Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Neil Brenner
1
Capítulo publicado originalmente no livro New Urban Spaces, Neil Brenner,
2019. Published to Oxford Scholarship Online: June 2019. DOI: 10.1093/
oso/9780190627188.001.0001
2
Sobre a “aura” naturalizada do urbano, ver Maria Kaika e Erik Swyngedouw,
“Fetishizing the Modern City: The Phantasmagoria of Urban Technological
Networks”. International Journal of Urban and Regional Research 24, n. 1 (2000),
p. 120-38.
3
Sobre o nacionalismo metodológico, ver Andreas Wimmer e Nina Glick-
Schiller, “Methodological Nationalism and Beyond: Nation-State Building,
Migration and the Social Sciences”. Global Networks 2, n. 4 (2002), p. 301-
34; e John Agnew, “The Territorial Trap: The Geographical Assumptions of
International Relations Theory”. Review of International Political Economy 1, n.
1 (1994), p. 53-80.
245
Neil Brenner
246
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
247
Neil Brenner
Localismo em questão
A teoria do regime urbano e a teoria da máquina de cresci-
mento são os quadros analíticos mais influentes através dos quais
o desenvolvimento urbano tem sido explorado no âmbito da
ciência política e da sociologia política dos EUA, e têm exercido
um impacto considerável tanto nos campos da geografia urbana
quanto nos do planejamento urbano8. Desenvolvidas como
críticas das abordagens tradicionais ecológica e estruturalista
marxista para estudos urbanos na década de 1980, ambas as
teorias isolam certos atores, coalizões e organizações na escala
urbana, e examinam suas diversas atividades impulsionadoras na
Urban Growth Machine, Critical Perspectives, Two Decades Later (Albany, NY: State
University of New York Press, 1999).
7
John Logan e Harvey Molotch, Urban Fortunes: The Political Economy of Place
(Berkeley: University of California Press, 1987). Para um argumento análogo
sobre o caso da Holanda, ver Pieter Terhorst e Jacques van de Ven, “The
National Urban Growth Coalition in the Netherlands”, Political Geography 14,
n. 4 (1995), p. 343-61.
8
Lauria, Reconstructing Urban Regime Theory; Jonas e Wilson, Urban Growth
Machine.
248
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
9
Andrew E. G. Jonas, “A Place for Politics in Urban Theory: The Organization
and Strategies of Urban Coalitions”. Urban Geography 13, n. 3 (1993), p. 282.
10
Alan Harding, “Elite Theory and Growth Machines”, in Theories of Urban Politics,
David Judge, Gerry Stoker, e Hal Wolman (Orgs.) (London: Sage, 1995), p. 35-53.
11
Stephen Elkin, City and Regime in the American Republic (Chicago: University of
Chicago Press, 1987); Clarence Stone, Regime Politics: The Governing of Atlanta,
1946-1988 (Lawrence, KS: University Press of Kansas, 1989); e Clarence Stone
e Heywood Sanders (Orgs.) The Politics of Urban Development (Lawrence, KS:
University Press of Kansas, 1987).
12
Elkin, City and Regime; Stone, Regime Politics.
13
Logan e Molotch, Urban Fortunes.
249
Neil Brenner
14
Lauria, Reconstructing Urban Regime Theory; Jonas e Wilson, Urban Growth
Machine; Stone e Sanders, Politics of Urban Development. Para aplicações
comparativas, ver John Logan e Todd Swanstrom (Orgs.) Beyond the City Limits:
Urban Policy and Economic Restructuring in Comparative Perspective (Philadelphia:
Temple University Press, 1990); e Harvey Molotch e Serena Vicari, “Three Ways
to Build: The Development Process in the United States, Japan and Italy”, Urban
Affairs Quarterly 24, n. 2 (1988), p. 188-214.
250
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
251
Neil Brenner
252
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
253
Neil Brenner
254
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
255
Neil Brenner
256
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
24
John Mollenkopf, The Contested City (Princeton: Princeton University
Press, 1983).
25
John Friedmann e Robin Bloch, “American Exceptionalism in Regional
Planning, 1933-2000”, International Journal of Urban and Regional Research 14,
n. 4 (1990), p. 576-601.
26
Peter Eisinger, The Rise of the Entrepreneurial State (Madison: University of
Wisconsin Press, 1988); Alberta Sbragia, Debt Wish: Entrepreneurial Cities, U.S.
Federalism, and Economic Development (Pittsburgh, PA: University of Pittsburgh
Press, 1996).
257
Neil Brenner
27
Robert Goodman, The Last Entrepreneurs: America’s Regional Wars for Jobs and
Dollars (New York: Simon and Schuster, 1979); Susan Clarke e Gary Gaile, The
Work of Cities (Minneapolis: University of Minnesota Press, 1998); e Eisinger,
Rise of the Entrepreneurial State.
28
Dennis Judd e Todd Swanstrom, City Politics: Private Power and Public Policy
(New York: Longman, 1998).
29
Claus Offe, Contradictions of the Welfare State, John B. Keane (Org.) (Cambridge,
MA: MIT Press, 1984).
258
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
259
Neil Brenner
33
Alberta Sbragia, “Politics, Local Government and the Municipal Bond
Market”, in The Municipal Money Chase: The Politics of Local Government Finance,
ed. Alberta Sbragia (Boulder, CO: Westview Press, 1983), p. 102.
34
Ibid.
35
Kenneth Jackson, Crabgrass Frontier: The Suburbanization of the United States
(New York: Oxford University Press, 1985); e Robert Fishman, Bourgeois Utopias:
The Rise and Fall of Suburbia (New York: Basic Books, 1987).
36
Ann Markusen, “Class and Urban Social Expenditure: A Marxist Theory”, in
Marxism and the Metropolis, William Tabb e Larry Sawers (Orgs.), (New York:
Oxford University Press, 1979), p. 90-112.
260
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
37
Logan and Molotch, Urban Fortunes, 11.
261
Neil Brenner
38
Os defensores contemporâneos dessa reforma incluem David Rusk, Inside
Game/Outside Game: Winning Strategies for Saving Urban America (Washington,
DC: Brookings Institution Press, 1998); Bruce Katz, “Enough of the Small Stuff:
Toward a New Urban Agenda”, Brookings Review 18, n. 3 (2000), p. 6-11; e Peter
Dreier, John Mollenkopf, e Todd Swanstrom, Place Matters: Metropolitics for the
21st Century, 2ª ed., (Lawrence, KS: University Press of Kansas, 2004).
39
Logan e Molotch, Urban Fortunes.
40
Ibid., 12.
262
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
41
A questão é examinada detalhadamente em seu capítulo sobre “How
Government Matters”, Logan e Molotch, Urban Fortunes, p. 147-99.
42
O conceito de espaço estatal é aprofundado em Neil Brenner, New State Spaces:
Urban Governance and the Rescaling of Statehood (New York: Oxford University
Press, 2004).
263
Neil Brenner
Figura 1
As geografias políticas históricas multiescalares das máquinas de
crescimento urbano nos Estados Unidos
Estruturas profundas do • A tradição institucionalmente enraizada do priva-
espaço estatal e da regulação tismo urbano confere aos interesses empresariais
territorial grandes poderes de decisão sobre os usos do solo
urbano.
Características enraizadas da • A estrutura institucional do federalismo dos EUA
organização espacial estatal fornece competências relativamente autônomas aos
nos EUA que animam, cana- estados e municípios para se envolverem em iniciativas
lizam e medeiam atividades de desenvolvimento econômico e outras estratégias
da máquina de crescimento. para influenciar a localização do capital e da popu-
lação.
• O sistema descentralizado de financiamento do
governo local sustenta uma dependência extensiva dos
municípios em relação aos impostos sobre a proprie-
dade cobrados localmente e aos mercados de obriga-
ções privadas.
• A fragmentação jurisdicional do espaço metropoli-
tano e o princípio do autogoverno autônomo (home
rule) intensificam ainda mais a concorrência entre as
bases tributárias da interlocalidade.
Regimes historicamente espe- Urbanização industrial do século XIX
cíficos da política espacial • As máquinas de crescimento competem por subsídios
urbana federais para construir infraestruturas de transporte e
Formações históricas de polí- comunicações em larga escala.
ticas federais e locais desti-
nadas a influenciar a geografia Expansão urbana do século XX e fragmentação metropoli-
do uso do solo urbano e, tana
assim, aumentar os valores de • As máquinas de crescimento mobilizam uma série de
troca dos lugares. políticas restritivas (tais como zoneamento, controle de
crescimento e regulamentações ambientais) a fim de
influenciar os usos locais da terra em suas jurisdições.
O governo federal mobiliza várias políticas de incen-
tivos que estimulam a formação de máquinas de cres-
cimento urbano e estratificam caminhos de desenvolvi-
mento espacial urbano.
264
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
43
Logan e Molotch, Urban Fortunes, 2, 27, 147-51, 178-80.
44
Ibid., 147-99.
265
Neil Brenner
266
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
48
Ibid., 244-7.
49
Ibid., 37.
267
Neil Brenner
268
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
51
Ver Molotch e Vicari, “Three Ways to Build”; e Harvey Molotch, “Urban Deals
in Comparative Perspective”, in Logan e Swanstrom, Beyond the City Limits, 175-98.
52
O conceito de um regime de regras é proposto por Jamie Peck em “Political
Economies of Scale: Fast Policy, Interscalar Relations and Neoliberal Workfare”,
Economic Geography 78, n. 3 (July 2002), p. 332-60. Para mais informações ver
Neil Brenner, Jamie Peck e Nik Theodore, “Variegated Neoliberalization:
Geographies, Modalities, Pathways”, Global Networks 10, n. 2 (2010), p. 182-222.
269
Neil Brenner
270
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
53
Ver, por exemplo, Gerald Frug, City-Making: Building Cities Without Building
Walls (Princeton, NJ: Princeton University Press, 2002); Dreier, Mollenkopf, e
Swanstrom, Place Matters; Clarke e Gaile, Work of Cities; e Eisinger, Rise of the
Entrepreneurial State.
54
Lefebvre, Urban Revolution; assim como Stefan Kipfer, “Why the Urban
Question Still Matters: Reflections on Rescaling and the Promise of the Urban”,
in Leviathan Undone? Towards a Political Economy of Scale, Rianne Mahon e Roger
Keil (Orgs.), (Vancouver and Toronto: UBC Press, 2009), p. 67-86.
271
Neil Brenner
55
Clarke e Gaile, Work of Cities; e Eisinger, Rise of the Entrepreneurial State.
Ver também, mais recentemente, Paul Kantor, “The End of American Urban
Policy—Or a Beginning”, Urban Affairs Review 52, n. 6 (2016), p. 887-916.
56
Wachsmuth, “Competitive Multi-City Regionalism”; e Wachsmuth,
“Infrastructure Alliances”.
272
Máquinas de crescimento urbano – mas em que escala?
273
Neil Brenner
274