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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET

URBANISMO
Conteúdo programático

Temas Sumario

Ocupação de solos.
1

O fenômeno urbano.
2
Definição conceptual de cidade.
Crescimento urbano-territorial:
a cidade, a sociedade e o habitat

Sistema de Conhecimentos
Tendências fundamentais no crescimento territorial
urbano. Os campos de trabalho do desenho urbano.
Elementos da estructura urbana e os seus componentes.
A forma urbana como influência nos conteúdos
ideológicos, sociológicos, tecnológicos, funcionais e
ambientais. A segregação residencial com ênfasis nos
bairros precários.
OCUPAÇÃO DE SOLOS

O solo é a base de todas as atividades. Para fins didáticos, é


possível estudar as ocupações e atividades humanas em dois
grandes grupos. Existe uma ocupação urbana, cada vez mais
intensa, caracterizada pela construção de casas, edifícios,
pavimentação do solo, ocupação de áreas de várzea e encostas.
Outro tipo de ocupação ocorre no campo e em áreas distantes
das concentrações humanas, onde predominam as atividades
agropecuárias e de exploração dos recursos naturais.
 Os solos urbanos são considerados aqueles que se
encontram em meio urbano e que podem ou não estar
modificados pela ação das atividades da cidade.
 Quando os solos destas áreas sofrem transformações
drásticas eles se tornam totalmente distintos daqueles que
não tenham sofrido alterações e que preservam sua
condição natural.
 A intervenção antrópica das cidades nos solos deve ser
gerenciada e planejada, caso contrário, pode ocorrer o
desequilíbrio ambiental. Para que a ocupação ocorra de
maneira racional é necessário conhecer os aspectos dos
solos urbanos, discutir suas semelhanças com os solos em
condições naturais e as suas principais modificações
resultantes da ação do homem devido a expansão urbana.
 Os solos no ambiente urbano cumprem várias funções
essenciais, como a sustentação e fonte material para a
construção civil, sustento das agriculturas praticadas nas
cidades e arredores, além dos parques e áreas verdes. São
utilizados também como meio de descarte dos resíduos
produzidos e meio para o armazenamento e filtragem das
águas pluviais, auxiliando na manutenção do ciclo
hidrológico.
URBANISMO

Disciplina e actividade técnica


relacionada com o estudo, regulação,
controle e planejamento da cidade.
É configurado como uma ciência urbana
multidisciplinar numa região e sociedade em
constante processo de crescimento e que
responda às necessidades e pressões de uma
civilização.

Na visão pragmática, projeta e ordena cidades, um conjunto de


ideias que julga o bem-estar e a facilitação de transito de pessoas e
capital, como principais objetivos ao ser humano moderno.
URBANISMO

(...) deve dialogar com a arquitetura, paisagismo, design


e com as políticas locais. Recebe colaborações em
pesquisas de especialistas em ecologia, geologia,
engenharia e ciências sociais e humanas

(...) como uma ciência humana de caráter multidisciplinar,


inserida no contexto de uma sociedade em processo de
constante crescimento demográfico e respondendo a
uma forte pressão de civilização e urbanidade,
enfrentando suas demandas e problemas.
O FENÓMENO URBANO

A cidade surgiu há mais de 3500 anos a.C., porém o processo


de urbanização moderno apenas se desencadeou no séc.
XVIII, em consequência da Revolução Industrial, e
beneficiando o progresso dos transportes.
Tendências fundamentais no crescimento
territorial urbano

Sistema económico de países subdesenvolvidos


 Baixo desenvolvimento econômico, deficiente aporte à
economia mundial.
 Estructura económica deformada
 Péssimas condições sanitárias, deterioro do ambiente
natural
 Analfabetismo, baixo nivel cultural
 Défic habitacional e hacina
 Carência de serviços
Processo de urbanização

• Crescimento natural da
população .
Índice de urbanização:
• Imigração campo-cidade.
• Surgimento de novas
Referido a percentagem da
cidades.
população concentrada nas • Assimilação de territórios
cidades com respeito a suburbanos.
população total de uma região ou • Transformação de povos
território. rurais em urbanos
(melhorias qualitativas e
aumentos da população).
• Processo anárquico.
• Hipertrofia urbana.
• Produção de resíduos superior a
Proceso de urbanização
capacidade de carga da sua
região de apoio.
Relacionado com o • Pobre participação da população
desenvolvimento na direção de processos.
econômico . • Aplicação de tecnologías e
recursos de alto impacto
ambiental.
• Uso de fontes de energias
renováveis.
• Deterioro dos recursos naturais.
O ano 2007 marcou um momento crucial para a historia:
A metade da população mundial vive em cidades.

 No futuro, as pequenas cidades com menos de 500 mil


habitantes e as cidades medias, com uma população entre
um e cinco milhões de habitantes, continuarão absorvendo
a maioria da população urbana do mundo.
 Mais do 53% da população urbana mundial vive em
cidades com menos de 500 mil habitantes e outro 22% da
população urbana mundial vive em cidades entre um e
cinco milhões de habitantes.
Conceito de cidade

• Determinada historicamente, a cada


época histórica corresponde a um tipo
especifico de cidade.
• Urbanizações estáveis, em constante
relação com o território.
• Caráter compacto: densidade da
população superior a do território
circundante.

• A partir de 10.000 habitantes, todas as


aglomerações se consideram cidades
dedicadas a atividades dos sectores
secundários e terciários ( indústria,
comercio e serviços).
DEFINIÇÃO CONCEPTUAL DE CIDADE

Sede do município, independente do número de habitantes que possa


ter, as atividades econômicas nas cidades diferem das do campo, as
atividades principais são centralizadas no sector secundário (O sector
secundário é o sector da economia que transforma produtos naturais
produzidos pelo sector primário em produtos de consumo, ou em
máquinas industriais/ produtos a serem utilizados por outros
estabelecimentos do setor secundário) e terciário (o setor terciário no
contexto da economia, envolve a comercialização de produtos em geral,
e o oferecimento de serviços comerciais, pessoais ou comunitários, a
terceiros). 
Uma cidade ou urbe é uma área urbanizada, que se diferencia de
vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais
incluem população, densidade populacional ou estatuto legal, embora
sua clara definição não seja precisa, sendo alvo de discussões
diversas.
A população de uma cidade varia entre as poucas centenas de
habitantes até a dezena de milhão de habitantes. As cidades são as
áreas mais densamente povoadas do mundo. 
Estudos mais recentes procuram abordar a Cidade a
partir de uma perspectiva mais complexa. Uma
formação urbana ou um aglomerado humano, para ser
mais adequadamente chamada de "cidade", deveria
apresentar um certo conjunto de aspectos, entre os
quais:
 Determinado qualitativo populacional formado por indivíduos
socialmente heterogêneos,
 Localização permanente,
 Considerável extensão espacial,
 Padrão de espacialidade e de organização da propriedade,
 Ocorrência de um certo padrão de convivência,
 Identificação de um modo de vida característico dos citadinos,
 Presença de ocupações não agrícolas,
 Presença de um quantitativo populacional considerável, cujo limite é
redefinido a cada época da história,
 Ocorrência de uma considerável densidade populacional,
 Abertura externa,
 Localidade de mercado, entre outras características.
Caracterização da cidade nos finais do século
XX e princípios do século XXI

 Mudanças demográficas insustentáveis.


 Segregação habitacional.
 Desequilibrios na familia.
 Influencia de recursos.
 Falta de identidade e compromisso social.
 Degradação do meio ambiente e o aumento da vulnerabilidade
perante os desastres.
 Fluxo da população rural ou de pequenas cidades para as cidades
capitais.
 Existência de sectores de baixos custos que se agrupam em zonas
periferias em condições de alta marginalidade.
 Fenômeno da suburbanização e ruralização das áreas centrais.
 Aumento da insegurança e da violência.
A CIDADE CONTEMPORÂNEA

 Consumo desmedido de combustíveis


fóssil, afectação ao meio natural,
implicações na mudança climática.

 Nas cidades os problemas meio


ambientais se exasperam.

SITUAÇÃO COMUN A DIFERENTES


CONTEXTOS REGIONAIS.
A CIDADE CONTEMPORÂNEA

Em 2050 0 75% da população mundial viverá em megacidades.

 As megacidades são fundamentais


para a globalização, um estado de
interconectividade mundial que
transcende e ignora a maioria das
fronteiras nacionais.
 As economias urbanas globais se
fundamentam em serviços
produtores de avançada (serviços
bancários, financeiros, de seguros,
legais, de assessoria
administrativa, de publicidade entre
outros).
A CIDADE CONTEMPORÂNEA

Actualmente, as metrópoles
mais populosas do mundo, que
possuem até 30 milhões de
habitantes, são: Tóquio,
Cidade do México, Nova York
e São Paulo.
A CIDADE CONTEMPORÂNEA

Plano de Acção Mundial


Conferencia das Conhecido como Programa de
Nações Unidas Habitat, onde se recolheram
sobre os Sítios directrizes para a criação de sítios
Humanos- humanos sustentáveis durante o
Conhecida como século XXI, tendo em conta a sua
"Habitat II", relação com:
Istambul, Turquia, O meio ambiente
de 3 a 14 de junho
Os direitos humanos
de 1996.
O desenvolvimento social
Os direitos da mulher
A população e outros temas
relacionados.
A CIDADE CONTEMPORÂNEA

1. Pautas de consumo e produções


insustentáveis, particularmente nos
países industrializados.
Prioridades 2. Mudanças demográficas
principais insustentáveis.
dentro do 3. Pessoas sem lar.
Programa de 4. Desemprego.
Habitat. 5. Falta de infraestruturas e serviços
básicos.
6. Intensificação da insegurança e da
violência.
7. Aumento da vulnerabilidade perante
aos desastres.
A CIDADE CONTEMPORÂNEA

São Paulo. Brasil:


Inestabilidades social e declive meio ambiental ;
Phoenix, Arizona: utilização aumento global da riqueza/ a pobreza aumenta e
extensiva do território. continua crescendo.
A CIDADE CONTEMPORÂNEA

Nas grandes cidades


existe a tendência de que a
Zona
desigualdade entre os urbanizada
bairros precários e as
outras zonas urbanas seja
mais pronunciada que em
cidades menores e
povoados, incluindo em Bairro
precário
países com baixo nível de
desigualdade
socioeconômica.
.
Grupo de pessoas que vivem baixo o mesmo
tecto em uma zona urbana que carece de uma
ou mais das seguintes condições:

UM-HABITAT “ Lar em bairro precário”

 Vivenda durável de natureza permanente


que a proteja contra condições climáticas
adversas.
 Espaço vital suficiente, que não mais de
três pessoas compartam a habitação.
 Acesso fácil a agua potável em quantidade
suficiente e a um preço razoável.
 Acesso ao saneamento adequado: banhos
privados ou públicos compartidos por uma
quantidade razoável de pessoas.
 Propriedade segura para evitar desaloje
forçoso.
A segregação residencial, com ênfases
nos bairros precários.
Hacinamento ou “os sem tecto ocultos”

 Quando quatro ou mais pessoas vivem juntas em uma mesma habitação


pequena, perdem a dignidade e se tornam susceptíveis a doenças
infeciosas e a violência domestica.
 O desenvolvimento das crianças se vê afectado, porque não podem fazer
as tarefas em um lugar tranquilo, dormem mal e estão expostos a
doenças, abusos e violência.
 O hacinamento é um problema insignificante no mundo desenvolvido,
exemplo: em Canada menos do 1% comparte a habitação com mais de
três pessoas.
 Ásia, (156 milhões) da Ásia meridional.
 África 75 milhões de pessoas vive em condições de hacinamento.
 Em América Latina e Caribe 49 milhões de pessoas não contam com
espaço vital suficiente. (Dados de 2004).
A segregação residencial, com ênfases
nos bairros precários.
“bairros precários”
Bibliografia
BENÉVOLO, Leonardo: Historia de la arquitectura moderna. Volumen primero. Edición
Revolucionaria. Instituto Cubano del Libro, La Habana, 1972. Pág. 88.
CÁRDENAS, Eliana: Problemas de teoría de la Arquitectura. Editorial Instituto Politécnico
“José Antonio Echeverría”. 287 págs, Documento digital. [S/f.]
ESPINOSA O, Maritza: Conf. 1, 2, 3 y 4 de la Maestría hábitat y medio ambiente en zonas
sísmicas. Curso 2009- 2010.
GONZÁLEZ COURET, Dania: “Vivienda y sustentabilidad”, en: Arquitectura y Urbanismo, Vol.
XXIV, No. 2/2003. Págs. 34 a 42.
NACIONES UNIDAS: Programa para los Asentamientos Humanos (autoría; canal): Ciudades
del mundo: estado actual y perspectivas futuras, en línea:
http://www.gloobal.net/iepala/gloobal/fichas/ficha.php? Consultado 16 de febrero de 2012.
PEÑA RAMOS, José Luís; Yoanka Ramón Suárez y otros: Plan General de Ordenamiento
Urbano Santiago de Cuba, Dirección Provincial de Planificación Física, diciembre de
2010.
RAMONET, Ignacio: Propagandas silenciosas. Ediciones Especiales, Instituto Cubano del
Libro, La Habana, 2001. ISBN 959-254-088-8. Pág. 13.
ROGERS, Richard: Ciudades para un pequeño planeta, Editorial Gustavo Gili, S.A., 2000,
ISBN: 84- 252-1764- 4.

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