Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Organizadores
Marta Enokibara
Nilson Ghirardello
Rosio Fernández Baca Salcedo
PATRIMÔNIO, PAISAGEM E
CIDADE
1ª Edição
ANAP
Tupã - SP
2016
2
EDITORA
ANAP - Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista
Pessoa de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, fundada em 14 de setembro de 2003.
Rua Bolívia, nº 88, Jardim América, Cidade de Tupã, São Paulo. CEP 17.605-310.
Contato: (14) 3441-4945
www.editoraanap.org.br
www.amigosdanatureza.org.br
editora@amigosdanatureza.org.br
Para edição desta obra foi firmada uma parceria entre ANAP – Associação Amigos da
Natureza da Alta Paulista com Programa de Pós-graduação em Arquitetura e
Urbanismo (PPGARQ) da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação
FAAC/UNESP- Campus de Bauru.
Ficha Catalográfica
ISBN 978-85-68242-45-2
CDD: 720
CDU: 720/49
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................ 07
Marta Enokibara
Nilson Ghirardello
Rosio Fernández Baca Salcedo
Capítulo 1 ................................................................................... 09
Capítulo 2 ................................................................................... 35
Capítulo 3 ................................................................................... 59
Capítulo 4 ................................................................................... 83
APRESENTAÇÃO
Marta Enokibara1
Nilson Ghirardello2
Rosio Fernández Baca Salcedo3
1
Doutora, Docente do PPGARQ – UNESP, marta@faac.unesp.br
2
Doutor, Docente do PPGARQ – UNESP, nghir@faac.unesp.br
3
Doutora, Docente do PPGARQ – UNESP, rosiofbs@faac.unesp.br
8
Capítulo 1
4
Paula Valéria Coiado Chamma
5
Rosio Fernández Baca Salcedo
1 INTRODUÇÃO
4
Doutora, Docente do Curso de Design das Faculdades Integradas de Bauru.
arq.paula.chamma@gmail.com
5
Doutora, Docente do PPGARQ – UNESP, rosiofbs@faac.unesp.br
10
4.1 O CONTEXTO
Contextos Características
Físico Leitura do lugar histórico em relação às suas construções (estilo e
características arquitetônicas, possíveis patologias construtivas, o estado de
conservação ou de degradação/abandono), em relação às camadas
históricas que possui e em relação às intersecções sociais que interferem
nas suas características (segregação físico-espacial).
Ambiental Leitura do lugar em relação à localização, área, clima (precipitação
pluviométrica, temperatura, umidade, insolação, radiação), à vegetação
(características e predominâncias), topografia e geomorfologia (relevo,
declividade, áreas suscetíveis à desastres naturais e ambientais), ao solo
(tipo, características, erosão, fertilidade), à hidrografia (recursos hídricos
superficiais e subterrâneos, escoamento, inundações), fauna, arborização e
paisagem urbana, aos recursos naturais e fontes de energia, impactos
gerados pelo uso e ocupação e possíveis implicações em relação às novas
obras de arquitetura, geração e manejo de resíduos.
Histórico Peculiaridades e fatos relevantes relacionados à: lugar, projetos,
construções, conjuntos históricos relacionados à proposta de intervenção,
personalidades importantes ou grupos familiares importantes que
habitaram o lugar, guerras ou desastres naturais envolvendo o lugar.
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 23
Contextos Características
Urbano Evolução urbana (origem, relevância histórica, área de influência), lugar-
signo e identidade, morfologia urbana (desenho das quadras, ruas,
edifícios, relação edílícia, tipologias), mobilidade e sistema viário (eixos,
estrutura viária, fluxos, gabaritos, pontos de atração e de conflito, serviços
e meios de transporte, acessibilidade), ideologias políticas que interferem
no espaço urbano, segurança do lugar, Plano Diretor e leis de uso de solo
urbano (taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, interferências
nas definições de gabaritos, legislações, vazios urbanos, parcela pública do
território) equipamentos públicos (localização, proximidade ao lugar de
intervenção, usuários), mobiliário urbano, infraestrutura (abastecimento de
água, fornecimento de energia elétrica, tratamento de esgoto e de
resíduos), presença de grupos sociais antecedentes (indígenas,
colonizadores), relações com as áreas rurais, regionais e área de influência
nacional e internacional.
Econômico Renda per capita do lugar e relação com o PIB (produto interno bruto),
atividades comerciais, industriais, serviços, relações com a economia
agrícola, instituições financeiras, valor agregado à imagem do lugar, ao
marketing positivo e negativo do lugar, à especulação imobiliária,
empregabilidade e a crises econômicas que afetaram ou afetam o lugar.
Político Organização administrativa e relação entre instâncias governamentais,
legislação municipal, aspectos jurídicos do lugar, órgãos municipais e
interferências dos conselhos, planejamento municipal e programas de
governo, conflitos políticos, políticas públicas, canais de comunicação entre
instâncias públicas e privadas, mecanismos de gestão e
favorecimento/impedimentos à gestão participativa.
Social População do lugar (densidade populacional, tendências de crescimento
populacional, descendência, naturalidade, grupos étnicos antecedentes,
reconhecimento do valor dos antecedentes, população predominante),
análise dos grupos sociais (sexo, nível de instrução, estado civil, poder
econômico, trabalho/profissão, tempo de serviço, renda bruta), identidade,
relações de convívio social, ações sociais e organizações sociais.
Cultural Atuação de grupos culturais, personalidade de referência cultural, políticas
de apoio cultural, equipamentos culturais e educacionais antecedentes e
atuais, tradições, costumes, valores, memórias individuais e coletivas,
festas, afetividade, nível de conscientização cultural dos habitantes do
lugar, exploração pública e privada da cultura do lugar, modos de habitar.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Contextos Características
Contemporaneidade Buscar o contraste ou relação com a arquitetura tradicionalista e
seus valores atualizados (tradição x atualização).
Densidade Propor um espaço que atenda o maior número de pessoas, sem
afetar os aspectos qualitativos de uso e ocupação do lugar.
Diversidade Sugerir novos modos de uso em função das diversidades sociais.
Estudo Criar diferentes possibilidades de materialização do projeto, de
de viabilidades modo que todas as “vozes” que antecedem o programa de
necessidades possam ser ouvidas.
Hibridação Buscar novos usos, valorizando o antigo através do novo (novo x
velho).
Inovação Propor novas maneiras de fazer, ou seja, novos arranjos em
relação às habituais tipologias, considerando uso de tecnologias,
parâmetros de sustentabilidade e preservação.
Inteligibilidade Demonstrar a interpretação dos contextos, materializando a
identidade do lugar e as forças motoras do projeto.
Intensidade Propor um espaço capaz de atender os usuários plenamente.
Intertextualidade Demonstrar a intencionalidade projetual, com a tomada de
decisões que estabelecem as relações dialógicas entre a
linguagem arquitetônica contemporânea e o contexto,
considerando a tríplice natureza dialógica (ciência + estética +
ética).
Síntese Propor um espaço que demonstre convergências e divergências
do heterogêneo presentes no programa de necessidades, ou seja, as contradições
que geram a dialogia do projeto.
Sustentabilidade Propor um espaço sustentável em relação às proximidades de
serviços, capaz de promover o aproveitamento dos materiais
durante sua construção (materiais de baixo impacto) e após seu
uso.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Fonte: http://www.cidadedacultura.gal/en/content/gaias-centre-museum
Fonte: http://www.archdaily.com/161448/ad-classics-riola-parish-church-alvar-aalto
A igreja de Santa Maria Assunta em Riola, localizada em Grizzana Morandi, Itália, projetada
pelo arquiteto Alvar Aalto, finalizada em 1978. O projeto respeita a paisagem local, tanto
pela forma como pelo material empregado. Notam-se diversas variáveis dialógicas nesse
projeto: a inteligibilidade (a identidade do lugar é a força motora do projeto), a síntese do
heterogêneo (contrastes luz e sombra, retas e curvas, peso e leveza), a intertextualidade
(demonstra a intenção do arquiteto com estética/ética considerando o contexto).
26
Fonte: http://simplesmenteberlim.com/judisches-museum-berlin-museu-judaico-de-
berlim/
O Museu judaico de Berlim, do arquiteto Daniel Libeskind, representa o elo entre a história
e seus personagens. A obra afeta sensorialmente o usuário. Destacam-se entre as
variáveis: a síntese do heterogêneo (contrastes arquitetônicos) e a hibridação, com a
valorização do antigo através do novo (novo x velho).
Fonte: http://marlosbakker.com.br/shop/gallery/wish-you-were-here-instituto-do-mundo-
arabe/?lang=pt
Fonte: http://www.matosinhosport.com/gca/?id=440
Foi projetada pelo arquiteto Alvaro Siza, construída em Matosinhos, Portugal. Nessa obra
está presente a intensidade, pois é utilizada por pessoas de todas as faixas etárias, por
cidadãos e turistas. Destaca-se também a inteligibilidade, visto as relações entre sua obra e
a paisagem (relação com as marés, com os rochedos, respeito com o nível entre a praia e
avenida, a harmonia dos materiais utilizados).
Fonte: http://archtendencias.com.br/arquitetura/teatro-everyman-haworth-tompkins/
Fonte: http://italiaperamore.com/arquitetura-carlo-scarpa-tomba-brion/
O Cemitério Brion de San Vito D'Altivole, projetado por Carlo Scarpa criou um ambiente
contemplativo que vai além de um memorial, devido a sua diferenciada implantação,
forma e detalhamento. A proposta projetual é inovadora, já que rompeu com as habituais
tipologia de cemitérios. Destaca-se ainda a intertextualidade por surpreender, emocionar e
levar a reflexão sobre a vida, demonstrando plenamente a intencionalidade do projeto.
Fonte: http://porabrantes.blogs.sapo.pt/tag/
centro+galego+de+arte+contempor%C3%A2nea
Fonte: http://brasilarquitetura.com/projetos/praca-das-artes
A Praça das Artes, em São Paulo foi projetado por Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e
Luciana Dornellas com Marcos Cartum. O novo uso do projeto (refiguração) respeita a
situação preexistente, destacando-se assim a hibridação.
Fonte: http://www.p10designstudio.com/iconic-barcelona-volume-1/
O Mercado Santa Caterina em Barcelona foi projetado por Enric Miralles e Benedetta
Tagliabue, que respeitou o tecido urbano, a estrutura existente e a história local. O projeto
fez uma interferência na cidade, através da hibridação, misturando o existente e o novo,
com a construção da cobertura em mosaico feita em material cerâmico sobre a estrutura
existente, tal qual uma tenda. O mosaico é uma alusão colorida das frutas e dos legumes.
30
Fonte: http://bedelho.r7.com/conjunto-arquitetonico-do-sesc-pompeia-pode-ser-
tombado-pelo-iphan/
O Sesc Pompéia, projetado por Lina BoBardi em 1977, localizado na cidade de São Paulo,
apresenta relação dialógica entre o antigo e o novo, cumprindo seu papel ético e estético.
O edifício respeitou a identidade do período arquitetônico e histórico em que foi
construído, bem como as relações humanas com o trabalho, assim a ética + estética se
completam. Entre as variáveis dialógicas projetuais, destacam-se a contemporaneidade e
a densidade.
Fonte: http://www.dezeen.com/2012/01/03/steilneset-memorial-by-peter-zumthor-and-
louise-bourgeois/
O Memorial Steilneset foi projetado por Peter Zomthor em homenagem àqueles que
foram perseguidos nos Julgamentos de Bruxaria do século XVII, localizado na costa do Mar
de Barents em Vardo, na Noruega. O estudo de viabilidades é um ponto marcante do
projeto já que houve a materialização das “vozes” que antecedem um programa de
necessidades conectado ao contexto histórico-cultural.
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 31
Fonte: https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/miguel-pereira-e-tagore-
pereira-pousada-imbituba-sc-25-11-2005
Situada na praia do Rosa, litoral catarinense (Imbituba-SC) a Pousada Pedra Grande foi
projetada por Miguel Pereira e Tagore Pereira que respeitaram o contexto ambiental em
sua proposta projetual. Nesse projeto está presente a sustentabilidade, devido à
integração que tem com o ambiente e pela simplicidade das técnicas construtivas como
uma resposta ao contexto.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAL
BAKHTIN,Mikkail.Estéticadacriaçãoverbal.2.ed.SãoPaulo:Martins Fontes,
1997.
BERGAMIM, Juliane Stenzinger. Geografia em questão. Arquitetura e
Geografia: como as diferentes ciências conceituam lugar. Vol. 6, n. 2, pág.
167-180, 2013
BOITO, C. Os restauradores. Tradução de Paulo Mugayar Kühl, Beatriz
Mugayar Kühl. Cotia: Ateliê Editorial, Coleção Artes & Ofícios, 2008.
BRANDI, Cesare. Teoria da Restauração. Tradução de Beatriz Mugayar Kühl.
São Paulo: Ateliê Editorial, Coleção Artes & Ofícios, 2013.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17.ª edição. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1988.
GIOVANONNI,G. Textos Escolhidos. São Paulo: Ateliê Editorial, 2013.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (BRASIL).
Cartas Patrimoniais. Rio de Janeiro: IPHAN, 1995, 343p.
_______. Cartas Patrimoniais. 3º ed. rev. aum. – Rio de Janeiro: IPHAN,
2004, 408p.
_______. IPHAN, 2004. Disponível em
http://portal.iphan.gov.br/uploads/legislacao/Portaria_n_299_de_6_de_Jul
ho_de_2004.pdf. Acesso em: em 20 out. 2016.
KROTZ, E.: Alteridad y pregunta antropológica. In: Alteridades Nº 8. Págs. 5-
11. 1994.
MARICATO, Ermínia. Brasil, Cidades. Alternativas para crise urbana.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 33
Capítulo 2
INTRODUÇÃO
6
Mestre em Arquitetura e Urbanismo, PPGARQ – UNESP, arq.julianacavalini@hotmail.com
7
Doutora, Docente do PPGARQ – UNESP, rosiofbs@faac.unesp.br
36
OBJETIVO
ESCALA DE VALORES
Nº DE ÁREA
ÓTIMO BOM RUIM PÉSSIMO
HABITANTES (m²)
(m²) (m²) (m²) (m²)
1 14,0 ≥ 17,5 14,0 a 17,4 10,5 a ≤ 10,4
2 28,0 ≥ 35,0 28,0 a 34,9 13,9 ≤ 20,9
3 42,0 ≥ 52,5 42,0 a 52,4 21,0 a ≤ 31,4
4 56,0 ≥ 70,0 56,0 a 69,9 27,9
5 ou mais + 10,0 - - 31,5 a ≤ 41,9
41,9
42,0 a
55,9
-
Fonte: Decreto Ministerial de Obras Públicas da Itália, de 5 de julho de 1978.
Organização: das autoras
CONTEXTO
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONTEXTO
Beneficiários do programa População com renda anual de até vinte mil euros.
Órgão de financiamento Parceria público/privada
Valor da prestação mensal da
unidade habitacional Até 17% da renda mensal
TEXTO
Degradação
Reprefiguração
Reconfiguração
Figura 8. Área construída por tipologia de habitação do Conjunto Residencial San Basilio
Re-refiguração
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGRADECIMENTOS
Capítulo 3
RIOS E FERROVIAS:
CONEXÕES E IDENTIDADE ENTRE A CIDADE E PAISAGEM
1 INTRODUÇÃO
8
Professora doutora, PPGARQ UNESP-Bauru, nconst@faac.unesp.br
9
Mestranda, PPGARQ UNESP-Bauru, fe_foloni@hotmail.com
10
Mestranda, PPGARQ UNESP-Bauru, karlabiernath@hotmail.com
11
“Nesse ponto é oportuno fazermos observação a respeito do termo ‘Oeste’ utilizado de forma
genérica em documentos antigos. A falta de precisão por vezes resulta em dificuldades de situar
determinado fato ou acontecimento em áreas que podem estar fisicamente distantes: a Oeste,
Nordeste ou Noroeste do Estado. Consideramos que só depois do reconhecimento do sistema
fluvial do lado ocidental de São Paulo é que as regiões serão designadas conforme os limites dos
60
rios, pois estes guardam algum paralelismo. São eles: Tietê, Aguapeí/Feio, Peixe e
Paranapanema, todos tributários do Rio Paraná.” (GHIRARDELLO, 2002, p.69).
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 61
12
Tradução livre de: “el diseño urbano convencional contribuye al deterioro general del
medioambiente global, [...] y por el fallo a la hora de reconocer las relaciones entre las acciones
humanas y los sistemas naturales y actuar sobre ellas”. (HOUGH, 1995, p.47).
62
13
Conforme Constantino (2010).
70
Figura 5: Vista do Viaduto Eufrásio de Toledo sobre o Rio Bauru – Bauru (SP)
14
GHIRARDELLO, N. Primórdios da formação de Bauru (1885-1920). In: FONTES, M. S. G. C.;
GHIRARDELLO, N. (Org.). Olhares sobre Bauru. Bauru, SP: Canal 6, 2008, p.37-38.
15
Dados obtidos por informes da Defesa Civil de Bauru.
72
16
Dados obtidos em <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/saopaulo/avare.pdf>.
Acesso em 3 out, 2016.
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 73
Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/a/avare.htm,
acesso em 04 de out, 2016.
17
“A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo criou em 2007 o programa
Município Verde Azul para avaliar a gestão ambiental em cada um dos 645 municípios paulistas.
Os resultados são expressos por meio do Índice de Avaliação Ambiental (IAA) publicados no
ranking ambiental paulista. Entre as dez diretivas ambientais que regem o Programa destacam-
se: esgoto tratado, lixo mínimo, recuperação de mata ciliar, uso da água e arborização urbana”
(CONSTANTINO, 2014, p.4).
76
18
“O ecologismo manda conservar a natureza, reservando-a à função de paraíso ambiental. O
economismo manda transformar o capital ecológico em consumo, acelerando o esgotamento
de recursos” (AB’SABER, 2007, p.26).
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 77
Por fim, Ab’Saber (2007, p.10) deixa claro que as paisagens são
mais que simples espaços territoriais, são heranças pelas quais as
pessoas são responsáveis, ou deveriam ser. Desde órgãos
governamentais administrativos até o simples cidadão, a
responsabilidade é permanente, portanto utilização predatória da
paisagem terrestre precisa ser impedida.
Milton Santos também deixa claro como as transformações
urbanas estão cada vez menos levando o meio ambiente em
consideração, tornando a paisagem cada vez mais artificial e
deteriorando gradualmente a saúde da população.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS
Capítulo 4
1 INTRODUÇÃO
19
Arquiteta e Urbanista, Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo
(USP) e Mestre em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
Professora do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Unifavip-Devry University,
alinefigueiroa@yahoo.com.br
20
Biólogo, Doutorando em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), Mestre em Desenvolvimento Urbano pela UFPE e em Diseño, Planificación y
Conservación de Paisajes y Jardines pela Universidad Autónoma Metropolitana – Unidad
Azcapotzalco, joelmir_marques@hotmail.com
84
21
As datas entre parêntesis referem-se à inauguração dos jardins públicos.
22
Este texto apresenta resultados da tese de doutorado em Arquitetura e Urbanismo intitulada
Entre a implantação e a aclimatação: o cultivo de jardins públicos no Brasil nos séculos XIX e XX,
apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP),
2016. Baseia-se, especificamente, no Capítulo 3.1 (Os Jardins Públicos na Remodelação Urbana:
a vegetação, p. 161-202), no qual trabalharam ambos os autores deste artigo.
86
23
O APG III é considerado o mais moderno sistema de classificação taxonômica das plantas com
flores por estar embasado na filogenia molecular. Pode ser consultado online em
http://www.tropicos.org/Home.aspx
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 87
24
A Revista de Pernambuco era um periódico editado pela máquina administrativa do estado
nos anos 1920 e cujo número inaugural foi publicado em julho de 1924 durante a gestão do
governador Sérgio Loreto (1922-1926). Criada como veículo de divulgação da administração de
88
Figura 2: Praça Maciel Pinheiro, à esquerda, dois fícus (Ficus benjamina) e, à direita, um
jambeiro (Syzygium malaccense). Ao fundo, a Igreja Matriz da Boa Vista.
Pernambuco, a revista publicava fartas descrições e diversas fotografias ilustrativas das ações
promovidas pelo governo, destacando-se aquelas de cunho urbanístico.
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 89
25
A palavra “maxambomba” é uma corruptela da expressão inglesa machine pump (bomba
mecânica) e significa uma pequena locomotiva a vapor composta por três vagões de
passageiros que realizava o serviço de transporte coletivo no Recife a partir de 1867, operado
pela companhia inglesa Brazilian Street Railway Company Limited (BARBOSA, 2011).
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 91
Figura 4: Parque Amorim, maciço vegetal formado por eucaliptos (Eucalyptus sp.).
Fonte: Cartão postal pertencente ao acervo de Aline de Figueirôa Silva (Silva, 2016, p. 180).
meio de tudo isto duas pergolas, uma vasca, e um lago artificial. (...).
O lago, de fórma irregular, envolve uma pequena ilha também
irregular, feita com blocos naturaes, e apresenta dois pequenos
rochedos sobre os quaes existe uma vegetação apropriada. Arvores
e flores estão ainda plantadas na ilha, a que se tem accesso por uma
ponte rustica. (...) Nos dois canteiros juntos ao canal, na descida da
ponte, foram plantados dois grandes tufos de eucalyptos, que fazem
a drenagem do terreno (Parque do Derby in Almanach de
Pernambuco para o anno de 1929, p. 245-247; grifos nossos).
Figura 5: Praça Oswaldo Cruz, ao fundo, a pérgula em cimento armado para plantas trepadeiras
e, em último plano, à esquerda, indivíduos de fícus (Ficus benjamina). Vê-se ainda o busto do
médico sanitarista Oswaldo Cruz no meio de um canteiro de cana-da-índia (Canna indica).
Fonte: Foto de Alexandre Berzin pertencente ao acervo da Fundação Joaquim Nabuco (SILVA,
2016, p. 188).
96
4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
TAYLOR, Patrick (Ed.). The Oxford Companion to the Garden. Oxford, New
York: Oxford University Press, 2006.
UM NOVO PARQUE. In: Revista de Pernambuco, Recife, Repartição de
Publicações Officiaes do Estado de Pernambuco, anno 1, n. 1, julho de 1924.
Sites
http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/ResultadoDaC
onsultaNovaConsulta.do.
http://www.tropicos.org/Home.aspx
100
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 101
Capítulo 5
Erika Hingst-Zaher26
Luíza Teixeira-Costa27
1 INTRODUÇÃO
26
Doutora em Ciências Biológicas (Genética). Pesquisadora no Instituto Butantan.
E-mail: erika.zaher@butantan.gov.br
27
Mestra em Botânica. Doutoranda no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
E-mail: luiza.teixeirac@ib.usp.br
102
fosse aberto à visitação, uma análise das fotos da época revela o HOC
como um espaço aberto, sem muros, que poderia ser contemplada
pelos visitantes sem a necessidade de entrada no espaço de cultivo
das plantas. Assim, uma estética agradável, oferecendo sensação de
bem estar, contribuiria para despertar o interesse do público
(DEMATTÊ 1999). De fato, a importância que Hoehne conferia à
vegetação transcendia o aspecto utilitarista, relacionando-se também
à apreciação estética da natureza (FRANCO; DRUMMOND, 2002). O
valor estético das plantas e de ambientes naturais de modo geral era
inclusive utilizado por Hoehne ao abordar os temas de proteção e
conservação (FRANCO; DRUMMOND, 2007).
Embora Hoehne tenha seguido a inspiração alemã para a
criação do HOC, o paisagismo na cidade de São Paulo sofreu
influência predominantemente francesa (SANTOS; TEIXEIRA, 2001),
desde aspectos relacionados ao formato de praças e canteiros, até a
escolha das espécies vegetais utilizadas (DOURADO, 2011). Além da
preocupação inicial de embelezar as ruas da cidade em crescimento,
o paisagismo em São Paulo também esteve ligado à preocupação
com a qualidade de vida da população, guiada por influência do
pensamento higienista do início do século XIX (ANDRADE, 2004;
VIGNOLA JR., 2005), que considerava a arborização urbana como
capaz de afastar os miasmas – odores fétidos que poderiam levar ao
surgimento de doenças como a malária (SEGAWA, 1996; HALLIDAY,
2001). Essas ideias marcaram o início da arborização urbana também
em outras capitais do País (SANTOS; TEIXEIRA, 2001). Todavia, o
pensamento de valorização da flora e da cultura nacionais esteve
sempre presente nos trabalhos de Hoehne, podendo ser considerado
pioneiro para a época (FRANCO; DRUMMOND, 2005). Esta
valorização refletiu-se na escolha das espécies originalmente
cultivadas no HOC.
A lista de espécies cultivadas no Horto foi publicada
originalmente em 1918, nos Relatórios Anuais do Instituto Butantan,
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 109
28
Dados obtidos através do portal Tropicos, administrado pelo Missouri Botanical Garden,
disponíveis em http://www.tropicos.org (acessado em 26 de agosto de 2014).
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 113
5 CONCLUSÕES
REFERENCIAL
SANJAD, N.R. Nos jardins de São José: uma história do Jardim Botânico do
Grão Pará, 1796-1873. 2001. 211 p. Dissertação (Mestrado) – Instituto de
Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas (SP). 2001.
SANJAD, N.R. Os Jardins Botânicos luso-brasileiros. Cienc. Cult., São Paulo,
v.62, n.1, p. 20-22., 2010.
SANTOS NRZ; TEIXEIRA, IF. Arborização de Vias Públicas: Ambiente x
Vegetação. Santa Catarina: Instituto Souza Cruz, 2001. 135 p.
SÃO PAULO. Manual Técnico de Arborização Urbana. São Paulo, 2015.
Disponível em:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/public
acoes_svma/index.php?p=3789
SEGAWA, H. Ao amor do público: os jardins no Brasil. São Paulo: Studio
Nobel: FAPESP, 1996, p. 256.
SILVA, A.F. Jardins do Recife: uma história do paisagismo no Brasil (1872 –
1937). Recife: Editora Cepe, 2010. 243 p.
SILVA, V.M. Educando homens para educar plantas: orquidofilia e ciência no
Brasil (1937-1949). 2013. 217 p. Tese (Doutorado em História) – Faculdade
de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais,
Belo Horizonte. 2013.
SOUZA, M.P.C. O papel educativo dos jardins botânicos: análise das ações
educativas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2009. 154 p. Dissertação
(Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação da Universidade de São
Paulo, São Paulo. 2009.
TEIXEIRA, A.R. Frederico Carlos Hoehne. Arquivos de Botânica do Estado de
S. Paulo, São Paulo, vol. 3, p. 221-222, 1962.
TEIXEIRA, A.R. Resenha histórica do Instituto de Botânica de São Paulo.
Ciência e Cultura, São Paulo, vol. 40, p. 1045-1054, 1988.
TEIXEIRA, L.A.; TEIXEIRA-COSTA, L.; HINGST-ZAHER, E. Vital Brazil: um
pioneiro na prática da ciência cidadã. Cadernos de História da Ciência, São
Paulo, v. 10, n. 1., p. 33 -55, 2015.
VEIGA, R.F.A.; COSTA A.A.; BENATTI JR., R.; MURATA, I.M.; PIRES, E.G.;
ROMA, R.P.C.R. Os jardins botânicos brasileiros. O Agronômico, Campinas, v.
55, n. 1, p. 56-60, 2003.
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 121
ANEXO
Espécie
Família
Nome científico Nome popular
chenopodium ou
Amaranthaceae Chenopodium ambrosioides
erva-de-santa-maria
chenopodium ou
Amaranthaceae Chenopodium hircinum
erva-de-santa-maria
Amaranthaceae Chenopodium multifidum chenopodium
aroeira-branca ou
Anacardiaceae Lithraea molleoides
aroeira-brava
aroeira-vermelha ou
Anacardiaceae Schinus terebinthifolius
aroeira-pimenta
Anonaceae Rollinia emarginata araticum-mirim
Apiaceae Coriandrum sativum coentro
Apocynaceae Araujia sericifera paina de seda
Apocynaceae Echites peltatus paina de penas
Apocynaceae Laseguea erecta -
Apocynaceae Oxypetalum appendiculatum cipó de leite
Apocynaceae Oxypetalum guilleminianum cipó de leite
Arecaceae Bactris setosa tucum
Arecaceae Cocos weddelliana palmeira de Petrópolis
122
Espécie
Família
Nome científico Nome popular
Arystolochiaceae Aristolochia brasiliensis papo-de-peru
Arystolochiaceae Aristolochia rumicifolia jarrinha
Asteraceae Acanthospermum brasilum carrapicho-rasteiro
Asteraceae Acanthospermum hispidum carrapicho-rasteiro
Asteraceae Baccharis genistelloides carqueja
Asteraceae Calea pinnatifida jasmim do mato
Asteraceae Epaltes brasiliensis planta de santa Lucia
Asteraceae Eupatorium dendroides chilca
Asteraceae Helianthus annuus girassol
Asteraceae Moquinia paniculata cambar branco
Asteraceae Piptocarpha axillaris vassoura-preta
Asteraceae Senecio brasiliensis erva-lanceta
Asteraceae Tagetes minuta cravinho de defunto
Asteraceae Trixis divaricata erva de mulher
ipê-verde ou
Bignoniaceae Cybistax antisyphilitica
caroba de flor verde
ipê do brejo ou
Bignoniaceae Handroanthus umbellatus
ipê-amarelo
Bignoniaceae Jacaranda caroba carobinha do campo
caroba da mata ou
Bignoniaceae Jacaranda semiserrata
jacarandá-branco
Bignoniaceae Stenolobium stans ipê de jardim
Bignoniaceae Tabebuia roseoalba ipê-branco
ipê-tabaco ou
Bignoniaceae Zeyheria tuberculosa
ipê-felpudo
Brassicaceae Brassica nigra mostarda-preta
Brassicaceae Coronopus didymus menstruço
Bromeliaceae Aechmea nudicaulis gravatá do campo
Bromeliaceae Billbegia ensifolia gravatá da flor verde
Bromeliaceae Dyckia coccinea gravatá
Bromeliaceae Tillandsia langsdorfii -
Bromeliaceae Tillandsia pulchella cravina-pão
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 123
Espécie
Família
Nome científico Nome popular
Bromeliaceae Tillandsia usneoides barba de velho
Cardiopteridaceae Villaresia dichotoma congonheira
Celastraceae Maytenus alaternoides espinheira-santa
Celastraceae Maytenus evonymoides carvalho
tapicuru ou
Celastraceae Salacia campestris
bacupari do campo
chá-de-soldado ou
Chloranthaceae Hedyosmum brasiliense
chá-de-bugre
Clethraceae Clethra brasiliensis guaperé
cangalheira ou
Cunoniaceae Belangera tomentosa
guarapere
Curcubitaceae Cayaponia pilosa fruta-de-gentio
Curcubitaceae Wilbrandia hibiscoides quiabo de cipó
Cyatheaceae Alsophila atrovirens Samambaiaçu
Erythroxylaceae Erythroxylum testaceum Fruta-de-tucano
Escalloniaceae Escallonia chlorophylla -
Euphorbiaceae Croton floribundus capixingui
Euphorbiaceae Hura crepitans assacú
Euphorbiaceae Joannesia princeps andauassú
Euphorbiaceae Ricinus communis mamona
Euphorbiaceae Sapium biglandulosum leiteira
Fabaceae Abrus precatorius ervilha do rosário
Fabaceae Andira anthelminthica Angelim amargoso
Fabaceae Canavalia ensiformis feijão de porco
Fabaceae Canavalia gladiata feijão-bravo
Fabaceae Canavalia picta -
Fabaceae Cassia bicapsularis canudo-de-pito
Fabaceae Cassia hoffmannseggii folha de padre
Fabaceae Cassia multijuga canafístula
Fabaceae Cassia occidentalis fedegoso
Fabaceae Cassia speciosa pau-fava ou fedegoso
Fabaceae Cassia splendida fedegoso
124
Espécie
Família
Nome científico Nome popular
Fabaceae Erythrina falcata suinã ou mulungu
Fabaceae Erythrina reticulata mulungu
Fabaceae Indigofera anil indigofera ou anileira
ingá-ferradura ou
Fabaceae Inga sessilis
ingazeiro
Fabaceae Piptadenia colubrina angico-branco
Fabaceae Piptadenia communis pau-jacaré
Fabaceae Rhynchosia phaseoloides favinha-brava
Fabaceae Schizolobium excelsum guapuruvú
Fabaceae Tipuana tipu tipuana
Gesneraceae Condonanthe devosiana -
Gesneraceae Hypocyrta macrocalyx -
Lamiaceae Mentha piperita hortelã-pimenta
Lamiaceae Mentha pulegium poejo
Lentibulariaceae Utricularia lundii -
Lentibulariaceae Utricularia reniformis -
Linaceae Linum usitatissimum linho
Lythraceae Diplusodon virgatus -
Lythraceae Lafoensia pacari dedaleira-amarela
Malpighiaceae Banisteria parviflora -
Malvaceae Bombax endecaphyllum imbirussú
Malvaceae Bombax insigne castanha-do-maranhão
Malvaceae Luehea divaricata açoita-cavalo
malva-crespa ou
Malvaceae Malva parviflora
malvavisco
Malvaceae Malva sylvestris malva de caspa
Marantaceae Calathea lindbergii caeté
Martyniaceae Proboscidea lutea cornos-do-diabo
Melastomataceae Miconia candolleana vassourinha
cinamomo ou
Meliaceae Melia azedarach
santa-Bárbara
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 125
Espécie
Família
Nome científico Nome popular
Moraceae Ficus pohliana figueira-branca
três-marias ou
Nyctaginaceae Bougainvillea spectabilis
primavera
Orchidaceae Barbosella crassifolia orquídea
Orchidaceae Bifrenaria harrisoniae orquídea
Orchidaceae Campylocentrum micranthum orquídea
Orchidaceae Catasetum atratum orquídea
Orchidaceae Catasetum cernuum orquídea
Orchidaceae Cattleya forbesii orquídea
Orchidaceae Cattleya loddigesii orquídea
Orchidaceae Colax jugosus orquídea
Orchidaceae Dichaea pendula orquídea
Orchidaceae Epidendrum elongatum orquídea
Orchidaceae Epidendrum inversum orquídea
Orchidaceae Epidendrum paulense orquídea
Orchidaceae Epidendrum variegatum orquídea
Orchidaceae Gomesa polymorpha orquídea
Orchidaceae Grobya amherstiae orquídea
Orchidaceae Isabelia virginalis orquídea
Orchidaceae Oncidium crispum orquídea
Orchidaceae Oncidium flexuosum orquídea
Orchidaceae Oncidium longipes orquídea
Orchidaceae Oncidium pumilum orquídea
Orchidaceae Oncidium uliginosum orquídea
Orchidaceae Pleorothallis leptotifolia orquídea
Orchidaceae Pleorothallis sonderiana orquídea
Orchidaceae Rodriguezia decora orquídea
Orchidaceae Scuticaria hadwenii orquídea
Orchidaceae Zygopetalum mackaii orquídea
Orchidaceae Zygopetalum sellowii orquídea
126
Espécie
Família
Nome científico Nome popular
Papaveraceae Papaver somniferum papoula
Phytolaccaceae Phytolacca thyrsiflora erva-dos-cachos
Poaceae Triticum sativum trigo
Primulaceae Rapanea umbellata prímula
Proteaceae Grevillea robusta grevilha
Pteridaceae Adiantum cuneatum avenca-miúda
Pteridaceae Adiantum subcordatum avenca-grande
Pteridaceae Adiantum trapeziforme avenca-paulista
Pteridaceae Blechnum brasiliense aamambaia
Pteridaceae Lindsaya botrichioides avenca
Pteridaceae Polypodium crassifolium feto
Pteridaceae Polypodium lepidopteris feto
Pteridaceae Polypodium repens feto
Ranunculaceae Anemone sellowii ranunculus
Rhamnaceae Rhamnus polymorpha canjica
Rubiaceae Cinchona officinalis quina-vermelha
Rubiaceae Posoqueria latifolia laranja de macaco
Rubiaceae Richardsonia brasiliensis poaia-branca
Rubiaceae Tocoyena formosa guamurú
Rutaceae Esenbeckia grandiflora guaxupita
Rutaceae Metrodorea nigra chupa-ferro
Rutaceae Pilocarpus pennatifolius jaborandi-graúdo
Salicaceae Casearia sylvestris guaçatonga
Sapindaceae Alophyllus edulis chal-chal
Solanaceae Atropa belladonna beladona
Solanaceae Cestrum corymbosum coerana-amarela
Solanaceae Datura stramonium figueirinha do inferno
Solanaceae Nicotiana tabacum fumo ou tabaco
Solanaceae Solanum auriculatum fumo-bravo
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 127
Espécie
Família
Nome científico Nome popular
Solanaceae Solanum gilo jiló
Solanaceae Solanum juciri juqueri
Violaceae Viola gracillima violeta branca do campo
Vochysiaceae Qualea grandiflora pau-terra
Winteraceae Drimys winteri casca-d'anta
Fonte: Hoehne, 1919
128
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 129
Capítulo 6
Eliane Guaraldo29
1 INTRODUÇÃO
29
Arquiteta e urbanista, Dr. em Estruturas Ambientais Urbanas FAUUSP, Prof. Adjunto IV da
Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia, UFMS. email:
eliane.guaraldo@ufms.br
130
Fonte: HOEHNE,1936
Figura 06 - Planta da Praça da República levantada pelo botânico Alfred Usteri em 1919, que
demonstra a existência de expressivo número de espécies paulistas, não constantes do projeto
original.
Fonte: USTERI,1919
REFERÊNCIAS
Capítulo 7
30
Professora Doutora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de
Maringá, ksmeneguetti@uem.br
31
Professora Mestre, Centro Universitário de Maringá, andreiagoncalves_arq@hotmail.com
156
33
As informações do plano e da sua implantação foram relatadas por Annibal Bianchinni da
Rocha e outros funcionários da CMNP, e estão publicadas em Recco (2005), bem como em
entrevistas à Divisão de Patrimônio da Prefeitura do Município de Maringá.
Patrimônio, Paisagem e Cidade - 167
Figura 8 – Tipuanas em túnel verde na Rua Figura 9 – Sibipirunas formando túnel verde na
Floriano Peixoto Rua Fagundes Varela
5 CONCLUSÃO
REFERENCIAL