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By @kakashi_copiador

Aula 07
EsFCEx e EsSEX - Geografia do Brasil -
2023 (Pós-Edital)

Autor:
Sergio Henrique

27 de Maio de 2023

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SUMÁRIO

Sumário ............................................................................................................................. 1
00. Bate Papo Inicial .......................................................................................................... 2
1. Urbanização ................................................................................................................... 3
1.1. Critérios de urbanização no Brasil .............................................................................................. 5
1.1.2. Rede e Hierarquia Urbana no Brasil ....................................................................................................................... 7

1.2. Globalização e Metropolização ................................................................................................ 10


2. Política Urbana ............................................................................................................ 14
2.1. Estatuto da Cidade ................................................................................................................... 15
2.2. Direito à Cidade e Desigualdade .............................................................................................. 18
3. Os Principais Problemas Socioambientais Urbanos ...................................................... 20
3.1. Problemas Sociais Urbanos ...................................................................................................... 20
3.2. Problemas Ambientais Urbanos ............................................................................................... 24
3.3. Atualidades: Espaço Urbano, aglomerados subnormais e a pandemia de COVID-19............. 28
4. Orientações de Estudos (Checklist) e Pontos a Destacar) ............................................. 31
5. Questionário de Revisão .............................................................................................. 35
Questionário - Somente Perguntas ................................................................................................. 35
Questionário - Perguntas e Respostas ............................................................................................ 35
6. Exercícios ..................................................................................................................... 39
7. Considerações Finais .................................................................................................. 123

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00. BATE PAPO INICIAL


Olá, amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente. Estudar as aulas
anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar
aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos poucos, o conteúdo
básico vai ficar retido na sua memória. Claro que, para isso, é muito importante você fazer suas
próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você
escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua
disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.

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1. URBANIZAÇÃO
O conceito de urbanização está diretamente ligado à vida das pessoas nas cidades, aliada à
sua respectiva expansão territorial. Consiste em um processo populacional no qual a população
que vive em núcleos urbanos passa a ser maioria sobre a população que vive nas áreas rurais.
Contudo, para que a transformação de uma sociedade rural em uma sociedade urbana
acontecesse, foi necessário que determinados fatores proporcionassem condições para que as
pessoas deixassem de viver no campo para viver nas cidades.
A urbe, que designa as cidades, consiste em uma aglomeração populacional circundada por
uma oferta maior de atividades ligadas aos setores secundário (indústrias) e terciário da economia
(comércio e serviços diversos como, comerciais, culturais, financeiros) em detrimento do setor
primário (agropecuária e extrativismo).
A partir do século XVIII a indústria fomentou sobremaneira a expansão urbana no mundo
ocidental. Em 1850, a Inglaterra, primeira grande potência industrial, já detinha a maior parte de
sua população vivendo nas cidades fabris, como Londres, Birmingham, Manchester, Leeds e
Liverpool.
Vale lembrar que no Reino Unido, a expansão da burguesia sobre as áreas rurais, por meio
da Lei dos Cercamentos, principalmente após o século XVI, promoveu uma grande reestruturação
produtiva nesses locais. O antigo modelo feudal, na qual terra era de uso comum, deu lugar à
propriedade privada, inibindo a permanência da mão de obra rural nesses locais.
As áreas rurais se transformaram em grandes áreas de pastagem destinadas à criação de
ovelhas, que davam matéria-prima suficiente para as nascentes indústrias têxteis. Sem alternativas
para permanecer, os trabalhadores rurais acabaram migrando para outros locais, provocando um
êxodo rural e se tornando assalariados nas cidades industriais.
Dessa forma, as cidades industriais foram avançando e se expandindo, com a ocorrência de
um crescimento vegetativo nunca observado até então. O crescimento populacional e das cidades,
gerou enormes problemas socioambientais.
As condições de muitas delas era de insalubridade, com esgotos sendo jogados à revelia,
emissões de poluentes pelas indústrias, assentamentos precários e baixíssima infraestrutura
sanitária, acarretando uma baixa expectativa de vida devido ao elevado número de doenças
proporcionadas pelas pífias condições de higiene.
Somente séculos depois é que as condições das primeiras cidades industriais foram se
estabilizando e a infraestrutura se adequando. Outras partes do mundo só passaram a observar a
mesma situação a partir do momento em que foram se urbanizando, de forma tardia, como as
cidades de países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, já no século XX.

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Urbanização.

Para o arquiteto e urbanista francês Roberto Auzelle, cidade é:


“Um lugar de trocas. Trocas materiais antes de tudo: O lugar mais favorável à distribuição
dos produtos da terra, à produção e distribuição dos produtos manufaturados e industriais
e, enfim, ao consumo dos bens e serviços os mais diversos. A essas trocas materiais ligam-
se, de maneira inseparável, as trocas do espírito: a cidade é por excelência o lugar do
poder administrativo, ele mesmo representativo do sistema econômico, social e político, e
é, igualmente, o espaço privilegiado da função educadora e de um grande número de
lazeres: espetáculos e representações que multiplicam a presença de um público bastante
denso. ==c40d6==

A cidade também pode ser compreendida como todo aglomerado permanente cujas
atividades não se caracterizam como agrícolas, devido à grande concentração das atividades
terciárias públicas e privadas do aglomerado populacional, e a forma contínua dos espaços
edificados onde se dá maior proximidade das habitações da população que vive dessas atividades.
Essa é a definição elaborada por um dos pais da Geografia Humana, o alemão Friedrich Ratzel. A
aglomeração é importante por ser organizada para o trabalho coletivo em atividades não-agrícolas.
Observe no gráfico como
o avanço da expansão
populacional mundial e da
urbanização se intensificou
quase que exponencialmente a
partir de 1950.
Em apenas 61 anos, a
população global se expandiu
de 2,5 bilhões de habitantes e
quase triplicou, quando
alcançou os 7 bilhões, em 2011.
Em 1950, 2/3 da
população mundial vivia em
áreas rurais. 57 anos depois, em 2007, pouco mais de 3 bilhões de pessoas não viviam mais nas
áreas rurais. Neste momento, mais de 50% da população global já vivia em cidades, momento no
qual a população global passou a ser considerada urbana, de acordo com o relatório World
Urbanization Prospects, da ONU.

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Urbanização.

1.1. CRITÉRIOS DE URBANIZAÇÃO NO BRASIL

O IBGE aceita dois critérios de urbanização: o de população residente nas cidades, quanto
maior a população urbana, mais urbanizado determinado local é (neste caso é a região Sudeste,
especialmente o eixo São Paulo - Rio de Janeiro). O outro é de acordo com o número de
municípios. Neste caso é a região Nordeste. De acordo com o Censo de 2010, o Brasil tinha 5.566
municípios. Atualmente possui 5.568.

Agora vamos diferenciar dois conceitos que frequentemente são confundidos: município e
cidade. O município é a menor unidade administrativa do Estado brasileiro. O território do

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Urbanização.

município possui uma população residente na zona rural, e outra nos aglomerados populacionais,
unidos pela técnica e dinâmica econômica, onde está localizada a sede do poder político do
município, que chamamos cidade.
Na década de 1940, apenas 31%
da população brasileira vivia nas cidades.
Segundo dados do último Censo nacional,
realizado em 2010, a taxa de urbanização
brasileira estava próxima de 85%. A
região Sudeste é a mais urbanizada
(92,95%), seguida da região Centro-Oeste
(88,80%) que teve como principais
estímulos à urbanização a construção de
Brasília e a expansão da fronteira
agrícola. A região Sul (84,93%)onde a urbanização ocorreu de maneira lenta até 1970 devido à
predominância da agricultura familiar, é seguida pelas regiões Norte (73,53%) e Nordeste (73,13%).

Estes altos índices são resultado do desenvolvimento econômico provocado pelo avanço da
industrialização brasileira, processo que ganhou força após a crise do café em 1929. Os fazendeiros
paulistas utilizaram o capital acumulado ao longo dos anos com as lavouras cafeeiras, para investir
no setor secundário da economia.

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Urbanização.

As políticas de integração do mercado interno promovidas durante os governos de Getúlio


Vargas e Juscelino Kubitschek consolidaram o desenvolvimento da indústria nacional, que, somado
ao êxodo rural (migração da zona rural para a cidade) provocado pela Revolução Verde
(modernização da agricultura a partir dos anos 1950 com a implantação do agronegócio a partir da
década de 1970 no Brasil). As possibilidades maiores de emprego motivaram muitos trabalhadores
a migrarem para as cidades.

1.1.2. Rede e Hierarquia Urbana no Brasil

O conceito de rede está ligado aos avanços tecnológicos na área da informática,


telecomunicações, transportes, à integração do sistema financeiro, entre outras áreas. Tais
transformações se refletem geograficamente e implicam em novas formas de organização
territorial.
Em outras palavras, as interações entre o fluxo de pessoas, produtos, capitais, enfim,
diversas relações sociais e econômicas, acabam por criar uma rede de relações nas mais variadas
escalas, da local à global. Dessa forma, a intensidade na qual tais interações ocorrem é o que irá
diferenciar o grau de importância de determinado local e definir os diferentes níveis de influência
interterritorial.
A rede de cidades constitui-se como um complexo geográfico. A maneira como se
distribuem e se desenham em um mapa, a importância que exercem numa dada região e suas
relações com outras cidades estarão determinadas por suas localizações. Isso é importante para
definir escolhas locacionais, como instalar algum tipo de serviço ou de algum estabelecimento
industrial, por exemplo.
Em escala mundial, as cidades globais e os tecnopolos, por exemplo, são epicentros ou nós
de tramas de relações e processos da rede geográfica mundial. Esta mesma lógica se aplica em
uma escala regional: as cidades maiores são centros que polarizam as cidades menores a sua volta.
Para definir essa polarização no Brasil, o IBGE realiza periodicamente a pesquisa Regiões de
Influência das Cidades (REGIC). Por ela, são definidas a hierarquia dos centros urbanos nacionais e
a delimitação das áreas de influência associadas a esses centros urbanos. Na pesquisa são
identificadas as metrópoles, as capitais regionais brasileiras e os respectivos alcances espaciais de
influência.
No quadro que será apresentado na próxima página, podemos visualizar as metrópoles de
primeiro, segundo e terceiro níveis. Perceba que elas exercem grande influência sobre os
municípios ao redor, tanto em quantitativo populacional, quanto em área. Vale observar que as
áreas ultrapassam os limites originais dessas cidades, bem como o total de população.
O índice de primazia considera a população destes grandes centros em relação à população
total. Perceba que as redes que envolvem São Paulo e Rio de Janeiro somam mais da metade do
PIB nacional.

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As cidades são organizadas de acordo com a influência que exercem sobre as outras, o que
chamamos de hierarquia urbana:
 No topo da hierarquia urbana temos a grande metrópole nacional– a cidade de São Paulo. O
município, que reúne o maior conjunto urbano do país e tem a região metropolitana mais
populosa, com 22,04 milhões de habitantes, em 2021, está alocado no primeiro nível da
gestão territorial;
 Em seguida temos as metrópoles nacionais– Rio de Janeiro e Brasília, com populações
estimadas de 13,19 milhões e 4,7milhões em 2021, respectivamente, também estão no
primeiro nível da gestão territorial devido sua influência histórica e administrativa.
 No próximo nível hierárquico temos as metrópoles – Manaus, Belém, Fortaleza, Recife,
Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis e Campinas. As
populações de suas regiões metropolitanas variam de 1,2 milhões (Florianópolis) até6
milhões (Belo Horizonte). Essas metrópoles têm porte e projeção nacionais que lhes
garantem a inclusão neste conjunto.
 No último nível estão as capitais regionais– integram este nível 97centros urbanos que, como
as metrópoles, também se relacionam com o estrato superior da rede urbana. Com
capacidade de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles, têm área de
influência de âmbito regional, sendo referidas como destino, para um conjunto de atividades,
por grande número de municípios. Podemos agrupar as capitais regionais da seguinte
maneira:

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o Capitais regionais A – constituídas por nove cidades e apresentam aproximadamente 800


mil habitantes a 1,4 milhões de habitantes. Predominam algumas capitais menores do
Nordeste e do Centro-Oeste;
o Capitais regionais B – hierarquia constituída por 24cidades, que são referências de
centralidades no interior do país, e possuem uma população média de 530 mil
habitantes. Palmas (TO) e Porto Velho (RO) estão nesta classificação junto com vários
municípios do Sul do país;
o Capitais regionais C – formada por núcleos de64cidades que tinham populações próximas
a 300mil habitantes em 2018. Excetuando-se as capitais Boa Vista (RR), Amapá (AP) e Rio
Branco (AC), a maior parte está concentrada na região Sudeste, que possui 30 municípios
dentro desta classificação.

Fonte: IBGE.

As metrópoles, como centros de primeira grandeza no conjunto das redes urbanas, acabam
exercendo o papel controlador dos fluxos de capitais, de mercadorias e de pessoas, tornando-se o
centro polarizador por excelência. Para Jurandyr Ross:
“nada melhor para evidenciar essa importância das metrópoles e seu papel polarizador, do que a
observação das redes de transportes, sejam terrestres ou aéreos. Quando se observam as linhas
ferroviárias, rodoviárias e aéreas, em uma carta geográfica, verifica-se que elas definem alguns
pontos centrais coincidentes com as áreas metropolitanas.”

O Brasil possui 15 redes urbanas comandadas por metrópoles. Na última REGIC, feita em
2018 e divulgada em 2020, Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Campinas (SP) passaram a
figurar junto às outras 12 metrópoles que existiam no último levantamento, feito em 2007.

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Campinas, inclusive, é a única cidade que não é capital a aparecer nessa hierarquia. Dessa
forma, o estado de São Paulo é o único com duas metrópoles.

1.2. GLOBALIZAÇÃO E METROPOLIZAÇÃO

No decorrer do século XX ocorreu a consolidação de uma nova relação da sociedade atual,


baseada nos avanços do meio técnico-científico-informacional sobre a sociedade em todo o
planeta. Essa nova relação se refletiu espacialmente e contribuiu para promover transformações
na paisagem das cidades e das metrópoles ao redor do mundo.
O desenvolvimento tecnológico tornou possível a transposição das barreiras físicas entre
diferentes países, viabilizando um rápido fluxo de informações, de capitais, pessoas e produtos,
acirrando e intensificando o comércio internacional.
O aumento dos fluxos de informações foi responsável por promover uma nova dinâmica de
comunicação e de interação entre os povos. A informação que nos chega em tempo real,
primeiramente pelo rádio e pela televisão e, mais recentemente, pela Internet, gerou grandes
impactos socioculturais.
Junto com a disseminação de informações, os fluxos financeiros também se constituem nos
dois principais motores da globalização na contemporaneidade. Contudo, esses motores não

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trabalham de forma síncrona ao redor do mundo. A desigualdade persiste e se intensificou,


mostrando-se mais evidente nas regiões de economias mais vulneráveis.
A globalização aprofundou a DIT (Divisão Internacional do Trabalho), mantendo as
economias mais vulneráveis como consumidoras dos serviços oferecidos pelas nações
desenvolvidas. Vale reforçar que esses serviços ficaram cada vez mais complexos e especializados,
dadas as transformações citadas anteriormente.
Dessa forma, o setor terciário da economia (comércio e serviços, que não deve ser
confundido com o terceiro setor, relacionado às ONG’s) se colocou como elemento organizador do
espaço mundial, no período dominado pelo meio técnico-científico-informacional. Destacam-se
quatro tipos de atividades urbanas que exercem grande influência no espaço mundial
contemporâneo:
 Bancos e companhias que operam nas bolsas de valores.
 Empresas de publicidade e marketing.
 Empresas de consultoria, seguros e auditoria.
 Núcleos de pesquisa em ciência e tecnologia (P & D – Pesquisa e Desenvolvimento).
Muitas empresas instalaram-se em diversos países e na atualidade possuem identidades
internacionais. No entanto, as cidades aptas a receberem estes tipos de empreendimentos
precisam portar grande poder centralizador de serviços e infraestrutura.

As empresas transnacionais possuem estruturas que ultrapassam seus países de origem,


quando suas filiais são instaladas em outros países, geralmente em nações que oferecem
facilidades para a exploração de recursos naturais e mão de obra barata e abundante.
Por outro lado, as empresas multinacionais se constituem em conglomerados
empresariais formados por grupos de vários países, de diferentes nacionalidades, que
podem estar espalhados em seus países-sede, mas em outros locais.

A expansão das metrópoles ocorre tanto horizontalmente, que se edificam e se urbanizam


no entorno das cidades e de suas adjacências, quanto verticalmente, por conta do aumento da
quantidade e da dimensão das edificações. Além disso, contam com forte uma interdependência
econômica, populacional, comercial, técnica e tecnológica.

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Quando as malhas urbanas de vários municípios crescem, se unem e são integradas por uma
rede de infraestrutura de comunicações, rodovias e transporte público, ocorre o processo de
conurbação, com elevada homogeneização espacial. Chega a ser complicado definir onde estão os
limites entre diferentes territórios devido a essa homogeneização.
Há, nesse caso, uma tendência à metropolização. Para que uma área seja metropolizada, é
necessário que vários municípios seconurbem e estabeleçam um elevado grau de integração e
interdependência socioespacial. No caso brasileiro as áreas metropolizadas podem ser
reconhecidas por leis estaduais, por meio da criação de regiões metropolitanas.
Em uma outra escala geográfica, a expansão territorial pode ser ainda maior. Caso ocorra a
expansão de diferentes áreas metropolitanas e a respectiva conurbação entre elas, teremos a
ocorrência das megalópoles.
As mais conhecidas megalópoles do mundo estão no Japão e Estados Unidos. As metrópoles
Tóquio, Yokohama e Osaka, são integradas por uma extensa rede de trens de alta velocidade, os
Shinkansen, estradas e navegação. Elas formam a maior megalópole mundial, que compõem uma
única malha urbana com mais de 80 milhões de habitantes, a megalópole Tokaido.
Nos Estados Unidos, podemos citar a megalópole Boswash(Boston – Washington), na costa
leste do país, Chipitts (Chicago – Pittsburg) e San-San (San Francisco – San Diego). E o Brasil? Possui
megalópole? Eis um debate. Para estabelecer um consenso, podemos dizer que temos uma
megalópole em formação. É a megalópole São Paulo – Rio de Janeiro.

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A NASA, à bordo da Estação Espacial Internacional, obteve uma imagem noturna da megalópole Bos-Wash, uma grande
mancha urbana que se estende à Nordeste dos EUA.

As duas metrópoles nacionais têm uma tendência de se integrar em uma única malha
urbana, unidas pelas cidades do Vale do Paraíba, conectadas em termos rodoviários pela via Dutra.
Alguns especialistas já estimam uma expansão para a oeste da região metropolitana de São Paulo,
incluindo a região metropolitana de Campinas.
Outro ponto a se destacar, é que a integração dessa grande megalópole nacional se daria
com importantes tecnopolos. Ou seja, em torno de áreas que se destacam pela produção de
ciência e de tecnologia, como institutos de pesquisas privados (como laboratórios e indústrias
farmacêuticas) e instituições públicas (como a Embrapa, Embraer e Universidades – como o
Instituto Tecnológico de Aeronáutica/ITA e a Unicamp –), nas regiões de São Carlos, de São José
dos Campos e de Campinas.
Falando em tecnopolos, além dos citados, temos outros em formação como em Santa Rita
do Sapucaí e Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Florianópolis, em Santa Catarina. Contudo, ainda
estão geograficamente distantes de se estabelecerem dentro da megalópole brasileira em
formação.
No mundo, o mais conhecido e importante tecnopólo é a concentração de cidades do Vale
do Silício, na Califórnia, costa oeste dos EUA, na megalópole San-San.

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As megacidades são metrópoles que possuem mais de 10 milhões de habitantes, sendo o


único exemplo brasileiro a cidade de São Paulo, com população de 12,39 milhões
(estimativa 2021). Nessa conceituação, o critério de definição da metrópole é quantitativo.
Já as cidades globais são metrópoles mundiais com importância econômica, cultural e
política, como Londres e Nova Iorque, por exemplo. Observe que o critério de
hierarquização entre as metrópoles mundiais nessa classificação é qualitativo.
Nem sempre uma cidade global é uma megacidade, como o caso de Frankfurt, na
Alemanha. É o maior centro financeiro da Europa Continental, e essa característica e
influência o caracteriza como cidade global, mas possui 5,6 milhões de habitantes em sua
região metropolitana, que o deixa de fora da classificação de megacidade.

2. POLÍTICA URBANA
Observe na figura ao lado um
modelo tradicional de crescimento
da mancha urbana de determinada
cidade.
Na zona central temos a
concentração do setor terciário,
principalmente atividades do
comércio e serviços em geral.
Na zona pericentral, nas
adjacências imediatas ao centro, há
a predominância de funções
residenciais de alto e médio
padrão, com a presença de
subcentros principalmente do setor
terciário.
Na zona periférica contínua
há a predominância de funções
residenciais de médio e de baixo
padrão.

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A zona periférica descontínua e a zona periurbana são áreas de transição urbana-rural, com
a mescla de atividades dos setores primários, secundários e, em menor intensidade, do setor
terciário.
A rede de transportes é uma fonte que induz a ocupação urbana por agilizar o acesso de
áreas mais afastadas à zona central.
Dentro dessa zona periférica descontínua, ligada à zona central por rodovias, surgem
manchas de periferização organizada e uma periferização descontínua desorganizada.
As periferias descontínuas organizadas, normalmente são compostas por conjuntos
habitacionais de baixo padrão, devido à baixa precificação da terra, mas com algum grau de
infraestrutura e regularização fundiária.
Entretanto, na periferia descontínua desorganizada, podem se desenvolver ocupações
urbanas, comunidades, favelas e aglomerados subnormais, com elevada carência infraestrutural e,
em muitos casos, em áreas que se mostram ociosas e desinteressantes para o capital imobiliário.
Por outro lado, esse valor mais baixo da terra nas áreas afastadas também pode se tornar
atraente para as classes mais elevadas. O tamanho dos terrenos disponíveis, quando comparados
aos terrenos disponíveis nas zonas centrais e pericentrais, podem permitir um outro tipo de
ocupação.
Todavia, tais locais precisam oferecer, no mínimo, condições ambientais melhores do que
nos centros urbanos. O nível das construções também eleva o padrão de especulação, valorizando
áreas que, teoricamente, são periféricas.
Nessas áreas mais afastadas, mas, valorizadas, observa-se um crescente surgimento de
condomínios fechados de alto padrão compostos por uma elite que busca fugir da grande
movimentação e do fluxo presente nas áreas centrais, ocupando locais mais afastados, porém
interligados por vias de rápido acesso.
Podemos observar que a cidade é um espaço de diversas nuances socioeconômicas. Assim,
com o rápido desenvolvimento das cidades ao longo dos anos no Brasil, emergiu-se a necessidade
de uma regulamentação do espaço urbano.
Desse modo, para que se tentasse dar o acesso à moradia, infraestrutura, trabalho, lazer,
serviços, enfim, atender a toda a população criou-se instrumentos de ordenamento jurídico e
legislativo com essa finalidade.
Mas, na prática, será que isto ocorre de fato? Vejamos a seguir, quais os dispositivos legais
foram concebidos para buscar um aumento da democratização dos diferentes acessos espaço
urbano.

2.1. ESTATUTO DA CIDADE

A Lei nº 4.504/64, que dispõe sobre o Estatuto da Terra, assegura em seu artigo 2º a
oportunidade de acesso à propriedade da terra, condicionada pela sua função social. Também

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prevê a desapropriação por parte da União, quando um imóvel não cumpre essa chamada função
social.
Entende-se que a propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social
quando, simultaneamente:
a) favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam, assim
como de suas famílias;
b) mantém níveis satisfatórios de produtividade;
c) assegura a conservação dos recursos naturais;
d) observa as disposições legais que regulam as justas relações de trabalho entre os que a
possuem e a cultivem.
Ou seja, a terra não pode ser considerada como mera mercadoria, mas sim como um meio
de produção e utilidade social. Este conceito, inicialmente aplicado às terras inseridas no contexto
rural, foi estendido às propriedades urbanas, por meio do Estatuto da Cidade (Lei Federal
nº10.257/01), regulamentando os artigos 182 e 183 da Constituição Federal (CF) de 1988.
Artigo 182: “a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes”;
Artigo 183: “aquele que possuir como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural”.
Para especialistas da área de direito e de administração pública, o Estatuto da Cidade “teve
como principais méritos reafirmar a imperiosa necessidade de um planejamento urbano voltado
para o combate da especulação imobiliária, ditado pela necessidade de redistribuição das mais
valias-urbanas para toda coletividade, exigindo-se ainda o cumprimento da função social dos
imóveis urbanos e a gestão democrática da cidade, mas, por outro lado, também serviu para
procrastinar a imediaticidade no cumprimento de alguns desses direitos” (DA SILVA, 2009).
Entende-se como especulação imobiliária, o ato de investir em imóveis esperando obter
lucros por meio do aumento do seu valor futuro, sendo que, estes locais, muitas vezes consistem
em lotes vazios, desocupados, que não cumprem uma função social.
Nestes casos, o Estatuto estabelece prazos para parcelamento, edificação ou utilização
destas áreas com possibilidade de aplicação de IPTU progressivo no tempo como sanção para o
descumprimento e posteriormente até a desapropriação. No entanto, este processo é burocrático,
podendo este imóvel ficar mais de 8 anos sem cumprir sua função social.
Outra diretriz elencada pelo Estatuto é a gestão coletiva em escala municipal, ou seja, trata-
se de disponibilizar à população a participação na definição das tutelas jurídico-políticas municipais
relativas ao aspecto orçamentário-financeiro, ao planejamento urbano e a gestão territorial.

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Urbanização.

Uma das principais ferramentas para a gestão democrática do espaço urbano presentes no
Estatuto, é a exigência da execução de um Plano Diretor Municipal como o instrumento básico da
política de desenvolvimento e de expansão territorial das cidades.
Ele é elaborado para municípios com mais de 20 mil habitantes e/ou menores, desde que
tenham interesse turístico. Importante aspecto dos atuais planos diretores é que eles são de
elaboração democrática e popular.
Necessariamente eles consideram a participação cidadã, seja na sua elaboração, no seu
acompanhamento, seja em sua revisão (que deve ocorrer pelo menos de 10 em 10 anos). O Plano
Diretor Municipal deve conter dados das esferas social, econômica e ambiental, dentre elas:
 A delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação
ou utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda
para utilização;
 Sistema de acompanhamento e controle;
 Parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a
diversidade de usos e a contribuir para a geração de emprego e renda;
 Mapeamento contendo as áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos;
 Planejamento de ações de intervenção preventiva e realocação de população de áreas
de risco de desastre;
 Medidas de drenagem urbana necessárias à prevenção e à mitigação de impactos de
desastres;
 Identificação e diretrizes para a preservação e ocupação das áreas verdes municipais,
quando for o caso, com vistas à redução da impermeabilização das cidades;
 Diretrizes para a regularização fundiária de assentamentos urbanos irregulares, se
houver, observadas a Lei Federal no 11.977/2009, e demais normas federais e estaduais
pertinentes, com previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da
demarcação de Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS) ou Zonas Especiais de
Interesse Social (ZEIS) e de outros instrumentos de política urbana, onde o uso
habitacional for permitido.
 Delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a controle
especial em função de ameaça de desastres naturais;
 Definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura,
sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais;
 Definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a
promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda;

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Urbanização.

 Definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do


patrimônio histórico e cultural; entre outras.
Ainda, estão previstos no Estatuto da Cidade o usucapião de imóvel urbano (como citado
acima no artigo 183), direito de superfície (possibilita o direito de outro utilizar a terra por meio de
contrato), direito de preempção (confere ao poder público municipal preferência para a compra de
imóvel urbano), transferência do direito de construir, operações urbanas consorciadas
(coordenadas pelo poder público com a participação dos proprietários), estudo de impacto de
vizinhança (EIV), tombamento, criação de unidades de conservação, entre outros instrumentos.

2.2. DIREITO À CIDADE E DESIGUALDADE

O acelerado processo de urbanização, como ocorreu no Brasil principalmente a partir da


década de 1950, trouxe consigo algumas características que podem ser notadas até hoje nas
paisagens das cidades.
A população que vivia basicamente da agricultura familiar de subsistência nas áreas rurais,
encontrou nas áreas periféricas ou se estabeleceu de forma precária em áreas impróprias para a
ocupação residencial, mas próximas aos centros das cidades, os seus novos locais de residência.
Nas adjacências dos centros, surgiram conjuntos habitacionais pensados para abrigar a nova
mão de obra vinda para ocupar os postos de trabalho nas fábricas, mas também se expandiram
edificações precárias para aqueles trabalhadores e trabalhadoras que se estabeleceriam no setor
terciário.
Quanto mais a população urbana crescia, com ela também aumentava a concentração de
renda. Segundo relatório da ONU, publicado em 2019, o Brasil tem a segunda maior concentração
de renda do mundo, atrás somente do Catar. O relatório mostra que o 1% mais rico
concentra 28,3% da renda total do país.
Já se considerarmos os 10% mais ricos no Brasil, esta concentração chega a 41,9% da renda
total. Esta grande desigualdade é a principal força geradora de inquietação social, violência urbana
e de outros problemas nesses espaços.
Para entendermos melhor as relações socioespaciais que se dão entre as diferentes classes
sociais nas áreas urbanas, precisamos analisar a cidade sob a ótica do que talvez seja o fator de
maior influência na modelagem da paisagem urbana: o mercado imobiliário.
A habitação passa a ser um problema social, promovida em maior parte pelo setor privado,
que realiza uma produção mercadológica de imóveis para fins de locação, e pela autoconstrução
dos trabalhadores livres que ocupavam os morros e várzeas.

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Urbanização.

Com o processo de fortalecimento do capitalismo, a casa própria começou a gerar mais


vantagens aos investidores e as favelas surgem como alternativa para a população mais pobre,
sem acesso à crédito.
O programa habitacional de maior expressão da história brasileira, o Minha Casa Minha
Vida, substituído pelo programa Casa Verde Amarela, fora lançado em meio a uma crise mundial
como um meio para atender ao mercado da construção civil, tanto que o programa foi
desenvolvido no grupo empresarial da Casa Civil, com o discurso de gerar emprego e renda.
Sabemos que a cidade é um espaço dinâmico, que se transforma com o passar dos anos,
pois a construção de infraestrutura e equipamentos urbanos públicos gera interesses em locais
antes desvalorizados.
Por vezes, o poder público e o mercado imobiliário colaboram para uma política higienista,
que visa manter somente classes mais favorecidas em determinados espaços, em detrimento dos
mais pobres, que precisam ser afastados.
No decorrer do século XX ocorreram diversas mudanças na dinâmica do espaço urbano,
dentre as quais o deslocamento do centro, com o surgimento de diversos locais de comércios e de
serviços próximos às áreas residenciais mais afastadas, criando assim um policentrismo.
Sendo assim, esta despolarização do eixo central original é resultado do deslocamento das
atividades bancárias, comerciais e do setor terciário. A descentralização levou ao abandono do
“centro velho”, alterando seu perfil econômico e seu valor econômico.
Diante disso, ações conjuntas do capital privado e poder público vêm sendo desenvolvidas
visando a revitalização dos antigos centros, para elevar o seu valor fundiário e imobiliário,
expulsando a população pobre devido a uma ação exclusivamente mercadológica. Denominamos
esse processo de gentrificação, que tem origem no inglês “gentry”.
Este processo está associado ao que conhecemos como desterritorialização, ou seja,
quando ocorre o deslocamento das populações em virtude da atração feita por grandes obras, ou
pelo avanço da fronteira agrícola, em áreas mais amplas.
Por exemplo, as usinas hidrelétricas amazônicas, atraíram grande população do interior para
trabalhar nas obras, e isso contribuiu para a desterritorializaçãodas comunidades tradicionais e dos
pequenos aglomerados-povoados ribeirinhos.

Neste contexto de desigualdade nos centros urbanos surge um


dos principais movimentos sociais que tem como pauta principal
discutir e repensar o direito dos menos favorecidos à cidade. O
MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) direciona esforços para pressionar o
poder público a dar uso residencial às propriedades que não cumpram sua função social. O
grupo identifica propriedades desocupadas e que estejam com pendências tributárias,
como em relação ao IPTU. Dessa forma, esses bens imobiliários podem se destinar à

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moradia de desempregados, para trabalhadores com dificuldades de pagar o aluguel ou


que vivam em ocupações irregulares.

3. OS PRINCIPAIS PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS URBANOS


A organização do espaço geográfico nas cidades, dadas por condições físicas, mas também
por questões relacionadas à estruturação produtiva das sociedades como um todo, faz com que
ocorram discrepâncias e reflexos dessas condições nas diferentes paisagens. Sendo assim, é
importante compreender que existem questões que atingirão a qualidade de vida das pessoas,
mas também a qualidade de vida da natureza e do contexto no qual tais estruturas urbanas foram
edificadas. Veremos a seguir algumas dessas questões.

3.1. PROBLEMAS SOCIAIS URBANOS

 Crescimento desordenado ou Macrocefalia Urbana: A população urbana cresce num


ritmo maior que a capacidade de ampliação da infraestrutura e equipamentos urbanos de serviço
público. O crescimento econômico também não acompanha este ritmo o que faz com que uma
grande quantidade de pessoas fique sem ocupação formal.
Com o crescimento das cidades ocorre um processo na população economicamente ativa
(PEA) chamada terceirização, ou seja, um aumento no número de pessoas trabalhando no setor
terciário. O espaço urbano é um espaço fundamentalmente industrial, mas, mais recentemente se
transformou em um espaço de serviços.

Vamos relembrar os setores da economia?


O setor primário está relacionado à exploração
de matérias-primas, ou seja, as atividades
agrícolas e extrativistas.
O setor secundário está relacionado à indústria de transformação dos produtos primários.
O setor terciário é o setor relacionado ao comércio e à prestação de serviços, como o
turismo, a publicidade, a educação entre outros. Professores, advogados e comerciantes
atuam no setor terciário.
Para fixarmos bem o exemplo dos setores econômicos, vamos utilizar a trajetória de um
pneu: no setor primário temos as atividades relacionadas à extração do látex; no setor
secundário temos as atividades industriais relacionadas à transformação do látex em
borracha e a moldagem, propriamente do pneu; e no setor terciário temos a
comercialização do pneu.

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 Aglomerados subnormais: Os Aglomerados Subnormais, segundo classificação adotada


pelo IBGE, são formas de ocupação irregular de terrenos de propriedade alheia (públicos ou
privados) para fins de habitação em áreas urbanas.
Em geral, são caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços
públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação. Nessa
classificação são incluídos os cortiços, as favelas e os loteamentos ilegais.
Nos Aglomerados Subnormais, residem, em geral, populações com condições
socioeconômicas, de saneamento e de moradia mais precárias. Segundo o IBGE existem 13.151
Aglomerados Subnormais localizados em 734 Municípios, em todos os Estados e no Distrito
Federal, totalizando mais de 5 milhões de domicílios.
Os dados estimados de domicílios revelam que, apesar do fenômeno da proliferação de
precarização habitacional ser comumente associado aos Aglomerados Subnormais de metrópoles
como Rio de Janeiro (19,2%) e São Paulo (12,9%), o fenômeno ocorre em grande proporção em
cidades pequenas, como Vitória do Jari – AP (74%), e em outras capitais da Região Norte, como
Belém (55,5%) e Manaus (53,3%), e Nordeste, como Salvador (41,8%).
Ainda no Sudeste, o Estado do Espírito Santo, além da sua capital, Vitória (33,1%) possui o
segundo maior percentual de estimativa de domicílios em Aglomerados Subnormais na escala
estadual (26,1%), atrás somente do Amazonas, na Região Norte, com 34,6%.
 Segregação socioespacial: Dentre os aspectos intraurbanos, podemos dividir as cidades
em áreas centrais e não centrais. Essas áreas não centrais demoram mais tempo para se
desenvolver e serem ocupadas em relação aos centros e, também, podem ser chamadas de
hinterlândias.
As mudanças socioespaciais que ocorrem em determinados locais repercutem em outros.
A implantação de novas vias de circulação, novos equipamentos coletivos e conjuntos residenciais,
originam novos centros, exercem centralidade das atividades e formas de consumo e esses fatores
levam ao processo de segregação.
Com isso, avança o processo de periferização. As pessoas, que habitam áreas menos
estruturadas, com valor dos imóveis mais em conta, precisam contar com algum meio de
transporte, individual ou público. Dessa forma, ocorrem migrações pendulares, que consistem em
deslocamentos diários entre casa-trabalho/serviços, o que encarece o custo de vida.
Muitas vezes esse transporte é precarizado, mas ele é essencial para dar acesso aos
diversos serviços, públicos e privados. Permite também que essas pessoas realizem os seus
trabalhos em áreas estratégicas dos centros urbanos, mesmo que de forma dificultosa. É comum,
nas grandes metrópoles brasileiras, que os cidadãos percam no mínimo 2h, 3h ou até mais tempo
com deslocamentos.

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O filósofo Henri Lefebvre, em “O Direito à Cidade”, escreveu: “o urbano é a obsessão


daqueles que vivem na carência, na pobreza, na frustração dos possíveis que permanecem como
sendo apenas possíveis. Assim, a integração e a participação são a obsessão dos não-participantes,
dos não-integrados, daqueles que sobrevivem entre os fragmentos da sociedade possível e das
ruínas do passado: excluídos da cidade, às portas do ‘urbano’”.
A imagem ao lado
permite compreender o
conceito postulado por
Lefebvre sem muita
dificuldade. É o contraste social
que se observa entre espaços
de aglomerados subnormais,
grandes condomínios e bairros
de alto padrão
socioeconômico. A riqueza e a
pobreza convivem uma diante
da outra, mesmo tão próximas
ao mesmo centro urbano.

 Violência: Um dos principais efeitos de


tamanha segregação espacial é o aumento da violência.
A miséria diante de tamanhas desigualdades e o
envolvimento com atividades ilícitas cria um quadro de
revolta social nos mais pobres e de grande insegurança
entre os mais abastados.
Em 2019 aconteceram 45.503homicídios no
país, uma taxa de 21,7 homicídios por 100 mil habitantes,
sofrida majoritariamente por jovens negros.
Contudo, apesar da queda registrada em
relação aos 65.602 homicídios em de 2017, o relatório do
Atlas da Violência aponta uma deterioração dos registros
oficiais.
Em 2017, o levantamento do IPEA computou
9.799 óbitos por mortes violentas nas quais o Estado não
foi capaz de determinar a motivação das mortes. Em
2019 esse número foi de 16.648, cerca de 69,9% a mais.

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O percentual de mortes violentas por causas indeterminadas subiu de 6,2% para 11,7%, entre 2017
e 2019, um aumento de 88,8%.
Para mais informações sobre o perfil das vítimas, e outros dados de violência contra as
mulheres, pessoas portadoras de deficiências e grupos LGBTQIA+, acesse o atlas da violência
2021produzido pelo IPEA, que está disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/wp-
content/uploads/2019/06/Atlas_2019_infografico_FINAL.pdf.

 Desemprego e precarização do trabalho: A grande quantidade de trabalhadores pouco


qualificados aumenta a quantidade de pessoas em trabalhos informais, ou seja, sem qualquer
registro em Carteira de Trabalho ou como MEI (microempreendedor individual).
Esses trabalhadores não pagam impostos, não realizam contribuições previdenciárias e,
por consequência, não recolhem benefícios sociais como aposentadoria. Além disso, não têm
direitos trabalhistas como férias, auxílio-doença, abono salarial, no caso daqueles que recebem até
1 salário-mínimo por mês, entre outros.
A grande oferta de mão-de-obra pouco qualificada e necessitada abre margem para que
empresas de diversos portes não utilizem ou façam contratos de trabalho precários para fugir das
obrigações trabalhistas e recolhimento de tributos.
Atualmente é crescente a discussão da precarização das condições de trabalhadores que
prestam serviços a grandes startups e aplicativos de diversas naturezas, principalmente os de
entrega e os de transporte de passageiros.

O desemprego estrutural é a forma mais grave de falta de emprego que um país pode
enfrentar, é descrita pela desconexão entre a oferta e demanda de competências técnicas.
Essa ameaça vai além do desemprego conjuntural, que pode se dever a fatores de curto
prazo, que não abalam os alicerces da economia.
Uma crise como a do coronavírus, por exemplo, ao paralisar por completo a economia
global, pode resultar em desemprego massivo, além da falência de empresas, resgate de
crédito e muitas outras consequências danosas para os negócios em longo prazo.
Neste caso, o desemprego conjuntural pode atingir 40 milhões de brasileiros. Nos EUA a
taxa de desemprego alcançou até 30%.

 Carência de serviços públicos: Há uma demanda muito maior pelos serviços


públicos de saúde, educação, saneamento básico e suporte social em geral, do que é

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ofertado pelo Estado. Principalmente nas áreas periféricas mais pobres, a presença do
Estado é pouco percebida, principalmente pela precariedade das condições públicas.
Os conjuntos habitacionais populares são comumente alocados nas áreas periféricas,
onde a especulação imobiliária demora mais tempo a ocorrer, com menor precificação da
terra.Distante das áreas centrais que concentram os serviços, o acesso a estes serviços é
limitado pela baixa oferta de transporte público.
Em relação ao direito à educação, segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), no
mínimo metade das crianças de 0 a 3 anos deveriam estar matriculadas nessa etapa de
ensino, no entanto, a taxa atual é de pouco mais de 35%. Estes fatores dificultam ainda
mais a inserção dessa população no mercado de trabalho, acentuando os índices de
precarização do trabalho e aumento da violência.
 Mobilidade Urbana: É um dos grandes temas ligados à urbanização e que estão na crista
da onda das discussões sobre as cidades contemporâneas. Nos grandes centros urbanos é cada vez
mais difícil para a população se deslocar.
O aumento do transporte individual motorizado e a consequente redução das viagens do
transporte público vêm contribuindo para a deterioração das condições de mobilidade da
população dos grandes centros urbanos, principalmente em função do crescimento dos acidentes
de trânsito com vítimas, dos congestionamentos e, também, dos poluentes veiculares.
Estas condições permanecerão por muito tempo se não houver uma mudança nas
prioridades, pois as políticas de incentivo à produção, venda e utilização de veículos privados
atualmente prevalecem sobre as medidas de estímulo ao uso do transporte público e do
transporte não motorizado.
Tentativas de políticas públicas como a construção de anéis viários para desviar o trânsito
das regiões mais movimentadas, ciclovias e melhoria dos serviços de transporte coletivo, são
medidas essenciais. Por esses meios, busca-se um sistema de mobilidade mais igualitário do ponto
de vista social, com sustentação financeira e ao mesmo tempo que seja inclusivo para os mais
pobres e para as pessoas com deficiências.

3.2. PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS

 Chuva ácida: A chuva ácida é um fenômeno que ocorre nos locais altamente
industrializados. Não por acaso, são nesses locais que são emitidas grandes quantidades de
hidrocarbonetos, gases poluentes à atmosfera, principalmente dióxido de carbono (CO2), dióxido
de nitrogênio (NO2) e dióxido de enxofre (SO2).
Esses gases, em contato com as partículas d’água presentes na atmosfera se transformam
em ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico (H2SO4). Estas partículas ácidas podem precipitar em

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forma de chuva ou ainda de forma seca. A chuva ácida causa danos à vegetação, às estruturas
urbanas, leva à perda de nutrientes do solo e à diminuição da biodiversidade aquática.
Confira o esquema a seguir:

 Ilhas de calor: Em grandes cidades há elevada concentração de superfícies edificadas de


asfalto, paredes de tijolo ou concreto, edifícios com amplas áreas envidraçadas, telhas de barro e
de amianto, que absorvem calor e possuem elevado grau de impermeabilização.
Aliada à poluição atmosférica, provocada pelo uso de combustíveis de origem fóssil como
o petróleo e o carvão mineral, responsáveis por elevadas taxas de emissão de gases do efeito
estufa (GEE’s) ocorre o fenômeno conhecido como ilhas de calor.
As ondas eletromagnéticas que propagam o calor do sol e é refletido pelas superfícies
construídas fica retido
pela camada de GEE’s.
Isso faz com
que a temperatura nas
áreas centrais, mais
adensadas e com maior
concentração de
edifícios, que interfere
na circulação dos
ventos, seja maior do
que nas áreas
periféricas e rurais,
onde há menos trânsito

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e mais áreas verdes. Observe o exemplo da cidade de São Paulo:


 Descarte de resíduos: A produção de lixo está diretamente ligada ao tamanho da
população e ao seu respectivo padrão de consumo. Ou seja, quanto mais gente mais resíduos são
gerados.
Estima-se que um morador da cidade de São Paulo produza em média 1 quilo de lixo por
dia. Isso quer dizer cerca de 12 mil toneladas de lixo diariamente. Não é à toa que a destinação de
resíduos sólidos é um dos principais desafios à gestão urbana, principalmente nos grandes centros.
Por muito tempo os municípios realizavam o descarte em grandes terrenos afastados, onde
o lixo é depositado a céu aberto, sem uma pré-seleção de materiais recicláveis e orgânicos. Os
chamados lixões.
Esses, são altamente prejudiciais à natureza, pois os lençóis freáticos podem ser
contaminados pelo chorume, catadores ficam expostos às doenças relacionadas ao lixo, o ar é
contaminado pelos gases produzidos pela decomposição do lixo podendo ocorrer ainda
combustões espontâneas.
Diante do crescente problema gerado pelo descarte de resíduos produzidos pelo alto
consumo de produtos industrializados, foi instaurada em 2010 a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRH), que determina que o descarte de lixo no país deve ser readequado.
Ela prevê a implantação da coletiva seletiva, instalação de usinas de reciclagem, depósito do
material orgânico em aterros sanitários e a extinção dos lixões, quer teria de acontecer em um
prazo de até quatro anos.
Mais de uma década depois da PNRH, o que se vê na prática é que mais de 50% das cidades
brasileiras descartam o lixo de modo incorreto, sendo que o índice de reciclagem no Brasil é de
apenas 3,7%.

 Contaminação da água e do solo: a água da chuva que infiltra no solo drenados


poluentes e os transportam para as camadas mais profundas do solo, em um processo
denominado lixiviação, que pode atingir as águas subterrâneas, os lençóis freáticos.
Os resíduos dispostos inadequadamente nas vias urbanas podem causar o entupimento
das galerias pluviais levando a enchentes e poluição dos rios, uma vez que o destino da água da

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chuva coletada pelas galerias pluviais são os rios mais próximos. Outro grave problema é a
poluição da água e do solo pelo descarte ilegal de efluentes industriais e esgoto doméstico in
natura. Ambos devem ser previamente tratados antes de serem lançados na natureza.
 Drenagem urbana: as altas taxas de impermeabilização do solo, decorrentes da
pavimentação das vias e de diversas construções urbanas, impedem a adequada penetração e
infiltração da água da chuva nos solos.
Em eventos com elevada pluviosidade, grandes quantidades de água precipitada sobre as
superfícies impermeabilizadas são direcionadas quase em sua totalidade para as galerias pluviais.
Essas galerias, que em muitos casos são antigas, podem não estarem adequadas para coletar picos
extremos de vazões.
Elas também podem se encontrar obstruídas por resíduos que são despejados pelas
calçadas e nas próprias ruas. Esses resíduos podem promover uma retenção da água na superfície,
causando alagamentos.
A canalização ou retificação de rios e córregos urbanos potencializa a dimensão das
enchentes, que são eventos que ocorrem naturalmente nos cursos fluviais. Chuvas torrenciais
sobrecarregam o leito dos rios e as cheias muitas vezes superam os níveis dos canais projetados.
A ocupação das planícies de inundação dos rios urbanos, nas áreas adjacentes às suas
respectivas margens, faz com que essas margens sejam tomadas pelas águas das chuvas, quando o
nível da água extravasa o leito regular e ocupa toda a área ao redor.
Com isso, algumas técnicas de edificação têm previsto a diminuição das áreas
impermeabilizadas, substituindo por pontos e áreas que permitem a infiltração da água das chuvas
no solo, com o intuito de diminuir a sobrecarga nos leitos fluviais.
As áreas verdes são essenciais nas cidades para proporcionar a infiltração da água e
minimizar estes problemas urbanos. Além disso, as discussões sobre a renaturalização de córregos
e rios urbanos é crescente, e consiste em resgatar as condições naturais de cursos d’água
canalizados e devolver os rios para outros usos.

As enchentes correspondem às situações de cheia em que o nível


do leito do rio chega à sua cota máxima, mas sem que ocorra o
extravasamento ao longo das margens. Já as inundações
correspondem ao extravasamento do leito do rio ao longo de suas planícies de inundação, as
famosas áreas de várzea. Os alagamentos, por sua vez, ocorrem quando há acúmulos temporários
de água em determinados pontos das cidades e estão ligados à sobrecargas nos sistemas de
drenagem. As enxurradastêm relação com uma grande carga e volume concentrado de água
durante o escoamento superficial das águas das chuvas na superfície, muitas vezes potencializadas
pela inclinação das vertentes ou encostas.

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3.3. ATUALIDADES: ESPAÇO URBANO, AGLOMERADOS SUBNORMAIS E A PANDEMIA DE


COVID-19

Doenças infecciosas moldaram as sociedades ao longo da história, caracterizando-se como


fatores que abriram caminho para inovações tecnológicas e avanços nas ciências, economia e
sistemas políticos.
Há registros de pandemias, popularmente chamadas de pestes, desde a antiguidade. No
entanto, talvez a mais significativa seja a peste bubônica (Yersinia pestis), que originada na China,
se espalhou pela Europa matando cerca de 150 milhões de pessoas no século XIV.
Também originado na China, mais precisamente na cidade de Wuhan, o vírus SARS-CoV-2
popularmente conhecido como Coronavírus, é o causador da doença COVID-19 (do inglês
Coronavirus Disease) responsável pela pandemia que teve início no final de 2019.
Até setembro de 2022foram registrados mais de 650 milhões de casos no mundo.
Aproximadamente 6,5 milhões de pessoas perderam a vida em decorrência do vírus no planeta. No
Brasil, mais de 34 milhões de pessoas foram infectadas, contabilizando mais de 687 mil mortes,
segundo levantamentos do site Our World in Data.
Assim como nas pandemias anteriores, foram direcionados esforços no mundo inteiro para
o desenvolvimento de vacinas, assim como a criação de equipamentos e apresentação de meios e
medidas de controle para prevenir as infecções.
Paralelamente ao avanço da doença no mundo, muitas discussões surgiram a respeito do
atual estilo de vida capitalista e seus impactos na sociedade e no meio ambiente. Veja a seguir
alguns exemplos:
 Maior impacto e mortalidade nas regiões mais pobres e aglomerados com moradias
coletivas. No Brasil, os primeiros casos foram associados às classes economicamente
favorecidas, devido às viagens internacionais, as quais se infectavam e, posteriormente,
retornavam ao país.
De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro caso de brasileiro infectado foi notificado
no dia 26 de fevereiro de 2020 em um paciente que havia retornado recentemente de uma
viagem à Itália.
Nas periferias, os relatos foram de empregadas domésticas, motoristas de aplicativos,
entregadores de encomendas e de refeições que, em contato com aqueles que viajaram,
se infectavam e levavam o vírus para suas casas.
 Uma das maiores preocupações do Conselho Nacional de Saúde foi a desigualdade nas
condições de saneamento básico e de moradia frente à pandemia. Uma das principais

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frentes de enfrentamento à pandemia se base ou na política de distanciamento social,


sintetizada no slogan “fique em casa”. Mas, em que casa? Quando falamos em terras
indígenas, periferias, favelas, penitenciárias e nas ruas das cidades, estão estabelecidos os
grupos em maior situação de vulnerabilidade. Pessoas em situação de rua, com sofrimento
ou transtorno mental, pessoas portadoras de deficiências, contaminados pelo HIV/Aids,
pessoas LGBTQIA+, povos nativos, negros, ribeirinhos e trabalhadores do mercado
informal, como entregadores, catadores de lixo, artesãos, camelôs e prostitutas, podemos
perceber quão desiguais são as condições sanitárias e habitacionais que se estendem por
todas as regiões brasileiras.
 A pandemia de COVID-19 impactou também o mundo do trabalho. Desde que os governos
estaduais e o Ministério da Saúde passaram a recomendar os fechamentos compulsórios
(lockdowns) e a quarentena para mitigar a propagação da doença, muitas empresas e
instituições públicas estão adotando o trabalho remoto, ou home office. No caso de
serviços essenciais, que não podem ter suas atividades presenciais suspensas, equipes têm
sido reduzidas e submetidas à rodízios e escalonamentos. Se a situação foi preocupante
para os trabalhadores formais, aqueles com carteira assinada, trabalhadores autônomos e
informais se encontram em condições ainda mais difíceis, mesmo com o pagamento do
Auxílio Emergencial por parte do Governo Federal.
 As regiões brasileiras com infraestrutura mais precária foram as primeiras a colapsar: como
Manaus, por exemplo. A confirmação da primeira morte de indígena por Covid-19 foi de
um adolescente Yanomami em Boa Vista (RR), acompanhada de outros casos confirmados
ou relatados por lideranças, que se alastrou de forma rápida pelas aldeias. A pouca
quantidade de leitos levou estados como Maranhão e Pará a tomarem as primeiras
iniciativas de lockdown. Em maio de 2020, por exemplo, os casos de COVID-19 nas regiões
Norte e Nordeste, somavam mais da metade dos casos registrados em todo o Brasil.
 Aumentaram os deslocamentos em busca de serviços de saúde. Os dados estatísticos são
fundamentais para a compreensão da distribuição geográfica dos fenômenos, que
permitem o planejamento e a tomada de decisões. Veja abaixo os resultados da pesquisa
do IBGE em 2020 para identificarmos os deslocamentos em busca de serviços de saúde: Ela
indica onde houve maior polarização, maior carência de recursos e aponta dados espaciais
preciosos para o poder público. Veja:

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No Brasil, os deslocamentos para serviços de saúde de baixa e média complexidade são, em


média, de 72 km. Manaus (AM) atrai os deslocamentos mais distantes (em média, 418 km),
enquanto Santa Catarina exibiu fluxos com média inferiores a 40 km, os menores do país. Goiânia
(GO) atrai o maior número de cidades, 115 no total.
A busca por tratamentos de alta complexidade teve deslocamentos médios de 155 km para
o país, com profundas diferenças regionais quanto à concentração em centralidades
especializadas.Enquanto a média dos deslocamentos das regiões Sudeste e Sul ficaram em torno
de 100 km, regiões nas quais os fluxos visivelmente se distribuem entre as capitais dos estados e
centralidades de menor porte presentes no interior, no Nordeste a atração das capitais se
sobrepõe e vai além das centralidades presentes no interior. Regiões Norte com 276 km e Centro-
Oeste com 256 km.
Roraima e Amazonas apresentaram as maiores médias de deslocamento para tratamento
de saúde de alta complexidade (471 km e 462 km, respectivamente), seguidas pelo Mato Grosso
com 370 km. A menor média ocorreu no estado do Rio de Janeiro, com 67 km, onde a capital
divide atratividade na temática com os arranjos populacionais de Campos de Goytacazes (RJ) e
Volta Redonda (RJ), com o município de Itaperuna (RJ), além de cidades da Zona da Mata mineira,
área que faz divisa com esse estado.
Apesar da concentração nas capitais, é possível observar centralidades que ultrapassam os
limites estaduais. A referência principal é a influência de Barretos (SP) no tratamento de câncer.
São 122 cidades que têm a cidade do norte de São Paulo como destino. Elas estão localizadas em
oito estados diferentes (incluindo cidades de Rondônia, Pará e todos os estados da Região Centro-
Oeste).

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4. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR)

 O meio rural sempre representou, desde as sociedades antigas, o local de sustento e geração
de riquezas para as sociedades. O Brasil era essencialmente rural até meados da década de
1960, onde mais da metade da população brasileira vivia no campo.
 O processo de urbanização brasileiro está diretamente ligado ao processo de
industrialização.
 A industrialização brasileira teve seu pontapé inicial durante o período da Primeira Guerra
Mundial, onde fornecia alimentos e tecidos aos países envolvidos e após a crise do caféem
1929.
 A economia brasileira estava alicerçada na produção de café para exportação, e com a quebra
da bolsa de valores, em 1929, os cafeicultores investiram seu capital acumulado com as
lavouras no setor industrial.
 Ao longo do processo de industrialização no Brasil, a região Sudeste foi a que mais
concentrou investimentos nesse setor devido a disponibilidade de infraestrutura bancária e
viária para escoamento da produção, presença de mercado consumidor e mão de obra com
certa experiência fabril de estrangeiros europeus que trabalharam nas lavouras.
 A chamada Revolução Verde, que implementou dezenas de transformações na modernização
do campo, trouxe insumos agrícolas como máquinas, defensivos agrícolas, e sementes
geneticamente modificadas, refletindo no aumento da produtividade agrícola.
 Os pequenos produtores que não detinham capital nem crédito para investir em insumos
criados pela Revolução Verde, acabaram ficando incapazes de competir no mercado agrícola.
Eles se viram obrigados a venderem suas terras para os grandes produtores e partirem em
busca de ocupações nas cidades, onde a oferta de empregos nas fábricas era crescente.
 O Brasil observou grande aumento nos fluxos migratórios internos, de pessoas saindo do
campo para as cidades brasileiras, principalmente entre 1960 e 1980. O êxodo rural brasileiro
foi influenciado por políticas públicas de fortalecimento do mercado interno por meio do
desenvolvimento industrial.
 O planejamento urbano não acompanhou o rápido fluxo da população do campo para as
cidades, o que levou as pessoas ocupar em áreas com grande carência de infraestrutura,

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como em periferias ou em áreas geomorfologicamente inadequadas, como nas encostas de


morros ou nas margens de córregos.
 A ocupação dessas áreas, principalmente nos grandes centros urbanos, levou ao crescimento
da demarcação geográfica entre pessoas ricas e pessoas pobres, além de gerar um aumento
nos problemas sociais e ambientais urbanos como poluição, saturação do sistema de
transportes, favelização, aumento exponencial da violência urbana entre outros.
 Este crescimento acelerado foi também responsável por uma grande degradação ambiental.
A impermeabilização do solo, por exemplo, impede que a água da chuva infiltre, prejudicando
a recarga dos aquíferos, aumentando o escoamento superficial que pode acarretar
enxurradas, alagamentos e deslizamentos de encostas.
 Nem todos os estados e regiões brasileiras se industrializaram e se urbanizaram em níveis tão
altos quanto o Sudeste. Em algumas localidades, as atividades agropecuárias rudimentares
ainda são as principais atividades econômicas.
 As cidades do agronegócio são assim conhecidas por se desenvolverem graças ao setor de
serviços que cresce e direciona suas especificidades para uma atividade rural que está
ancorada nas transformações tecnológicas da Revolução Verde.
 O ritmo de urbanização das cidades médias tem sido mais elevado que o das grandes cidades,
que se encontram nos limites de suas expansões. Cidades que têm população abaixo de
20.000 habitantes, tendem a diminuir de população, pois os jovens migram para os grandes
centros.
 As grandes cidades são aglomerações de pessoas mais jovens. Em geral há maior participação
dos jovens na PEA, que nas cidades pequenas.
 Por vezes, o Estado age de acordo com os interesses do mercado imobiliário, destinando
recursos para infraestrutura em regiões específicas das cidades. Essas ações de renovação de
antigas áreas degradadas nos centros urbanos geram um aumento no valor da terra, inibindo
a permanência das populações mais pobres nesses locais. Esta política higienista é chamada
de gentrificação, uma das formas de segregação socioespacial.
 O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/01) foi de grande importância para o acesso à
cidade. O estatuto prevê a elaboração de Plano Diretor (principal ferramenta de gestão
territorial urbano), IPTU progressivo (como forma de pressão para o cumprimento da função
social da terra), entre outras diretrizes que visam garantir um ambiente urbano mais
democrático.
 Desmetropolização: o crescimento das cidades médias, com populações entre 100 mil e 500
mil habitantes, que apresentam menores custos de produção e de ocupação, tem estimulado
a ida de várias empresas para o interior do país. O ritmo de crescimento das cidades médias é
maior que o ritmo de crescimento das grandes cidades. Elas foram foco do processo de
desconcentração industrial e da expansão do agronegócio. Elas começaram a se expandir a
partir da década de 1990, quando ocorreu a inserção do país no mercado global.

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 Polarização: Consiste na influência que uma metrópole exerce nos municípios ao seu redor. A
polarização ocorre em diferentes escalas, como local, regional e mundial e se relaciona com o
maior grau de concentração de serviços existentes nessa metrópole.
 Periurbanização: é um processo de expansão e ocupação de áreas rurais por populações,
serviços e atividades econômicas comuns das áreas urbanas, mas com a permanência de
atividades típicas do meio rural, configurando em uma hibridização entre rural e urbano.
 Conurbação: processo de junção entre as adjacências de diferentes áreas urbanas, com
relativo grau de homogeneidade entre as áreas fundidas, como ocorre com as malhas
urbanas das regiões metropolitanas brasileiras, por exemplo.
 Malha Urbana: Corresponde às áreas urbanizadas através da construção da infraestrutura
urbana e de seus equipamentos públicos. Muitas vezes a malha urbana ultrapassa os limites
de uma cidade e se funde com a malha urbana de outra cidade, conforme explicado
anteriormente com a conurbação.
 Hierarquia Urbana: É a polarização em redes multiescalares, ou seja, que envolvem os fluxos,
mas também os portes e as funções das diferentes cidades, desde São Paulo, a grande
metrópole nacional, a um pequeno centro local.
 Rede urbana: Corresponde aos fluxos que são estabelecidos entre as diferentes cidades, e a
forma como elas se conectam.
 Cidades Globais: um conceito qualitativo que indica a conexão entre cidades em âmbito
mundial. Os grandes fluxos internacionais diários de pessoas e mercadorias, que exercem
influência global através de suas bolsas de valores, influência cultural, além da concentração
dos mais modernos meios-técnicos-científico-informacionais.
 Megacidades: um conceito quantitativo que se refere as cidades que têm mais de 10 milhões
de habitantes.
 Nem sempre uma Cidade Global é uma Megacidade, mas existem Megacidades que são
Cidades Globais. Frankfurt não é uma Megacidade, pois tem cerca de 750 mil habitantes, mas
possui um dinâmico centro econômico e financeiro que a coloca como Cidade Global. Tóquio,
que possui mais de 40 milhões de habitantes é uma Megacidade e, por sua relevância no
cenário internacional, também é classificada como Cidade Global.
 As populações mais vulneráveis como pessoas em situação de rua, moradores de favelas e
ocupações, indígenas, negros, quilombolas, ribeirinhos, trabalhadores informais, entre
outras, são as principais atingidas por doenças infecciosas, como a COVID-19, por não ter
acesso a condições sanitárias e habitacionais adequadas.

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5. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

QUESTIONÁRIO - SOMENTE PERGUNTAS

1) Qual foi o pontapé inicial para a urbanização brasileira?


2) A urbanização ocorreu de maneira igualitária por todo o Brasil?
3) Entre os anos de 1960 e 1980, observou-se um grande fluxo demográfico do campo para
as cidades. Explique os motivos deste fenômeno.
4) Quais as consequências ambientais da urbanização?
5) Quais as consequências sociais da urbanização?
6) O que podemos entender por hierarquia urbana?
7) O que é uma cidade global?
8) O que significa nível de centralização urbana?
9) Qual o cenário da mobilidade urbana no Brasil?
10) Qual relação podemos fazer entre o acesso à cidade e a atual pandemia de COVID-19?

QUESTIONÁRIO - PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) Qual foi o pontapé inicial para a urbanização brasileira?


Até a década de 1960, mais da metade da população brasileira vivia no campo. O processo de
urbanização brasileiro está diretamente ligado ao processo de industrialização. A
industrialização brasileira teve seu pontapé inicial durante o período da Primeira Guerra
Mundial, onde fornecia alimentos e tecidos aos países envolvidos e após a crise do café em
1929. A economia brasileira estava alicerçada na produção de café para exportação, e com a
quebra da bolsa de valores, em 1929, os cafeeiros investiram seu capital acumulado com as
lavouras, no setor industrial.
2) A urbanização ocorreu de maneira igualitária por todo o Brasil?
Segundo o censo de 2010, a região Sudeste apresentou taxa de urbanização de 92,9%,
seguida pela região Centro-Oeste, com taxa de 88,8%. Enquanto, a taxa de urbanização na
região Sul foi de 84,9%, seguida de 73,5%, no Norte, o Nordeste, apresentou taxa de 73,1%. A
região Sudeste foi a que mais concentrou investimentos no setor industrial devido a

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disponibilidade de infraestrutura bancária e viária para escoamento da produção, presença


de mercado consumidor e mão de obra com certa experiência fabril de estrangeiros europeus
que trabalharam nas lavouras.
3) Entre os anos de 1960 e 1980, observou-se um grande fluxo demográfico do campo para
as cidades. Explique os motivos deste fenômeno.
A chamada Revolução Verde, conhecida como a modernização do campo e iniciada a partir
de 1950 no mundo, trouxe insumos agrícolas como máquinas, defensivos agrícolas, e
sementes geneticamente modificadas, o que refletiu no aumento da produtividade agrícola.
Os pequenos produtores que não detinham capital nem crédito para investir nos produtos
tecnológicos, acabaram incapacitados de competir no mercado agrícola e se viram obrigados
a venderem suas terras para os grandes produtores. Esse fenômeno gerou desemprego
estrutural nas áreas rurais, obrigando camponeses a partirem rumo às cidades, onde a oferta
de empregos nas fábricas era crescente. No Brasil, o maior fluxo migratório de pessoas do
campo para as cidades ocorreu entre 1960 e 1980, influenciado por políticas públicas de
fortalecimento do mercado interno por meio do desenvolvimento industrial. Este grande
fluxo populacional entre campo e cidade é conhecido como êxodo rural.
4) Quais as consequências ambientais da urbanização?
O crescimento da malha urbana pressiona as áreas de vegetação natural, que muitas vezes
são suprimidas para dar lugar às estruturas urbanas. No passado, a Mata Atlântica se
estendia por todo o litoral brasileiro. Devido a exploração dos seus recursos madeireiros e
desmatamento para o avanço da agricultura e expansão urbana, hoje restam apenas 7,3% da
sua vegetação natural, segundo o Instituto WWF Brasil. Nas áreas urbanas, a
impermeabilização do solo por asfalto e concreto interfere no ciclo da água, pois diminui os
níveis de evapotranspiração, reduz as áreas de recarga dos aquíferos e favorece o
escoamento superficial pluvial, o que pode acarretar enchentes, enxurradas, alagamentos e
movimentos de massa. As emissões de gases do efeito estufa por fábricas e automóveis, além
das construções urbanas, influenciam no microclima local, e são responsáveis por reter calor
e gerar as chamadas ilhas de calor. A geração e destinação do lixo urbano é outro grande
problema, uma vez que sua deposição em locais inadequados polui os solos e as águas,
gerando doenças que afetam as comunidades com maior vulnerabilidade social.
5) Quais as consequências sociais da urbanização?
A ocupação das áreas periféricas, algumas delas situadas em encostas íngremes e nas
margens de rios, geram grandes problemas sociais. A falta de infraestrutura urbana em
iluminação, assistência médica, tratamento e fornecimento de água, esgotamento sanitário,
transporte, educação, lazer, entre outros, gera um sentimento de esquecimento nessa
população por parte do poder público, que por sua vez, age a favor do capital financeiro em
detrimento da população carente. Os conjuntos habitacionais são constantemente
planejados nas áreas mais distantes dos centros, onde estão concentrados a maioria dos
serviços, devido ao valor fundiário e habitacional mais baixo. Ações conjuntas do capital
privado e do poder público vêm sendo desenvolvidas visando a revitalização das áreas
centrais, o que eleva o seu valor fundiário e imobiliário, expulsando a população pobre,
processo esse denominado gentrificação. Todos esses fatores culminam em uma maior

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segregação social e espacial, dividindo a cidade em zonas socioeconômicas. A má distribuição


de renda e inequidade ao acesso dos serviços urbanos, gera problemas sociais e ambientais
nas áreas urbanas. Dentre eles, processos de segregação espacial, de favelização, o aumento
da violência urbana, além de poluição atmosférica, hídrica e degradação dos solos.
6) O que podemos entender por hierarquia urbana?
A hierarquia urbana designa uma escala de subordinação entre as cidades partindo das
cidades pequenas, passando pelas cidades médias até chegarmos aos grandes centros
urbanos. A hierarquia urbana clássica demonstra uma relação de interdependência
hierárquica entre as cidades onde asmenores costumam depender ou sofrer elevada
influência das cidades maiores. O esquema clássico de hierarquia urbana teve origem no final
do século XIX e se estendeu até meados da década de 1970. No entanto essa concepção
tradicional de hierarquia urbana não explica as relações travadas entre as cidades no interior
da rede urbana. Dessa forma, uma nova hierarquia urbana foi elaborada, aproximando-se da
realidade de uma rede urbana. Em função dos avanços tecnológicos nos transportes e nas
comunicações, rompe-se com a hierarquia rígida chegando à um modelo urbano mais
moderno. As relações das cidades tornam-se então diretas com a metrópole nacional, sem a
intermediação de cidade de porte médio. Todavia, foram mantidas a interrelação entre os
diversos níveis hierárquicos. A evolução dos meios de comunicação e transporte oriundos do
processo de globalização permitem às pessoas a escolha de onde querem adquirir produtos,
não se limitando ao centro urbano mais próximo ou de hierarquia imediata.
7) O que é uma cidade global?
Cidade global foi um termo criado pela socióloga Saskia Sassenpara definir o ponto de uma
rede mundial de dinâmicas globalizadas. Essas cidades centralizam as sedes das principais
empresas e instituições internacionais públicas e privadas coordenando essas dinâmicas
políticas, sociais, burocráticas e mercadológicas a nível global. Essas cidades estão no topo da
hierarquia urbana no planeta. Conforme seu grau de desenvolvimento e infraestrutura são
classificadas por Alfa, Beta e Gama sendo a classe Alfa as cidades de maior influência no
planeta, a Beta, intermediária, e a Gama corresponde às cidades globais de menor expressão
mundial. Grupo Alfa: Londres, Nova Iorque, Paris, Tóquio, Los Angeles, Chicago, Frankfurt,
Milão. Grupo Beta: São Francisco, Sidney, São Paulo, Cidade do México, Madri.
Grupo Gama: Pequim, Boston, Washington, Munique, Caracas, Roma, Berlim, Amsterdã,
Miami, Buenos Aires, Rio de Janeiro.
8) O que significa nível de centralização urbana?
A centralidade representa a polarização das redes de ligações intermunicipais. O nível de
centralidade é baseado na existência de relações entre os municípios a partir de dois
parâmetros: o Estado e o mercado. Reconhecidos como as duas instituições com o maior
poder estruturador do espaço, o Estado é visto do ponto de vista da estrutura formada pelas
instituições estatais; o mercado é analisado sob a ótica da existência de ligações entre sedes e
filiais de companhias em diferentes cidades. A intensidade dos fluxos entre as cidades é
medida pela quantidade de pares de ligações, que se interconectam para formar as redes de
gestão, sejam empresariais ou públicas. No Brasil há um desequilíbrio entre as cinco grandes
regiões brasileiras na distribuição geográfica dos municípios considerados como centros de

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gestão do território. O Sudeste aparece em destaque absoluto com o maior número de


cidades centrais.

9) Qual o cenário da mobilidade urbana no Brasil?


O processo de urbanização no país aconteceu de forma intensa e rápido, após o início do
processo de industrialização. O processo se deu sem que houvesse planejamento e
investimento correspondente para o crescimento da infraestrutura da rede urbana. O
resultado foi um sistema de transporte urbano descompassado com o crescimento das
cidades, que teve de lidar com uma expansão urbana incompleta, com falta de
investimentossuficientes em infraestrutura de transporte coletivo, baseado em sua maioria
pelo modal rodoviário. A maior parte das grandes cidades vem enfrentando dificuldades em
desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestionamentos ao longo do dia e o
excesso de pedestres em áreas centrais dos espaços urbanos, reforçando essa dependência
das ruas e estradas. Além disso, ainda existe o evidenciado problema da concentração de
renda, resultando no acesso à automóveis particulares e a moradias nas áreas centrais das
cidades para parte da população que possui elevado poder aquisitivo. Do outro lado a
dependência do transporte público ineficiente limita a mobilidade e o acesso a determinados
serviços para a população de baixa renda alocada nas regiões periféricas, intensificando a
desigualdade.

10) Qual relação podemos fazer entre o acesso à cidade e a atual pandemia de COVID-19?
As cidades foram em grande parte moldadas pelo mercado imobiliário, que juntamente com
o Estado, organiza até hoje o ambiente urbano por classes sociais. A população mais
vulnerável como moradores de rua, moradores de favelas e ocupações, trabalhadores
informais, entre outros, estámais expostas a doenças infecciosas devido às más condições
sanitárias e habitacionais. O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/01), representa uma
importante ferramenta para garantir um acesso mais democrático à cidade, reforçando os
artigos 182 e 183 da CF. No entanto, o problema da má distribuição de renda e os diferentes
interesses entre os agentes que dominam a estruturação das áreas urbanas gera um abismo
social de difícil solução, o que demanda uma pressão popular constante para uma sociedade
mais igualitária.

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6. EXERCÍCIOS

1. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


Recentemente observa-se que os espaços rurais começam a incorporar elementos urbanos.
Trata-se de um processo que ocorre em áreas não contínuas às das metrópoles, quando se
instalam, no espaço rural, elementos e atividades características das cidades, sendo exemplos
os condomínios fechados, os loteamentos de casas populares e o desenvolvimento de
atividades não agrícolas (hotéis, spas).
O texto descreve
A) a macrometropolização.
B) a conurbação.
C) a periferização.
D) a periurbanização.
E) a especulação urbana.
Comentários
A questão exige conhecimento de conceitos. Vamos analisar os conceitos que ela traz:
Macrometrópole: novo arranjo urbano, no qual a expansão das metrópoles converge dando uma
nova configuração para este espaço. O mais conhecido no Brasil é o arranjo urbano-regional-
paulista, mais conhecido como Macrometrópole Paulista, que ocupa 20% do território do estado
de São Paulo, onde vivem mais de 30 milhões de pessoas, o que representa aproximadamente 73%
da população do estado.
Conurbação: fenômeno urbano que ocorre quando duas cidades limítrofes se expandem ao ponto
de encontrar-se, compondo um único núcleo urbano.
Periferização: Com a intensificação da urbanização, espaços distintos começam a ser criados,
identificando seus moradores de formas opostas, divididos entre os bairros de classes baixa, média
e alta. Com o crescimento da população e a falta de planejamento das cidades ocorre um grave
problema: a segregação, tanto espacial (distância entre moradias de diferentes grupos) como
social (distância de condições no que diz respeito ao acesso, elaboração e execução de políticas
públicas).
Periurbanização: São áreas localizadas em territórios próximos dos aglomerados urbanos onde o
espaço rural é ocupado por atividades e funções urbanas e industriais. A periubanização resulta do

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processo de expansão urbana que vai ocupando áreas rurais com atividades e funções relacionadas
com a residência, o comércio, a indústria e os serviços
Especulação imobiliária (urbana): é a compra ou aquisição de bens imóveis com a finalidade de
vendê-los ou alugá-los posteriormente, na expectativa de que seu valor de mercado aumente
durante o lapso de tempo decorrido. A expressão tem conotação pejorativa, por deixar implícito
que o comprador do imóvel não irá utilizá-lo para fins produtivos ou habitacionais, e ainda retira
de outras pessoas, de menor poder aquisitivo e, portanto, mais necessitadas, a possibilidade de
compra.
Logo, o texto aproxima-se do processo de Periurbanização. Letra D.
Gabarito: D

2.(VUNESP - Soldado - PM-SP / 2019)


Observe o gráfico para responder à questão.

A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre a urbanização brasileira permitem afirmar que


a região
A) 2 (Norte) teve a urbanização fortemente atrelada aos grandes projetos de exploração
mineral implantados em vários estados nortistas.
B) 2 (Nordeste) apresentou rápida urbanização a partir dos anos de 1980 devido à
industrialização das grandes cidades, promovida pela Sudene.
C) 1 (Centro-Oeste) teve a urbanização acelerada devido à construção de Brasília e a partir
dos anos 2000, à expansão da agroindústria.
D) 1 (Sudeste) apresentou uma expressiva urbanização devido a fatores como a
industrialização e a atração de migrantes de outras regiões brasileiras.
E) 3 (Sul) apresentou uma urbanização mais lenta porque desde sua ocupação sempre teve
sua economia baseada em atividades agropecuárias.
Comentários

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Urbanização.

A região Sudeste, por concentrar a maior parte das indústrias do país, foi a que recebeu grandes
fluxos migratórios vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Ao analisarmos o
gráfico apresentado, observamos que o Sudeste é a região que apresenta as maiores taxas de
urbanização dos últimos anos. A partir de 1960, com 57%, foi a primeira região a registrar uma
superioridade de habitantes vivendo na área urbana em relação à população rural. E a partir de
1970, conforme gráfico, superior a 70% (mais específico em 72,68%). Observe o gráfico abaixo:

A. Incorreto. Até a década de 1960 a Região Norte era a segunda mais urbanizada do país, porém a
concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões,
fez com que o crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
B. Incorreto. Conforme podemos verificar na tabela acima, a Região Nordeste teve um
desempenho inferior a todas outras regiões do Brasil a partir da década de 1960. A sua
urbanização não se deu de maneira acelerada, visto que atualmente é a região mais ruralizada do
país.
C. Incorreto. Construção de Brasília foi na década de 1950, com inauguração em 1961.
E. Incorreto. O processo de urbanização da região Sul não foi lento, de modo que acompanhou o
ritmo da urbanização, estando acima da média nacional, estruturando o Centro-Sul do país como
região mais urbanizada.
Gabarito: D
3. (VUNESP - PM-SP - Soldado /2019.2)
Paraty e uma vasta área de parques, matas e reservas que circundam seu sítio histórico
receberam o título de Patrimônio Mundial da UNESCO em função de seus excepcionais
atributos culturais e naturais. Segundo todas as declarações pós-reconhecimento, a
expectativa dos governos com a obtenção do título é ampliar o turismo e conseguir mais
recursos para poder enfrentar os desafios da gestão do lugar. No caso de Paraty, onde a
turistificação do sítio urbano já ocorreu, a expansão do turismo pode representar uma
ameaça para o patrimônio natural e para as comunidades tradicionais.
(Raquel Rolnik. https://raquelrolnik.blogosfera.uol.com.br, 12.07.2019. Adaptado)

O risco alertado no excerto corresponde

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Urbanização.

A) à requalificação dos espaços na região, que pode alterar as atuais relações de poder em
sua esfera pública.
B) ao elevado tributo repassado à UNESCO para a manutenção do título que desperta o
interesse mundial.
C) ao interesse do capital especulativo, que pode tornar a região fechada à visitação pública.
D) à preservação de ecossistemas diante dos desequilíbrios que o aumento no turismo pode
provocar.
E) à urbanização requerida pela UNESCO, que pode promover o isolamento de espécies
nativas.
Comentários
O aumento do turismo em escala global e regional acende sinais de alerta para os impactos
negativos da atividade, inclusive sobre o meio ambiente. As cidades históricas e cenários naturais
populares, como é o caso de Paraty, continua com o mesmo tamanho que tinham quando
recebiam menos turistas, o que é um grande desafio para o que muitos especialistas chamam de
efeito de manada, potencializado pelas redes sociais. Uma das saídas é promover cada vez mais o
Turismo Sustentável. Ele tem como objetivo atender simultaneamente às necessidades dos turistas
e das comunidades receptoras, protegendo e ampliando as oportunidades para o futuro.
A. Incorreto. Não há menção no texto de uma requalificação dos espaços na região. Visto que, ao
retirar o título da UNESCO não resolve a problemática do turismo versus preservação do meio
ambiente.
B. Incorreto. Não há repasse de recursos para a UNESCO na obtenção do título dado pela mesma.
C. Incorreto. Não é o caso, mas se fosse, seria ao contrário. Dependendo do interesse, o capital
especulativo torna a região atrativa para a visitação na medida que há um retorno financeiro para
os agentes envolvidos.
E. Incorreto. Não há exigência de urbanização da Unesco na obtenção do título de patrimônio.
Mesmo porquê existe o título de patrimônio natural da humanidade, o que implica uma paisagem
com pouca (construção de infraestrutura do parque por exemplo) ou quase nenhuma ação
antrópica.
Gabarito: D
4. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)
Analise a tabela para responder à questão.

A leitura da tabela e os conhecimentos sobre o contexto socioeconômico brasileiro permitem


afirmar:

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Urbanização.

A) a urbanização rápida, mas pouco planejada, tem sido apontada como um dos fatores
responsáveis pelo aparecimento de moradias precárias e graves deficiências na infraestrutura
urbana.
B) o aumento da população urbana tem forte relação com a elevação das taxas de
fecundidade e de natalidade, estimuladas pela melhoria das condições de vida da população
nas cidades.
C) no período entre 1960 e 1991, as áreas urbanas conheceram rápida expansão econômica e
social e, nas áreas densamente povoadas, houve a sensível redução da população de menor
poder aquisitivo.
D) entre as décadas de 1970 e 2000, o crescimento demográfico no Brasil ocorreu de forma
desigual, pois, nas áreas urbanas, foram observadas taxas de natalidade mais elevadas que na
zona rural.
E) a partir do final do século XX, o processo de urbanização tornou-se mais lento porque a
interiorização da população, fenômeno demográfico típico da década de 1980, praticamente
se esgotou.
Comentários
O rápido crescimento urbano do Brasil, evidenciado a partir da década de 1970 foi decorrente
basicamente por dois motivos: o primeiro e a causa a priori é a mecanização do campo que causou
um grande impacto na mão de obra das propriedades rurais, fazendo com que grande parte da
população rural, sem emprego, procurasse os grandes centros urbanos em busca de melhores
condições de vida e trabalho. E no segundo momento, o forte crescimento industrial, que
contribuiu ainda mais para a aceleração do êxodo rural e mudança do perfil da população que
antes era rural, passa a viver nas áreas urbanas. Esse breve contexto contribuiu para as ocupações
em áreas periféricas como São Paulo. As moradias nesse novo urbano são acompanhadas pela
ausência de infraestrutura, além de outros problemas sociais recorrentes nos centros urbanos.
B – Incorreto. Ao contrário da afirmativa, a taxa de natalidade e de fecundidade vem diminuindo
ano a pós ano decorrente pelo processo de urbanização: aumento do custo de vida nas cidades,
melhores condições de trabalho em boa parte da população, a mulher inserida no mercado de
trabalho, melhores índices de educação, entre outros condicionantes.
C – Incorreto. O aumento ou diminuição da população está condicionado com o grau de
escolaridade: quanto mais instruído, menos filhos, e quanto menor o grau de instrução mais filhos.
D – Incorreto. As taxas de natalidade em áreas urbanas são menores comparada com as taxas de
natalidade da população rural, basicamente por dois motivos outrora citado: custo de vida na
criação dos filhos (na zona rural o custo de uma criança é menor) e o grau de escolarização (em
áreas urbanas, o grau é maior).
E – Incorreto. O perfil da interiorização da população tem um novo recorte principalmente na
virada do século XX para o século XXI e configura o atual modelo. Devido aos altos custos de vida e
de produção nas grandes capitais brasileiras situadas essencialmente nas áreas litorâneas do país,
atualmente empresas e pessoas tem procurado migrar para áreas no interior, principalmente em

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cidades médias, que possui um certo grau de relação com o fluxo de capital e produção com os
grandes centros, porém com um custo menor (de produção e de vida).
Gabarito: A
5. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2017)
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), denominam-se aglomerados
subnormais locais como favelas, invasões e comunidades com, no mínimo, 51 domicílios. O
censo de 2010 mostrou que vivem nesses aglomerados um total de 11.425.644 de pessoas –
o equivalente a 6% da população do país. Ainda de acordo com o censo, a maioria
esmagadora desses domicílios está concentrada em um grupo de 20 regiões metropolitanas.
Observe o gráfico para responder à questão.

Os setores I e II no gráfico correspondem, respectivamente, às regiões:


A) Sudeste e Sul.
B) Nordeste e Norte.
C) Nordeste e Centro-Oeste.
D) Sudeste e Nordeste.
E) Sul e Centro-Oeste.
Comentários
O IBGE caracteriza os aglomerados subnormais como conjuntos constituídos por 51 ou mais
unidades habitacionais caracterizadas por ausência de título de propriedade e pelo menos uma das
seguintes características: - irregularidade das vias de circulação e do tamanho e forma dos lotes
e/ou - carência de serviços públicos essenciais (como coleta de lixo, rede de esgoto, rede de água,
energia elétrica e iluminação pública). Diante disso, as regiões com maiores índices de ocupações
irregulares no país são a região Sudeste e Nordeste. Isso se dá por diversos motivos, dentre eles a
maior densidade demográfica dessas regiões, em especial o Sudeste, e, no caso do Nordeste, as
desigualdades sociais características da distribuição populacional dessa região.
A – Incorreto. A região Sul NÃO apresenta os maiores índices de aglomerados subnormais do país.

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Urbanização.

B – Incorreto. A região Norte, embora apresente muitas ocupações irregulares, não tem uma
densidade demográfica tão grande se comparada às demais regiões, o que infere na posição que
ela ocupa no gráfico.
C – Incorreto. O Centro-Oeste também NÃO é uma das regiões com maiores índices de
aglomerados subnormais.
E – Incorreto. Nenhuma das duas regiões é a que mais apresenta esse tipo de ocupação do
território.
FONTE: https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000015164811202013480105748802.pdf

Gabarito: D

6. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2014)


Observe a figura.

As capitais brasileiras se distinguem nitidamente pela configuração de sua rede urbana,


refletindo em sua densidade demográfica. Considerando-se o processo de crescimento das
capitais brasileiras (1872/2000), pode-se afirmar corretamente que
A) Salvador exerce influência sobre a maior parte do Nordeste e centraliza os processos
migratórios inter-regionais e inter-regionais.
B) São Paulo e Rio de Janeiro podem ser consideradas cidades milionárias e concentram a
maior parte de sedes empresariais.
C) Cuiabá e Campo Grande funcionam como metrópoles nacionais e polarizam pequenas
cidades da Amazônia Setentrional.
D) Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis apresentam-se em períodos semelhantes de
crescimento e sofrem reflexo dos fluxos migratórios de agricultores do Centro-Oeste.

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Urbanização.

E) Belém apresenta-se em um processo histórico de involução metropolitana e destaca-se


pela saída de mão de obra especializada para outras capitais regionais do Norte.

Comentários
Por ser as duas principais cidades/capitais do Brasil, são Paulo e Rio de Janeiro possui centralidade
dos fluxos, tendo grande influência na hierarquia urbana das cidades. Assim, concentram-se as
sedes das principais empresas do mundo, tornando-as cidades globais no cenário mundial.
A – Incorreto. Apesar de ser uma importante capital na região Nordeste, Salvador não possui
relevância suficiente para atrair toda a migração inter-regional (de um Estado para outro).
C – Incorreto. Essas cidades são consideradas capitais regionais A, e não metrópoles nacionais.
D – Incorreto. O fluxo migratório é ao contrário. Muitas pessoas tem saído da região sul migrando
para a região Centro-Oeste.
E – Incorreto. O termo involução na afirmativa está incorreto.

https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/regic.shtm

Gabarito: B

7. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2013)


À medida que o processo de urbanização foi se desenvolvendo no mundo, algumas cidades
tornaram-se maiores e mais complexas. Em certas áreas onde existem várias cidades
próximas, ocorreu um fenômeno espacial denominado conurbação. Caso típico nas cidades
brasileiras é a formação de região metropolitana como temos: região metropolitana de São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, entre outros.
(SAMPAIO, F. dos S. et al Geografia: ensino médio, volume único. Adaptado)
Pode-se afirmar corretamente que o fenômeno da conurbação é resultado da

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Urbanização.

A) verticalização da produção de bens, consumo e serviços entre cidades.


B) expansão horizontal entre cidades formando uma grande área integrada.
C) modernização dos elementos constitutivos da área rural entre cidades.
D) interação entre cidades para facilitar a administração pública.
E) parceria comercial entre cidades para se tornarem mais competitivas.
Comentários
A conurbação se dá pela integração de duas ou mais áreas urbanas devido ao processo de
expansão horizontal das cidades, sendo, portanto, um fenômeno espacial de união entre áreas
urbanas. Assim, temos o conceito de conurbação usado para designar um fenômeno urbano que
acontece a partir da união de duas ou mais cidades/municípios, constituindo uma única malha
urbana, como se fosse somente uma única cidade.
A – Incorreto. O fenômeno espacial denominado por Conurbação se dá pela expansão e criação de
área integração, sendo, portanto, uma consequência dos processos de produção espacial urbana e
não vinculada a consumos e serviços.
C – Incorreto. A conturbação nada tem a ver com facilitação da gestão pública uma vez que os
mecanismos políticos e administrativos se mantêm inalterados.
D – Incorreto. O fenômeno da conurbação, conforme citado anteriormente é o processo de
expansão das cidades no qual duas áreas urbanizadas se encontram. Esse processo não visa a
facilitação da administração pública, pois ambas cidades continuam com as mesmas jurisdições.
E – Incorreto.O fenômeno acima descrito se vincula a arranjos espaciais causados pelo crescimento
horizontal das cidades e não necessariamente parcerias comerciais.
Gabarito: B
8. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2013)
O processo de industrialização brasileira, a partir da década de 1960, motivou um número
considerável de rurais a se deslocarem para as cidades. Entretanto, além da industrialização,
outros fatores contribuíram para a intensificação do êxodo rural.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente um desses fatores.
A) Oportunidade de trabalho feminino.
B) Garantia de casa própria dada pelos governantes.
C) Crescente população relativa das áreas de cultivo.
D) Segurança pública das áreas urbanas.
E) Expansão dos direitos trabalhistas aos trabalhadores do campo.
Comentários
A expansão dos Direitos trabalhistas aos trabalhadores do campo foi preponderante para a
consolidação de um êxodo rural que se acentua na década de 1960. Implantar os direitos

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trabalhistas, pensando somente no meio urbano, e expandido para o campo, sem levar em conta
as condições adversas e peculiaridades do meio rural, tornou o trabalhador caro para manter o
vínculo empregatício. Além disso, o fator essencial para a intensificação do êxodo rural foi a
modernização do campo, com a introdução de máquinas agrícolas substituindo a mão de obra do
homem no campo, aliando ainda com a revolução verde e a demanda por mão de obra
especializada no campo.
A – Incorreto. A oportunidade de trabalho feminino não se vincula de forma direta ao êxodo rural.
B – Incorreto. No período supracitado, não houve a intenção do governo, em termo de política
pública, o incentivo da migração campo-cidade em detrimento da oferta de moradia nas cidades.
C – Incorreto.O processo de industrialização e modernização do campo, ocorrido essencialmente a
partir da década de 1970, altera essa relação e teve como característica exatamente o processo
inverso, de concentração populacional nos grandes centros urbanos.
D – Incorreto.A afirmativa está errada no que tange a questão de segurança. Ao contrário. Ao
migrar um grande contingente para as cidades, os problemas urbanos aumentaram e expandiram,
inclusive o de criminalidade.
Gabarito: E
9. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)
A tela retrata um dos mais belos e conhecidos cartões-postais da cidade de Nova York, o
Central Park, localizado nos Estados Unidos, um dos países desenvolvidos do mundo.

Após sua leitura iconográfica, conclui-se que a tela descreve

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A) a falta de itens básicos à população, como alimentação, vestuário e lazer em cidades com
elevada densidade demográfica.
B) a necessidade, cada vez mais crescente, da população por educação em cidades altamente
urbanizadas.
C) a qualidade de vida em países subdesenvolvidos, onde o acesso à alimentação, vestuário e
lazer torna-se marcante.
D) a qualidade de vida de seus habitantes, representada pelo acesso a itens básicos como
alimentação, vestuário, área verde e lazer.
E) os parques lineares, característicos dos países desenvolvidos com baixa densidade
demográfica.
Comentários
Considerada uma cidade global, Nova York é a cidade mais populosa dos Estados Unidos e o centro
da Região Metropolitana de Nova York, uma das áreas metropolitanas mais populosas do mundo. É
também a terceira cidade mais populosa da América, atrás de São Paulo e Cidade do México. Além
disso, abriga a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo um importante centro para
assuntos internacionais e amplamente considerada como a capital cultural do mundo. Dentro
deste aspecto, a imagem da questão buscou evidenciar a boa qualidade de vida dos novaiorquinos
e a relação que a cidade tem com a receptividade com os turistas. Além disso, fica evidente a
festividade retratada, com várias manifestações artísticas (fruto de boa qualidade de vida), além de
crianças brincando, correndo, carrinhos comerciais, cavalos em charretes para turistas, enfim.
A – Incorreto. A imagem retrata o contrário, uma paisagem geográfica marcada por festividades e
lazer para a população, marca do Central Park.
B – Incorreto. Não imagem apresentada não fica evidente as condições educacionais que a
afirmativa traz.
C – Incorreto. A imagem retrata o parque mais famoso de Nova York, uma das mais importantes
cidades dos Estados Unidos e do mundo, sendo aquele, um país altamente desenvolvido.
E – Incorreto.O conceito de parque linear está relacionado com um fluxo mais continuo de
parques, relacionado muitas vezes ao curso d´água de um rio, o que não é a configuração do
Central Park. Além disso, os países desenvolvidos apresentam, de maneira geral, maior índices de
densidade demográfica.
Gabarito: D
10. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)
O mapa mostra a distribuição das cidades globais e das megacidades pelo mundo.

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De acordo com a informação gráfica, espacializada no mapa, é correto afirmar que


A) as cidades globais concentram-se em países onde existe distribuição de renda entre a
população.
B) as cidades globais e as megacidades concentram-se em países com alto índice de IDH.
C) as cidades globais concentram-se principalmente nos países subdesenvolvidos, enquanto a
maioria das megacidades encontra-se no mundo desenvolvido.
D) o Brasil é o único país da América Latina que possui, em seu território, tanto cidade global
quanto megacidades.
E) as cidades globais concentram-se principalmente nos países desenvolvidos, enquanto a
maioria das megacidades encontra-se no mundo subdesenvolvido.
Comentários
As cidades globais é um conceito relacionado às grandes aglomerações urbanas que funcionam
como centros de influência internacional. Estão no topo da hierarquia urbana, pois são dotadas de
técnica e conhecimento em serviços de elevada influência nas decisões vinculadas à economia
globalizada e ao progresso tecnológico. Assim, conforme a figura aborda, as cidades globais estão
relacionadas aos países desenvolvidos (com algumas exceções, como o Brasil), fruto dos meios-
técnicos-científicos-informacional da espacialização das mesmas; e as megacidades estão
relacionadas aos países em desenvolvidos.
A – Incorreto. O conceito de cidade global não está relacionado com a distribuição de renda entre
a população, visto que, São Paulo é uma das cidades globais, mas possui uma forte concentração
de renda entre sua população.
B – Incorreto. Muitos países em desenvolvimento apresentam tanto cidades globais e/ou
megacidades, e que apresentam índices mais elevados, mas não altos índices (Vide o caso do
Brasil, México, Índia e China).
C – Incorreto. O correto da afirmativa é ao contrário do que ela traz.

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D – Incorreto.O México também em seu território, tanto cidade global quanto megacidades.
Gabarito: E
11. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)
Observe a figura.

Sobre os tecnopolos, é correto afirmar que são


A) megalópoles em vias de conurbação em detrimento do aumento populacional.
B) cidades consideradas centros irradiadores das inovações tecnológicas, em função da
concentração de indústrias, presença de universidades e centro de pesquisas com alto
conteúdo de conhecimento.
C) megalópoles que se desenvolveram em torno de importantes centros de pesquisas ou
universidades.
D) megalópoles consideradas centros irradiadores das inovações tecnológicas, em detrimento
da concentração de indústrias, presença de universidades e centro de pesquisas com alto
conteúdo de conhecimento.
E) cidades em vias de conurbação que se desenvolveram em torno de importantes centros de
pesquisas ou universidades, em detrimento do aumento populacional.
Comentários
De uma maneira geral, os tecnopolos são núcleo que concentra atividades vinculadas a alta
tecnologia, empresas, universidades e centros de pesquisa que facilitam o contato entre esses
meios, de modo a possibilitar o surgimento de inovações técnicas e novas ideias, caracterizando a
revolução técnico-científico-informacional. Além disso, concentram grande quantidade de mão-de-
obra altamente qualificada.
A – Incorreto. Não necessariamente uma megalópole é considerada um tecnopolo, pois a condição
para tal é a relação com os meios técnicos-científicos-informacional desenvolvido dentro deste
espaço geográfico.

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C – Incorreto. A condição de tecnopolo não está vinculado ao crescimento de uma cidade, e sim
aos já mencionados expostos acima.
D – Incorreto. Ao contrário do que diz. A concentração de indústrias, presença de universidades e
centro de pesquisas com alto conteúdo de conhecimento e consequentemente ao
desenvolvimento tecnológico, estão vinculados, e não em oposição, conforme a afirmativa traz
quando diz “em detrimento”.
E – Incorreto.Não necessariamente a cidade precisa estar conturbada. O fator que determina um
tecnopolo não é esse.
Gabarito: B
12. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2010)
No gráfico estão representadas as regiões metropolitanas do Brasil, enquanto que, no mapa,
aparecem as macrorregiões geoeconômicas brasileiras.

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Compare-os e assinale a alternativa que indica a correta localização das regiões


metropolitanas.
A) Distribuíam-se por todo o território brasileiro, com maior presença no litoral do que no
interior.
B) Concentravam-se na macrorregião Nordeste, sem distinção entre a área litorânea e
interior.
C) Três das principais regiões metropolitanas localizavam-se na macrorregião Amazônica.
D) Apenas quatro regiões metropolitanas localizavam-se na macrorregião Nordeste.
E) Localizavam-se predominantemente na faixa litorânea, enquanto que na macrorregião
Centro-Sul, concentravam-se todas no interior.
Comentários
Há maior presença de regiões metropolitanas no litoral que no interior. Rio de Janeiro, Porto
Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Belém, Vitória, São Luís, Natal e Maceió estão
localizadas em zonas litorâneas, enquanto Belo Horizonte, Campinas e Goiânia podem ser
consideradas que estão no interior, São Paulo e Curitiba também não se encontram em zona
litorânea, porém mais próximas que Belo Horizonte, Campinas e Goiânia.
B - Incorreto As regiões metropolitanas concentram-se ao logo das regiões brasileiras, com maior
expressão no Sudeste, seguido pelo Sul, com polos no Centro-Oeste devido ao agronegócio, sem
concentração específica no Nordeste.
C – Incorreto. As principais regiões metropolitanas encontram-se no Sudeste: São Paulo, Rio de
Janeiro e Belo Horizonte, respectivamente.
D – Incorreto. São ao menos 6 regiões metropolitanas no Nordeste, segundo a tabela: Salvador,
Recife, Fortaleza, Grande São Luís, Natal e Maceió, não 4 como afirma a alternativa.
E – Incorreto. Na região Nordeste há a predominância de regiões metropolitanas na faixa litorânea,
com 6 ao total, porém não se pode afirmar que na macrorregião Centro-Sul estão todas
localizadas no interior, já que Rio de Janeiro, Vitória, Porto Alegre, Florianópolis também estão
localizadas na faixa litorânea e não no interior, como afirma a alternativa.
Gabarito: A
13. (VUNESP 2011 – Soldado PM 2ª Classe)
Analise o mapa para responder à questão.

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Assinale a alternativa que identifica o fenômeno apresentado no mapa.


A) A megalópole entre São Paulo e Rio de Janeiro.
B) A maior área de extrativismo mineral do Sudeste.
C) A principal bacia leiteira do Brasil.
D) A agricultura mais mecanizada do Sudeste.
E) A hidrovia do rio Paraíba do Sul.
Comentários
Megalópole Rio–São Paulo, também chamada Megalópole Brasileira e Megalópole do Sudeste
Brasileiro, é o termo usado para se referir ao processo de conurbação existente entre o Complexo
Metropolitano Expandido, no estado de São Paulo, e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Essa megalópole em formação envolve diferentes centros metropolitanos brasileiros e vem se
estruturando a partir de interesses de várias razões, mas principalmente de ordem econômica. Tal
expansão é fruto das novas técnicas, sobretudo informacionais e telecomunicações, que permitem
a dispersão das unidades de produção e a centralização das decisões. Seu território é, no entanto,
o resultado dinâmico de séculos da formação socioespacial do país, em particular dos estados em
que ela atualmente se verifica: São Paulo, Rio de Janeiro e, mais recentemente, Minas Gerais.
Essa área corresponde cerca de 22% da população do país, embora cubra apenas 0,5% de todo o
território nacional. A região corresponde, ainda, a 60% de toda produção industrial brasileira.
Nesse cenário, esse complexo desempenha funções que o encaixam nesse grau de urbanização,
tanto em aspectos culturais, quanto em aspectos financeiros; seus dois principais polos
estabelecem uma forte conexão entre as outras cidades brasileiras e com o restante do planeta,
sendo importantes cidades globais.

http://www.ie.ufrj.br/datacenterie/pdfs/seminarios/pesquisa/texto1908.pdf

Gabarito: A

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Urbanização.

(CESPE - IPHAN - Analista I / 2018)


Nas últimas décadas, as cidades têm representado uma grande conquista do homem
moderno. Hoje em dia são elas que dirigem e organizam o mundo, pois concentram os
grandes centros de decisões político-econômicas e científico-tecnológicas. Acerca do
processo de urbanização brasileiro, julgue os itens que seguem.

14.
A condição de acesso proporcionada pelos diferentes níveis de renda da população pouco
interfere na dinâmica espacial da rede urbana brasileira.
Comentários
O erro da questão está na afirmativa ´´pouco interfere``. Na verdade, é ao contrário. A condição de
acesso determina a espacialidade da rede urbana. As cidades modernas vêm seguindo a lógica da
desigualdade do sistema capitalista, segregando social e espacial a população com menores
condições de renda. Essa lógica ocupa, organiza e produz o espaço urbano, com padrões de
diferenciação espacial e de separação. Assim, dizemos que a lógica do processo de produção do
espaço urbano é desigual, denominando-se de segregação socioespacial. Dentro desse cenário,
pode-se dizer que a segregação socioespacial é a reprodução espacial da segregação social.
Basicamente, as cidades constituem-se a partir dos seus espaços centrais e, a partir desses lócus,
expande-se. No processo, as classes que possuem melhores condições financeiras tendem a
localizar-se nas áreas mais próximas a esses centros, uma vez que esses espaços são mais caros e
mais valorizados. Em contrapartida as centralidades, a cidade expande-se pelas bordas da cidade
entendida como periferia. Esses espaços são segregados e costumam apresentar baixa
infraestrutura, sem boas condições de moradias, de saneamento básico, acesso a serviços, a
cultura e lazer. Assim, a marginalização perpassa por fatores sociais, econômicos, culturais,
históricos e, inclusive, raciais nas áreas das cidades.
Gabarito: Errado

15.
O processo de urbanização no Brasil constitui uma urbanização terciária, com crescimento de
atividades terciárias qualitativamente pouco especializadas e de baixo valor agregado,
inclusive as que fazem parte da economia formal.
Comentários
De maneira geral, as cidades organizam-se e desenvolvem-se a partir de um núcleo primeiro de
sua ocupação. A expansão e o ritmo de vida urbano são marcados pela dinâmica capitalista de
desenvolvimento que, após a Segunda Guerra Mundial, observou o seu processo de intensa
urbanização, ocorrido, sobretudo, a partir da oferta e demanda feita pelo setor terciário. Verifica-
se que o setor terciário tem uma participação importante na construção do espaço urbano a partir
da demanda populacional, que, após ser instalada, pode atrair a mesma demanda. No caso
brasileiro, este setor é o que mais cresce nos últimos anos, fazendo com que parte da população
atraída para os centros urbanos, sejam absorvidas por ele, dando-se o nome do processo de

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Urbanização.

Urbanização Terciária. Esse setor é marcado pela baixa qualidade da mão de obra, ou seja, pouco
especializado, visto que não demanda alto grau de conhecimento e nem de formação do
assalariado, resultando a baixa utilização de tecnologias no desenvolvimento do setor e ainda no
baixo valor agregado.
Gabarito: Certo

16.
A urbanização brasileira ocorreu, inicialmente, em áreas isoladas, como verdadeiras ilhas,
generalizando-se somente a partir do século XX.
Comentários
Quando se fala na urbanização brasileira, é necessário ter em mente o processo histórico de
ocupação do seu território e os ciclos econômicos que influenciou diretamente o seu uso. Com a
chegada dos portugueses, a ocupação do território se deu essencialmente nas áreas concentradas
do litoral brasileiro, a partir sobretudo do século XVI com a produção açucareira. O seu interior só
foi ocupado a partir do descobrimento de ouro na região de Minas Gerais e o crescimento da
pecuária brasileira, ocupando muitas áreas no interior do país. O perfil espacial começa alterar-se a
partir do processo de interiorização. A distribuição espacial altera-se novamente a partir da
produção do café, que possibilitou a criação de centros urbanos com forte concentração de renda
e infraestrutura. Muitas cidades começaram a ganhar proporções que atualmente se conhece. A
ferrovia foi essencial no processo de integração desses núcleos urbanos a para o escoamento da
produção. Posteriormente, o processo de concentração industrial se beneficiou e herdou a
infraestrutura produzida nessa espacialidade, sobretudo, na região Sudeste, determinado o quadro
brasileiro da industrialização. Nas décadas de 1930, 1940 e 1950, alguns fatores foram essenciais
para o processo de urbanização no Brasil: a industrialização realizada pelos governos de Getúlio
Vargas e Juscelino Kubitscheck, a criação de empregos na cidade, e principalmente, a partir de
1970 a introdução da mecanização no campo acelerou a urbanização no país.
Gabarito: Certo

(CESPE - IPHAN - Analista I / 2018)


Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais da organização e da formação do
espaço geográfico brasileiro na época da incorporação do Brasil ao império português.

17.
A mineração foi uma atividade urbanizadora, principalmente para efetivar uma maior
integração espacial interna no litoral do Brasil.
Comentários
É ao contrário. A mineração foi importante para o processo de interiorização do país. No período
de colonização do Brasil, essa fase pode ser compreendia por interiorização, ou seja, a expansão
do território brasileiro para áreas do interior do país, desconcentrando a área litorânea rumo às

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regiões centrais. Essa fase começou principalmente a partir do século XVII com o descobrimento
de ouro na região das Minas Gerais, e com a ocupação do território com áreas de pastagens na
rota comercial entre Bahia e São Paulo. Foi nesse percurso de deslocamento do gado saindo de São
Paulo rumo a Bahia que encontraram o ouro, atraindo grande fluxo populacional para a região.
Muitos entrepostos e vilas foram surgindo para dar pouso aos tropeiros. Os primeiros núcleos
urbanos foram se consolidando assim no caminho.
Além da mineração, no final do século XVII e início do XVII, o Brasil também começa o
processo de alargamento de suas fronteiras com o objetivo de reconhecer o território e dominar
indígenas para o trabalho escravo. Essas expedições organizadas receberam o nome de entradas.
Gabarito: Errado

18.
Nesse período, a produção dos espaços geográficos teve por base a formação de sucessivas
áreas de atração e repulsão.
Comentários
A produção da espacialidade do território é determinada por fatores que podem ser atrativos ou
repulsivos. São esses dois fatores que vão direcionar o fluxo populacional e a produção do espaço
geográfico, configurando o perfil territorial do país. Os fatores repulsivos são aqueles que motivam
a população a abandonar sua região de origem em busca de melhores condições de vida, falta de
oferta de empregos, dificuldades econômicas, péssimas condições de vida, dificuldade em
permanecer na região, entre outros motivos. Já os fatores atrativos de uma região são definidos
pelo oposto do repulsivo. São áreas que possuem centralidades e maiores ofertas de
oportunidades econômicas, financeiras, de saúde, educação. Possui uma grande oferta de
empregos, de serviços, de infraestrutura, de qualidade de vida, entre tantos outros fatores que
motivam o fluxo populacional. Pensando no período colonial, apenas duas capitanias que foram
áreas de atração, são elas: a de Pernambuco e a de São Vicente. De todos os motivos que
contribuíram para o estabelecimento do seu sucesso, ambas capitanias investiram na produção de
cana de açúcar, um produto de exportação com um forte apreço naquele momento. Assim,
implementam um projeto efetivo de produção agrícola estabelecendo-se o sucesso atrativo dessas
duas regiões que hoje correspondem ao estado de Pernambuco e ao estado de São Paulo (com
destaque para as cidades de São Paulo, Santos e São Vicente.
Gabarito: Certo

19.
No âmbito do império português, a associação entre monocultura da cana-de-açúcar,
trabalho escravo e grande propriedade surgiu no Nordeste brasileiro, com o custeamento da
coroa.
Comentários
O processo de implementação do sistema colonial brasileiro feito pelos portugueses se deu a partir
da produção açucareira. Com a produção bem-sucedida desta produção nas ilhas de Cabo Verde e
da Madeira, a Coroa Portuguesa viu a possibilidade de ordenar o território brasileiro viabilizando a

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produção a partir de três fatores fundamentais: a monocultura, o trabalho escravo e as grandes


propriedades. Com as características propicia do solo e do clima para a produção, atrelado com a
demanda do mercado europeu, não demorou muito para lograr excito com o plantio da cana.
Grandes propriedades: a grande disponibilidade no país de terras férteis e de relevo propício
para o plantio, aliado com o rápido retorno financeiro que a produção possibilitava, não demorou
muito para a formação de grandes unidades produtora do açúcar no país.
Monocultura: aliado com o grande número de terras, a produção em um único gênero
agrícola para a produção, especializou o setor colonial brasileiro.
Mão de obra escrava: a prática do tráfico negreiro estabeleceu a comercialização de negros
africanos escravizados trazidos para o trabalho nos engenhos.
Esse sistema, conhecido como plantation, perdurou por muitos anos no Brasil, deixando
significativas marcas sociais e agrárias, refletindo nas relações de produção e vivencia em
sociedade até nos dias de hoje.
Gabarito: Certo

20.
O sistema produtivo implantado no Brasil promoveu, desde o início da colonização, uma
relação espacial de exploração econômica entre o espaço subordinante e o espaço
subordinado.
Comentários
O sistema colonial era determinado pelo modo de produção que tinha como objetivo a exploração
das terras da colônia por meio do processo de trabalho escravo na produção de produtos agrícolas,
essencialmente a produção açucareira, estabelecendo-se um comercio lucrativo de tráfico negreiro
(comércio de escravos) e da prática conhecida como Pacto Colonial. A relação do pacto
estabeleceu a exploração econômica entre o espaço subordinante e o espaço subordinado, ou
seja, a metrópole como subordinante e a colônia como espaço subordinado. Esse pacto garantia a
exclusividade do comércio externo da colônia em favor da metrópole, e possibilitava o controle
sobre o que era produzido e explorado nas terras dominadas. O sistema de produção denominado
de plantation fui fundamental para o estabelecimento e consolidação do favorecimento entre
metrópole-colônia. Essa prática produtiva era baseada, sobretudo, na utilização de grandes
propriedades de terras para a produção de um único produto agrícola (monocultura)e utilizando o
trabalho escravo como mão de obra. A produção era voltada para a exportação para a metrópole,
garantido pelo pacto colonial. Para haver exclusividade, a coroa precisava estabelecer
determinados acordos e tratados para regulamentar e assegurar a atividade econômica na colônia,
impedindo que outros países de estabelecerem domínios nos espaços subordinados.
Gabarito: Certo

21. (CESPE - SEDUC-AL - Professor / 2018)


O crescimento populacional, especialmente a partir da década de 50 do século passado, nos
países de terceiro mundo, no entender da teoria neomalthusiana, determinaria a existência
de uma população excedente às possibilidades do desenvolvimento econômico desses países.
E assim explicaria seu subdesenvolvimento. Dois terços da humanidade estariam localizados

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na Ásia, África e América Latina. Isso constituiria um obstáculo ao desenvolvimento, na


medida em que essa população expandida, cuja estrutura etária privilegiaria os mais jovens e
as crianças, requisitaria investimentos não produtivos — hospitais, escolas, etc. —, desviando
recursos que poderiam ser diretamente produtivos — como a construção de fábricas.
Provocaria, inclusive, ao aumentar os efetivos da força de trabalho, um desequilíbrio cada vez
maior entre a oferta e procura de empregos, reduzindo os salários e marginalizando amplas
camadas de população do mercado de trabalho.
Amélia Damiani. População e Geografia, São Paulo: Contexto, 2012, p. 23.

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte acerca da dinâmica
populacional.
No contexto brasileiro, as formas de ocupação do espaço urbano metropolitano são
exemplos significativos da desigualdade socioespacial.
Comentários
O Brasil, desde a sua colonização, reproduz uma desigualdade socioespacial que se acentuou
conforme se desenvolviam os centros urbanos. No campo essa diferenciação se dá pela
desigualdade na distribuição das terras, mesmo sendo o território gigantesco e havendo enormes
áreas não cultivadas e que permanecem nas mãos de uma só pessoa/ núcleo de pessoas. Nas
cidades, conforme crescia-se o contingente populacional, mais formas desorganizadas de
ocupação das áreas se davam. Muitas vezes, a maneira como se dava o planejamento urbano
também expressava nitidamente essa desigualdade, como é o caso do Rio de Janeiro. Antes, os
operários, imigrantes e negros ocupavam os centros, que ficavam próximos às fábricas e áreas de
serviço. No fim do século XIX e início do XX, o Estado decide reurbanizar a capital nacional aos
moldes franceses, e com isso expulsa toda essa população das camadas mais pobres dos centros,
que acabam indo para as regiões periféricas sem qualquer subsídio para habitação, ocupando
morros e áreas muitas vezes impróprias. Este é um exemplo de como a desigualdade socioespacial
não é um “acidente” ou algo sempre não planejado. Estas cidades que mais tarde seriam
metrópoles foram sendo ocupadas por grande contingente de migrantes, enquanto sua população
também crescia desordenadamente.
Os métodos de controle populacional que também estão envolvidos com a teoria neomalthusiana
foram (ainda são) utilizados, principalmente aqueles ligados à ideia de planejamento familiar, a
partir do momento em que também começa a haver mais subsídios do Estado na saúde das
populações, diminuindo a mortalidade infantil, incentivando a vacinação e aumento as
expectativas de vida cada vez mais. Enquanto estas grandes metrópoles se abarrotavam de
migrantes, as regiões naturais destes permaneciam estagnadas por sua pouca expressividade na
economia brasileira, principalmente regiões mais pobres no Nordeste e Norte, no século XX. A
classe dominante controla o acesso ao espaço urbano, condicionando que as classes subalternas
estejam nas periferias e locais afastados dos centros, mesmo que, como mão de obra da maior
parte dos serviços no contexto urbano, as classes mais baixas tenham de se deslocar diariamente
de um local ao outro.
Gabarito: Certo

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22. (CESPE - SEDUC-AL - Professor / 2018)


À Geografia está posto o desafio de pensar a cidade em sua perspectiva espacial, isto é, a
necessidade da produção de um conhecimento que dê conta da construção de uma teoria da
prática socioespacial urbana para desvendar a realidade urbana em sua totalidade e as
possibilidades que se desenham no horizonte e para a vida cotidiana na cidade. Significa
pensar o processo de reprodução do espaço urbano em suas várias dimensões.
Ana Fani. A produção do espaço urbano, São Paulo, 2011, p. 67

Considerando que o texto precedente tem caráter unicamente motivador, julgue o item a
seguir a respeito dos processos de urbanização e metropolização.
Uma das dimensões do processo de reprodução do espaço urbano resulta na formação de
grandes manchas urbanas que atravessam fronteiras municipais, fenômeno denominado
conurbação.
Comentários
Historicamente, a forma com que se desenvolveram/desenvolvem as regiões brasileiras contribui
para que configure uma desigualdade espacial latente, que se expressa em processos nos quais a
conurbação também faz parte. Isso porque trata-se de um processo que evidencia a concentração
de população, seja pelo crescimento das pessoas locais, seja pela migração, em algumas áreas
específicas do país, o que não se dá por acaso. Estas populações são atraídas pelos incentivos de
infraestrutura e principalmente oferta de empregos, que são geradas muitas vezes pela
industrialização dessas regiões ou pelo comércio crescente, o que não se dá por igual em todas as
regiões do país. Nestas metrópoles acaba havendo, além de uma concentração de investimentos,
problemas típicos de grandes centros, e que inferem na vida da população, sejam problemas de
infraestrutura urbana, habitação, violência, ou problemas ambientais. Nestas áreas também acaba
havendo uma intensa migração pendular, por já não haver um espaço entre os municípios.
Populações muitas vezes trabalham em outras cidades, retornando para as suas no fim do dia,
criando essa relação econômica entre municípios de áreas conurbadas.
Gabarito: Certo

23. (CESPE - ABIN - Oficial de Inteligência / 2018)


O crescimento da população mundial tem preocupado as instituições internacionais porque
articula vários aspectos da vida humana, desde o meio ambiente e o desenvolvimento
econômico até a habitação e o crescimento das cidades. Considerando essas informações,
julgue o item seguinte.
A abertura de fronteiras agrícolas pelos conglomerados internacionais interfere nas taxas de
urbanização de países em desenvolvimento porque articula a agricultura às tecnologias
avançadas de produção.
Comentários
A chegada de tecnologias cada vez mais avançadas ao campo impõe mudanças substanciais na
dinâmica populacional destas áreas, a partir do momento que substitui empregados de

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determinados setores por máquinas em constante desenvolvimento. A robótica também é um


ramo que ganha cada vez mais espaço, e na agricultura como em outros setores econômicos é
cada vez maior a substituição da mão de obra. Estas pessoas, agora desempregadas, passam então
a integrar o número de migrantes em decorrência do êxodo rural, que se instalam nas cidades
muitas vezes de forma irregular, procurando outros meios de sobrevivência, e acabando muitas
das vezes marginalizados. São estas pessoas que “interferem nas taxas de urbanização”, dado que
não integram o meio de forma ordenada e planejada, mas de maneira precária, muitas vezes
permanecendo junto de suas famílias em locais de risco e sem qualquer subsídio do Estado.
Outro ponto para entender esse processo é o fato de que existe uma integração desse sistema
agrícola com o processo produtivo industrial e empresarial, numa relação de produção e
reprodução do sistema capitalista no campo. Nesse contexto, existe a indústria DA agricultura e a
indústria PARA a agricultura. A primeira, é estruturada na relação propriamente dita da produção
agropecuária: o setor primário da economia, vinculado com a produção de matéria prima:
produção de suco de laranja, de extrato de tomate, enlatados de milhos e ervilhas, entre outros. O
segundo, a indústria PARA a agricultura, é estabelecido pela produção de máquinas a serviço do
campo: são as colheitadeiras, as fábricas de fertilizantes e insumos agrícolas, entre tantos outros
exemplos que articula a alta tecnologia a serviço do aumento da produtividade e beneficiamento
da produção.
Gabarito: Certo

(CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Acerca da integração da indústria à estrutura urbana no Brasil, julgue os próximos itens.
24.
A especialização das cidades acentua a divisão interurbana do trabalho; por isso, no estado
de São Paulo, encontram-se cidades em que prevalecem empresas globais ligadas à produção
de matérias-primas regionais, cidades especializadas em novas tecnologias, bem como
cidades universitárias, locais onde as instituições de ensino superior direcionam o
desenvolvimento local.
Comentários
A Divisão do trabalho proporciona o aumento e diversificação da produção em determinadas
circunstâncias. Com isso, essa lógica pode ser aplicada a espacialidade. Quando maior a
concentração de uma atividade ou função em um determinado lugar, mais especializado ele se
tornará. Milton Santos, em termos gerias de sua análise sobre a produção do espaço urbano e
como o espaço se estrutura e articula em diferentes interesses observa a urbanização como
processo, forma, conteúdo e função sendo ela objeto FUNCIONAL da divisão territorial do
trabalho, que especializa o território e o insere na estruturação e consolidação de uma produção
em escala mundial. Assim, as cidades se estruturam como um reflexo e ao mesmo tempo uma
condição da divisão territorial do trabalho e, se as cidades são um reflexo dessa divisão é porque
estão estruturadas também de maneira a atender uma divisão não só territorial do trabalho, mas a
uma divisão internacional do trabalho.

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Assim, consolidam-se especializações produtivas, que alteram a densidade técnica das regiões e
implicam em transformações territoriais na medida em que modificam a matriz produtiva, as
relações de produção, as relações sociais e as formas de apropriação desses espaços. Como aponta
Milton Santos (1996, p. 106): “a divisão do trabalho pode, também, ser vista como um processo
pelo qual os recursos disponíveis se distribuem social e geograficamente”, entendendo por recurso
toda possibilidade, material ou não, de ação oferecida aos indivíduos, empresas, instituições.
Trata-se de “coisas, naturais ou artificiais, relações compulsórias ou espontâneas, ideias,
sentimentos, valores” (Santos, 1996, p. 106), que vão renovando-se constantemente. É um
permanente desmanchar dos limites anteriores, criando novas localizações, novas divisões do
trabalho, novas formas de cooperação.
Gabarito: Certo

25.
A quantidade expressiva de pessoas em situação de pobreza extrema nas grandes cidades é
uma barreira à expansão do crédito e da bolsa de valores no mercado brasileiro; o expressivo
número de consumidores com baixa renda e com débitos em atraso implica limitações ao
crédito e à financeirização da economia brasileira.
Comentários
A definição de financeirização é dado pelo aumento da importância dos mercados, das instituições
e dos atores financeiros para as transações econômicas. Alguns pesquisadores destacam que o
fenômeno da financeirização para as economias em desenvolvimento apresenta especificidades
em relação às economias desenvolvidas, como é o caso do Brasil. Nessas economias, o fenômeno
da financeirização é, em geral, associado à liberalização e à desregulamentação financeira. Ou seja,
a financeirização nas economias em desenvolvimento tem como fator determinante a sua
integração subordinada ao mercado financeiro global.
Segundo pesquisa, são identificas seis interpretações do fenômeno da financeirização para as
economias em desenvolvimento, dentre as quais destaca-se: a liberalização da conta capital-
financeira e a integração dessas economias com o mercado financeiro global. Em se tratando da
economia brasileira, o processo de financeirização apresentou particularidades em relação a
outras. Por outro lado, o aprofundamento do processo de financeirização da economia brasileira
desde a abertura econômica abriu novas possibilidades de para a acumulação de riqueza,
contribuindo para alterar o comportamento de bancos e empresas
Gabarito: Errado

26.
Devido à organização produtiva de seu território, o Brasil é um espaço nacional do mercado
global.
Comentários
O Brasil tem alcançado protagonismo internacional nos últimos anos, alcançando um papel de
destaque na geopolítica mundial. Atualmente, o país é uma das maiores e mais importantes
economias dentro do bloco dos países emergentes, demonstrando força política, econômica e

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social com sua participação. Devido as políticas públicas de distribuição de renda, o país conseguiu
diminuir as desigualdades sociais e muitas pessoas saíram da extrema pobreza. A nação foi
elogiada por ter elevado seus índices de educação e por ter aumentado o salário mínimo nos
últimos anos. Outro ponto de destaque para o Brasil diz respeito a sua influência no cenário
internacional. Os avanços sociais e econômicos do Brasil levaram o país a desenvolver uma
imagem positiva no exterior. Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a previsão é de que o Brasil,
juntamente com China e Índia, responda por 40% da riqueza global em 2050.
O país vem ocupando um espaço cada vez mais atuante em fóruns internacionais, sobretudo
quando o assunto é economia e meio ambiente. Além disso, o país tem disso uma das principais
vozes dentro dos blocos dos emergentes em busca de uma nova organização econômica mundial,
com uma forte participação em organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o
Banco Mundial. Contudo, nos últimos anos o Brasil tem buscado estabelecer um papel de política
externa bilateral, com um destaque para as relações Sul-Sul, com um alinhamento político entre
países da África e do Oriente Médio.
Gabarito: Certo

27.
O território brasileiro dispõe de áreas onde a globalização é absoluta, ou seja, áreas nas quais
a produção, a circulação, a distribuição e a informação atendem aos interesses de grandes
empresas multinacionais.
Comentários
Com a globalização e as exigências do mercado global, algumas áreas do Brasil acabam por
destinar a atividades mais competitivas, ligadas ou não à exportação, indispensáveis ao circuito
total da produção. As condições nelas presentes, ou que podem ser introduzidas, favorecem uma
rentabilidade maior a certas atividades ou produtos, recomendando a instalação das respectivas
empresas mais exigentes de produtividade. É por isso que há uma tendência à agregação de
atividades similares ou complementares sobre um mesmo lugar (especialização espacial), criando
verdadeiras especializações produtivas, seja no campo, com produções agrícolas globalizadas, seja
nas cidades consolidadas a certo tipo de produção industrial ou a um conjunto de produções. Se as
interdependências num mesmo ramo da economia chamam à produção de áreas de especialização
nas regiões e cidades, as economias de aglomeração que resultam da diversidade de ramos não
são menos importantes. Tais economias são externas à atividade, porém internas à porção
contígua do espaço onde se desenvolvem.
Nas áreas de diversidade o trabalho se especializa e se divide em múltiplos circuitos espaciais de
produção que se entrecruzam e criam um mercado segmentado, que se alimenta da variedade de
fabricação, comércio e serviços banais para satisfazer as necessidades criadas pelo nosso tempo
mas cuja resposta não é dada a todos pela economia hegemônica. A multiplicidade de ofertas
vinculadas entre si ou não, aumenta o tamanho do mercado e permite que cada ator encontre seu
lugar na economia metropolitana.
Gabarito: Certo

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Julgue os itens subsequentes, acerca da estrutura urbana brasileira e das grandes metrópoles
nacionais.
28.
A grande cidade capitalista costuma dispor de áreas consolidadas, envelhecidas ou em
processo de renovação, criadas em diferentes momentos do tempo, somadas a paisagens
construídas recentemente.

Comentários
A consolidação das cidades capitalistas contemporânea é um fenômeno recente de urbanização,
que se difere de outros modelos de cidade na história, conforme Lefebvre aponta em um dos seus
livros. Ela é o LUGAR da REPRODUÇÃO e PRODUÇÃO do capital. Com o desdobramento dos
processos históricos, a cidade acompanhou o desenvolvimento do capital e se transforma
cotidianamente, pois existe dentro da dinâmica da produção capitalista do espaço, resultando em
vários cenários, refazendo-se constantemente.
A relação dialética inserida nos espaços da cidade capitalista, de produção e reprodução
revela o processo que garante a reprodução material e simbólica do capitalismo. Assim, a cidade
deve ser entendida como sendo o lócus de intensas modificações do espaço, fruto do trabalho do
homem, produzindo e reproduzindo novas espacialidades e temporalidades. Conforme Harvey
(1980, p.34), deve-se “considerar a cidade como um sistema dinâmico complexo no qual a forma
espacial e o processo social estão em contínua interação”, um reagindo ao outro em um processo
dialético de superação. Assim, dentro do arranjo espacial, deve-se compreender o espaço urbano
como produto social resultado das ações (produção) através de cada tempo, sendo CRIADO E
RECRIADO constantemente através dos sujeitos que produzem o espaço.
HARVEY, D. Justiça social e a cidade. São Paulo: Editora Hucitec, 1980
LEFEBVRE, H. A Revolução Urbana. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008

Gabarito: Certo

29.
A organização do espaço urbano em áreas industriais, áreas de lazer, espaços públicos e
locais de consumo, e a distribuição dos meios de transporte e dos serviços públicos de saúde
e educação são determinadas pelo plano diretor de uso e ocupação do solo, o qual promove
uma cidade mais igualitária e menos segregadora.
Comentários
A organização do espaço urbano em áreas especializadas NÃO torna a cidade mais igualitária, e sim
ao contrário. Ao passo cada vez maior de especialização de áreas, as cidades tornam-se
segregadora. Segundo Roberto Lobato Corrêa em seu livro O espaço Urbano, as áreas marcadas
pela tendência à uniformidade da população originam em bairros ou áreas homogenias e
segregadas, como por exemplo, um bairro de operários de uma fábrica, com residências modestas.

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Urbanização.

Nesse contexto, a segregação residencial é um processo que se origina a tendência à uma


organização espacial em áreas de ´´forte homogeneidade social interna e de forte disparidade
entre elas`` pois assume novas dimensões.
No Brasil, as bases para o planejamento das cidades estão estabelecidas no Estatuto da
Cidade (Lei 10.257/2001), que estabelece as normas de ordem pública e interesse social que
regulam o uso da propriedade urbana em benefício do coletivo. É nesse contexto que o Plano
Diretor se fundamenta como ferramenta central no planejamento das cidades no Brasil, como um
“instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana”. (BRASIL, 2002)
BRASIL. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e cidadãos. 2 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de
Publicações, 2002
CORRÊA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. 3 ed. n. 174. Editora Ática, Série Princípios, 1995.

Gabarito: Errado

(CESPE - SEE-AL - Professor / 2013)


No que se refere à atividade industrial e à urbanização brasileira, julgue os itens subsecutivos.

30.
Atualmente, no Brasil, há crescimento populacional nas grandes metrópoles e redução
populacional nas pequenas e médias cidades.
Comentários
De acordo com os estudos publicados recentemente, tanto do IBGE quanto do IPEA, as cidades
médias tendem apresentar um crescimento maior, em detrimento aos grandes centros urbanos
que, nos últimos anos e tendências futuras indicam um crescimento menor de sua população. Essa
é a tendência verificada nas cidades médias: um crescimento econômico acompanhado de um
crescimento populacional. A importância das cidades médias reside no fato de que elas possuem
uma dinâmica econômica e demográfica próprias, permitindo atender às expectativas de diversos
setores da sociedade. Dessa forma, as cidades médias se revelam como locais privilegiados pela
oferta de serviços qualificados e bem-estar que oferecem.
Com relação a questão de urbanização e industrialização, os estudos verificam as categorias: a
questão da centralidade (área de influência regional); as relações internacionais (presença de
empresas e corporações – redes complexas de serviços modernos que fortalecem o papel de
centro urbano); a escala da urbanização (dimensão do processo de urbanização em relação ao
conjunto da rede urbana brasileira); a complexidade e diversidade da economia urbana (existência
de setores econômicos diferenciados e nível de articulação entre esses setores); a diversificação do
setor terciário e funcionalidade (vasta diversificação das atividades de serviços e funções urbanas
específicas). Todas essas categorias de analises tornam-se atrativos na centralidade destas cidades
médias. E ainda, quando uma cidade apresenta um elevado crescimento econômico, em termos de
elevadas taxas de crescimento do PIB, torna-se um atrativo para migrantes em busca de melhores
condições de trabalho.
Fonte: https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo.html?busca=1&id=1&idnoticia=1908&t=ibge-disponibiliza-arquivos-vetoriais-pesquisa-
regioes-influencia-cidades-regic&view=noticia

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http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/5525
http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/17/as-medidas-do-crescimento-urbano/
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=5397

Gabarito: Errado

31.
Na região Centro-Oeste, a formação de áreas metropolitanas foi vinculada ao projeto
industrial e desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek.
Comentários
Apesar da construção de Brasília ser um fator de importante análise e integração da região, sendo
inclusive uma importante zona industrial no país, e ainda, algumas outras áreas no estado de
Goiás, a urbanização da região Centro-Oeste está relacionada com as relações de produção
agrícola e as práticas agropecuárias.
A população da região apresentou um rápido crescimento vegetativo, após década de 1960, e
continua apresentando crescimento desde então. Nas últimas décadas houve uma forte explosão
demográfica intensificada sobretudo pela modernização e expansão das atividades agropecuárias,
com construção de uma forte infraestrutura de transporte, integrando o setor aos principais portos
e zonas econômicas do país. Esse processo facilitou a ocupação da região nas áreas próximas as
rodovias que cortam os estados, e integrou o sistema agrícola aos setores econômicos e industriais
do país. A inserção de máquinas resultado do processo de modernização do campo, fez com que
muitas pessoas deixassem o campo, devido à falta de empregos, em busca de melhores condições
de vida e trabalho nos centros urbanos.
O processo do êxodo rural ocorrido na região, resultou no rápido crescimento da população que
ocupou os centros urbanos, e até mesmo o aparecimento de novas centralidades urbanas. Projetos
de incentivo ao povoamento também foi um elemento importante no impulso da elevação do
número de habitantes, com créditos e preços baixos da terra, facilitando o seu acesso. Contudo, a
distribuição espacial da população na região é irregular, com disparidades entre as áreas: algumas
com densidade demográfica acima dos 100hab./km², e outras com números menores que 1
hab./km², como o norte e o noroeste do Mato Grosso.
Gabarito: Errado

32.
A implantação da Zona Franca de Manaus propiciou a desconcentração espacial do setor
metalúrgico brasileiro.
Comentários
A criação da Zona Franca de Manaus faz parte das medidas adotadas para desconcentração
industrial da região Sudeste realizadas pelo governo de Juscelino Kubitschek. Situado em uma área
estratégica, no interior da Amazônia, o Polo Industrial de Manaus (PIM) é um dos mais modernos
centros industriais e tecnológicos da América Latina. De acordo com o site da Suframa
(Superintendência da Zona Franca de Manaus, o polo reúne atualmente mais de 600 indústrias de

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Urbanização.

ponta essencialmente nos segmentos de eletroeletrônicos. Nesse contexto, a ZFM funciona como
área de atração industrial operando por meio de incentivos fiscais para empresas e industrias que
ali se instalam.
O PIM possui um dos mais modernos aparatos tecnológicos, abrangendo outras linhas
produtivas além dos eletroeletrônicos, que vai desde indústria de ponta à produção de veículos,
entre outros. Segundo a Suframa, destaca-se a fabricação de televisores, celulares, motocicletas,
computadores, etc...
http://www.suframa.gov.br/invest/zona-franca-de-manaus-pim.cfm
http://site.suframa.gov.br/noticias/pim-inicia-segundo-semestre-em-alta

Gabarito: Errado

33. (CESPE - SEE-AL - Professor / 2013)


A diferenciação socioespacial é marca das cidades, desde os primórdios da urbanização. Não
há cidades sem divisão social do trabalho, o que pressupõe sempre uma divisão territorial do
trabalho. O estabelecimento dessa divisão ocorre de maneiras diversas no decorrer do longo
processo de urbanização.
Maria Encarnação Beltrão Sposito. “A produção do espaço urbano: escalas, diferenças e
desigualdades socioespaciais”. In: Ana Fani A. Carlos et al. A produção do espaço urbano:
agentes, processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2011, p. 124. (com adaptações).
Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos por ele suscitados, julgue os itens que se
seguem.
A diferenciação espacial urbana atrelada à divisão territorial do trabalho pressupõe,
simultaneamente, um espaço urbano fragmentado e desarticulado.
Comentários
A Divisão Territorial do Trabalho pode produzir um espaço urbano fragmentado ou especializado,
contudo, jamais será desarticulado. A Divisão Territorial do Trabalho diz respeito às diferenças
econômicas que se apresentam nas diversas regiões de um país, de uma cidade ou estado. Cada
território se especializa na produção de uma demanda produtiva contribuindo para o
desenvolvimento da região.
A urbanização vai refletir, de uma maneira geral, o projeto de produção local, nacional ou mundial
e, consequentemente, quanto mais transformadas as produções, mais complexas se tornam o
arranjo urbano e as redes das relações na produção deste espaço. Assim, na Divisão Territorial do
Trabalho, a construção de infraestruturas como as redes de comunicações e de transportes auxilia
na integração das áreas produzidas, organizando e dinamizando os espaços, de maneira a
fortalecer ou ainda gerar as especializações os novos arranjos produtivos, conforme aponta Milton
Santos. Com isso, as cidades vão estruturando-se com funções produtivas diferentes. Para ele,
quanto mais intensa a divisão do trabalho, mais cidades surgem e mais diversificadas são umas das
outras. Assim, as cidades vão sendo incorporadas realizando determinadas funções, que muitas
vezes são diferentes umas das outras, moldando e produzindo um cenário regional de
especialização em que cada cidade cumpre parte da produção. Milton Santos salienta ainda que,

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quanto maior for a interação (e integração) entre as cidades de uma rede urbana, mais acelerado é
o processo de divisão territorial do trabalho, podendo, posteriormente, integrar o patamar de
divisão internacional do trabalho.
CORRÊA, Roberto Lobato. A Rede Urbana. São Paulo, Ática, 1989.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo, Hucitec, 1988.
______. A natureza do espaço. Técnica e tempo. Razão e Emoção. São Paulo, Hucitec, 1996.
______. A urbanização brasileira. São Paulo, Hucitec, 1993.

Gabarito: Errado

34.
Os primórdios da urbanização foram marcados por uma divisão social do trabalho,
relativamente simples, e pelo plano territorial estabelecido entre a cidade e o campo.
Comentários
O processo de urbanização vai refletir o projeto de produção, seja a nível local, nacional ou
mundial. Assim, quanto mais transformadas as produções, mais complexas se tornam as redes
urbanas. A Divisão do trabalho proporciona o aumento e diversificação da produção em
determinadas circunstâncias. Com isso, essa lógica pode ser aplicada a espacialidade. Quando
maior a concentração de uma atividade ou função em um determinado lugar, mais especializado
ele se tornará. Milton Santos, em termos gerais de sua análise sobre a produção do espaço urbano
e como o espaço se estrutura e articula em diferentes interesses observa a urbanização como
processo, forma, conteúdo e função sendo ela objeto FUNCIONAL da divisão territorial do
trabalho, que especializa o território e o insere na estruturação e consolidação de uma produção
em escala mundial. Assim, as cidades se estruturam como um reflexo e ao mesmo tempo uma
condição da divisão territorial do trabalho e, se as cidades são um reflexo dessa divisão é porque
estão estruturadas também de maneira a atender uma divisão não só territorial do trabalho, mas a
uma divisão internacional do trabalho. Segundo ele:
Antes [...], a maioria das regiões produzia quase tudo de que necessitava para sua reprodução,
produzia-se de quase tudo em todos os lugares; vivia-se praticamente em autarquia. Hoje,
assistimos à especialização funcional das áreas e lugares, o que leva à intensificação do movimento
e à possibilidade crescente das trocas (SANTOS, p. 51, 1988).
SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo, Hucitec, 1988.
______. A natureza do espaço. Técnica e tempo. Razão e Emoção. São Paulo, Hucitec, 1996.
______. A urbanização brasileira. São Paulo, Hucitec, 1993.

Gabarito: Certo

35.
No Brasil, a renda define a posição hierárquica que a cidade ocupa perante a rede urbana,
mas não determina a mobilidade espacial da sua população.

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Urbanização.

Comentários
A questão de renda DETERMINA a mobilidade espacial da sua população. Há uma estreita
associação entre mobilidade urbana e renda, em que a renda familiar é um fator determinante da
mobilidade. Desta forma, observamos que a população de baixa renda é obrigada a optar por
residir em locais onde as habitações tem baixo valor agregado (áreas socialmente desprivilegiada,
como e favelas nas periferias dos centros urbanos) e de alto custo econômico de transporte
(muitas vezes distante em relação as ofertas e oportunidades). A aceleração da urbanização
brasileira, que se deu a partir da ocupação do espaço de maneira desordenada, cria regiões
distantes do núcleo central das cidades. Com isso, a urbanização aumenta consideravelmente as
necessidades de transportes das populações mais pobres, com limitações em suas condições de
mobilidade espacial.
Ao considerar apenas a insuficiência de renda para as necessidades básicas, a privação do
acesso a serviços essenciais, e aos direitos sociais básicos, estaríamos falando de pobreza.
Contudo, ao considerar a segregação espacial vivenciada pela população pobre dos grandes
centros urbanos, a questão é de ordem de exclusão social, e esse processo, no ambiente urbano,
tem entre os seus efeitos a produção do espaço a partir da lógica excludente do capital.
Tese: Transporte e exclusão social: a mobilidade da população de baixa renda da Região Metropolitana de São Paulo e trem metropolitano.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-07122006-163515/pt-br.php

Gabarito: Errado

36. (CESPE - Prefeitura de São Luís-MA - Professor Nível Superior/PNS-A / 2017)


A respeito do processo de urbanização do espaço brasileiro, assinale a opção correta.
A) A desmetropolização, diminuição do crescimento das metrópoles em benefício das cidades
médias, vem reduzindo o número de cidades com mais de dez milhões de habitantes.
B) As regiões Sul e Nordeste, embora sejam as menos povoadas, apresentam os maiores
índices de urbanização.
C) O Centro-Oeste, com exceção das cidades de Brasília, Goiânia e Cuiabá, apresenta uma
espacialidade urbana quase nula.
D) A concentração de habitantes no Sudeste reproduz a concentração econômica do país,
resultando na formação de grandes cidades nessa região.
E) A população está distribuída igualitariamente no espaço urbano ao longo do território
brasileiro.
Comentários
A alternativa D está correta. A produção cafeeira foi fundamental na estruturação e concentração
industrial, urbana e populacional na região Sudeste do Brasil. Basicamente, o surgimento das
indústrias na região Sudeste está vinculado aos fatores: grande disponibilidade de mão de obra
para trabalhar nas diversas atividades, uma infraestrutura construída para escoamento da
produção do café e consequentemente uma herança da rede de transporte que foi utilizada
posteriormente para transportar matéria prima e mercadoras produzido pelas indústrias, grande

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disponibilidade hídrica e energética para ajudar na produção. Todos esses fatores contribuíram
para o atual cenário populacional/industrial da região Sudeste.
A – Incorreto. De fato, o processo de desmetropolização tem-se intensificado nos últimos anos por
fatores econômicos e sociais nas grandes cidades. Contudo, esse processo não significa que os
grandes centros urbanos vivenciem o encolhimento populacional. O fato é que a cidade não deixou
de crescer, elas apenas apresentam o crescimento reduzido cada vez maior.
B – Incorreto. A região brasileira que apresenta a maior taxa de urbanização é a Sudeste. E a região
menos povoada é a região Norte, com uma população estimada em 18,16 milhões de habitantes,
com densidade demográfica de 4,71 hab./km² (estimativa em 2018)
C – Incorreto. O Centro-Oeste é a segunda região brasileira mais urbanizada do país. Desde a
construção de Brasília, e uma rede de integração do território brasileiro com a construção de
rodovias nessa região, muitas cidades surgiram a partir da produção agrícola e possui uma forte
centralidade nos serviços ofertados na hierarquia urbana. Um exemplo disso são as cidades de
Anápolis, Rondonópolis, Dourados, entre tantas outras cidades importantes para o agronegócio
brasileiro.
E – Incorreto. A espacialização da população brasileira no território é de maneira desigual devido
ao seu processo histórico de ocupação e uso do solo a partir da produção econômica de produtos
agrícolas e da indústria, que influenciou diretamente no ordenamento populacional.
Gabarito: D

(CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata / 2017)


Considerando a tríade cidade, ambiente e cultura, julgue (C ou E) os seguintes itens.

37.
Nas cidades, as denominadas áreas de risco constituem-se à revelia das políticas espaciais
adotadas tanto pelos municípios quanto pelos empreendedores imobiliários, em um processo
no qual a população ocupante torna-se a responsável pela constituição do risco e da
vulnerabilidade.
Comentários
O erro da questão está na responsabilidade atribuída para a população que vivem nas áreas de
risco. O Estado deve garantir por meio de políticas públicas e ações que possibilite melhores
condições de vida, moradia e sem risco para suas vidas. Segundo o IBGE, a área de risco é a área
passível de ser atingida por fenômenos ou processos naturais e/ou induzidos que causem efeito
adverso. As pessoas que habitam essas áreas estão sujeitas a danos à integridade física, perdas
materiais e patrimoniais.
A conferência de Sendai adotou um novo marco a fim de reduzir as áreas de risco em todo mundo,
inclusive no Brasil. O Marco de Ação de Sendai 2015-2030, adotado como novo paradigma por
países para redução de riscos de desastres, estabeleceu como uma de suas prioridades ações
voltadas para a compreensão do risco de desastres em todas as suas dimensões, ou seja, aquelas

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Urbanização.

associadas à vulnerabilidade, capacidade de resposta, exposição de pessoas e bens, características


dos perigos e do meio ambiente Neste contexto, estabeleceu-se ainda que mortes, destruição e
prejuízos causados por desastres naturais devem ser reduzidos significativamente até 2030, bem
como esforços devem ser envidados pelas nações para antecipar, planejar e reduzir riscos, a fim de
proteger pessoas, comunidades e países de forma mais efetiva, bem como a necessidade urgente
de construir maior resiliência.
No Brasil, a partir de 2011, o governo federal estabeleceu um programa multisetorial voltado para
a gestão de risco e resposta a desastres naturais, de forma integrada e priorizando ações de
prevenção e mitigação. Em 2012, tal programa foi aperfeiçoado pelo Plano Nacional de Gestão de
Risco e Resposta a Desastres, considerando que a atuação governamental na prevenção incluiu
quatro eixos: mapeamento das áreas de risco, sob responsabilidade da Companhia de Pesquisas e
Recursos Minerais – CPRM/Ministério de Minas e Energia; estruturação do sistema de
monitoramento e alerta por meio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
Naturais – CEMADEN/Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; obras
estruturantes do Ministério das Cidades e fortalecimento dos órgãos de defesa civil via Secretaria
Nacional de Defesa Civil – SEDEC/Ministério da Integração Nacional)
Segundo o estudo publicado em parceria do IBGE com o CEMADEN, a Região Sudeste, com 308
municípios analisados, sobressaiu com maior contingente populacional residindo em áreas de
risco, com 4.266.301 moradores, o que representou 9,8% da população total dos municípios
monitorados da região.

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Fonte: População em áreas de risco no Brasil, IBGE 2018.


https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/6d4743b1a7387a2f8ede699273970d77.pdf

Gabarito: Errado

38.
No Brasil, as periferias metropolitanas podem ser caracterizadas por trazerem elementos de
reprodução da vida rural pregressa do país, como são, por exemplo, os casos de Goiânia, São
Paulo e Belo Horizonte.
Comentários
O processo de urbanização modifica o padrão de organização entre o centro e a periferia e
redefinem o significado tradicional da periferia urbana, no que se refere ao seu conteúdo social e
econômico. Segundo Roberto Lobato Correa, a periferia urbana tem sido usualmente considerada
com aquela área da cidade que em termos de localização situa-se nos arredores do espaço urbano.
Trata-se de uma faixa periférica que, a cada momento que se considera inclui: áreas que se acham
urbanizadas e nos limites do espaço urbano continuo, áreas onde a urbanização ainda é incipiente,
coexistindo com áreas de agricultura, ora intensiva, ora extensiva, ou então marcada por uma forte
esterilização. Em realidade, ainda segundo o autor, pode-se falar em uma periferia suburbana ou
subúrbio simplesmente, e em uma periferia rural-urbana. Para ele:
Tanto o subúrbio como a periferia rural-urbana são expressões dos processos sociais
especializados, através dos quais a urbanização prossegue. Em linhas gerais considera-se que o
subúrbio de hoje foi em um passado mais ou menos próximo a periferia rural-urbana; esta, por sua
vez, já foi uma área plenamente rural. Nesta periferia urbana, assim incompletamente definida por
ora, que. se verifica a mudança mais palpável do rural ao urbano. Portanto e um tema pertinente a
temática das relações cidade-campo. (CORRÊA, s/d)
CORRÊA, Roberto Lobato, A periferia urbana. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/geosul/article/viewFile/12551/11859

Gabarito: Certo

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39.
As cidades médias têm apresentado, na atualidade, retração dos índices econômico e
tecnológico em decorrência do poder de atração e concentração exercido pelas metrópoles
nacionais e regionais.
Comentários
O fenômeno recente do processo de urbanização brasileira aponta para o crescimento das cidades
médias. O ritmo de crescimento das cidades médias é maior que as grandes cidades. No Brasil, as
cidades médias começam a ganhar relevância nas pesquisas e discussões de políticas públicas a
partir da década de 70. O rápido crescimento da concentração populacional ocasionado a partir da
década de 50 devido a intensos fluxos migratórios para as grandes metrópoles, a necessidade de
expansão da rede socioeconômica nacional e a busca por maior eficiência para determinados
ramos, levantam a questão sobre a necessidade de uma melhor estruturação do sistema urbano
brasileiro. E quais são os fatores de crescimento dessas cidades? O primeiro ponto é o surgimento
de novos polos atrativos, dado a restruturação produtiva no país, como por exemplo o setor do
agronegócio, que nos últimos anos vem ganhando significativo investimento em infraestrutura.
Outro fator importante é o processo de desconcentração industrial, fazendo com que as indústrias
deixem as velhas áreas de produção, como as metrópoles, e se desloquem para as novas áreas,
estimulando o fluxo migratório para essas regiões. O processo de concentração e desconcentração
está ancorado nas cidades médias porque elas são elos entre os espaços urbano e regional e entre
os interesses públicos e privados. Acredita-se que essa simultaneidade de papéis é a explicação do
sucesso de tais cidades. O elo urbano-regional lhes confere papel de núcleos estratégicos da rede
urbana brasileira, na medida em que congregam as vantagens do estar aglomerado no espaço
urbano e a possibilidade de estarem articuladas a um espaço regional, mais amplo, que conforma
sua área de influência.
Gabarito: Errado

40. (FGV - Prefeitura de João Pessoa - PB - Professor / 2014)


No Brasil, entre 1940 e 1980, ocorre uma verdadeira inversão quanto ao local de residência
da população e a taxa de urbanização do país passa de 26%, em 1940, para quase 70%, em
1980. Sobre os estágios do processo de urbanização do país, analise as afirmativas a seguir.
I. A urbanização aglomerada caracterizou‐se pelo aumento do número e da população dos
núcleos com mais de 20 mil habitantes.
II. A urbanização concentrada foi marcada pela diminuição do número de cidades de
tamanho médio, entre 100 e 500 mil habitantes.
III. O estágio da metropolização significou o aumento do número de cidades com mais de um
milhão de habitantes e de grandes cidades médias.
Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente a afirmativa II estiver correta.

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C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários
Estão corretas a I e III. A afirmativa II está incorreta.
I. A urbanização aglomerada caracterizou‐se pelo aumento do número e da população dos núcleos
com mais de 20 mil habitantes. CORRETO. De acordo com Milton Santos, a Urbanização brasileira
foi desigual e de forma concentrada, e a partir da década de 1950 surge a tendência a aglomeração
nos núcleos urbanos com mais de 20000 habitantes. O crescimento total de habitantes, nos 3
censos abordados na questão foi de: 1940 (aumentou 15%); 1960 (aumentou de 15% para 28,43%)
e em 1980 (aumentou de 28,43% para 51%). Assim, Milton Santos classifica o crescimento como
sendo rápido.
II. A urbanização concentrada foi marcada pela diminuição do número de cidades de tamanho
médio, entre 100 e 500 mil habitantes. INCORRETO. De acordo com a análise do Milton Santos, o
número de aglomerações onde a população passa de 100mil habitantes, a tendência é aumentar.
Em 1940 eram 11 localidades correspondente a esse número de habitantes. Já em 1980 era de 95
localidades. Esse aumento é explicado pela diversificação do consumo; transportes modernos;
elevação no nível de renda; divisão do trabalho mais acentuada fazem o centro regional ter mais
concentração demográfica, entre outros.

III. O estágio da metropolização significou o aumento do número de cidades com mais de um


milhão de habitantes e de grandes cidades médias. CORRETO. O número de cidades com mais de
um milhão de habitantes na década de 1960 era apenas 2: São Paulo e Rio de Janeiro. Já em 1980
são 12 cidades. Um aumento significativo de cidades milionárias, conforme Milton Santos aponta.
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo, Hucitec, 1993.

Gabarito: D

(CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata / 2016)


Acerca da formação territorial brasileira, julgue (C ou E) o item a seguir.

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41.
Com a construção de Brasília, a nova capital brasileira, pretendeu-se superar três dificuldades
para a implementação do Plano de Metas do então presidente Juscelino Kubistchek: a
inexistência de uma localização privilegiada do poder para o rearranjo das economias
regionais, em prol da unificação do mercado nacional; o enrijecimento econômico do litoral,
palco da colonização; o potencial burguês latifundiário e urbano concentrados nas antigas
ilhas territoriais produtivas de café e cana-de-açúcar.
Comentários
Em termos estratégicos e econômicos, o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi marcado
pela elaboração e aplicação do Plano de Metas, que estava dividido em seis grandes objetivos:
energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação e a construção de Brasília. Brasília
como lugar do poder nacional, foi construída para difundir decisões políticas, infraestruturas e
novas centralidades em um território continental que deveria se unificar ou se articular;
vislumbram-se as resultantes socioespaciais desta dinâmica regida pela ideologia e ações
desenvolvimentistas do governo. Nesse contexto, a produção espacial de Brasília teve como
objetivo básico, mudar a capital do país, tendo como novo centro de decisões do poder político no
meio do planalto central brasileiro, obedecendo a constituição republicana de 1891 e
posteriormente reafirmada em 1946; integrar o território do país, tendo como projetos
concomitantes a construção das rodovias de integração entre Brasília-Belém e outras rodovias que
posteriormente foram fundamentais para o novo arranjo espacial no Centro-Oeste; gerar
empregos; desconcentrar a indústria brasileira da região Sudeste, levando desenvolvimento ao
interior do país, fruto do processo de ´´interiorização`` brasileira. Segundo o autor do trecho do
texto, em seu artigo aponta que:
A mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro está ligada a fatores que podem ser resumidos em
três pontos: ao momento de redefinição da acumulação capitalista e da regionalização interna
nova no Brasil; à ideologia neobismarckiana ou nacionalista desenvolvimentista do governo
Juscelino Kubitscheck, potencializada pela ânsia da integração nacional; à influência do
pensamento geopolítico cuja centralidade estava na defesa do país. (COSTA, STEIKE; 2014)
COSTA, Everaldo Batista da. STEINKE, Valdir Adilson. BRASÍLIA META-SÍNTESE DO PODER NO CONTROLE E ARTICULAÇÃO DO TERRITÓRIO
NACIONAL. Scripta Nova REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES, Vol. XVIII, núm. 493 (44), nov/2014. Disponível em:
http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-493/493-44.pdf

Gabarito: Certo

42. (FGV - IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas / 2016)


A tabela abaixo apresenta os dados sobre a mobilidade pendular nas regiões metropolitanas
do estado de São Paulo, nos anos de 2000 e 2010:

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Urbanização.

As pesquisas sobre deslocamentos pendulares são de fundamental importância para


subsidiar o planejamento urbano e regional, pois fornecem um indicador da integração
funcional entre localidades.
Compreende-se como mobilidade pendular e considera-se um dos efeitos de seu incremento
para as regiões metropolitanas, respectivamente:
A) o deslocamento regular de pessoas para outros municípios, para fins de trabalho e/ou
estudo, e de retorno aos seus domicílios; o aumento do contingente de passageiros nos
transportes intermunicipais;
B) a circulação periódica de trabalhadores da casa para o trabalho e do trabalho para a casa;
a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores residentes nos municípios da periferia da
região metropolitana;
C) a transferência sazonal de trabalhadores das cidades médias para as grandes metrópoles
em busca de emprego, lazer e moradia; a sobrecarga dos serviços de uso coletivo nas áreas
centrais das regiões metropolitanas;
D) a migração interna e temporária de trabalhadores, consumidores e estudantes para as
periferias metropolitanas; a diminuição do preço da terra no núcleo metropolitano;
E) o movimento estacional de pessoas em busca de serviços públicos na área core da
metrópole; o aumento do custo de transporte para as pessoas que realizam deslocamentos
intermunicipais.
Comentários
A chamada mobilidade pendular, ou migração/movimento pendular, acontece diariamente de um
município para o outro, no geral para os centros das metrópoles, afim de se trabalhar e/ou
estudar, o que demonstra a diferenciação na divisão espacial das cidades. Estas pessoas retornam
às suas casas no mesmo dia, dando esta impressão de “pêndulo” ao deslocamento. Um efeito
disso é o aumento no número de passageiros nos transportes intermunicipais, que geralmente tem
picos de lotação que convergem justamente com as entradas e saídas de serviços da população.
Em grandes cidades, estas pessoas ainda têm de sair de casa muito mais cedo, geralmente de
madrugada, contando com o trânsito diário que encontrarão a caminho de seus trabalhos.

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Urbanização.

B – Incorreto. Os movimentos pendulares, ou mobilidade pendular, é recorrente de um local a


outro, não somente por conta de trabalho, mas também, por exemplo, para se estudar. NÃO é um
efeito deste processo a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores residentes nos municípios
periféricos da região metropolitana, pois estes o fazem geralmente porque são obrigados a se
deslocarem, o que causa na verdade um desgaste diário.
C – Incorreto. As migrações pendulares são frequentes, bem mais que apenas sazonais.
D – Incorreto. A mobilidade pendular se dá das periferias metropolitanas para os centros das
metrópoles, e NÃO o contrário.
E – Incorreto. A mobilidade pendular NÃO diz respeito a um “movimento estacional” de pessoas.

Deslocamentos Populacionais para o Município de São Paulo - Região Metropolitana de São Paulo - 2000
Fonte: http://produtos.seade.gov.br/produtos/spp/v19n04/v19n04_06.pdf

Gabarito: A

43. (FGV - IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas / 2016)


A teoria das localidades centrais considera os núcleos de povoamento, sejam grandes cidades
ou núcleos semirrurais, como localidades centrais. Estas, por sua vez, são dotadas de funções
centrais, que são atividades de distribuição de bens e serviços para uma população externa,
residente da área de influência, em relação à qual a localidade central tem uma posição
central.
O quadro abaixo apresenta as cidades de uma rede urbana hipotética e suas funções

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Urbanização.

A partir da análise do quadro e da teoria das localidades centrais, é correto afirmar que:
A) dentre os bens ou serviços distribuídos na rede urbana hipotética, X é o consumido com
menor frequência;
B) dentre os bens ou serviços distribuídos na rede urbana hipotética, R é o consumido com
maior frequência;
C) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 1 possui a menor área de influência;
D) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 3 possui a maior centralidade;
E) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 5 possui a menor centralidade.
Comentários
Observando-se a tabela, é possível concluir que a cidade 5 é a cidade de menor centralidade, pois
as localidades centrais são aquelas que apresentam maior distribuição de bens e serviços a
populações de outras áreas. Pela tabela, a cidade 5 tem apenas um tipo de função, o que
demonstra que ela não exerce tanta influência em relação às demais, recebendo, na verdade, os
bens e serviços destas que produzem gradativamente mais bens que ela.
A – Incorreto. A questão está incorreta porque a função X é a mais produzida, estando presente na
produção de todas as cidades, o que se leva a inferir que seja o produto cuja demanda é maior.
B – Incorreto. A função R é produzida por apenas uma cidade, a cidade 1, o que demonstra que
não há tanta procura por ela, logo, NÃO é consumida com maior frequência.
C – Incorreto. A cidade 1 é a cidade que mais produz funções variadas, o que demonstra que ela
NÃO é a de menor influência, e sim o contrário.
D – Incorreto. A cidade 3 NÃO possui a maior centralidade, pois não apresenta tantas funções,
permanecendo neutra em meios às outras. A cidade 1 é a de maior centralidade, com maior
produção.
Gabarito: E

44. (FGV - IBGE - Tecnologista - Geografia / 2016)


Na organização do espaço urbano brasileiro na contemporaneidade, observa-se uma
expansão impulsionada por duas lógicas, a da localização dos empregos nos núcleos das
aglomerações e a da localização das moradias nas áreas periféricas. A incorporação de novas
áreas residenciais, o aumento da mobilidade e a oferta de transporte eficiente favorecem a
formação de arranjos populacionais de diferentes magnitudes que aglutinam diferentes
unidades espaciais. Adaptado de: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas no
Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
identificou 294 arranjos populacionais no País, formados por 938 municípios e que
representam 55,9% da população residente no Brasil em 2010.
Os critérios utilizados na identificação dos arranjos populacionais empregam a noção de
integração, medida:
A) pelos movimentos pendulares para trabalho e estudo e/ou pela contiguidade urbana;

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B) pelas funções urbanas e/ou pelo rendimento dos responsáveis por domicílio;
C) pelos fluxos telefônicos e/ou pelas unidades locais das empresas de serviços à produção;
D) pela densidade demográfica e/ou pela estrutura da População Economicamente Ativa;
E) pelo tamanho populacional e/ou pelo fluxo de bens, mercadorias, informações e capitais.
Comentários
O IBGE, divulgando o quadro dos arranjos populacionais no Brasil e em suas médias e grandes
concentrações urbanas, apresenta como critérios comuns ao país a abordagem que privilegia
elementos de integração, medidos pelos movimentos pendulares para trabalho e estudo e/ou pela
contiguidade da mancha urbanizada. Logo, tais critérios analisam justamente esta mobilidade
populacional diária causada, como apresenta o texto motivador, pela localização dos empregos
nos núcleos de aglomerações centrais e da localização das moradias nas áreas periféricas, o que
leva parte da população a ter de se deslocar. Além disso, leva-se em conta também a chamada
“contiguidade” da mancha urbanizada, ou seja, a proximidade que tais arranjos possibilitam,
integrando mais setores urbanos em espaços menos afastados.
B – Incorreto. As razões apresentadas NÃO são critérios utilizados na identificação de arranjos
populacionais.
C – Incorreto. Os arranjos populacionais NÃO são identificados por meio de fluxos telefônicos.
D – Incorreto. A densidade demográfica e/ou estrutura da população economicamente ativa NÃO
são os critérios utilizados, e sim os movimentos de tais populações.
E – Incorreto. Os critérios apresentados estão incorretos em se tratando da forma com que se
identificam os arranjos populacionais.
Fonte de pesquisa:
https://www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/organizacao-do-territorio/divisao-regional/15782-arranjos-populacionais-e-concentracoes-
urbanas-do-brasil.html?=&t=o-que-e

Gabarito: A

(CESPE - MPOG - Geógrafo / 2015)


Com relação à complexidade da rede urbana brasileira e sua hierarquização intra e
interurbana, julgue os itens seguintes.
45.
A complexidade da rede urbana brasileira é demonstrada pela diversidade de municípios com
diferentes tamanhos, funções e extensões territoriais; já que há desde municípios com menos
de mil habitantes até aqueles com mais de dez milhões de pessoas.
Comentários
Vários componentes formam o sistema urbano brasileiro, que é decorrente de uma evolução
histórica que tem de ser considerada. A hierarquização é gerada pela dependência em geral
econômica de uma cidade/região para a outra, o que define se uma cidade é uma cidade global,
metrópole nacional, metrópole regional, cidade média etc. Essa diversidade também depende de

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Urbanização.

diversos fatores, como o tempo de existência da cidade, que infere, por exemplo, na extensão
territorial/tamanho do município, assim como em suas funções. A proximidade de alguns com
outras cidades também influencia em suas características, por poder gerar outras funções
produtivas, possibilidades de mercado, o que interfere em sua história. A rede urbana expressa as
transformações geradas em todos os âmbitos, desde os contextos políticos, econômicos, como
também os socioculturais.
Fonte de pesquisa: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7946/1/BRU_n16_Sistema.pdf

Gabarito: Certo

46.
O fundo de participação dos municípios — transferência constitucional da União para os
municípios brasileiros — é uma das fontes de recursos para a manutenção desses que
considera o tamanho da população local: quanto maior a população de um município, maior
será o repasse deste recurso.
Comentários
O repasse que a União faz hoje para todos os municípios do país, além do Distrito Federal, leva em
conta 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), e é repassada, como afirmado, de acordo com o número da população de
cada município, divididas, como aponta a fonte, por faixas populacionais, que recebem um
coeficiente que varia entre 0,6 a 4,0 para municípios com 10.188 à 156 mil habitantes. Para
municípios com mais habitantes, o coeficiente é fixo. Uma mudança neste quadro só aconteceria
em caso de mudança da legislação, aumento da população do município, criação de novos
municípios ou decisões judiciais.
Fontes de pesquisa:
https://www.acessa.com/cidade/arquivo/jfhoje/2008/04/14-fpm/
http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/assuntos_municipais/repasse_receita/informacoes/fpm.htm
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/329483/pge_cartilha_fpm.pdf

Gabarito: Certo

47.
Nas duas últimas décadas do século XX, a urbanização brasileira passou por processo de
desaceleração a partir dos efeitos da crise econômica vivida pelo país, cujas metrópoles se
mantiveram em contingente demográfico, tamanho e importância, em contraposição às
cidades médias, as quais passaram a receber os fluxos migratórios antes destinados às
metrópoles.
Comentários
A diminuição no contingente de migrantes internos no Brasil aconteceu após o final do século XX,
por conta das saturações das grandes metrópoles, que já apresentavam queda nas ofertas de
emprego, superpopulação, problemas com habitação e condições básicas de vida, que muitas
vezes os migrantes sequer chegavam a ter acesso. Por conta disso, mudou-se o direcionamento de
muitos destes migrantes, que deixaram de ir para as grandes metrópoles do Sudeste para procurar

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Urbanização.

outras regiões em crescimento. O Centro-Oeste e Nordeste passaram a ganhar mais migrantes,


embora ainda principalmente em direção às grandes e médias cidades mais desenvolvidas. Isso
demonstra um maior investimento em infraestrutura e desenvolvimento destas regiões, além de
uma descentralização das indústrias, que antes se restringiam muito mais nos grandes centros da
região Sudeste, e em menor escala no Sul. Ainda assim, esta mudança nos números de migrantes
NÃO interfere no ritmo da urbanização das cidades, pois as grandes cidades já se encontram
urbanizadas. Este número talvez tenha mudado em relação à ocupação informal de terrenos
impróprios para moradia, que eram geralmente ocupados por migrantes que não encontravam
subsídios nas áreas mais centrais.
Fontes de pesquisa:
https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/reflexoes_deslocamentos/default_reflexoes.shtm

Gabarito: Errado

48.
A manutenção do parque industrial brasileiro na região Sudeste e a expansão do agronegócio
concentraram a maior parte das cidades médias (entre 100 e 500 mil habitantes) na região
mais desenvolvida do país, no eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Comentários
A questão erra ao apontar que houve uma manutenção do parque industrial brasileiro na região
Sudeste, o que não ocorreu, dado que com a descentralização industrial iniciada nas duas últimas
décadas do século XX, as indústrias passaram a migrar para regiões não-metropolitanas, em geral
cidades médias que apresentavam bom desenvolvimento e melhor organização espacial e
infraestrutura. Este movimento também foi acompanhado por uma oferta de mão de obra mais
qualificada, e trouxe ainda mais desenvolvimento à estas cidades/regiões. A expansão do
agronegócio também NÃO se deu especificamente na região Sudeste e nos eixos tradicionais, mas
aproveitou-se da expansão para o interior do país, com vistas a integrar outras áreas ao território
nacional, e expandiu-se em especial na região Centro-Oeste, onde encontram-se muitas destas
cidades médias que atraem migrantes que desistem de ir para as regiões tradicionalmente
ocupadas no Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro. Hoje também ocorrem novas
movimentações em direção às áreas litorâneas, com cidades geralmente de porte médio e que
atraem novos ramos de industrialização.
Gabarito: Errado

49. (CESPE - SEDU-ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio / 2010)


O espaço geográfico é objeto de disputas sociais em um processo histórico e contínuo. Acerca
desse assunto, julgue o seguinte item.
Os controles da localização da infraestrutura urbana, da localização dos aparelhos do Estado,
da legislação de uso e da ocupação do solo são mecanismos de controle do espaço urbano.

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Urbanização.

Comentários
O controle do espaço é exercido por uma classe dominante, que detém os mecanismos de controle
em todas as dimensões da sociedade sobre as demais classes, que não recebem estes
necessariamente de forma passiva, mas deparam-se com estes de todas as formas possíveis,
inclusive no acesso ao espaço público. Uma demonstração deste controle é a forma com que são
construídos e organizados os espaços urbanos, de maneira a manter minimamente uma hierarquia
social, com o poder (político, financeiro) no centro e as classes baixas nas periferias do mapa, longe
do acesso aos aparelhos de Estado, dos centros econômicos e de condições de habitação e
subsistência minimamente dignas. Embora estejam em disputa constante, estes espaços ainda
estão no controle, na maior parte das situações, dessa elite política e econômica, que impõe as
regras ao acesso e apropriação do espaço e outros “bens”.
Gabarito: Certo

50. (FGV - SEDUC-AM - Professor / 2014)


A temperatura média anual nas áreas centrais urbanas é comumente mais alta que a de seu
entorno. Em alguns dias esse contraste pode atingir até 10°C, fenômeno que ficou conhecido
como ilha de calor urbana.
Sobre os fatores que contribuem para a formação de uma ilha de calor urbana, analise as
afirmativas a seguir.
I. A diminuição da velocidade média do vento, devido ao aumento da rugosidade urbana, o
que modifica as transferências de calor.
II. A predominância de superfícies impermeabilizadas em áreas urbanas, o que reduz a
evapotranspiração.
III. As propriedades térmicas dos materiais de construção das cidades, o que provoca o
armazenamento do calor.

Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente a afirmativa II estiver correta.
C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários
As ilhas de calor urbanas são anomalias térmicas, em que ocorre a elevação da temperatura em
áreas de ocupação humana intensa, em especial grandes cidades e metrópoles, que se
comparadas à zona rural, podem apresentar temperaturas muito maiores. Praticamente todas as
características presentes na estrutura do meio urbano contribuem para essa diferenciação térmica,
desde o asfaltamento, a estrutura física das construções, o transporte em geral que contribui

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Urbanização.

também para a emissão de gases, até a superpopulação de algumas cidades, etc. Em termos mais
precisos, pode-se apontar algumas causas antrópicas para a formação destas ilhas de calor. A
afirmação I aponta a rugosidade urbana como causadora de mudanças relativas ao vento e
consequentemente ao calor de certas regiões. Esta rugosidade relaciona-se com a “forma, altura,
densidade de distribuição dos elementos na superfície, dentre outras variáveis”, ou seja, a
estrutura física presente na superfície, e que altera os padrões de ventilação destas áreas, o que
contribui para o aumento da temperatura. A segunda afirmação aponta a impermeabilização das
áreas urbanas, que impede o escoamento e absorção da umidade, e retém o calor, o que causa,
em cidades amplamente asfaltadas, um aumento térmico significativo, que pode ser facilmente
percebido quando aproxima-se do solo asfaltado. A afirmação III, por fim, também aponta
características relativas às construções, que tendem a reter o calor absorvido durante o dia, e
mantê-lo por mais tempo conforme anoitece. As cidades em geral detêm de todas estas
características, fora outras mais que também contribuem para esse quadro, que causa incomodo à
essa população urbana, chegando a ser perigosa em algumas situações. Existem algumas soluções
que podem (e deveriam) ser envolvidas no planejamento urbano, e que podem ajudar a melhorar
fenômenos como este, como o aumento de áreas verdes nas cidades e a utilização de verde nas
habitações, como telhados verdes, que mantém uma umidade natural e ainda impedem a
retenção de calor, além de outras possibilidades.
A – Incorreto. Embora a questão I esteja correta, ela não é a única alternativa certa, pois as demais
apontadas também estão corretas.
B – Incorreto. Embora tenha uma grande influência nas enchentes e cheias, as regiões
impermeabilizadas no perímetro urbano não são a única razão que contribui para a formação de
ilhas de calor urbanas.
C – Incorreto. Apesar de ambas as alternativas estarem de fato corretas, a terceira, que apresenta
a questão térmica, também está.
D – Incorreto. A afirmação I, excluída pela alternativa, também está correta.
Fontes de pesquisa:
http://www.sbmet.org.br/cbmet2010/artigos/332_63490.pdf
http://www.dsr.inpe.br/vcsr/files/16a-Ilhas_de_calor_em_centros_urbanos.pdf

Gabarito: E

(CESPE - SEDUC-AL - Professor / 2018)


À Geografia está posto o desafio de pensar a cidade em sua perspectiva espacial, isto é, a
necessidade da produção de um conhecimento que dê conta da construção de uma teoria da
prática socioespacial urbana para desvendar a realidade urbana em sua totalidade e as
possibilidades que se desenham no horizonte e para a vida cotidiana na cidade. Significa
pensar o processo de reprodução do espaço urbano em suas várias dimensões.
Ana Fani. A produção do espaço urbano, São Paulo, 2011, p. 67

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Urbanização.

Considerando que o texto precedente tem caráter unicamente motivador, julgue os itens a
seguir a respeito dos processos de urbanização e metropolização.

51.
Os processos de urbanização e metropolização dos países subdesenvolvidos ocorreram
posteriormente aos dos países desenvolvidos, em meados do século XX, de forma intensa e
planejada.
Comentários
O processo de metropolização trata-se do crescimento de grandes centros que tendem a se
congregar em uma mesma massa urbana, formada em geral por diversos municípios que partilham
de características daquele núcleo metropolitano. Neste quadro, há a influência do processo de
urbanização intensa, por sua vez induzido pela industrialização de determinadas áreas. Estes
processos só ocorreram nos países subdesenvolvidos a partir do século XX, ainda sob a ajuda e
muitas vezes supervisão dos países desenvolvidos, em especial as grandes potências mundiais.
Tal desenvolvimento, no entanto, não se deu de forma planejada como afirmado, havendo, como
no exemplo do Brasil, enorme desigualdade na distribuição destes processos. As grandes cidades
da época foram os polos atrativos da industrialização, o que acarretou em desenvolvimento de
algumas regiões específicas do país em detrimento das demais, que só se desenvolveriam muito
mais tarde, não atingindo nunca o mesmo patamar. Assim, embora tenha sido um processo
intenso, esta desigualdade causada pela falta de planejamento culminou também em um intenso
processo de êxodo rural e migração interna de populações das regiões menos favorecidas para os
grandes centros, que acabaram sendo urbanizados de forma desordenada e problemática.

Gabarito: Errado

52.
A intensificação da urbanização, ocorrida em alguns países da Europa a partir da Revolução
Industrial do século XVIII, produziu maior densidade de espaço no espaço urbano.
Comentários
O processo de industrialização promovido com a Revolução Industrial europeia impulsionou a
urbanização, visto que populações rurais e migrantes de outros países passaram a deslocar-se para
os centros industriais em busca de melhores condições de vida. Desta forma, os centros urbanos
desenvolveram-se por conta da demanda destas populações, muito embora as condições de
habitação e sobrevivência da maior parte dessa massa fossem extremamente precárias. Produz-se
uma maior densidade do espaço, que passa a ser ocupado de forma desordenada pelos operários e

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Urbanização.

suas famílias. Passa-se também a ser exercida uma pressão sob o Estado quanto à vida destas
populações, que muitas vezes não tinham acesso a políticas mínimas de sobrevivência como
habitação, saúde e saneamento básicos. São também do século XII as teorias demográficas de
estudiosos como Thomas Robert Malthus, que avaliou o crescimento desordenado como danoso
ao desenvolvimento das sociedades, cunhando termos e elaborando teses que apresentavam
“soluções” tal problema, como o controle do crescimento populacional.
Gabarito: Certo

53. (CESPE - ABIN - Oficial de Inteligência / 2018)


O crescimento da população mundial tem preocupado as instituições internacionais porque
articula vários aspectos da vida humana, desde o meio ambiente e o desenvolvimento
econômico até a habitação e o crescimento das cidades. Considerando essas informações,
julgue o item seguinte.
A abertura de fronteiras agrícolas pelos conglomerados internacionais interfere nas taxas de
urbanização de países em desenvolvimento porque articula a agricultura às tecnologias
avançadas de produção.
Comentários
A chegada de tecnologias cada vez mais avançadas ao campo impõe mudanças substanciais na
dinâmica populacional destas áreas, a partir do momento que substitui empregados de
determinados setores por máquinas em constante desenvolvimento. A robótica também é um
ramo que ganha cada vez mais espaço, e na agricultura como em outros setores econômicos é
cada vez maior a substituição da mão de obra. Estas pessoas, agora desempregadas, passam então
a integrar o número de migrantes em decorrência do êxodo rural, que se instalam nas cidades
muitas vezes de forma irregular, procurando outros meios de sobrevivência, e acabando muitas
das vezes marginalizados. São estas pessoas que “interferem nas taxas de urbanização”, dado que
não integram o meio de forma ordenada e planejada, mas de maneira precária, muitas vezes
permanecendo junto de suas famílias em locais de risco e sem qualquer subsídio do Estado.

Gabarito: Certo

54. (CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Acerca da integração da indústria à estrutura urbana no Brasil, julgue o próximo item.

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O território brasileiro dispõe de áreas onde a globalização é absoluta, ou seja, áreas nas quais
a produção, a circulação, a distribuição e a informação atendem aos interesses de grandes
empresas multinacionais.
Comentários
Por ter sofrido de uma industrialização que não atingiu igualmente todas as regiões, o Brasil
apresenta, ainda hoje, grande discrepância no desenvolvimento das diferentes regiões do país. As
regiões Norte e Nordeste, por exemplo, foram as mais tardiamente beneficiadas com a
industrialização, que se dá principalmente por meio de medidas de incentivo do governo, como a
criação da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene
(Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), mas que ainda assim não mudam o fato das
regiões terem sido integradas (no sentido de desenvolvimento) posteriormente ao território,
mantendo hoje resultados desse atraso. Mesmo contando hoje com industrias e mesmos
multinacionais, a urbanização de muitas áreas se deu mais tarde, e os investimentos no
desenvolvimento destas regiões foram muitas vezes negligenciados pelo Estado. Enquanto isso, os
grandes centros financeiros do país se encontram na região Sudeste, e foram os primeiros a
receber fábricas e grandes empresas no processo de industrialização. Por conta disso, foram
massivamente urbanizados (mesmo que não de forma ordenada), e puderam desenvolver estes
processos, contando hoje com enormes centros que integram todos os setores tecnológicos, desde
a produção, circulação, distribuição até a informação, com intensa tecnologia circulando em todos
os meios.
Gabarito: Certo

55. (CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Julgue o item subsequente, acerca da estrutura urbana brasileira e das grandes metrópoles
nacionais.
A grande cidade capitalista costuma dispor de áreas consolidadas, envelhecidas ou em
processo de renovação, criadas em diferentes momentos do tempo, somadas a paisagens
construídas recentemente.
Comentários
O constante processo de urbanização das grandes cidades envolve mais variáveis do que apenas a
expansão desenfreada de habitações e estruturas urbanas. Mesmo São Paulo, que é uma
metrópole global, lida com esse processo que coloca frente a frente a rápida expansão urbana que
envolve os grandes centros, com a história e cultura de uma região. Assim, qualquer metrópole já
foi uma cidade menor, com suas particularidades e com detalhes que, posteriormente, convém
que sejam preservados em nome das memórias da cidade. Isso nem sempre é levado em conta, e
por isso existem órgãos cuja função é vistoriar e transformar em patrimônio tais estruturas,
edifícios, casas, locais. Esta muitas vezes também tem de passar por processos de restauração para
que se preserve sua estrutura, sem, no entanto, perder suas características originais. Por isso é
interessante, e até mesmo necessário que este processo de desenvolvimento que envolve
intensamente as grandes cidades seja acompanhado pela camada da sociedade diretamente

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atingida por estes, assim como por órgãos que possam levantar debates importantes quanto à
importância da preservação memorial das cidades.
Gabarito: Certo

56. (CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Julgue o item subsequente, acerca da estrutura urbana brasileira e das grandes metrópoles
nacionais.
As desigualdades sociais se refletem no espaço urbano e as formas produzidas são distintas
em função de cada contexto territorial. As estruturas e formas urbanas das cidades dos países
mais ricos da Europa e América Anglo-saxônica são totalmente diversas daquelas das cidades
latino americanas e africanas.
Comentários
A diferença entre as estruturas dessas duas categorias de países se dá principalmente pelo fato da
primeira, envolvendo países ricos da Europa e América Anglo-saxônica, tratar de países
DESENVOLVIDOS, muitos deles grandes potências que acabam servindo de exemplo aos demais, e
da segunda categoria, cidades latino-americanas e africanas, se tratarem basicamente de áreas EM
DESENVOLVIMENTO, muitas vezes ocupando áreas periféricas do globo. Historicamente, este
segundo grupo passou por processos de colonização por parte dos países mais ricos, o que é um
ponto que não deve ser deixado de lado, visto que tem influência direta com a forma de
organização destas sociedades. Dominados e subjugados, estas regiões, ao adquirirem sua
independência, ainda continuaram a depender muitas vezes de ajudas e investimentos por parte
dos países desenvolvidos. Isso é mais evidente nos países africanos hoje assolados por guerras e
conflitos étnicos causados pelas divisões territoriais impostas pelos países colonizadores. De
maneira diferente, percebem-se esses processos na distribuição desigual de investimentos em
países americanos em desenvolvimento, assim como as desigualdades sociais presentes na
realidade de praticamente todas as regiões, em escalas diferentes e com suas particularidades.
Mesmo que países do chamado Primeiro Mundo também tenham populações vivendo de forma
precária e desigual, a distribuição destas se dá de maneira diferente das ocupações de outros
países, latino-americanos, por exemplo, em suas estruturas e formas de organização urbana. As
gigantescas favelas brasileiras, em contraposição com grandes centros financeiros ocupados por
enormes prédios, e o fato de muitas vezes não haver uma grande distância entre estes dois
produtos antagônicos do capitalismo, são um exemplo deste processo.
Gabarito: Certo

57. (CESPE - SEE-AL - Professor / 2013)


A diferenciação socioespacial é marca das cidades, desde os primórdios da urbanização. Não
há cidades sem divisão social do trabalho, o que pressupõe sempre uma divisão territorial do
trabalho. O estabelecimento dessa divisão ocorre de maneiras diversas no decorrer do longo
processo de urbanização.

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Maria Encarnação Beltrão Sposito. “A produção do espaço urbano: escalas, diferenças e


desigualdades socioespaciais”. In: Ana Fani A. Carlos et al. A produção do espaço urbano:
agentes, processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2011, p. 124. (com adaptações).

Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos por ele suscitados, julgue o item que se
segue.
A diferenciação espacial urbana atrelada à divisão territorial do trabalho pressupõe,
simultaneamente, um espaço urbano fragmentado e desarticulado.
Comentários
A diferenciação espacial urbana, que diz respeito à forma com que o espaço urbano é ocupado de
maneiras diferentes pelas várias classes sociais e também funções econômicas, atrelada à divisão
territorial do trabalho, que ocorre em todo o mundo e demonstra as diferenças econômicas das
diferentes regiões do globo, não pressupõe, necessariamente, um espaço urbano fragmentado e
desarticulado, pois são processos próprios da apropriação deste. Estas características poderão
surgir pelas mais diversas razões dentro da ocupação e disputa por estes territórios e espaços.
Gabarito: Errado

58. (FGV - IBGE - Tecnologista / 2016)


A resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas intitulada “O futuro que queremos” data
de 2012 e se inscreve no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20). O documento reconhece que cidades bem planejadas e construídas
podem fomentar sociedades sustentáveis em termos econômicos, sociais e ambientais. Nesse
sentido, as formas e os usos urbanos foram considerados como dimensões a serem
repensadas e planejadas.
Para tornar as cidades ambientalmente sustentáveis, o documento “O futuro que queremos”
preconiza:
A) a desdensificação das áreas centrais;
B) a supressão gradual de espaços livres;
C) o adensamento da franja rural-urbana;
D) a remoção de assentamentos informais;
E) o incentivo ao uso misto do solo urbano.
Comentários
Faz parte do debate sobre planejamento de cidades mais sustentáveis novas visões sobre a
organização do meio urbano. Neste quadro está a ideia de uso misto do solo urbano, em que se
reorganiza o perímetro urbano a partir de espaços que incluem setores primários e secundários

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num mesmo bairro, por exemplo. Assim, edifícios e casas dividem espaço com comércios e
empresas, o que traria benefícios à qualidade de vida e segurança. Desta forma, se poderia inserir
espaços mais verdes nessas áreas, o que também acarretaria na melhoria de qualidade de vida e
ambiente. Estas condições também criam um espaço com mais pluralidade de pessoas, que
passam a ter mais acesso aos serviços que muitas vezes acabam restritos aos centros urbanos.
A – Incorreto. O documento não faz menção à desdensificação das áreas centrais, embora este seja
um assunto bastante debatido no âmbito das políticas públicas urbanas.
B – Incorreto. A supressão gradual de espaços livres NÃO é uma solução apontada pela resolução,
não sendo algo que beneficia o ambiente urbano.
C – Incorreto. Não é uma política preconizada pelo documento o adensamento da franja rural-
urbana, por não se tratar de algo que beneficia, também, um desenvolvimento sustentável.
D – Incorreto. A remoção de assentamentos informais NÃO é algo colocado pelo documento, que
procura ressaltar a importância de se debater as desigualdades sociais como obstáculo para um
desenvolvimento sustentável.
Fontes de pesquisa:
http://riomais20sc.ufsc.br/files/2012/07/CNUDS-vers%C3%A3o-portugu%C3%AAs-COMIT%C3%8A-Pronto1.pdf
https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2017/11/cidade-sustentavel.pdf

Gabarito: E

59. (FGV - IBGE - Tecnologista / 2016)


A rede urbana brasileira convive atualmente com um padrão espacial do tipo clássico, em que
a hierarquia entre as cidades é bem definida, e um padrão urbano em que algumas cidades,
de maior dinamismo, graças à maior eficiência das comunicações, subvertem as noções de
hierarquia e de proximidade entre cidades. Cidades com redes técnicas avançadas estão
“próximas” a cidades muito distantes, enquanto que cidades vizinhas, em que as redes
técnicas são deficientes, mantêm fracas relações entre si. A revolução tecnológica torna as
redes urbanas cada vez mais diferenciadas e complexas.
O padrão dominantemente não hierarquizado pode ser observado:
A) na estrutura das redes de gestão pública;
B) na distribuição de bens e serviços centrais;
C) nos fluxos baseados em especializações produtivas;
D) nas conexões determinadas pela gestão empresarial;
E) na direção dos movimentos pendulares para trabalho.
Comentários
A hierarquia em que se sustentam as cidades parte de características que “destacam” estas em
relação as demais, e conforme tais fatores vão se acumulando, algumas vão ganhando patamares
acima das demais, geralmente no âmbito econômico. Estas hierarquias formam a rede urbana, em
que algumas cidades estabelecem relações mais específicas com outras. O que possibilita uma

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mudança neste quadro são fluxos que se formam por especializações produtivas, ou seja, cidades
que apresentam certas especializações em algum ramo, e que tem a possibilidade de construir
redes que envolvem um tipo de produção, se destacando regionalmente e conseguindo criar redes
com cidades mais distantes, até mesmo metrópoles, quebrando assim o sentido de hierarquia
comum à formação da rede urbana.
A – Incorreto. As redes de gestão pública permanecem presas também à esta hierarquia entre
cidades.
B – Incorreto. A distribuição de bens e serviços centrais também, no geral, não sofre de grande
dinamização neste processo.
D – Incorreto. A gestão empresarial tende a se manter presa à rede de hierarquização entre
cidades que mantém uma melhor comunicação entre si.
E – Incorreto. As migrações pendulares dependem diretamente desta hierarquização, em que
pessoas saem de uma cidade à outra diariamente para trabalhar ou estudar, e isso tende a se dar
da cidade com menos recursos para outra mais desenvolvida, mas que mantém entre si esta
relação.
Gabarito: C

60. (CESPE - SEDU-ES - Professor B / 2010)


O espaço geográfico é objeto de disputas sociais em um processo histórico e contínuo. Acerca
desse assunto, julgue o seguinte item.
Considerando como ponto de partida a classe dominante, tem-se que o controle da produção
e do consumo no espaço urbano ocorre por meio de três esferas: a econômica, a política e a
ideológica.
Comentários
O meio de controle da classe dominante sobre as demais classes se aplica em diversos âmbitos da
sociedade, estando presente até mesmo nos níveis mais “sutis”, como nas relações entre as
pessoas, de forma “naturalizada”, mas que de natural não tem nada. A classe dominante controla
e produz o espaço urbano, de acordo com seus interesses, e influenciando em sua divisão e
consumo pelas demais classes. Tanto as relações quanto os conflitos sociais podem se dar nas
dimensões econômica, política e ideológica. Na esfera econômica, a classe dominante está
presente no controle das propriedades privadas, e dos meios de produção e exploração do
trabalho. Na política, não é tão diferente, visto que majoritariamente ocupam-se os cargos de
grande importância, não medindo esforços para beneficiar sua classe elitizada. No quesito
ideológico, a classe dominante está mais profundamente enraizada na sociedade, com seus
símbolos, mensagens, representações em todas as dimensões, com a imposição de um discurso
tido como hegemônico, “correto”, e que se faz presente em todas as instituições, desde a escola
até as empresas, estando assim já “naturalizado” nos discursos construídos socialmente.
Fonte de pesquisa:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901984000300004

Gabarito: Certo

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Urbanização.

61. (CESPE - SEDU-ES - Professor B - 2010)


A utilização dos espaços ocorre em função de uma complexa articulação de elementos em
diferentes níveis hierárquicos e sociais. Quanto ao processo de apropriação do espaço
geográfico em situações distintas, julgue o próximo item.

Os espaços públicos passam por diferentes situações de apropriação, e a informalidade na


economia brasileira revelou uma situação complexa em várias cidades, a dos ambulantes. Na
maioria dos casos, eles possuem autorização oficial para usar esses espaços, no entanto não
estão devidamente registrados na sua atividade.
Comentários
Uma das formas de conflito contemporâneas em relação ao espaço envolve sua ocupação no meio
urbano por parte de diferentes seguimentos em disputa pelo viés econômico. Dentre estes, para
além do comércio formal e a crescente participação de pequenas empresas em ascensão, também
está o comércio informal, ou ambulantes. Essa relação antagônica se exprime de certa forma no
pensamento de Milton Santos a partir de sua análise sobre o que chama de espaço
“esquizofrênico”, que “acolhe os vetores da globalização – que nele se instalam para impor sua
nova ordem” – e acolhe também a “produção de uma contraordem”, que refere-se aos pobres,
excluídos e marginalizados. O espaço abriria, assim, a possibilidade de “contrarracionalidades”, ou
irracionalidades do ponto de vista da classe dominante. Esses dois vetores movimentam os
conflitos pela apropriação do espaço, e ao mesmo tempo são, muitas vezes, dependentes um do
outro. Do lado marginalizado estão os ambulantes, que diferentemente do que afirma a questão,
não tem autorização para utilização do espaço, por não serem reconhecidos pelo poder público
enquanto comerciantes, também por não terem registro em suas atividades. O espaço
hegemônico pertence àqueles que podem pagar pela sua permanência, ou que tem poder para tal.
Isso não significa, de maneira alguma, que o espaço não será disputado e ocupado por aqueles que
não estão inseridos nesta ordem.
Fonte de pesquisa: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/tede/8307/2/arquivototal.pdf

Gabarito: Errado

62. (CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata / 2015)


A segregação residencial é um dos mais expressivos processos espaciais que geram a
fragmentação do espaço urbano. As áreas sociais são a sua manifestação espacial, a forma
resultante do processo. Forma e processo levam a ver a cidade como um “mosaico social”. A
partir da segregação das áreas sociais, originam-se inúmeras atividades econômicas
espacialmente diferenciadas, como centros comerciais e áreas industriais. O inverso também
é verdadeiro: a partir da concentração de indústrias na cidade, podem se formar bairros
operários. A segregação residencial e as áreas sociais, por outro lado, estão na base de
muitos movimentos sociais com foco no espaço.

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Urbanização.

R. L. Corrêa. Segregação residencial: classes sociais e espaço urbano. In: A cidade


contemporânea. São Paulo: Contexto, 2013, p. 40-60 (com adaptações).
Com relação ao tema tratado no fragmento de texto acima, julgue (C ou E) o item que se
segue.
Na cidade conurbada, as áreas de consumo de bens e serviços não são as mesmas para todos,
e o tempo de deslocamento até elas são razão de diferenciação, o que facilita a elaboração
de uma representação de centralidade urbana que seja a base de construção de identidades
e de memória urbana.
Comentários
A diferenciação urbana é evidente quando se analisam as diferenças entre regiões não tão
distantes entre si, como as metrópoles e as cidades que estão em volta, ou mesmo dentro de uma
metrópole, da região central até as áreas mais periféricas. Esta diferenciação obriga as classes mais
baixas a ocupar áreas cada vez mais afastadas, tendo de se deslocar, no geral, para os centros para
exercer sua profissão, em um processo desgastante diário. Não somente o trabalho e o estudo
estão muitas vezes nessas áreas centrais, como outras atividades mais ligadas ao lazer muitas
vezes também. Nas regiões de intensa conurbação ainda há mais dinamização, por não envolver
apenas um centro, no geral. Mas ainda assim, não é possível elaborar uma “representação de
centralidade urbana” como base para construção de identidades e memória urbana, visto que esta
não representa a maior parte da população, que se mantém ligada às regiões periféricas e lá
constroem suas vidas e memórias, mesmo que tendo de se deslocar para estas outras áreas
frequentemente em busca de sobrevivência.
Gabarito: Errado

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia a notícia para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Em dia de maior mobilização, protestos levam mais de 1 milhão de pessoas às ruas no Brasil
Mais de 1 milhão de pessoas participaram de protestos em várias cidades do Brasil nesta
quinta-feira [20.06.2013]. Os protestos ocorreram em várias capitais e centenas de cidades
nas cinco regiões do país. Ao todo, 388 cidades tiveram manifestações, incluindo 22 capitais.
(http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)

63. (Vunesp 2014)


Os protestos que tomaram as ruas do Brasil durante o mês de junho de 2013 foram
originalmente motivados por problema que aflige grande parte da população que vive nas
grandes cidades do país, a saber,
A) o aumento do desemprego e a precarização do trabalho.

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Urbanização.

B) o alto custo e a má qualidade do sistema público de saúde.


C) o aumento da violência urbana e o alto custo da segurança pública.
D) a falta de vagas na educação básica e a precarização do sistema público de ensino.
E) o alto custo e a má qualidade do sistema público de transporte.
Comentários
Como mencionado corretamente na alternativa [E], os protestos em 2013 foram alavancados pelo
aumento da tarifa do transporte público aliado à baixa qualidade dos serviços. Estão incorretas as
alternativas seguintes por não corresponderem à causa dos protestos.
Gabarito: E

64.(Vunesp 2012)
Leia o texto.
A cada sopro de modernização das forças produtivas agrícolas e agroindustriais, as cidades
das áreas adjacentes se tornam responsáveis pelas demandas crescentes de uma série de
novos produtos e serviços, dos híbridos à mão de obra especializada, o que faz crescer a
urbanização, o tamanho e o número das cidades. As casas de comércio de implementos
agrícolas, sementes, grãos, fertilizantes; os escritórios de marketing, de consultoria contábil;
[...] as empresas de assistência técnica, de transportes; os serviços do especialista em
engenharia genética, veterinária, administração [...] se difundiram por todas as partes do
Brasil agrícola moderno.
(Maria Adélia de Souza (org.). Território Brasileiro: usos e abusos, 2003.)

O texto faz referência a


A) cidades globais.
B) metrópoles nacionais.
C) cidades do agronegócio.
D) cidades planejadas.
E) metrópoles conurbadas.
Comentários
O texto faz referência a pequenas e médias cidades do interior das regiões Sudeste, Centro-Oeste,
Sul e até do Nordeste cuja origem e crescimento estão vinculados à expansão do agronegócio
moderno, cuja alta produtividade está vinculada à mecanização, uso de insumos e biotecnologia.
Nessas áreas, a urbanização avançou em decorrência da crescente demanda por empregos que
exigem maior qualificação, do crescimento do setor secundário (agroindústria) e de um expressivo
avanço do setor terciário (comércio e serviços) muito vinculado à agropecuária.
Gabarito: C

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Urbanização.

65.(Vunesp 2009)
As áreas de riscos são geralmente ocupadas pela população mais pobre que constrói suas
casas, muitas vezes, sem investimentos em técnicas e tecnologias apropriadas. Nesse tipo de
dinâmica de uso e ocupação do solo urbano, ocorre o aparecimento das favelas,
principalmente nas médias e grandes cidades. Esse fato demonstra que
A) a periferia das cidades é o local de preferência dos pobres, pois lá eles encontram a
verdadeira sociabilidade.
B) a concentração da população pobre nessas áreas justifica-se pela facilidade de acesso e
pela centralização de bens e serviços públicos.
C) esse tipo de ocupação ocorre nas metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro em razão do
esgotamento das áreas urbanas adequadas às construções.
D) a pobreza urbana é a principal causa dos graves impactos ambientais em razão da forma
predadora de apropriação do espaço urbano.
E) as favelas construídas em áreas de riscos nas cidades evidenciam as contradições
socioespaciais e a exclusão social sofrida por parte da população.
Comentários
As favelas (aglomerados subnormais) são resultado do investimento insuficiente em moradias
populares, da desigualdade social e da falta de planejamento urbano. Muitas favelas ocupam áreas
de risco como encostas sujeitas aos deslizamentos e planícies fluviais ameaçadas por enchentes.
Gabarito: E

66. (Vunesp 2015)


Brasília simbolizou na ideologia nacional-desenvolvimentista o “futuro do Brasil”, o arremate
e a obra monumental da nação a ser construída pela industrialização coordenada pelo Estado
planificador, pela ação das “forças do progresso” (aquelas voltadas para o desenvolvimento
do “capitalismo nacional”), que paulatinamente iriam derrotar as “forças do atraso” (o
imperialismo, o latifúndio e a política tradicional, demagógica e “populista”).
(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)

Segundo o texto, a construção de Brasília deve ser entendida


A) como uma tentativa de limitar a migração para o Centro do país e de reforçar o
contingente de mão de obra rural.
B) dentro de um conjunto de iniciativas de caráter liberal, que buscava eliminar a
interferência do Estado nos assuntos econômico-financeiros.
C) dentro do rearranjo político do pós-Segunda Guerra Mundial, que se caracterizava pelo
clima de paz nas relações internacionais.

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D) dentro de um amplo projeto de redimensionamento da economia e da política brasileiras,


que pretendia modernizar o país.
E) como um esforço de internacionalização da economia brasileira, que provocaria aumento
significativo da exportação agrícola.
Comentários
Brasília foi criada como nova capital com o objetivo de estimular o desenvolvimento econômico
regional do Centro-Oeste, favorecer o povoamento da região, estimular a atividade industrial
(construção civil e equipamentos) e afastar a capital do litoral, que seria mais vulnerável do ponto
de vista militar e às pressões populares.
Gabarito: D

67. (Fgv 2014)


No texto abaixo, o demógrafo Fausto Brito analisa o fenômeno das migrações internas no
Brasil entre 1960 e 1980.
As migrações internas redistribuíam a população do campo para as cidades, entre os estados
e entre as diferentes regiões do Brasil, inclusive para as fronteiras agrícolas em expansão,
onde as cidades eram o pivô das atividades econômicas. Mas, o destino fundamental dos
migrantes que abandonavam os grandes reservatórios de mão de obra – o Nordeste e Minas
Gerais, principalmente – eram as grandes cidades, particularmente, os grandes aglomerados
metropolitanos em formação no Sudeste, entre os quais a Região Metropolitana de São Paulo
se destacava.
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/outros/6EncNacSobreMigracoes/ST3/FaustoB
rito.pdf
De acordo com a visão do autor, as migrações internas podem ser associadas,
essencialmente, ao
A) povoamento de novas áreas rurais situadas na fronteira agrícola em expansão, nas quais
cidades médias comandavam as atividades econômicas.
B) processo de urbanização e ao incremento da concentração populacional que deu origem
aos grandes aglomerados metropolitanos.
C) processo de transição demográfica, que ajudou a redistribuir mais equitativamente a
população pelo território brasileiro.
D) descolamento entre mobilidade espacial e mobilidade social, já que a população rural foi
transferida para os centros urbanos, mas permaneceu em situação de exclusão.
E) processo de transferência das cidades do Nordeste e de Minas Gerais, que funcionavam
como reservatório de mão de obra, para os grandes aglomerados metropolitanos do Sudeste.
Comentários

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No Brasil, as migrações regionais e o êxodo rural, somados a concentração fundiária, reforma


agrária insuficiente, pobreza no campo e industrialização, foram responsáveis pelo processo de
urbanização e de metropolização, isto é, o surgimento de metrópoles e regiões metropolitanas.
Gabarito: B

1. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


Recentemente observa-se que os espaços rurais começam a incorporar elementos urbanos.
Trata-se de um processo que ocorre em áreas não contínuas às das metrópoles, quando se
instalam, no espaço rural, elementos e atividades características das cidades, sendo exemplos
os condomínios fechados, os loteamentos de casas populares e o desenvolvimento de
atividades não agrícolas (hotéis, spas).
O texto descreve
A) a macrometropolização.
B) a conurbação.
C) a periferização.

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D) a periurbanização.
E) a especulação urbana.

2.(VUNESP - Soldado - PM-SP / 2019)


Observe o gráfico para responder à questão.

A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre a urbanização brasileira permitem afirmar que


a região
A) 2 (Norte) teve a urbanização fortemente atrelada aos grandes projetos de exploração
mineral implantados em vários estados nortistas.
B) 2 (Nordeste) apresentou rápida urbanização a partir dos anos de 1980 devido à
industrialização das grandes cidades, promovida pela Sudene.
C) 1 (Centro-Oeste) teve a urbanização acelerada devido à construção de Brasília e a partir
dos anos 2000, à expansão da agroindústria.
D) 1 (Sudeste) apresentou uma expressiva urbanização devido a fatores como a
industrialização e a atração de migrantes de outras regiões brasileiras.
E) 3 (Sul) apresentou uma urbanização mais lenta porque desde sua ocupação sempre teve
sua economia baseada em atividades agropecuárias.

3. (VUNESP - PM-SP - Soldado /2019.2)


Paraty e uma vasta área de parques, matas e reservas que circundam seu sítio histórico
receberam o título de Patrimônio Mundial da UNESCO em função de seus excepcionais
atributos culturais e naturais. Segundo todas as declarações pós-reconhecimento, a
expectativa dos governos com a obtenção do título é ampliar o turismo e conseguir mais
recursos para poder enfrentar os desafios da gestão do lugar. No caso de Paraty, onde a
turistificação do sítio urbano já ocorreu, a expansão do turismo pode representar uma
ameaça para o patrimônio natural e para as comunidades tradicionais.
(Raquel Rolnik. https://raquelrolnik.blogosfera.uol.com.br, 12.07.2019. Adaptado)

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Urbanização.

O risco alertado no excerto corresponde


A) à requalificação dos espaços na região, que pode alterar as atuais relações de poder em
sua esfera pública.
B) ao elevado tributo repassado à UNESCO para a manutenção do título que desperta o
interesse mundial.
C) ao interesse do capital especulativo, que pode tornar a região fechada à visitação pública.
D) à preservação de ecossistemas diante dos desequilíbrios que o aumento no turismo pode
provocar.
E) à urbanização requerida pela UNESCO, que pode promover o isolamento de espécies
nativas.

4. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)


Analise a tabela para responder à questão.

A leitura da tabela e os conhecimentos sobre o contexto socioeconômico brasileiro permitem


afirmar:
A) a urbanização rápida mas pouco planejada tem sido apontada como um dos fatores
responsáveis pelo aparecimento de moradias precárias e graves deficiências na infraestrutura
urbana.
B) o aumento da população urbana tem forte relação com a elevação das taxas de
fecundidade e de natalidade, estimuladas pela melhoria das condições de vida da população
nas cidades.
C) no período entre 1960 e 1991, as áreas urbanas conheceram rápida expansão econômica e
social e, nas áreas densamente povoadas, houve a sensível redução da população de menor
poder aquisitivo.
D) entre as décadas de 1970 e 2000, o crescimento demográfico no Brasil ocorreu de forma
desigual, pois, nas áreas urbanas, foram observadas taxas de natalidade mais elevadas que na
zona rural.
E) a partir do final do século XX, o processo de urbanização tornou-se mais lento porque a
interiorização da população, fenômeno demográfico típico da década de 1980, praticamente
se esgotou.

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Urbanização.

5. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2017)


Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), denominam-se aglomerados
subnormais locais como favelas, invasões e comunidades com, no mínimo, 51 domicílios. O
censo de 2010 mostrou que vivem nesses aglomerados um total de 11.425.644 de pessoas –
o equivalente a 6% da população do país. Ainda de acordo com o censo, a maioria
esmagadora desses domicílios está concentrada em um grupo de 20 regiões metropolitanas.
Observe o gráfico para responder à questão.

Os setores I e II no gráfico correspondem, respectivamente, às regiões:


A) Sudeste e Sul.
B) Nordeste e Norte.
C) Nordeste e Centro-Oeste.
D) Sudeste e Nordeste.
E) Sul e Centro-Oeste.

6. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2014)


Observe a figura.

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Urbanização.

As capitais brasileiras se distinguem nitidamente pela configuração de sua rede urbana,


refletindo em sua densidade demográfica. Considerando-se o processo de crescimento das
capitais brasileiras (1872/2000), pode-se afirmar corretamente que
A) Salvador exerce influência sobre a maior parte do Nordeste e centraliza os processos
migratórios inter-regionais e inter-regionais.
B) São Paulo e Rio de Janeiro podem ser consideradas cidades milionárias e concentram a
maior parte de sedes empresariais.
C) Cuiabá e Campo Grande funcionam como metrópoles nacionais e polarizam pequenas
cidades da Amazônia Setentrional.
D) Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis apresentam-se em períodos semelhantes de
crescimento e sofrem reflexo dos fluxos migratórios de agricultores do Centro-Oeste.
E) Belém apresenta-se em um processo histórico de involução metropolitana e destaca-se
pela saída de mão de obra especializada para outras capitais regionais do Norte.

7. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2013)


À medida que o processo de urbanização foi se desenvolvendo no mundo, algumas cidades
tornaram-se maiores e mais complexas. Em certas áreas onde existem várias cidades
próximas, ocorreu um fenômeno espacial denominado conurbação. Caso típico nas cidades
brasileiras é a formação de região metropolitana como temos: região metropolitana de São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, entre outros.
(SAMPAIO, F. dos S. et al Geografia: ensino médio, volume único. Adaptado)

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Urbanização.

Pode-se afirmar corretamente que o fenômeno da conurbação é resultado da


A) verticalização da produção de bens, consumo e serviços entre cidades.
B) expansão horizontal entre cidades formando uma grande área integrada.
C) modernização dos elementos constitutivos da área rural entre cidades.
D) interação entre cidades para facilitar a administração pública.
E) parceria comercial entre cidades para se tornarem mais competitivas.

8. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2013)


O processo de industrialização brasileira, a partir da década de 1960, motivou um número
considerável de rurais a se deslocarem para as cidades. Entretanto, além da industrialização,
outros fatores contribuíram para a intensificação do êxodo rural.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente um desses fatores.
A) Oportunidade de trabalho feminino.
B) Garantia de casa própria dada pelos governantes.
C) Crescente população relativa das áreas de cultivo.
D) Segurança pública das áreas urbanas.
E) Expansão dos direitos trabalhistas aos trabalhadores do campo.

9. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)


A tela retrata um dos mais belos e conhecidos cartões-postais da cidade de Nova York, o
Central Park, localizado nos Estados Unidos, um dos países desenvolvidos do mundo.

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Urbanização.

Após sua leitura iconográfica, conclui-se que a tela descreve


A) a falta de itens básicos à população, como alimentação, vestuário e lazer em cidades com
elevada densidade demográfica.
B) a necessidade, cada vez mais crescente, da população por educação em cidades altamente
urbanizadas.
C) a qualidade de vida em países subdesenvolvidos, onde o acesso à alimentação, vestuário e
lazer torna-se marcante.
D) a qualidade de vida de seus habitantes, representada pelo acesso a itens básicos como
alimentação, vestuário, área verde e lazer.
E) os parques lineares, característicos dos países desenvolvidos com baixa densidade
demográfica.

10. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)


O mapa mostra a distribuição das cidades globais e das megacidades pelo mundo.

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Urbanização.

De acordo com a informação gráfica, espacializada no mapa, é correto afirmar que


A) as cidades globais concentram-se em países onde existe distribuição de renda entre a
população.
B) as cidades globais e as megacidades concentram-se em países com alto índice de IDH.
C) as cidades globais concentram-se principalmente nos países subdesenvolvidos, enquanto a
maioria das megacidades encontra-se no mundo desenvolvido.
D) o Brasil é o único país da América Latina que possui, em seu território, tanto cidade global
quanto megacidades.
E) as cidades globais concentram-se principalmente nos países desenvolvidos, enquanto a
maioria das megacidades encontra-se no mundo subdesenvolvido.

11. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)


Observe a figura.

Sobre os tecnopolos, é correto afirmar que são


A) megalópoles em vias de conurbação em detrimento do aumento populacional.

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Urbanização.

B) cidades consideradas centros irradiadores das inovações tecnológicas, em função da


concentração de indústrias, presença de universidades e centro de pesquisas com alto
conteúdo de conhecimento.
C) megalópoles que se desenvolveram em torno de importantes centros de pesquisas ou
universidades.
D) megalópoles consideradas centros irradiadores das inovações tecnológicas, em detrimento
da concentração de indústrias, presença de universidades e centro de pesquisas com alto
conteúdo de conhecimento.
E) cidades em vias de conurbação que se desenvolveram em torno de importantes centros de
pesquisas ou universidades, em detrimento do aumento populacional.

12. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2010)


No gráfico estão representadas as regiões metropolitanas do Brasil, enquanto que, no mapa,
aparecem as macrorregiões geoeconômicas brasileiras.

Compare-os e assinale a alternativa que indica a correta localização das regiões


metropolitanas.

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Urbanização.

A) Distribuíam-se por todo o território brasileiro, com maior presença no litoral do que no
interior.
B) Concentravam-se na macrorregião Nordeste, sem distinção entre a área litorânea e
interior.
C) Três das principais regiões metropolitanas localizavam-se na macrorregião Amazônica.
D) Apenas quatro regiões metropolitanas localizavam-se na macrorregião Nordeste.
E) Localizavam-se predominantemente na faixa litorânea, enquanto que na macrorregião
Centro-Sul, concentravam-se todas no interior.

13. (VUNESP 2011 – Soldado PM 2ª Classe)


Analise o mapa para responder à questão.

Assinale a alternativa que identifica o fenômeno apresentado no mapa.


A) A megalópole entre São Paulo e Rio de Janeiro.
B) A maior área de extrativismo mineral do Sudeste.
C) A principal bacia leiteira do Brasil.
D) A agricultura mais mecanizada do Sudeste.
E) A hidrovia do rio Paraíba do Sul.

(CESPE - IPHAN - Analista I / 2018)


Nas últimas décadas, as cidades têm representado uma grande conquista do homem
moderno. Hoje em dia são elas que dirigem e organizam o mundo, pois concentram os
grandes centros de decisões político-econômicas e científico-tecnológicas. Acerca do
processo de urbanização brasileiro, julgue os itens que seguem.

14.
A condição de acesso proporcionada pelos diferentes níveis de renda da população pouco
interfere na dinâmica espacial da rede urbana brasileira.

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Urbanização.

15.
O processo de urbanização no Brasil constitui uma urbanização terciária, com crescimento de
atividades terciárias qualitativamente pouco especializadas e de baixo valor agregado,
inclusive as que fazem parte da economia formal.

16.
A urbanização brasileira ocorreu, inicialmente, em áreas isoladas, como verdadeiras ilhas,
generalizando-se somente a partir do século XX.

(CESPE - IPHAN - Analista I / 2018)


Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais da organização e da formação do
espaço geográfico brasileiro na época da incorporação do Brasil ao império português.

17.
A mineração foi uma atividade urbanizadora, principalmente para efetivar uma maior
integração espacial interna no litoral do Brasil.

18.
Nesse período, a produção dos espaços geográficos teve por base a formação de sucessivas
áreas de atração e repulsão.

19.
No âmbito do império português, a associação entre monocultura da cana-de-açúcar,
trabalho escravo e grande propriedade surgiu no Nordeste brasileiro, com o custeamento da
coroa.

20.
O sistema produtivo implantado no Brasil promoveu, desde o início da colonização, uma
relação espacial de exploração econômica entre o espaço subordinante e o espaço
subordinado.

21. (CESPE - SEDUC-AL - Professor / 2018)


O crescimento populacional, especialmente a partir da década de 50 do século passado, nos
países de terceiro mundo, no entender da teoria neomalthusiana, determinaria a existência
de uma população excedente às possibilidades do desenvolvimento econômico desses países.

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Urbanização.

E assim explicaria seu subdesenvolvimento. Dois terços da humanidade estariam localizados


na Ásia, África e América Latina. Isso constituiria um obstáculo ao desenvolvimento, na
medida em que essa população expandida, cuja estrutura etária privilegiaria os mais jovens e
as crianças, requisitaria investimentos não produtivos — hospitais, escolas, etc. —, desviando
recursos que poderiam ser diretamente produtivos — como a construção de fábricas.
Provocaria, inclusive, ao aumentar os efetivos da força de trabalho, um desequilíbrio cada vez
maior entre a oferta e procura de empregos, reduzindo os salários e marginalizando amplas
camadas de população do mercado de trabalho.
Amélia Damiani. População e Geografia, São Paulo: Contexto, 2012, p. 23.

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte acerca da dinâmica
populacional.
No contexto brasileiro, as formas de ocupação do espaço urbano metropolitano são
exemplos significativos da desigualdade socioespacial.

22. (CESPE - SEDUC-AL - Professor / 2018)


À Geografia está posto o desafio de pensar a cidade em sua perspectiva espacial, isto é, a
necessidade da produção de um conhecimento que dê conta da construção de uma teoria da
prática socioespacial urbana para desvendar a realidade urbana em sua totalidade e as
possibilidades que se desenham no horizonte e para a vida cotidiana na cidade. Significa
pensar o processo de reprodução do espaço urbano em suas várias dimensões.
Ana Fani. A produção do espaço urbano, São Paulo, 2011, p. 67

Considerando que o texto precedente tem caráter unicamente motivador, julgue o item a
seguir a respeito dos processos de urbanização e metropolização.
Uma das dimensões do processo de reprodução do espaço urbano resulta na formação de
grandes manchas urbanas que atravessam fronteiras municipais, fenômeno denominado
conurbação.

23. (CESPE - ABIN - Oficial de Inteligência / 2018)


O crescimento da população mundial tem preocupado as instituições internacionais porque
articula vários aspectos da vida humana, desde o meio ambiente e o desenvolvimento
econômico até a habitação e o crescimento das cidades. Considerando essas informações,
julgue o item seguinte.
A abertura de fronteiras agrícolas pelos conglomerados internacionais interfere nas taxas de
urbanização de países em desenvolvimento porque articula a agricultura às tecnologias
avançadas de produção.

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Urbanização.

(CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Acerca da integração da indústria à estrutura urbana no Brasil, julgue os próximos itens.
24.
A especialização das cidades acentua a divisão interurbana do trabalho; por isso, no estado
de São Paulo, encontram-se cidades em que prevalecem empresas globais ligadas à produção
de matérias-primas regionais, cidades especializadas em novas tecnologias, bem como
cidades universitárias, locais onde as instituições de ensino superior direcionam o
desenvolvimento local.

25.
A quantidade expressiva de pessoas em situação de pobreza extrema nas grandes cidades é
uma barreira à expansão do crédito e da bolsa de valores no mercado brasileiro; o expressivo
número de consumidores com baixa renda e com débitos em atraso implica limitações ao
crédito e à financeirização da economia brasileira.

26.
Devido à organização produtiva de seu território, o Brasil é um espaço nacional do mercado
global.

27.
O território brasileiro dispõe de áreas onde a globalização é absoluta, ou seja, áreas nas quais
a produção, a circulação, a distribuição e a informação atendem aos interesses de grandes
empresas multinacionais.

(CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Julgue os itens subsequentes, acerca da estrutura urbana brasileira e das grandes metrópoles
nacionais.
28.
A grande cidade capitalista costuma dispor de áreas consolidadas, envelhecidas ou em
processo de renovação, criadas em diferentes momentos do tempo, somadas a paisagens
construídas recentemente.

29.
A organização do espaço urbano em áreas industriais, áreas de lazer, espaços públicos e
locais de consumo, e a distribuição dos meios de transporte e dos serviços públicos de saúde

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Urbanização.

e educação são determinadas pelo plano diretor de uso e ocupação do solo, o qual promove
uma cidade mais igualitária e menos segregadora.

(CESPE - SEE-AL - Professor / 2013)


No que se refere à atividade industrial e à urbanização brasileira, julgue os itens subsecutivos.
30.
Atualmente, no Brasil, há crescimento populacional nas grandes metrópoles e redução
populacional nas pequenas e médias cidades.

31.
Na região Centro-Oeste, a formação de áreas metropolitanas foi vinculada ao projeto
industrial e desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek.

32.
A implantação da Zona Franca de Manaus propiciou a desconcentração espacial do setor
metalúrgico brasileiro.

33. (CESPE - SEE-AL - Professor / 2013)


A diferenciação socioespacial é marca das cidades, desde os primórdios da urbanização. Não
há cidades sem divisão social do trabalho, o que pressupõe sempre uma divisão territorial do
trabalho. O estabelecimento dessa divisão ocorre de maneiras diversas no decorrer do longo
processo de urbanização.
Maria Encarnação Beltrão Sposito. “A produção do espaço urbano: escalas, diferenças e
desigualdades socioespaciais”. In: Ana Fani A. Carlos et al. A produção do espaço urbano:
agentes, processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2011, p. 124. (com adaptações).
Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos por ele suscitados, julgue os itens que se
seguem.
A diferenciação espacial urbana atrelada à divisão territorial do trabalho pressupõe,
simultaneamente, um espaço urbano fragmentado e desarticulado.

34.
Os primórdios da urbanização foram marcados por uma divisão social do trabalho,
relativamente simples, e pelo plano territorial estabelecido entre a cidade e o campo.

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Urbanização.

35.
No Brasil, a renda define a posição hierárquica que a cidade ocupa perante a rede urbana,
mas não determina a mobilidade espacial da sua população.

36. (CESPE - Prefeitura de São Luís-MA - Professor Nível Superior/PNS-A / 2017)


A respeito do processo de urbanização do espaço brasileiro, assinale a opção correta.
A) A desmetropolização, diminuição do crescimento das metrópoles em benefício das cidades
médias, vem reduzindo o número de cidades com mais de dez milhões de habitantes.
B) As regiões Sul e Nordeste, embora sejam as menos povoadas, apresentam os maiores
índices de urbanização.
C) O Centro-Oeste, com exceção das cidades de Brasília, Goiânia e Cuiabá, apresenta uma
espacialidade urbana quase nula.
D) A concentração de habitantes no Sudeste reproduz a concentração econômica do país,
resultando na formação de grandes cidades nessa região.
E) A população está distribuída igualitariamente no espaço urbano ao longo do território
brasileiro.

(CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata / 2017)


Considerando a tríade cidade, ambiente e cultura, julgue (C ou E) os seguintes itens.
37.
Nas cidades, as denominadas áreas de risco constituem-se à revelia das políticas espaciais
adotadas tanto pelos municípios quanto pelos empreendedores imobiliários, em um processo
no qual a população ocupante torna-se a responsável pela constituição do risco e da
vulnerabilidade.

38.
No Brasil, as periferias metropolitanas podem ser caracterizadas por trazerem elementos de
reprodução da vida rural pregressa do país, como são, por exemplo, os casos de Goiânia, São
Paulo e Belo Horizonte.

39.
As cidades médias têm apresentado, na atualidade, retração dos índices econômico e
tecnológico em decorrência do poder de atração e concentração exercido pelas metrópoles
nacionais e regionais.

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Urbanização.

40. (FGV - Prefeitura de João Pessoa - PB - Professor / 2014)


No Brasil, entre 1940 e 1980, ocorre uma verdadeira inversão quanto ao local de residência
da população e a taxa de urbanização do país passa de 26%, em 1940, para quase 70%, em
1980. Sobre os estágios do processo de urbanização do país, analise as afirmativas a seguir.
I. A urbanização aglomerada caracterizou‐se pelo aumento do número e da população dos
núcleos com mais de 20 mil habitantes.
II. A urbanização concentrada foi marcada pela diminuição do número de cidades de
tamanho médio, entre 100 e 500 mil habitantes.
III. O estágio da metropolização significou o aumento do número de cidades com mais de um
milhão de habitantes e de grandes cidades médias.
Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente a afirmativa II estiver correta.
C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

41. (CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata / 2016)


Acerca da formação territorial brasileira, julgue (C ou E) o item a seguir.
Com a construção de Brasília, a nova capital brasileira, pretendeu-se superar três dificuldades
para a implementação do Plano de Metas do então presidente Juscelino Kubistchek: a
inexistência de uma localização privilegiada do poder para o rearranjo das economias
regionais, em prol da unificação do mercado nacional; o enrijecimento econômico do litoral,
palco da colonização; o potencial burguês latifundiário e urbano concentrados nas antigas
ilhas territoriais produtivas de café e cana-de-açúcar.

42. (FGV - IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas / 2016)


A tabela abaixo apresenta os dados sobre a mobilidade pendular nas regiões metropolitanas
do estado de São Paulo, nos anos de 2000 e 2010:

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Urbanização.

As pesquisas sobre deslocamentos pendulares são de fundamental importância para


subsidiar o planejamento urbano e regional, pois fornecem um indicador da integração
funcional entre localidades.
Compreende-se como mobilidade pendular e considera-se um dos efeitos de seu incremento
para as regiões metropolitanas, respectivamente:
A) o deslocamento regular de pessoas para outros municípios, para fins de trabalho e/ou
estudo, e de retorno aos seus domicílios; o aumento do contingente de passageiros nos
transportes intermunicipais;
B) a circulação periódica de trabalhadores da casa para o trabalho e do trabalho para a casa;
a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores residentes nos municípios da periferia da
região metropolitana;
C) a transferência sazonal de trabalhadores das cidades médias para as grandes metrópoles
em busca de emprego, lazer e moradia; a sobrecarga dos serviços de uso coletivo nas áreas
centrais das regiões metropolitanas;
D) a migração interna e temporária de trabalhadores, consumidores e estudantes para as
periferias metropolitanas; a diminuição do preço da terra no núcleo metropolitano;
E) o movimento estacional de pessoas em busca de serviços públicos na área core da
metrópole; o aumento do custo de transporte para as pessoas que realizam deslocamentos
intermunicipais.

43. (FGV - IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas / 2016)


A teoria das localidades centrais considera os núcleos de povoamento, sejam grandes cidades
ou núcleos semirrurais, como localidades centrais. Estas, por sua vez, são dotadas de funções
centrais, que são atividades de distribuição de bens e serviços para uma população externa,
residente da área de influência, em relação à qual a localidade central tem uma posição
central.
O quadro abaixo apresenta as cidades de uma rede urbana hipotética e suas funções

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Urbanização.

A partir da análise do quadro e da teoria das localidades centrais, é correto afirmar que:
A) dentre os bens ou serviços distribuídos na rede urbana hipotética, X é o consumido com
menor frequência;
B) dentre os bens ou serviços distribuídos na rede urbana hipotética, R é o consumido com
maior frequência;
C) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 1 possui a menor área de influência;
D) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 3 possui a maior centralidade;
E) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 5 possui a menor centralidade.

44. (FGV - IBGE - Tecnologista - Geografia / 2016)


Na organização do espaço urbano brasileiro na contemporaneidade, observa-se uma
expansão impulsionada por duas lógicas, a da localização dos empregos nos núcleos das
aglomerações e a da localização das moradias nas áreas periféricas. A incorporação de novas
áreas residenciais, o aumento da mobilidade e a oferta de transporte eficiente favorecem a
formação de arranjos populacionais de diferentes magnitudes que aglutinam diferentes
unidades espaciais. Adaptado de: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas no
Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
identificou 294 arranjos populacionais no País, formados por 938 municípios e que
representam 55,9% da população residente no Brasil em 2010.Os critérios utilizados na
identificação dos arranjos populacionais empregam a noção de integração, medida:
A) pelos movimentos pendulares para trabalho e estudo e/ou pela contiguidade urbana;
B) pelas funções urbanas e/ou pelo rendimento dos responsáveis por domicílio;
C) pelos fluxos telefônicos e/ou pelas unidades locais das empresas de serviços à produção;
D) pela densidade demográfica e/ou pela estrutura da População Economicamente Ativa;
E) pelo tamanho populacional e/ou pelo fluxo de bens, mercadorias, informações e capitais.

(CESPE - MPOG - Geógrafo / 2015)


Com relação à complexidade da rede urbana brasileira e sua hierarquização intra e
interurbana, julgue os itens seguintes.

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Urbanização.

45.
A complexidade da rede urbana brasileira é demonstrada pela diversidade de municípios com
diferentes tamanhos, funções e extensões territoriais; já que há desde municípios com menos
de mil habitantes até aqueles com mais de dez milhões de pessoas.

46.
O fundo de participação dos municípios — transferência constitucional da União para os
municípios brasileiros — é uma das fontes de recursos para a manutenção desses que
considera o tamanho da população local: quanto maior a população de um município, maior
será o repasse deste recurso.

47.
Nas duas últimas décadas do século XX, a urbanização brasileira passou por processo de
desaceleração a partir dos efeitos da crise econômica vivida pelo país, cujas metrópoles se
mantiveram em contingente demográfico, tamanho e importância, em contraposição às
cidades médias, as quais passaram a receber os fluxos migratórios antes destinados às
metrópoles.

48.
A manutenção do parque industrial brasileiro na região Sudeste e a expansão do agronegócio
concentraram a maior parte das cidades médias (entre 100 e 500 mil habitantes) na região
mais desenvolvida do país, no eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

49. (CESPE - SEDU-ES - Professor B — Ensino Fundamental e Médio / 2010)


O espaço geográfico é objeto de disputas sociais em um processo histórico e contínuo. Acerca
desse assunto, julgue o seguinte item.
Os controles da localização da infraestrutura urbana, da localização dos aparelhos do Estado,
da legislação de uso e da ocupação do solo são mecanismos de controle do espaço urbano.

50. (FGV - SEDUC-AM - Professor / 2014)


A temperatura média anual nas áreas centrais urbanas é comumente mais alta que a de seu
entorno. Em alguns dias esse contraste pode atingir até 10°C, fenômeno que ficou conhecido
como ilha de calor urbana.
Sobre os fatores que contribuem para a formação de uma ilha de calor urbana, analise as
afirmativas a seguir.

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Urbanização.

I. A diminuição da velocidade média do vento, devido ao aumento da rugosidade urbana, o


que modifica as transferências de calor.
II. A predominância de superfícies impermeabilizadas em áreas urbanas, o que reduz a
evapotranspiração.
III. As propriedades térmicas dos materiais de construção das cidades, o que provoca o
armazenamento do calor.

Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente a afirmativa II estiver correta.
C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(CESPE - SEDUC-AL - Professor / 2018)


À Geografia está posto o desafio de pensar a cidade em sua perspectiva espacial, isto é, a
necessidade da produção de um conhecimento que dê conta da construção de uma teoria da
prática socioespacial urbana para desvendar a realidade urbana em sua totalidade e as
possibilidades que se desenham no horizonte e para a vida cotidiana na cidade. Significa
pensar o processo de reprodução do espaço urbano em suas várias dimensões.
Ana Fani. A produção do espaço urbano, São Paulo, 2011, p. 67

Considerando que o texto precedente tem caráter unicamente motivador, julgue os itens a
seguir a respeito dos processos de urbanização e metropolização.

51.
Os processos de urbanização e metropolização dos países subdesenvolvidos ocorreram
posteriormente aos dos países desenvolvidos, em meados do século XX, de forma intensa e
planejada.

52.
A intensificação da urbanização, ocorrida em alguns países da Europa a partir da Revolução
Industrial do século XVIII, produziu maior densidade de espaço no espaço urbano.

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Urbanização.

53. (CESPE - ABIN - Oficial de Inteligência / 2018)


O crescimento da população mundial tem preocupado as instituições internacionais porque
articula vários aspectos da vida humana, desde o meio ambiente e o desenvolvimento
econômico até a habitação e o crescimento das cidades. Considerando essas informações,
julgue o item seguinte.
A abertura de fronteiras agrícolas pelos conglomerados internacionais interfere nas taxas de
urbanização de países em desenvolvimento porque articula a agricultura às tecnologias
avançadas de produção.

54. (CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Acerca da integração da indústria à estrutura urbana no Brasil, julgue o próximo item.
O território brasileiro dispõe de áreas onde a globalização é absoluta, ou seja, áreas nas quais
a produção, a circulação, a distribuição e a informação atendem aos interesses de grandes
empresas multinacionais.

55. (CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Julgue o item subsequente, acerca da estrutura urbana brasileira e das grandes metrópoles
nacionais.
A grande cidade capitalista costuma dispor de áreas consolidadas, envelhecidas ou em
processo de renovação, criadas em diferentes momentos do tempo, somadas a paisagens
construídas recentemente.

56. (CESPE - ABIN - Agente de Inteligência / 2018)


Julgue o item subsequente, acerca da estrutura urbana brasileira e das grandes metrópoles
nacionais.
As desigualdades sociais se refletem no espaço urbano e as formas produzidas são distintas
em função de cada contexto territorial. As estruturas e formas urbanas das cidades dos países
mais ricos da Europa e América Anglo-saxônica são totalmente diversas daquelas das cidades
latino americanas e africanas.

57. (CESPE - SEE-AL - Professor / 2013)


A diferenciação socioespacial é marca das cidades, desde os primórdios da urbanização. Não
há cidades sem divisão social do trabalho, o que pressupõe sempre uma divisão territorial do
trabalho. O estabelecimento dessa divisão ocorre de maneiras diversas no decorrer do longo
processo de urbanização.

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Urbanização.

Maria Encarnação Beltrão Sposito. “A produção do espaço urbano: escalas, diferenças e


desigualdades socioespaciais”. In: Ana Fani A. Carlos et al. A produção do espaço urbano:
agentes, processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2011, p. 124. (com adaptações).

Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos por ele suscitados, julgue o item que se
segue.
A diferenciação espacial urbana atrelada à divisão territorial do trabalho pressupõe,
simultaneamente, um espaço urbano fragmentado e desarticulado.

58. (FGV - IBGE - Tecnologista / 2016)


A resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas intitulada “O futuro que queremos” data
de 2012 e se inscreve no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20). O documento reconhece que cidades bem planejadas e construídas
podem fomentar sociedades sustentáveis em termos econômicos, sociais e ambientais. Nesse
sentido, as formas e os usos urbanos foram considerados como dimensões a serem
repensadas e planejadas.
Para tornar as cidades ambientalmente sustentáveis, o documento “O futuro que queremos”
preconiza:
A) a desdensificação das áreas centrais;
B) a supressão gradual de espaços livres;
C) o adensamento da franja rural-urbana;
D) a remoção de assentamentos informais;
E) o incentivo ao uso misto do solo urbano.

59. (FGV - IBGE - Tecnologista / 2016)


A rede urbana brasileira convive atualmente com um padrão espacial do tipo clássico, em que
a hierarquia entre as cidades é bem definida, e um padrão urbano em que algumas cidades,
de maior dinamismo, graças à maior eficiência das comunicações, subvertem as noções de
hierarquia e de proximidade entre cidades. Cidades com redes técnicas avançadas estão
“próximas” a cidades muito distantes, enquanto que cidades vizinhas, em que as redes
técnicas são deficientes, mantêm fracas relações entre si. A revolução tecnológica torna as
redes urbanas cada vez mais diferenciadas e complexas.
O padrão dominantemente não hierarquizado pode ser observado:
A) na estrutura das redes de gestão pública;
B) na distribuição de bens e serviços centrais;
C) nos fluxos baseados em especializações produtivas;

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Urbanização.

D) nas conexões determinadas pela gestão empresarial;


E) na direção dos movimentos pendulares para trabalho.

60. (CESPE - SEDU-ES - Professor B / 2010)


O espaço geográfico é objeto de disputas sociais em um processo histórico e contínuo. Acerca
desse assunto, julgue o seguinte item.
Considerando como ponto de partida a classe dominante, tem-se que o controle da produção
e do consumo no espaço urbano ocorre por meio de três esferas: a econômica, a política e a
ideológica.

61. (CESPE - SEDU-ES - Professor B - 2010)


A utilização dos espaços ocorre em função de uma complexa articulação de elementos em
diferentes níveis hierárquicos e sociais. Quanto ao processo de apropriação do espaço
geográfico em situações distintas, julgue o próximo item.

Os espaços públicos passam por diferentes situações de apropriação, e a informalidade na


economia brasileira revelou uma situação complexa em várias cidades, a dos ambulantes. Na
maioria dos casos, eles possuem autorização oficial para usar esses espaços, no entanto não
estão devidamente registrados na sua atividade.

62. (CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata / 2015)


A segregação residencial é um dos mais expressivos processos espaciais que geram a
fragmentação do espaço urbano. As áreas sociais são a sua manifestação espacial, a forma
resultante do processo. Forma e processo levam a ver a cidade como um “mosaico social”. A
partir da segregação das áreas sociais, originam-se inúmeras atividades econômicas
espacialmente diferenciadas, como centros comerciais e áreas industriais. O inverso também
é verdadeiro: a partir da concentração de indústrias na cidade, podem se formar bairros
operários. A segregação residencial e as áreas sociais, por outro lado, estão na base de
muitos movimentos sociais com foco no espaço.
R. L. Corrêa. Segregação residencial: classes sociais e espaço urbano. In: A cidade
contemporânea. São Paulo: Contexto, 2013, p. 40-60 (com adaptações).
Com relação ao tema tratado no fragmento de texto acima, julgue (C ou E) o item que se
segue.
Na cidade conurbada, as áreas de consumo de bens e serviços não são as mesmas para todos,
e o tempo de deslocamento até elas são razão de diferenciação, o que facilita a elaboração
de uma representação de centralidade urbana que seja a base de construção de identidades
e de memória urbana.

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Urbanização.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia a notícia para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Em dia de maior mobilização, protestos levam mais de 1 milhão de pessoas às ruas no Brasil
Mais de 1 milhão de pessoas participaram de protestos em várias cidades do Brasil nesta
quinta-feira [20.06.2013]. Os protestos ocorreram em várias capitais e centenas de cidades
nas cinco regiões do país. Ao todo, 388 cidades tiveram manifestações, incluindo 22 capitais.
(http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)

63. (Vunesp 2014)


Os protestos que tomaram as ruas do Brasil durante o mês de junho de 2013 foram
originalmente motivados por problema que aflige grande parte da população que vive nas
grandes cidades do país, a saber,
A) o aumento do desemprego e a precarização do trabalho.
B) o alto custo e a má qualidade do sistema público de saúde.
C) o aumento da violência urbana e o alto custo da segurança pública.
D) a falta de vagas na educação básica e a precarização do sistema público de ensino.
E) o alto custo e a má qualidade do sistema público de transporte.

64.(Vunesp 2012)
Leia o texto.
A cada sopro de modernização das forças produtivas agrícolas e agroindustriais, as cidades
das áreas adjacentes se tornam responsáveis pelas demandas crescentes de uma série de
novos produtos e serviços, dos híbridos à mão de obra especializada, o que faz crescer a
urbanização, o tamanho e o número das cidades. As casas de comércio de implementos
agrícolas, sementes, grãos, fertilizantes; os escritórios de marketing, de consultoria contábil;
[...] as empresas de assistência técnica, de transportes; os serviços do especialista em
engenharia genética, veterinária, administração [...] se difundiram por todas as partes do
Brasil agrícola moderno.
(Maria Adélia de Souza (org.). Território Brasileiro: usos e abusos, 2003.)

O texto faz referência a


A) cidades globais.
B) metrópoles nacionais.
C) cidades do agronegócio.

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Urbanização.

D) cidades planejadas.
E) metrópoles conurbadas.

65.(Vunesp 2009)
As áreas de riscos são geralmente ocupadas pela população mais pobre que constrói suas
casas, muitas vezes, sem investimentos em técnicas e tecnologias apropriadas. Nesse tipo de
dinâmica de uso e ocupação do solo urbano, ocorre o aparecimento das favelas,
principalmente nas médias e grandes cidades. Esse fato demonstra que
A) a periferia das cidades é o local de preferência dos pobres, pois lá eles encontram a
verdadeira sociabilidade.
B) a concentração da população pobre nessas áreas justifica-se pela facilidade de acesso e
pela centralização de bens e serviços públicos.
C) esse tipo de ocupação ocorre nas metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro em razão do
esgotamento das áreas urbanas adequadas às construções.
D) a pobreza urbana é a principal causa dos graves impactos ambientais em razão da forma
predadora de apropriação do espaço urbano.
E) as favelas construídas em áreas de riscos nas cidades evidenciam as contradições
socioespaciais e a exclusão social sofrida por parte da população.

66. (Vunesp 2015)


Brasília simbolizou na ideologia nacional-desenvolvimentista o “futuro do Brasil”, o arremate
e a obra monumental da nação a ser construída pela industrialização coordenada pelo Estado
planificador, pela ação das “forças do progresso” (aquelas voltadas para o desenvolvimento
do “capitalismo nacional”), que paulatinamente iriam derrotar as “forças do atraso” (o
imperialismo, o latifúndio e a política tradicional, demagógica e “populista”).
(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)

Segundo o texto, a construção de Brasília deve ser entendida


A) como uma tentativa de limitar a migração para o Centro do país e de reforçar o
contingente de mão de obra rural.
B) dentro de um conjunto de iniciativas de caráter liberal, que buscava eliminar a
interferência do Estado nos assuntos econômico-financeiros.
C) dentro do rearranjo político do pós-Segunda Guerra Mundial, que se caracterizava pelo
clima de paz nas relações internacionais.
D) dentro de um amplo projeto de redimensionamento da economia e da política brasileiras,
que pretendia modernizar o país.

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Urbanização.

E) como um esforço de internacionalização da economia brasileira, que provocaria aumento


significativo da exportação agrícola.

67. (Fgv 2014)


No texto abaixo, o demógrafo Fausto Brito analisa o fenômeno das migrações internas no
Brasil entre 1960 e 1980.
As migrações internas redistribuíam a população do campo para as cidades, entre os estados
e entre as diferentes regiões do Brasil, inclusive para as fronteiras agrícolas em expansão,
onde as cidades eram o pivô das atividades econômicas. Mas, o destino fundamental dos
migrantes que abandonavam os grandes reservatórios de mão de obra – o Nordeste e Minas
Gerais, principalmente – eram as grandes cidades, particularmente, os grandes aglomerados
metropolitanos em formação no Sudeste, entre os quais a Região Metropolitana de São Paulo
se destacava.
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/outros/6EncNacSobreMigracoes/ST3/FaustoB
rito.pdf
De acordo com a visão do autor, as migrações internas podem ser associadas,
essencialmente, ao
A) povoamento de novas áreas rurais situadas na fronteira agrícola em expansão, nas quais
cidades médias comandavam as atividades econômicas.
B) processo de urbanização e ao incremento da concentração populacional que deu origem
aos grandes aglomerados metropolitanos.
C) processo de transição demográfica, que ajudou a redistribuir mais equitativamente a
população pelo território brasileiro.
D) descolamento entre mobilidade espacial e mobilidade social, já que a população rural foi
transferida para os centros urbanos, mas permaneceu em situação de exclusão.
E) processo de transferência das cidades do Nordeste e de Minas Gerais, que funcionavam
como reservatório de mão de obra, para os grandes aglomerados metropolitanos do Sudeste.

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1. Alternativa D 23. Alternativa C 45. Alternativa C


2. Alternativa D 24. Alternativa C 46. Alternativa C
3. Alternativa D 25. Alternativa E 47. Alternativa E
4. Alternativa A 26. Alternativa C 48. Alternativa E
5. Alternativa D 27. Alternativa C 49. Alternativa C
6. Alternativa B 28. Alternativa C 50. Alternativa E
7. Alternativa B 29. Alternativa E 51. Alternativa E
8. Alternativa E 30. Alternativa E 52. AlternativaC
9. Alternativa D 31. Alternativa E 53. AlternativaC
10. Alternativa E 32. Alternativa E 54. AlternativaC
11. Alternativa B 33. Alternativa E 55. AlternativaC
12. Alternativa A 34. Alternativa C 56. AlternativaC
13. Alternativa A 35. Alternativa E 57. AlternativaE
14. Alternativa E 36. Alternativa D 58. AlternativaE
15. Alternativa C 37. Alternativa E 59. AlternativaC
16. Alternativa C 38. Alternativa C 60. AlternativaC
17. Alternativa E 39. Alternativa E 61. AlternativaE
18. Alternativa C 40. Alternativa D 62. AlternativaE
19. Alternativa C 41. Alternativa C 63. AlternativaE
20. Alternativa C 42. Alternativa A 64. AlternativaC
21. Alternativa C 43. Alternativa E 65. AlternativaE
22. Alternativa C 44. Alternativa A 66. AlternativaD
67. AlternativaB

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito bem, querido concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não se esqueça, também, dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para
alcançá-los. Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em
rastejar”. Encontro você na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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