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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA erikagelenske.psi@gmail.

com
Profa. Erika Gelenske
Objetivo 1 Compreender como se dá o início o surgimento da Psicologia enquanto ciência
A FUNDAÇÃO
OFICIAL DA
PSICOLOGIA

Wilhelm Wundt (1832- 1920)


Wilhelm Wundt passou seus primeiros anos em aldeias próximas a
Mannheini, Alemanha, e teve uma infância marcada por uma intensa
solidão.
Wundt resolveu se tornar médico. Seus estudos de medicina o levaram à
Universidade, onde estudou anatomia, fisiologia, física, medicina e química.
Com o tempo passou a se concentrar na fisiologia.
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No curso de suas pesquisas fisiológicas em Heidelberg, Wundt começou a


conceber uma psicologia que fosse uma ciência experimental e
independente. Ele apresentou sua proposta inicial de uma nova ciência da
psicologia num livro intitulado Contribuições para a Teoria da Percepção
Sensorial, que foi publicado em partes entre 1858 e 1862.

Em seu livro, Wundt também usou pela primeira vez o termo psicologia
experimental.
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A partir de 1867, Wundt ofereceu em Heidelberg um curso de psicologia


fisiológica, a primeira proposta formal de um tal curso dessa ordem no
mundo. De suas palestras surgiria um livro altamente significativo, Princípios
de Psicologia Fisiológica, publicado em duas partes nos anos de 1873 e 1874.
Esse livro estabeleceu firmemente a psicologia como ciência de laboratório,
com suas próprias perguntas e métodos de experimentação.
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1875 - iniciou seu percurso como professor de filosofia da Universidade de


Leipzig, onde trabalhou prodigiosamente por quarenta e cinco anos. Ele
montou um laboratório em Leipzig pouco depois de chegar (1879) e, em
1881, fundou a revista Estudos Filosóficos, o órgão oficial do novo
laboratório e da nova ciência.
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Seu laboratório atraiu para Leipzig um grande número de alunos desejosos


de trabalhar com Wundt, especialmente os americanos, mas teve
importante repercussão na Itália, Russia e Japão.
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Outro campo em que Wundt concentrou seu considerável talento tinha sido
esboçado nas Contribuições em 1862: a criação de uma psicologia social (ou
psicologia dos povos). Perto do final do século, ele voltou a esse projeto, que
culminou nos dez volumes de sua Psicologia Cultural, publicados entre 1900
e 1920.
A psicologia cultural tinha que ver com a investigação dos vários estágios do
desenvolvimento mental, manifestos na linguagem, na arte, nos mitos, nos
costumes sociais, nas leis e na moral.
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As implicações dessa obra para a psicologia têm um significado maior do que


o seu conteúdo; ela serviu para dividir a nova ciência da psicologia em duas
partes, a experimental e a social.
Para Wundt, as funções mentais mais simples, como a sensação e a
percepção, podem ser estudadas pela pesquisa em laboratório. Mas,
segundo ele, a experimentação científica é impossível quando se trata do
estudo dos processos mentais superiores, porque eles são condicionados por
hábitos lingüísticos e aspectos do treinamento cultural.
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Wundt acreditava que a psicologia deveria dedicar-se de início a problemas


de pesquisa já investigados e reduzidos a alguma espécie de forma empírica
e quantitativa.
Ele não se ocupou de novas áreas de pesquisas, estando voltado para a
ampliação e o desenvolvimento formal das pesquisas em andamento.
• Quase todo o trabalho produzido em seu laboratório foi publicado;
• Mais de cem estudos foram feitos nos primeiros vinte anos de existência
do laboratório.
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A primeira série de estudos envolveu os aspectos psicológicos e fisiológicos


da visão e da audição. Na área da sensação e da percepção visual incluíam a
psicofísica da cor, o contraste de cores, a visão periférica, o contraste visual,
o daltonismo, a dimensão visual e as ilusões de óptica. TEMPO DE REAÇÃO

Usaram-se métodos psicofísicos para pesquisar as sensações auditivas.


Estudaram-se também as sensações táteis, e como dito, especialmente o
sentido de tempo (a percepção ou estimativa de intervalos de tempo de
extensões variáveis).
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O Método de Introspecção
A introspecção é o ato em que a pessoa analisa seus estados mentais,
tomando consciência deles. Crenças, imagens mentais, emoções, memórias
(visuais, auditivas, tácteis, olfativas) e pensamentos são conteúdos mentais
que são passíveis de introspecção. Em outras palavras a introspecção é a
autoanálise da mente a fim de inspecionar e relatar pensamentos e/ou
sentimentos pessoais.
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Outra área de pesquisa foi a análise de associações verbais.


Pedia-se ao sujeito que respondesse com uma única palavra quando lhe
fosse apresentada uma palavra-estímulo. Wundt começou a classificar os
tipos de associações descobertos quando da apresentação de estímulos de
uma só palavra para determinar a natureza de todas as associações verbais.
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Wundt é o fundador da psicologia como disciplina acadêmica formal, a


primeira pessoa na história da psicologia a ser designada como psicólogo. Na
qualidade de primeiro psicólogo, Wundt fundou o primeiro laboratório,
editou a primeira revista e deu início à psicologia experimental como ciência.
As áreas que ele investigou —incluindo a sensação e a percepção, a atenção,
o sentimento, a reação e a associação — se tornaram capítulos básicos em
manuais que ainda não tinham sido escritos.
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Wundt voltou-se deliberadamente para a fundação de uma nova ciência. No


prefácio à primeira edição dos seu Princípios de Psicologia Fisiológica (1873-
1874), ele escreveu: “A obra que aqui apresento ao público é uma tentativa
de delimitar um novo domínio da ciência.” Wundt estava interessado em
promover a psicologia como ciência independente. Vale no entanto repetir
que, embora se considere Wundt o fundador da psicologia, ele não foi o seu
originador. Essa ciência emergiu, como vimos nas aulas, de uma longa linha
de esforços criativos.
EDWARD TITCHENER E O ESTRUTUR
ALISMO
Nascido na Inglaterra, numa família tradicional com pouco dinheiro,
Titchener empregou suas consideráveis capacidades intelectuais para
ganhar bolsas de estudo que lhe permitissem prosseguir em sua
educação. Estudou no Colégio Malvern e na Universidade
Oxford, dedicando-se à filosofia e aos clássicos nos quatro primeiros
anos e tornando-se, no quinto, assistente de pesquisa em fisiologia.

Enquanto estava em Oxford, Titchener interessou-se pela nova


psicologia de Wundt, interesse que não foi encorajado nem
compartilhado por ninguém da universidade. Era natural, pois, que ele
fizesse uma jornada a Leipzig, a Meca dos peregrinos científicos, para
estudar com Wundt, tendo obtido o grau de doutor em 1892.
EDWARD TITCHENER E O ESTRUTUR
ALISMO

Titchener foi para os Estados Unidos ensinar psicologia e dirigir o


laboratório da Universidade Cornell.
Tinha vinte e cinco anos e permaneceu em Cornell o resto da vida.
Entre 1893 e 1900, ele desenvolveu seu laboratório, comprando
equipamentos, fazendo pesquisas e escrevendo sessenta e dois
artigos. À medida que sua reputação ia atraindo um número cada vez
maior de alunos para ele ia se afastando da exigente tarefa de
participar pessoalmente de cada pesquisa; nos últimos anos, elas eram
feitas quase que inteiramente pelos seus alunos.
EDWARD TITCHENER E O ESTRUTUR
ALISMO

Entre os livros de Titchener estão Esboço de Psicologia (1896),


Introdução à Psicologia (1898) e a obra em quatro volumes
Psicologia Experimental (1901-1905).
Esses manuais, como os volumes individuais da obra vieram a ser
chamados, promoveram o desenvolvimento do trabalho de laboratório
em psicologia nos Estados Unidos e influenciaram toda uma geração
de psicólogos experimentais, incluindo os que mais tarde divergiram
da psicologia estrutural. Os manuais de Titchener alcançaram ampla
popularidade, tendo sido traduzidos para o russo, o italiano, o alemão,
o espanhol e o francês.
EDWARD TITCHENER
EDWARD TITCHENER
EDWARD TITCHENER
ESTRUTURALISMO

Esta experiência consciente, segundo Titchener é dependente do


indivíduo que a vivencia, diferindo da estudada por cientistas de
outras áreas. Por exemplo, tanto a Física como a Psicologia tem
condições de estudar a luz ou o som, porém, cada profissional terá
orientação, métodos e objetivos diferentes.

Os físicos examinam os fenômenos do ponto de vista dos processos


físicos envolvidos, já os psicólogos analisam os mesmos fenômenos
com base na experiência e observação pessoal de quem os vivencia.
As outras ciências não dependem da experiência pessoal do sujeito
que observa algum fenômeno, nem de sua descrição dos
sentimentos envolvidos.
ESTRUTURALISMO

Um exemplo da física citado por Titchener é o fato de uma sala


poder estar a uma temperatura de 30ºC, independente de ter ou
não alguém nesta sala para senti-la. Nesse caso, mesmo que não
haja ninguém na sala, a temperatura será a mesma. Já no enfoque
da psicologia, se houver um sujeito como observador dessa sala, ele
poderá relatar que sente um calor desconfortável ou não,
dependendo de suas experiências com a sensação de calor.

Assim, a psicologia, ainda segundo Titchener, deve ter como objeto


de estudo a experiência consciente do indivíduo, diante das diversas
situações que é exposto.

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