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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR CARLOS CÔRTES

DANIEL FERNANDES DA COSTA


JOÃO CÉLIO ARAÚJO SANDER
EVELLYN DE ARAÚJO BARBI
ANTHONY CARLOS BANJAR
CARLA CAROLINA LEAL BANJAR

TRABALHO DE GEOGRAFIA

URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

Nova Friburgo – RJ
01/09/2023
DANIEL FERNANDES DA COSTA
JOÃO CÉLIO ARAÚJO SANDER
EVELLYN DE ARAÚJO BARBI
ANTHONY CARLOS BANJAR
CARLA CAROLINA LEAL BANJAR

TRABALHO DE GEOGRAFIA

URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

Trabalho apresentado

a disciplina de geografia

como requisito para

obtenção de nota.

Orientador: Douglas

Nova Friburgo – RJ
01/09/2023
RESUMO

Este seguinte trabalho tem como principal objetivo mostrar com total clareza o
conceito de urbanização e suas derivações, apresentando dados e estudos salientado
como aspectos do passado podem e afetam a nossa vida atualmente. De maneira escrita
e em uma apresentação, todas as informações contidas nesse texto como proposito
esclarecer de maneira breve e sucinta aspectos como segregação social, falta de
planejamento e como a união entre a urbanização e a industrialização resultou na nossa
sociedade como sociedade brasileira.

Palavras-Chaves: Urbanização, Industrialização, Segregação social


SUMÁRIO

RESUMO..............................................................................................................................4
METODOLOGIA...................................................................................................................5
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................6
2 HISTÓRICO.......................................................................................................................7
3.CARACTERÍSTICAS
LOCACIONAIS...............................................................................8
3.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS........................................................................................8
3.1.2 URBANIZAÇÃO E SUAS DERIVAÇÕES.....................................................................9
3.1.3 CONSEQUÊNCIAS....................................................................................................10
4 SEGREGAÇÃO URBANA...............................................................................................11
4.1 TIPOS DE SEGREGAÇÃO...........................................................................................12
4.2.
EXEMPLOS..................................................................................................................13
5 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS................................................................................15
METODOLOGIA

Este trabalho foi realizado a partir de uma série de pesquisas e buscas em sites,
ebooks e artigos sobre o tema, seguido de uma verificação de sentido e ortográfica,
garantindo o mínimo de erros possíveis e uma melhor apresentação, para que o máximo
de informações sejam passadas corretamente.
1 INTRODUÇÃO

A influência da urbanização tardia no brasil reflete na nossa sociedade atual a partir


do momento em que pessoas são separadas evidentemente por falta de planejamento
estrutural e segregação monetária e racial. Para poder devidamente criticar, é necessário
entender como esse processo foi aplicado, desenvolvido e modificado ao longo de toda a
sua criação. Os capítulos a seguir mostram diferentes pontos sobre o tema “Urbanização no
Brasil” e descrevem com detalhes como essa temática formou a nossa sociedade moderna.
2 HISTÓRICO

O crescimento da urbanização, no início do século XX, teve como pontapé a


industrialização do Brasil. Nesse período houve um extenso êxodo rural pelo país, ou
seja, a saída das pessoas do campo para as cidades. No campo, a mão de obra foi
diminuindo devido as máquinas o que fez grande parte da população se deslocar para
melhores condições de emprego e com isso, em 1970, o país passou a ter mais da
metade da população vivendo em áreas urbanas o que o tornou um país efetivamente
urbanizado.
3 CARACTERÍSTICAS LOCACIONAIS

A urbanização brasileira se iniciou na década de 30, juntamente com o início de


uma industrialização tardia. Na década de 60, a maioria da população do país havia se
tornado urbana e, atualmente, aproximadamente 86% da população vive em áreas
consideradas urbanas. Esse crescimento rápido é uma das características resultantes do
processo da urbanização, no qual nesse capítulo será desenvolvido em mais detalhes
esses atributos.

3.1 Características Gerais

Antes de abordar características com um foco locacional e regional, é preciso


entender quais são as características da urbanização como um todo, abrangendo as
causas e consequências de políticas e ações e como esse respectivo produto alterou a
geografia e a socioeconomia brasileira.

Um dos pontos iniciais que leva consigo sequelas vistas até os dias de hoje é o
êxodo rural intenso proveniente da industrialização igualmente intensa. Após a crise de
1929 e após a segunda guerra mundial, países da américa latina como um todo
passariam por um processo de industrialização acelerada, devido tanto a necessidade das
potências industriais para buscar novos parceiros econômicos, quanto dos países
subdesenvolvidos desenvolverem seus próprios produtos manufaturados para sustentar o
seu mercado interno, sem ter uma certa dependência econômica externa.

Como uma principal consequência de uma industrialização extremamente rápida,


houve um aumento significativo do êxodo rural, pessoas que cobiçavam uma melhor
qualidade de vida e de bem estar nas grandes cidades. Para contextualização, em 1920 o
Brasil possuía 27 milhões de habitantes e nas principais áreas urbanas se vivia somente
17% da população, e essa porcentagem sendo altamente concentrada no Sudeste, com
58% das cidades presentes nessa região. Até o final do século xx, o Brasil obteve uma taxa
média anual de crescimento de 4,1%, e a cada ano, em média, 2.300.000 milhões de
habitantes eram acrescentados à população urbana, tendo na segunda metade do século xx
cerca de 137.697.439 milhões de habitantes.
3.1.2 Urbanização e suas derivações.

A urbanização é interligada a metropolização e pode ser dividida em 4 categorias:


Concentrada, Diferenciada, Desigual e Estendida.

1. Concentrada: A urbanização concentrada é aquela que corresponde à concentração


de população, capital, infraestrutura e poder em configurações espaciais que
transcendem a cidade e até mesmo o espaço de suas aglomerações, passando a
conformar extensas regiões urbanas, criando-se novas “geografias da urbanização”
que ultrapassa a cidade e a região.

2. Estendida: A urbanização estendida é uma extensão de uma urbanização que,


muitas das vezes, não é planejada e atua como uma resposta aos preços dos
centros urbanos, se alastrando pelo território e expandindo as periferias. Essas áreas
estendidas acabam por ter um crescimento até maior do que o centro, mesmo com
uma taxa alta de distanciamento.
3. Desigual: A urbanização desigual é uma consequência também muito relacionada a
um crescimento acelerado, no qual há uma diferença clara na contribuição
populacional para com o PIB e o PIB per capita. Os municípios em transição para um
centro urbanizado, sendo por incentivo monetário ou sob uma influência da expansão
urbana, são os mais afetados por uma urbanização desigual.

4. Diferenciada: A urbanização diferenciada é quando há expansão urbana é


proporcional ao crescimento de ocupação de áreas rurais, a partir de um corte de
75% entre o total de ocupados de um município e os ocupados em atividades não
agrícolas. Essa urbanização é características de municípios urbanizados com um
corte de 50% e municípios em transição.

3.1.3 Consequências

A urbanização brasileira trouxe consigo um grande desenvolvimento econômico para


o país, isso é fato. Esse crescimento permitiu uma maior taxa de crescimento populacional
juntamente com um processo industrial e estrutural que seria extremamente difícil sendo um
país majoritariamente agrário. Mas, esse rápido crescimento, levou a consequências que
são notadas até os dias de hoje, e a falta de planejamento formou setores da nossa
sociedade completamente.

De acordo com a Trata Brasil, um instituto brasileiro que divulga informações sobre o
saneamento básico e mobilização social, diz que em 2016, cerca de 48% da população
ainda não possui tratamento de esgoto, com 35 milhões de brasileiros sem acesso a água
potável. Em 2018, na população parda, 36,5% não tinha abastecimento de água e 48,7%
não tinha rede de esgoto. Uma urbanização estendida reflete em bairros a quilômetros de
distância dos centros, aonde há uma alta concentração e verticalização de locais de
trabalho, sem qualquer estrutura no quesito de saúde, educação ou até lazer,
principalmente quando se trabalha com um alto número de pessoas por metro quadrado.
Uma alta aceleração urbana sem planejamento desencadeia em uma falta de
infraestrutura municipal e uma segregação que, quase sempre, emplaca nas regiões mais
necessitadas e nas pessoas com a menor condição financeira de mudar de local.
Superlotação, violência, falta de saneamento, falta de manutenção, e muitos outros fatores
vieram com esse processo urbano que, para ocorrer uma mudança, deve haver uma
alteração completa de conceitos e ideias, pois a urbanização deixa marcas nos territórios e
nas regiões, que para serem modificadas e alteradas, requerem um alto esforço e um alto
incentivo econômico, cultural e político.
4 SEGREGAÇÃO URBANA

Nesse capítulo será abordado em detalhes o conceito de segregação


socioespacial, também chamada de segregação urbana, e suas derivações no espaço
geográfico.

Em resumo, ela consiste na periferização de pessoas ou grupos sociais, sendo que


essa marginalização pode ser causada por fatores econômicos, culturais, históricos ou
raciais no espaço das cidades. Exemplos de segregação urbana no Brasil, são as favelas,
habitações em áreas irregulares, cortiços e áreas de invasão.

4.1 Tipos de segregação

1. Segregação socioespacial: Segregação socioespacial ou segregação urbana, é a


fragmentação do espaço a partir da renda. Corresponde a um reflexo da
desigualdade e das divisões de classes sociais na paisagem urbana.

2. Autossegregação: Autossegregação é um processo atual, associado a grandes


empreendimentos imobiliários, como condomínios, em que certos grupos sociais
com elevado poder de compra se isolam ou se concentram em determinadas
áreas. Difere-se da segregação socioespacial, pois é algo planejado e construído
com esse intuito.

3. Gentrificação: Gentrificação é um fenômeno que afeta uma região ou bairro,


transformando sua dinâmica social a partir de grandes investimentos. Depois
dessas melhorias, o custo do solo valoriza, o que acaba expulsando a população
mais pobre que residia naquele local.

4. Verticalização: Verticalização é um processo realizado como uma resposta à


hipervalorização do solo urbano, promovendo a construção de edifícios. Nesse
sentido, o processo de verticalização é o crescimento da cidade no eixo vertical,
aumentando a ilha de calor. Esse processo é muito comum nas metrópoles.
4.2 Exemplos

Um bom exemplo de segregação é entre o Morumbi e Paraisópolis. Em resumo,


Paraisópolis surgiu como um espaço voltado para moradias de alto padrão. Contudo, a
partir de 1950, migrantes que chegavam em São Paulo passaram a ocupar a região.
Atualmente, ela é a maior favela de São Paulo.

Desse modo, 75% das pessoas não têm acesso a rede de esgoto, apenas metade
das ruas são asfaltadas e 60% das casas têm energia elétrica de modo irregular.
Já o Morumbi é um bairro vizinho de Paraisópolis. No entanto, trata-se de um local com
vários condomínios de luxo.

A título de comparação, na favela existem mil habitantes por hectare e no Morumbi,


30 habitantes por hectare.

1- Morumbi e Paraisópolis - São Paulo

Tuca Vieira
Florian Kopp

2 – Rio de Janeiro, Favela da Rocinha

Alicia Nijidam
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CAMPOS, Mateus. “Segregação Espacial”. Mundo Educação. Disponível em:


https://www.google.com/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjkz93AuI
WBAxUsIrkGHeETAIYQFnoECB0QAw&url=https%3A%2F
%2Fmundoeducacao.uol.com.br%2Fgeografia%2Fsegregacao-urbana.htm
%23%3A~%3Atext%3DSegrega%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520socioespacial
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%2520luxo.&usg=AOvVaw3levrtY0sBj4J3HnIqMifH&opi=89978449~

2. JEHNIFFER, Jaine. “Segregação socioespacial: o que é, causas e consequências.”.


Conhecimento Científico, 23 de fevereiro de 2023. Disponível em:
https://conhecimentocientifico.r7.com/segregacao-socioespacial-o-que-e/

3. HANSEN, Claudio. “Urbanização brasileira e a segregação socioespacial em


Geografia. Descomplica. Disponível em:
https://descomplica.com.br/d/vs/aula/urbanizacao-brasileira-e-a-segregacao-
socioespacial/

4. REYNOL, Fábio. “Mais de 80% da população brasileira habita 0,63% do território


nacional”. Embrapa. Disponível em:
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/28840923/mais-de-80-da-
populacao-brasileira-habita-063-do-territorio-nacional

5. CAMPOS, Mateus. “Urbanização Brasileira”. Mundo Educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/urbanizacao-brasileira.htm

6. GUITARRA, Paloma. “Urbanização Brasileira”. Brasil Escola,


2019. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/urbanizacao-no-brasil.htm

7. Brito F, Horta CJG, Amaral EFL. 2001. “A urbanização recente no Brasil e as


aglomerações metropolitanas.” Open Science Framework Preprints, August 18.
(https://doi.org/10.31219/osf.io/84b92)

8. Moura, Rosa; Oliveira, Samara; Pêgo Filho, Bolívar (2018): Escalas da urbanização
brasileira, Texto para Discussão, No. 2372, Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), Brasília.
(https://www.econstor.eu/bitstream/10419/177588/1/td_2372.pdf)
9. “44,2% da população jovem não tinha acesso a coleta de esgoto em 2018”. Trata
Brasil. Disponível em: https://tratabrasil.org.br/442-da-populacao-jovem-nao-tinha-
acesso-a-coleta-de-esgoto-em-2018/

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