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TEMA:
URBANIZAÇÂO
DISCENTE:
Gefessson Orlando Duarte
Jacinto Clero Nhampossa
Mário António Nhanombe
Milton Dina Neves
TEMA:
URBANIZAÇÂO
DOCENTE:
Docente: José Pacheco
1.1 Objectivos.........................................................................................................ii
2 Urbanização ............................................................................................................. 3
4 Referências ............................................................................................................ 19
1 INTRODUÇÃO
A urbanização, em seu sentido lato, é processo que consiste em transformar a área rural
em urbana por meio da edificação de infraestruturas e provimento de equipamentos para o bem
estar da população. Este processo pode ser compreendido, ainda, a partir de suas resultantes
com base em dois elementos: áreas urbanizadas com presença ou escassez de infraestruturas
urbanas e ou aumento da população em áreas urbanas que contribui para o crescimento das
cidades. Diferentemente dos países como os da Europa ou dos Estados Unidos da América
onde o processo de urbanização foi impulsionado pela revolução industrial, em muitos países
africanos este processo está em curso e se efetuando de forma rápida, muitas vezes sem atender
aos padrões de planejamento urbano e implantação de infraestruturas urbanas.
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1.1 Objectivos
Geral
Conceitualizar Urbanização
Específicos
1.2 Metodologia
O presene trabalho foi elaborado com base em embasamento de ideias de diversos
autores extraídos de artigos de internet e trabalhos publicados em formao PDF. As citações
de Autores que não estão patentes nas referencias de trabalho, são referentes a citações de
citações do artigo publicados por Ester RIBEIRO.
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2 URBANIZAÇÃO
O processo de urbanização corresponde ao expressivo aumento da população urbana
em relação à população rural, e isso se deve a diversos factores atrativos e repulsivos
(SOUSA, vicitado em 12/05)
Em suma podemos dizer que o aumento da população nas grandes cidades está
associado ao êxodo rural, ou seja, ao fato de a população deixar a zona rural para dirigir-se aos
centros urbanos. E que tal processo de urbanização ocorre segundo factores atrativos, como a
industrialização, e factores repulsivos, como a modernização do campo.
Uma das principais diferenças entre urbano e rural está, assim, nas práticas
socioeconômicas. O espaço rural, como já dissemos, engloba predominantemente actividades
vinculadas ao sector primário (extrativismo, agricultura e pecuária), ao passo que o espaço
urbano costuma reunir actividades vinculadas ao sector secundário (indústria e produção de
energia) e terciário (comércio e serviços).
Outra diferença entre urbano e rural está na amplitude dos respectivos conceitos. Em
termos de escala, a abrangência espacial do meio rural é muito maior, pois ele reúne tantos as
áreas transformadas e cultivadas pelo homem quanto o espaço natural, pouco transformado ou
mantido totalmente sem intervenções antrópicas. Por outro lado, a cidade, embora possua uma
maior dinâmica econômica, apresenta-se em espaços mais circunscritos, mesmo com o
crescimento desordenado dos espaços urbanos na maioria dos países periféricos e emergentes.
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Espaço Urbano Espaço Rural
Factores atrativos: Como o próprio nome sugere, são aqueles em que a urbanização
ocorre devido às condições estruturais oferecidas pelo espaço das cidades, o maior deles é a
industrialização. Esse processo é característico dos países desenvolvidos, onde o processo de
urbanização ocorreu primeiramente. Cidades como Londres e Nova York tornaram-se
predominantemente urbanas a partir da década de 1900, início do século XX, em razão da
quantidade de empregos e das condições de moradias oferecidas (embora, em um primeiro
momento, a maior parte dessas moradias fosse precária em comparação aos padrões de
desenvolvimento actual dessas
cidades).
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Factores repulsivos: São aqueles em que a urbanização ocorre não em função das
vantagens produtivas das cidades, mas graças a essa espécie de expulsão da população do
campo para os centros urbanos. Esse processo ocorre, em geral, pela modernização do
campo, que propiciou a substituição do homem pela máquina, e pelo processo de
concentração fundiária, que deixou a maior parte das quantidades de terras nas mãos de
poucos latifundiários. Esse fenômeno é característico dos países subdesenvolvidos e é
marcado pela elevada velocidade em que o êxodo rural aconteceu, bem como pela
concentração da população nas capitais (metropolização). Tais cidades não conseguem
absorver esse quantitativo populacional, propiciando a formação de favelas e habitações
irregulares, geralmente precarizadas e sem infraestrutura. Resumidamente, o processo de
urbanização ocorre em quatro principais etapas, sofrendo algumas poucas variações nos
diferentes pontos do planeta:
Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a formação de grandes
capitais e, em alguns casos, até de megacidades, com populações que superam os 10 milhões
de habitantes (3º ponto). Por fim, estrutura-se a chamada hierarquia urbana, que vai desde as
pequenas e médias cidades às grandes capitais.
Vale lembrar que esse esquema é apenas ilustrativo, pois a sequência desses
acontecimentos não é linear. Muitas vezes os fenômenos citados acontecem ao mesmo tempo.
Outra excepção importante é a de que tal sequência não acontece de forma igualitária em todo
o mundo. Nos países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de forma mais lenta e
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gradativa, enquanto nos países de industrialização tardia, tal processo manifesta-se de forma
mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais.
Vale lembrar que não é só a actividade industrial em si que gera uma maior atratividade
demográfica para as cidades, mas a dinâmica econômica por ela produzida, que provoca o
surgimento de maiores oportunidades em outros ramos da economia, principalmente no setor
terciário (comércio e serviços). Não por coincidência, os países que mais avançaram no
processo de industrialização e modernização das sociedades são aqueles que mais apresentam
um setor terciário como composição predominante na produção de riquezas em suas
respectivas economias.
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Além de atrair um maior volume demográfico e intensificar a urbanização, os efeitos da
industrialização nas cidades também podem ser sentidos na composição hierárquica da divisão
territorial do espaço geográfico. Em sociedades predominantemente agrárias, o campo exerce
uma relação preponderante sobre as cidades, uma vez que elas dependem do meio rural para a
geração de alimentos, matérias-primas e movimentação de capital. Com a industrialização, as
cidades modernizam-se e passam a subordinar o campo, que se torna dependente do meio
urbano para o recebimento de máquinas, aparatos tecnológicos, mão de obra qualificada,
conhecimentos científicos aplicados à produção, entre outros elementos.
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Esse processo não sucedeu simultaneamente no mundo, haja vista que os países
industrializados já haviam atravessado esse período, no caso dos países em desenvolvimento e
de industrialização tardia, o crescimento urbano acontece actualmente de forma acelerada e
desordenada. A falta de planejamento urbano tem favorecido a proliferação de graves
problemas, tais como a favelização, falta de infraestrutura, violência, poluição de todas as
modalidades, desemprego e muitos outros.
Os índices de pessoas que vivem em cidades oscilam de acordo com o continente, país
e áreas internas, uma vez que a África possui 38% de seus habitantes vivendo em cidades, na
Ásia são 39,8%, na América Latina 77,4%, na América do Norte 80,7%, na Europa 72,2% e
na Oceania 70,8%. Em outra abordagem, tomando como princípio os países ricos e pobres,
existe uma enorme disparidade quanto ao percentual de população urbana e rural. Na Bélgica,
por exemplo, 97% das pessoas vivem em centros urbanos enquanto que em Ruanda esse índice
cai para 17% (FREITAS, vicitado em 12/05).
Porém, de acordo com World Bank Staff e Muzima ((S/D, p. 14) (citado em RIBEIRO,
2018, P3)), em Moçambique usam-se três definições de “urbano” que se diferenciam segundo
a unidade espacial de análise e níveis de desenvolvimento econômico das áreas em apreciação.
A primeira definição é estabelecida pelo MAE de acordo com o Boletim da República, I Série,
Nº 16 de 1987. A definição pelo MAE leva em consideração aspetos políticos, econômicos,
sociais, culturais, densidade da população, número e tipo de indústrias, grau de
desenvolvimento de atividades de comércio, educação e saneamento. A segunda definição é
estabelecida pelo MICOA com base no uso urbano da terra. De acordo com a “Política de
Ordenamento do Território” no Boletim da República, 2007 de 30 Maio 2007, o MICOA
classifica as áreas urbanas tendo em consideração a sustentabilidade de centros urbanos em
termos de uso de solo urbano, saneamento e ambiente, desenvolvimento de infraestruturas de
transportes e comunicações e condições de alojamento.
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elétrica é assegurado por uma rede com distribuição domiciliária, as comunicações telefónicas
asseguradas por redes apropriadas (Boletim da República, 2006, p. 57).
Para autores como Mutunga, Zulu e Sousa (2012) , a rápida urbanização em África está
a acontecer, por um lado, sem a previsão de infraestruturas urbanas o que sobrecarrega as
capacidades dos governos no que concerne ao fornecimento de serviços básicos. Por outro lado,
a rápida urbanização está a contribuir para o crescimento dos assentamentos informais
superlotados e o aumento da pobreza. Segundo Araújo (2003, p. 168) , o processo de
urbanização em Moçambique na era colonial transplantou modelos e percepções de produção
e organização do espaço oriundos das realidades das metrópoles coloniais. Para Fernandes e
Mendes (S/D, p. 2) , os aglomerados urbanos eram construídos de acordo com o modelo cidade-
jardim, embora adaptados à arquitetura dos trópicos idealizados para a população branca com
espaços amplos e ajardinados, edifícios de baixa volumetria, vias largas em orientação que
favorecessem a circulação do ar.
As áreas urbanas sobretudo as cidades tinham funções específicas. Atuavam como polos
de estruturação territorial, mas igualmente como plataformas entre o espaço colonial de onde
drenavam as matérias-primas para a metrópole e não como nos países do primeiro mundo onde
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as cidades foram instrumentos geradores e difusores de capital humano e econômico
(Fernandes e Mendes, S/D, p. 2) O crescimento econômico nas cidades moçambicanas, na sua
maioria nas áreas portuárias e ou ao longo de caminhos-de-ferro, gerou a necessidade de mão
de obra numa economia que se estruturava no trabalho mal pago e as cidades tornaram-se polos
de atração de mão de obra proveniente das áreas rurais (Fernandes e Mendes, S/D, p. 2) Mesmo
com a necessidade de mão de obra vinda do interior, os moçambicanos eram excluídos da
vivência do espaço urbano, exceto os que na altura tinha adquirido o estatuto de assimilado.
Segundo Araújo (2003) , as cidades moçambicanas antes da independência apresentavam
características que as distinguiam: havia o que se chamava de "cidade de cimento (zonas com
casas construídas com marial industrializado)" e a “cidade de caniço (zonas com casas de
construção de pau, caniço e ouros elementos extraídos brutos da natureza) ”.
Um aspecto importante destacado por Araújo (2003) sobre as migrações é que se tratam
de fator importante de transformação dos meios natural, social, cultural e econômico e não se
deve esquecer que em geral as cidades são um produto da imigração. Os migrantes não podem
ser vistos como simples predadores. Apesar das migrações provocarem desequilíbrios porque
modificam os lugares de partida e de chegada, esses desequilíbrios levam à procura de novas
relações e novos equilíbrios que dimensionados de forma adequada dão origem a um maior
desenvolvimento socioeconômico (Araújo, 2003, p. 171). Mas, em países com uma fraca base
estrutural as migrações são vistas como problema para o desenvolvimento. Calamidades
naturais – o país tem sido assolado por cheias, secas, ciclones entre outros fenómenos naturais.
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A ocorrência de calamidades naturais faz com que não haja produção na área rural e aliado a
falta de bens e serviços obriga pessoas a se deslocarem às cidades a procura de meios para
subsistência. A restruturação urbana em 1986 – fez com algumas áreas rurais passassem a
pertencer às áreas urbanas. Outro fator ligado a rápida urbanização é o crescimento natural da
população. Entretanto, de acordo com CDHSD (2011, p. 5), as taxas de fertilidade são
inferiores nas áreas urbanas que nas rurais, mas, contribuem significativamente para o
crescimento da população urbana.
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2.6.1 Causas dos problemas ambientais urbanos
Uma parcela de aproximadamente 56% da população mundial vive actualmente em
áreas urbanizadas. Seja nos grandes centros urbanos, seja nas pequenas cidades, uma série de
problemas ambientais pode ser identificada. Eles têm como causadores uma grande diversidade
de agentes e processos característicos dessas áreas. Os principais deles são:
Poluição das águas e dos solos: o descarte do lixo urbano em áreas inapropriadas, como
nas próprias ruas ou nos cursos d’água que atravessam as cidades; a abrangência dos serviços
de coleta, que não atendem igualmente todas as áreas das cidades; a construção de aterros
sanitários em locais impróprios; assim como o descarte de dejetos industriais e do esgoto
podem impactar a qualidade das águas que circulam pelo espaço urbano (na superfície e de
forma subterrânea) e poluir também os solos.
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Inversão térmica: é causada quando a camada de ar frio, mais densa, fica retida
próximo da superfície, enquanto o ar quente paira acima dela, fazendo assim
com que o ar não circule e os poluentes se acumulem nas camadas mais baixas.
Chuva ácida: a reação da água em suspensão com os agentes poluentes pode
levar à formação de componentes ácidos que são depocitados, na forma de
precipitação, com a água das chuvas.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os países da Europa e dos Estados Unidos intensificaram o processo de urbanização por
meio da revolução industrial diferentemente dos países actualmente subdesenvolvidos. Em
muitos países da África, Ásia, América do Sul, o processo de urbanização está em curso e,
frequentemente sem obedecer padrões de urbanização, como, o plano de ordenamento
(planificação), implantação de infraestruturas urbanas. Como consequência, em muitas cidades
desses países, as construções surgem de forma espontânea (favelas, bairros de lata, bairros de
caniço, etc.) habitados por população de baixa renda. Actualmente, o continente africano
continua sendo o que apresenta menores taxas de urbanização e com maior parte da população
vivendo em meio rural. Enquanto isso, Moçambique tem uma taxa de urbanização bastante
reduzida, com baixíssima porção da população vivendo em áreas urbanas que carecem de
infraestruturas para atender às suas necessidades. Importa frisar que a diferença entre urbano
e rural em Moçambique ainda é bem marcante, pois a maior parte da população moçambicana
em áreas urbanas mora em bairros informais de difícil acesso e circulação.
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4 REFERÊNCIAS
SOUSA, Rafaela. Urbanização· Brasil Escola· Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/urbanizacao.htm· Acesso em 12 de maio de 2022
PENA, Rodolfo F. Alves· Espaço urbano e rural; Brasil Escola· Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/espaco-urbano-rural.htm· Acesso
em 12 de maio de 2022
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