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Organizadoras
Geise Brizotti Pasquotto
Jeane Aparecida Rombi de Godoy
Sandra Medina Benini
1ª Edição
ANAP
Tupã/SP
2021
2
EDITORA ANAP
Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista
Pessoa de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, fundada em 14 de setembro de 2003.
www.editoraanap.org.br
editora@amigosdanatureza.org.br
Ficha Catalográfica
CDD: 710
CDU: 710/49
Conselho Editorial
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................. 09
Geise Brizotti Pasquotto
Capítulo 1 ......................................................................................... 11
O CONCEITO DE INTELIGÊNCIA APLICADO ÀS CIDADES
Luciane Cleonice Durante
Raquel Naves Blumenschein
Ivan Julio Apolonio Callejas
Carol Cardoso de Moura Cordeiro
Capítulo 2 ......................................................................................... 35
CIDADE RESILIENTE, POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E A
MOBILIDADE URBANA NO ESTADO DE SÃO PAULO
Geise Brizotti Pasquotto
Capítulo 3 ......................................................................................... 47
ESPAÇOS RESIDUAIS E O SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES:
CONTRIBUIÇÕES AO PLANEJAMENTO URBANO
Eloisa Carvalho de Araujo
Karina Martins de Souza
Jefferson Tomaz de Araújo
Capítulo 4 ....................................................................................... 67
FORMA URBANA E O DESTINO DA CIDADE: ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE PRESIDENTE PRUDENTE E
PRESIDENTE VENCESLAU, SÃO PAULO, BRASIL
Arlete Maria Francisco
Capítulo 5 ........................................................................................ 87
8
APRESENTAÇÃO
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
carolcardoso.eng@gmail.com
12
METODOLOGIA
RESULTADOS
Dos 177 artigos que atenderam aos critérios de busca (Quadro 1),
selecionaram-se 27 que consistiam de estudos cienciométricos, sistemáticos e
bibliométricos (Quadro 2).
b)
Weiss (2017) faz uma crítica as políticas urbanas que não são,
normalmente, elaboradas a partir dos principais aspectos motivadores, com
participação do público, conforme anseios e expectativas dos cidadãos e outras
partes interessadas. Desse modo, esses usuários somente podem validar
planos e projetos já estruturados, sem opinar na sua construção. Logo,
entende-se que a governança, para ser inteligente, precisa ter a participação
ativa dos cidadãos, atendendo às expectativas da população por meio de
serviços eficientes, de fácil utilização e que os sistemas correspondam com ao
real anseio e necessidade de atendimento da população. Muito dos
investimentos em tecnologia são realizados com intuitos comerciais ou de
benefício do próprio governo, tornando-se desinteressantes, morosos e até
mesmo inúteis para os cidadãos. Para Zheng et al. (2020), cidades inteligentes
devem ser promovidas por meio de governança global, garantindo um futuro
mais sustentável para todos os seres humanos e, consequentemente,
melhorias na qualidade de vida.
A qualidade de vida é sumarizada por Marrone e Hammerle (2018) e
Genari et al (2018), onde as vertentes como o acesso a moradia, saúde, coesão
social, cultura, segurança e educação são preponderantes para a satisfação da
sociedade e são critérios para a Vida Inteligente. Na saúde, são relevantes
exemplos como o monitoramento remoto de pacientes em casa, as conexões
entre hospitais e uso de sensores médicos (ALDEGHEISHEM, 2019). Rocha et
al. (2019) abordaram sobre prestação de cuidados de saúde em Cidades
Inteligentes e, dentre outros, citam a aplicação de uma plataforma para
rastreamento de localização em tempo real de serviços de emergência como
ambulâncias, polícia e corpo de bombeiros, para minimizar o tempo de
resposta àqueles em necessidade.
Na moradia, Gupta, Chauhane e Jaiswal (2019) apontam para a
necessidade de inclusão de Edifícios Inteligentes para desempenhar um papel
significativo na consecução dos objetivos ambientais, os quais devem ser
estendidos a todos os grupos sociais, sem qualquer discriminação. Essa
concepção também é válida para edifícios governamentais, de saúde e de
educação.
Para a Educação Inteligente, segundo Tan e Taeihagh (2019), é
importante uma alfabetização tecnológica para que os cidadãos possam
participar do desenvolvimento das cidades, bem como a construção de uma
Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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34
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Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 35
Capítulo 2
6Professora conferencista Unesp Bauru. Doutora em Planejamento Urbano e Regional pela USP-
São Paulo. E-mail: geisebp@gmail.com
36
7No original: Air pollution is contamination of the indoor or outdoor environment by any chemical,
physical or biological agent that modifies the natural characteristics of the atmosphere.
Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 37
Figura 1. Mapas de média anual da AOD550nm obtidos por meio de medições do sensor MODIS a
bordo do satélite Terra no Estado de São Paulo, excluindo os dias em que houve transporte de
fumaça da Região Centro-Oeste e do sul da Amazônia, durante a estação de queimada (entre
agosto e novembro). A barra de cores representa a variação da abundância de aerossóis na
atmosfera, cores frias (azul) e quentes (vermelho) indicam, respectivamente, baixos e altos níveis
de material particulado na atmosfera
Figura 2. Taxa de variação da AOD550 nm por ano entre 2007 e 2017 nas UGRHI do Estado de São
Paulo. UGRHIs destacadas (cor vermelha) apresentaram tendência estatisticamente válida por
meio do Teste de Mann-Kendall para nível de significância 10%
8Menos de 5% dos municípios apresentam monitoramento, dos quais 78% se situam na Região
Sudeste do país (ISS, 2014).
40
Tabela 1. Tabela da relação entre a quantidade de ônibus elétrico e a população em sete municípios
brasileiros
Número de ônibus elétrico – População estimada –
Plataforma E-bus (2021) IBGE (2020)
Brasília 6 3055149
Volta Redonda 3 273988
Maringá 3 430157
Bauru 2 379297
Campinas 15 1213792
São Paulo 218 12325232
Santos 7 433656
Fonte: Elaborado pela autora com dados da plataforma E-Bus Radar (2021).
Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 43
Fonte: Elaborado pela autora com dados da plataforma E-Bus Radar (2021).
9 Era uma proposta em que um raio a partir do centro seria delimitado como “área branca”. Nesta
circunferência, só poderia trafegar ônibus elétrico.
44
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AGRADECIMENTOS
Capítulo 3
INTRODUÇÃO
O debate sobre o tema dos espaços livres e dos espaços residuais ganha,
a cada dia, maior relevância quando associado às práticas para as cidades.
Reflexões teóricas avançam quando confrontadas com processos de
urbanização e nos instigam a revisitar o tema e destacar aspectos que possam
contribuir para o planejamento urbano.
Os espaços livres se manifestam de maneira intrínseca aos conflitos e
contradições presentes nas paisagens brasileiras em suas mais variadas formas
de expressão nas cidades. Os aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos
dos espaços urbanos contribuem na conformação dos espaços livres e na
interação entre estes e os espaços edificados das cidades (SCHLEE et al., 2009).
Diante dos constantes processos de urbanização, diversos resíduos
espaciais sem características formais e funcionais aparentemente muito bem
10
Trata-se de trabalho anteriormente apresentado pelos autores, em formato preliminar, na 8ª
Conferência da Rede Lusófona de Morfologia Urbana (PNUM, 2019), realizada em agosto de 2019
na cidade de Maringá, Paraná, Brasil. O artigo, ampliado e adaptado para este novo momento, é
fruto de pesquisa em curso, vinculada ao Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq “Cidade,
Processos de Urbanização e Ambiente”, desenvolvida no âmbito do Laboratório do Lugar e da
Paisagem (LABLupa) da Universidade Federal Fluminense.
11 Doutora em Urbanismo. Professora associada LAbLupa/PPGAU/EAU/UFF. E-mail:
eloisacarvalhoaraujo@id.uff.br
12 Mestrado em Arquitetura e Urbanismo. Pesquisadora do LAbLupa/PPGAU/EAU/UFF. E-mail:
kamartins@id.uff.br
13 Mestrado em Arquitetura e Urbanismo. Pesquisador do LAbLupa/PPGAU/EAU/UFF. E-mail:
jeffersontomaz@id.uff.br
48
INQUIETAÇÕES TEÓRICAS
Figura 3. Antigo espaço residual reurbanizado para abrigar o atual Parque Madureira
no Rio de Janeiro
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 65
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Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 67
Capítulo 4
INTRODUÇÃO
14Uma primeira versão do texto foi publicada em: Conferência da rede lusófona de morfologia
urbana – PNUM: Forma urbana e natureza, 8, 2019, Maringá. Anais […]. Maringá: Universidade
Estadual do Paraná, 2019, p.799-814.
15 Doutora em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual Paulista (UNESP). E-mail:
arlete.francisco@unesp.br
68
The convex organisation of space and the interface with buildings - wheter
there are blank walls or barriers which distance the buildings from public
space - may equally strongly affect the relation between inhabitants and
their neighbours, and between inhabitants and strangers. (HILLIER et al.,
1983, p. 52).
70
METODOLOGIA
16Eram chamados Coronéis os homens com grande poder político, econômico e social, sem
referência a qualquer patente militar.
72
Figura 2. Mapa de Integração Global (Rn) de Presidente Prudente, em 1921, 1939 e 2019,
respectivamente
Observa-se que tanto uma vila quanto a outra apresenta uma rede
urbana homogênea, dada a formação em grelha, o que favorece a
acessibilidade intrabairro. As quadras curtas também favorecem a interação
urbana. Entretanto, há baixa integração entre as duas áreas, pois há poucas
conexões entre as vias (rever Figura 2).
A análise do tecido urbano dessa área revelou que o plano de vias
passou por algumas alterações, como a transformação da rua Tenente N.
Maffei em via pedonal (calçadão), a substituição da ligação em nível entre os
dois bairros por um viaduto, bem como a continuidade da rua Quintino
Bocaiúva, em função da não construção da praça na vila Marcondes. Os lotes
sofreram grandes alterações, na maioria pela subdivisão, o que levou também
ao maior adensamento edilício em ambos os lados da linha férrea (Figura 3).
Observou-se, em campo, que as ligações existentes são pouco legíveis,
como é o caso do viaduto que substituiu a ligação em nível das vilas, pela rua
Tenente N. Maffei, separando os automóveis dos pedestres, sendo o primeiro
pela via aérea e o outro pela subterrânea, pouco visível.
Quanto à densidade (Figura 3, parcelas), avaliada pelo desenho das
parcelas elaborado a partir da base digital disponibilizada pela prefeitura
municipal, não é possível perceber a existência de um padrão, mas há um
grande número de parcelas por quadra nos dois loteamentos, diferentemente
da proposta pretendida pelos loteadores. É possível perceber uma zona
formada por quadras menos densas situadas defronte à via férrea que, se
Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 75
Fonte: Planta da cidade, Google Earth e trabalho de campo. Desenhos de Michele Suizu (2019).
76
Fonte: Planta da cidade. Arquivo Público do Estado de São Paulo. Redesenhado por Michele Suizu
(2019).
Fonte: Planta da cidade, Google Earth e trabalho de campo. Desenho de Michele Suizu (2019).
80
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Colabora com isso o fato de as ruas serem mais integradas em ambos os lados
da ferrovia.
Independente dos processos, isto nos leva a refletir sobre a importância
da diversidade de usos na cidade contemporânea e na necessidade de pensar
o planejamento da habitação de interesse social nas áreas centrais, sobretudo
em cidades médias que passaram pelo processo de esvaziamento do centro, a
fim de melhor aproveitar a infraestrutura disponível e melhorar a mobilidade,
além de incrementar a densidade populacional e possibilitar maior vitalidade.
Outro ponto a ser destacado é o potencial das áreas ferroviárias para o
incremento do sistema de espaços livres (SEL) públicos, a serem planejadas
como parques lineares ao longo da linha férrea, cujos caminhos e passagens
poderiam cerzir os dois lados da fronteira, permitindo não apenas a
continuidade dos percursos, mas também a construção de um espaço que
ocuparia o vazio deixado pelo encerramento do transporte ferroviário.
Por fim, atentamos para a possibilidade que as cidades de porte
pequeno têm de preservar seu tecido urbano e social. Deve-se estar atento a
este fato para não perder a urbanidade que se apresenta pela sua própria
condição de cidade pequena, com um mercado imobiliário menos estruturado.
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Capítulo 5
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
METODOLOGIA
Tabela 1. Número total de alunos por curso e definição da amostra, em valores absolutos
RESULTADOS E DISCUSSÕES
160
140
120
100
80
60
40
20
0
ATÉ 17 ANOS ENTRE 18 e 25ENTRE 26 e 35ENTRE 36 e 45 MAIS QUE 46 NÃO
RESPODERAM
ETIM Técnico
Tabela 2. Modos de transporte utilizados pelos estudantes para os trajetos de ida e volta à escola.
Valores absolutos
Ida Volta
ETEC PALMITAL
ETIM Técnico ETIM Técnico
Feminino 3 6 5 4
A pé Masculino 3 5 4 5
Total 6 11 9 9
Feminino 30 33 30 34
Bicicleta Masculino 44 21 44 21
Total 74 54 74 55
Feminino 0 10 1 9
Automóvel como
Masculino - 9 - 8
motorista
Total 0 19 1 17
Feminino 15 10 13 12
Automóvel como
Masculino 8 6 8 7
carona
Total 23 16 21 19
Feminino 1 8 0 9
Motocicleta Masculino - 6 - 6
Total 1 14 0 15
Feminino - 1 - 0
Ônibus urbano Masculino 2 - 2 -
Total 2 1 2 0
Feminino 17 18 17 19
Ônibus ou van
Masculino 21 12 20 12
(Fretado)
Total 38 30 37 31
Feminino 1 1 1 1
Ônibus interurbano Masculino 1 - 1 -
Total 2 1 2 1
Parte ônibus Feminino - - - -
interurbano, parte Masculino - - - -
ônibus urbano Total 0 0 0 0
Feminino - 2 - 1
Parte a pé, parte
Masculino - - - -
ônibus urbano
Total 0 2 0 1
TOTAL 146 148 146 148
Fonte: Os autores (2021).
Tabela 3 – Modos de transporte por faixa etária (ida e volta). Valores absolutos
Modo de Transportes / Faixa IDA VOLTA
Etária ETIM Técnico ETIM Técnico
Até 17 anos 80 27 83 25
18 a 25 anos - 30 - 31
26 a 35 anos - 3 - 3
Modo Ativo
36 a 45 anos - 4 - 4
Acima 46 anos - 1 - 1
Total 80 65 83 64
Até 17 anos 23 7 22 10
18 a 25 anos - 15 - 13
26 a 35 anos - 8 - 7
Automóvel
36 a 45 anos - 5 - 5
Acima 46 anos - 0 - -
Total 23 35 22 35
Até 17 anos 42 12 41 10
18 a 25 anos - 18 - 13
Ônibus ou 26 a 35 anos - 3 - 8
Van 36 a 45 anos - 1 - 5
Acima 46 anos - - - -
Total 42 34 41 36
Até 17 anos 1 - - -
18 a 25 anos - 7 - 8
26 a 35 anos - 4 - 4
Motocicleta
36 a 45 anos - 3 - 3
Acima 46 anos - - - -
Total 44 35 0 15
Fonte: Os autores (2021).
Figura 3. Distribuição dos modos de transporte a pé e bicicleta por faixa etária na ETEC de
Palmital
140
120
100
80
60
40
20
0
PALMITAL IBIRAREMA PLATINA CAMPOS ASSIS CANDIDO
NOVOS MOTA
geral, 14% dos alunos que se deslocam por automóvel gastam até 15 minutos
em seu trajeto de entrada. E 1% dos alunos do ETIM que utilizam motocicleta
gastam até 15 minutos nos seus deslocamentos (Tabela 4).
Em relação aos estudantes do Ensino Técnico, o tempo de viagem é
próximo àqueles encontrados a partir dos dados do ETIM. Assim, 30% dos
alunos percorrem o trajeto casa-escola em 15 min, e aqueles que utilizam o
automóvel levam até 15 minutos nesse mesmo trajeto. Os estudantes que
utilizam motocicleta, 9% levam até 15 minutos até a escola.
Analisando os trajetos de volta (escola/casa), observa-se que dentre os
alunos do ETIM que utilizam o modo ativo, 39% levam até 15 minutos ou
menos para esse deslocamento e 14% demoram entre 15 e 30 minutos nesse
deslocamento. Em relação àqueles que utilizam o automóvel, 14% dos
estudantes gastam até 15 minutos nesse trajeto de volta da ETEC. E 1% dos
alunos do ETIM que utilizam motocicleta para retornar às suas residências
gastam até 15 minutos nos seus deslocamentos (Tabela 4).
Para os estudantes do ensino técnico, as condições de tempo de viagem
são parecidas com as dos alunos do ETIM, ou seja, 32% dos alunos que utilizam
os modos ativos demoram até 15 minutos nesse trajeto, enquanto 13% levam
entre 15 a 30 minutos. Em relação aos usuários de automóvel, observa-se 20%
gastam até 15 minutos nesse trajeto de retorno da ETEC, e 10% dos usuários
de moto gastam até 15 minutos para voltar as suas residências.
Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 99
Tabela 4. Tempo gasto pelos alunos nos deslocamentos casa/escola (ida e volta) por modo de
transporte. Valores absolutos
Modo de Total
< 15 15 a 30 31 a 45 46 a 60 > 60
Transporte (Alunos)
Modo Ativo 58 21 1 0 0 80
Automóvel 21 1 1 1 0 23
ETIM
Ônibus ou van 3 27 8 0 0 38
ENTRADA
Motocicleta 1 0 0 0 0 1
Modo ativo 45 19 1 0 0 65
Técnico
Automóvel 33 1 1 0 0 35
Ônibus ou van 1 24 9 0 0 34
Motocicleta 14 0 0 0 0 14
Modo ativo 57 20 1 0 0 80
20 1 1 1 0 23
ETIM
Automóvel
Ônibus ou van 3 27 8 0 0 38
SAÍDA
Motocicleta 1 0 0 0 0 1
Modo ativo 47 19 1 0 0 65
Técnico
Automóvel 30 1 1 0 0 35
Ônibus ou van 2 24 9 0 0 34
Motocicleta 14 0 0 0 0 14
Fonte: Os autores (2021).
Tabela 5. Distância dos trajetos casa/escola (ida e volta), por modal de transporte. Valores
absolutos
1
Modo de Até 5 Acima
1000 2000 2500 5000 Total
Transporte 500 0 5000
0
Modo ativo 5 13 27 27 8 0 0 80
ETIM
Automóvel 2 7 3 8 3 0 0 23
Ônibus ou van 0 0 3 3 0 36 0 42
ENTRADA
Motocicleta 0 0 1 0 0 0 0 1
Modo ativo 4 14 24 16 6 1 0 65
Técnico
Automóvel 1 8 16 5 3 2 0 35
Ônibus ou van 0 0 0 0 2 32 0 34
Motocicleta 0 2 7 4 1 0 0 14
Modo ativo 5 15 29 26 8 0 0 83
ETIM
Automóvel 2 5 3 8 3 1 0 22
Ônibus ou van 0 0 3 3 0 35 0 41
SAÍDA
Motocicleta 0 0 0 0 0 0 0 0
Modo ativo 3 11 24 15 8 2 0 63
Técnico
Automóvel 2 9 15 5 3 2 0 36
Ônibus ou van 0 0 0 0 2 31 0 33
Motocicleta 0 2 8 5 0 0 0 15
Fonte: Os autores (2021).
Figura 5. Trajeto casa/escola dos estudantes do ETIM da ETEC Palmital, considerando todos os
modais
Figura 6. Trajeto escola/casa dos estudantes do ETIM da ETEC Palmital, considerando todos os
modais
Figura 8. Trajeto escola/casa dos estudantes do técnico da ETEC Palmital, considerando todos os
modais
Tabela 8. Análise do desejo de mudança de modo de transporte, por tipo de modo de transporte
Modo de Sim Não
ETEC/Curso
Transporte N % N %
Modo Ativo 34 23 46 32
Automóvel 3 2 20 14
ETIM Ônibus ou Van 5 3 37 25
Motocicleta 1 1 0 0
PALMITAL
Total 43 29 103 71
Modo Ativo 37 26 28 19
Automóvel 13 9 22 15
Técnico Ônibus ou Van 7 5 26 18
Motocicleta 1 1 13 9
Total 58 39 89 61
Obs.: N – número absoluto de respostas.
Fonte: Os autores (2021).
INDEPENDÊNCIA
DESCONFORTO
CLIMA
FACILIDADE
ECONOMIZAR
RAPIDEZ
SEGURO
CONFORTO
SAÚDE
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Técnico ETIM
A pé / Ônibus Urbano
Ônibus Interurbano/Urbano
Ônibus Interurbano
Ônibus Urbano
Ônibus / Van (fretado)
Motocicleta
Automóvel (carona)
Automóvel (motorista)
Bicicleta
A Pé
0 5 10 15 20 25 30 35 40
ETIM Técnico
CONCLUSÃO
entrada. No contexto geral, 93,1% dos alunos que se deslocam por automóvel,
gastam até 15 minutos em seu trajeto de entrada. Para os alunos do ensino
técnico, as condições de tempo de viagem são parecidas com as dos alunos do
ETIM. E 94% dos alunos que se deslocam por automóvel, gastam até 15
minutos em seu trajeto de entrada, os que utilizam o modo ativo, 69% gastam
até 15 minutos e todos os 14 (9%) que utilizam motocicleta levam até 15
minutos. Apenas 24% dos alunos residem a mais de 2,5 km da ETEC e que 18%
estão a menos de 1 km.
Ainda em relação aos modos de transporte o artigo identificou que 34%
dos estudantes mudariam o modo de transporte utilizado para seus
deslocamentos à escola, sendo que deste total, 59% dos respondentes
utilizariam o automóvel. Os motivos associados a esta mudança são: rapidez,
conforto e facilidade. Fatores como saúde, clima da cidade e segurança não
foram influenciaram nessa decisão, pois juntos representaram 19% das
respostas.
Nesta amostra os resultados não confirmam a atual tendência para uma
diminuição na utilização dos modos ativos para os deslocamentos à escola,
como tem observado em cidades de maior porte demográfico.
Os resultados podem contribuir para o desenvolvimento de estudos
similares e para que planejadores urbanos e de transportes possam intervir
preventivamente em possíveis conflitos urbanos e propor ações de
conscientização juntos aos estudantes dos ensinos fundamental, médio e
técnico.
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jan. 2021.
Capítulo 6
INTRODUÇÃO
Fonte: Mascaro, Orlandi, Iphan/MT (2017) – produto dos Projetos de Extensão e das práticas
supervisionadas do PEP.
Embora o tombamento tenha dez anos, ainda não existe uma Instrução
Normativa específica que regulamente as intervenções nos perímetros. Através
do Projetos de Extensão realizados em 2016 e 2017 22 em parceria com o
Iphan/MT e com a mestranda do PEP23, Verônica Orlandi, foram realizados
estudos técnicos, a população foi consultada e elaborada uma minuta de
Instrução Normativa. Esta encontra-se atualmente no Iphan e aguarda
sugestões de alteração e/ou homologação.
Os valores culturais do centro da cidade também são reconhecidos em
nível estadual e municipal: o Estado igualmente definiu um perímetro para a
22Projetos de Extensão registrados, sob coordenação da profa. Luciana Mascaro, no Sistema SIEx
da UFMT sob os números 100420161158591607 e 240220171741321291, respectivamente.
23 Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural do Iphan (– PEP):
http://portal.iphan.gov.br/pep
Múltiplos olhares sobre a cidade contemporânea - 115
24Divisão de Patrimônio Histórico da Secretaria de Estado de Cultura SEC-MT, por meio da Portaria
Estadual nº 027/2002.
116
Fonte: Mascaro, Orlandi, Iphan/MT (2017) – produto dos Projetos de Extensão e das práticas
supervisionadas do PEP.
OBJETIVOS E METODOLOGIA
VERTICALIZAÇÃO EM CÁCERES?
Foto 2. Edificações com mais de 1 pavimento no entorno da Catedral de São Luiz, praça Barão do
Rio Branco, Cáceres/MT
Fonte: Acervo IBGE. Autor: Faissol, Speridião, 1923-; Faludi, Susan. Data: 1953.
Legislações municipais
Assim, verifica-se na cidade que vigora o que Silva (1981, p. 256) dizia
há mais de 30 anos
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
CÁCERES. Lei orgânica municipal. Atualizada até a Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 37, de 11
de nov. de 2019. Disponível em:
https://sic.tce.mt.gov.br/146/assunto/listaSubItem/id_assunto/1456. Acesso em: 22 maio 2020.
MARICATO, E. Nossas cidades são um grande negócio na mão de poucos. [blog internet]. 2014.
Disponível em: https://erminiamaricato.net/2014/05/13/nossas-cidades-sao-um-grande-negocio-
na-mao-de-poucos/. Acesso em: 12 maio 2019.
SILVA, J. A. da. Direito urbanístico brasileiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1981.
132