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Dois nomes se ligam à data do nascimento da psicologia e disputam sua paternidade:


Fechner e Wundt. O nome de Fechner esta relacionado à publicação de sua obra µElementos
da psicofísica¶ (1860) e o de Wundt esta ligado à publicação de seu livro µElementos da
psicologia fisiológica¶ (1864), e à criação do primeiro laboratório de psicologia, em Leipzig
Alemanha (1879). O fato é que essa nova ciência veio à luz no final do século XIX na
Alemanha, tendo adeptos na França, Inglaterra e Estados Unidos.
A obra µElementos da Psicofísica¶ de Gustav Theodor Fechner (1801-1887) foi um
marco na historia da psicologia. O ponto central das preocupações de Fechner era a relação
mente-corpo, físico-psíquico. Adotando a idéia do paralelismo considerou mente e corpo
como faces de uma mesma moeda, demonstrando que existe uma relação quantitativa entre
esses dois mundos. Fez diversas experiências testando os processos psicológicos sendo que
dessas experiências nasceram os métodos psicofísicos que constituíram a sua maior e mais
importante contribuição para a historia e desenvolvimento da nova ciência. Fechner é
considerado o precursor da psicometria.
Wilhelm Wundt (1832-1920) marcou a historia da psicologia pela publicação do livro
µElementos da psicologia fisiológica¶ e pela fundação do laboratório de pesquisas psicológicas
em Leipzig. A afirmação da psicologia como ciência autônoma liga-se a esses dois fatos e dão
a Wundt a sua paternidade.
No livro µElementos da psicologia fisiológica¶ Wundt reúne as tendências da
psicologia que haviam surgido ate então, classifica-as e agrupa os elementos da vida mental,
determina objeto e objetivo, enuncia seus princípios e problemas, enfim, estrutura e normatiza
a psicologia. Com isso a psicologia deixa de ser o estudo da vida mental e passa a ser o estudo
da consciência ou dos fatos conscientes, passando a ser uma ciência autônoma.
Seu laboratório para pesquisas veio complementar e testar tudo o que já havia sido dito
no livro. Wundt estudou os processos mentais utilizando a observação, experimentação e a
quantificação sem, no entanto, desprezar a introspecção.
Wundt era um elementista. Analisava os complexos conscientes a partir dos
elementos ou unidades: sensações e sentimentos.
O materialismo cientifico também esteve presente no sistema wunditiano, ao buscar a
relação entre os fenômenos psíquicos e fisiológicos. A solução encontrava-se no paralelismo
psicofísico, isto é, uma mesma causa ou lei causal opera tanto na esfera dos fenômenos
psíquicos quanto na dos físicos.
Wundt foi uma empirista, em oposição ao nativismo. Acreditava que a vida mental era
fruto da experiência e não de idéias inatas. Acreditava ainda que os fenômenos do presente se
baseiam em experiências passadas.
O laboratório de Wundt foi palco de diversas experiências inerentes ao conhecimento
e estudo das sensações e da percepção, como também a medida e classificação das sensações
no seu aspecto visual, tátil, olfativo, e sinestésico, e a sua intensidade e duração. A atenção foi
outro ponto alvo de interesse, sendo que sua importância esta ligada a distinção que fez entre
foco e campo da consciência. A atenção traz os fatos para o foco da consciência. O que não
esta no foco encontra-se no campo.
Os estudos feitos por Wundt foram férteis e abundantes. O livro que contem o seu
sistema passou por diversas revisões à medida que a ciência se desenvolvia e que o
laboratório se tornava mais produtivo. A grande realização de Wundt foi estabelecer relações
entre muitas coisas que de fato já existiam, porem, não haviam sido sistematizadas.
Unipar ± Universidade Paranaense

Os pioneiros e o pai da psicologia científica.

Cascavel, 1 de março de 2011


Unipar- Universidade Paranaense

Diego Zukovski Pereira


RA:7020537

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Cascavel, 1 de março de 2011

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