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ISCED - Luanda
d.C.
1604 – Johannes Kepler sustenta que a imagem se torna invertida na retina.
1637- René Descartes, filósofo e matemático francês que propôs a interação mente-
corpo e a doutrina das ideias inatas, publica Discurso do método.
1774- Franz Mesmer, médico austríaco, realiza sua primeira suposta cura por meio do
“magnetismo animal” (posteriormente denominado mesmerismo e hipnose). Em 1777,
foi impedido de praticar a medicina em Viena.
Philippe Pinel liberta das correntes os primeiros pacientes, vítimas de doença mental,
no asilo de Bicêtre, na França, e defende um tratamento mais humano para os
doentes mentais.
1808- Franz Joseph Gall, médico alemão, descreve a frenologia, a crença em que o
formato do crânio de uma pessoa revela faculdades mentais e traços de carácter.
1848- Phineas Gage sofre dano cerebral grave quando uma barra de ferro lhe
perfurou acidentalmente o cérebro, deixando intacto o intelecto e a memória mas
alterando sua personalidade.
1859 – Charles Darwin publica sobre a Origem das espécies por meio da selecção
natural, em que sintetiza muitas obras anteriores sobre a teoria da evolução, incluindo
de Herbert Spencer, que cunhou a expressão sobrevivência do mais apto.
1861- Paul Broca, médico francês, descobre uma área no lobo frontal esquerdo do
cérebro que é fundamental para a produção da linguagem falada (hoje chamada área
de broca)
- Louis Pasteur defende a teoria dos germes.
1869 – Francis Galton, primo de de Charles Darwin, publica hereditary genius, em
que sustenta que a inteligência é herdada. Em 1876, cunhou a expressão “natureza e
criação” para corresponder a hereditariedade e ambiente.
1874- Carl Wernick, neurologista e psiquiatra alemão mostra que a lesão em uma
área específica do lobo temporal esquerdo rompe a capacidade de compreensão ou
de produção da linguagem falada ou escrita (hoje denominada área de Wernick)
1878- G. Stanley Hall recebe da Harvard university o primeiro título de doutorado em
Psicologia concedido nos EUA.
1879- Wilhelm Wundt instala na universidade de Leipzig, Alemanha, o 1º laboratório
de Psicologia, que se tornou uma meca para os estudantes de Psicologia de todo
mundo.
1883 – G Stanley Hall discípulo de Wundt, cria o 1º laboratório formal de Psicologia
nos EUA na John Hopkins University
1885- Hermann Ebbinghaus publica On memory, em que sintetiza sua ampla
pesquisa sobre aprendizagem e memória, inclinado a “curva de esquecimento”
1889- é instalado na Sorbonne o 1º laboratório de Psicologia da França e reúne-se
em Paris o 1º congresso internacional de Psicologia.
1890- Willian James, filósofo e psicólogo da Harvard University publica the priciples of
psychology, descrevendo a Psicologia como “a ciência da vida mental.
1891- James Mark Baldwin instala na universidade de Toronto o 1º laboratório de
psicologia da comunidade de nações britânicas.
1893- Mary Whilton Calkins e Christine Ladd-Franklin tornam-se as 1ªs mulheres a
serem eleitas para o quadro de membros da APA.
1894- Margaret Floy Wasburn torna-se a 1ª mulher a receber o grau de doutorado
em psicologia (Cornell University)
1898- Edward L. Thorndike, da Columbia University, publica um artigo intitulado
“animal intelligence”, no qual descreve suas experiências e aprendizagem com gatos
em “caixas- problema”. Em 1905 propôs a “lei do efeito”
1900- Sigmund Freud publica a interpretação dos sonhos sua principal obra teórica
em psicanálise.
1905 – Mary W. Calkins torna-se a 1ª mulher a assumir a presidência da APA
- Ivan Petrovic Pavlov publica estudos sobre condicionamento de animais.
- em Paris, Alfred Binet e Theodore Simon publicam o primeiro teste de inteligência
conforme estudavam as habilidades e o progresso académico de crianças em idade
escolar.
1920- Francis Cecil Sumner recebe grau de doutorado em Psicologia da Clark
University tornando-se o 1º afro americano a obter doutorado em psicologia.
1924- Mary Cover Jones relata ter recondicionado reacção de medo em uma criança
(Peter), percursora da dessensibilização sistemática desenvolvida por Joseph wolpe.
1933 – Inez Bervely Posser torna-se a 1ª mulher afro americana a receber o grau de
doutorado em psicologia em uma instituição americana, Universidade de Cinccinati.
1938 – B. F. Skinner, publica the behavior of organisms, que descreve o
condicionamento operante em animais.
1939 – David Wechsler publica o teste de inteligência wechsler-bellevue, percursor da
escala Wechsler de inteligência para crianças (WISC)
- a segunda guerra mundial proporcionou muitas oportunidades para que os
psicólogos aumentassem a popularidade e a influencia da psicologia especialmente
em áreas aplicadas.
1950- Erik Erikson publica childhood and society, esboçando as fases do
desenvolvimento psicossocial.
1954 – Abraham Maslow publica motivacion and personality em que propõe uma
hierarquia de motivos que vai das necessidades fisiológicas à auto realização.
1968- Richard Atkinson e Richard Shiffrin publicam seu influente modelo de
memória de três estágios, envolvendo a memória sensorial (MS) a memoria de curto
prazo (MCP) e memória de longo prazo (MLP).
1971- Kenneth B. Clark é o primeiro afro americano a assumir a presidência da APA.
2002- o novo México torna-se o primeiro estado norte americano a permitir que os
psicólogos clínicos qualificados prescrevam certos fármacos.
Obviamente em outras datas ocorrem factos também importantes.1
1
David MYERS. Psicologia, 2006
1.2.1 – ESTRUTURALISMO
Posição desenvolvida por Wilhelm Wundt (1832-1920),
1.2.2 – FUNCIONALISMO
William James (1842–1910) é um dos fundadores da
1.2.4. – BEHAVIORISMO
1.2.5. – GESTALT
Gestalt é uma palavra alemã que significa forma, padrão, estrutura, todo.
Este movimento foi fundado por Wolfgang Kolher, Max Wertheimer e Kurt
Koffka.
1- PSICOLOGIA EVOLUCIONISTA
É uma disciplina resultante da síntese entre a Psicologia Cognitiva e a Biologia
Evolutiva, que engloba conhecimentos da Antropologia, Paleontropologia, das
Ciências Cognitivas e das Neurociências. É um perspectiva teórica heurística
que fornece modelos e métodos robustos para examinar os processos mentais
e comportamentos humanos, usando a lógica dos mecanismos de selecção
natural e selecção sexual propostos por Charles Darwin, bem como nas
contribuições de Mendel, Hamilton, Trivers, entre outros.
Preocupa-se com as origens evolucionárias dos padrões de comportamento e
processos mentais, investigando qual valor adaptativo que eles têm ou tiveram
e quais as funções eles servem ou serviram.
Todas as visões teóricas que estudamos até agora buscam explicar o homem
moderno. Mas os psicólogos evolucionistas se perguntam de que modo os
seres humanos chegaram a ser o que são hoje.
Seu objectivo é de procurar compreender e entender porque a mente foi
moldada do modo como é; como a mente humana foi modelada; quais são
seus mecanismos e as partes; qual é a sua organização; quais as funções
dessas partes; e finalmente, como os estímulos ambientais interagem com a
mente para produzir o comportamento observável.
Eles estudam temas diversos como a percepção, linguagem, ajuda ao próximo
(altruísmo), cuidado com os filhos, felicidade, atracção sexual e selecção do
parceiro, ciúme e violência. Buscam compreender os programas básicos que
2- PSICOLOGIA POSITIVA
É um movimento recente dentro da ciência psicológica que visa fazer com que
os psicólogos contemporâneos adoptem "uma visão mais aberta e apreciativa
dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas". Vários
psicólogos humanistas tais como Abraham Maslow, Carl Rogers, Erich Fromm
e Carl Jung, desenvolveram teorias e práticas bem sucedidas que envolvem a
felicidade humana.
Enfatizam que a psicologia deveria dar maior valor à “vida saudável”: dedicar-
se ao estudo dos sentimentos subjectivos de felicidade e bem-estar, intimidade,
integridade, liderança, altruísmo e sabedoria e que tipos de famílias, ambientes
de trabalho e comunidades encorajam os indivíduos. Para eles, é importante a
manutenção do bem-estar mental. Afirmam que “ a psicologia chegou a um
ponto em que a construção de qualidades positivas deve receber ênfase igual a
que é dada ao reparo de «estragos»”.
3. PSICOLOGIA EXISTENCIAL
Contribui no estudo das motivações e emoções bem como para as subáreas da
personalidade e psicoterapia.
4- PSICOLOGIA HUMANISTA
Enfatizam a necessidade do amor, do sentimento, da auto-estima de fazer
parte de algo ou seja nos nossos propósitos de vida estas particularidades
devem sempre estar presentes. Estudam a saúde mental e o bem estar e não
doenças mentais. Estão representados por Abraham Maslow e Ruth Benedict.
5-PSICOLOGIA COGNITIVA
Estuda os processos mentais no sentido mais amplo: pensar, sentir, aprender,
tomar decisões, fazer julgamentos, etc. Interessam-se pela forma como
processamos as informações.
Métodos psicológicos
controlada
n/ participante
cientifica
Fundamentais quotidiana
natural
Experimentação
Métodos
laboratorial
perguntas abertas
Controlada ou livre
Entrevista
testes
1.8.3. VARIÁVEIS
São factores que queremos estudar. Temos geralmente dois tipos de variáveis:
1. variável dependente ou variável de resposta(VD) – factor que
o experimentador pretende descobrir e pode ser afectado pelo
meio.
2. Variável independente (VI) – é o dado manipulado e influencia a
VD.
3. Variável enganadora, estranha ou externa – é um dado
involuntário que pode aparecer no decorrer da pesquisa e
atrapalhar a mesma.
Ex: motivações do consumo de droga na juventude.
VD – consumo de droga
VI – problemas familiares, falta de emprego, curiosidade, etc.
1.8.4 AMOSTRAGEM EM PSICOLOGIA
AMOSTRAGEM: são as técnicas ou critérios usados para extrair a amostra da
população.
POPULAÇÃO: é o universo de pessoas que se pretende estudar.
AMOSTRA: é uma porção ou subconjunto da população. Será o grupo de
pessoas que farão parte directa da experiência.
Ex: eleições partidárias em Angola
População: todos os angolanos
Amostra: (quem pode votar) pessoas maiores de idade e devidamente
documentadas “grupo experimental”
Amostragem: idade, documento eleitoral e nacionalidade aceite.
O sistema nervoso central pode ser descrito como um longo tubo (medula
espinal) que se torna bastante grosso na sua extremidade superior (encéfalo);
ou seja é o conjunto de órgãos de coordenação (recebem mensagens e dão
respostas) consciente e voluntário que imprime acção aos músculos.
O sistema nervoso periférico é o conjunto de órgãos (nervos cranianos e
raquidianos) de transmissão inconsciente e automático, exercendo acção aos
órgãos.
Tanto os órgãos centrais como os periféricos são formados por unidades
elementares – as células nervosas ou NEURÓNIOS.
(Mecanismo reflexo)
Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego
synapsis, acção de juntar). A sinapse (ponto de encontro mas sem contacto) é uma
região de contacto muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurónio e a
superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurónios como
células sensoriais, musculares ou glandulares. As terminações de um axônio podem
estabelecer muitas sinapses simultâneas. Na maioria das sinapses nervosas, as
membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam.
Há um pequeno espaço entre as membranas celulares - o espaço sináptico ou fenda
sináptica.
CÉREBRO
Abaixo do corpo caloso, bem no interior, encontramos uma área em que se localizam
algumas estruturas com funções importantes, o sistema límbico constituído por:
- Tálamo – câmara interna que reveste o hipotálamo e outros; fonte do leito nupcial.
Recebe informações dos sentidos excepto do olfacto. É uma estação retransmissora
de impulsos nervosos para o córtex cerebral.
As circunvoluções cerebrais são divididas por fissuras que por sua vez dividem os
hemisférios em diferentes zonas ou quatro (4) lobos cerebrais (lobos frontais,
parietais, temporais e occipitais – um em cada hemisfério) nos quais estão
associados as actividades como audição, visão, fala, etc.
Em cada área de um dos hemisférios, o córtex cerebral encerra três tipos de áreas
(motoras, sensitivas e associativas) que agem em conjunto a fim de produzir um
comportamento consciente.
CEREBELO
FUNÇÕES:
Formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula oblonga (ou bulbo
raquidiano), o tronco encefálico conecta ou assegura a comunicação entre o cérebro
e a medula espinal.
Existem duas estruturas localizadas na parte superior do tronco cerebral que merecem
referência: o tálamo e o hipotálamo já anteriormente explicadas.
O SISTEMA LÍMBICO
MEDULA ESPINAL
A medula espinal elabora respostas simples para certos estímulos. Essas respostas
medulares, denominadas actos reflexos, permitem ao organismo reagir rapidamente
em situações de emergência.
Nervos são feixes de fibras nervosas envoltas por uma capa de tecido conjuntivo. Nos
nervos há vasos sanguíneos, responsáveis pela nutrição das fibras nervosas. As fibras
presentes nos nervos podem ser tanto dendritos como axônios que conduzem,
respectivamente, impulsos nervosos das diversas regiões do corpo ao sistema
nervoso central e vice-versa.
Nervos cranianos: São os nervos ligados à base do cérebro. Possuímos doze pares
de nervos cranianos, responsáveis pela intervenção dos órgãos do sentido, dos
músculos e glândulas da cabeça, e também de alguns órgãos internos.
- Nervos Motores são os que contêm somente fibras motoras, que conduzem
impulsos do sistema nervoso central até os órgãos efectuadores (músculos ou
glândulas) e constituem o comportamento, “eferentes”.
SN Autónomo
Constituído por todos os nervos e fibras nervosas vindas SNC que enervam (excitam)
os outros tecidos do organismo menos o tecido muscular esquelético.
Ex: músculo cardíaco “coração”, musculo liso “localizado nos vasos e intestinos”,
glândulas.
SISTEMA SIMPÁTICO
SISTEMA PARASSIMPÁTICO
Suas fibras libertam a substâncias acetilcolina que, pelo contraio, diminui o ritmo
cardíaco e favorece a digestão, aumentado os movimentos rítmicos do instestino.
Relaxam o organismo que trabalhou aceleradamente por conta do S. Simpático.
SISTEMA ENDÓCRINO
Nenhuma célula vive isolada. Nos seres pluricelulares uma rede complexa de
comunicação coordena o crescimento, o metabolismo da enorme variedade de células
nos diversos tecidos e órgãos, o comportamento sexual, etc.
Veja no quadro a seguir algumas glândulas com as hormonas por si liberadas bem
como suas funções no organismo humano.
Hormona funções
Glândula
Diferenciação do útero na
Ovário (SNP) Progesterona preparação p/ a implantação do
embrião e manutenção da gravidez
Maturação e manutenção da função
Testículo (SNP) Testosterona dos órgãos sexuais masculinos;
desenvolvimento dos caracteres
masculinos(barba)
Influência no metabolismo dos
hidratos de carbono; redução das
Supra renais ( SNP) cortisol inflamações e de resposta
imunológicas, aumento da resposta
ao stress
Aumento da temperatura; regulação
Tiroxina do metabolismo da glucose e de
Tiroíde (SNC) outros combuistiveis; expressão dos
genes, etc
TSH
FSH
Induz a secreção de TSH pela
Hipotálamo (SNC) pituitária anterior; regula o fluxo dos
TRH impulsos dos centros excitadores
sexuais.
DISTÚRBIOS
É um distúrbio grave do sistema nervoso. Pode ser causado tanto pela obstrução de
uma artéria, que leva à isquemia de uma área do cérebro, como por uma ruptura
arterial seguida de derrame. Os neurônios alimentados pela artéria atingida ficam sem
oxigenação e morrem, estabelecendo-se uma lesão neurológica irreversível. A
percentagem de óbitos entre as pessoas atingidas por AVE é de 20 á 30% e, dos
sobreviventes, muitos passam a apresentar problemas motores e de fala.
- Ataques Epiléticos
Epilepsia não é um doença e sim um sintoma que pode ocorrer em diferentes formas
clínicas. As epilepsias aparecem, na maioria dos casos, antes dos 18 anos de idade e
podem ter causas diversas, tais como anomalias congênitas, doenças degenerativas
do sistema nervoso, infecções, lesões decorrentes de traumatismo craniano, tumores
cerebrais, etc.
Sua origem está associada a factores diversos como tensão emocional, distúrbios
visuais e hormonais, hipertensão arterial, infecções, sinusites, etc.
A APRENDIZAGEM
Conceito de aprendizagem
Ela vem de aprender, de ad, “junto” mais prehendere, com o sentido de “levar
para junto de si”, metaforicamente “levar para junto da memória”. Por sua vez,
este verbo se origina em prae-, “à frente”, mais hendere, relacionado a hedera,
“hera”, já que essa planta trepadeira se agarra, se prende às paredes para
poder crescer.
a) Aprendizagem e desenvolvimento
Podemos notar que quando alguém aprende alguma coisa, como por exemplo,
dançar, comer com o garfo, andar de carro, ou de bicicleta, etc., o seu
comportamento fica alterado em algum aspecto, mesmo que a mudança não
seja imediatamente evidente.
a) Factores internos
São aqueles que dependem da pessoa que quer aprender e que podem
condicionar a aprendizagem como as características da sua personalidade ou
as suas características físicas. Podemos destacar os seguintes:
♠ Factores cognitivos: percepção, atenção, memória.
♠ Factores socioculturais: família, grupos de pertença, comunidade,
sociedade (valores, representações e estereótipos).
♠ Factores biológicos: neurofisiológicos; genéticos.
b) Factores externos
2. - Aprendizagem motora
PAVLOV observou que a boca do cão ficava cheia de saliva não apenas à
vista e o cheiro do alimento, mas também na presença de outros estímulos
associados a ele como o som da campainha na hora da alimentação.
Um dos muitos cães usados por Pavlov nas suas experiências, Museu
Pavlov, Rússia. Note-se que o recipiente utilizado para o
armazenamento da saliva está cirurgicamente implantado no maxilar do
animal.
A experiência era repetida durante alguns dias e o gato ia, aos poucos,
eliminando os ensaios infrutíferos para sair da gaiola, coisa que conseguia
cada vez em menos tempos, até que nenhum erro mais era cometido. A dada
altura da experiência o gato saia da gaiola com apenas um movimento preciso:
o de tocar a tranca.
EXPERIÊNCIA:
É de salientar que, quando o rato, depois de vaguear algum tempo pela caixa
SKINNERIANA, acaba por premir por acaso a alavanca que dá comida, a
resposta não é uma acção reflexa desencadeada por um determinado estímulo
incondicionado. A sequência dos acontecimentos para o condicionamento
operante é então o seguinte:
Salienta-se que o operante não tem inicialmente nada a ver com o estímulo. No
condicionamento operante, a resposta produz o estímulo reforçador ou em
termos de SKINNER, o reforço é contingente à ocorrência da resposta.
Neste caso forma-se uma conexão resposta - estímulo e não uma conexão
estímulo – resposta.
3.1. A SENSAÇÃO
O homem no seu dia-a-dia conduz a sua vida através do que ouve, sente,
saboreia, vê, etc. Podemos dizer que vivemos recebendo estímulos que
excitam os nossos receptores sensoriais (os receptores são constituídos por
células receptoras).
Tradicionalmente dividimos a experiência em duas classes:
Sensação
Percepção
a) Tem de haver uma EXCITAÇÃO (estímulo) quer dizer, tem de haver a acção
de um excitante ou agente provocador sobre um órgão sensorial.
Os excitantes podem ser:
- Mecânicos – (choque, pancada, queimadura)
- Físicos – (luz, cor, som, barulho, etc.)
- Químicos – (drogas, perfumes e outros irritantes ou substâncias químicas).
b) tem de haver uma IMPRESSÃO SENSORIAL (nervo condutor que efectua a
transmissão): que é a modificação orgânica que se processa nos órgãos sensoriais e
que se transmitem por fibras nervosas da periferia para o centro e vice-versa.
c) Tem de haver uma RESPOSTA OU REACÇÃO (órgão efector):
A excitação - condição a) é de natureza física;
- A impressão sensorial – condição b) é de natureza fisiológica;
- A reacção ou resposta – condição c) é de natureza psicológica.
A ausência ou eliminação de uma das três condições implica o não aparecimento da
sensação.
3.2. – A PERCEPÇÃO
O fenómeno da percepção situa-se na fronteira entre a fisiologia e a psicologia. As
informações brutas trazidas pela sensação são interpretadas pela percepção, senão
b) externos
1- Porque vemos uma imagem só, se temos 2 olhos? - Seres humanos e outros bichos
têm 2 olhos apontados para a mesma direcção e assim 2 imagens são enviadas ao cérebro
mas vemos imagem única porque as imagens das 2 retinas correspondentes ao mesmo ponto
no espaço à nossa frente são combinadas no córtex visual levando a percepção de imagem
única.
3- Os cheiros ruins passam com o tempo? Não mas, o seu cérebro se acostuma ou
seja entras num banheiro nauseabundo e o seu nariz é inundado por maus cheiros,
precisas somente de um pouco de persistência , cerca de 1 minuto a respirar tais
odores, para que o cheiro ruim “parece” ir embora. Isto acontece porque o seu cérebro
se acostumou - habituação.
Francis Galton, médico inglês, foi o primeiro cientista que teve a ideia de medir a
inteligência humana. Em 1882, ele montou uma cabine num museu de Londres para
medir as habilidades sensoriais e motoras (audição, visão, o tempo de reacção, etc.)
dos indivíduos, obtendo lucros fáceis e ao mesmo tempo recolhendo dados que lhe
permitiram identificar as diferenças em termo da inteligência. Oriundo de uma família
altamente intelectual e rica, Galton tinha uma crença firme de que “a inteligência era
herdada”.
3. 4.1- ESCALA MÉTRICA DE INTELIGÊNCIA (BINET-SIMON)
Em 1905, Binet criou a escala métrica de inteligência com trinta (30) testes que
incluíam vários processos de avaliação, tais como o significado de palavras, a
memorização de números, a descoberta de erros, etc., a fim de medir o nível da
memória, da atenção, da imaginação, do pensamento, etc., nas crianças. Binet usou o
conceito de idade mental com o objectivo de atribuir valores numéricos ao
desempenho no seu teste, constituído por questões e exercícios sobre figuras,
números, letras, palavras, etc..
IM
QI=------- * 100
IC
Onde Q.I.= quociente de inteligência que representa a relação entre a idade mental e
a idade cronológica do indivíduo.
I.M. = idade mental que representa a idade atribuída a uma criança em função do seu
desempenho num teste de inteligência.
QI=
Em 1939 David Wechsler apresentou o seu primeiro teste de inteligência para adultos
(W.A.I.S.) e o mesmo foi até aqui várias vezes revisto. Em 1949 ele publicou a escala
de inteligência Wechsler para crianças (WISC). Os testes de Wechsler marcaram um
afastamento claro relativamente a tradição dos testes de Binet. Wechsler considerava
que os testes de Binet eram demasiado saturados com itens verbais. A escala de
Wechsler é constituída por dois subtestes: um subteste verbal e um segundo
subteste de realização.
c) O Q.I. global ou da escala completa que é calculado com base na soma do Q.I.
verbal e de realização.
Deste modo o mecânico de automóveis pode obter um Q.I. verbal de 100, mais um
Q.I. de realização de 130, obteria um Q.I. global ou de escala completa = a 100+130: 2
=230:2=115.
Para alguns cientistas temos várias inteligências e para outros temos uma mas com
aptidões específicas.
Ex.: Um candidato que teve uma pontuação num teste e, se o mesmo for repetido, o
candidato apresenta os mesmos resultados.
Q.I CATEGORIA
Com o passar do tempo, verificou-se que nem todo o indivíduo que tivesse um Q.I.
muito apto, tornava-se génio. Houve então, necessidade de diferenciar os dois termos
e, assim sendo:
Exemplo: Pelé, Maradona são génios do futebol mundial; Michael Jackson é um génio
da musica mundial; Isaac Newton é um génio da física.
4. A MEMÓRIA
4.1 – CONCEITO
A memória é a capacidade das mais importantes e complexas do homem e, a outros
níveis, comum a todos os animais, uma vez que até os animais de estrutura mais
simples parecem possuir a capacidade de memorizar.
A memória é o arquivo da mente, é o depósito da aprendizagem acumulada. Para
Cícero, a memória é um tesouro, o guardião de todas as coisas.
Para o psicólogo, a MEMÓRIA é um processo psíquico que regista, conserva e
reproduz (por reconhecimento ou recordação) fenómenos percebidos anteriormente. É
a retenção e recordação de experiências.
A memória é um factor essencial para o desempenho de todas as capacidades dos
organismos vivos. É também essencial como suporte de todos os processos de
aprendizagem. A memória entra em acção logo que o estímulo é registado pelos
sentidos.
Exemplo: Pensa no número de telefone procurado e retido apenas o tempo suficiente
para ser discado: neste caso o intervalo de tempo entre aquisição e retenção é apenas
de segundos. Também para se compreender a fala tem de manter-se em memória o
início de cada uma das frases para que se possa aceder ao seu significado quando
chegam ao fim.
Utilizamos a memória para aceder quer ao passado remoto quer ao passado recente.
Muitos psicólogos admitem que processos e tipos de memória diferentes estão
envolvidos neste trabalho.
Estes processos são: fixação (codificação), retenção ou conservação
(armazenamento) e reprodução (recuperação); e os três tipos de memória são: os
registos sensoriais, a memória a curto prazo (ou de operação) e a memória a longo
prazo.
queremos dar atenção, alias, a nossa memória de curto prazo só contém apenas o
que foi seleccionado. Quer dizer que, parte daquilo a que estamos expostos nunca
sequer entra na nossa memória a curto prazo e logicamente não estará disponível
para posterior recuperação.Na verdade muitos problemas da memória são lapsos de
atenção.
Exemplo: Compraste algumas coisas numa loja e alguém depois perguntou-lhe qual
era a cor dos olhos da vendedora, é possível que não consigas responder, não por
causa de uma falha de memória, mas porque tu nem sequer prestaste atenção nos
olhos da vendedora.
Quando a informação é fixada na memória, ela é registrada em algum código ou
representação.
Podemos fixar a informação em:
- representação visual (uma imagem);
- representação fonologia (sons);
- representação semântica (baseada no significado da informação).
Podemos usar qualquer uma das representações para fixar a informação na memória,
embora, a mais favorecida seja a representação fonologia quando estamos a tentar
manter a informação activa através do ensaio, ou seja, repetindo um item diversas
vezes.
Ensaiar é uma estratégia particularmente popular quando a informação consiste em
itens verbais como dígitos, letras ou palavras.
Exemplo: ao tentar lembrar um número de telefone, é mais provável que fixemos o
número pelo som dos nomes dos dígitos e recitemos esses sons mentalmente até
discarmos o número.
A representação visual é necessária quando itens não verbais, tais como imagens
difíceis de descrever, são precisas serem guardadas.
Embora a maioria de nós pode manter algum tipo de imagem visual na memória de
curto prazo, algumas pessoas são capazes de manter imagens com clareza quase
fotográfica (essa habilidade ocorre principalmente em crianças que podem olhar
brevemente uma figura e quando esta é retirada, ainda experienciam a imagem em
frente aos olhos).
As crianças conseguem manter a imagem por vários minutos e, quando questionadas,
oferecem uma riqueza de detalhes.
A representação semântica é aquela que a informação foi memorizada porque tem
associação significativa com algum facto.
Pelo que vimos, a memória de curto prazo cumpre duas funções importantes, segundo
os estudiosos Atkinson, Shiffrin e Raaijmakers – 1971/1992:
- armazena e processa material, necessário por períodos curtos, durante a
resolução de problemas e serve como espaço de trabalho para computações
mentais;
O código fonológico e outros também podem ser usados na memória de longo prazo
apesar do preferencial ser o verbal (o significado).
não faria diferença se ela apenas perguntasse seu número de telefone. Não há como
responde-la: tu estás em pânico.
O que é que esta a acontecer com a memória aqui?
A dificuldade de lidar com a primeira pergunta gerou ansiedade. A ansiedade muitas
vezes é acompanhada de pensamentos impróprios como “eu não vou passar” ou
“todos vão achar que sou burro”...
Esses pensamentos preenchem a nossa consciência e prejudicam as tentativas de
recuperar as informações relevantes para a pergunta.
Segundo essa concepção, a ansiedade não causa directamente falha de memória: ela
esta associada a pensamento alheios e estes pensamentos provocam falha de
memória ao interferirem na recuperação.
4- Efeitos de contexto
A memória é melhor quando o contexto no momento da reprodução equivale àquele
do momento da fixação. Como nosso estado emocional durante a aprendizagem é
parte do contexto, se o material que estamos aprendendo nos provoca tristeza, talvez
possamos melhor recuperar esse material quando nos sentimos tristes outra vez.
5- Repressão
Esta concepção provem da teoria Freudiana do inconsciente. Freud sugeriu que
algumas experiências emocionais da infância são tão traumáticas que lhes permiti
acesso “a consciência” muitos anos depois. Diz-se que estas experiências traumáticas
estão reprimidas, ou guardadas no inconsciente, e só podem ser recuperadas quando
parte da emoção associada a elas é abrandada.
A repressão representa a falha de recuperação derradeira: o acesso as memórias-alvo
esta activamente bloqueado.
estariam relacionados com motivos inconscientes. São os actos falhados aos quais
Freud atribui significado.
Hipomnésia e Amnésia
A Hipomnésia e a Amnésia podem ser consideradas como graus de hipofunção da
memória, ou seja, são diminuições do número de lembranças evocáveis. A Amnésia,
por sua vez, seria a desaparição completa das representações mnêmicas
correspondentes a um determinado tempo da vida do indivíduo".
Segundo Jaspers, "amnésias são perturbações da memória que se estendem a um
período de tempo delimitado, do qual nada ou quase nada pode ser reproduzido
(Amnésia parcial), ou ainda a acontecimentos menos nitidamente delimitados no
tempo.
em que a enfermidade progride no tempo, a fixação vai-se tornando cada vez mais
difícil. Com muita frequência, alguns enfermos apresentam esquecimentos de nomes,
de datas, de acontecimentos da vida quotidiana (fixação), enquanto conservam de
modo perfeito os conhecimentos adquiridos anteriormente.
UNIDADE IV – A PERSONALIDADE
1ª História
Ao saírem da aula de química, dois estudantes universitários de 19 anos
testemunharam um ataque terrorista, Michael e Sara.
Michael ficou pálido, trémulo, paralisado pelo medo, um sorriso amarelo estampou-se
em seu rosto.
Sara, ofereceu socorro pedindo aos colegas que tomassem as medidas necessárias.
Porque é que os dois estudantes reagiram diferentemente?
Michael, o estudante amedrontado, embora nervoso e introvertido era um rapaz
simpático que estudava programação de computador. Relatou que sempre fora meio
tímido, mas esse sentimento havia se intensificado aos 7 anos quando foi abusado
sexualmente por seu tio.
Sara que prestou socorro, era cordial e mimada. Queria tornar-se médica. Comandava
a associação feminina da faculdade. Sofreu discriminação na escola primária mas
seus pais despertaram nela forte compreensão sobre os valores morais o que veio a
estimular as suas realizações.
2ª história
Óscar e Jack são gémeos idênticos que nasceram em Trinidade e foram, separados
logo após o nascimento.
Óscar foi levado pela mãe para Alemanha onde foi educado como católico e nazista.
Jack permaneceu em Trinidad com o pai judeu e foi criado como judeu. As duas
famílias nunca se corresponderam.
Quando estavam no final dos 40 anos, os dois irmãos foram reunidos por
pesquisadores que estavam a estudar gémeos que tivessem sido criados
separadamente. Óscar e Jack apresentavam semelhanças notáveis:
- ambos usavam bigode;
- óculos com aro de metal;
- terno azul.
Suas peculiaridades e temperamento eram semelhantes. ambos compartilhavam
certas idiossincrasias: gostavam de alimentos picantes, licores adocicados, eram
distraídos, gostavam de mergulhar a torrada no café e de assustar pessoas no
elevador.
Semelhanças e diferenças entre os indivíduos oferecem desafios a Psicologia.
Em muitos aspectos, toda a pessoa é semelhante a todas as outras (2ª história), os
processos biológicos e psicológicos como consciência, percepção, aprendizagem,
memória, pensamento, motivação e emoção por exemplo são basicamente os
mesmos para todos.
Mas, em outros aspectos, cada pessoa é diferente de todas as outras (1ª história).
Cada um tem um padrão característico de capacidades, crenças, atitudes, motivações,
emoções que nos tornam únicos.
Surgiu por volta de 1962 e é representada por Carl Rogers e Abraham Maslow. Vêem
o indivíduo como totalidade e não apenas objecto de estudo.
Consideram nas suas ilações a questão: quem sou eu?
Esta questão envolve visões subjectivas, percepções e sentimentos de valor próprio.
Esta abordagem preocupa-se com a experiência subjectiva da pessoa. E defendem
que a personalidade se desenvolve dependendo da tendência à realização ou seja a
PERSONALIDADE, para se desenvolver, depende da motivação de cada um. È a
motivação que vai perpetuar os traços (características) da personalidade.
b) Motivos adquiridos: São motivos que não nascem com o indivíduo; esses
motivos são aprendidos ou adquiridos pelo indivíduo na sua interacção com o meio e
apresentam-se de maior importância para o Psicólogo.
Entre vários motivos adquiridos, podemos citar: o motivo de auto-realização, o motivo
de competência, o motivo de curiosidade, o motivo de poder, etc.
Nesta teoria, Allport sugere a forma como muitos motivos humanos podem ser
adquiridos. Segundo este psicólogo, muitos motivos humanos surgem quando um
meio utilizado para atingir um fim se torna um fim em si próprio. Ou seja, o caminho
escolhido para chegar a uma meta de satisfação de uma necessidade mais primitiva
pode tornar-se realmente uma meta. Por essa razão, Allport criou a teoria da
autonomia funcional da motivação, ou seja, pode-se começar um comportamento com
apenas uma motivação e, com o passar do tempo, ter o mesmo comportamento, só
que por outras razões.
Por exemplo, um jovem rapaz só toca no violino se a mãe lhe der um gelado. Assim,
tocar o violino está dependente de um reforço primitivo que é o gelado. Um belo dia, o
rapaz começa a tocar o violino já não pelo gelado, mas simplesmente pela beleza e
alegria de criar a música. Quer dizer que o motivo de tocar o violino passou a
funcionar autonomamente.
neces. de
auto-realização
neces. de auto-estima
necessidades de amor
necessidades de segurança
necessidades Fisiológicas
1º Necessidades fisiológicas:
A satisfação dessas necessidades domina o comportamento humano.
Exemplo: a fome, a sede, o sono, o desejo sexual.
2º Necessidades de segurança:
Manifestam-se na procura de protecção relativamente ao meio (abrigo) bem como na
busca de um ambiente estável e ordenado. O perigo físico provoca insegurança e
ansiedade dominando o comportamento do indivíduo.
Exemplo: segurança, ordem protecção e estabilidade familiar.
3º Necessidades do amor:
Manifestam o desejo de associação, participação e aceitação por parte dos outros.
Nas relações íntimas e nos grupos a que pertence, o indivíduo procura o afecto, a
aprovação.
Exemplo: afeição, afiliação do grupo e aceitação pessoal
4º Necessidades de estima:
Assume duas expressões: o desejo de realização, de competência, o estatuto e o
desejo de reconhecimento.
As pessoas desejam ser competentes, isto é, desenvolver actividades com qualidade
e serem reconhecidas por isso. Daí se relacionar com estas necessidades a procura
do sucesso, do prestígio, da reputação. A satisfação da necessidade de estima
desenvolve nas pessoas sentimentos de autoconfiança e sua frustração gera
sentimentos de inferioridade.
Exemplo: respeito próprio, prestigio, reputação e estatuto social.
Maslow considerava que a necessidade seria inerente aos seres humanos. A sua
concretização varia de pessoa para pessoa; um indivíduo pode auto-realizar-se sendo
um atleta de alta competição, outro através das artes plásticas, da música, da
investigação científica, da intervenção social, etc.
Para Maslow, esta hierarquia não implica que todos os seres humanos alcancem um
sucesso global na satisfação de todas essas necessidades. Por exemplo, nem todas
as pessoas chegam a satisfazer as necessidades de prestígio e estatuto social, e
muito menos a última meta auto-realização.
A organização das motivações depende dos factores individuais, dos grupos em que a
pessoa se integra, das situações que se vivem e das experiências anteriores.
5.5- A FRUSTRAÇÃO
A personalidade, a medida que se desenvolve, enfrenta uma série de problemas e
situações novas, as quais se deve optar ou conviver.
Estes problemas geram estados psicológicos conhecidos, como por exemplo: a
frustração, a ansiedade, o ajustamento, o conflito e outros...
Salientamos que quando mais frustrado estiver o indivíduo, mais agressivo ele será e
a agressão provocada pela frustração pode ser directa ou deslocada.
Uma agressão é directa quando ela é dirigida ao objecto causador de frustração e, é
deslocada quando é dirigida ao objecto ou a pessoa que nada tem a ver com a
FRUSTRAÇÃO.
a) Conflito aproximação/aproximação
Neste tipo de conflito, o indivíduo está perante duas ou mais forças positivas, está
entre dois objectivos ou actividades desejadas. O conflito surge porque só é possível
satisfazer um objectivo e inibir o outro.
Exemplo: escolher entre ir a uma festa ou ao cinema.
b) Conflito afastamento/afastamento
Neste tipo de conflito, o indivíduo está perante duas alternativas desagradáveis, duas
valências negativas, hesitando sobre qual evitar.
Exemplo: quando se colocam à criança, alternativas que não deseja como, por
exemplo, comer a sopa ou ir para a cama.
c) Conflito aproximação/afastamento
Neste conflito, o indivíduo está perante uma situação que é positiva e negativa ao
mesmo tempo.
Exemplo: uma criança vive este tipo de conflito quando deseja, e receia ao mesmo
tempo, acariciar o cão.
Em suma, podemos dizer que todos nós sofremos frustrações, uma vez que nem
todas as nossas necessidades são satisfeitas. Todavia, não deve haver um excesso
ou inexistência de frustração no indivíduo.
Resumindo, estes mecanismos são recursos que usamos quase sempre de uma
forma inconsciente, para adaptar-nos às situações conflituosas.
Os mais comuns são:
1- A racionalização: comportamento do indivíduo que procura libertar-se da
frustração por meio de uma “construção mental” apropriada. A pessoa procura-se
enganar, encontrando razões, justificativas para as suas atitudes, diante de uma
determinada situação. Ela tenta provar que o seu comportamentos é racional
justificável, logo digno de aprovação.
Por exemplo: a fábula da raposa, que não alcançando as uvas que desejava, se
afastou dizendo: estão verdes, nem cães as podem comer.
O político que perde as eleições depois diz: foi melhor assim, vou poder dedicar-me
mais aos meus clientes e à minha família.
A pessoa que esperava ganhar na lotaria e que ao conferir o bilhete que não foi
premiada, dá de ombros e comenta foi até bom, muito dinheiro estraga vida da gente.
2- A projecção: é o mecanismo de defesa do Ego pelo qual a pessoa atribui
inconscientemente a objectos ou outra pessoa, desejos, ideias e características que
não suporta admitir em si próprio.
Ela consiste em culpar os outros pelas nossas dificuldades ou atribuir a outros os
próprios desejos não étnicos.
Por exemplo: o aluno que se sente frustrado pela reprovação nos exames, põe-se a
dizer que o professor é incapaz.
O marido infeliz que desconfia da sua esposa.
forma de agir e quando nos deparamos com a situação fazemos tudo completamente
diferente. Isto acontece porque os afectos interferem no nosso comportamento.
Para algumas teorias, os afectos dão significado aos estímulos do mundo externo.
5.7. COMPONENTES BÁSICOS DA VIDA AFECTIVA
A vida afectiva é composta por dois afectos básicos que são o amor e o ódio e que
também estão juntos nas nossas acções e pensamentos.
Ao falarmos em afectividade temos que considerar as emoções, que são expressões
da vida afectiva e que são acompanhadas de reacções breves do organismo em
resposta a um acontecimento inesperado.
Quando por exemplo, sentimos medo, a emoção aparece acompanhada de fortes
batimentos cardíacos e, por muito tempo, este facto fez com que as pessoas
acreditassem que o coração fosse o lugar das emoções. Tremores, risos, choro,
lágrimas, expressões faciais, jeito de falar e outras reacções orgânicas também
acompanham as emoções. Estas reacções são “descargas” da tensão do organismo
emocionado.
Cada cultura tem expressões diferentes para as emoções. Em toda a cultura, além de
acontecer uma estimulação para certos tipos de expressão emocional, há a repressão
de outras. Em certas culturas os homens por exemplo, são proibidos de chorar, como
se o choro fosse um sinal de fraqueza, e as mulheres são mais incentivadas a
expressar o que sentem. Estas reacções são aprendidas através do que a cultura
selecciona através de normas e regras impostas numa sociedade. Uma mesma
reacção pode expressar emoções diferentes e assim, por exemplo, podemos chorar
de tristeza ou de alegria.
De acordo com as emoções que temos, diante de cada situação, podemos avaliar
melhor o que nos acontece. Elas têm uma função adaptativa e também estão ligadas a
uma possibilidade de linguagem, na medida em que podemos dizer ao outro o que
sentimos, através delas. As emoções podem ser de raiva, medo, vergonha, desprezo,
tristeza, alegria, amor, paixão, atracção e outras. Podem ser fortes, fracas,
passageiras duradouras e podem mudar com o tempo, fazendo com que uma coisa
que nunca nos emocionou passe a nos emocionar. Podemos ou não saber definir que
tipo de emoção estamos a sentir em determinadas situações. Perante a nossa história
pessoal somos “levados” a sentir determinadas emoções singulares e únicas.
Outra forma de expressão de nossa afectividade são os sentimentos, que são
diferentes das emoções por serem mais duradouros, e pelas reacções orgânicas que
não são tão intensas. Os sentimentos estão voltados para o nosso interior, são
privados, por isso contrariamente as emoções não se podem observar e interpretar.
São mais amenos e podem ser a amizade, a ternura e outros. Pode-se dizer por isso
que os sentimentos são de cada um, são únicos.
Mas como lidar com eles? Como fazer com que uma paixão deixe de incomodar?
Como fazer com que a raiva vá embora? Por outras palavras, como será possível
dominar os sentimentos? Ou não será possível?
As manifestações da nossa afectividade estão presentes em tudo o que fazemos,
pensamos e sentimos. E tu? Olha no teu interior, desvenda os sentimentos que só a ti
te pertencem e, emociona-te sempre que o meio assim o desejar, porque no fundo é
isso que tu és…
INTRODUÇÃO
acordo com suas metas, planos e desejos. Outros processos similares ao pensamento
são cognição, consciência, ideia, imaginação, etc. O pensamento é considerado a
expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e ideias
revela justamente a vontade deste.
1. CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO
O pensamento lógico se caracteriza por operar mediante conceitos e
raciocínios;
Depende do ambiente externo (dos 5 sentidos) e existem padrões que
possuem um começo no pensamento e criam um final, isso acontece em
milésimos de segundos, por sua vez milhares de começos e finais fazem disso
um pensamento lógico;
O pensar sempre responde a uma motivação, que pode estar originada no
ambiente natural, social, cultural ou no sujeito pensante.
O pensar é uma resolução de problemas. A necessidade exige satisfação.
O processo de pensamento lógico sempre segue uma determinada direcção.
Esta direcção vai em busca de uma conclusão ou da solução de um problema,
não segue propriamente uma linha recta e sim um formato zigue-zague com
avanços, paradas, rodeios, e até mesmo retrocessos.
O pensamento é simplesmente a arte de ordenar as matemáticas e expressá-
las através do sistema linguístico.
Pode ser caracterizado por exigir períodos de latência (estagnação), nos quais
as actividades internas são suspensas ou interrompidas. Portanto, ele é
somatório de actividades incluídas na elaboração de estudos, de processos
2. ALICERCES DO PENSAMENTO
Produção da fala
Significado
(pensamento, ideia)
Sentenças
(frases)
Morfemas
Fonemas
(sons básicos)
2.2. IMAGENS
2.3. CONCEITOS
Também dão significado a novas experiências. Isso não significa que criamos um novo
conceito para cada nova experiência que vivemos. Nós nos aproximamos de conceitos
que já estão formados e classificamos o novo acontecimento na categoria adequada.
Criar conceitos, seja sobre o que for é uma maneira de organizar as experiências
vividas. Tal como as palavras ajudam-nos a formular pensamentos. Mas a cognição
humana abrange muito mais que apenas pensar passivamente a respeito de coisas.
Ela também consiste em empregar activamente as palavras, as imagens e os
conceitos a fim de modelar uma compreensão do mundo, resolver problemas e tomar
decisões.
3. Classificação do pensamento
Pensamento autista e realista: proposto por Eugen Bleuler, tem como base a relação
com o ambiente interno e externo.
4 Operações racionais
Análise - Divisão mental, ou seja, o pensamento se divide em duas formas,
esquerda e direita. O lado direito pode pensar todo o negativo e o lado
esquerdo todo o positivo.
Síntese - Se reúne todo o processo mental para logo ser analisado ou
decorado.
Comparação - Estabelece semelhanças e diferenças entre objectos e
fenómenos distintos da realidade.
Generalização - Processo no que se estabelece o comum de um conjunto de
objectos, fenómenos ou relações.
Abstracção - Operação que consiste em mostrar mentalmente certos traços,
geralmente ocultados pela pessoa, distinguindo-se de pensamentos e anexos
acidentais, primários e precedendo aqueles pensamentos.
Racional - É o pensamento humano quando conduzido de acordo com a
razão, ou seja, o pensamento lógico, o raciocínio, livre das perturbações da
emoção, do sentimento, etc.
5. Patologias do pensamento
que leva um pensamento a outro. Este fio pode conter falhas, que causam os
transtornos no curso de pensamento.
a) Transtornos da velocidade
b) Transtornos da forma
2. LINGUAGEM
O ser humano fala aproximadamente entre 3000 e 6000 línguas. Não existem dados
precisos. As línguas naturais são os exemplos mais marcantes que temos de
linguagem. No entanto, ela também pode se basear na observação visual e auditiva,
3. Aquisição da linguagem
Todo ser humano saudável já nasce programado para falar, com uma propensão inata
para a linguagem. As crianças adquirem a língua ou as línguas que são empregadas
pelas pessoas que convivem perto delas. Este processo de aprendizagem é algo
complexo. Por isso, acredita-se que a aquisição da primeira língua é a maior façanha
que podemos realizar durante toda a vida.
Desde muito cedo, qualquer criança sabe e fala muito além das frases que ela escutou
dos adultos. Não repete simplesmente o que lhe dizem: com as regras que ela
apreendeu das frases ouvidas, forma inúmeras outras, inclusive nunca ouvidas. Ou
seja, desde a primeira infância a criança "cria" as suas frases. Essa criatividade é o
traço característico da chamada gramática universal, internalizada pelas crianças.
Proposta por Noam Chomsky, essa gramática parte do princípio de que há uma
gramática, inerente a todos os falantes de qualquer língua, que faria com que ninguém
optasse por uma estrutura altamente errada, entre as infinitas combinações possíveis
de palavras. As palavras aparecem entre 12 e 18 meses. Uma criança de 18 meses de
idade emprega em média cerca de 50 palavras.
3.1.Linguagem humana
Línguas vivem, morrem, misturam-se, mudam de lugar para lugar e mudam também
com o passar do tempo. Qualquer língua que deixa de mudar ou de se desenvolver é
categorizado como uma língua morta. Por outro lado, qualquer língua que está em um
estado contínuo de mudança é conhecido como uma língua viva ou linguagem
moderna. É por estas razões que o maior desafio para o falante de uma língua
estrangeira é permanecer imerso nela, a fim de acompanhar as mudanças que se
processam na língua.
A expressão "língua planeada" é por vezes utilizada para significar línguas auxiliares
internacionais e outras linguagens projectadas para uso real na comunicação humana.
As gramáticas normativas, que são tão antigas quanto as línguas clássicas - tais como
o latim, o sânscrito e o chinês - são baseadas em regras codificadas das línguas
naturais. Essas codificações são um meio-termo entre a selecção natural da língua e o
desenvolvimento da linguagem e a sua construção e prescrição explícita.
Segundo esta abordagem, uma vez que os animais não nascem com a capacidade de
raciocinar em termos de cultura, a comunicação animal se refere a algo
qualitativamente diferente do que é encontrado em comunidades humanas ].
Comunicação, língua e cultura são mais complexas entre os seres humanos.
4. PERTURBAÇOES DA LINGUAGEM
Poderíamos começar por dizer que a linguagem considerada normal é aquela que
cumpre satisfatoriamente a sua missão. Para isso deve possuir características tais
como:
a) Os problemas da linguagem
verificar nestas pessoas dislexia e disortografia, pode chegar a criar sua própria
linguagem impossível de se compreender, etc.
b) Os problemas da fala
São aqueles que dificultam a expressão oral, mas não afectam a compreensão. Entre
eles: dislalia,disglosia e a disfemia.
- por omissão. Não se pronuncia o fonema, por ex. “ cavo” em vez de cravo.
-por substituição. Troca-se um som por outro mais fácil de articular. Ex: “bugo” em
vez de burro.
- por distorção. Emite-se o fonema mas de modo alterado por uma deficiente posição
dos órgãos de articulação. Ex “chanto” em vez de santo
- por invenção. Intercala-se um som que não pertence a palavra para facilitar a
pronuncia. Ex: “administrador” em vez de administrador.
Aparece a partir dos 3 ou 4 anos e na sua origem não aparecem alterações orgânicas.
Este transtorno pode dificultar as relações sociais e gera muita ansiedade na pessoa.