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PASSE LIVRE E AS MANIFESTAÇÕES QUE TOMARAM

AS RUAS DO BRASIL

SOCIOLOGIA
CARLOS VAINER
Carlos Vainer foi um Economista, sociólogo, Doutor em
Desenvolvimento Econômico e Social/Université de
Paris I - Panthéon/Sorbonne. Professor Titular-
Colaborador do Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano e Regional (PPUR/UFRJ). Coordenou o Fórum de
Ciência e Cultura da UFRJ (2012-2019). Coordenou o
Programa de Graduação em Gestão Pública para o

Autor Desenvolvimento Econômico e Social (2010-2016) e


coordena o Curso de Especialização Energia e Sociedade
no Capitalismo Contemporâneo (2009-atual.)
[...]

Por três vezes dirigiu o IPPUR/UFRJ. Integrou o


Comitê Técnico do Plano Diretor UFRJ-2020 (2007-
2014). Foi Secretário Executivo e Presidente da
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Planejamento Urbano e Regional - ANPUR. Coordenou
o Grupo de Trabalho sobre Migrações Internas da
Autor Associação Brasileira de Estudos Populacionais.
QUANDO A CIDADE VAI ÀS RUAS

I. A Fagulha e a Pradaria

Governantes, políticos de todos os partidos,


imprensa, cronistas políticos e, mesmo,
cientistas sociais foram pegos de surpresa
pelas manifestações de massa que mudaram a
face e o quotidiano de nossas cidades nos
Capítulo últimas semanas.

Pela rapidez com que se espraiaram, pelas


multidões que mobilizam, pela diversidade de
temas e problemas postos pelos manifestantes,
elas evocam os grandes e raros momentos da
história em que mudanças e rupturas que à
véspera pareciam inimagináveis se impõem à
agenda política da sociedade, e, em alguns
casos, acabem transformando em possibilidade
Capítulo algumas mudanças sociais e políticas que
pareciam inalcançáveis.

II. A cidade neo-liberal: empresa e mercadoria

Mega-eventos, mega-negócios, mega-


protestos. Não há como não reconhecer a
conexão estreita entre os protestos em curso
e o contexto propiciado pelos intensos e
maciços investimentos urbanos associados à
Copa do Mundo 2014 e, no caso do Rio de
Capítulo Janeiro, também aos Jogos Olímpicos 2016.
De um lado, a represssão brutal e a rapidez com
que a mídia e governos tentaram amedrontrar
e encurralar os movimentos deveream-se, ao
menos em parte significativa, à preocupação
em impedir que jovens irresponsáveis e
“vândalos” manchassem a imagem do país num
momento – Copa das Confederações – em que
Capítulo os olhos do mundo estariam postos sobre o
país. “Porrada neles”.
III. A cidade de exceção e a democracia direta do
capital

3.1. Descartemos o plano diretor e o zoneamento,


por sua rigidez e contrangimentos ao mercado. No
mundo globalizado, ensinam consultores
internacionais, precisamos de competição entre
cidades, de mecanismos ágeis e flexíveis que
Capítulo permitam aproveitar as “janelas de oportunidades”
(windows of opportunities).
IV. Resistência, organização e
perspectivas(Mile)
Desde 2005 estruturou-se no Rio de Janeiro o
Fórum Social do Pan. Durante o Fórum Social
Urbano, evento paralelo ao Fórum Urbano
Mundial, promovido pela Agência UN-Habitat,
em 2010, começaram as articulações que iriam
originar os Comitês Populares da Copa[6] e a
Capítulo ANCOP – Articulação Nacional dos Comitês
Populares da Copa.
EQUIPE

Milena Cunha

Sara Álvares

Guilherme Benevides

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