ i
urba as legislaç iretor, Le
integrantes do BAixo BAhia Futebol Social, D
todas a – Plano ento etc.
população de rua, grafiteiros, além de outros e
da ár e parcelam
atores que ocupavam tradicionalmente a área. Leis d
Além de seus impactos concretos, significou
ainda para seus autores uma forma
de "afirmar as ações de ocupação da cidade"
2
2012 - 2013
6 de sete
É publi mbro -
ca
(Diário do no DOM
Oficial
o intere do Mun
o- s ic
agost AM em sub se da construto ípio)
24 de o do COM al do meter a
e u n i ã n i c ip otel 1 constru o COM ra MASB 3
R
n s e l h o M ) sobre o H Musas.
u ç A
Jardim ão em uma áre M licença para
(Co ente Rua Améric
Ambi struído na m a a
. A área verde no Bair
M e i o
ria co
n
ionav
a
1 2 era foco
d e lu
a
, entreta ro
que se istas quest nciamento
i v
Os at tência o lic
e
e
2 0 transfo
parque
ta
rmação local pela sua nto, já
e
público m um
comp tal para o .
n . 17 de setembro -
ambie endimento
em p re Moradores do Bairro
Jardim América criam
o Grupo Organizado de
Moradores e Usuários do
Bairro Jardim América.
dezembro - vila pomar do cafezal
A ocupação já vinha acontecendo maneira espontânea há
aproximadamente uma década. Em dezembro, a Prefeitura
de Belo Horizonte e a Defesa Civil interpõem ação de
Tutela Antecipada em desfavor dos moradores da Vila do
19 de fevereiro de 2013 - Na primeira reunião para Cafezal, obrigando os moradores a se organizarem para
discutir a ameaça de supressão dos fícus da Av. resistirem no local. Parte das ações do grupo é
Bernardo Monteiro é fundado o FICA FICUS. O grupo recuperar uma área degradada pelos próprios moradores
8 de março 7 organizou protestos e atividades culturais na área, da Vila com o despejo de lixo, entulho e esgoto. Essa
Primeira postag - aliados ao controle das ações da prefeitura em ideia nasce da percepção de que essa seria uma ação
em importante no sentido de legitimar a luta e ainda para
na plataforma relação às árvores e à promoção de audiências
ficaficus.crowdm públicas. Devido à pressão popular, um canal de atrair colaboradores dentro e fora da área. A
ap.com,
um mapeamen diálogo entre a prefeitura e o grupo foi aberto para 6 recuperação da área dá-se pelos cuidados diários por
to digital
colaborativo de a busca de formas menos drásticas de tratamento da parte dos moradores e pelos mutirões realizados uma
áreas
verdes em perig praga. A atuação do grupo refletiu no manejo da vez por mês, momento importante para reforçar a
o articulação com apoiadores externos. Existe ainda a
na cidade prefeitura com os fícus da Av. Bernardo Monteiro e
também em diversos outros em Belo Horizonte também perspectiva de aproximação ou reaproximação da
atacados pela mesma praga. Com o tempo a pauta do 4 natureza – para os que vieram do campo – em uma área
grupo se estendeu às demais árvores e áreas verdes carente de espaços verdes e de áreas coletivas e o
da cidade buscando denunciar o descaso da desejo de transformar um espaço subutilizado e
problemático em uma área produtiva.
administração municipal junto a elas e defendendo o
aumento de áreas verdes de qualidade em Belo 5 2013
8 Horizonte. O grupo atua hoje no combate às podas de
l
árvores realizadas pela CEMIG, na defesa por fiações Civi
subterrâneas e na denúncia das supressões de árvores D e fesa da Av.
- s
ública, a reiro s ficu
reunião p do Corredor
pela prefeitura em decorrência de obras públicas.
d e feve dical no devido à gos
- E m Para monitorar as áreas verdes da cidade o grupo 14 oda ra o n
rç o
13 de ma anuncia a criação . Proposto pela nteir a e fu a
o criou um mapa colaborativo onde são georreferenciadas faz p rdo Mo ca branc es. É feit
prefeitura a Praça da Estaçã ura, o projeto Be r n a m o s v o r
lt u ra l d d e C u lt
PAC
pela sociedade áreas verdes ameaçadas pelas a da as ár ebook
Cu
o Municip
al
ndos do ações da prefeitura. prag tacavam via Fac reunião is
Fundaçã mentado com fu investimento do a a
que chamad ara uma possíve
le e e
seria imp istóricas, linha d a preservação d uma ocando p iscutida s
s
e s H para u d a
Cidad v o lt a d o o d e s e o n v a m e d
federal a ocasiã c seri ra o cort
governo ricos urbanos. N barcava a área da on d e t .
h is tó u e a
nde até o s con adas
sítios
n
to, q
to, o proje sde a Casa do Co ticado por açõe es tomb
m e r
la n ç a
Estação d
e cri árvo
tionado e a com
Praça da nicipal, foi ques 07 ocupando a áre 16 d
u 2 0 s 1º P e mar
Parque M e vinham desde ural. Na eatro
u unho cult T a Estação Ocu icnic ço -
grupos q , sobretudo, de c tivista ligado ao , 2013 ra l d a Praça d para F
e s s , a n e s lt u Mo pa Be ica Fi
atividad e Gustavo Bone é real!" (B
o
ade o cenário
cu
ção públi
ca
palavras
d
e d o r "j á existe, já ortanto, a necessid ue constituíram m a falta de licita i ( 2015) bus nteiro rnardo cus -
o corr p q stav a z z
Espanca!, zi, 2015), levanta enção na área os
ndo, atores orredor e e Paula B
ru
projeto; a pod cava d - O ev
d B ru z in te rv e lo s g ru pos ao C jeto, processo qu na concepção do a e
adma drást r visib nto
apu
erar em u
ma
apontada
sp o pro res o pelo
volveria desses ato e sua substituiçã peração inis ica d ilida
de consid Dentre as críticas itetura que desen de participação O traç o d
ão m s fícu e à
. u a Miguilim peito da
e entorno escritório de arq dissertação; a falt e Rua/Programa formações a res alizaria; o uni s pela
d o s u a o d d e in s e re cipa
escolha es em pulaçã lgação qual o pro
jeto o
om detalh ncia à Po a de divu cal para l
explica c Centro de Referê Juventude; a falt , instrumento pelo is existentes no lo o circuito para
do a s ar
retirada o de Referência d a Vale do Arruda nifestações cultura ssidade de pens 9
Centr n s o rc ia d s a s m a a ; a n e c e a ra a
o da d p
Urbana C nhecimento de to roposta apresenta lização de editais
desco e n to d ap , c o m a rea
im no
desenvolv do desenho urba
além d a á re a .
ocupação
2013 (1)

o-
març
18 de tro reúne os setores
p
n
Enco s de diver cas de
o t á
s
t i
rec é m
1 2013 2 ar
gru
discu
tir ojeto de Be
lo
raça d
a min
para ncia ao Pr refeitura tural da P s
21 de março - reli rtes - to
Segunda Reunião Pública de to P
A m o do roje
ê P
resist iado pela rredor Cu levantad tos do
l a apr roje ão da ntetiza rojeto um p ersas ive em te
Projeto Corredor Cultural Pra esentação do o P i s v s
c o
anun onte do C s questõe os impa to aos
s c ça da Estação ca d staç do s "o p mai m di nclu men
i z e a o m e i (na ocasião o nome do projeto r ço - Públi tural E Cança entes: ce ser ado e adas, i uposta essas
H o r en t r
upaçã
o c
dizia
re s p ão de já havia sido a l
3 8 de m ntação or Cu ngton os pres es pare o realiz as déc reas s o por ue
ão. D ituaç modificado para “Corredor
Estaç m a preoc o no que ores em s anas Cultural Estação das 2 e se orred Welli do d a Art com ltim de á
a
dad as q ente trás
a d Artes”). Ao fim do encontro, r
Ap a o C s de raliza ção d ano, nas ú ação” r degra ontâne ianam E por
estav o, sobretu eis (morad rações Urb pela que atraiu centenas de a b
t
pro s vulne v c.); as Ope sinalizado ão; e a
je r á pessoas, nove representante par alavr o gene l Esta aço ur sileiras vitaliz de po s e esp cotid blicas. a e
s dos grupos ocupantes p a e icas
t
grupo ixadores e strumento a interven são
ç do local foram eleitos para
compor a comissão de As iment ultur do esp es bra de “r e enten pulare esafiamcas pú de vid s polít
t C o i
ru a , p as , i n o n
açã uma co m i s acompanhamento do projeto sen redor cação s cidad retext que s ões po que d polít cheios atégia s çad
o,
orciad
, junto a um
utiliz ao representante da Fundação i o s
Cor entrif ais da ob o p mos, ifestaç ade” e or da res já s e estr grupo ]" (Can o
Cons tura para tuição de civil par Municipal de Cultura. r s e d a .
re f e i i n s t i
ie d a d e Essa comissão faria a media de g s cent onte, o sab as man dernid ieniza r” lug iliário ticas e ços. [.. pavam ra
p sta de a soc to. ção entre os interesses á
área Horiz s. Com aquel a “mo eto hig alifica s imob de pr e espa ue ocu , embo a
propo entativa d o do proje desses diversos grupos, a pre
feitura e o escritório
s
repre anhamen
t de arquitetura responsável Belo radada todas uais d o ímp “requ teresse ituição dades upos q ontros mesm
pelo projeto, sendo o n i
acom
p gerado desse processo uma deg das sã os ma itiva e tendem mes in subst e ativ om gr os enc uzia a
a d
novamente publicamente apr
proposta a ser ban pam a e coerc ue pre enor isam êneo d álogo c ealizad repro os
esentada. s c a a d s q d e m e v o g d i r s - d ã
e acid jeto con s qu hom um oram iteto cida ão
cap ses pro s, se es adora junto de alg 2015) f s arqu el dos isões s
v
des lidade onser m con a fruto ruzzi ( dos e o o pap as dec
c u
q stas is po embor aula B estaca , onde uanto
u a e r
s q
eliti iciona rojeto, reve P ados d pativo es, en junto
trad 3). O P o desc deleg partici ugestõ cnicos,
s
201 l - com ntre o essos das e s tros té
c
loca ssos, e e pro deman s e ou
d o
esca mica trazer quitet
i n â sé a r
d un elos .
com adas p úblico
tom oder p
5
ao p
15 de abril
É instituída Comissão da ro -
de Acompanhamento 4 a po i
18 de abril - - s o bre Monte
do Corredor Cultural Praça r i l i c a d o a l
Audiência Pública e ab úbl rnar ltur ra
da Estação pela Portaria da 11 d iência P Av. Be ônio Cu ação pa
pela preservação da Fundação Municipal de d a
Au fícus d Patrim autor i z
s
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Jardim América n
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A primeira das Ocupações na Região da Izidora, na da tência
Região Norte. A região tem sido alvo de disputa desde exis -
então em razão de uma Operação Urbana Consorciada 28 de maio
a p o d a
Nov
r

prevista para a área. Entretanto uma série de os


drástica d
irregularidades são observadas na Operação Urbana, s d a B ernardo
além da posse do terreno, que até hoje não foi fícu
Monteir o .
comprovada, tais como o mal uso das contrapartidas
e o descumprimento de exigências da Lei de
parcelamento nacional e municipal.
2013 (2) JUNHO DE 2013
A compreensão do significado dos protestos de Junho de 2013 encontra-se
ainda em construção. O que parece ser consenso entre os diversos autores
tra r que já discorreram sobre o tema é a diversidade de atores que foram às
e ruas e as mais diversas pautas - das mais conservadoras às mais radicais -
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ut re do do A c
a que emergem nessas mobilizações em todos os campos de reivindicação.
as ce s e s a om Outra questão amplamente discutida entre diversos autores são as
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1 2013 articulações que se tornaram possíveis após Junho de 2013, colocando em
sa er o p a diálogo novos e velhos ativistas de inúmeras correntes e dando origem a
s n si d au de novos grupos em torno de questões como a mobilidade urbana - esquecida
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rta da apropriação do espaço público, a questão ambiental etc.
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30 a P l on pe os ela ím a esto dirig ção, a
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N tr edi ar om r a ç a 7 , finaliz endo transm d a s Conf
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Surgida no contexto das Jornadas de Junho de 2013 estavam
im e e Fif içã
d ela str inicialmente tinha como objetivo a formulação de
p e re pautas e propostas para as futuras manifestações,
d propondo-se um lugar de diálogo entre os diversos
grupos mobilizados. Com a ampliação das pautas e
propostas para além das mobilizações, tornou-se um
espaço de diálogo organizado em torno de 11 eixos
temáticos de discussão: Mobilidade Urbana (que deu
origem ao Tarifa Zero – BH), Reforma Urbana, Meio
Ambiente, FIFA e Megaeventos, Desmilitarização e
1e Anti-Repressão Policial, Saúde, Educação, Reforma
Política, Direitos Humanos e Luta contra Opressões,
Democratização da Mídia, Cultura, Disseminação das
Assembleias e Permacultura. Muitos dos GTs como o
Tarifa Zero - BH se emanciparam e passaram a agir de 9
maneira autônoma, o que contribuiu para o esvaziamento
da APH que hoje não mais funciona como um fórum
permanente de discussão, se envolvendo de maneira
pontual em determinadas questões, como, por exemplo
a crise política do governo Dilma.Os GTs buscavam a
construção de contrapropostas às políticas e práticas
vigentes e formas de torna-las concretas em
espaços de participação, protestos etc.
2013 (3)
JUNHO DE 2013
A compreensão do significado dos protestos de Junho de 2013 encontra-se
ainda em construção. O que parece ser consenso entre os diversos autores
que já discorreram sobre o tema é a diversidade de atores que foram às
ruas e as mais diversas pautas - das mais conservadoras às mais radicais -
que emergem nessas mobilizações em todos os campos de reivindicação. 1J
Outra questão amplamente discutida entre diversos autores são as
201 articulações que se tornaram possíveis após Junho de 2013, colocando em
junh
o - e Ato -
20 de iro Gran polam
d 3 diálogo novos e velhos ativistas de inúmeras correntes e dando origem a
novos grupos em torno de questões como a mobilidade urbana - esquecida
a
e r c e x t r a uerd desde 2005 em Belo Horizonte após um breve período de mobilização - a
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Pr õe es apropriação do espaço público, a questão ambiental etc.
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o a s f ela po Fifa,
23 de junho - tarifa zero bh s ), a
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É proposta a divisão da APH-BH em grupos de trabalho, Mi a de 8 nte re o per o pro
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sendo o grupo de mobilidade urbana aquele que mais cerc entame dentra ersão d idos em rsas
tarde daria origem ao Tarifa Zero BH. O grupo tem viol entar a s disp am det e. Dive inho
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como principal pauta a mudança da forma de ao t mo ap tes for cidad do cam ais
a
financiamento do transporte público, por considerá-lo m ifes n rtes d longo adas. Mrique
e s t a
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um direito social. Ao ser entendido como tal, seu man rsas p árias a depred as Hen to,
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financiamento passa a ser, portanto, de div ession foram Dougl o viad
o n c h a t e , i d e .
responsabilidade de toda a sociedade, assim como os c arc stan os ca uint
da mmanife 21 an ia seg
demais serviços públicos – água, esgoto etc. – e não
um eira d ito no e d
de seus usuários no momento do uso. São ainda pautas Oliv o a ób
importantes para o grupo a abertura das contas das vind
empresas de ônibus, a melhoria do transporte público 1H
e a gestão popular do transporte.Para a concretização
da proposta, estão sendo recolhidas assinaturas para
um projeto de lei de iniciativa popular. A coleta de
5
assinaturas serve ainda para promover o diálogo e
incentivar a discussão à respeito da proposta e do
transporte público com a população em geral. O grupo 28 de junho - Prefeitura publica no Diário Oficial do
promove, ainda, eventos como aulões públicos, Município (DOM) a desapropriação de uma área de
manifestações, ocupações de espaços públicos – um dos aproximadamente 14 mil metros quadrados no bairro
eventos A Ocupação teve o Tarifa Zero como tema – Lagoinha para a construção do centro administrativo
as busonas - ônibus para a circulação gratuita em municipal. Moradores e associações de bairro vizinhos
determinadas ocasiões - e possui membros em conselhos a área se articulam, então, em um movimento de
e comissões com o tema da mobilidade, além de se resistência contra a ida desse equipamento para a
engajar em outros canais de participação como a região ao qual denominaram BRASILINHA DO LACERDA, NÃO !
Conferência Municipal de Políticas Urbanas.
2013 (4)
29 de JUNHO - 7 de julho DE 2013
OCUPAçÃO DA CâmARA MUNICIPAL DE BH
Devido às manifestações contra o aumento da tarifa, prefeitura anuncia a
junh
o-
a
29 de -BH marc te a sessã ra
o
0 13 redução da tarifa em R$0,10. Tal redução resultaria da isenção do Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), proposta pelo PL no 417/2013
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prote ordinária a votaç do a
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ão do
PL
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2 2 de julho -
aliada ao cancelamento da taxa de Custo de Gerenciamento Operacional (CGO)
via decreto municipal. Entretanto duas outras isenções já haviam sido concedidas
a n entad o em nível federal (isenção de PIS/COFIS e de imposto sobre folha de pagamento)
extra cipal par ivindica as apres à reduçã 1 Lançada campanh
a
i e d
Mun 7/2013 r as emen o federal e custos #OcupaCâmaraB que não foram incorporadas à redução da tarifa (elas poderiam representar uma
d H redução de, pelo menos, mais R$0,10). A aprovação da PL no417/2013 no dia 29
no 41 poração da isençã lanilha d , de apoio aos ocup
antes
in c o r aç ã o da p tretanto da Câmara Mun de junho de 2013 motivam a ocupação da Câmara Municipal de Belo Horizonte,
rpor rtura En icipal iniciando um processo que duraria 8 dias. André Veloso (2015) aponta a
(inco ifa e abe ônibus). ita a
a t a r d e l l i m representatividade da Ocupação da Câmara Municipal no contexto dos novos
d a icipa
stem es à
do si rda Mun nifestant movimentos sociais pela dinâmica auto-organizativa da ocupação e sua capacidade
a
a Gu da de ma aprovado de atração de apoiadores - cerca de 500 pessoas -, que contribuíram na organização
entra e o PL é rações 2 do local e com mantimentos e doações. o-
o cia
seção s incorp âmara d e julh a anun ifa
m a . C tão,
A 5 t u r t a r
se
ostas ei da do
prop cipal é, e
n 4 Pref dução , voltan
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M ada.n i a re R$0,15 iginal
ocup ara em reço or com a xa
A to - soas. P tativo ao p $2,65, o da ta ação
d e e s e n
ran 00 p pres de R utençã corpor postos
o - 7º G is de 2 um re junho, aos man e a in os im
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julh co m 5) fo es de gos e dade 5 CGO enção d
5 de iu pou so (201 entaçõ os anti ecessi s
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Atr ré Velo movim mos, a stos, a ação e
n da i rais
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do f endo a idos do ias de mtão ain alcanç s
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traz m surg stratég . Ques Como ira ma ,
c é r e t a s o s : n e a é
re ensa as lu a el
3 de julho - vism em te d
É realizada uma reunião com o prefeito Márcio Lacerda e delegados de p nsão d os ati dade d de par as
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da ocupação da Câmara, onde são colocadas as reivindicações para a exp ral par a socie e gran ada pe
t u
desocupação da Câmara. André Veloso (2015) descreve o processo de cen bilizar vez q subjug os
o a 6 de j
e m la, um mbém ra qual u
escolha dos delegados, em fatos importantes emergem. Após todos os
a m p l , t a ont É deli lho -
candidatos defenderem seus motivos para estarem presentes na gera es c b
votaçã erado em
reunião, sua participação era aprovada ou negada pela plenária. A em inação utam? 6 des o pe
dom ismos l 7 ocupa la
princípio não havia um número máximo de delegados. É representativo çã
ativ Câma o da
que somente ativistas ligados a grupos que na leitura dos demais tinham ra
uma atitude oportunista em relação à ocupação - Movimento Estudantil Muni
cipal.
Popular Revolucionários (MEPR), União da Juventude Socialista (UJS) e 7 de julho -
DCE-UFMG (que na época tinha uma gestão em sua maioria do Partido Um cortejo saiu
dos Trabalhadores - PT) - foram rechaçados para presenciar a reunião. É 3
da Câmar
representativo ainda que durante o processo houve o pleito de paridade de Municipal marca a
ndo
gênero na escolha dos delegados, o que foi rechaçado pela plenária, o fim de sua ocup
ação
demonstrando que, à época, o feminismo não era ainda uma pauta central, tal em direção ao Vi
ad
como é possível perceber atualmente. Essa foi a primeira vez desde a posse do Santa Tereza, loca uto
ocorria o ato/m l onde
primeiro mandato de Márcio Lacerda em 2009 que movimentos sociais foram anifestação
recebidos pela prefeitura tendo a negociação como pauta. Diferentes "A Ocupação"
temáticas foram abarcadas nas exigências apresentadas, refletindo a
diversidade da ocupação:
1.Revogação da portaria da BHTRANS de 26 de dezembro de 2012
que institui o aumento da tarifa de ônibus de R$2,65 para R$2,80;
2. Incorporação imediata na redução do preço da tarifa da
desoneração da folha de pagamentos (vigente desde janeiro de 2013) 8
e do PIS COFINS (vigente desde maio de 2013); 7 de julho
3. Divulgação pública dos dados contáveis necessários para a
realização de uma auditoria cidadã das empresas de ônibus, com A OCUPAçÃO - O CORREDOR CULTURAL JÁ EXISTE
publicação dos produtos parciais previstos com a Ernest Young;
4. Implementação do Passe Livre para todos os estudantes Parte do grupo que participou da construção do evento fazia parte do Comitê Popular
e desempregados; de Arte e Cultura da APH-BH que se articulou ao coletivo Família de Rua e aos alunos
5.Agendamento de uma reunião com as ocupações urbanas e o da Escola de Arquitetura da UFMG (UNI009, da prof. Natacha Rena) interessados, antes
Conselho de Habitação; mesmo dos protestos, em promover um grande ato no Viaduto Santa Tereza. Um aspecto
6. Agenda de reuniões com demais eixos temáticos da Assembleia interessante em relação ao nome do evento demonstra o uso da linguagem como ferramenta
Popular Horizontal. de disputa. Segundo Gabriel Murilo em entrevista concedida à Paula Bruzzi (2015,
É marcante a transmissão da reunião via streaming, o que permitiu que ela fosse p.219) nomear como 'ocupação' enquadraria a ação como uma manifestação, deixando de
acompanhada em tempo real por uma infinidade de pessoas para além dos ser necessário, portanto, um alvará para sua realização. Por outro lado, ele considera
delegados destacados. Abre-se aí a possibilidade de aportes dessas outras pessoas ainda que a escolha extrapola essa questão prática: para além de uma atividade lúdica
por meio de chats, sms, aplicativos de mensagens intantâneas etc., permitindo, de (em sua concepção um simples 'evento'), a ação pretendia se constituir enquanto ato
certa maneira, a expansão do coletivo ali reunido. Não satisfeitos com a reunião, de contestação, distinto, entretanto, de formas tradicionais de manifestação
entretanto, os manifestantes decidem manter a ocupação. contestatória. Paula Bruzzi (2015) sintetiza que a forma de articulação em torno da
ação se complementava entre os canais digitais - o Grupo de Discussão (somente para
convidados) e a Fanpage, ambos no facebook e as Planilhas compartilhadas no GoogleDocs
- reuniões presencias e o espaço urbano no qual se realizaria o ato,
escolhido por votação.
2013 (5)

Julho - OcupAções EsperaNCa


e Vitória na regIãO da Izidora
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B tr ações d ão, 3 e ju toco o pr s da pro oroty Dandara e nta horas. om o obje provê-las áreas à
L 10 d LB pro entre ntante a sido o Ir m ã D , r i c e
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l ares das Oc o Ros pela e M eunião represe o hav julho tes da Rosa orizonte de negoci pações, al oradores ealizada co o
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uma ária d inclui cipal, te
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B õ
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regul ra e serviç foi um des pação da para tratar o acordo issão
b C â m e s p p a r a
J t o s o t r ê r r ron
t s da os por ntro e ara Mu u a cu o m m
t a i s e
con ora. Ta iga da al da T Sem F aluno s ligad o
enc Câm estrut formal. El asião da O ma reuniã correu. Co ar uma co entos
e c u o ri m
d t r s
Izi ais an Pasto iteto sores iado inho e re à cidad cerda na o ização de o que não meteu a c dos movi nsoria
a al s , ro s e fe
a m issão o Arqu profes or apo to viz de 4 Már c i o L a a r e rb a n a c o m p
p a ç õ e a l , D e
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Comociaçã l - por MG, p conju istóric
n o ctuad ões u ra se s ocu stadu iscuti
foi pa as ocupaç , a prefeitu tantes da Público E nte para d oi ainda
Ass -Brasi s e UF rajara, com h utros d
upaçã
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repre
sen nistério Horiz
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áreas
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ASF -Min to Ubi eão e de o desoc ada por adores, Mi ra de Belo zação das iais de des hos
C jun aL lém fo r m apo i eit u la r i d i c ab la
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on Ros 90, a a i c a e Pref es na regu as ações ju fim dos tr amento
ao C pação os 19 igados Pú b l
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Ocu nos a s não l espec ada a susp o municíp udança d -2 (áreas p ão
d d m S ç
luta iadore rupo.. acor e autoria missão, a para AEI a articula ra
d c o a s ) e p a
apo hum g v a a d
da no áreas ocup ção fundiá ual e fede
r i a r a l
nen d a s ari z a est a d va à
regul governos nta relati
a o s c o n ju re a .
junto ma ação ação da á
A rede de movimentos #resisteizidora u ariz ado
regul do acord
é formada por diversos grupos Po u c o e z .
tais como Brigadas Populares, se f
MLB, Comissão Pastoral da Terra,
MLPM, em prol da permanência
das cerca de 8 mil famílias da 5
área, segundo informações da
l l rede de apoiadores.
pa a s
i ci ion ovo
s m .
un ac s n o za ia
M a N do os n bili ênc m sos 6
pa ci te id o er u s
E ta rên Par ug e m onf era oce logo
- fe - s s C s pr iá is
s to on es cém nho da ista om o d ma s,
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go C a re ju o iv c o e ço
A a 5ª Cid os de açã s at eal tant s d spa da
d as ism os icip do to r tre po s e os o 9
d tiv est rt os ta en gru se ad m (Na época
a rot pa uit con s, m nes leg co de b ro - T a ri fa Zero BH ) elabora
p ara m ro ivo co o de tos da Setem H-B H
p ara ei at do açã ois lei cie ade da AP o de
o G T de mobilid r para a implantaçã de
P rim icip eci de e d m e so al. ain d a P o p u la (P ro je to
p art bel lo qu se da du iativa nibus
Lei de Inic orte público por ô grupo entende
p sta u iu fos es sta 11 de Agosto - Projeto de n o tr a n sp Z e ro ). O ras
e cúm it H ant a e A Ocupação #2 Praia da 8 tarifa zero tiva Popular Tarifa das 95 mil assinatu te)
a erm -B nt ap Lei de In ic ia
colhim e n to
elo Ho ri z o n
p PH ese et Ocupação - Ainda como um cesso de re rado de B al é
A pr na questionamento ao Programa do que o pro árias (5% do eleito a Câmara Municip a
re vil ção, necess vota çã o n iscu ss ã o d
ci Corredor Cultural da Praça da Esta o PL vá a oportunidade de d Segundo
a área de para que a l.
o ato teve como objetivo ampliar também u
m ge ra
cussão em de 15 a 20 mil
Agosto- tadas para com a dis
7 a atuação. Outras táticas foram ado proposta re co lh id as um
U aprov
R burlar constrangimentos para o uso
do espaço, loso, foram , que após
O COMP stalação carr inho s de André Ve turas para o projeto tensa, acabou
in de assina
vorável à io como, por exem plo, o uso
e campan
ha in outras
parecer fa tomotiva no préd supermercado para que equipam
entos pesados período d do prioridade para grupo.
sc o la a u de S a n ta configurar perd e n d o
de uma e mercado distrital a que a como caixas de som deixassem se ações
g o ra s nece ssário seu
do anti Pa
de 2007. etanto, era mobiliário fixo, não sendo mai
ativo des tr sua colo caçã o em
Tereza, in cesse no local, en nsformou licenciamento para
e s ta b e le i q u e tr a espaços públicos.
escola se rio flexibilizar a le Especiais (ADE)
necessá rea de Diretrizes

o irro e
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2
2013 (6) id
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pr jeto Tar s
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pa rde da ma iên e ã
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ra n de ra cia 21 m a e In zen São nsá ime te a refe 199 da um 3
us o P sa M Pú u ei d tra de spo pr an a p nos uxa m o
o ar pr un b
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o/ rd ão d reg raç ze run ant aç ue o gar tes ici ha. c u p a
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l d e L au ulã tiv u o s a ar a ca etemto Cam m Ca ento d
d o P o a s a ndo blic orm Câm s d eS e m e
1 Sã m d do ua pú o f à aze 22 d çamen ndial s lança ento d Lei de
a n u a o i m d e
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p ans age dir m o o a a
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tr ass se ara cam natura Popul cerca a com s,

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assi iativa reuni do d traçõe mane

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c o o a a
Ini paçã long utras esm ção".

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Livre - Ato b u a nte ano nta H ria
os das empres
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co ra os abus apropriação pelas
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imp rro Sa s imp bretud va de m u tub úblic ão Go arifa Znda O aos d lentes lógic
empresas o ia P Aç
mento de Bai as mai ão, so entati ais co d e o T m e
18 diênc al de 2017 de E ifa Ze s equ assim os. A
r o iv a , a
nos ônibus, au finais de áre rvenç uma t res loc o
publicid e
ad
us no s u
A ria 20 n u 1 4 - s t a a r
e T rá and dur i o o t i v
oferta de ônib se inte s. Era os ato scand po
Plu íodo a Pro ção d us ho stion s pro de
m an as e ba irros distante Dia tato d res bu de um r t t a e e ia o
se s) e
p esen lan do s
etropolitana
da s ta ri fa
con ros ato a luta co , qu os d açã 6 5 4
integração m i cerca de 300 pessoas. apr a imp s, ten mana ado a b aleg
atra out alecer pou os par riado de se atrel da so ". -
fort po com com ade. utubro ara -
o d e fe dias porte ejeita nicas 5 de o ço na Chác a verde em
gru culad da ci dos trans foi r as téc 1º A b r a
o na á re
a r t i
ism
o s
do posta stênci t o s i mbólic rro Jardim
A no Bai
8 ativ pro consi a de
perigo a atraiu cerc
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800 pe

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ico a o
ci mai sso
P úbl nta n
i o e ê e
stér pres ntra di do roc
11 Mini ual a nico co cola au tan o p e
ad c s z i
9 Est ecer té o de e te no ado fa lic n o d a
par stalaçã alizan Merc za. G so ncia ent to n rro
a in fission dio do a Tere ido a PM ica rê m en ai
as M úbl spa ncia im o B a
26 de outubro - espaço comum luiz estrela ntantes d pro go pré e Sant roduz p an ice end e d ric
10
tu b ro - Represe Silva, i
ant trital d nto, p ra tr e l re rd mé
O u
des Eliana e ue o se
comunida es, Irmã Dorothy, D s ocum Câma ava q trava- ão
i d mp ve A
Um grupo de pessoas ligadas a diversos ativismos em o rr O d ido da l, afirm encon gislaç e rea im
Camilo T lena Greco e á rd
Belo Horizonte e a grupos culturais ocupam um casarão
Cafe z a l, H e
URBEL. ped nicipa mento m a le as Ja
pertencente ao governo estadual e há 19 anos
sa L e ã o ocupam a vido ao Mu rendi rdo co nção d iais
R o e
desocupado. O grupo tinha como objetivo proteger e o deu-se d p
em desaco anute siden
c 14
A ocupaçã ento dos
recuperar o edifício tombado e fazê-lo cumprir sua ri m em l de m icas re
descump sos firmados pelo t
função social ao abrigar um espaço de formação ro m is loca cterís
com p rizonte a
ca airr .
r
artística auto-gestionado.Para o grupo, a experiência e Belo Ho o 13
representa a vontade da sociedade civil em protagonizar prefeito d imentos de do
b
12
ov
com os m desocupação a bro -
os processos de transformação pelos quais a cidade vem
moradia n
a an h 12 de novem Bairro
passando de maneira coletiva e colaborativa. mp oio Morador es d o
Amplamente apoiado pela comunidade da cidade e da P B H
- Ca m ap rela re za entregam
ro s e st San ta Te
vizinha ao prédio, o espaço foi reconhecido pelo mb trela uiz E si n ad o à FIEMG
v e s L abaixo as cola
No tas e um al ão da es
aç cado.
Estado, que cedeu o imóvel à sociedade civil pelo
tan Com contra a inst prédio do antigo mer
período de 20 anos. Após esse processo, a recuperação s iv a n o
a
Pel spaç
o automot
do prédio vem sendo empreendida de maneira auto- E
gestionada e colaborativa – a parte de escoramento ao
do prédio, por exemplo, ocorreu graças à uma campanha
de financiamento coletivo.
2013 - 2014

1 3
mbro
-
Deze rência Po na - A
pular
1 20 C
AM
OM ara nto
e a a - p e
Conf lítica Urb nicipal de r realizad deve bro révia endim
o u
de P rência M deveria s , o evento do e 2 e m p re
12 de dezembr z
e de nça mp ro
Conf a Urbana pela regra mandato Ato conjunto en
o - ATO RESIST
E BH! 4 8 de a lice de e o Bair
c , o ia
Políti 13, já que iro ano d não hav versos tre
Lacerda, não! en Tarifa Zero e Brasilinha de
2 ov
r ção e d
2 0 i m e u r a , d i tre 14 de dezembro - ap stru verd ica
e m
er no
p r
a pre
fe i t
event
o
ção durante o aniver outros ativismos realizado A Ocupação #5 co área mér
n
ocorr to. Como lização do ua realiza tido. O sá
Carlos. Os ativism rio da cidade na Av. Antônio Diversas ações já vin Movimenta Barreiro -
i a s i ham sendo prom na dim A
prefe cado a re ram para nte perm a da caixa preta do os protestavam pela abertura pelo coletivo Cabe
çaAtiva em espaço ovidas Jar
n v o u n i l m e u m s
co e ga uir r Operação Urban transportes e contra a nas proximidades s urbanos
mos s e é le onstr r, a se do Viadut
ativis oma, o qu ntro era c no Direto ra do Centro Adm
a Consorciada N
ova BH e a ida no Barreiro, entretan o do Via Shopping
o a
autôn o do enc são do Pl ela Câma para o bairro La
inistrativo de Be
lo Horizonte conflitos com a pr to eram frequ
efeitura e outros ato entes os
iv i p
objet sta de rev provado goinha. Surge daí a idéia de res loc
o p o o e a o d e das promover a ação no ais.
p r
a m i nhad realizaçã incentiva local.
enc l. A ias eram
icipa
Mun conferênc à frente
micro ativismos 3
.
pelos anização
da o rg
2014
25 de j
os "- aneiro
e p asse ulação Praia - - Picnic Fica F
a , r o p Co icu
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acer ra a
p
pós
a
elav
a poda d mo reação à s +
- "L são pa cada a e canc rástica nova
8
r o
nei do bu convo eto qu Bernar dos fícus da
e ja i r to do Mo
30 d ilhões ação fo r o dec iamen anto, realiza nt
do um eiro é
fevereiro - ocupação nelson 2 2 m
m
f e s t l i c a e n c
ani ra pub de ger m, no para a uta da
e n t
no loca evento
l unido
mandela (barreiro) A eitu
usto ), se stos a pa beis à
pref a de c l (CGO o de cu da um s conta Praia d
a
x
310 famílias organizadas pelo MLB a ta raciona reduçã Era ain s dado Estação
ope ssar a nibus. esso ao
repa a dos ô ão o ac nibus.
f
6 de fevereiro - 2º ato tari ifestaç as de ô 5
s
"Abaixou o custo, abaixa m n empre
a 6
a tarifa!" - Mobilizou cerca das
8 de fevereiro de 2014 - O Viaduto Santa
Tereza é ocupado durante oito dias. O espaço de 300 pessoas. Uma militante
havia sido fechado no início do ano pela PBH do PCR foi detida na concentração.
9
para obras de recuperação de forma considerada 7
arbitrária pelos grupos que o ocupavam e demais
ativismos da cidade. Dessa articulação surge o
Movimento Viaduto Ocupado, grupo que reivindicava mais
transparência na obra e na gestão futura do ero -
espaço. Com a pressão promovida pela ocupação o v a l - O Tarifa Z ara
13 Carn a us p
grupo conseguiu constituir uma Comissão de
c o lo c a dois ônib mente
BH gratuita
Acompanhamento da Obra, formalizada somente em circular carnaval. As
o
agosto. Após a desocupação, assembléias durante , como foram
períodicas eram realizadas no Viaduto buscando Busonas , serão uma
as
reunir os interessados naquele espaço, de grande nomead da diversas
eti
significado para muitos grupos, ativismos, ação rep grupo como
movimentos sociais e culturais de Belo e s p e lo de
vez tentativa go
Horizonte. Nesses encontros eram pensadas iá lo
cer d
possibilidades de pressão da prefeitura para um estabele ociedade

ã
com a s

ib ec do dad
processo mais transparente e aberto às l.
em gera

rif ca d p ss o
m s d tér rá e ô rio stu Ci

ta ar lico ar o É e mic
sugestões dos usuários do local.

da in úb bas us. onô a


Ge M o q resa equ oram dito m

e e
a R nd a o
au rai inis ue i s d ilíb e ria

ar ela Min did


do tud mp do ab Au o e

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10

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da pe vid com ifa
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re Dí ria Tar

en e io em n
da rce o -
março - ocupação prof. fabio alves pa arç

to lim P
11
M
60 famílias ocuparam terreno localizado ha
no Bairro Belmonte. Embora espontânea, s Carnaval - Campan
OI O O CA SA RÃO
a ocupação localizada próxima ao bairro EU AP
M UM
Belmonte em Belo Horizonte recebe apoio DO ESPAÇO CO
dos movimentos ligados às demais LUIZ ESTRELA
ocupações.
2014 (1)
30 de m
ar
Segunda ço -
1 4 S
Popular essão da Assem
març
o-
16 de izada uma opular
l
sessã
o
a de 20 do ato u
Horizon
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bleia
nificado l de construção
pelo Dir
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É rea sembleia a tentativ uma 2 eito à Cid
ade.
da A s co m de me .A
o r i z ontal s da cida à Cidade ualquer
H t a o q
l u e i t a áticas

a ai
a r i r rt o 1 4
unific única: o D ontro, abe razer tem

as rc v
es niu ida fa
s

so ce de
a c t , a
paut sta do en sado, era moradia e reform já

0 p u c ri
40 " re ar, a a ta
o s , s s 4 de abril - Justiça acata o

pa me to " ril -
pr o p t e re a n a b l i c o u p o
mo in e urb os pú de gr pedido de liminar do

de rar nt Se
ativis mobilidad dos espaç rticulação urbanas,

au A ab
Ministério Público Estadual
como cratização ros, pela a cupações airros

1o de
r o b e suspende o aumento tarifário,
demo as em bai ifa Zero, ções dos o a

3
r b a n s : T a r s o ci a c o n t r entretanto o Sindicato das
u z ado ado e a s o en lo
b i l i p d o n Empresas de Transporte de
mo to Ocu era pe
delib junto
Viadu dos. Fica m ato con Passageiros (SETRA-BH) alega 7 de
i
ating ução de u . não ter sido notificado pela "Se a t abril - 2o A
ari to
r
const o à Cidad
e 3 justiça, mantendo ilegalmente a cidad fa aumentar
i t e vai p ,
i r e o aumento. a manif ar
D estação ar" -
reuniu , que
ce
pessoa rca de 700
s
centro partiu do
em dir
ao SET eção
27 de a 5 RA-BH
b .
Segund ril - 7
a
28 de abril - para co reunião bril -
3o Ato "Se a tarifa nstruçã r i l - 13 de a Sessão da
do Ato o e ab ra e ir a
U
21 d ião pa o Terc
aumentar, a cidade vai 9 pelo Dir nificado s s em bleia
n d A
parar" contra o aumento à Cidad eito Reu trução do u la r
e s a Pop
das passagens de ônibus 8 con Unific ito ntal de
e Horizo ão do ato e
intermunicipais atrai Ato lo Dir ade ç z d de a
pe d constru o pelo a
p s n
cerca de 40 pessoas à Ci d
unifica Cidade ca loco ina
à a
Direito er s B jun
6 e sta , do sta
17 a f ão fe ato a
e aç a s
5 de maio - 10 qu Est um h. O apó o
d o a H r 8 e n
B
Terceira reunião para en s d - po qu ar
construção do Ato e nd raia ero da irão balh
nt s P a Z ha e ra m
Unificado pelo
13 a - E da arif fec Min r a t nhu
Direito à Cidade n lo T u o ta ne
u ni mp elo fico s d vol to, .
J xe p ue iro e a eu
15 de maio - 15M - e sta - a e ado o, q que os d o do orr
Ato Unificado Direi f
i s i z ra id ã o c
"Se a tarifa aumenta
to à Cidade + 4o Ato an soa gan arm bar ed rcus rio
r, a cidade vai parar" M e s o r
- p i do o imp epe rifáC s
O ato atraiu cerca de o
h is - fo a a d m a r ta
2 mil pessoas,
segundo grupos, 600
segundo a polícia j un ma tc. hor enç fora r d uste
militar, como resultad e ar l e en es o sa aj
11 o
para o 15M, a articulaç do chamado global 6 d reg ava sa S a pr tádi ape o re
ão local pelo Direito ag arn os da es to, o a
o- Cidade e as lutas con à C v. N ain do tan açã
mai tra o aumento recente 18 de m
A ve ma tre rel
9 de revoga das tarifas de ônibus.
Fo "Circuit aio - Busona te for . En em
rio ar que grupos como o Sindic i articulado por o
ocupaç das ocupaçõ aliza
re 14
iciá ato dos Servidores re cal ço
Jud limin mento Estaduais e Municipa Horizo
ões urb e
anas de s" ligando lo an
au os
va o tarifa d us COPAC, Família de Ru is, Tarifa Zero-BH, n
promo te. O objetivo Belo av
r r a a, Viaduto Ocupado, ver o e
ba da ônib Espaço Comum Luiz morad n era
anarquistas, Professor Estrela, grupos ores de contro entre o
es e servidores da red (princip ssas ár s
e a eas 22
municipal de Belo Ho
rizonte e Contagem, que ap lmente as lid Au de m
esa er
12 Trabalhadores da ed lutas b r de empreen anças), S di ai
estadual e Ocupação
ucação da rede
tinham
astante d
parecid erem 16 o anta ência o -
11 de maio - William Rosa. as, o T P
Quarta reunião para
p
contato ouco esc bjeti erez úbli
construção do Ato
entre s
i. aio - às larec vo de a - Re ca do
20 de m de PB obras imen ped aliza Via
Unificado pelo Direito a cida res H e d no V tos e ir da dut
à Cidade a a u mentar, acto na po com o
Se a ta r if
de imp nsá emai iadu m rel
5o Ato " ar" - Tentativa ade fez com vei s t a
o à çã
va i p a r l d a c id l do s o
entro-su e o loca
região c grupo mudass nalmente
que dicio
, que tra tro de
protesto rre no hipercen onte.
oco Belo Ho
riz
15
2014 (2)
12 de junho - 13 de julho 2014
copa do mundo fifa de futebol
o- 1 4
junh
12 de sem povo rotesto
, tô n
P
a
a do 2 0
Copa novo!! - ra da Cop 4. O 1
d e r t u 2 0 1
rua te a abe b o l o d a
n Fute do lógi
dura o Fifa de ício quan ram ao re de. A
d n a
Mun nto teve i aproxim a Liberda las de 6
o e d a
confr estantes s na Praça de gás e b
a n i f z a d o b a s o s
m locali e bom arte d 26 de junho - Tribuna
Copa a fez usa d das por p e Minas Gerais suspend
l de Justiça de
i a
políc ha, revid m pedras as ea
limitava ação da Políci liminar que
c o o
borra estantes c inze pess impedimento de manif
a Militar quanto o
n i f Q u n d a est
m a
r e d e s .
açõ s, sendo a i populares durante a Co ações
p pa
de detid
a
ões (TJMG suspende limina do Mundo
foram ciadas aç lícia proibia cerco da PM a
r que
e n u n d o lato de
a P
d árias manifestantes em BH
re
arbitr r como o ira.
M i l i t a O e
l i v - que 5
than nho o, a P limin Ju 3 de j
2
Jhona e j u
o v s
14 dsem p o!! - G o líc a r tiç unh
rea erais ia Mi deter a exp o -
p a n v o
o con lizaç não litar mina ede
Co a de opa d - tra ão de de nd
r u a C 014
a
tô n contra ebol 2 epetir Bel a Co de m ve im Min o
o H pa ani ped as 28 de junho - 28J -
tos Fut er da pop mo oriz do M festa ir a Copa sem povo, tô na rua 7
r o tes A de tiva d pesar ícia ula vid onte un çõe
P FIF ent a A l res a p do s de novo!! - Protesto na
T erior. da po ntos, o .A e
ndo t são me c
du erco em d r adv ação m Praça 7 com mesmas pautas
M u a n s to, ran do eco o fo
o ano repre cerca protes do 2 te o s m rrê gado i dos anteriores. Mais uma
n m
o a ouve es co es. O i cerc a ato anif ncia s vez a PM utilizou a tática
sd do esta ao
t e sto esão h estant idaçõ a 7, fo . dia nte de envelopamento dos
pro xa ad anif intim Praç horas 14. s
06. manifestantes, impedindo
bai aos m stas e eu na por 5 que o protesto deixasse
i r
rev ocor ilitar a Praça 7
e
q lícia m
u
a po
pel - 8
ho
jun vo -
d e
22 do P pa do
o julho 2014 - ocupação terra nossa
l é Co ças 100 famílias organizadas pelo
o for e
teb e a
7 Fu urant ue as são d oi Movimento Popular de Luta por
3 o# od q res . F Moradia e Direitos Constitucionais
p açã staçã do em a rep otesto bora e MTL ocupam terreno no Taquaril
c u E rí o ar a p r em são
A O ça do 4, pe das p o ou que, pres 5),
m povo, Pra 201 ra açã bol u re 201 e
n h o - 1 7 J - Copa se sto ocorreu na 4 na tebol prepa indic fute sofre uzzi ( rrent e
17 de ju prote a de ão
e novo!! - O à repressão ad Fu se eiv Br co s d
tô na rua d assi. Além de reflexo tava-se e aliz A de vam- s de r onato is, n aula oção pida ar o
av es R IF tra va pe icia r P a n des orç
Praça da S de 14 de junho, manif inalização o F on eti m ol po m e ef ão
a
con tr a o a to ad a s, a cr im
u nd s enc s col m ca los p ados de u civas ção, r press blar
moções forç sociais, pel
o M ciai çõ e u e t i a
do to p evis ênc ofe a n e r e d ais,
n o e r i
contra as re s e dos movimentos li ta
o e, p el a po imen aniza e per entr exist ão in dess nto deira d ultur e os
dos protest tuito e de qualidad io aos v org o d dos se a is s ndo ome an es c ntr de
gra
transporte ção da polícia, em a
po Belo mo ad ra e- ura ria m a m açõ o e de
za ucação de anh leitu o dev s cult prop um , um r as overs alida de de
desmilitari da rede pública de ed ineirão e feirantes m p a at e a em es se tr ci a a
os
funcionári elos barraqueiros do nos e dignidade
M aco eta. N tal f s açõ io. Se ção, ra el dem e con oten acilid iciativ eu
,p m a i r e a ó r a p a o
p ta n t p f i n s
H o ri z o n te
pelos dir ei to s h u
os mortos
e d qu tat l da oi, as s o, a o, a , a de .
do Min ei ri n h o , p er á ri de ontes ltura ões f olític to ba lad outr tado radas tório
o d e ru a , pelos o s, p o r p o líticas r c cu ta ç p un u m e s
d o E sepa test a
çã
da popula durante obras pública e o tráfico de áte ter ifes uão ass de ão, , n
s al car cará man ão. Q um bem, estaç mídia ente er co
acidentado a a exploração sexu aeventos, por uma r s
e res to, erc an é e i f a i l m r á t
z es co ntr o s m eg zações qu n ep pel ., fac ca
ef ic a n te
tudo dura as públicas e privati ais rep ta e m es c
pesso a s, so b re
s d ív id g a çã o qu tal entre os qu as d s açõ da et
opular d a pela revo m form essa riva
auditora p a Copa do Mundo, vis
ati utras ção d p
n te x to d d em ocratização
no co
a l d a C o pa e pela o
p ria
da Lei Ger ação. apr
o
de comunic
dos meios
1
2014 (3)
de par e
aa 12 de junho - 13 de julho 2014
n a
ba ram lei
d
Ur iliza de s de oçã de
o copa do mundo fifa de futebol
c a o a d
b
íti o et st a a lo o cia
P ol e m proj opo mo álcu and rên
s o pr co g a
de os ( o c le sp na o
al ism riam e de pal as n sso a tran ." das and ção
201 p
ici tiv po nt ici nç ce e cia va ne iza
un os a com . Dia mun uda pro ania erên apro s zo ular ça
4 i
nc s
a M d e
o s u i p al to e m do ad onf os rica reg
q ic en e ra ci C m tó à o d d an e
u ad
e rê iver stas un em idad reti de ida tivis his ada ent ; a m gic ;a uto na tras
iad peu-se e ou ciadas las
nf - D opo r m zon a c se ício efer s a ões stin rum cial a ló ite o lico . O V e
o
C te pr eto o da N rc r do aç de st so s; v úb de a do rom eram nun tre
IV izon de Dir as n a to SCO exe ida a stas cup ial m in sse agen a e e te p cida ued iaduto s morr ram de ais, en a
-
o or ção no un pa DU d uz po e o Soc a u ere ar lad por da l e
d r e o-
Q v oa fo er eir resa
lh a f s d i t g j ulh es - O s pess ssoas inas G preit l, emp to e
Ju lo Henta o Pl pro ico SIN ima cond s pro nto esse e cr e in o a insta rans ias cipa e
3 d rarap I, dua . 19 pe de M an, em Conso viadu pital
Be res o d ção e ún ) o ín do e a ime ter qu o d ntiv já ao t ais v uni a
Gu Pedro eridas úblico a Cow obra; eto do da Ca
ap visã fica ient gem es m sen entr hec e In ento taçã nce tura nto cip a M Av. oram f tério P mpres ção da o pro mento la
j
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de eas de com N, 2 tão S-2 e z tir e tira inf ina us n a a pelo enheir el pela elabo e Dese spons o em a e
ár lta ma CO l es EI ça d ves s re ze a de f nib par eng onsáv el pela ncia d ipal re firmad lico d
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na IND ria com mu ra s stru e pr fun as d inh ão. s p r i n o s . t é o ri
re upe ,órg ã
obr
a inis cebid bi) se
(S ená reas ); a pa con qu do usiv am vaç da S ecap) o das s e o M lor re de 13 2
pl is á ária ário ros ade ção xcl enc apro S u
( aliz
d açã e s a o v a rca
ta ndi ent et cid cria as e i foi ra pr do (ce
fu çam arâm da o; a faix e le espe fisc e as em ais, to aduto
t r e r i a .
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od
no upa iam ção ojet té h Min struçã à pref
oc pra cria pr a con olvido 1-
Advoc 4 de julho -
es dev Em no acia Geral Ocupação
ter cas ta intitulada do Estado e da URBEL, d
a! Oc "Est da P a
Simult upações Urb á tendo Cop refeitura -
ânea n a a
prédio a porta nas realizam , agora vai
d d
ocupaç a AGE" os oc a PBH, da U Ocupação
mpl-bh Espera
ões Da
ndara,
upante R
s, mor BEL e do
Nelson n ça, Vit E li a na Silv a dores d
Integrantes anarquistas e autonomistas do Tarifa M ór a as
Zero - BH resolvem separar-se do grupo, fundando o e Jardim andela, Ca ia, Zilah Spó , Rosa Leão,
Getsêm m ilo Tor s ito, Ca
fe
MPL-BH. Na visão do grupo era necessária uma luta Kaiow ani (Belo H res, Irmã Do zal,
pelo transporte público explicitamente 3 (Ribeirã á (Conta o rizonte rothy
4 o das N gem) e ), Guar
"anticapitalista e apartidária"(MPL-BH, 2014). Tem ev Tom ani
11 de julho - Pedalada detrim investimen es) criticam o ás Balduíno
como pauta a desmercatilização do sistema de "Não foi um acidente ento ao to para alto gr
5 "- e serviç investim a Copa au de
transporte público e seu controle por uma gestão Tarifa Zero-BH e BH em os ent de 2
popular descentralizada e organizada em instâncias organizam pedalada em Ciclo ocupaç básicos. A p o em infra-e 014 em
protesto à regula ão d auta strut
regionais e horizontais. O coletivo possui a queda do Viaduto dos
Guararapes. rização a Prefeitura era a mesm ura
estratégia de apoio e a articulação a lutas pela prov f undiá n o ano a da
O nome do ato foi um
a resposta à básico imento com ria das ocup anterior: a
melhoria do transporte locais, dando origem a declaração do prefeito s, alé infr açõ
núcleos de atuação na regional do Barreiro, em Lacerda sobre o ocorri
Márcio parte d m da garan a-estrutura es e seu
do. Ao dar os gov tia de d e serviç
ernos m es os
Ribeirão das Neves e em Santa Luzia. explicações sobre o oco
rrido ele unicip pejo zero po
afirmou: "acidentes aco al e est r
ntecem". adual.

da mo s p fes ão o p to

pa
fin os risõ tan da aís
as co ra ni aç n A

al 21 es tes Co
er ís, e a liz do s -
Fi s vé o p in . O a r tau taç de
o
egociaçã

fa sp a úm s m ea ra õe
da à do tra as ara ins ifes rda
ião de n rio das

no
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do eir to co pía is p ão an ibe


lho isté
24 de ju o estadual, Min epública,

pa s o
le eç M L

Co res
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M e J ias m- lim as exc as al:


upaçõe s residên Gerais,

da p
entre Oc taria Geral da P stado de Minas igadas

do io d rár ara e O nov de s d ion


, Secre a do E is, Br
Cidades efensoria Públic de Minas Gera a. Junto à

R it liz do e o ico ac
ar obi un io d stad olít o N
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D io Pú b li c al da rT e a
Ministér omissão Pastor das Ocupações d

m M e e P At
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Populare i realizada uma inistrativa, bloq rimida.

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sto o u e d , convocam es da Izidora
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O ntex s n d apoiadore união de
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a . o t e e a e a d bus no m
o então a re às ocupações. Surg
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p co as as ocad enta grupos já nindo, alé
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mu iu-se dar vi dos ivos d
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diri cando ilidad suces a má 28 co P de ap os do ré Vel l do foi
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b ons os n ifa e Ten ante o egund sse po o cont s pela a se
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n t a liza a um mo spu stão.
aum lidade e obi ar les e di
qua sporte a m ontro p Aque ente s m que
tran lico. enc trada. sariam ausa e
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púb frus neces eter à 6
ã o m
n pro
com 19 de m
Passea arço -
t
Mata d a em defesa
o Plan da
Direcio a
4 nal e P lto - Fora
BH

15 de abril - ocupação zezeu ribeiro e norma lucia


Promovida por tradicionais movimentos de moradia -
MNLM, CMP, CONAM e UNIÃO - que há algum tempo
haviam abandonado a ação direta em Belo Horizonte.
As 100 famílias ocuparam um prédio abandonado do 7
INSS no centro da cidade. 8 21 d
31 de março - O p e mar
9 anu refeito ço -
É assassinado Manoel FIE ncia a Márc
Ramos, o Bahia, pré MG em desist io Lac
coordenador da Ocupação Dis dio do insta ência erda
Vitória, na Izidora. Segundo esc trital d antig lar no da
ue ola o
l P arq e a postagem das Brigadas aut e Sant Merc
a r om a Te ado
ltur ent o Populares, Bahia foi otiv r
a Cu ulada criaçã s assassinado tentando a. eza a
p ic a o do
Ocu art ad impedir a venda de lotes
b r il - Ação defes a visã mais 10
e a ca - em a. N aria er na ocupação.
18 d méri vistas méric tro tr eu podam de
A t i A nco do n s r er
im ea im e liza o V
Jard Verde e Jard s, tal entan mobi o grup e e
l- d da
d e q u i d o u m s e m s d na #Re
e r
R o Pa volv uta, a
bém ora loc o u c o
i à t e ção nto e
d en e à l e tam ação f ela, b e Sara s. ire os en n e d
d a d q u d a E s t r o z or r a 13
a D ad m fr i a ju atam ção
bili rupos rução Luiz oletiv Cach p lig e o u es
i s i
v o. G ons t aço au C da s cu tas ora, al. F desm nstr açõ
11 O is d n o co p
ític na c , o esp a, Sar o - iv zi io cu
pol a r ru 12
ai u at steI irec ntra ra a as o de
plin l de
isci rnava n° 203
maio - ocupaçÃo paulo freire m i s i o a
de eun Re ra D l, c to p as ris e u
d co m
I n d
ca e t o E s tadual Diálogo e 300 famílias ocuparam terreno na região 19 to r e # uto enta nal lut m o ão d o na re
Decr al de ações
Abril - Mesa Estadu te com Ocup sentantes do Barreiro sob organização do MLB A Red str bi Pla o, à ria ruç iári cor
i n
institu ção Permane ada por repr anças dos
e à Con am do íni cor nst bil de
ia m
Negoc e Rurais for stadual e lide om
r à uta ata om ue co imo ato
b a n a s o E a m c pa M ond ra q ra a to do .
Ur
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ut iv
es que
atu da c ido pa en ão os em nal
do Pod ntos popular um Iz ção dim icaç os ser cio
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movim s fundiários da mo een nif mb tos ire
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o re pr A u e a en la D
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o s q da ão .
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MP g ifa iu o d re H íp
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ônibus io (DOM) o o no Diário
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o aume organizadore ero mobilizou - Ato organiza ontra o 8 r 1 um im re ra - Jui so toman . O aumento aumento da Oficial do
Diário O nto da tarif s (25 cer do p 80 e ina nd j u lho pelo ca a do com foi jus s tarifa
fi c ia l a. O au 0 segundo a P ca de 1.500 pe elo di nto r q o d e
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ia dia 31 d ublicad
o do a re limin rifa por s Emp e la SETR &
fazendo tiros de borra l. A manifesta e julho, havia no defe ende ta Rodov resas de Tra A-BH
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cha e bo ção foi sido iário d
em um
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e muit mbas d repreen susp ias e Pass sporte
d ageiro
Cerca d que teve a entr os dos manifes e gás lacrimog ida 180
d s)
e 60 pes ada blo tantes s ênio,
so q e
entre a as foram deti ueada pela po abrigassem 6
Secreta das e li
Particip ria d berad licia militar.
ação So e Estado de D as após acord
cial e C ir
idadan eitos Humano o
ia e a P
olícia C s,
ivil.

o Aumento
to - 2º Ato Contra
14 de ag os ocado pelo
mbém conv
da Tarifa - Ta rifa-Zero, foi o- cia
Ta
MPL-BH e o ém do aumento da br etam diên ento
al
questionado, cia policial empreendid
a tem v u m
lê n e e se ores de A o au
a v io ar am -s d
tarifa
anterior. Mob upações
iliz 14 1 d rea ação bre
contra o ato li ga d os às oc o- Ve aliz a so
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ainda ativis o MLB. De acordo com 11 agost re blic ifa.
d 31 de ão Parque Pú tar
da Izidora e am a r
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re res riz ui de o
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manifestaçã 5 mil pessoas.

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br ore sob gru cer reiv ue a oria sob L r í e te Cam a de dores r a
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em d s e q it a A a ss p r m o - h Ma mara de re
et rea lica do an omo ria aud blic SC ão p reju oce erta a se au on esa br an rea va
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m ero u 1 ela até o d ôn ito ia fat lon iss l a d e i p
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Z uro anc ns çã de aud ênc de ao om ta us; sso un da ino A nt a
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- assa onv ag ão a ex , ca ha um o-s e ôn pr ar men ass ife m
p c ass zaç se em pan or nd s d os m a an Câ
- A as p ali nas orig m e p sea en bre a Câ cel ário -M ra de
d re mi a aco ado , ba sag I so d n n
o o ca ncio r o pa rem ido e, u
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- ete us se Es tã pa C s; va do fuo s P e ç ã m oc m ed qu rr .
d ib ria do en as ma ibu ro sta ujo e te des o to o p sse oco o e ção
s d a
ôn eve as Só to d e u ôn e ap o E o c e m l, o p s og p ue
a o ,
d ont ica. rre a d de to o d itan 4 1 d lve ipa ent de ista diál socu es q
1 so ic m o iv e e õ
C úbl co tur ens en nd ol re un eci açã s at s d a d saç e rno
br o de 20 15 - p lor ber ag nam ere trop . M nh egr o o iva ra acu o d to da
5 de novem Be nt o va a ass cio equ me dito co int nd tat pa as did em sta çã
o
Ba rr ag em de - A as p osi o r rte ne re gu ten ção po pe m " ali s a a
Rompimento da ura da barragem d O p oçã po Be se m cia ru o ra or ade um s
rupt
Rodrigues - A maior de sa st re - e m ans São se ego o g ram o e o m vid em luta
é considerada o o d e tr ão n ara asa açã açã ati as as
asil. Um distrit d staç P b egr en de tiv o
ambiental do Br pa rt es o-
o al ém de E em int nd ão fes com o." A
inteiro foi dest ru íd
an do mais de e t e mbr as re a co zaç is e ra ent ES RAR da
s do is, de ix es to d i T
de outro , 14 d aumen gindo d al ra du m N ER da no
as desabrigadas re ltu ica au TA C tira os
trezentas famíli e uma pessoa la o s, e x i as
dezoito mortes anu ônibu ontas d as cu olít ra o FES EN , re ism
espalhou-se t i ç a e c d p nt NI EM O tiv
pa re cida. O impacto o do rio,
J u s ns d da s
tili z a
a co A ID ÇÃ s a i
de sa
cidades ao ng lo 18 de setembro - STJ mantém sage perícia ibus u nto par . (M EC PA do . Fo o a
também para as up ção do pas ô n e n to 5
que tiv er am in te rr suspensão do despejo da Ocupações de gum aume D CU age k) om est
ua al ém de fauna e da Izidora. A decisão baseou-se na p r esas omo ar o O np boo o c a F da
to de ág em c
abastecimen obilizou fa ace zad ato ida
s. O desastre m complexidade do caso e no impacto
F ali o ed
flora prejudicado s ativismos sobretudo social que traria o despejo de cerca re ltim esp
vá rio s do tais.
nos espaços digi 7
de 30 mil pessoas. ú e D ara a.
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9 22 d Victo ato do anos e ão Vitó
ã o i n 4 a ç
ador envia em Jo sass de 1 cup re os
6 de outubro - O govern s
O a Victor o na O te ent
ple nário da Assembléia n u
regime de urgência ao João m Bru reperc s.
2015 que modificava
Legislativa o PL nº 2.946/ jove zidora ivismo 11
Me io Ambiente. O projeto, na I rsos a
t
o Sistema Estadual de
ava a consessão de e
dentro outras coisas facilit d i v
bie ntalistas, setores bro -
licenças ambientais. Am 23 de outu
ismos se articulam em 10
acadêmicos e outros ativ ip
Lei Munic vada
al 12
ntr a o PL2.946/15. No total
uma Frente Ampla Co 10.863 é ap ro
Estado de Minas Gerais o usos de 26 de outubro - O juiz do
117 entidades de todo o permitindo todos os parques da Tribunal de Justiça Pedro
a compõe. bicicletas em Bitencourt autoriza o aumento
cidade das passagens de ônibus. A
liminar que barrava o aumento
da tarifa foi suspensa à pedido
da Prefeitura.
2015 (4)
27 de outubro
-
Em audiência
na
Assembleia Le
gi
grupos mobili slativa,
zados pela Fr
Contra o PL2. ente
94
peso, exigindo 6/15 aparecem em
a
urgência para retirada do regime de

7 d
tubr
o- e
e ou ultado d ,
2015 2 sua votação.
2 o res ular
Com ação pop licença
a
uma cancel ida pelo a 1
G
TJM a conced nstrutor
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prév AM à C a
o ia o tubro -
M a r r o - semblé 30 de ou e Tarifa Zero-
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truçã
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BH conv da tarifa.
cons do Plan e
É ap cer de l alidade o au m e n to
Mata pare titucion 4
cons 946/15
.
PL2
3

5
8
2º de n
da At ove 31 de outubro
- Reuniã
o
8 em po o Fo mb -
PL 5069 que di Ato Fora Cunha e contra
vembro o Se m lícia ra C ro -
9 de no ário do Conselh l estupro. O ato
ficulta o abor
to le
n ta 50 gun ais a no un teve o empenh gal em caso de
ta do ple Ambien 0 p do de úl ha ativismos da
Conjun ual da Política o Estadual 7 es a sã tim - A cidade. Houve o de diversos
d a polícia que embate com
Esta Conselh (CERH) é so po o a o
as líc o at rep prendeu um ca
M) e do s desacato, gera sa
(COPA ursos Hídrico ressão de pa ia seg o r res
rti m u esu sã ndo amplas cr l por
de Rec eguida por p eunião cip iita nd lt o por parte dos
ativismos.
íticas
cons .Ar ar r, c o a ou
o s d o COPAM PL2.946/15 am er to
e ir o ca .
conselh e como pauta .
de
tev
4 de n
do Estad ovembro - Defen 6
com recu o de Minas Gera soria
rso contr is entra
passagen a o aume
nto das
contra a s - O recurso se
decisão d colocava
Pedro Bit o Des
9 encourt embargador
TJ-MG, li , presidente do
berando
o últim
aumento o
ontra o das
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s 13
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2 9 4 6 /2 u s u á rio mo b il
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convidou
o s
ro que pesar da 2946
a Frente tilizando um filt e e n o v e mbro - A provação, o PL om
u d 25 d a s u a a ti v a , c
aderirem va à sua imagem a. contr egisla
ntidades ela Assembleia L dos presentes.
s c e n ta m p a n h e 11 9 e
acre a ca d do p puta
dizeres d ente é aprova de 57 dos 66 de do PL flexibiliz
a
perfil os ia é recorrentem es. r á v e is in a d a a p ó s a
g vo ig o
A estraté m diversas ocas
iõ votos fa 21.972/2016, or bientais, mesm rigues.
e n º a m o d
utilizada A Le i s
iamento gédia de Bento
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D nce enc cei mb

A
10

co lic G a ove
n
Campanha #EuSouMeiaDúzia! #SomosMeiaDúz
ia! -
TJ de
Durante uma audiência pública a respeito da
12
M
implantação de uma ciclovia em Venda Nova, o
vereador Valdivino afirma que os ciclistas são "meia
o

dúzia". Em resposta o BH em Ciclo lança a campanha


virtual buscando dar visibilidade à pauta da
11 21 de novembro -
em
bicicleta e à quantidade de ciclistas na cidade. Ato "Não foi um acidente" 12
do rom pim ento
A cada assinatura no abaixo assinado os 41 apoio às vítimas s. Ap esar
dri gue
vereadores da câmara municipal recebiam um da barragem de Bento Ro tor no do
o ger ada em
email intitulado #EuSouMeiaDúzia! da ampla comoçã
a polícia militar
#SomosMeiaDúzia! acidente, o ato, segundo
350 pes soa s.
atraiu cerca de
2015 - 2016
da
t es a da ital
n
n ta por ento istr a da
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o - ese om m D nc
br epr ra c nha cado istê la ou de
em r a pa r s co ss al
2
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o i c o s o e
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lig bili a p vem 11 o e dad o de açã . A taçã esp o M uma rupo
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so om a o Te mp loc und ssa rso
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de

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s
à

à
12

un
6

3 22 de dezembro -
Reunião do Comam -
A reunião foi marcada como excepcio
nal com
apenas uma semana de antecedência,
entretanto
os ativismos se mobilizaram para estar
em
presentes, receosos da aprovação do
licenciamento para a construção na área
da Mata
do Planalto. À pedido dos conselheiros
Ronaldo
30 de Vasconcelos e o vereador Juliano Lope
d sa
vez em ezembro - aprovação do licenciamento foi adiada,
P
munic 2015 é reaju ela segunda alegando a necessidade de mais temp
ipais d s 2 o para
um au e Belo tada a tarif públi 8 de deze ter acesso ao processo (o parecer do Rela
m a ca pa
é anun ento de 20 Horizonte, dos ônibu mbro 7 tor
c i a d ou % e m s ignific s de Le ra discuss - Audiên foi enviado um dia antes da votação)
tarifas u a i do n ão do cia
metro m aumento m ano. Na m ndo ovo P Proje
polita
nas. de 13%
nas
esma
época de Be lano Diret to
lo Ho o
rizon r
2016 8
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a m p anha d lano Direto
o - C v o P to
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Janei ostas ao n Diversos o Aumen
p - m o ntra o Pedro II
de pro Horizonte incentivara t o c
- 3º A com a Av.
o
de Bel os da cidad te o períod
e o aneiro outra
i s m r a n 9 20 de j e amanheceu , em seguida ada.
at i v ão d u cid a d an t e s i oc u p
icipaç r. ifa - A anifest nas, fo elo
a part ulta popula da Tar ravada por m a Av. Amazo a chamada p oi
s t , n f
de con rt a n t e rc a d o
rio ma a Av. Afonso cupada
P e n a
a impo
avenid 8 horas, horá a t o , t e o
Às 1 tamen pelo ato.
12 comple
nsoria
o - Defe
A
8 de janeir onada pelo
ci
Pública, a BH, ajuiza uma 14
Tarifa -Z e ro
o - 1º Ato ro
11 suspende
10 aumento 8 de janeir mento da ação para tarifa, que
ra o u a
com aç ão co nt contra o A to nacional reajuste d R$ 3,40
MPMG entra lculo para o a
4 de janeiro - us. Para a promotoria, o cá Tarifa - O do pelo passava d
e
ib para ocorrer ca 0
da tarifa dos ôn é garantido em contrato foi co n v o para R $ 3 ,7
ue ideração o rincipais
aumen to (q
po is levou em co ns MPL nas p aís
a ir re gu la r, ando o preço op
anualmente) er em em agosto de 2015, qu capitais d to
ss ag rd ade deveria - 2º A rifa
valor da pa
pa ra R $ 3, 40 , quando na ve meses para 13 d e j aneiro ento da Ta
foi de R$ 3,10 odo de 12 15 oA u m
erado um perí to da contra
ter sido consid ção, ou seja, antes do aumen ,40.
in fla ra R $3
cálculo da tarifa pa
2016 (1) s ais a
a do s m orm mo
i o e f es
or o a
ai ent ou-s o, m aço itur
m p e
a l m n ã
r ç s e f se
a ra cipa l to era do e pr do elo de
a p a a
- P in av cu ia, s nt e B se s a
v al s, pr arn re rár ano te a d iou- rsa pel
a m u c e
ro - diamento nsoria a c o s
rn mo , o ia, p mo a tê e r ini div ida
janei fe s
a
27 de meses de rso da De a tarifa . O 1 Ca ivis tes tênc s temúlti ad al d ue em rim
A p ó s re c u n t o d e s t õ e s at cen sis na os riv nav o q ue rep
ado o aume
é julg a sobre o s, alegan ecurso,
do qu
1 6 re e re ape . N a p car açã e q ão
d ue ico ativ o a a aç al.
i c e
Públ bargador eberam o rifa.
c
desemas, não re ento da t
r
a 2 0 q úbl ici ar d Um nom aliz icip
p a in pri te. tô re un D u
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rant liões so ando
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o- fo cia

bo m m in u à
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e ro zon au sua m reir letinha militar da polí

ce o ca let o d da
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técni ndo o au e

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ap ori eira ve ção f e v i c s

Fa eC a a ic id er
c i a e u
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e 4 de o da Bi a políc as açõ afirmo ausa'

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cobe gos no m onte ambie ciamento
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23 de fevereiro -
6 5 análise p lanalto em
Audiência Pública sobre elo Co
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violência policial contra o
Bloco da Bicicletinha

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Públic a Vila Poma rço -
13 de ma nt
sob re l h m e
feza 15 mpea c
do Ca a n if e st a ções Pró-i todo o país.
M em
ocorrem

8 de março - Casa de Referência da


Mulher Tina Martins - Um grupo de mulheres,
em sua maioria do Coletivo Olga Benário, ocupa o
antigo prédio do restaurante universitário da
13 Escola de Engenharia da UFMG com o objetivo de
ção CRAS cupações
o - Ocupa O transforma-lo em uma casa de acolhimento a
12 8 de març ito - Mulheres das tro de mulheres, principalmente vítimas de violência
2 de março - h S p o s S (C e n
Zila RA
ocupam C l) exigind
o doméstica. É também parte da luta exigir melhorias
É aberto o pro
cesso da Izidora à Assistência Socia jam nas políticas públicas e também nas instâncias 14
s se
de cassação
do Referência ças das ocupaçõe cas da institucionais, lutando pela saúde, segurança e
an li
presidente d
aC que as cri as nas escolas púb radores da autonomia das mulheres, especialmente as pertencentes
dos Deputad âmara ma tr iv u la d
nto d o s m o
os atendime úde. a grupos minoritários. A iniciativa agregou amplo apoio
Eduardo Cu
nha região e o e nos postos de sa dos ativismos da cidade, que se mobilizaram em diversos
u n id a d
com momentos para a doação de alimentos e produtos de
limpeza, a divulgação da ação, a resistência contra seu
despejo etc.
2016 (2)
16 de març
Reunião n o -
a
Norte para Regional
à saúde e tratar do direito
e
Ocupação ducação nas
16 R
Região da osa Leão e Zilah S

20
Izidora. A posito,
ocupação
o- xada
s t 1 do CRAS reunião foi fruto d
d e març ez são pu eachmen ra o em 8 de m a
15 a v
ró- i m p o n t 2 aio
um ia c
Mais estações P resitênc te Dilma os
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mani do o país. presiden de parte d . 3
a e
em to chment d para gran Horizont
p e a m a e l o em
I m
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os de
B
reram - Ato acia - 26 de ma
passa os urban nto, ocor arç
o oc r em rç
a liberaç o - Campanha
s m t a
ativi es, entre mentada. e m dem zado Ord ã pa
õ 18 d esa da rgani il r ç o - pela e da transport o de bicicletas n ra
As aç neira frag a e s o
o
def to foi te Bras 00 mi
l e m ecid pos Campan
e públic
o
de m
a 20 d icial d ão de ão ha de en -
O a Fren traiu 1 o l jud tegraç cupaç para o P vio de em
a re
pel ular a gund 18 mi rein da O ança e para o sidente da BHTra ils
a
o p s e s e Diretor d ns
P soas ore ia a
áre Espe
r Planejam e
pes anizad políc V ila normativ
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rando
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padroniz que liberaria e
e g
s itar. aria a en
bicicleta trada de
mil s
coletivo no transporte
municip
al
5
9

cio Lacerda 28 de março - Juíz da 1°Vara de


5 de abril - Mar te o
veta integralmen a ado e
Feitos da Fazenda Pública Municipal acata
i qu e proi bi a nci jo das tória ação popular determinando a suspensão do
projeto de le n u
a spe a Vi
ão de rio s na cidade pó s
de ri al. leilão de imóveis transferidos pelo Município
canaliz aç - A tar o es Ma s e n i cip de BH à empresa PBH Ativos S/A. A ação
rç o li õ re u cal
e ma cia mi cupaç rado ara Mno lo ura, popular foi proposta por advogados populares
d o
29 a polí das O ra, m a Câm sente refeit m. de Belo Horizonte tomando por base estudos
pel ílias errei upam va pre s da p seu fi produzidos pela Auditoria Cidadã da Dívida.
fam ria Gu es oc e esta conta es de 6
Ma iador o, qu ão de o ant 7
5 de abril - Roda de apo refeit estaç euniã
p r
O a a p ou a r
conversa promovida pelo par ndon
MPL-BH: Assédio no transporte aba
público e estratégias de resistência!
10 8

s
iclista
r i l - Ato C a! - Ato em o
b
8 de a es) pela vid lista Rodrig e
d c d
(rebel agem ao ci to no dia 4 e
m e n , m o r n t e d
ho a e
sa Lim m acid
Barbo e 2016 em u gido por
abril d ao ser atin
to
trânsi ibus. 13
um ôn 17 de a
b
Caminh ril -
a
Democ da pela
racia - A
constru to
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Popula o pela Frente
r Brasil
15
es a al 6 l -

o
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ad N ip ri
- cio a

- Con idade do da
id ncia nic ab

l
na

11 b r i l u
a nt
s C rê u de

n
12 de abril - Em reunião
da 17 de ela conti peachme
da onf a M 30

p
Mesa de Negociação e vota sso de Im a
C p 6e

14
Diálogo é adiado por 30 proce ente Dilm
Et 3, 1

dias o 12 d
despejo das Ocupações Ma
ão de presi
1
a

ria
Vitória e Maria Guerreira l - A rrast ocracia -
. abri
Estiveram também presen Dem ocos
tes 17 de val pela pelos Bl ra
em solidariedade as ocupaç n a d o cont
ões Car romovi Rua
da Izidora. A t o p a l d e
arnav t
de C eachmen
I m p
o
2016 (3)

19 de abril -
Ocupação Tina Martin
abril
- ntra a sé
va co comunicada de ordem
19 de ncia coleti omenagemurante a 1 de despejo
Denu aro por h OI COD d rovou o 2
n .
Bolso ador do D tar que ap de Dilma
r n
tortu parlame edimento a à 1 6 cipa
l de
o
sessã sso de imp or apolog
e p
i
2 0 3
ara
M uni xtinção
la e mos to s co ngregados im en
ovo
na Frente P de Luta nos
to
c s
pro denúcia gistrada s Câme lei pe Ativis ados - Movim en s, o M o v
as Populare são Pastoral da Terra
(CPT),
il - ela i l -
lig 28 de abril
9.714 a foram re tério abr nline p dato
r d
e ab rojeto ônibu nto os
s .
- co m o Bri g ad
m is ical -
r
tortu do Mini
s d e 5 d p s e Sem Medo e Favelas (MLB), a Co eto (MTST), Intersind
e 20 ção O o man a 2
ova s no alm e Bairros V il as adores S em T
Zumbi -
no sit o Federal
.
Peti ação d o Cun e
h apr radore rincip ilidad dos Trabalh oletivo Roza Horizonte
l i c cob anos, p o b Movimento sse Trabalhadora -, C todo o país. Em Belo ria,
Pú b cass duard mais d da m a C la dovias em V it ó
de E gindo es urb estão a dos Central d ais de 30 ro ara, Maria Guerreira, Juventude
Maria
q u u t u ea ra m m
atin milhõ ras à iam l s. bloq Dand o da
es urbanas MG e Uniã eu ainda
11,3 ssinat
u apo oviário as ocupaçõ wá, estudantes da UF Antônio Carlos. Ocorr ntantes
o a se
de a rod Guarani Kai ) trancaram a Avenid Izidora junto a repre O grupo
4 JR da ire.
Rebelião (U cha das Ocupações P au lo F re
ar ilo Torres e o
mais uma M ões Eliana Silva, Cam istrativa, bloqueand
cu p aç A d m in
das O mo à C id ad e
marchou ru de.
a Linha Ver

1 de maio - Acatando
ação popular, liminar suspende
o procedimento de licenciamento
ambiental na Mata do Planalto e 6
proibe qualquer ação que 29 de abril -
1 - 5 de maio - descaracterize, modifique, altere ou
Acampamento pela Marcha nac 30 de abri Marcha das mulheres
degrade a Mata do Planalto até ional antifasc l - pela democracia
democracia - Durante o período julgamento final. O ato de Bel ista.
o
movimentos de Belo Horizonte e articulado p Horizonte,
região ocuparam a Praça 8 teve como p ela APH-BH,
auta
da Liberdade. Fora Samarco s as pautas:
Auditoria d , Mídia Livre,
a Dívida Pú
9 blica
13
7
13 de maio -
Ministério da Cultura é
extinto, o que resultaria
em ocupações das
Funartes em todo
o Brasil.

11
aio - Ato cia vota
10 de m s pela democra n ado sso
e re re n te S e
M u lh + F
golpe Frente -O roce ente
e co n tr a o
o+ m aio o do p presid
10 m Med e ã a
Povo Se pular atraiu c
erca 12 d aceitaç ment d doi 81 tes,
n
Bra s il P o
as pela peach seff. 78 prese or
5 de maio - Protesto conta a prisão il pesso m
de i a Rous stiveramm a fav
de Goma, acusado indevidamente como de 40 m
Dilm dores e votara
5
um dos responsáveis pela pichação da sena quais 5
s a .
igrejinha da Pampulha, formação de d o
, con
t r
quadrilha, apologia ao vandalismo e por e 2 2
crime ambiental. O artista foi preso no 12
dia 3 de abril.
2016 (4)
1 s
é ta
G ivis
- M at ta
maio rtaria rte s e stri s
13 de licada po uso de blico. a a e
a un ist A mo s
É pub gulament sporte pú e - F art te. vis rai io à po
s
e n d
que r tas no tra iza o uso bus em s a i o or on ti tu o ru
a l p g
c i c l e t o r ô n i omun m a p oriz os cu lo a os
bi t a ria au ráveis no icicletas c s e
d a H tr ões p e d tas
d e o s
o r
A p tas dob e b , estaçõe istr runo rdo
e io e d 15 cup elo en aç am art s lu Min des, B os aco
bicicl uer horár ntegração do O e B ão s e no r p a o
ov Cida e tod es .
qualq tações de e veículo
i s d laç no am po om -N d R
- aio io das tarias ntida - E
a s e s n c i a re rba tir ão s c aio er e m é r o r E o M nt 21 de maio -
n nsfer
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nham u fle aç ido 3 e m a Tem 17 d inist oga p CMV ai TE me 6 6ª Conferência
de tra que conte re cup lv s.
d
15 For M v
do újo re V e PM
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Mov te para o nvo na Ato de OR ea das Cidades
r os e rba Ara MCM 0
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14 de junho -
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Conselho de Ética
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Câma nha
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do imóvel, entretanto, deu-se em caráter provisório, sendo
necessário manter diálogos com o estado.
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