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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


ENGENHARIA CIVIL
Impacto Ambiental

TEMA:
URBANIZAÇÂO

DISCENTE:
Gefessson Orlando Duarte
Jacinto Clero Nhampossa
Mário António Nhanombe
Milton Dina Neves

Beira, Maio de 2022


DISCENTE:
Gefesson Orlando Duarte
Jacinto Clero Nhampossa
Mário António Nhanombe
Milton Dina Neves

TEMA:
URBANIZAÇÂO

Trabalho orientado pelo docente José


Pacheco, a ser apresentado na cadeira de
Impacto Ambiental como requisito parcial
para aprovação na cadeira.

DOCENTE:
Docente: José Pacheco

Beira, Maio de 2022


Índice
1 Introdução ................................................................................................................. i

1.1 Objectivos.........................................................................................................ii

1.2 Metodologia .....................................................................................................ii

2 Urbanização ............................................................................................................. 3

2.1 Espaço urbano e rural ....................................................................................... 3

2.2 Processo de urbanização................................................................................... 5

2.3 Relação entre industrialização e urbanização................................................... 7

2.4 Urbanização no mundo..................................................................................... 8

2.5 Urbanização em Moçambique .......................................................................... 9

2.5.1 Zonas ou Áreas Urbanas em Moçambique ............................................... 10

2.5.2 Classificação de Cidades em Moçambique............................................... 11

2.5.3 Urbanização em Moçambique .................................................................. 12

2.5.4 A rápida urbanização e a população urbana em Moçambique ................. 14

2.6 Problemas ambientais urbanos ....................................................................... 15

2.6.1 Causas dos problemas ambientais urbanos ............................................... 16

2.6.2 Quais são os principais problemas ambientais urbanos? .......................... 16

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 18

4 Referências ............................................................................................................ 19
1 INTRODUÇÃO
A urbanização, em seu sentido lato, é processo que consiste em transformar a área rural
em urbana por meio da edificação de infraestruturas e provimento de equipamentos para o bem
estar da população. Este processo pode ser compreendido, ainda, a partir de suas resultantes
com base em dois elementos: áreas urbanizadas com presença ou escassez de infraestruturas
urbanas e ou aumento da população em áreas urbanas que contribui para o crescimento das
cidades. Diferentemente dos países como os da Europa ou dos Estados Unidos da América
onde o processo de urbanização foi impulsionado pela revolução industrial, em muitos países
africanos este processo está em curso e se efetuando de forma rápida, muitas vezes sem atender
aos padrões de planejamento urbano e implantação de infraestruturas urbanas.

i
1.1 Objectivos
Geral

 Conceitualizar Urbanização

Específicos

 Analisar o crescimento demográfico da população e dos seus aspectos


socioeconómicos;
 Caracterizar os aspectos relevantes no estudo da Urbanização
 Abordar do Processo de Urbanização em Moçambique

1.2 Metodologia
O presene trabalho foi elaborado com base em embasamento de ideias de diversos
autores extraídos de artigos de internet e trabalhos publicados em formao PDF. As citações
de Autores que não estão patentes nas referencias de trabalho, são referentes a citações de
citações do artigo publicados por Ester RIBEIRO.

ii
2 URBANIZAÇÃO
O processo de urbanização corresponde ao expressivo aumento da população urbana
em relação à população rural, e isso se deve a diversos factores atrativos e repulsivos
(SOUSA, vicitado em 12/05)

Urbanização é o incremento das cidades, tanto em infraestruturas, população quanto em


extensão territorial. É o processo em que o espaço rural transforma-se em espaço urbano, com
a consequente migração populacional do tipo campo–cidade que, quando ocorre de forma
intensa e acelerada, é chamada de êxodo rural

Em suma podemos dizer que o aumento da população nas grandes cidades está
associado ao êxodo rural, ou seja, ao fato de a população deixar a zona rural para dirigir-se aos
centros urbanos. E que tal processo de urbanização ocorre segundo factores atrativos, como a
industrialização, e factores repulsivos, como a modernização do campo.

2.1 Espaço urbano e rural


Urbano e rural são duas dimensões de um mesmo espaço geográfico, e suas relações
inserem-se no contexto da divisão territorial do trabalho.

Os espaços urbano e rural inserem se como diferentes manifestações concretizadas no


espaço físico, compreendidas por suas distintas dinâmicas econômicas,
culturais, técnicas e estruturais. Embora componham meios considerados distintos, suas inter-
relações são bastante complexas. Por isso, muitas vezes é difícil separar ou compreender a
especificidade de cada um desses conceitos.

O conceito de espaço urbano designa a área de elevado adensamento populacional com


formação de habitações justapostas entre si, o que chamamos de cidade. Já o conceito de espaço
rural refere-se ao conjunto de actividades primárias praticadas em áreas não ocupadas por
cidades ou grandes adensamentos populacionais (PENA, visiado em 12/05).

No entanto, para além dessa definição simples e introdutória, é interessante perceber


que rural e urbano são, além de tudo, tipos diferentes de práticas cotidianas. Assim, podem
existir práticas rurais no espaço das cidades ou práticas urbanas no espaço do campo. Por
exemplo: um cultivo de hortaliças dentro do espaço de uma cidade (embora isso seja cada vez
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mais raro nos grandes centros urbanos) é um caso de prática rural no meio urbano. Da mesma
forma, a existência de um hotel fazenda ou um resort em uma zona afastada da cidade é um
exemplo de prática urbana no meio rural.

Uma das principais diferenças entre urbano e rural está, assim, nas práticas
socioeconômicas. O espaço rural, como já dissemos, engloba predominantemente actividades
vinculadas ao sector primário (extrativismo, agricultura e pecuária), ao passo que o espaço
urbano costuma reunir actividades vinculadas ao sector secundário (indústria e produção de
energia) e terciário (comércio e serviços).

Outra diferença entre urbano e rural está na amplitude dos respectivos conceitos. Em
termos de escala, a abrangência espacial do meio rural é muito maior, pois ele reúne tantos as
áreas transformadas e cultivadas pelo homem quanto o espaço natural, pouco transformado ou
mantido totalmente sem intervenções antrópicas. Por outro lado, a cidade, embora possua uma
maior dinâmica econômica, apresenta-se em espaços mais circunscritos, mesmo com o
crescimento desordenado dos espaços urbanos na maioria dos países periféricos e emergentes.

Em termos de hierarquia econômica, podemos dizer que, originalmente, o campo


exercia um papel preponderante sobre as cidades. Afinal, foi o desenvolvimento da agricultura
e da pecuária que permitiu a formação das primeiras civilizações e o seu posterior
desenvolvimento. No entanto, com o avanço da Revolução Industrial e as transformações
técnicas por ela produzidas, o meio rural viu-se cada vez mais subordinado ao urbano, uma vez
que as práticas agropecuárias e extrativistas passaram a depender cada vez mais das técnicas,
tecnologias e conhecimentos produzidos nas cidades (PENA, visiado em 12/05).

Actualmente, o urbano e o rural formam uma relação socioeconômica e até cultural


bastante ampla, muitas vezes se apresentando de forma não coesa e profundamente marcada
pelo avanço das técnicas e pelas transformações produzidas a partir dessa conjuntura. Nessa
relação, o espaço geográficoproduzidas a partir dessa conjuntura. Nessa relação, o espaço
geográfico estrutura-se em toda a sua complexidade e transforma-se em reflexo e condicionante
das relações sociais e naturais, denunciando as marcas deixadas pelas práticas humanas no
meio em que se estabelecem.

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Espaço Urbano Espaço Rural

Descrição Áreas de elevado adensamento Áreas de baixo adensamento


populacional, composta por populacional no qual se destacam
habitações aglomeradas que asseamentos e pequenas
formam cidades. propriedades.
Destaque para actividades como:  Produção industrial  Agricultura
 Comercio  Pecuária
 Serviços  Agroindustriais
Diferenças  Menor abrangência espacial.  Maior abrangência espacial
 Maior dinâmica económica  Menor dinâmica económica

Tabela 1 – resumo urbano vs rural

2.2 Processo de urbanização


O processo de formação das cidades ocorre desde os tempos do período neolítico. No
entanto, sob o ponto de vista estrutural, elas sempre estiveram vinculadas ao campo, pois
dependiam deste para sobreviver.

O que muda no actual processo de urbanização capitalista, que se intensificou a partir


do século XVIII, é que agora é o campo quem passa a ser dependente da cidade, pois é nela
que as lógicas econômico-sociais que estruturam o meio rural são definidas.

O processo de urbanização no contexto do período industrial estrutura-se com base em


dois tipos de causas: os factores atrativos e os factores repulsivos.

Factores atrativos: Como o próprio nome sugere, são aqueles em que a urbanização
ocorre devido às condições estruturais oferecidas pelo espaço das cidades, o maior deles é a
industrialização. Esse processo é característico dos países desenvolvidos, onde o processo de
urbanização ocorreu primeiramente. Cidades como Londres e Nova York tornaram-se
predominantemente urbanas a partir da década de 1900, início do século XX, em razão da
quantidade de empregos e das condições de moradias oferecidas (embora, em um primeiro
momento, a maior parte dessas moradias fosse precária em comparação aos padrões de
desenvolvimento actual dessas
cidades).

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Factores repulsivos: São aqueles em que a urbanização ocorre não em função das
vantagens produtivas das cidades, mas graças a essa espécie de expulsão da população do
campo para os centros urbanos. Esse processo ocorre, em geral, pela modernização do
campo, que propiciou a substituição do homem pela máquina, e pelo processo de
concentração fundiária, que deixou a maior parte das quantidades de terras nas mãos de
poucos latifundiários. Esse fenômeno é característico dos países subdesenvolvidos e é
marcado pela elevada velocidade em que o êxodo rural aconteceu, bem como pela
concentração da população nas capitais (metropolização). Tais cidades não conseguem
absorver esse quantitativo populacional, propiciando a formação de favelas e habitações
irregulares, geralmente precarizadas e sem infraestrutura. Resumidamente, o processo de
urbanização ocorre em quatro principais etapas, sofrendo algumas poucas variações nos
diferentes pontos do planeta:

1º 2º Ampliação da 3º exodo rural e 4º esrtuturação


Industrialização divisão entre formação das da hierarquia
das sociedades campo e cidade metropoles urbana

Figura 1- resumo do processo de urbanização

Em geral, o que se observa é a industrialização funcionando como um motor para a


urbanização das sociedades (1ª ponto do esquema anterior). Em seguida, ampliam-se as
divisões econômicas e produtivas, com o campo produzindo matérias-primas e as cidades
produzindo mercadorias industrializadas e realizando actividades características do sector
terciário (2º ponto).

Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a formação de grandes
capitais e, em alguns casos, até de megacidades, com populações que superam os 10 milhões
de habitantes (3º ponto). Por fim, estrutura-se a chamada hierarquia urbana, que vai desde as
pequenas e médias cidades às grandes capitais.

Vale lembrar que esse esquema é apenas ilustrativo, pois a sequência desses
acontecimentos não é linear. Muitas vezes os fenômenos citados acontecem ao mesmo tempo.
Outra excepção importante é a de que tal sequência não acontece de forma igualitária em todo
o mundo. Nos países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de forma mais lenta e

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gradativa, enquanto nos países de industrialização tardia, tal processo manifesta-se de forma
mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais.

2.3 Relação entre industrialização e urbanização


No processo de constituição e transformação do espaço geográfico ao longo da história,
um dos factores que exerceram uma maior influência foi a industrialização, que se manifestou
em diferentes ritmos e períodos entre os diversos países. Nesse sentido, podemos dizer que um
desses efeitos foram as transformações relacionadas com o processo de urbanização das
sociedades.

A relação entre industrialização e urbanização encontra-se no fato de que é o processo


industrial que dinamiza as sociedades e atua no sentido de modernizá-las, embora esse não seja
o único factor responsável por isso. Assim, ampliam se os chamados factores atrativos das
cidades, ou seja, o conjunto de características do meio urbano que atrai os migrantes advindos
do campo.

Além disso, entre os efeitos da industrialização na urbanização, temos a transformação


do meio rural e, por extensão, dos factores repulsivos do campo, ou seja, os elementos do
meio rural responsáveis por enviar de maneira relativamente forçada a população rural para as
cidades. Nesse caso, podemos citar a mecanização das actividades agrícolas, que geram a
substituição de uma grande quantidade de trabalhadores por maquinários e do tipo de agro-
sistema adotado. Essa mecanização é intensificada pelas inovações técnicas produzidas pela
industrialização. Portanto, a industrialização intensifica a urbanização das sociedades no
sentido de propiciar a formação do êxodo rural, que é a migração em massa da população do
campo para as cidades, além de atrair essa migração justamente para as áreas mais
industrializadas, onde há mais empregos direta e indiretamente produzidos pelas indústrias.

Vale lembrar que não é só a actividade industrial em si que gera uma maior atratividade
demográfica para as cidades, mas a dinâmica econômica por ela produzida, que provoca o
surgimento de maiores oportunidades em outros ramos da economia, principalmente no setor
terciário (comércio e serviços). Não por coincidência, os países que mais avançaram no
processo de industrialização e modernização das sociedades são aqueles que mais apresentam
um setor terciário como composição predominante na produção de riquezas em suas
respectivas economias.
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Além de atrair um maior volume demográfico e intensificar a urbanização, os efeitos da
industrialização nas cidades também podem ser sentidos na composição hierárquica da divisão
territorial do espaço geográfico. Em sociedades predominantemente agrárias, o campo exerce
uma relação preponderante sobre as cidades, uma vez que elas dependem do meio rural para a
geração de alimentos, matérias-primas e movimentação de capital. Com a industrialização, as
cidades modernizam-se e passam a subordinar o campo, que se torna dependente do meio
urbano para o recebimento de máquinas, aparatos tecnológicos, mão de obra qualificada,
conhecimentos científicos aplicados à produção, entre outros elementos.

Portanto, em resumo, podemos dizer que os efeitos da industrialização na


urbanização são: intensificação do crescimento das cidades; concentração populacional;
crescimento do setor terciário e a inversão da relação de subordinação entre campo e cidade.
Esses aspectos são indicativos gerais e precisam ser devidamente adaptados para o
entendimento de cada ocorrência ao longo do espaço geográfico mundial.

2.4 Urbanização no mundo


Nem sempre o homem habitou em cidades, os primeiros habitantes eram nômades,
portanto não tinham residência fixa e viviam da caça, pesca e coleta, posteriormente deixaram
essa condição para se tornarem produtores.

A partir de então o homem foi se aglomerando em centros urbanos e desenvolvendo


actividades econômicas. Sendo assim, o processo de urbanização tem duas fases marcantes, a
primeira ocorreu com a Revolução Industrial, esse acontecimento provocou uma enorme
migração, pessoas que habitavam áreas rurais saíram rumo às cidades, mas isso aconteceu
somente nos países envolvidos na revolução e não em escala planetária. A segunda aconteceu
após a Segunda Guerra Mundial, mas essa não foi motivada pela industrialização, houve um
êxodo rural em massa desencadeado pelo encanto urbano, melhores condições de vida,
oportunidades de estudo e trabalho.

O processo de urbanização ocorreu essencialmente pelo deslocamento de pessoas


oriundas das zonas rurais em direção às cidades, que são caracterizadas pela aglomeração de
pessoas em uma área delimitada e pela actividade produtiva, que deixa de ser agrícola para se
tornar industrial, comercial; e também pela realização de prestação de serviços.

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Esse processo não sucedeu simultaneamente no mundo, haja vista que os países
industrializados já haviam atravessado esse período, no caso dos países em desenvolvimento e
de industrialização tardia, o crescimento urbano acontece actualmente de forma acelerada e
desordenada. A falta de planejamento urbano tem favorecido a proliferação de graves
problemas, tais como a favelização, falta de infraestrutura, violência, poluição de todas as
modalidades, desemprego e muitos outros.

Os índices de pessoas que vivem em cidades oscilam de acordo com o continente, país
e áreas internas, uma vez que a África possui 38% de seus habitantes vivendo em cidades, na
Ásia são 39,8%, na América Latina 77,4%, na América do Norte 80,7%, na Europa 72,2% e
na Oceania 70,8%. Em outra abordagem, tomando como princípio os países ricos e pobres,
existe uma enorme disparidade quanto ao percentual de população urbana e rural. Na Bélgica,
por exemplo, 97% das pessoas vivem em centros urbanos enquanto que em Ruanda esse índice
cai para 17% (FREITAS, vicitado em 12/05).

O fenômeno da urbanização produziu cidades cujo número de habitantes supera os 10


milhões, essas recebem o nome de megacidades ou megalópoles como, por exemplo, Tóquio
(Japão) com 35,2 milhões de habitantes, Cidade do México (México) com 19,4 milhões, Nova
Iorque (Estados Unidos) com 18,7 milhões e mais tantas outras cidades espalhadas pelo mundo
(FREITAS, vicitado em 12/05).

2.5 Urbanização em Moçambique


Moçambique é um país africano, situado a sudeste na costa oriental da África entre os
paralelos 10° 27’ e 26° 52’ de latitudes Sul e meridianos 30° 12’ e 40° 51’ de longitude Este.
Tem uma área de 799.380 km², perfazendo 98% de terra firme e 2% de águas interiores (FOOD
AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS – FAO, 2009). É
limitado ao Norte pela Tanzânia, a Noroeste pela Zâmbia e Malawi; ao Oeste pelo Zimbabwe,
ao Sul pela África do Sul e ao Sudoeste pela Suazilândia. A costa é banhada pelo oceano Índico
que o separa da ilha de Madagáscar através do canal de Moçambique, conforme Figura
2.((RIBERO, 2019)).

Administrativamente o território moçambicano está dividido em 11 províncias,


distribuídas em três regiões: Região Norte, composta pelas províncias de Niassa, Cabo Delgado
e Nampula; Região Centro (Zambézia, Tete; Manica e Sofala) e Região Sul (Inhambane, Gaza,
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Maputo e Cidade de Maputo). As províncias estão divididas em distritos, os distritos divididos
em postos administrativos e estes em localidades. Essas divisões constituem as principais
unidades territoriais da organização e funcionamento da administração do Estado e pilares de
planificação do desenvolvimento econômico, social e cultural (Boletim da Republica, 2003,
p.2).

Figura 2 – localização e divisão territorial (fonte: Instituto nacional de estatística).

2.5.1 Zonas ou Áreas Urbanas em Moçambique


Em Moçambique todo o espaço urbano é considerado zona ou área urbana (Boletim da
República, 2004, p. 544). Correspondem a zonas ou áreas urbanas as cidades e vilas. São no
total vinte e três cidades e sessenta e nove vilas em Moçambique (RIBEIRO, 2018).

Devido ao processo de descentralização, foram criados os municípios que


correspondem a circunscrição territorial das cidades e vilas (Boletim da Republica, 1997), mas
nem todas vilas são municípios. Não há em Moçambique um único critério para a definição do
que é uma área urbana. Existe contradição na definição dos critérios para áreas urbanas entre
as instituições do Estado como MAE (Ministério de Administração Estatal) e MICOA
(Ministério Para a Coordenação da Ação Ambiental) e como consequência torna-se difícil
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assumir um critério como padrão funcional, o que acaba por criar ambiguidades na definição
das áreas urbanas.

Porém, de acordo com World Bank Staff e Muzima ((S/D, p. 14) (citado em RIBEIRO,
2018, P3)), em Moçambique usam-se três definições de “urbano” que se diferenciam segundo
a unidade espacial de análise e níveis de desenvolvimento econômico das áreas em apreciação.
A primeira definição é estabelecida pelo MAE de acordo com o Boletim da República, I Série,
Nº 16 de 1987. A definição pelo MAE leva em consideração aspetos políticos, econômicos,
sociais, culturais, densidade da população, número e tipo de indústrias, grau de
desenvolvimento de atividades de comércio, educação e saneamento. A segunda definição é
estabelecida pelo MICOA com base no uso urbano da terra. De acordo com a “Política de
Ordenamento do Território” no Boletim da República, 2007 de 30 Maio 2007, o MICOA
classifica as áreas urbanas tendo em consideração a sustentabilidade de centros urbanos em
termos de uso de solo urbano, saneamento e ambiente, desenvolvimento de infraestruturas de
transportes e comunicações e condições de alojamento.

A terceira e última definição de urbano é atribuída ao INE (Instituto Nacional de


Estatística) baseado nas Áreas de Enumeração (AE). Entretanto, a definição atribuída ao INE
suscita dúvidas, isto porque o INE não tem autonomia de classificar áreas em urbano e rural,
mas sim delimitar as Áreas de Enumeração nas áreas urbanas e rurais com base na lista de
classificação das áreas fornecida pelo MAE de modo a facilitar a operacionalização dos censos.
Segundo Araújo ((1997 Apud Maloa, 2016) ), numa tentativa de solucionar o problema, foram
adoptados alguns critérios para a definição de áreas urbanas sendo estes: todas pessoas que
vivem dentro das capitais provinciais, aglomerações com população igual ou superior a 10.000
habitantes, existência de infraestruturas sociais e econômicas como as de saúde, ensino,
administração, água, luz, comércio, construção, transporte e comunicações, funções
econômicas que devem situar-se maioritariamente fora do serviço agrário, o papel histórico
desempenhado pelo centro populacional e as perspectivas do desenvolvimento dos sectores
secundários e terciários. O autor salienta o uso não isolado dos critérios.

2.5.2 Classificação de Cidades em Moçambique


Apesar da inexistência de uma definição padrão de área urbana no país e cabendo a cada
instituição ou autor definir seus critérios, as cidades são classificadas em quatro níveis: A, B,
C e D (Boletim da República, 1987, p. 8). A Cidade de Maputo que é a capital do país e de
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importância nacional é a única de nível A. As três cidades (Nampula, Beira e Matola) são de
nível B com papel importante no desenvolvimento regional interno e na realização de
programas de cooperação regional de caráter internacional. As cidades de Lichinga, Pemba,
Nacala, Ilha de Moçambique, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai e Inhambane são de nível C
utilizado para algumas capitais provinciais e cidades cuja importância histórico-cultural,
nacional e universal, bem como importância econômica e em comunicações têm interesse
nacional e na cooperação regional. São cidades de nível D: Cuamba, Montepuez, Angoche,
Gurué, Mocuba, Manica, Dondo, Maxixe, Chókwe e Chibuto cujo grau de desenvolvimento os
caracteriza como cidades e assumem um papel de relevo no desenvolvimento local (Boletim
da República, 1987). Diferentemente das cidades que são classificadas em quatro níveis, as
vilas não apresentam nenhuma classificação e estão distribuídas pelas dez províncias com a
exceção da Cidade de Maputo.

2.5.3 Urbanização em Moçambique


A urbanização é definida em Moçambique de acordo com o Boletim da Republica
(2006, p. 53) como sendo: a transformação do solo através da provisão de infraestruturas,
equipamentos e edificações que assegurem a fixação física das populações em condições de
beneficiarem de serviços de crescente nível e qualidade nos domínios da saúde, ensino, tráfego
rodoviário, saneamento, comércio e lazer, entre outros. Nesse âmbito, foram estabelecidos pelo
estado moçambicano os seguintes níveis de urbanização: urbanização básica, intermédia e
completa (Boletim da República, 2006, p. 56). Urbanização básica: quando estão reunidas as
seguintes condições: talhões ou parcelas destinados a vários usos estão fisicamente
delimitados, existe fornecimento de água em quantidade e qualidade compatível com os usos
através de fontes dispersos como fontanários públicos, poços ou furos, os arruamentos estão
arborizados. Urbanização intermédia: quando talhões ou parcelas destinados a vários usos
estão fisicamente delimitados, os arruamentos são acabados com solo de boa qualidade e
estabilizados mecanicamente, existência de um sistema a céu aberto para drenagem de águas
pluviais, o abastecimento de água e energia elétrica é assegurado por uma rede com distribuição
domiciliária; os arruamentos e zonas verdes estão completamente arborizados (Boletim da
República, 2006, p. 56). É urbanização completa: quando talhões ou parcelas destinados a
vários usos estão fisicamente delimitados, os arruamentos são acabados com asfalto ou betão,
a drenagem de águas pluviais é feita por rede apropriada, o abastecimento de água e energia

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elétrica é assegurado por uma rede com distribuição domiciliária, as comunicações telefónicas
asseguradas por redes apropriadas (Boletim da República, 2006, p. 57).

Mesmo estabelecidos os chamados níveis de urbanização, a concretização destes está


longe de ser alcançado. Em todas áreas urbanas de Moçambique vários dos elementos
mencionados são observados na "cidade de cimento" herdados do tempo colonial e que alguns
já se encontram em estado avançado de degradação.

A urbanização em Moçambique remonta desde a entrada do capitalismo comercial


estrangeiro, primeiramente levado a cabo pelos árabes, indianos até a era dos portugueses. As
trocas comerciais entre os povos africanos e os mercadores estrangeiros levaram ao surgimento
dos chamados entrepostos comerciais ao longo da costa leste africana que resultaram em
principais cidades comerciais no território africano como as de Mogadíscio (Somália), Melinde
(Quénia), Mombaça (Quénia), Kílwa (Tanzânia), Zanzibar (Tanzânia) e Angoche e Sofala em
Moçambique. Apesar do processo de urbanização em Moçambique ter iniciado na era dos
mercadores estrangeiros ainda está em curso, muitas vezes sem atender aos padrões de
urbanização sobretudo em bairros periféricos onde se observa maior dinâmica socio espacial
(RIBEIRO, 2018).

Para autores como Mutunga, Zulu e Sousa (2012) , a rápida urbanização em África está
a acontecer, por um lado, sem a previsão de infraestruturas urbanas o que sobrecarrega as
capacidades dos governos no que concerne ao fornecimento de serviços básicos. Por outro lado,
a rápida urbanização está a contribuir para o crescimento dos assentamentos informais
superlotados e o aumento da pobreza. Segundo Araújo (2003, p. 168) , o processo de
urbanização em Moçambique na era colonial transplantou modelos e percepções de produção
e organização do espaço oriundos das realidades das metrópoles coloniais. Para Fernandes e
Mendes (S/D, p. 2) , os aglomerados urbanos eram construídos de acordo com o modelo cidade-
jardim, embora adaptados à arquitetura dos trópicos idealizados para a população branca com
espaços amplos e ajardinados, edifícios de baixa volumetria, vias largas em orientação que
favorecessem a circulação do ar.

As áreas urbanas sobretudo as cidades tinham funções específicas. Atuavam como polos
de estruturação territorial, mas igualmente como plataformas entre o espaço colonial de onde
drenavam as matérias-primas para a metrópole e não como nos países do primeiro mundo onde
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as cidades foram instrumentos geradores e difusores de capital humano e econômico
(Fernandes e Mendes, S/D, p. 2) O crescimento econômico nas cidades moçambicanas, na sua
maioria nas áreas portuárias e ou ao longo de caminhos-de-ferro, gerou a necessidade de mão
de obra numa economia que se estruturava no trabalho mal pago e as cidades tornaram-se polos
de atração de mão de obra proveniente das áreas rurais (Fernandes e Mendes, S/D, p. 2) Mesmo
com a necessidade de mão de obra vinda do interior, os moçambicanos eram excluídos da
vivência do espaço urbano, exceto os que na altura tinha adquirido o estatuto de assimilado.
Segundo Araújo (2003) , as cidades moçambicanas antes da independência apresentavam
características que as distinguiam: havia o que se chamava de "cidade de cimento (zonas com
casas construídas com marial industrializado)" e a “cidade de caniço (zonas com casas de
construção de pau, caniço e ouros elementos extraídos brutos da natureza) ”.

2.5.4 A rápida urbanização e a população urbana em Moçambique


A rápida urbanização em Moçambique traz consigo graves problemas urbanos que
acabam por deixar os seus habitantes em situações de vulnerabilidade por não estar sendo
acompanhada com a implantação de infraestruturas. Vários são os fatores que levam à rápida
urbanização e aqui estão sintetizados alguns: Migrações – Moçambique viveu épocas de duas
grandes guerras (colonial e civil). No período dessas grandes guerras pessoas se deslocaram da
área rural para urbana a procura de segurança. Para Community Development Human
Settlements and Development – CDHSD (2011, p. 5) , as causas da migração campo-cidade
são diversas mas estão geralmente ligadas a percepção da cidade como lugar onde há
oportunidades de emprego, educação, serviços, etc. Para além da migração campo-cidade
também observa-se em Moçambique migração cidade-cidade e migração internacional.

Um aspecto importante destacado por Araújo (2003) sobre as migrações é que se tratam
de fator importante de transformação dos meios natural, social, cultural e econômico e não se
deve esquecer que em geral as cidades são um produto da imigração. Os migrantes não podem
ser vistos como simples predadores. Apesar das migrações provocarem desequilíbrios porque
modificam os lugares de partida e de chegada, esses desequilíbrios levam à procura de novas
relações e novos equilíbrios que dimensionados de forma adequada dão origem a um maior
desenvolvimento socioeconômico (Araújo, 2003, p. 171). Mas, em países com uma fraca base
estrutural as migrações são vistas como problema para o desenvolvimento. Calamidades
naturais – o país tem sido assolado por cheias, secas, ciclones entre outros fenómenos naturais.

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A ocorrência de calamidades naturais faz com que não haja produção na área rural e aliado a
falta de bens e serviços obriga pessoas a se deslocarem às cidades a procura de meios para
subsistência. A restruturação urbana em 1986 – fez com algumas áreas rurais passassem a
pertencer às áreas urbanas. Outro fator ligado a rápida urbanização é o crescimento natural da
população. Entretanto, de acordo com CDHSD (2011, p. 5), as taxas de fertilidade são
inferiores nas áreas urbanas que nas rurais, mas, contribuem significativamente para o
crescimento da população urbana.

Em Moçambique as cidades são os principais centros de atividade nos sectores de


indústria, comércio e serviços, representam lugares centrais de produção e fornecimento de
bens e serviços (Ilal e Weimer, 2017, p. 5). De acordo com os dados fornecidos pelo INE,
instituição responsável pelas estatísticas oficiais do país, no primeiro censo realizado em 1980
depois da independência, do total de 12.130.000 de habitantes, somente 1.576.900 o que
corresponde a 13%, moravam nas zonas urbanas. No segundo censo de 1997 dos 16.075.708
habitantes, 4.822.712 (29.99%) é que moravam nas zonas urbanas. No terceiro censo realizado
em 2007, do total de 20.632.434 habitantes, somente 6.189.730 (29.99%) é que moravam nas
zonas urbanas. De 1980 para o censo de 1997 houve um salto em termos de aumento de pessoas
vivendo em zonas urbanas. Este salto deveu-se em grande parte a restruturação urbana em
1986. De 1997 para 2007, os dados mostram uma estagnação (RIBEIRO, 2018).

2.6 Problemas ambientais urbanos


Problemas ambientais urbanos ocorrem pelo crescimento acelerado das cidades e a
industrialização. Seus efeitos afetam tanto o meio quanto a qualidade de vida dos moradores.

Os problemas ambientais urbanos são causados principalmente pelo crescimento


desordenado das cidades, pelos processos de industrialização, pelo aumento do número de
veículos que utilizam motores a combustão e também pelo crescimento populacional. Podemos
citar como problemas a poluição atmosférica, dos solos e dos mananciais bem como sonora e
visual, a impermeabilização dos solos e o descarte inadequado de lixos e dejetos, que causam
fenômenos como alagamentos, ilhas de calor, chuva ácida, além de complicações de saúde para
a população.

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2.6.1 Causas dos problemas ambientais urbanos
Uma parcela de aproximadamente 56% da população mundial vive actualmente em
áreas urbanizadas. Seja nos grandes centros urbanos, seja nas pequenas cidades, uma série de
problemas ambientais pode ser identificada. Eles têm como causadores uma grande diversidade
de agentes e processos característicos dessas áreas. Os principais deles são:

 Desenvolvimento industrial, uma vez que as cidades são os locais preferenciais de


instalação de plantas industriais e empresas de diversos ramos produtivos;
 Crescimento acelerado e desordenado das cidades, sem que haja qualquer tipo de
planejamento para receber o novo aporte populacional e, ainda, sem a devida ação do
poder público posterior visando ao melhor ordenamento do espaço urbano e à alocação
adequada das pessoas;
 Aumento do número de habitantes e também da quantidade de automóveis que
circulam diariamente pelas cidades e áreas urbanizadas.

2.6.2 Quais são os principais problemas ambientais urbanos?


A questão ambiental nos centros urbanos tem sido uma preocupação crescente nos últimos
anos. Todas as cidades ao redor do globo lidam diariamente com um conjunto de
problemas gerados ao meio ambiente de maiores ou menores proporções, que possuem
consequências danosas para os solos, os mananciais, o ar e para aqueles que lá vivem.

Os principais problemas são:

Poluição das águas e dos solos: o descarte do lixo urbano em áreas inapropriadas, como
nas próprias ruas ou nos cursos d’água que atravessam as cidades; a abrangência dos serviços
de coleta, que não atendem igualmente todas as áreas das cidades; a construção de aterros
sanitários em locais impróprios; assim como o descarte de dejetos industriais e do esgoto
podem impactar a qualidade das águas que circulam pelo espaço urbano (na superfície e de
forma subterrânea) e poluir também os solos.

Poluição do ar: a poluição do ar é gerada pelas emissões de gases na atmosfera, o que


se dá pela actividade industrial e pela queima de combustíveis fósseis promovida por veículos
de motor a combustão. Outros problemas ambientais são gerados por meio da poluição
atmosférica:

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 Inversão térmica: é causada quando a camada de ar frio, mais densa, fica retida
próximo da superfície, enquanto o ar quente paira acima dela, fazendo assim
com que o ar não circule e os poluentes se acumulem nas camadas mais baixas.
 Chuva ácida: a reação da água em suspensão com os agentes poluentes pode
levar à formação de componentes ácidos que são depocitados, na forma de
precipitação, com a água das chuvas.

Impermeabilização do solo: a urbanização amplia a cobertura asfáltica e de concreto,


o que faz com que a água das chuvas não consiga penetrar nos solos e seguir, então, o que seria
o seu curso natural. A quantidade insuficiente de bocas de lobo para a drenagem da água ou o
seu bloqueio devido ao acúmulo de lixo, em conjunto com a impermeabilização dos solos e a
mudança no curso dos rios, intensificam as enchentes e as inundações e dão origem a
alagamentos.

Ilhas de calor: trata-se do aumento da temperatura em áreas onde há grande


concentração de estruturas que absorvem calor, como o concreto e o asfalto, o que faz com que
elas sejam mais quentes do que regiões circunvizinhas.

Poluição visual e sonora: causadas, respectivamente, pela grande quantidade de


estímulos visuais, como o excesso de propagandas, cartazes, banners e placas nas ruas das
cidades, e sonoros, como barulhos e ruídos incessantes.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os países da Europa e dos Estados Unidos intensificaram o processo de urbanização por
meio da revolução industrial diferentemente dos países actualmente subdesenvolvidos. Em
muitos países da África, Ásia, América do Sul, o processo de urbanização está em curso e,
frequentemente sem obedecer padrões de urbanização, como, o plano de ordenamento
(planificação), implantação de infraestruturas urbanas. Como consequência, em muitas cidades
desses países, as construções surgem de forma espontânea (favelas, bairros de lata, bairros de
caniço, etc.) habitados por população de baixa renda. Actualmente, o continente africano
continua sendo o que apresenta menores taxas de urbanização e com maior parte da população
vivendo em meio rural. Enquanto isso, Moçambique tem uma taxa de urbanização bastante
reduzida, com baixíssima porção da população vivendo em áreas urbanas que carecem de
infraestruturas para atender às suas necessidades. Importa frisar que a diferença entre urbano
e rural em Moçambique ainda é bem marcante, pois a maior parte da população moçambicana
em áreas urbanas mora em bairros informais de difícil acesso e circulação.

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4 REFERÊNCIAS
SOUSA, Rafaela. Urbanização· Brasil Escola· Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/urbanizacao.htm· Acesso em 12 de maio de 2022

PENA, Rodolfo F. Alves· Espaço urbano e rural; Brasil Escola· Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/espaco-urbano-rural.htm· Acesso
em 12 de maio de 2022

GUITARRARA, Paloma· Problemas Ambientais dos Grandes Centros· Brasil Escola·


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/problemas-ambientais-dos-grandes-
centros.htm· Acesso em 12 se maio de 2022

FREITAS, Eduardo· Problemas Ambientais dos Grandes Centros· Brasil Escola·


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/urbanizacao-no-mundo.htm· Acesso
em 12 se maio de 2022

BOLETIM DA REPÚBLICA· Publicação Oficial da República de Moçambique·


Suplemento· Imprensa Nacional de Moçambique· publicações de (1987, 1997, 2003, 2004,
2006.)

RIBEIRO, Ester· Processo De Urbanização Em Moçambique – África· UNESP (fct)·


São Paulo· 2018

RIBEIRO, Ester· Processo De Urbanização Em Moçambique – África· UNESP (fct)·


São Paulo· 2012

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