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Docente: Joaquim Ferreira

Cadeira: Anual; Ano lectivo: 2022-2023

Curso: Psicologia

Disciplina: História da Psicologia

1º Ano Manhã e Tarde

Conteúdos Objectivos Métodos Tempo Recursos


laboral por de ensino
semana

Material
 Explicativo
135 Minutos
Vida e obras dos Compreender o didáctico de
 Comparativo
principais surgimento História da
 Diálogo
percursores que Psicologia
da Psicologia como  Debates
contribuíram
uma ciência
para o
independente dos
desenvolvimento
sistemas Filosóficos.
da Psicologia
2
Vida e obra de Wilhelm Wundt

Wund, 16 de agosto 1832, faleceu 31 de agosto de 1920) foi um médico, filósofo e


psicólogo alemão. É considerado um dos fundadores da psicologia experimental
junto com Ernst Weber (1795-1878) e Gustav Theodor Fechner (1801-1889). Aos 13
anos de idade Wundt mudou-se para a casa de uma tia em Heidelberg para
frequentar o liceu.[1]

Entre as contribuições que o fazem merecedor desse reconhecimento histórico está


a criação do primeiro laboratório de psicologia no Instituto Experimental de
Psicologia da Universidade de Leipzig (Lipsia) na Alemanha em 1879 e a publicação
de Principles of Physiological Psychology / Princípios de Psicologia Fisiológica em
1873 onde afirmava textualmente seu propósito, com o livro, de demarcar um novo
domínio da ciência.

Indo mais a fundo, talvez mais importante do que o fato da criação do laboratório em
Leipzig, seja o que ele passou a representar após este momento. Durante o último
quarto do século XIX, o laboratório criado por Wundt atraiu estudantes de várias
partes do planeta (EUA, Canadá, Inglaterra, entre outros), tornando-se assim o
primeiro e maior centro de formação de psicólogos até então. Estes estudantes após
se formarem, retornavam a seus países fundando novos laboratórios e formando
novos psicólogos tendo a ciência como ponto fundamental.

Formação

Filho de pastores luteranos alemães, com aprendizado na área de humanidades,


Formado pela Universidade de Heidelberg em 1855 vindo transferido da
Universidade de Universidade de Tubinga (Tübingen) em 1851. Após um curso de
fisiologia com Johannes Müller (1801-1858), o criador da teoria vitalista das energias
nervosas sensoriais específicas, no mesmo ano de sua formatura em Berlim retorna
para Heidelberg em 1856, onde doutora-se em filosofia e começa a lecionar
fisiologia aos 19 anos mais tarde iria lecionar na Universidade de Leipzig. Porém é
importante salientar que ele começou estudar medicina em Tubinga e se transferiu
para a universidade de Heidelbergg, onde estudou fisiologia, anatomia, física e
química. Porém ao longo do curso, ficou evidente para Wundt que ele não tinha
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inclinação alguma para medicina e especializou-se em fisiologia.

Wundt também teve um importante envolvimento com a política. Foi convidado para
ministrar conferências populares na Associação Educativa dos Operários, ele se
engajou não só no movimento para a educação dos operários, mas foi envolvido
cada vez mais nas discussões políticas, o que levou a se eleger pelo Partido
Progressista, 1866 como membro do Parlamento de Baden. Dois anos depois se
afastou da política para se dedicar exclusivamente à vida acadêmica. [3]

Carreira de Trabalho

 Fisiologia (1857-1864).
 Professor adjunto da Universidade de Heidelberg (1871-1874).
 Professor de Filosofia indutiva na Universidade de Zurique (1874).
 Professor de Filosofia indutiva na Universidade de Leipzig (1875-1917).
 Fundou o primeiro laboratório experimental de Psicologia do Mundo, das
Wundt-Laboratorium (1879).
 Aposentou-se em 1917 na Universidade de Leipzig.

Estudos e Publicações

Em 1855 defende tese na Universidade de Heidelberg sobre Sensibilidade táctil de


pacientes histéricos utilizando o método de Weber de discriminação limiar entre dois
pontos.

A partir de 1858 Wundt publicou fragmentariamente vários estudos sobre psicofísica,


sensação e percepção organizados em livros: Contribuições para a teoria da
percepção em 1862, ainda não considerado psicologia.

Em 1863 publica as Lições de psicologia humana e animal ("Lectures on human and


animal psychology", um dos primeiros estudos de psicologia comparada. Charles
Darwin (1809-1882) o autor da teoria da evolução publicada em 1859 (A origem das
espécies) só viria a publicar seu clássico da psicologia comparada, "A expressão
das emoções nos homens e nos animais", em 1872.
Em 1873 – 1874, publica os Fundamentos da psicologia fisiológica / Principles of
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Physiological Psychology , (2 volumes) com 6 reedições até 1910, sendo a edição de
1896 mais resumida e onde inclui pela primeira vez sua teoria tridimensional das
emoções é o livro que situa a psicologia no domínio das ciências naturais.

1879 é o ano de fundação do primeiro laboratório de pesquisas psicologia que


recebe o nome de Psychologische Institut na Universidade Leipzig.

Em 1881 Funda a primeira revista científica de psicologia, a Philosophische Studien.

Entre 1900 e 1920 publica Volkerpsychologie (Psicologia popular ou cultural) em 10


volumes

Morreu com 88 anos de idade no mesmo ano em que publica sua autobiografia em
1920.

Vida e Obra

A família de Wundt era inteira de pessoas dotadas intelectualmente, porem todos


indagavam se Wundt poderia continuar esse legado intelectual, quando ele então foi
reprovado ainda em seu primeiro ano do gynasium essa indagação foi confirmada.
Enquanto criança Wundt tinha o sonho de ser um grande escritor famoso.

No sistema de ensino alemão, é disponível aos Privatdozent a oportunidade de fazer


cursos particulares, Wundt o fez, porém, sem obter sucesso segundo consta no seu
primeiro curso de fisiologia matricularam-se apenas 4 alunos. Contudo com a
progressão de seus estudos e publicações (um universo de 53.736 páginas) recebeu
várias propostas de universidades e criou o laboratório que, vinte e quatro anos
depois, deu origem instituto de psicologia em 1903 (Psychologische Studien) e
concomitante reconhecimento da psicologia como ciência.

Ainda em Heidelberg, trabalhou como assistente de Hermann von Helmholtz (1821-


1894) entre 1858 e 1864. Helmholtz, praticamente iniciou os estudos do tempo de
reação e conseguiu estabelecer a velocidade do impulso nervoso através desse
método em torno de 90 pés por segundo (95 km por hora). Possui também grandes
contribuições ao estudo da fisiologia da visão e audição, entre as quais o invento do
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oftalmoscópio e contribuições a teoria da cor.

Wundt discordava da teoria das cores, hoje conhecida como de Young-Helmholtz


que explicava a visão das cores apoiando-se no esquema tricromático, propôs um
número ilimitado baseado nas teorias da variação contínua da qualidade cromática
com o comprimento de onda. (Pieron, 1969) Entre seus estudos da percepção visual
inclui-se as ilusões de óptica.

William James nasceu em Nova Iorque, aos 11 de janeiro de 1842, falecendo aos
26 de agosto de 1910, foi um filósofo e psicólogo americano e o primeiro intelectual
a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos. James foi um dos principais
pensadores do final do século XIX e é considerado por muitos como um dos filósofos
mais influentes da história dos Estados Unidos enquanto outros o rotularam de "pai
da psicologia americana".[1][2][3]

Juntamente com Charles Sanders Peirce e John Dewey, James é considerado uma
das principais figuras associadas à escola filosófica conhecida como pragmatismo, e
também é citado como um dos fundadores da psicologia funcional. Uma análise da
Psicologia Geral, publicada em 2002, classificou James como o 14º mais eminente
psicólogo do século XX. Uma pesquisa publicada no American Psychologist em
1991 classificou a reputação de James em segundo lugar, atrás apenas de Wilhelm
Wundt, que é amplamente considerado o fundador da psicologia experimental.
James também desenvolveu a perspectiva filosófica conhecida como empirismo
radical. O trabalho de James influenciou intelectuais como Émile Durkheim, Edmund
Husserl, Bertrand Russell, Ludwig Wittgenstein, Hilary Putnam e Richard Rorty, e até
presidentes, como Jimmy Carter.[4]

Nascido em uma família rica, James era filho do teólogo Henry James Sr. e irmão do
famoso romancista Henry James. James inicialmente estudou medicina, mas nunca
exerceu a profissão. Em vez disso, descobriu que seus verdadeiros interesses
estavam na filosofia e na psicologia. James escreveu amplamente sobre muitos
tópicos, incluindo epistemologia, educação, metafísica, psicologia, religião e
misticismo. Entre seus livros mais influentes estão: Os princípios da psicologia, que
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foi um texto inovador no campo da psicologia; Essays in Radical Empiricism, um
importante texto em filosofia; e As Variedades da Experiência Religiosa, onde James
investiga diferentes formas de experiência religiosa, incluindo teorias sobre a cura de
patologias mentais.[5]

Carreira William Jaime

William James recebeu educação eclética, desenvolvendo fluência em francês e


alemão e um caráter cosmopolita. Sua inclinação artística precoce levou-o a
trabalhar no ateliê de William Morris Hunt em Newport. Em 1861, no entanto, James
preferiu dedicar-se à ciência na Lawrence Scientific School (Universidade de
Harvard). No início de sua vida adulta, James sofreu de uma série de problemas
físicos, envolvendo seus olhos, costas, estômago e pele. Ele também apresentou
sintomas psicológicos, diagnosticados na época como neurastenia, e que incluíram
períodos durante os quais ele contemplou o suicídio por meses.

Ao longo de sua carreira, James publicou clássicos como Princípios de Psicologia,


Imortalidade Humana, As Variedades da Experiência Religiosa, Universo
Pluralístico, Pragmatismo e O Significado da Verdade. Em seus últimos anos, foi
acometido por problemas cardíacos. Essa condição piorou em 1909, quando ele
trabalhava em um texto de filosofia (inacabado mas publicado de forma póstuma
como Alguns Problemas em Filosofia). Ele viajou para a Europa em 1910 para tentar
tratamentos experimentais, sem sucesso, retornando para os Estados Unidos a
seguir. James faleceu em consequência de problemas cardíacos em 26 de Agosto
de 1910.

Algumas obras de William Jaime

Princípios de Psicologia

Em 1890, após 12 anos de escrita, William James publicou o livro Princípios de


Psicologia, uma obra pioneira que combinava elementos de filosofia, fisiologia e
psicologia. O livro abordou temas diversos como o fluxo de consciência (conceito
introduzido por James), a vontade e as emoções. Embora inclua diferentes
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abordagens e métodos, James (influenciado por contemporâneos como Wilhelm
Wundt e Gustav Theodor Fechner) declarou que Princípios de Psicologia é uma obra
derivada do método da introspecção. Assim, o autor utiliza diferentes experiências
próprias para ilustrar conceitos psicológicos, como a atenção e a consciência.

Um dos capítulos mais influentes dessa obra diz respeito às emoções. Nele, James
expõe sua teoria – também associada a Carl Lange – que as emoções são
consequências, e não causas, das reações fisiológicas associadas a ela: ―O senso
comum diz, nós perdemos algo, ficamos tristes e choramos; nós encontramos um
urso, nos assustamos e corremos; somos insultados por um rival, ficamos bravos e
atacamos. A hipótese a ser defendida aqui é que essa sequência está incorreta...
que nós nos sentimos tristes porque choramos, bravos porque atacamos, e com
medo porque trememos‖. James defendia que é conceitualmente impossível
imaginar uma emoção como a culpa sem suas claras consequências fisiológicas,
como as lágrimas, dores no peito e falta de ar.

John Broadus Watson, nasceu aos 9 de janeiro de 1878 — Nova Iorque, 25 de


setembro de 1958) foi um psicólogo estadunidense, considerado o fundador do
comportamentalismo (ou simplesmente behaviorismo).

Foi um aluno médio, durante o seu percurso escolar,até chegar à Universidade de


Chicago. Frequentou o curso de Filosofia, Matemática, Latim e Grego[1] mas
desiludido com a orientação,mudou para Psicologia. Para suportar as suas despesas
pessoais, aceitou como trabalho a limpeza dos gabinetes da Universidade, bem
como a vigilância dos ratos brancos dos laboratórios de Neurologia.Doutorou-se
depois em Neuropsicologia,defendendo uma tese sobre a relação entre o
comportamento dos ratos de laboratório e o sistema nervoso central.

Como professor de psicologia animal, desenvolveu investigações,fundamentalmente


sobre o comportamento de ratos e macacos. São as suas experiências com
animais,controladas de forma rigorosa e objetiva,que lhe vão inspirar o modelo de
psicologia. Os mesmos procedimentos poderão ser aplicados pelos psicólogos se
eles se debruçarem sobre o estudo do comportamento humano. Daí que Watson
assumisse claramente a abolição da barreira entre a psicologia humana e a
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psicologia animal.

Com 29 anos,foi leccionar na Universidade de Baltimore,onde desenvolveu, durante


13 anos,o fundamental da sua pesquisa,instalando um laboratório de psicologia
animal.Em 1913 publicou o artigo "A Psicologia como um comportamentista a
vê",onde apresenta os fundamentos da sua teoria.Com a Primeira Guerra
Mundial,interrompeu a sua atividade profissional para ingressar no
exército,participando numa campanha militar em França.Watson manteve-se na
Johns Hopkins University até 1920.Em 1918,retomou a investigação,estudando a
primeira infância,mas um divórcio tumultuoso devido à sua paixão por sua
assistente,para quem escreveu tórridas cartas de amor,que vieram a público,
desmoralizou seu trabalho como pesquisador acadêmico,obrigando-o a abandonar a
Universidade.Ingressou numa agência de publicidade e dedicou-se paralelamente à
divulgação das suas teorias junto de um público mais amplo.Depois de
aposentado,retomou as suas investigações em psicologia.Ele teve um caso com
Mary Ickes[2], de 19 anos. Se divorciou de sua primeira esposa e foi, então pedido
pela universidade para renunciar ao seu cargo. Watson se casou mais tarde com
Mary e os dois permaneceram juntos até a morte dela em 1935. Depois de deixar
sua posição acadêmica,Watson começou a trabalhar para uma agência de
publicidade onde permaneceu até se aposentar em 1945.

Durante a última parte de sua vida,as relações já pobres de John Watson com seus
filhos cresceram progressivamente piores.Ele passou seus últimos anos vivendo
uma vida reclusa em uma fazenda em Connecticut. Pouco antes de sua morte,ele
queimou muitos de seus documentos e escritos pessoais inéditos.

Watson definiu o cenário para o behaviorismo, que logo passou a dominar a


psicologia. Enquanto o behaviorismo começou a perder o seu domínio a partir de
1950,muitos dos conceitos e princípios ainda são amplamente usados
hoje.Condicionado e modificado o comportamento amplo utilizados em terapia e
treinamento comportamental para ajudar os clientes a mudar (problemáticas e
desenvolver novas habilidades).Para Watson, a psicologia não devia ter em conta
nenhum tipo de preocupações introspectivas, filosóficas ou motivacionais, mas
apenas e simplesmente os comportamentos objetivos, concretos e observáveis.
Watson e o comportamentalismo 9

O comportamentalismo, ou behaviorismo (do inglês Behaviorism, derivado de


behavior que significa comportamento, conduta), é ―teoria e método de investigação
psicológica que procura examinar do modo mais objetivo o comportamento humano
e dos animais, com ênfase nos fatos objetivos (estímulos e reações), sem fazer
recurso à introspecção‖, segundo o dicionário Houaiss, ou seja, como próprio nome
já diz, tem como objeto de estudo o comportamento, que é caracterizado pela
resposta dada a estímulos externos, e segundo Watson, ―seu objetivo teórico é
prever e controlar o comportamento‖ (Schultz, p. 239).

Não é possível afirmar a data precisa de criação do Comportamentalismo, porém,


pode-se dizer que surgiu a partir de um protesto contra o funcionalismo e o
estruturalismo em 1913,[3] cujo líder foi John B. Watson, PhD pela Universidade de
Chicago, que era considerada o centro da psicologia funcional, movimento que
Watson era contra. Sua ambição era um movimento em oposição ao funcionalismo e
ao estruturalismo, pois, assim como Wundt, seu objetivo era a criação de uma nova
escola em que houvesse a distinção dos métodos até então adotados.

Sua proposta behaviorista de psicologia teve como principais influências:

 A tradição experimental da psicologia animal,[3] de autores como Pavlov,


Thorndike e outros
 A teoria de Loeb sobre o comportamento animal ser baseado em estímulos e
respostas[carece de fontes?];
 a tradição filosófica do objetivismo e do mecanicismo de Descartes, cujo
pensamento mecanicista buscava objetividade nos estudos anatômicos
humanos[carece de fontes?];
 a tradição de Comte, fundador do positivismo[carece de fontes?].
 a psicologia funcional, já que funcionalistas como Cattel e Pillsbury estavam
se aproximando dos conceitos comportamentalistas[carece de fontes?].

Watson inovou ao propor o estudo do comportamento em si mesmo, não


necessitando de analogias com a consciência humana[3] ou mesmo com o
comportamento humano (no caso do comportamento de animais não humanos).
Comportamentos observáveis que pudessem ser descritos através do conceito de
10
estímulo e resposta eram preferidos, o que indica a semelhança com os
experimentos da psicologia animal. Devido a esse caráter objetivo e criterioso, foi
dada uma contribuição muito importante para a formação da Psicologia científica.
Foram descartadas ideias mentalistas, assim como termos empregados por elas
que, segundo Watson, naquele momento induziam à especulação e a definições
inconsistentes como os de consciência, sensação e mente. Também rompe, ao
menos em parte, com o campo da psicologia introspectiva, propondo que o método
de introspecção não faz parte essencial do behaviorismo, embora reconhecendo ser
necessário em alguns casos.[3] Ao final, entretanto, Watson prevê um retorno a
esses problemas:

A psicologia como comportamento terá, afinal, que negligenciar alguns poucos


problemas realmente essenciais com os quais a psicologia como uma ciência
introspectiva agora se concentra. Sem dúvida mesmo esses esparços problemas
podem ser colocados em palavras de tal forma que métodos refinados no
comportamento (os quais certamente virão) irão guiar a suas soluções. (p. 177)

Ou seja, Watson não negou a validade de todos os problemas de interesse da


psicologia introspectiva. Ao menos em parte, ele postergou o estudo deixando-os
para futuras gerações.

Max Wertheimer, psicólogo alemão, o primeiro a estudar a organização


perceptual. A abordagem de Wertheimer para a maneira como percebemos o
mundo foi olhar as coisas como um todo. Ele sugeriu que o todo era muito mais
do que a soma das suas partes.

Seu trabalho criou uma importante base da teoria psicológica. Além de contribuir
para a criação da escola Gestalt, contribuiu com conhecimentos valiosos para a
psicologia experimental e o estudo da percepção. Ele criou o fenômeno Phi,
que compõe a base da psicologia da Gestalt.

A biografia de Max Wertheimer teve início com o seu nascimento em 15 de abril


de 1880 em Praga. Seu pai era professor e diretor de uma escola local. Os
interesses do pequeno Wertheimer variavam, inicialmente, entre a música e
11
a filosofia.

Embora tenha começado a estudar Direito na universidade, ele acabou se


voltando para a Filosofia e a Psicologia, graduando-se pela Universidade de
Wurzburg. Durante sua pesquisa de doutorado, Max Wertheimer estudou a
avaliação de depoimentos por meio de detectores de mentira.

MAX WERTHEIMER CARREIRA PROFISSIONAL

Wertheimer era um, grande observador percebendo coisas que, para outros,
passavam despercebidas. Esse era um dos seus grandes talentos. Um dia, ele
observou que as luzes intermitentes de uma estação de trem criavam uma
ilusão de movimento. Este foi o início de seu interesse pelo estudo da
percepção humana.

Ele chamou esse tipo de percepção de fenômeno Phi, o princípio no qual


estão baseadas as imagens em movimento. Assim, formou a base da psicologia
da Gestalt, que revolucionou o mundo da psicologia. Mas seu interesse pelo
estudo da percepção não parou por aí, pois seguiu crescendo com o tempo.

Ele trabalhou no Instituto de Psicologia da Universidade de Frankfurt. Foi lá que


conheceu dois assistentes: Wolfgang Kohler e Kurt Kofka. O mútuo
interesse pela percepção e a visão compartilhada por esses homens acabaram
tornando-os colegas de pesquisa ao longo da vida. Juntos, eles formaram a
escola de pensamento Gestalt.

Já casado e tendo formado uma família, depois de ouvir os discursos inflamados


de Hitler antes da eleição e a mobilização dos nazistas, ele decidiu sair da
Alemanha. Voltou com sua família por um breve período para a Tchecoslováquia,
até que, pouco depois, em 1933, emigrou para os Estados Unidos.

Sigmund Freud (nascido Sigismund Schlomo Freud;[2] Freiberg in Mähren, 6 de


maio de 1856 – Londres, 23 de setembro de 1939) foi um médico neurologista e
psiquiatra criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, em Freiberg
in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco (atualmente, a localidade é
12
denominada Příbor, e pertence à República Checa).[3]

Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica, da hipnose no tratamento de


pacientes com histeria, como forma de acesso aos seus conteúdos mentais. Ao
observar a melhora dos pacientes tratados pelo médico francês Charcot, elaborou a
hipótese de que a causa da histeria era psicológica, e não orgânica. Essa hipótese
serviu de base para outros conceitos desenvolvidos por Freud, como o do
inconsciente.[4]

Freud também é conhecido por suas teorias do complexo de édipo e da repressão


psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento das
psicopatologias, através da escuta do paciente. Freud acreditava que o desejo
sexual era a energia motivacional primária da vida humana. Sua obra fez surgir uma
nova compreensão do ser humano, como um animal dotado de razão imperfeita e
influenciado por seus desejos e sentimentos. Segundo Freud, a contradição entre
esses impulsos e a vida em sociedade gera, no ser humano, um tormento psíquico.

Freud tinha uma visão biopsicossocial do ser humano. Fatos como a descrição de
pacientes curados através do diálogo por Josef Breuer e a morte do colega Ernst
von Fleischl-Marxow por dose excessiva do antidepressivo da época, a cocaína,
levaram-no ao abandono das técnicas de hipnose e de drogas para criar um novo
método: a cura pela fala, ou seja, a psicanálise, que utilizava a interpretação de
sonhos e a livre associação como vias de acesso ao inconsciente.[5][6]

Suas teorias e seus tratamentos foram controversos na Viena do século XIX, e


continuam a ser muito debatidos hoje. Sua teoria é de grande influência na
psicologia atual e segue se desenvolvendo através de estudos e prática clínica na
área, com psicanalistas que vieram depois dele. Estes criaram suas próprias teorias,
mas sempre com base nos pressupostos intrínsecos colocados por Freud, como a
noção de inconsciente e transferência.

BIOGRAFIA DE SIGMUND FREUD

Sigmund Freud (seu primeiro nome de nascimento era "Sigismund", mas o mudou
em 1878)[7] era filho de pais judeus que moravam na cidade morávia de Freiberg, no
território do Império Austríaco (atual Příbor, na República Tcheca). Seus pais eram
da Galícia, uma província histórica que fica entre a atual Ucrânia Ocidental e o
13
sudeste da Polônia. Seu pai, Jacob Freud (1815–1896), um comerciante de lã, teve
dois filhos, Emanuel (1833–1914) e Philipp (1836–1911), de seu primeiro
casamento. A família de Jacob era de judeus hassídicos e, embora o próprio Jacob
tenha se afastado da tradição, ele ficou conhecido por seu estudo da Torá. Ele e a
mãe de Freud, Amalia Nathansohn, que era 20 anos mais jovem e sua terceira
esposa, foram casados pelo rabino Isaac Noah Mannheimer em 29 de julho de
1855.[8]

Em função de problemas financeiros, Jacob e Amalia mudaram-se para Leipzig em


1859 e em 1860 para Viena, onde se estabeleceram com os filhos Sigmund e Anna.
Os meios-irmãos de Freud mudaram-se para Manchester. Em Viena, a família Freud
cresceu até 1866, com o nascimento de Rosa, Marie, Adolfine, Pauline e Alexander.
Embora tenha passado boa parte da vida em Viena, Freud revelou que nunca se
adaptou à cidade e que sempre sentia saudades de Freiberg. Enquanto criança e
adolescente, Freud nutriu mais sentimentos amorosos pela mãe do que pelo pai,
que o considerava "fraco" e "covarde". A compreensão desses sentimentos torna-se-
ia a base para a futura formulação do complexo de Édipo.

Os primeiros anos de Freud são pouco conhecidos, já que ele destruiu seus escritos
pessoais em duas ocasiões: a primeira em 1885 e novamente em 1894. Além disso,
seus escritos posteriores foram protegidos cuidadosamente nos Arquivos de
Sigmund Freud, aos quais só tinham acesso Ernest Jones (seu biógrafo oficial) e
uns poucos membros do círculo da psicanálise. O trabalho de Jeffrey Moussaieff
Masson pôs alguma luz sobre a natureza do material oculto.

Vida e obra de Jean Piaget

Segundo Piaget (1896-1980), o indivíduo não é meramente resultado da influência


do meio, como defendia o behaviorismo, nem tão pouco fundamentalmente
determinado por princípios inatos, como afirmava o gestaltismo. Afirmava, que
ambos os factores, externos e internos, são imprescindíveis.

Por um lado, a criança nasce com reflexos inatos, como chuchar ou agarrar, a
partir dos quais evoluirá para conhecimentos mais complexos, passando por um
conjunto de estádios de desenvolvimento que se estendem até ao adolescência ou
14
ao inicio da idade adulta. Assim, possuímos estruturas inatas mas que só se
descrevem mediante um processo de adaptação. Por outro lado, para que aconteça
o processo de adaptação é necessário factores externos (meio, experiência)
intervenham. Portanto, não há predominância das estruturas inatas nem do meio,
mas a defesa de um princípio de interacção entre ambos.

Piaget, sendo biólogo interpretou o conhecimento, a par de todo o comportamento


orgânico, como processo de adaptação do organismo ao meio. Assim devemos
compreender este processo com a intervenção activa do sujeito que não é
meramente o efeito de condicionalismo do meio mas que participa activamente na
construção do conhecimento. Portanto a isto, é que se deve chamar de corrente
construtivista.
RESUMO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA 15

Correntes da Representantes Objecto de Métodos Objectivos a


psicologia estudo atingir
Associacionism Wundt Processos Introspecção Atingir os
o ou mentais ou analítica processos
Estruturalismo (1832/1920) estados de controlada elementares
consciência de
consciências,
as sensações
Reflexologia Pavlov Reflexos inatos Método Explicar e
e aprendidos, experimental descrever os
(1849/1936) animais e comportament
humanos os reflexos
Behaviorismo Watson Comportamento Método Descrever e
(1878/1958) e s observáveis, experimental prever
Skinner humanos e comportament
animais os
Gestaltismo Kolher, Percepção Método Captar leis
Wertheimer, experimental perceptivas de
Koffka e Max e organização
(1880/1943) introspecção sensorial
informal
Psicanálise Ferud e Jung Estrutura e Psicanalítico Explicar
(1856/1939) funcionamento fenómenos
psíquico psíquicos e
terapêutica
Funcionalismo Willian James, Funcionamento Introspecção Aplicar de
John Dewey e da mente ou informal ou conhecimento
James Cattel processos auto- psicológico à
( 1843/1910, mentais observação realidade
1859/1952, prática
1860/1944)
Constructivismo Piaget As Estruturas Método Descrever o
ou 1896/1980) intelectuais clínico, processo de
Interaccionismo observação desenvolvimen
naturalista to cognitivo
16

Referência Bibliográfica

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (2011). DSM-IV. Manual de Diagnóstico


e Estatística das Perturbações Mentais. 4ª Edição, Lisboa: Climepsi.

ATKINSON, R. (2002).. Introdução à Psicologia de Hilgard. 13ª Edição, Porto Alegre:


Artmed.

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Psicologia: Uma Introdução ao estudo da Psicologia.
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